UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ - UNOCHAPECÓ ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO O ENDOMARKETING NA BRANSALES AUTO CENTER GUILHERME CARRIERO DO NASCIMENTO CHAPECÓ - SC, 2010. Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ Área de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Administração Período: 8º - (Oitavo) Disciplina: Estágio Supervisionado II Coordenadora de Curso: Prof.ª Magda Bianchini Migliori - Dra. Coordenadora de Estágio: Prof.ª Ana Paula Granella Zarpelon - M.Sc. Orientador de Conteúdo: Prof. Paulo Sergio Ledra - Esp. O ENDOMARKETING NA BRANSALES AUTO CENTER Guilherme Carriero do Nascimento Chapecó - SC, 2010. GUILHERME CARRIERO DO NASCIMENTO O ENDOMARKETING NA BRANSALES AUTO CENTER Este trabalho de Conclusão foi julgado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração, e aprovado pelo Curso de Administração da Universidade Comunitária Regional de Chapecó. Prof. Ana Paula Granella – M.Sc. Coordenadora de Estágio Apresentado à Comissão Examinadora Integrada pelos Professores: Prof. Paulo Sergio Ledra – Esp. Presidente da Banca e Orientador Prof. Magda Bianchini Migliori - Dra Membro da Banca Prof. Prof. Anselmo Rocha Neto - M.Sc. Membro da Banca Chapecó/SC, 9 de Julho de 2010. Dedico este trabalho a minha mãe Marisa, que iluminou o caminho da minha vida, a meu pai Osmar, minhas irmãs Gabriela e Isadora e minha namorada Marcia, que me mostraram que não se deve desistir diante de um problema, a quem espero fazer o mesmo. AGRADECIMENTO Ao meu orientador Prof. Paulo Sergio Ledra, que me ajudou a decidir o tema do trabalho e na vivencia do mesmo. A equipe Bransales Auto Center, principalmente ao Sr. Luis Renato Gonsales, a Sra. Rosangela Brandalise Gonsales, o Sr. Luis Afonso Gonsales e o Sr. João Paulo Gonsales, por terem me aberto as portas da empresa para a realização do meu trabalho de conclusão de curso, e também me disponibilizando informações sigilosas sobre a Bransales. A equipe Happy House Brasil, em especial ao Sr. Carlos Eduardo Palhares Andre e a Sra. Analisa de Medeiros Brum, que me abriram as portas da empresa para que a conhece-se e me ensinaram o sentido de aplicar o Endomarketing em uma organização e através de respostas as minhas duvidas sobre o mesmo assunto. E a todos as outras pessoas que direta ou indiretamente colaboraram com mo sucesso deste trabalho. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo principal, verificar a viabilidade de implantação de um setor de Endomarketing na Bransales Auto Center, realizado no período de Setembro de 2009 à Junho de 2010, situada na Cidade de Chapecó, Estado de Santa Catarina, através de pesquisas realizadas em livros e artigos disponíveis na Biblioteca da Universidade Comunitária Regional de Chapecó. Para tal processo foram identificados os modelos utilizados e quais os problemas frequentes que a empresa passa pela falta do Endomarketing. Identificou-se problemas na comunicação interna, aos quais trazem atrasos e serviços com qualidade indesejada, por motivos de motivação e orientação dos vendedores junto com os mecânicos. A falta de reuniões periódicas e palestras motivacionais é outro problema encontrado mediante a insatisfação dos clientes por não conseguirem hora para a prestação de serviços e atraso na mecânica. Verificou-se que os processos de endomarketing que a Bransales realiza falta um supervisor, ou um responsável, que saiba o que fazer na hora certa. A necessidade da implantação de um setor de Endomarketing na Bransales Auto Center surgiu após a insatisfação de alguns clientes da empresa por não conseguirem realizar a compra ou a colocação dos acessórios, e também pela falta de comunicação entre os vendedores e os clientes. Foram sugeridos alguns métodos para a implantação do Endomarketing, que ficarão a disposição do Sr. Luiz Renato Gonsales, para a implantação dos mesmos, podendo alguns serem contratadas empresas ou Instituições de Ensino para que ocorram na empresa. Palavra chave: implantação, processos, insatisfação. Palavras-Chave: implantação, processos, insatisfação. ABSTRACT This study was aimed to verify the viability of implementing an Endomarketing (internal marketing) department in Bransales Auto Center, conducted from September 2009 to June 2010, located in the City of Chapecó, State of Santa Catarina, through surveys conducted based in books and articles available at the Library of the Communitarian University of the Chapecó Region (UNOCHAPECO). To this process the models used and the frequent problems were identified in the company, due to the lack of Endomarketing. We identified problems in internal communication, which brings delays and undesirable quality services, for reasons of motivation and guidance from the salesmen along with the mechanics. The lack of regular meetings and motivational talks is another problem found by customer dissatisfaction for failing to provide hours of service and delays in mechanics. It was found that the processes of endomarketing that Bransales performs lack a supervisor or a responsible person, who knows what to do at the right time. The need for the implementing of a sector of Endomarketing in Bransales Auto Center came after the dissatisfaction of some company customers for failing to make a purchase or placing accessories, and a lack of communication among salesmen and customers. Some methods for Endomarketing implementation were suggested, that will be available to Luiz Renato Gonsales, for their implementation, and some may be contracted companies or educational institutions to occur in the company. Keywords: implementation, processes, dissatisfaction. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista frontal da loja no início das atividades ............................................... 85 Figura 2: Vista antiga da frente da loja ...................................................................... 86 Figura 3: Vista atual da frente da loja ........................................................................ 86 Figura 4: Logomarca da empresa ............................................................................. 79 Figura 5: Área interna da empresa ............................................................................ 80 Figura 6: Equipe de trabalho ..................................................................................... 81 Figura 7: Equipes trabalhando .................................................................................. 83 Figura 8: Sugestão de alteração do organograma .................................................. 106 Figura 9: Sugestão de mural informativo ................................................................. 107 Figura 10: Confecção da missão ............................................................................. 109 Figura 11: Confecção da visão ................................................................................ 110 Figura 12: Confecção dos valores ........................................................................... 110 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................10 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 10 1.1.1 Objetivo geral.................................................................................................. 10 1.1.2 Objetivos específicos..................................................................................... 