Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (1-16), 2014 ISSN 18088597 PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO TRANSTORNO DEPRESSIVO DE PACIENTES ATENDIDOS NA FÁRMACIA BÁSICA DO MUNICÍPIO DE ITAPURANGA-GO Liliane de Sousa Silva¹; Tatiane Ferraz de Sousa²; Walquiria Lemes de Lima Martins3, Valéria Cristine Mendanha da Cunha4, Carla Rosane Mendanha da Cunha5, Cristiane Karla Caetano Fernandes6 ¹ Professora Universidade Estadual de Goiás – Campus de Itapuranga-GO e Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO; ² Bióloga. Secretaria Municipal de Saúde Itapuranga-GO; 4 Fisioterapeuta, Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal, Santa Maria-DF. 3 Professora Universidade Estadual de Goiás – Campus de Itapuranga-GO; 5 Orientadora, Professora Drª. da Universidade Estadual de Goiás - Campus de ItapurangaGO, Faculdade Montes Belos e Secretária de Saúde do Governo do Distrito Federal. 6 Professora, Faculdade Montes Belos. RESUMO No Brasil, a depressão atingia, em 2008, um contingente populacional de 4,1%. O objetivo do presente estudo foi analisar as características sociodemográficas e clínico-epidemiológicas dos casos depressão no município de Itapuranga-GO, realizando uma pesquisa clinica biológica, que teve como base os pacientes acima de 18 (dezoito) anos de idade, que buscam antidepressivos na Farmácia Básica da Estratégia Saúde da Família Central. Foi aplicado um formulário mediante autorização do paciente através do TCLE de acordo com o Conselho Nacional de Saúde. Foram coletados dados de 100 pacientes do de julho a outubro de 2012, sendo 85% mulheres e 15% homens. A idade dos pacientes variou de 18 a 73, com o nível de escolaridade predominante Ensino Fundamental Incompleto com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. De acordo com o Self reporte Questionnarie desenvolvido para diagnosticar Transtorno Mental Comum (TCM), 82% dos pacientes obtiveram probabilidade de possuir TCM e na Escala de HAD - para identificar nível de depressão 40% dos pacientes obteve provável para depressão. Palavras-chaves: Antidepressivo; Neurotransmissores; Transtorno depressivo ABSTRACT In Brazil , the depression reached in 2008 a population quota of 4.1% . The aim of this study was to examine the sociodemographic, clinical and epidemiological characteristics of depression cases in the municipality of Itapuranga-GO, performing a biological clinical research , which was based on patients over eighteen (18 ) years old , seeking antidepressants in Basic Pharmacy of Central Family Health Strategy . A form upon authorization of the patient through the IC in accordance with the National Board of Health data from 100 patients from July to October 2012 were collected, with 85 % women and 15 % men was applied . The age of patients ranged from 18 to 73, with the prevailing level of education elementary school filled with family income 1-3 minimum wages. According to the Self Reporting Questionnaire developed for diagnosing common mental disorder (TCM), 82 % of patients achieved probability of owning TCM and the HAD Scale - to identify depression level 40 % of the patients got probable for depression. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (2-16), 2014 ISSN 18088597 Keywords: Antidepressant; Neurotransmitters; Depressive disorder RESUMEN En Brasil, la depresión alcanzó en 2008 una cuota de población del 4,1%. El objetivo de este estudio fue examinar las características sociodemográficas , clínicas y epidemiológicas de los casos de depresión en el municipio de Itapuranga - GO, la realización de una investigación clínica biológica , que se basó en los pacientes mayores de dieciocho (18) años de edad , en busca de los antidepresivos en Farmacia básica de Salud de la Familia central. Una forma con la autorización del paciente a través de la IC de acuerdo