ler – epidemia silenciosa que causa reflexos na saúde

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LER – EPIDEMIA SILENCIOSA QUE CAUSA REFLEXOS NA
SAÚDE DOS BANCÁRIOS
Gláucia Wasconcelos Silva
Departamento de Engenharia de Produção / Universidade Federal da Paraíba - Cidade UniversitáriaCampusI-CasteloBranco-JoãoPessoa(PB)–Fone:(83)3227-0572 - Email:[email protected]
Francisco Soares Másculo
Departamento de Engenharia de Produção / Universidade Federal da Paraíba - Cidade Universitária, Campus I
-Castelo Branco - João Pessoa (PB) – Fone: (83) 216-7124 - E-mail: secmestrado@Produção.ct.ufpb.com.br
Abstract: As transformações que ocorrem no mundo atual, de âmbito tecnológico, político,
econômico, e social, provocam mudanças na cultura da sociedade e cria nas empresas, novos
processos de trabalho. No contexto transmutacional apresentado, a classe trabalhadora sofre
alterações surpreendentes, decorrentes dessas transformações rápidas, contínuas e
assustadoras. Numa visão sistêmica, os bancários não estão conscientizados, das
conseqüências decorrentes com a implementação desse novo modelo institucional e reagem
fisiologicamente e psicologicamente, diante dos novos fatores de risco encontrados nos locais
de trabalho. Às Lesões por Esforços Repetitivos – LER, surgem de forma silenciosa, nesses
trabalhadores, como forma de epidemia. Este trabalho foi realizado em uma Instituição
Financeira Estatal de grande porte no país, com registros relativos ao ano de 1999, numa
amostragem realizada em 368 funcionários (72% do quadro funcional da grande João Pessoa
e 47% em todo o Estado) de 20 agências, e detectando nos mesmos, através de um
levantamento epidemiológico, apenas 28 trabalhadores reconhecidos com LER, para 210 já
sintomáticos, totalizando uma incidência de 57% dessa enfermidade, nesse público-alvo.
Concluindo, às LER crescem progressivamente nesses trabalhadores, concomitantemente, ao
índice de absenteísmo e, conseqüentemente, reduz a produtividade, transtornando a vida dos
trabalhadores e o lucro dos banqueiros.
Palavras chave: Tecnologia, LER, Bancários.
1. INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico vem transformando as empresas modernas, provocando uma
reestruturação dos sistemas, gerencial, organizacional e administrativo, conseqüentemente,
mudando os processos de trabalho.
No novo paradigma da instituição moderna, a competitividade, representa a grande
alavanca para o incentivo de sobrevivência da “melhor organização”, progredindo, aquela
mais criativa, flexível, com funcionários qualificados e saudáveis que propiciem redução
dos custos, maior produtividade, qualidade nos serviços e encantem os clientes.
A globalização desencadeia estas mudanças no mundo empresarial e as organizações
se espelham, nas suas especificidades, heterogeneidade, racionalização e ordenação
variada. Observamos dentro desses princípios à ambigüidade, seres humanos com
intuições, impulsos, ações e reações diferenciados.
O ambiente de trabalho interage com o homem e inclui o ambiente interno e externo,
de forma global, representando todo o sistema de trabalho.
As Instituições Financeiras, onde predominam a visão mecanicista e na ânsia de
conquistar os objetivos descritos acima, exigem um ritmo de trabalho acelerado, trabalhos
fragmentados sem pausas regulamentares, horas extras, não remuneradas, rapidez no
atendimento ao cliente, pressão hierárquica, instabilidade no emprego e outras.
Os fatores acima citados desencadeiam no trabalhador, fadiga, sofrimento mental,
stress, desmotivação, medo de perder o emprego, insatisfação, angústia e depressão, anulam
a sua capacidade de raciocínio, de criatividade, de flexibilização na realização das tarefas, e
intercomunicação com os outros setores.
No contexto acima, cresce o número de doenças ocupacionais, sendo as Lesões por
Esforços Repetitivos – LER/DORT, aquela que apresenta maior incidência nos bancários.
OLIVEIRA et. al.(1998), esclarece que as transformações ocorridas no processo de
trabalho bancário, decorrente principalmente da informatização e automação de grande
parte das tarefas, trouxeram conseqüências importantes para os trabalhadores, aumentando
consideravelmente os riscos de doenças provocadas pela organização de trabalho, tais como
a LER e o estresse.
