9-Recristalização da Acetanilida LIC 1999

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Nomenclatura
Acetanilida
Água
Clorofôrmio
Fórmula
Mol
(g/mol)
pf ºC
pe ºC
C8H9NO
135,17
113-115
304-305
H2O
18,02
0
100
CHCL3
119,38
-63,5
61-62
Densidade
Solubilidade
Toxidade
1 mL se dissolve em
185 mL de água, ou
1,219
em 20 mL de água em
ebulição, 3,4 mL de
etanol, 3 mL de
metanol, 18mL de éter,
47 mL de benzeno.
.
Miscível com etanol,
( 3,98 º) 1,0000 metanol e acetona.
( 20 º) 1,484
Benzeno
C6H6
78,01
5,5
80,1
( 15º) 0,8787
Acetona
C3H6O
58,08
-94
56,5
0.788
Éter etílico
C4H10O
74,12
-123,3
34,6
( 20 º) 0,7134
Etanol
C2H6O
46,07
-114,5
78,5
0,789
Água: 1mL/200mL
;miscível com álcool,
benzeno, éter,
tetracloreto de
carbono.
Miscível com álcool,
clorofôrmio, éter,
dissulfeto de carbono,
tetracloreto de
carbono, acetona.
Miscível com água,
dimetilformamida,
álcool, clorofôrmio,
éter.
Insolúvel em água,
solúvel em benzeno e
etanol
Solúvel em água e em
solventes polares
Inalação pode causar
hipertensão, parada
respiratória e miocardio
podendo levar a morte,
alem de ser cancerígeno
Exposição provoca dor
de cabeça, tontura e
vômito, depressão,
hilariedade, parada
respiratória, perda da
consciência e leucemia,
irrita os olhos, nariz e
pele.
Grande exposição irrita
os olhos, nariz e
garganta, dor de cabeça,
tontura e dermatite.
Prejudicial quando
inalado, irritante e
anestésico
Propriedades
Físicas
Cristais ortorrômbicos
em forma de palhetas
incolores.
Líquido incolor, não
inflamável
Cristais cúbicos e
higroscópicos
Líquido inflamável de
odor característico.
Líquido volátil e
inflamável de odor
característico.
Líquido volátil e
inflamável
Causa náuseas e vômitos, Líquido inflamável e
se ingerido diminui os
incolor
reflexos, exitação mental
Nomenclatura
Cloreto de Cálcio
Fórmula
Mol
(g/mol)
pf ºC
pe ºC
Densidade
CaCl2
110,99
772
1600
2,152
93,12
-
184-185
(20º ) 1,022
CH3COOH
60,05
16,7
118
(25º) 1,049
C4H6O3
102,9
-73
139
(15º) 1,080
Anilina
Ácido Acético
Anidrido Acético
Solubilidade
Toxidade
Sol. em água e em
álcool
28,6 ml de água fria e
15,7 ml quente,
miscível com benzeno,
álcool e clorofórmio
Miscível com água,
álcool, glicerol, eter.
Pouco solúvel em
água, álcool, eter e
clorofórmio
Propriedades
Físicas
Cristais brancos.
Envenenamento com
ingestão acima de 0,25
ml. Vertigem, dor de
cabeça, anemia, anorexia
Produz queimadura na
pele, ingenstão causa
corrosão na boca, provoc
vômito e diarréia.
Produz irritação, necrose
para os tecidos no estado
líquido ou vapor.
O
O
NH2
CH3
+
Anilina
C
NaAc/HAc
HN
C
CH3
O
CH3
+
C
O
Anidrido Acético
O
Acetanilida
CH3
C
O
Acido acético
H
RECRISTALIZAÇÃO
PURIFICAÇÃO DA ACETANILIDA
1. Com pequenas amostras (0,1 g) em tubo teste,
verificar qual é o melhor solvente:
Água, etanol, éter etílico, clorofórmio, acetona e benzeno
2. Escolher o melhor solvente
água em ebulição (± 200 mL) + 10 g de acetanilida +
impurezas: Quinona (traços), anilina, Ac. Acético, acetato
de Sódio
3 Adicionar carvão ativo para adsorver impurezas
coloridas (1 a2 % em peso da amostra) ou seja 0,2 g.
ATENÇÃO para não colocar excesso, nem adicionar com
a solução em ebulição!
4 Agitar a mistura e deixar aquecer por alguns minutos
em ebulição.