con la Junta Nacional de Salud los datos de 100 pacientes entre julio y octubre de 2012, fueron recogidos, con un 85 % de mujeres y 15 % hombres se aplicó . La edad de los pacientes osciló entre 18 y 73 años, con el nivel vigente de la escuela primaria la educación llena de ingresos familiares 1-3 salarios mínimos. De acuerdo con el Cuestionario desarrollado para el diagnóstico de trastorno mental común ( TCM ) , el 82% de los pacientes alcanzaron la probabilidad de ser dueño de la medicina tradicional china y la Escala HAD - para identificar el nivel de depresión del 40% de los pacientes consiguió probable para la depresión. Palabras clave: antidepressivos; neurotransmissores; Trastorno depresivo Os INTRODUÇÃO As funções orgânicas, bem como a integração do animal no meio ambiente são dependentes do Sistema Nervoso (SN). Observa-se uma divisão neste sistema em Sistema Nervoso Central (SNC) que recebe analise e integra informações e Sistema Nervoso Periférico (SNP) que carrega informações dos órgãos sensoriais para o SNC e desse para órgãos efetores. O neurônio é a sua unidade fundamental, com a função básica de receber, processar e enviar informações. A função dos neurônios e mediada por neurotransmissores armazenados dentro terminal do axônio 1-3. (NT), que de vesículas são no transtornos mentais englobam um amplo espectro de condições que afetam o indivíduo: mapa genético, química cerebral, aspectos de nosso estilo de vida, acontecimentos passados. Assim SANTANA (2010) define: “o transtorno mental caracteriza-se, portanto como uma variação mórbida do normal, capaz de produzir prejuízo no desempenho global da pessoa nos âmbitos social, ocupacional, familiar e pessoal”4. Muitas doenças neurológicas e psiquiátricas estão associadas com falhas na síntese de Neurotransmissores. Por exemplo, os distúrbios na síntese de serotonina e noradrenalina causam quadros de depressão profunda. STAHL (2003) afirma “A realidade é que a depressão é Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (3-16), 2014 ISSN 18088597 uma doença, e não uma escolha, e é tão O objetivo do presente estudo prejudicial socialmente quanto à doença foi analisar coronariana e mais debilitante que o sociodemográficas diabetes mellitus e artrite”5-6. epidemiológicas as características e dos clínico- casos depressão, Do ponto de vista fisiológico, a assim bem como, a sua prevalência no depressão pode se dever a um baixo nível município de Itapuranga-GO, realizando de atividade neurológica nas áreas frontais uma pesquisa clinica biológica. e temporais do cérebro. As bases biológicas dos transtornos depressivos têm METODOLOGIA sido explicadas por meio da hipótese monoaminérgica que propõe uma menor disponibilidade de O presente estudo é do tipo neurotransmissores exploratório e descritivo, com abordagem cerebrais, em particular de serotonina, qualitativa e quantitativa dos dados. A noradrenalina Tal pesquisa tem como base os pacientes proposição é reforçada pelo conhecimento acima de 18 (dezoito) anos de idade, que do mecanismo de ação dos antidepressivos, buscam usado no tratamento da depressão que se Básica baseia, principalmente, no aumento da devidamente já cadastrado nesta unidade disponibilidade desses neurotransmissores na cidade de Itapuranga – GO. A escolha na fenda sináptica, seja pela inibição dos pacientes foi de forma aleatória e seletiva ou não de suas recaptações, seja espontânea à medida que os mesmos iam pela inibição da enzima responsável por buscar o antidepressivo. O critério de suas exclusão era quando em vez do paciente e/ou degradações dopamina. (inibidores da monoaminoxidase) 5-6. O antidepressivos do município na de Farmácia Itapuranga familiares ou amigos iam buscar a tratamento com medicação, realizando assim a pesquisa antidepressivos veio para dar esperança e somente com a presença do