A acelerada informatização do setor bancário resultou em um aumento de funções
manuais, pouco diversificadas, esvaziadas de conteúdo e repetitivas. Além disso, a forma
de organização do trabalho que impõe um elevado controle sobre os trabalhadores, com
pressão na realização das tarefas, exigências de rapidez, precisão e responsabilidade.
O presente trabalho trata de um estudo de caso realizado em um Banco Estatal de
grande porte no país, com registros relativos ao ano de 1999, objetivando detectar a
incidência de LER nos seus trabalhadores (levantamento epidemiológico), levantar os
fatores de risco que propiciam o surgimento dessa doença ocupacional e buscar as possíveis
estratégias de prevenção, redução e combate das mesmas.
A amostragem foi realizada em 20 agências de um Banco Estatal, pesquisando 368
funcionários (72% do quadro funcional da grande João Pessoa), que representa um
percentual de 47% em todo o Estado, onde foi constatada no término desta pesquisa, uma
alta incidência de LER/DORT, nesse público-alvo.
2. BASE CONCEITUAL
OLIVEIRA et. al.(1998), enfatiza que a L.E.R/DORT é uma doença ocupacional que
vem crescendo de forma assustadora, provocando mutilações e seqüelas reversíveis e
irreversíveis nos trabalhadores, além de desencadear nas empresas, aumento do
absenteísmo e dos custos; redução do lucro, da produtividade e da qualidade nos serviços
prestados.
MACIEL (1998), relata que a L.E.R. vem se agravando paulatinamente, pelo
desconhecimento sobre a sua patologia, pela ausência de intervenção ergonômica nas
condições de trabalho, pois se torna necessário um conhecimento aguçado sobre o que é a
L.E.R, quais os fatores de riscos e as formas de preveni-los e minimizá-los.
Segundo MARTINS (1998), a L.E.R. é considerada a última doença do século.
Apresenta disfunções ligadas ao sistema músculo-esquelético relacionadas ao trabalho que
mais acomete os trabalhadores do mundo.
2.1. Histórico das LER
OLIVEIRA et. al.(1998), explicita que com a Revolução Industrial, o médico
italiano RAMAZZINE, considerado o pai da Medicina do Trabalho, detectou as Lesões
Por Esforços Repetitivos no ano de 1700, nos escrivões e denominou de “Doença dos
Escrivões”.
Em 1920 as Lesões Por Esforços Repetitivos era chamada de “Doença dos Tecelões”,
por acometer esses trabalhadores.
Os autores acima, esclarecem que no Japão, em 1958, foram descritos os primeiros
casos de LER relacionados à informática. A síndrome foi chamada de “Distúrbio cérvicobraquial ocupacional”, e se manifestava em perfuradores de cartões. Enfatizam ainda, que o
termo LER foi introduzido no Brasil, em 1986 pelo médico Mendes Ribeiro, como tradução
de Repetitive strain injuries e referendado pelo 1 Encontro Nacional de Saúde. Por
curiosidade, cita que o famoso compositor Schumam, que perdeu a condição de usar o
piano em decorrência de provável LER.
MACIEL (1998), relata que na década de 80 houve uma verdadeira descoberta de
L.E.R., nos bancários, digitadores, músicos, telefonistas, artistas plásticos, dentistas,
trabalhadores das linhas de montagem, etc.
Foi publicada em 06/08/1987, no Brasil a Portaria 4.062, pelo Ministério da
Previdência e Assistência Social, reconhecendo a tenossinovite como doença do trabalho.
As Comunicações de Acidentes do Trabalho (C.AT.) de tenossinovite registradas pelo
INSS, nessa época, eram centradas na função de digitadores.
2.2. Conceito
De acordo com a Norma Técnica sobre L.E.R. do INSS (1993), “L.E.R, é a
terminologia que descreve as afecções (doenças) que podem atingir tendões, sinóvias,
músculos, nervos, fáscias ou ligamentos de forma isolada ou associada; com ou sem
degeneração dos tecidos - afetando principalmente, mas não apenas, os membros
superiores, região escapular e pescoço.