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................12 2.1 ADMINISTRAÇÃO............................................................................................... 12 2.1.1 Administração científica ................................................................................ 14 2.1.2 Teoria das relações humanas ....................................................................... 14 2.1.3 Função do administrador .............................................................................. 14 2.1.3.1 Planejar ......................................................................................................... 16 2.1.3.2 Organizar ....................................................................................................... 16 2.1.3.3 Estrutura organizacional ................................................................................ 17 2.1.3.4 Dirigir ............................................................................................................. 18 2.1.3.5 Controlar ........................................................................................................ 18 2.1.3.6 Organograma ................................................................................................ 19 2.1.4 Layout .............................................................................................................. 21 2.1.4.1 Os tipos de layout .......................................................................................... 22 2.2 MARKETING ....................................................................................................... 23 2.2.1 Planejamento estratégico de marketing ....................................................... 25 2.2.2 Tipos de planejamentos................................................................................. 26 2.2.2.1 Planejamento estratégico .............................................................................. 26 2.2.2.2 Planejamento tático ....................................................................................... 27 2.2.2.3 Planejamento operacional ............................................................................. 27 2.2.3 Ambiente de marketing .................................................................................. 28 2.2.3.1 Microambiente ............................................................................................... 28 2.2.3.2 Macroambiente .............................................................................................. 30 2.2.4 Mercado........................................................................................................... 35 2.2.4.1 Potencial de mercado .................................................................................... 35 2.2.4.2 Segmento de mercado .................................................................................. 36 2.2.4.3 Segmentação geográfica............................................................................... 36 2.2.4.4 Segmentação demográfica ............................................................................ 37 2.2.4.5 Segmentação baseada em produto............................................................... 38 2.2.5 Consumidor .................................................................................................... 38 2.2.5.1 Comportamento do consumidor .................................................................... 38 2.2.6 Satisfação do cliente ...................................................................................... 40 2.2.7 Processo de compra ...................................................................................... 41 2.2.8 Concorrência .................................................................................................. 42 2.2.9 Produtos e serviços ....................................................................................... 43 2.2.9.1 Tributos do produto ....................................................................................... 44 2.2.9.1.1 Marca ......................................................................................................... 44 2.2.9.1.2 Embalagem ................................................................................................ 45 2.2.9.2 Rótulos .......................................................................................................... 46 2.2.9.3 Serviço de apoio ao produto .......................................................................... 46 2.2.10 Ciclo de vida do produto ............................................................................. 47 8 2.2.11 Ações de vendas .......................................................................................... 48 2.2.12 Processo de vendas ..................................................................................... 49 2.2.12.1 Venda .......................................................................................................... 50 2.2.12.1.1 Pré Venda ................................................................................................ 50 2.2.12.1.2 Durante a venda ....................................................................................... 52 2.2.12.1.3 Pós venda ................................................................................................ 52 2.2.12.2 Promoção .................................................................................................... 53 2.2.12.2.1 Promoção de vendas................................................................................ 54 2.2.12.3 Propaganda ................................................................................................. 55 2.2.12.3.1 Mídia ......................................................................................................... 56 2.2.12.4 Relações públicas ....................................................................................... 58 2.2.12.5 Venda pessoal ............................................................................................. 59 2.2.12.6 Publicidade .................................................................................................. 60 2.2.12.7 Preço ........................................................................................................... 60 2.2.12.8 Potencial de venda ...................................................................................... 61 2.2.12.9 Segmento de mercado ................................................................................ 61 2.2.12.10 Distribuição ................................................................................................ 63 2.2.12.10.1 Canal de distribuição .............................................................................. 64 2.3 PESQUISA .......................................................................................................... 65 2.3.1 Pesquisa de marketing .................................................................................. 66 2.3.2 Pesquisa documental ..................................................................................... 66 2.3.3 Delimitação de estudo ................................................................................... 67 2.3.4 Tipos de pesquisa .......................................................................................... 67 2.3.4.1 Pesquisa exploratória .................................................................................... 