paciente. A novas perspectivas de vida para muitos coleta de dados foi realizada do dia 03 de pacientes, não julho a 31 de outubro de 2012. A entrevista e foi mediante ao preenchimento de um mostram formulário, visando realizar a analise mas medidas medicamentosas como aconselhamento também terapias se bastante efetivos podendo ser usado em clinica conjunto também com medicamentoso. o tratamento e biológica o fator sendo sócio analisado econômico demográfico. Foi esclarecido sobre os objetivos da pesquisa, suas vantagens, os Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (4-16), 2014 ISSN 18088597 procedimentos que serão preceitos do Código de Ética Médica para utilizados, a garantia do sigilo que a assegurará a sua privacidade quanto aos pacientes e respeitados os princípios dados na enunciados na Declaração de Helsinque III pesquisa e sua liberdade para recusar-se a (2000) emendada em Edimburgo, Escócia; participar ou retirar seu consentimento, em e, na Resolução nº. 196/96 do Conselho qualquer fase da pesquisa sem penalidade Nacional de Saúde (BRASIL, 1996). O alguma e sem prejuízo ao seu cuidado. banco foi alimentado conforme obtenção Aqueles que aceitaram assinaram o Termo dos dados e após a digitação serão de Consentimento Livre e Esclarecido de conferidos acordo com a Resolução nº. 196/96 do identificado alguma inconsistência, as Conselho Nacional de Saúde. Antes do correções inicio da aplicação dos formulários para a submetidas à digitação. confidenciais envolvidos utilização científica pelos serão de dados pesquisadores, feitas e de caso novamente nossa pesquisa, foi aplicado do dia 27 a 29 Essa pesquisa foi realizada pela de junho alguns formulários pilotos com a Universidade Estadual de Goiás - Unidade finalidade de elaborar um formulário que Universitária atendesse a necessidade de nossa pesquisa parceria com a Secretaria Municipal de e que fosse de fácil compreensão para os Saúde de Itapuranga, Estado de Goiás. pacientes. O formulário final contém 27 Contou com apoio técnico da professora perguntas dentre essas foi inserido o Self orientadora, Dr.ª Carla Rosane Mendanha Report Questionnarie (SRQ) que avalia da Cunha, Bióloga Tatiane Ferraz de Sousa transtorno outro e Mestranda em Ciências Farmacêuticas formulário foi a Escala de HADS (Escala Liliane de Sousa Silva e da responsável Hospitalar de Ansiedade e Depressão) - pela Avaliação psicotrópicos Farmacêutica Responsável mental do comum nível de e Ansiedade Depressão, no qual retiramos as questões de dispensação Itapuranga-GO, dos em medicamentos Dr.ª Aline Maria Campos de Melo. que avaliam o nível de ansiedade deixando somente as de depressão 7-10. RESULTADO E DISCUSÃO Os dados foram armazenados em banco de dados utilizando-se o A Farmácia Básica do programa Microsoft Excel 2010 a partir município de Itapuranga-GO possuía até o das informações contidas nos formulário. dia 09 de julho cerca de 368 pacientes Os dados obtidos serão utilizados de cadastrados no caderno de registro de maneira confidencial, obedecendo aos pacientes que utilizam amitriptilina 25 mg Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (5-16), 2014 ISSN 18088597 e 143 no caderno de registro de fluoxetina 20 mg, sendo um total de 511 embora a incidência seja mais alta nas idades médias13-14. pacientes. Entrevistamos somente 19,5% As atividades diárias mais (n=100) dos pacientes com nível de desenvolvidas pelos entrevistados foram a significância (p<0.05). Quanto ao gênero “do lar” 36% (n=36), prestadores de 85% (n=85) são mulheres, dentre essas serviço 28% (n=28) e trabalhadores rurais 54% (n=46) são casadas, 7% (n=06) 16% (n=16). Quanto à renda familiar, a solteiras, 14% (n=12) divorciadas, 14% amostra foi dividida em quatro categorias, (n=12) viúvas e 11% (n=09) união estável; no qual a renda familiar predominante foi do gênero masculino