De origem ocupacional, decorre, de forma combinada ou não, dos seguintes fatores:
• uso repetitivo de grupos musculares;
• uso forçado de grupos musculares;
• manutenção de postura inadequada.
De acordo com a Ordem de Serviço 606-INSS (1998), que disciplina a nova Norma
Técnica, o conceito de L.E.R. /D.O.R.T é o seguinte: “às lesões causadas por esforços
repetitivos são patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam
insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em conseqüência do trabalho
realizado de forma inadequada...”.
2.3. Nomenclatura
SMITH et. al (1996), relatam que as Lesões Por Esforços Repetitivos foram descritas
inicialmente como Tenossinovite Ocupacional, aqui no Brasil.
A Ordem de Serviço 606 - INSS (1998), substitui a expressão L.E.R., por D.O.R.T.
(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). A terminologia L.E.R. continua
sendo aceita devido a sua disseminação.
2.4. Tratamento
HELFENSTEIN et. al. (1996), esclarecem que o tratamento das LER deve sempre
conter a correção dos fatores ergonômicos e dos fatores biomecânicos envolvidos.
A cinesioterapia e as medidas fisioterápicas, entre elas a termoterapia, a eletroterapia
e a hidroterapia, podem trazer benefícios. Além de medicamentos analgésicos,
antiinflamatórios, e relaxantes musculares, de uso sistêmico ou local.
Lembram ainda, os autores acima, que no tratamento das LER, o paciente é
imobilizado por duas semanas e é feita a prescrição dos medicamentos. Após este período,
dependendo do quadro clínico apresentado, o paciente poderá usar a tala noturna por mais
duas semanas. Sendo a cirurgia o último recurso usado.
2.5. Graus das LER
De acordo com as Normas Técnicas sobre LER – INSS (1993), estão especificados
abaixo os estágios da L.E.R a partir do Grau I:
Segundo IIDA. (2000), GRAU ou FASE “0” de L.E.R. – O trabalhador submetido aos
fatores de risco para LER pode se queixar no final do expediente e durante picos de
produção, de uma sensação de desconforto ou peso nos membros superiores, de forma
localizada ou não, que imediatamente cessa com repouso ou com a diminuição do ritmo de
produção. Raramente procuram o serviço médico e não há sinais no exame físico. Nesta
fase a única indicação estará na necessidade de intervenção no ambiente de trabalho.
GRAU I: Surge um desconforto, sensação de peso no membro afetado. A dor é espontânea
e às vezes surge com pontadas durante a jornada de trabalho. Com o repouso ela desaparece
e não há sinais clínicos. Quando comprimida a massa muscular comprometida à dor surge
de forma leve e o prognóstico é bom.
GRAU II: Durante a jornada de trabalho a dor aparece mais intensa, persistente e de forma
intermitente. Nos períodos de exacerbação há uma redução de produtividade do
trabalhador. A dor torna-se localizada, com redução de sensibilidade e poderá vir
acompanhada de calor e formigamento. Ainda poderão surgir nódulos. O prognóstico é
favorável.
GRAU III: A dor torna-se mais persistente, forte, intensa e apresenta-se irradiada. Mesmo
com o repouso às vezes ela não desaparece e surge também, fora da jornada de trabalho,
principalmente à noite. Há redução da tonicidade muscular, queda de produtividade,
limitações de movimentos e dificuldade de executar tarefas domésticas.
Os sinais clínicos surgem principalmente com o edema, acompanhado de
transpiração. Poderá existir perda da sensibilidade. Quando apalpada a massa muscular
afetada a dor é forte. Nesta fase não é aconselhável o retorno ao trabalho. O prognóstico é
reservado.
GRAU IV: A dor surge contínua e forte, desencadeando um intenso sofrimento. Ela
acentua-se com os movimentos e irradia-se por todo o membro afetado. É comum a perda
de força e controle dos movimentos. O edema persiste e poderão surgir deformações, como
atrofia dos dedos pelo desuso dos mesmos.
É anulada a capacidade de trabalho e a invalidez é caracterizada pela impossibilidade
de exercer o trabalho regularmente. Ocorrem problemas psicossomáticos com quadros de
depressão, insônia, angústia, ansiedade e medo. O prognóstico é sombrio.