5 Aquecer o funil do sistema de filtração por gravidade.
6 Filtrar por gravidade a quente rapidamente
7 Recolher o filtrado num becker
Solução filtrada com a acetanilida +
impurezas solúveis: Ac. Acético,
Acetato de Sódio, Anilina
Impurezas insolúveis + carvão
ativo retidos no filtro com a
quinona adsorvida
8. Deixar recristalizar por resfriamento
9. Separar os cristais por filtração a vácuo
Cristais de acetanilida purificados +
água mãe (Traços Ac. Acético, Anilina e
Acetato de Sódio)
Solução filtrada contendo
acetanilida (traços) e impureza
solúveis
10. Lavar com água gelada várias vezes
11. Deixar secando com passagem de ar.
Cristais de acetanilida purificados +
Traços (Ac. Acético, Anilina e Acetato
de Sódio)
Solução filtrada contendo traços da
acetanilida e traços impureza solúveis
que estavam impregnadas junto com
a água mãe
12. Levar a amostra para um dessecador e deixar por uma
semana.
13. Pesar a amostra e calcular o rendimento
14. Determinar o ponto de fusão da acetanilida utilizando o
aparelho do laboratório.
Cristais de Acetanilida devidamente
embalado e rotulado
Introdução a Recristalização
 Quais compostos?
 Técnica
 Seletividade
 Cristalização, como ocorre e
velocidade
 Rendimento e pureza
 Impurezas
 oclusão – mecânica , isomórfica e
não isomórfica
 inclusão
 adsorsão
Principais Erros
1. Resfriamento muito rápido da
solução
2. Escolhe um solvente inadequado
Solubilidade
 Escolha do melhor solvente
g de
soluto/100
mL solvente
C) solvente ruim, pois é muito
solúvel altas temperaturas
A) bom solvente, muito solúvel em altas
temperaturas e pouco solúvel em baixas
temperaturas
B) o pior solvente, não é
solúvel nem a quente, nem a
frio
temperatura
Figura 1: Gráfico da solubilidade × temperatura
Acetanilida em água
g acetanilida/100 mL água
5
4
3
2
1
0
20
40
60
80
100
Temperatura ºC
Figura 2: Gráfico da solubilidade da acetanilida.
 Dependência da solubilidade
1. Polaridade
2. Tamanho da molécula
Tabela 1: Ordem decrescente de polaridade do Solvente
H20
RCOOH
RCONH2
ROH
RNH2
RCOR
ROCOOR
RX
ROR
ArH
RH
Água
Acidos organicos (ácido acético)
Amidas (N,N-dimetilformamida)
Alcool ( metanol, etanol)
Aminas ( trietilamina, piridina)
Aldeidos, cetonas (acetona)
Esteres (Acetatode etila)
Haletos organicos (CH2Cl2>CHCl3>CCl4)
Eteres ( eter dietilico)
Aromáticos (benzeno, tolueno)
Alcanos (hexano, éter petróleo)
 Cristalização e velocidade
” Pureza dos compostos
” Sucesso da recristalização
” Condições de precipitação
♦
♦
♦
Temperatura
Concentração
Solubilidade
A figura 3 relaciona solubilidade com a temperatura.
D
B
Região instável
Concentração
do soluto
C
A Região não saturada
Temperatura
A-B é a curva de solubilidade;
C-D é a curva de supersolubilidade
Â
Impurezas nos precipitados
™ A coprecipitação ocorre por adsorção de íons e moléculas
A inclusao pode ser:
Inclusão isomórfica: o contaminante não altera a
rede cristalina, para evitar separar o contaminante
antes da precipitação
B) Inclusão não isomórfica: o contaminante não
altera a rede cristalina até um limite.
C) Oclusão, o contaminante é incorporado de forma a
formar grandes alterações na rede cristalina. A digestão do
precipitado em contato com a água mãe, diminui
sensivelmente a oclusão.
Ocorre também a oclusão de água.
A)
 Rendimento
Ocasiona perda de materiais, conforme a pureza
Impuro (9g A+2g B)
Primeira cristalização
Puro (8g A +1g B)
Solução (1 g A+1 g B)
Segunda cristalização
Bem puro (7 g A)
Solução (1 g A+1 g B)
Figura 4: purificação por recristalização.
 Escolha do solvente
™ Como é um bom solvente para recristalização?
™ Características
do solvente:
” Ser facilmente removido quando o composto
purificado estiver seco.
” Permitir uma boa
(recristalizaçao)
formação
dos
cristais
” Não reagir quimicamente com a substância a ser
purificada
™ Para escolher o solvente, faz-se teste
preliminares, ou consulta-se a literatura.
” Solvente que solubilizar o composto a
quente, e recristalizar a frio.
” Analizar ponto de ebulição do solvente para
não ultrapassar o ponto de fusão do
precipitado (formação de um óleo).
