VII Seminário Hospitais Saudáveis São Paulo, 17 e 18 de setembro de 2014 Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês RESUMO DO PÔSTER A ARQUITETURA COMO FORMA DE CURA: ESTUDO PARA PROJETO DE UM CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO PARA A CIDADE DE JOINVILLE, SC, BRASIL Janaína Schumacher Bail Formada em Arquitetura e Urbanismo em 2012 pela Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC, na cidade de Joinville. A arquitetura tem como principal objetivo criar ambientes que proporcionem o bem estar das pessoas que deles usufruem. Nesse contexto, vislumbrando os ambientes hospitalares, chama atenção a importância da humanização desses espaços. Hoje, um hospital, além de responder a todas as necessidades funcionais, deve atender a todos os requisitos que podem influir sobre a psique do paciente para uma recuperação mais rápida. A nova tendência para projetos de estabelecimentos de saúde é a criação de ambientes que promovam a cura. Sugere-se então uma arquitetura leve, com acessos a jardins que integram o paciente à natureza, ambientes iluminados e ventilados, com decoração que agrade e transmita conforto, a fim de amenizar tensões e melhorar a qualidade de vida do paciente durante o tratamento. Pensando nisso, e na carência de um centro adequado para o tratamento do Câncer em Joinville, foi desenvolvido o projeto levando em consideração o estado emocional dos pacientes e o dia-a-dia deles no tratamento contra a doença. Para a elaboração e desenvolvimento do projeto, foram realizadas pesquisas em hospitais de referência em termos de conforto e humanização, como os hospitais da rede Sarah no Rio de Janeiro, projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, e o Centro de Câncer American British Cowdray, situado na Cidade do México. Foram também realizadas pesquisas nos livros de Ronald de Góes: Manual prático de arquitetura hospitalar e Manual Prático de Clínicas e Laboratórios, os quais abordam o planejamento, projeto e execução de áreas hospitalares, clínicas e laboratórios, normas do Ministério da Saúde, além das redes de atendimento de saúde do Brasil. Foi utilizada a RDC 50 - Resolução de Diretoria Colegiada, que é o principal regulamento técnico para estabelecimentos assistenciais de saúde, onde se prevê a programação, elaboração e avaliação de projetos físicos. E foi realizado estudo de caso no Hospital do CEPON em Florianópolis, onde foi visitada a nova área de internação e o setor de quimioterapia e radioterapia, a fim de conhecer a realidade e o funcionamento de um hospital oncológico. Existe uma diferença considerável entre a beleza e a eficiência da humanização hospitalar. Projetar ambientes que promovam a cura não se trata apenas de ambientes agradáveis e confortáveis. É preciso ter conhecimento científico para saber que certos elementos fazem bem ou mal, perceber quais sensações provocadas pelo espaço físico que afetam negativamente ou positivamente o paciente, e, principalmente saber mais sobre a doença que aquele ambiente irá tratar para poder proporcionar a ele um ambiente que influencie de maneira positiva na sua recuperação. Com algumas soluções arquitetônicas, como as listadas a seguir, conseguimos proporcionar melhor qualidade de vida para o paciente: inclusão de jardins ou pátios acessíveis aos pacientes possibilitando-os o uso; presença de átrios, jardins internos ou espaços aberto ao exterior; janelas baixas que permita ao paciente a visão exterior a partir do seu leito; iluminação e uso de cores adequadas; jardins externos ou locais de encontro que estimulem a interação social entre pacientes e com visitantes; integração com a natureza, onde esta apresenta todos os 1 VII Seminário Hospitais Saudáveis São Paulo, 17 e 18 de setembro de 2014 Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês RESUMO DO PÔSTER elementos necessários para estimular o usuário a prender sua atenção através dos sentimentos positivos que causam. Dessa forma, segundo Corbella (2003) a arquitetura pode ser um instrumento terapêutico se contribuir para o bem estar do paciente com a criação de espaços que, além de acompanharem os avanços da tecnologia, desenvolvam condições de convívio mais humana e ambientes menos apáticos. O desconforto ambiental nos edifícios hospitalares não pode ser um problema a mais, todos os ambientes precisam ser pensados levando em consideração a fragilidade do usuário que vai utiliza-lo. Aspectos como arquitetura leve e diferenciada, iluminação natural, ventilação natural, cores, texturas e contato com a natureza são elementos em que o arquiteto hospitalar deve apostar para tornar o ambiente hospitalar mais humano e assim fazer uma arquitetura que promova a cura. Palavras-chave: arquitetura hospitalar - humanização – qualidade de vida Categoria: A - Pesquisa científica. Tema: 9 - Edifícios: Apoiar projetos e construções de hospitais verdes e saudáveis 2