2.6. Quadro clínico das LER
•
•
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•
•
Tenossinovite - inflamação do tecido que reveste os tendões;
Tendinite - inflamação dos tendões;
Epicondilite - inflamação das estruturas do cotovelo;
Bursite - inflamação das bursas - bolsas localizadas entre os ossos e os tendões das
articulações do ombro;
Miosites - inflamações dos músculos;
Síndrome do Túnel do Carpo - compressão do nervo mediano ao nível do punho, etc.
3. TRANSDISCIPLINARIDADE DESTA PESQUISA
Esta pesquisa necessitou de um estudo interdisciplinar, com noções básicas
prioritárias, sobre a Ergonomia, Antropometria, Fisiologia, Biomecânica, Anatomia e
Psicologia, objetivando um trabalho mais aprofundado das LER, nos bancários.
IIDA (2000), esclarece que a “Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o
homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos
conhecimentos em anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos
desse relacionamento” (Ergonomics Research Society, Inglaterra).
4. METODOLOGIA
O presente estudo trata de uma pesquisa de campo exploratória e descritiva, que busca
a criação de estratégias preventivas para os bancários, objetivando a prevenção,
minimização e controle das LER, nesse público-alvo. Foi solicitada inicialmente, uma
autorização a Direção Regional do Banco Estatal em estudo, localizada neste Estado, para a
realização da pesquisa de campo nos seguintes locais:
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Em 20 agências bancárias do referido Banco, da grande João Pessoa (PB);
Na Caixa de Assistência Médica dos funcionários do Banco em estudo;
Em outros Departamentos da Empresa.
Posteriormente, foi realizada uma investigação epidemiológica através dos seguintes
tipos de epidemiologia:
•
•
Epidemiologia descritiva que se preocupa com a ocorrência, distribuição e extensão do
processo saúde e doença de uma população;
Epidemiologia analítica, objetivando identificar as características principais desses
trabalhadores.
Foram identificadas as principais características desse público-alvo:
•
•
•
Número de funcionários por sexo;
Faixa etária
Posição mais comum de trabalho;
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Funções exercidas no local de trabalho;
Tempo nessas funções;
Número de funcionários com e sem LER/DORT.
5. RESULTADO
O Banco estatal em estudo, da grande João Pessoa (PB), em 1999, era detentor de 23
agências, com um quadro funcional de 513 empregados.
A amostra desta pesquisa contou com a participação de 20 agências, englobando 368
funcionários, o que correspondeu a 72% do quadro funcional desse público eleito,
representando ainda, 47% dos seus trabalhadores em todo o Estado da Paraíba.
Com respeito aos sintomas de LER, 210 trabalhadores apresentavam sintomatologia
da lesão (57%), com dores mais constantes, no pescoço, ombros, região dorsal e lombar,
punhos, braços, mãos e dedos, dependendo da função exercida e da susceptibilidade de
cada um. Deste público-alvo analisado, 158 (43%) eram assintomáticos.
Dos funcionários observados, 238 eram do sexo masculino e 130 do sexo feminino.
A posição mais comum que os trabalhadores realizavam as suas tarefas era
predominantemente a posição sentada, com 346 funcionários, contra apenas 22 na posição
em pé.
No estudo da faixa etária, 110 funcionários estavam entre 30 - 40 anos, 229 de 40 - 50
anos e 29 acima de 50.
Nos levantamentos por função, 38% dos empregados eram caixas, 19% operadores de
teclado e 43% realizavam outras atividades também repetitivas.
Considerando o tempo exercido pelos trabalhadores em cada função, apresentaram
191 funcionários no período de 0 – 3 anos; 54 de 3 – 6; 24 de 6 – 9; 33 de 9 – 12; 26 de 12
– 15; 18 de 15 – 18; 14 de 18 – 21 e 8 < 21. Quadro 1.
Quadro 1 – NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS / TEMPO DE FUNÇÃO (anos)
Período
0 - 3 3 - 6 6 - 9 9 - 12
Nr/Funcionários 191
54
24
33
Fonte: Pesquisa de campo, 2001.