” Toxidade do solvente
Tabela 3: Solubilidade da Acetanilida
Solvente
Água
Etanol
Metanol
clorofôrmio
Acetona
Glicerol
Dioxano
Éter etílico
Temperatura ºC
100
80
50
25
20
20
78
20
20
20
20
20
20
g soluto/100 mL
solução
5
3,45
0,84
0,54
0,46
29
167
33
27
25
20
12,5
5,6
Tabela: Solventes usados na recristalização
Ponto
ebulição
Água destilada
Metanol
Etanol absoluto
95% Etanol
Benzeno
cloroformio
Acido acético (glacial)
Dioxano
Acetona
Eter etílico
Eter de petroleo
Tetracloreto
carbono
de
Ponto
fusão
Solubilidade Observações
em água
100
0
+
65
78
78
80
61
*
-114
-114
5
-63,5
+
+
+
-
118
17
+
101
56
35
30 - 60
77
11
-94
-123
*
*
+
+
-
A ser usada sempre que for
apropriada
Inflamável
Inflamável
Inflamável
Inflamável e toxixo
Não inflamável, vapores
tóxicos
Não muito inflamável,
vapores irritantes
Inflamável
Inflamável
Inflamável
Imflamável
Odor caracteristico
 Combinação de solventes.
Tabela 3 Combinações de solventes miscíveis usados na recristalização
Metanol-Água
Etanol-Água
Ácido Acético- Água
Acetona-Água
Éter-Metanol
Eter-acetona
Eter-Eter de petróleo
Benzeno-ligroína
Cloreto de metila-Metanol
Dioxano-Água
 Técnica
™ Dissolução da amostra
™ Filtração por gravidade
™ Recristalização
™ Filtração a vácuo
™ Lavagem do precipitado
™ Secagem do precipitado
™ Determinação do ponto fusão
™ Dissolução da amostra
” A quente e saturado
” Cuidado com impurezas insolúveis
” Uso do condensador de refluxo
” Não esquecer das pedras de porcelana
” Carvão ativo (1 a 2 % p/p).
” Cuidado com exesso
” Nunca em ebulição!
™ Filtração por gravidade
” Separa o
insolúveis
filtrado
de
impurezas
” Problemas:
Recristalização precoce no papel de filtro.
•
Quantidade extra de solvente
•
Aquecer funil antes e durante a filtração (fig 6)
Figura 6: Esquema de aquecimento do funil
Como dobrar o papel de filtro
” Esquema da filtração
™ Recristalização
” Processo lento e delicado
” Taxa de resfriamento determina o
crescimento dos cristais
” Eventuais problemas com a recristalização
Substância baixo ponto fusão forma o óleo
Resistência a recristalização, faz-se a indução a
cristalização
Tempo de recristalização
Solventes voláteis usa-se condensador de refluxo
Figura 8: Esquema do refluxo,
usado com solventes voláteis
 Filtração a vácuo
Bomba
de vácuo
Figura 9: Filtração a vácuo
Cuidados:
Com papel de filtro
Com o vácuo
Despejar primeiro a água mãe
Com o volume no funil
 Lavagem dos Cristais
Por quê lavar?
Solvente limpo e gelado
Solvente mais volátil
Secar com passagem de ar
 Secagem.
™
™
™
™
Secagem ao ar livre
Papel absorvente
Uso de estufas
Dissecador
” A vácuo
” Sem vácuo
Precauções no uso do dissecador se for usado vácuo
•
•
•
•
Cuidado com amostras que sublimam facilmente
Cuidado para não implodir o dissecador, então por
medida de segurança deve-se usar uma gaiola protetora
Para tornar o dissecador livre de ar, untar a superfície
esmerilhada da tampa e do corpo com vaselina.
Usar um kitassato de segurança entre o dissecador e a
bomba de vácuo.
 Determinação do ponto de fusão
P.F é a T onde começa formar líquino sob l atm.
Composto puro, intervalo fusão ± 0,5ºC.
L
Pressão
de vapor
M
L’
Ponto de fusão
Temperatura ºC
Figura 8: razão da fusão do sólido cristalino ser constante
Influência de impurezas.
Usado como critério de identificação e avaliação
do grau de pureza.
T
E
M
P
E
R
A
T
U
R
A
ºC
A 100 %
Impureza 0 %
Líquido ( A + impureza)
Liquido +
impureza
Liquido +
sólidoA
Sólido A
+
EUTÉTICO
impureza
mistura eutética
0%A
100 % impureza
Figura 9: Efeito impureza sobre o P.F.
Para se determinar o ponto de fusão, pode se
usar métodos experimentais ou instrumentais
Experimentais:
Exemplo de instrumental
 Segunda Recristalização
Pode-se concentrar o filtrado através de evaporação,
e forçar uma nova recristalização, mas sempre
levando em conta que o produto obtido não é menos
puro que o da primeira recristalização.
APARELHAGEM UTILIZADA NA TÉCNICA
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