HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR COM FOCO EM UTI Sabe-se que quando a doença chega a pessoa é retirada de forma repentina, indesejada e inesperada de seu convívio familiar, social e de suas atividades cotidianas. A necessidade de uma internação hospitalar tende a piorar ainda mais, se esta precisa ser em um leito de UTI, então a situação fica ainda mais crítica não só para pessoa doente, como para familiares e amigos. Quando a pessoa necessita de um tratamento mais intensivo, entrar em uma Unidade de Terapia Intensiva tem uma equipe preparada para recebê-lo, com todo aparato tecnológico de que é munida uma UTI, para ações rápidas e eficazes no diagnostico e tratamento. Entretanto do outro lado da porta tem uma família angustiada e observa-se que vários são os motivos que a remetem a esta situação de desconforto como: a chegada inesperada da doença, o desconhecimento da instituição, da equipe, dos procedimentos e até mesmo do ambiente de UTI que ainda é acarretado de uma certa negatividade entre tantas outras duvidas e questionamento que temos frente ao desconhecido. Asclépio, médico da batalha de Tróia (2), citado por Homero e glorificado depois como Deus da medicina, preconizava em seus ensinamentos a importância de uma boa acolhida ao enfermo, interessando-se por seu todo: ambiente, interesses, família cultura motivações e sintomas eram condições básicas para sua recuperação (TRUCHARTE, 2002 p.30). Na perspectiva da reabilitação humanizada, o paciente não pode ser visto como um número, um caso, sem rosto sem personalidade. A ótica a alcançá-lo deve abranger a totalidade da sua pessoa e proporcionar condições favoráveis de restabelecimento. Entender que o doente que esta em suas mãos é apenas parte de um todo (família, amigos, comunidade) e que não pode ser tratado de forma fragmentada e que a família tem um papel importante no processo de recuperação. O profissional de serviço social faz parte desta equipe, insere se neste contexto sendo a ponte que liga a família com a pessoa doente, e facilitando o diálogo da família e equipe, e família com médico, sendo que ao ser bem acolhida, esta família só terá a contribuir para o tratamento e recuperação de seu ente querido. Segundo o PNHAH, 2001, Humanização Hospitalar “é resgatar o respeito à vida humana, levando-se em conta as circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas, presentes em todo relacionamento humano.” Sendo assim, a humanização deve se proceder com o doente em todo cuidado a ele dispensado, transcendendo as técnicas de atuação. A equipe deve agir de maneira clara e objetiva com o paciente, a família e comunidade, sendo ética, ouvindo com carinho, atenção e respeito, sendo compreensivo, dedicado e competente em suas ações, são pequenas coisas, que fazem uma grande diferença no processo de recuperação. Fica claro que para prestar um atendimento humanizado e, que realmente faça a diferença para o paciente e a família não precisamos de um ambiente sofisticado, uma tecnologia de ultima geração, de técnicas muito aprimoradas, precisamos sim de uma equipe composta por pessoas de boa vontade de ouvir, pensar, falar e agir. Lembrando sempre que “o paciente não se preocupa com o quanto você sabe, mas com o quanto você se preocupa com ele” Referencias Bibliográficas TRUCHARTE, Fernanda Alves Rodrigues ET AL. Psicologia Hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. – Brasília-DF-2001 GELCI BORGES DA FONSECA CRESS/SC 4441 ASSITENTE SOCIAL – HOSPITAL HÉLIO ANJOS ORTIZ - CURITIBANOS