68 2.3.4.2 Pesquisa descritiva........................................................................................ 68 2.3.4.3 Pesquisa casual ............................................................................................ 68 2.3.4.4 Pesquisa quantitativa .................................................................................... 69 2.3.4.5 Pesquisa qualitativa....................................................................................... 69 2.3.4.6 Pesquisa Bibliográfica ................................................................................... 69 2.3.4.7 Estudo de caso .............................................................................................. 70 2.3.5 Questionário ................................................................................................... 71 2.3.6 Observação ..................................................................................................... 71 2.4 ENDOMARKETING ............................................................................................. 71 2.5 HAPPY HOUSE BRASIL ..................................................................................... 78 3 A EMPRESA .........................................................................................85 4 METODOLOGIA ...................................................................................87 4.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .............................................................................. 87 4.2 TÉCNICA E COLETA DE DADOS ...................................................................... 87 4.3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ..................................................................... 88 4.4 DEFINIÇÃO ACERCA DA POPULAÇÃO E AMOSTRA ...................................... 88 4.5 TÉCNICA DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ................................ 88 4.6 PERGUNTAS DE ESTUDO ................................................................................ 89 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................90 5.1 HAPPY HOUSE BRASIL – AGÊNCIA DE ENDOMARKETING .......................... 90 5.1.1 Visita a Happy House Brasil .......................................................................... 90 9 5.1.2 Os clientes da Happy House ......................................................................... 93 5.1.3 Entrevista realizada com o diretor de criação da Happy House Brasil ..... 97 5.2 DIAGNÓSTICO MERCADOLÓGICO DA BRANSALES AUTO CENTER ........... 99 5.2.1 Concorrência ................................................................................................ 100 5.2.2 Mercado......................................................................................................... 100 5.2.3 Canal de distribuição ................................................................................... 101 5.2.4 Produto.......................................................................................................... 101 5.2.5 Políticas de preços ....................................................................................... 102 5.2.6 Propaganda e promoção ............................................................................. 103 5.3 O QUE A BRANSALES FAZ EM RELAÇÃO AO ENDOMARKETING .............. 103 5.4 SUGESTÃO DE MELHORIAS DO ENDOMARKETING NA BRASALES AUTO CENTER.................................................................................................................. 105 5.4.1 Criação do setor de Endomarketing ........................................................... 105 5.4.2 Sugestão do mural informativo ................................................................... 106 5.4.3 Sugestão de comunicação entre os setores vendas/mecânica. E-mails departamentais e jornal informativo .................................................................... 108 5.4.4 Sugestão de confecção da missão, visão e dos objetivos ....................... 108 5.4.5 Sugestão de treinamento para os colaboradores ..................................... 111 5.4.6 Sugestão de palestras motivacionais para os funcionários .................... 114 5.4.7 Sugestão de reuniões periódicas com os funcionários ........................... 115 5.4.8 Sugestão de caixa de sugestões ................................................................ 116 5.4.9 Criar o Cantinho do Café ............................................................................. 116 5.5 BENEFÍCIOS DO ENDOMARKETING PARA OS FUNCIONÁRIOS E PARA A ORGANIZAÇÃO ...................................................................................................... 117 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................120 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E BIBLIOGRÁFIAS ....................123 ANEXO ..................................................................................................128 1 INTRODUÇÃO No mundo competitivo, cada vez mais as empresas estão buscando programas internos de qualificação dos colaboradores e ferramentas de integração entre setores para ganhos qualitativos no clima organizacional no sentido de fomentar melhoria nos relacionamentos com o cliente externo. Tem como tema de estudo “O Endomarketing na Bransales Auto Center”. As primeiras medidas tomadas por algumas empresas é diminuir os gastos em treinamentos e desenvolvimentos esperando torná-los mais tarde, a empresa que implanta uma base de valores sólidos, conseguindo manter os empregados, saindo na frente dos concorrentes. Reflexos de melhorias em termos de qualidade de produtos ou serviços vêm atendendo direta e indiretamente os consumidores. Sendo assim, o retorno na qualidade e efetividade da comunicação interna deve se manifestar, tanto em ganho, clima e integração grupal e multifuncional, temse como problema de estudo “Quais são os problemas frequentes do Endomarketing que acontecem na Bransales Auto Center?”. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Apresentar uma proposta de implantação do Endomarketing na empresa Bransales Auto Center. 1.1.2 Objetivos específicos - Diagnosticar os procedimentos mercadológicos utilizados pela Bransales Auto Center. - Visitar a Happy House Brasil – Agência de Endomarketing, apontando os métodos utilizados na proposta de programas de endomarketing. 11 - Apresentar ações para a implantação de Endomarketing para a Bransales Auto Center. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 ADMINISTRAÇÃO Os primeiros cursos de Administração surgiram nos Estados Unidos, com a criação da Wharton Scholl, em 1881, mas no Brasil, somente na década de 50, iniciou-se de fato o ensino de Administração. (NETO, 2001). A administração é fundamental em qualquer tipo ou escala de utilização de recursos, tecnologias e competências devidamente integrados e alinhados para alcançar objetivos. (CHIAVENATO, 2006). A tarefa da administração passou a ser a de interpretas os objetivos da organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização e controle dos esforços a fim de alcançar objetivos e garantir a competitividade em um mundo altamente complexo e competitivo. (CHIAVENATO, 2006, pg. 13) Após a revolução de 64, os cursos de Administração começaram a se expandir através de Faculdades particulares, em decorrência da aceleração do desenvolvimento econômico e do consequente aumento na demanda por profissionais capazes de gerir as grandes empresas e as novas unidades produtivas do país. (BARROS NETO, 2001) De acordo com Faria (1985), o termo Administração é usado de diversas formas. A mais comum é para designar a máquina administrativa, formada de unidades de trabalho, cargos, funcionários, tarefas, normas, procedimentos, rotinas, formulários e manuais, incluindo os dirigentes, executivos, gerentes, chefes e encarregados. A administração é fundamental na condução da sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesmo, mas os meios de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com menor custo e com maior eficiência e eficácia. O termo administração é usado para identificar a ciência social abrangente e aglutinadora. Deve ser entendida como o conjunto de métodos, processos e técnicas empregadas para a racional funcionalização dos recursos disponíveis, humanos, materiais, tecnológicos, energéticos e know know específicos, objetivando gerir um organismo de forma e levá-lo com o menor dispêndio e risco a realização dos propósitos que justificam a sua criação de forma eficaz. (FARIA, 1985). “A 13 administração é um desdobramento da historia das transformações econômicas, sociais e políticas de varias culturas, necessariamente que o homem tem em sua natureza que precisam ser satisfeitas através de esforços organizados” (KAWASNICKA, 1989, p. 11). Já para Motta (2006, p. 3) “O pensamento administrativo surge com base na consolidação da lógica de mercado e na consolidação das estruturas burocráticas como forma de organização do trabalho humano com o objetivo de aumentar a produtividade e gerar lucro”. De acordo com o mesmo autor, o processo de modernização é a progressiva substituição de estruturas sociais baseadas na autoridade tradicional, como a sociedade medieval, por estruturas sociais baseadas na autoridade racional-legal e pela emergência de uma lógica de mercado. Segundo Chiavenato (2006, p. 33) “Ao longo da humanidade, a Administração se desenvolveu com uma lentidão impressionante. Somente a partir do século XX é que ela surgiu e apresentou um desenvolvimento de notável pujança e inovação”. De acordo com o mesmo autor, o trabalho sempre existiu na historia da humanidade, mas a historia das organizações e da sua Administração é um capitulo que teve inicio há muito pouco tempo. Para Faria (1985), é preciso considerar que a administração como ciência social pressupõe na sua conceituação que ela existe para apoiar, para ajudar, e que a sua missão só é valida quando respeitam os princípios éticos, morais, legais e sociais sem comprometer que mais colabora para a melhoria da qualidade de vida da mesma forma que a administração, a organização também é empregada em diferentes sentidos, fazendo-a cada vez mais confusa. A organização é a ciência do rendimento. Procura dispor os elementos funcionais de tal forma que o conjunto assim engedrado seja capaz de realizar um trabalho com o mínimo de dispêndio e risco para conseguir, no menor tempo, o objetivo pretendido, através da criação da estrutura e dos sistemas necessários (FARIA, 1985, p. ). Organizar é criar o conjunto que seja a estrutura dos sistemas que possibilitam a ação administrativa que consiste em gerir o organismo funcionalizando os recursos e buscando otimizar os resultados. (FARIA, 1985) Portanto o entendimento do processo administrativo é fundamental para traçar planos, organizar e comandar o processo e controlas as possíveis mudanças, podendo ser utilizado em todas as atividades em comum e empresarial. 14 2.1.1 Administração científica Os principais métodos científicos são a observação e a mensuração. Taylor foi considerado o fundador da moderna Teoria Geral da Administração (TGA). (CHIAVENATO, 2006) De acordo com o Chiavenato (2006), Taylor foi o precursor da moderna organização do trabalho, houve uma redução revolucionaria no custo dos bens manufaturados, aumentando substancialmente os salários, ao mesmo tempo em que reduzia o custo total dos produtos. Os trabalhadores não especializados foram tornando-se obsoletos, surgindo um novo grupo, os operadores de maquinas. A administração cientifica refere-se a cada empregado tomado individualmente, ignorando que o trabalhador é um ser humano social. A administração cientifica preocupa-se com as atividades funcionais nas empresas, para ela a padronização nas execuções das tarefas é uma forma de desenvolver e produzir com eficiência. O método utilizado é o método empírico e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela evidencia e não pela abstração. (CHIAVENATO, 2000, p. ). A administração cientifica cuida dos padrões de produção, padronização de maquinas e ferramentas, métodos e rotinas para execução de tarefas e prêmios de produção para incentivar a produtividade. (CHIAVENATO, 2006) 2.1.2 Teoria das relações humanas A origem da teoria das relações humanas tem origem nos seguintes fatores: a necessidade de se humanizar e democratizar a administração, o desenvolvimento das ciências humanas. (CHIAVENATO, 2006) Para a teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundaria na determinação do rendimento do trabalhador. Para elas, as pessoas são motivadas pela necessidade de „reconhecimento‟, de „aprovação social‟ e “participação” nas atividades dos grupos sociais nos quais convivem (CHIAVENATO, 2006, p. 66). 2.1.3 Função do administrador Existem vários desafios e decisões que devem ser tomadas pelos 15 administradores, desafios de liderar equipes e motivá-los para que as metas e objetivos sejam atingidos. Drucker (apud RICHARD, 1997), afirmam que os administradores direcionam o ramo da organização, lideram seus colaboradores e tomam decisões de como alcançar as metas e objetivos das organizações através do uso dos recursos disponíveis. “[...] Quatro funções devem ser desenvolvidas por um administrador: planejamento, organização, liderança e controle das atividades organizacionais”. (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR, 1998, p. 17). De acordo com Moraes (2001), os administradores devem utilizar essas funções de maneira sistemática e continua, pois elas possuem ligação que envolve todo o processo administrativo independente do tamanho da organização e dos níveis hierárquicos. Henri Fayol (1841-1925) foi o primeiro a definir as funções básicas do administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar – POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássicas da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foras retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalta-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram “comandar” e “coordenar” que anteriormente chamava-se Dirigir (Liderança). Atualmente, as principais funções administrativas são: - Fixar objetivos (planejar); - Analisar: conhecer os problemas; - Solucionar problemas; - Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas); - Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); - Negociar; - Tomar as decisões; - Mensurar e avaliar (controlar). 