foram 15% (n=15) de entrevistados dos quais 80% (n=12) são correspondendo a 62% (n=62) e 26% casados e apenas 20% (n=03) solteiros. (n=26) afirmaram possuir menos de um A predominância do gênero feminino casada confirma as estatísticas de 01 a 03 salários mínimos salário mínimo e 6% (n=6) possui renda acima de 04 salários mínimos. Stahl (2003) afirmando que a depressão Os indicadores maior é duas vezes mais comum em socioeconômicos de escolaridade e nível mulheres e mulheres casadas têm índices econômico mais elevados do que as não casadas5. contrária, pois quanto maior o grau de Bernardo (2008) afirma que a insatisfação escolaridade e nível econômico, menor a conjugal está relacionada com a depressão probabilidade no gênero feminino e com a distimia no depressão15. homem. Assim mulheres casadas têm mais escolaridade verifica-se que o grupo mais risco de depressão que as solteiras, bem numeroso de entrevistados possui ensino como as divorciadas11. fundamental A idade dos entrevistados apresentam de No uma relação ocorrência que incompleto diz de respeito 38% à (n=38), ensino médio completo 22% (n=22), variou de 18 a 73 anos, sendo mais comum seguido o uso entre os pacientes com idade de 40 a fundamental completo 18% (n=18), ensino 59 anos totalizando 56% (n=56) dos médio incompleto 10% (n=10), ensino entrevistados de superior incompleto 1% (n=01), com Goulart (2006) que em sua pesquisa em ensino superior completo 05% (n=5) e Florianópolis-SC, “46% dos pacientes apenas 6% (n=6) são analfabetos. Esses tinha a idade de 40 a 64 anos” de acordo dados vão de encontro com os de Santos com WHO (2002) a depressão pode afetar (2009), em que a maior parte dos as pessoas em qualquer fase da vida, pesquisados tem renda de 1 a 3 salários confirmando dados pelo grupo com ensino Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (6-16), 2014 ISSN 18088597 mínimos e ensino fundamental poderia ser reforçado pela alta prevalência incompleto. Segundo Santos e Kassouf do tabagismo entre estes pacientes e (2007), o efeito da educação sobre a elevada probabilidade de fracasso no depressão de tratamento com antidepressivos. Segundo escolaridade alcançado pelo indivíduo e Stahl (2003) o fumo induz a atividade da que atingir níveis elevados de educação enzima do Citocromo P450 (CYP 450), reduz o risco de ter depressão e que que converte o antidepressivo em produto políticas públicas voltadas à educação biotransformado no sangue. Isso leva à podem ser eficientes para melhorar a saúde necessidade de doses mais elevadas com o da população16. tempo, mesmo se o indivíduo para de depende do nível À medida que o nível de instrução diminui, a probabilidade de apresentar níveis sintomatologia mais elevados elevados 05,17-18. de São poucos os fármacos aumenta antidepressivos que compõem o RENAME (BERNARDO, 2008). Segundo a WHO e o REMUME e que dentre esses a (2002) a pobreza e as condições a ela amitriptilina e a fluoxetina foram os associadas como o desemprego, baixa padronizados pelo corpo de saúde do renda e baixo nível de escolaridade, município. No quesito prescrição de mostram que a depressão é mais frequente antidepressivos (FIGURA 08), o cloridrato entre os pobres do que entre os ricos11,13. de amitriptilina 25 mg é o mais prescrito Em depressiva fumar os níveis da enzima continuam uso de 61% (n=61) e em seguida a fluoxetina 20 (n=23) dos mg 32% (n=32). Os autores Andrade; pacientes afirmaram que fazem uso ou já Andrade e Santos (2004) publicaram que fizeram uso de tabaco e 2% (n=02) dos em Ribeirão Preto - SP os antidepressivos fazem uso de bebidas alcoólicas. A de maior prescrição recaem sobre a nicotina presente no cigarro interfere no fluoxetina, funcionamento de paroxetina, sertralina e nortriptilina. Essa neurotransmissores e exerce diversas ações contraposição se deve ao fato que a neuroendócrinas, que