56º Congresso Brasileiro de Genética Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010 Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2 174 Sequenciamento genético e análise molecular do Papilomavírus humano 16 isolado na Amazônia Barbosa-Filho, RAA1; Rocha, DAP1; Santos, CMB1; Astolfi-Filho, S1 Programa Multi-Institucional de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas [email protected] 1 Palavras-chave: HPV-16; Genoma; Diversidade genética; Região Amazônica; NCR, L1, e6 e E7 O Papillomavirus Humano é responsável por lesões no trato urogenital masculino e feminino, transmitidas por contato direto ou indireto com a pele infectada ou através de relações sexuais. Na mulher essas infecções podem evoluir para um câncer de colo do útero, cuja estimativa de incidência para a região Norte, no ano de 2010, foi a maior do Brasil. O HPV 16 é o tipo viral prevalente em lesões do colo do útero e a natureza de suas infecções depende do grau de integração do DNA viral com o DNA do hospedeiro associada, principalmente, às oncoproteínas E6 e E7 do HPV. Atualmente o desenvolvimento de vacinas contra o HPV utiliza partículas “pseudo-virais” formadas pela proteína L1 do capsídeo viral. Contudo, é necessário que o desenvolvimento de tais vacinas antivirais também considere a grande diversidade das variantes dos tipos de HPV existentes, uma vez que diferenças entre as regiões genômicas dessas variantes podem influenciar o grau de suas infecções. As análises das variantes de um determinado tipo de HPV são realizadas por meio do estudo da Região Não Codificadora viral. Este trabalho descreve o sequenciamento completo do genoma de uma variante do HPV 16, detectado no Estado do Amazonas, utilizando técnicas de Engenharia Genética, bem como a análise desse genoma através de ferramentas de Bioinformática. Observou-se, pela análise de distâncias genéticas, que o genoma dessa variante corresponde a um ancestral do exemplar identificado na literatura como “variante africana tipo 1”, e as análises filogenéticas, realizadas a partir da Região Não Codificadora, reforçam essa hipótese. Além disso, também foram detectadas várias mutações ao longo do genoma obtido, resultando em alterações nas posições e na quantidade de sítios de restrição de sua sequência. As maiores diferenças entre as regiões gênicas do genoma sequenciado e as correspondentes nas variantes africanas foram observadas ao longo de E7. Porém, os resultados obtidos pela modelagem molecular neste trabalho não foram conclusivos quanto a alterações significativas na conformação da estrutura terciária das proteínas E6, E7 e L1.