16 2.1.3.1 Planejar O planejamento tem como característica básicas da empresa a função administrativa permanente, que inclui a definição, diretrizes, planos, determinação de métodos e processos de trabalho, programação de tarefas, etc. Assim, planejar é determinar, antecipadamente, os resultados a serem alcançados e os meios pelos quais a empresa poderá alcançá-los. Há dois tipos de planos: 1) Planos que mostram um resultado a alcançar: são os objetivos ou metas; 2) Planos que definem os meios para alcançar os resultados: são as políticas ou diretrizes e os procedimentos, rotina ou métodos. Planejar significa escolher ou estabelecer a missão da organização, seu propósito e objetivos, e depois determinar diretrizes, projetos, programas, procedimentos, métodos, sistemas, orçamentos, padrões e estratégias necessárias para atingi-los. É um processo de decisão. (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR, 1998, p. 17). Para Storner e Freeman (1982), planejar é pensar antecipadamente, nos objetivos e ações sendo que os atos baseados em métodos, planos e não em palpite. Os resultados do progresso dos objetivos são acompanhados e monitorados de modo que possam ser replanejados, em caso de algum resultado insatisfatório. De acordo com o mesmo autor, as etapas de planejamento são: selecionar os objetivos da organização, em seguida organizar os objetivos dos setores da empresa, estabelecem-se metas para alcançar os objetivos. Porem antes das metas serem estipuladas, os administradores farão uma analise da viabilidade, e a possível aceitação pelos outros administradores e empregados da organização. 2.1.3.2 Organizar A organização é a palavra usada geralmente em dois sentidos. Emprega-se organização no sentido de sistema, como sinônimo de unidade, quando se diz, por exemplo: “A organização X é muito eficiente”. Organização no sentido de função administrativa pode ser definida como a construção da estrutura – de recursos e de operação – da empresa. “Organizar é colocar pessoas no lugar certo e remunerá-las 17 justamente, é estabelecer relações com outros níveis organizacionais e fazer com que os recursos financeiros físicos e humanos combinem no mesmo objetivo” (MEGGINSON, MOSLEY, PIETRI JR, 1998, p. 17). No entanto para que a organização consiga adequar seus objetivos a empresa ela necessita de uma estrutura organizacional. Depois do planejamento e da organização, a etapa seguinte é a direção, função mediante a qual o administrador data com que seus subordinados executem o que foi planejado. O administrador deverá, então, transmitir os planos aos subordinados e estimulá-los de maneira a despertar-lhes a motivação para que atinjam os objetivos e metas pré-determinadas. 2.1.3.3 Estrutura organizacional Todas as empresas apresentam suas situações de estruturas organizacionais, um visível (formal) e outra invisível (informal), as quais quando mal administradas podem trazer graves consequências para a atualidade organizacional da empresa. (COLENGHI, 2003). “A estrutura organizacional deve ser delimitada com os objetivos e as estratégias estabelecidas, ou seja, é uma estrutura básica para alcançar as situações almejadas pela empresa” (OLIVEIRA, 2002, p. 84). De acordo com o mesmo autor, organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividade e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos. “Estrutura formal é objetivo da grande parte do estudo das organizações empresariais, é aquela deliberação planejada e formalmente representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma” (OLIVEIRA, 2002, p. 86). De acordo com o mesmo autor, a estrutura informal surge da integração social das pessoas, são desenvolvidas espontaneamente, quando as pessoas se reúnem. Os componentes da estrutura organizacional são formados por (CHIAVENATO, 2006): - Sistema de Responsabilidade: constitui-se de departamentalização, linha assessoria e especialização do trabalho; 18 - Sistema de Autoridade: são constituídos de amplitude administrativas ou de controle, nível hierárquico, delegação, centralização e descentralização; - Sistema de Comunicação: constituído por quem, quando, quanto, de quem e para quem comunicar. De acordo com Colenghi (2003), a estrutura formal é aquela que possui como base os instrumentos documentais, regulamentados pela empresa. E a estrutura informal é aquela que possui com base as relações pessoais e apresenta um conteúdo variável, podendo ser ou não relativos às atividades da empresa. 2.1.3.4 Dirigir A direção é a terceira função do administrador, ela orienta as pessoas por meio da comunicação e liderança para que as metas se realizem e aconteçam. Os administradores precisam acionar e dinamizar a empresa e motivar a ação das pessoas para que as coisas aconteçam, necessita-se ter uma relação interpessoal entre o administrador e os subordinados. (CHIAVENATO, 2006) As empresas estão sempre em um processo de mudanças, sempre que os produtos e serviços mudam as pessoas que fazem da organização participam desta mudança, cada indiciou interno possui diferentes comportamentos e atitudes, e o grande desafio do administrador é comunicar, liderar e motivar os diferentes públicos internos para que todos busquem o mesmo objetivo da empresa. (MOREIRA, 2001) 2.1.3.5 Controlar Controle significa verificação da execução. Significa também a avaliação dos resultados, comparando-os com os padrões estabelecidos e corrigindo as discrepâncias que tenham surgido. O controle adota como medida-padrão o próprio plano e verifica até que ponto foi observado. (KAWASNICKA, 1989) O controle é a quarta função do administrador, esta relacionada no planejamento, organização e direção da empresa. 19 Segundo Richard (1997), o controle é fundamental nas organizações, pois através do controle o administrador acompanha o desempenho dos funcionários, controla o direcionamento das metas da empresa efetuando mudanças de planejamento quando necessário. O controle é fundamental para o acompanhamento do desempenho de um plano estabelecido. Para que o controle exista, são necessárias três etapas (RICHARD, 1997): - Fixação de Padrões: são os planejamentos que a empresa faz direcionado as metas, objetivos, podendo ser em forma de índice, valores e/ou quantidades. - Avaliação do Desempenho: é avaliar o desempenho dos objetivos traçados pela empresa; - Correção dos Desvios: esta relacionada às mudanças dos planos estabelecidos, com mudanças de planos e novos planos se necessários. Para Moreira (2001), o controle é importante, pois garante que os rumos da organização sejam compatíveis com os objetivos traçados, além de manter as políticas organizacionais conforme planejadas pela empresa. 2.1.3.6 Organograma Para Cury (2000, p. 219) “O organograma serve para representar a estrutura organizacional, é a representação gráfica e abreviada da organização [...]”