podem influenciar no amitriptilina vem sendo utilizada pelo tratamento e afetar circuitos neurais, tais município há mais tempo, e a fluoxetina como a regulação de humor. Às vezes começou a integrar a lista do REMUNE pacientes em março de 2012. substâncias relação lícitas, com dos ao 23% sistemas sintomas depressivos seguida de amitriptilina, procuram usar o cigarro ou nicotina para a De todos os pacientes 20% obtenção de alívio dos sintomas, o que (n=20) fazem associações com outros Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (7-16), 2014 ISSN 18088597 psicotrópicos, 35% realizada por Carvalho; Ribeiro e Oliveira (n=07) fazem associações de fluoxetina e (2007), na cidade de Timom-MA a 65% As associação de um antidepressivo com um associações mais relatadas foram com: ansiolítico mostrou-se eficaz na maioria diazepam, rivotril, nitrazepan, dos casos. A união de um tricíclico, bromazepan, alprazolan, sertralina, preferencialmente, amitriptilina associada tioridazina, carbamazepina e biperideno. a ansiolíticos como diazepan, bem como Muitos tratamentos associam substâncias alprazolam, ansiolíticas aos antidepressivos para o clomipramina ou Inibidor Seletivo da tratamento Recaptação de Serotonina (ISRS), como a (n=13) com do desses amitriptilina. transtorno misto de ansiedade e depressão19. Na pesquisa bromazepam, clonazepam, fluoxetina, dentre outros 20. Antidepressivos prescritos Amitriptilina + Fluoxetina 7% Fluoxetina 32% Amitriptilina 61% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Quantidade de Pacientes em % FIGURA 01 – Prescrição de antidepressivos de acordo com a quantidade de pacientes que utilizam. Segundo os pacientes entrevistados quando perguntamos qual era a especialidade do médico (FIGURA 09) O clínico geral é o profissional que receitou antidepressivo pela primeira mais atuante em saúde mental não só no vez, 82% (n=82) afirmaram que foi um Brasil, mas também na Inglaterra, EUA, e clínico geral, 11% (n= 11) psiquiatra ou Canadá. Um clínico não preparado tem neurologista mais dificuldades para diagnosticar um especialista. Dentre esses foram três transtorno mental, quando mascarado pelas cardiologistas, três reumatologistas e um queixas somáticas isto reflete, em parte, o endocrinologista. consumo indiscriminado de fármacos de controle especial 21. e Muitos 7% (n=07) pacientes outro já suspenderam a medicação relatando ter medo de dependência do medicamento, Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (8-16), 2014 ISSN 18088597 acreditar que não precisava mais do medicamento forte e muitas vezes quando faltava na farmácia básica tratamento, de um por episódio considerarem podem o demandar tratamento para o resto da vida 05. eles não compravam. Mas afirmaram que A duração de tratamento, feito sem o uso do medicamento sintomas como com doses convencionais e toleradas pelo insônia, dores de cabeça, nervosismo e paciente, costuma ser de quatro a seis irritabilidade apareciam e assim buscavam meses para consolidar a remissão. Deve-se assistência médica que afirmava que não continuar o tratamento, além desse tempo, poderia cessar com a medicação. Segundo para reduzir riscos Fleck et al, (2003), a suspensão abrupta de suspensão do ADT e ISRS deve ser lenta e medicações antidepressivas está associada gradual, para evitar sintomas de retirada 23. ao aparecimento de A de Dos entrevistados 92% (n=92) descontinuação, que ocorrem entre os afirmaram que “houve melhora” e 08% primeiros dias ou até três semanas 22. (n=08) não sentiram a melhora dos Quanto tratamento, aumentado ao sintomas de recidivas. tempo de sintomas. Na pesquisa de Goulart (2006), que tem 74% dos pacientes obtiveram melhora e observou-se o número de pacientes 26% (n=26) não obtiveram 13. iniciando a medicação pois cerca de 40% Quanto ao tipo de orientação (n=40) estão a menos de um ano de