12 - 15 15 - 18 18 - 21 < 21
26
18
14
8
Com relação aos custos, se contabilizar o afastamento dos 210 funcionários que já
apresentavam sintomas de LER, no ano de 1999, proporcionalmente ao registro de 28
trabalhadores reconhecidos com LER, nesse mesmo ano, onde os mesmos, apresentaram
despesa anual para o Banco em estudo, correspondente a R$ 47.145,00 (simplesmente com
o absenteísmo), teria o resultado de R$ 3.535.875,00. Tabela 1.
TABELA 1. CUSTOS COM ABSENTEÍSMO FUNCIONAL
ANO 1999
Total
Custo anual/R$
DOS LESIONADOS, EM 1999.
FUNCIONÁRIOS
FUNCIONÁRIOS
RECONHECIDOS
SINTOMÁTICOS
28
210
47.145,00
3.535.875,00 (Projeção)
FONTE: Pesquisa de campo, 2001.
6. PREVENÇÃO
Os profissionais que pesquisam, educam e se preocupam com a Saúde e Segurança do
Trabalho, têm refletido e redimensionando novas estratégias de intervenção, no que diz
respeito às doenças ocupacionais, e optando pela transdisciplinalidade, buscam uma forma
de prevenção e controle para essas enfermidades.
Estratégias propostas neste trabalho, para prevenção das LER/DORT:
•
•
•
•
•
•
•
Implementação de um Programa de Prevenção das LER/DORT para os bancários,
objetivando conscientização funcional, de forma continuada, sobre os fatores de risco
e formas de preveni-los e minimizá-los, através de palestras (com recursos audiovisuais: slides, transparências para retro-projetor, fitas de vídeo), cartilhas educativas
etc.;
Ajuste nas estações de trabalho, respeitando os estudos ergonômicos e
antropométricos, de forma a assegurar conforto e segurança aos trabalhadores;
Prática diária de exercícios labora: alongamentos, consciência corporal, técnicas de
respiração e relaxamento no início das atividades;
Formação de multiplicadores do programa de prevenção e controle das L.E.R., nos
locais de trabalho, objetivando a sua disseminação e resultado satisfatório;
Rodízio dos trabalhadores que executem tarefas repetitivas, para atividades não
repetitivas;
Aplicar pausas regulamentares para descanso;
Envolvimento das CIPAS, SEESMT, e Sindicatos, neste programa, buscando a saúde
integral dos trabalhadores;
7. CONCLUSÃO
O Banco Estatal pesquisado apresenta um alto índice de trabalhadores com os
sintomas iniciais de LER/DORT, necessitando de uma intervenção urgente, de caráter
preventivo, objetivando evitar a cronicidade dessa patologia, o seu combate, minimização e
controle.
É necessário que os administradores conheçam os perigos das L.E.R., tanto para os
funcionários como para a Instituição. Daí integrem no Planejamento Estratégico da
Empresa, o Programa de Prevenção e Controle dessa doença profissional (seguindo os
princípios legais da Medicina Empresarial), se envolvam integralmente no mesmo, em
busca do equilíbrio funcional e empresarial, conquistando saúde para os trabalhadores e
maior produtividade/lucro para a empresa.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HELFENSTEIN, Milton et. al. Prevenção e tratamento dos Distúrbios músculoesqueléticos ocupacionais. São Paulo: Centro Brasileiro de Ortopedia Ocupacional,
Fascículo 5: p. 11-15, 1996.
IIDA, Itiro. Ergonomia Projeto e Produção. São Paulo: Edgard Blucher, 2000.
L.E.R - Lesões por Esforços Repetitivos - Normas Técnicas p/ avaliação da
Incapacidade. Brasília: MPS / INSS, 1993.
MACIEL et. al. Ergonomia e Lesões Por Esforços Repetitivos. Rev. Proteção nr. 08, vol.
02, 1998.
MARTINS, Ivan. A última doença do século. 1998.
Ordem de Serviço 606. Brasília: MPS / INSS, 1998.
OLIVEIRA, Chrysóstomo Rocha. Manual Prático de L.E.R. Belo Horizonte: Health,
1998.
SMITH, Michel J. Considerações Psicossociais sobre os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT) nos Membros Superiores. Tradução: Maria Cristina
Palmer Lima Zamberlan - Laboratório de Ergonomia / Divisão de Desenho Industrial
/Instituto Nacional de Tecnologia, 1996.
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