. De acordo com o mesmo autor, o organograma tem como finalidade: - Os órgãos competentes da empresa; - Tanto como possível, de forma genérica, as funções desenvolvidas pelos órgãos; - Os níveis administrativos que compõem a organização; - A via hierárquica. Para representar a estrutura organizacional, deve ser utilizado o gráfico universal denominado organograma. O organograma é conceituado como a representação gráfica e abreviado da organização. Existem vários tipos de 20 organogramas, alguns simples, outros sofisticados e até complexos (CURY, 1983, p. 145). Colenghi (2003, p. 114), apresenta alguns tipos de organogramas, tais quais: - Em barras: representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da autoridade que o representa. - Em setores (Setorial, Setograma): são elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do circulo central, onde se localiza a autoridade maior da empresa. - Radial: (Solar, Circular): o seu objetivo é mostrar o macro sistema das empresas, componentes de um grande grupo empresarial. - Lambda: apresenta apenas grupos de órgãos que possuam características comuns. - Organograma Linear de Responsabilidade (OLR): possui um diferenciador em relação aos demais organogramas, pois a preocupação não é apresentar o posicionamento hierárquico, mas sim, o inter-relacionamento entre diversas atividades e os responsáveis por cada uma delas. - Informativo: apresenta um máximo de informações de diversas naturezas relacionadas com cada unidade organizacional da empresa. - Clássico (Vertical, Retangular): entre os diversos tipos de organogramas, é o mais completo, o mais usual e o que permite melhor entendimento da representação orgânica de uma empresa, inclusive por pessoas legais. Segundo Cury (2000, p. 220), pode-se dividir o organograma em: Estrutura Linear ou Militar: é representada graficamente por uma pirâmide, possui um alto grau de formalização, demonstra claramente as divisões de hierarquia na organização. Estrutura Funcional: esse tipo de organograma não possui uma hierarquia definida, pois os empregados recebem ordens de mais de um supervisor. Porem cada supervisor é especialista em sua área. Estrutura Staff-and-line: essa estrutura possui órgãos de staff junto com aos gerentes de linha, esses órgãos tem a função de assessoramento e de aconselhamento ao executivo em que estão ligadas, os staffs exercem somente autoridades de ideias, cada empregado recebe ordens de um único chefe imediato. Estrutura Tipo Comissão ou Colegiada: essa estrutura é formada por uma pluralidade de membros que desempenham diferentes funções dentro da empresa, as decisões são tomadas por um grupo, porem cada empregado tem um chefe imediato. 21 2.1.4 Layout Cury (1983), descreve que o layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos moveis, maquinas, equipamentos e matéria prima. Um projeto de layout deve ser desenvolvido, tanto quanto possível, com suas etapas e características. Segundo Araujo (2001), existem alguns indicadores de mai uso do layout, ocasionando mai aproveitamento do espaço, são eles: 1) Demora excessiva: a demora acima das expectativas é indicador que algo naquele ambiente precisa ser modificado, ou seja, é um indicador de falhas no uso do espaço físico. 2) Fluxo confuso do tamanho: o fluxo indevido causa demora no andamento burocrático, demora no fluxo de pessoas afetando muitas vezes outras unidades na organização. 3) Excessiva acumulação: com o aumento da empresa, o espaço físico começa a dificultar gerando acúmulos de pessoas e documentos. 4) Má projeção de locais de trabalho: é um layout projetado por pessoas desqualificadas ou preocupadas com as suas vontades e necessidades pessoais. 5) Perda de tempo no deslocamento de uma unidade a outra: a demora excessiva de deslocamento de um departamento para outro devido à empresa atender desejos pessoais, pode ocasionar prejuízos à organização devido ao fluxo inadequado dos processos da empresa. Com os indicadores citados, é simples traçar os objetivos dos estudos de layout. (ARAUJO, 2001, p. 52-3). Obter um fluxo eficiente de comunicação administrativa dentro da organização; Obter um fluxo de trabalho eficiente; Facilitar a supervisão; Reduzir a fadiga do empregado no desempenho de sua tarefa; Impressionar favoravelmente o cliente e visitante; Aumentar a flexibilidade para as variações necessárias. 22 Levantamento é a fase em que o analista ou a equipe responsável pelo desenvolvimento do estudo do layout deve familiarizar-se com o plano de organização e os principais procedimentos adotados. Os instrumentos para auxiliarem o layout, são diversas etapas para serem elaboradas, como desenhos ou plantas baixa da área disponível, gabaritos e itens físicos, como mesas, armários entre outros, e o estabelecimento de padrões não só para as áreas destinadas aos gabaritos, mas também dos demais empregados. Cada serie de instrumentos é derivado ao setor a ser modificado o layout, cada qual com suas instruções a serem seguidas, para atingir as metas. Segundo Araujo (2001), os responsáveis pelo estudo do layout devem estar sempre próximos das pessoas, que também compõem seu objetivo de estudo, e devem seguir algumas etapas, sendo: 1) Calcular a área (necessária e existente); 2) Fazer a planta baixa; 3) Verificar o fluxo de pessoas e papeis; 4) Determinar a quantidade e natureza dos moveis e equipamentos; 5) Determinar a extensão e localização das instalações elétricas e hidráulicas; 6) Preparar e dispor as miniaturas de moveis e equipamentos; 7) Apresentar as alterações do novo layout; 8) Implantar e acompanhar. 2.1.4.1 Os tipos de layout De acordo com Araujo (2001), os tipos de layout se dividem em: - Layout em Corredor: esse tipo de layout é formado pela divisão de pequenas salas, incentiva a relação do trabalho em equipe. Layout em Espaço Aberto: é formado por grandes áreas com grandes concentrações humanas, geralmente ocupa todo o andar, guardando apenas espaço peara salas individuais das chefias ou pessoal da 23 supervisão. Ajuda na comunicação entre as equipes, pela facilidade de trocarem ideias e pelos fluxos de documentos. - Layout Panorâmico: esse tipo de layout possui a colocação de divisórias transparentes que não segue até o teto, as mesmas são formadas de tonalidades diferentes para não padronizar o ambiente, possui um tratamento acústico para reduzir o nível de ruído. O layout e o organograma são muitos importantes para manter na organização eficiência e organização nas suas execuções. 2.2 MARKETING O marketing começa com as necessidades humanas, essas necessidades já existem nas pessoas e o papel do profissional do marketing é despertar e influenciar a compra. (KOTLER, 1998). “Mais que uma decisão não amadurecida, o conceito de marketing tem sido adotado, via de regras, como uma tabua de salvação para o crescimento ou mesmo para a permanência em mercados em continuas mutações”. (COBRA, 1992, p. 01). O marketing envolve estímulos e geração de trocas, em que duas ou mais partes, agindo de modo deliberado e espontâneo, dão e recebem algo de valor, buscando mutuamente satisfazer necessidades. Esta definição é complementada por dois significados: marketing como filosofia organizacional e processo. (URDAN, 2006) A função do marketing, mais do que qualquer outro negocio, é lidar com os clientes, entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação constituem a essência do pensamento e da pratica do marketing moderno. O bom marketing é essencial para o sucesso da organização, seja ele grande ou pequeno, com ou sem fins lucrativos, nacional ou global. Vendas e propagandas constituem apenas a ponta do Iceberg do marketing. São apenas duas das muitas funções e não necessariamente as mais importantes. (KOTLER, 2006) No sentido de filosofia, marketing é um principio básico da empresa que enfatiza o foco nas necessidades do cliente, o trabalho integrado de todas as áreas em função do mercado e a geração de lucro como consequência da satisfação dos clientes. (URDAN, 2006, p.05) 24 O marketing como processo, tem como propósito básico efetivar trocas entre fornecedores e seus mercados. Ele serve para atingir os objetivos da empresa que dependem do mercado. (COBRA, 1992, pg. 15). “Definimos marketing como um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtém o que necessitam e desejam, por meio da criação, oferta e troca de produtos e valores com os outros” (KOTLER; ARMSTRONG, 2006, p. 03). Segundo Urdan (2006), processo significa que o trabalho de marketing segue um conjunto de atividades logicamente encadeadas para alcançar resultados. Os resultados são realizar trocas, gerar valores, satisfazer e atender os objetivos da empresa. As etapas do processo incluem, por exemplo, atividades de pesquisa de mercado, analise da concorrência, definição de posicionamento e desenvolvimento de produtos. Esta é, sem duvida, a razão de ser das organizações, a identificação de necessidades a serem satisfeitas por meio de ideias, produtos e serviços, pois a função primária do marketing lembra Gerald e Park (1987, p. 03), “é ligar a organização com o meio ambiente e com os valores, as normas e a cultura geral da sociedade”. Observa-se na atualidade, em muitas atividades, empresariais ou não, que as pessoas passam a praticar o marketing quase que intuitivamente. (COBRA, 1992). Marketing é troca ou transferência entre duas ou mais partes de algo que possuem. Nesse sentido, o marketing existe desde quando as pessoas começaram a procurar e oferecer coisas aos outros na expectativa de receber algo em contrapartida, melhorando a existência de ambos. (COBRA, 1992, p. ) O propósito do marketing é realizar trocas. Estudos e experiências demonstram que o marketing depende também do papel dos funcionários e dos processos de trabalho de uma empresa. O marketing como filosofia é um principio geral orientador do trabalho da empresa que tem o cliente como elemento central. As filosofias expressam os princípios de uma organização e ajudam a definir e a identificar o caráter e seus modos de agir, elas se manifestam nas maneiras de pensar, pressupostos, padrões morais, políticas, diretrizes e normas (implícitas ou explicitas, básicas e duradouras) da empresa. (COBRA, 1992) Dessa constatação chega-se a conclusão de que a administração esteve orientada por três princípios: (COBRA, 1992) 25 1) Pela produção: o enfoque básico era a produção de mercadorias ou serviços em escala crescente que possibilita redução de custos apoiada em fabricação seriada e padronizada. 2) Pela venda: a partir do momento em que os excedentes de produção já não encontram um mercado cativado, ávido por esses produtos, tornouse importante o esforço de vendas como o único meio capaz de ajudar a colocar uma produção industrial crescente. 3) Pelas necessidades de consumo: quando o esforço de vendas já não é suficiente para colocar no mercado os estoques excedentes de uma produção massificada, não resta outro caminho senão o de buscar descobrir as necessidades de cada mercado especifico. 2.2.1 Planejamento estratégico de marketing Para as organizações serem bem sucedidas, elas necessitam de planejamento, estratégia de marketing que atinjam as metas e atinjam o público alvo. (FERRELI; HARTLINE; LUCAS JR; LUCK, 2000). Cobra (1992) comenta que a analise do cenário ambiental, é um grande desafio no planejamento estratégico, pois os ambientes são mutáveis e as necessidades pessoais também, por isso, é imprescindível um plano que estabeleça objetivos e recursos para a sua execução. “O planejamento objetiva criar metas para atingir os objetivos futuros, fornece analisar os passos planejados e executados para averiguar o andamento das metas e fazer possíveis correções se necessários” (BOONER; KURTZ, 1995, p. 116). A implementação das atividades de planejamento é a relação com a conquista dos objetivos, é a base para toda a estratégica de marketing. Linhas de produtos, preços, seleção adequada dos canais de distribuição e decisões relacionadas às campanhas promocionais, tudo depende dos planos elaborados dentro da organização (BOONER; KURTZ, 1995, p. 116). O planejamento direciona a empresa para os objetivos futuros a alcançar. 26 2.2.2 Tipos de planejamentos O planejamento direciona a empresa para os objetivos futuros em que pretendem estar e alcançar. (FERRELI; HARTLINE; LUCAS JR; LUCK, 2000). O planejamento se divide em três tipos: Planejamento Estratégico, Tático e Operacional. (CHIAVENATO, 2006). 2.2.2.1 Planejamento estratégico O planejamento estratégico envolve todos os setores da empresa, direciona as organizações para os objetivos futuros em que pretendem estar e alcançar. (MOREIRA, 2001). De acordo com Kotler (2005), o plano de marketing estratégico estabelece os mercados alvos e a proposição de valor que será oferecida com base na analise das melhores oportunidades de mercado. “O planejamento estratégico é um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa e obter um nível de otimização na relação da empresa com seu ambiente” (OLIVEIRA, 2002, p. 108). Segundo Chiavenato (2006), os objetivos estratégicos são globais e de longo prazo, possui as seguintes características: - O planejamento é projetado em longo prazo, seus efeitos variam até cinco anos; - Tem a finalidade de abranger toda a empresa, todos os recursos e áreas de atividades, atingindo os objetivos organizacionais; - O plano é organizado pela administração da empresa, sendo que todas as pessoas ficaram subordinadas ao plano. De acordo com Moreira (2001), o planejamento estratégico é planejado pela administração da empresa, possibilita planejar os recursos disponíveis e necessários, define a missão e as etapas a serem seguidas para que o planejamento ocorra como o planejado. 27 2.2.2.2 Planejamento tático De acordo com Oliveira (2002), o planejamento tático se diferencia do planejamento estratégico, pois tem finalidade de aperfeiçoar determinada área de resultado e não a empresa inteira. “O plano de marketing tático especifica as táticas de marketing, entre elas as características do produto, da promoção, formas de comercialização, preço, canais e serviços” (KOTLER, 2005, p. 69). Segundo Chiavenato (2006), o planejamento tático são os objetivos dos departamentos, tem duração de médio prazo, possui as seguintes características: - Possui a duração de médio prazo, geralmente para o exercício anual; - Tem a finalidade de envolver todos os departamentos da empresa, preocupando-se com os objetivos departamentais; - É definido no nível intermediário, em cada departamento da empresa. Para Moreira (2001), o planejamento tático é realizado pelos níveis gerenciais das empresas, tendo por objetivo tomar decisões de médio prazo, voltado para todos os departamentos da empresa, objetivando esclarecer as seguintes perguntas: o que, quando, como, onde, e por que. 2.2.2.3 Planejamento operacional O planejamento operacional preocupa-se com as atividades em curto prazo, no dia a dia, preocupa-se com o que fazer e como fazer. As atividades são voltadas para aumentar o processo produtivo, para produzir mãos com eficiência e eficácia. (MOREIRA, 2001) O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, por meio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação estabelecidas, é uma parte bem especifica da estrutura organizacional da empresa (OLIVEIRA, 2002, p. 108). Segundo Chiavenato (2006), o planejamento operacional possui as seguintes características: - É projetado para ser realizado em curto prazo, com efeito imediato; 28 - Cada tarefa é envolvida e analisada detalhadamente, preocupa-se com alcance de metas especificas; - É definido no nível operacional, para cada tarefa ou atividade; Todas as atividades operacionais da empresa devem ser conhecidas pelos responsáveis de cada setor, pois as operações são de curto prazo e abrangem toda a empresa, podendo comprometer todo o processo de ocorrer alguma falha. 