fornecida (TABELA 01), apenas 30% tratamento e 29% (n=29) estão com 1 a 3 (n=30) disseram que foram orientados, anos . O tratamento com antidepressivos 58% (n=58) não receberam orientações e pode ser mantido após a obtenção de 12% (n=12) afirmaram não se lembrar resposta, a fim de evitar recaídas. Pessoas quais as orientações. Ainda que estes com depressivo podem dados possam estar diminuídos devido ao necessitar de um ano de tratamento, exceto viés de memória, são baixos os índices de se orientações fornecidas aos seus pacientes. um episódio tiverem apresentado episódio prolongado ou grave e pessoas com mais TABELA 01: Orientações fornecidas ao paciente durante a prescrição do antidepressivo. Informações dadas pelos médicos Porcentagem/Quantidade de paciente Risco orgânico (alteração de peso) 56,5% (n=17) Alteração comportamental 30% (n=09) Não ingerir bebidas alcoólicas 6,5% (n=02) Risco de dependência 07% (n=03) Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (9-16), 2014 ISSN 18088597 Geralmente os pacientes não compreendem o tratamento proposto, programas educativos tanto para os profissionais de saúde quanto para os muitas vezes por ausência de informações usuários de verbais e/ou escritas pelo médico durante a ênfase também consulta. A falta de informação suficiente automedicação, da interrupção e da troca a dada ao paciente sobre sua medicação medicação prescrita 24. resulta em grandes dificuldades para a medicamentos, Dos (n=37) aos pacientes riscos da entrevistados condução do tratamento, provocando a 37% ineficácia ou até mesmo efeitos adversos. desagradáveis após o uso do medicamento, É recomendável que o prescritor forneça os efeitos colaterais destacados pelos ao paciente informações essenciais como: pacientes são apresentados na tabela 02. o porquê da utilização do medicamento, forma de ingestão, importância do relataram dando-se ter reações As reações adversas refletem uma resposta de um fármaco que seja cumprimento dos horários, a quantidade de prejudicial, medicamento e a duração do tratamento, doenças ou para a modificação de uma sobre reações função fisiológica, essas reações podem desagradáveis. Portela et al, (2010), sugere não ser esperadas variando de acordo com que deve ser dada mais atenção aos cada organismo 25. a ocorrências de durante o tratamento de TABELA 02: Reações desagradáveis relatadas pelos pacientes após o uso do antidepressivo. Reações desagradáveis Nº de pacientes Aceleramento do coração 02 Boca seca 05 Cansaço 01 Dor muscular 01 Dor no estômago 01 Dormência na boca 01 Falta de apetite 04 Gosto ruim na boca 01 Impotência sexual 01 Indisposição 04 Náuseas 03 Pressão baixa 02 Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (10-16), 2014 ISSN 18088597 Queimação 02 Sonolência 08 Tontura 05 Visão turva 01 O SRQ é um questionário de considerada como possível caso, se utiliza identificação de distúrbios psiquiátricos em a pontuação de sete ou mais respostas nível de atenção primária. É composto por afirmativas que valem um ponto cada uma. 20 questões elaboradas para detecção de Em distúrbios obtivemos “neuróticos”, chamados atualmente de TMC. Para uma pessoa ser nossa análise os do seguintes questionário resultados demonstrados na tabela 03: TABELA 03: Respostas afirmativas por paciente no Self Report Questionnarie. SRQ (Self-Report Questionnaire) Respostas afirmativas Tem dores de cabeça frequentes? 74% (n=74) Tem falta de apetite? 44% (n=44) Dorme mal? 69% (n=69) Assusta-se com facilidade? 70% (n=70) Tem tremores de mão? 52% (n=52) Sente-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado(a)? 78% (n=78) Tem má digestão? 62% (n=62) Tem dificuldade para pensar com clareza? 60% (n=60) Tem se sentido triste ultimamente? 78% (n=78) Tem chorado mais do que de costume? 64% (n=64) Encontra dificuldades para realizar com satisfação suas atividades diárias? Tem dificuldades para tomar decisões? 57% (n=57) Tem dificuldades no serviço (seu trabalho é penoso, causa sofrimento)? É incapaz de desempenhar um papel útil em sua vida? 34% (n=34) Tem perdido o interesse pelas coisas? 59% (n=59) Sente-se uma pessoa inútil, sem préstimo? 40% (n=40) Tem tido ideias de acabar com a vida? 46% (n=46) Sente-se cansado (a) o tempo todo? 57% (n=57) 54% (n=54) 34% (n=34) Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (11-16), 2014 ISSN 18088597 Tem sensações desagradáveis no estômago? 59% (n=59) Cansa-se com facilidade? 63% (n=63) Um particularmente dos resultados trágicos uma ou igual a seis (<ou=6) que significa perturbação depressiva é o suicídio. Nesta menor probabilidade de não ter TMC e pesquisa obteve-se um percentual de 46% 82% (n=82) fizeram maior ou igual a sete (n=46) de pacientes que afirmaram que já (>ou=7) com maior probabilidade de ter ter ideias de acabar com a vida. Segundo a um TMC. Na figura 15B foi separado os WHO (2002) cerca de 15%-20% dos resultados por gênero com significância de doentes depressivos põem termo à vida (p<0.05) os homens 5% (n=05) e 13% cometendo suicídio. Stahl (2003) evidencia (n=13) deram menor probabilidade para que 20-40% dos pacientes com transtorno TMC e 10% (n=10) dos homens e 72% afetivo (n=72) apresentam de 18% (n=18) atigiram a pontuação menor comportamentos suicidas não-fatais 05,14. de mulher deram maior probabilidade para ter TMC. Na figura 15A demonstra de forma geral o resultado do SRQ em que Quantidade de pacientes em % Resultado SELF REPORT QUESTIONNARIE (SRQ) 100% 80% 60% 82% 40% 20% 0% 18% < ou = 6 > ou = 7 Pontos obtidos FIGURA 02 – Que define dois grupos de indivíduos um com maior probabilidade de ter um transtorno mental comum e de outro, com maior probabilidade de não o ter. Foi utilizada a Escala de HADS – Avaliação do nível de depressão consta de sete perguntas de múltipla escolha, no qual cada uma tem pontuação diferente e com a soma das Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (12-16), 2014 ISSN 18088597 respostas é possível classificar transtorno em três níveis se o paciente tem ou não depressivo (FIGURA 03). Resultado da Escala de HAD Improvável 38% 40% Possível Provável 22% FIGURA 03: Avaliação do nível de depressão de acordo com os pontos de cada pergunta gerando três grupos de pacientes: improvável, possível e provável. observar que o maior valor foi o nível para provável para depressão em que as mulheres obtiveram 37% (n=37) e os homens o maior valor foi de improvável Ao distribuir a Escala de HAD por gênero (FIGURA 04) 09% (n=09). podemos Distribuição a Escala de HAD por gênero 37% 40% 35% 29% 30% 25% 19% 20% 15% 10% 9% 3% 5% 3% 0% Improvável Possível Homens Provável Mulheres FIGURA 04 - Avaliação do nível de depressão separando o resultado por gênero. Nível de significância (p<0.05). As diferenças nos dados entre mulheres e homens são explicadas através da diferentes formas que cada um dos gêneros expressarem os desequilíbrios resultantes de Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (13-16), 2014 ISSN 18088597 fatores ambientais estressantes. mulheres do que em homens, mesmo Sendo assim diversos estudos afirmam que considerando perturbações diferentes países, em comunidades e com depressivas afetam predominantemente as mulheres 11. Maior persistência pacientes dos estudos que realizados procuram em serviços psiquiátricos 22. episódios depressivos em mulheres do em Algumas pesquisas sugerem homens, permeada pela influência de que a prática de atividades físicas pode pressões sociais, estresse crônico e baixo auxiliar na terapia de reabilitação em nível pacientes com distúrbios psicológicos, de satisfação associados ao desempenho de papéis tradicionalmente atuando femininos ou pela forma diferencial entre relacionamento interpessoal e estimulando gêneros de lidar com problemas e buscar a superação de pequenos desafios 27. Nesta soluções 26. pesquisa observou-se que a prática de A prevalência de depressão é como catalisador de exercícios físicos é baixa (FIGURA 05). duas a três vezes mais frequente em 27% 83% Sim Não FIGURA 05 – Percentual de pacientes que praticam exercícios físicos. As alterações no peso corporal, em pacientes tratados com antidepressivos, podem ter diversos fatores, relacionados à melhora da doença, aos efeitos colaterais da droga ou induzidas pela própria sintomatologia da doença trabalho foi relatada 28 . Assim neste com maior prevalência a perda de peso em 47% (n=47), ganho de peso 43% (n=43), mantiveram o peso 16% (n=16) (esses haviam iniciado da medicação há poucos meses) e não lembravam o peso anterior foi de 04% (n=04). Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (14-16), 2014 ISSN 18088597 (n=58) dos pacientes relataram não ter sido CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a verificação dos dados obtidos através de formulário SRQ foi verificado que o percentual de TMC é de 82% (n=82), mas 18% (=18) deram improvável para TMC, desses 94% (n=17) deram negativo para depressão na escala de HAD somente 6% (n=01) deu possível para depressão. O gênero feminino é o que mais utiliza antidepressivo principalmente informado sobre riscos de: dependência, orgânicos, comportamental e terapêutico. A falta de informação relatada pelos pacientes pode ter interferência devido ao viés de memoria do mesmo e também pode estar relacionada ao fato da maioria das prescrições serem efetuadas por clínico geral. Os pacientes também relataram uma resposta de melhora significativa após ter iniciado o tratamento. Foi entre os casados. A idade entre os pacientes que buscam antidepressivos variou de 18 a 73 anos sendo o grupo de maior predominância dos 40 aos 59 anos. A prevalência da ocorrência de depressão foi maior em indivíduos com a idade média, com nível de escolaridade baixa e nível econômico de 01 a 03 salários certa dificuldade na aplicação do questionário, devido a muitos pacientes ter receio em responder o que realmente sente, assim escolhendo as opções que lhes pareciam melhor, alguns apresentavam sintomas clínicos de depressão como desvio do olhar e cabisbaixo. Outros pacientes se sentiam muito bem em conversar e contar de sua mínimos. Em relação especialidade do medico que prescreveu o medicamento, foi observado que a maioria é de clinico geral, sendo 82% (n=82) dos receituários e apenas encontrada 11% (n=11) receitada por neurologista/psiquiatra. Dos entrevistados relataram ter sentido reações desagradáveis após o uso do medicamento entre essas reações o que mais foi relatado é falta de apetite, sonolência, boca seca, tonturas e indisposição. Em relação às orientações medicas sobre efeitos adversos os índices foram relativamente baixo em que 58% vida alguns se empolgavam e contava estórias de infância, mas houve casos em que pacientes se emocionaram durante a conversa com pesquisador, pois se sentiam inúteis dando trabalho para os familiares e 46% (n=46) relataram ter tentado suicídio ou pensado em suicidar. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 1, 2015, p (15-16), 2014 ISSN 18088597 REFERÊNCIAS 1. DANGELO, G. FATTINI, A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 2ª ed. São Paulo: Atheneu. 2. MACHADO, A.; Neuroanatomia funcional, 1997. 3. NISHIDA, Silvia M; Mecanismos de comunicação entre os neurônios e dos Neurônios com os órgãos efetuadores. São Paulo 2007; 4. SANTANA, A. D. A. A saúde mental na perspectiva da estratégia da saúde da família. Minas Gerais, 2010. 5. STAHL, Stephen M. Psicofarmacologia depressão e transtornos bipolares. Bahia, 2003. MEDSI Editora Médica e cientifica Ltda. 6. VISMARI, L.; ALVES, G. 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