2.2.3 Ambiente de marketing O ambiente de marketing é constituído de forcas externas ao marketing que podem afetar o relacionamento com os consumidores, as empresas precisam estar constantemente se adaptando as mudanças do ambiente, pois transformações são inevitáveis e a acomodação e a falta de observação podem levar as empresas a crises. (KOTLER; ARMSTRONG, 1998) O ambiente de marketing abrange o ambiente externo, o ambiente do consumidor que é mercado alvo e o ambiente organizacional interno da empresa. (FERRELI; HARTLINE; LUCAS JR; LUCK, 2000). “Analise ambiental é a pratica de rastrear as mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados” (CHURCHILL JR, 2005, p. 24). Para Cobra (1992), o ambiente de marketing é dividido em microambiente e macroambiente, essas forcas ajudam as organizações a terem bom desempenho e satisfazem as necessidades dos clientes. 2.2.3.1 Microambiente Para Kotler e Armstrong, (1998, p. 47) “O microambiente consiste em forças próximas a empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes a empresa, os fornecedores, os canais de marketing, os mercados de clientes, os concorrentes e o público”. De acordo com Gobe, et al. (2000), essas forcas que podem vir a afetar a empresa podem ser controladas, pois como a empresa é o centro dessas forças, ela determina o que os diversos públicos esperam dela. Analisando o público considerando as expectativas, são divididos em externos e internos. Os externos são 29 gerados pela comunidade, clientes e fornecedores, os internos são ocasionados pelo público interno da empresa, funcionários e acionistas. As empresas devem analisar as expectativas externas e internas para que façam parte do planejamento estratégico da empresa, para que essas forcas possam ser controladas se necessário. (MOREIRA, 2001) De acordo com Kotler (2003), os seguintes fatores do microambiente são: - Fornecedores Constituem um elo fundamental no sistema de entrada de valor para o cliente da empresa. Eles oferecem os recursos para a empresa produzir seus produtos e serviços. - Intermediários de Marketing Ajudam a empresa a promover, vender e distribuir seus bens para os compradores finais. Entre os intermediários de marketing estão revendedores, empresas de distribuição física, agências de serviços de marketing e intermediários financeiros. - Clientes Existem cinco (5) tipos de clientes: 1) Mercados Consumidores: indivíduos e/ou famílias que compram bens e/ou serviços para consumo pessoal. 2) Mercado de Negócios: compra de bens e serviços para processamento posteriores ou para utilizá-los em seu processo de produção. 3) Mercados Revendedores: compram bens e/ou serviços para revendê-los com margem de lucro. 4) Mercados Governamentais: são constituídos de órgãos governamentais que compram bens e/ou serviços para produzir serviços públicos ou para transferi-los a outros que necessitam. 5) Mercados Internacionais: consistem de compradores em outros países, incluindo consumidores, produtores, revendedores e governos. Cada tipo de mercado possui características que exigem um cuidadoso estudo por parte dos vendedores. 30 2.2.3.2 Macroambiente Na definição de Kotler (1998, p. 47) “O macroambiente consiste em forças sociais que afetam todo o microambiente, forças demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas e culturais”. Para Campos (1992, p. 39) “É um processo social que dirige o fluxo da economia de bens e serviços dos produtos aos consumidores de forma a suprir adequadamente a demanda levando em conta os objetivos da sociedade”. Para Kotler (1998), no momento de analisar o sistema macroambiental é necessário identificar as tendências do mercado, pois as empresas que desvendam as tendências e saírem na frente da concorrência terão oportunidades maiores de conquistar novos clientes. De acordo com o mesmo autor, tendências é uma direção ou sequencia de eventos que vem ocorrendo ao longo do tempo e promete durabilidade. Para Baker (2005), o sistema do macroambiente é composto por forças e tendências que apresentam oportunidades e ameaças, as empresas precisam monitorar essas forças que é a demografia, economia, naturalidade, tecnologia, política, legalidade e socioculturalidade. Os fatores econômicos afetam a empresa, com inflação, taxa de juros, investimentos e créditos de bancos. Uma economia baixa significa pessoas com menos poder aquisitivo, mais desemprego, menos comporás, afetando as organizações. Os fatores legais e políticos estão relacionados a atividades do governo local, estadual e federal e que tenham impacto significativo nas organizações. (MEGGINSON; MOSLEY. PIETRI JR, 1998). - Ambiente Demográfico O ambiente demográfico é formado pela população e suas forças. “Isso significa entender a população, sua distribuição geográfica, densidade, tendência de mobilidade, distribuição por idade, sevo, tava de nascimento, casamento e taxa de mortalidade, raças, grupos étnicos e estruturas e religiosos”. (COBRA, 1992, p. 129). “Uma população pode ser subdividida em seis grupos etários: pré-escolares, crianças em idade escolar, adolescente, adulto jovem entre 25 e 40 anos de idade, adultos entre 41 e 64 anos de idade e adulto mais velhos com 65 anos de idade ou mais” (KOTLER, 1998, p. 147). 31 É necessário estas constantemente acompanhando o mercado e o público consumidor, pois à medida que as gerações crescem, surgem mais necessidade de consumo e maior número de concorrentes. (BAKER, 2005) - Ambiente Econômico De acordo com Kotler (1998), além das pessoas os mercados necessitam de poder de compra. Esse poder de comprar existirá se houver renda, preços, poupanças, empréstimos e disponibilidade de crédito. As empresas devem estar atentas nos padrões de renda e de gastos de bem de consumo. “Como o mercado é constituído de pessoas, com renda e disposição para gastar, é preciso avaliar com clareza a influencia da economia nas estratégias de uma organização, pois sem renda não há consumo” (COBRA, 1992, p. 132). Cobra (1992) comenta que o ambiente econômico é o mais propicio para afetar os negócios financeiros, pois não existe controle sobre ele. Por essa razão é necessário prever-se dos acontecimentos, buscar informações atualizadas referentes à inflação, crescimento da renda e as variações nos gastos de consumo. De acordo com o mesmo autor, possui quatro estágios de negócios no ambiente econômico: 1) A prosperidade: existe quando há elevado crescimento, pouco desemprego, renda alta. Os consumidores gastão, as empresas investem mais em marketing, ocasionando mais custos e detrimentos dos lucros quando a economia declinar. 2) Recessão: é causada pelo desemprego, causa diminuição no consumo, redução de itens produzidos e redução de gastos com promoções. 3) Depressão: ocorre quando há um alto índice de desemprego e diminuição do poder de compra. Neste momento a empresa necessita focalizar as vendas nos clientes potencializados, ou seja, nos consumidores que ainda possuem renda. 4) Retomada: neste estágio o alto índice de desemprego é reduzido e a renda começa a estabilizar estimulando o poder de compra. Segundo Kotler (1998), os países variam muito no nível e na distribuição de renda, um dos fatores das variações é a estrutura industrial que esta ligada a quatro tipos: 32 1) Economia de Subsistência: estas economias estão ligadas a agricultura simples, a maior parte da produção é consumida e o restante é trocado por bens e serviços. Simples. 2) Economias Exportadoras de Matéria Prima: são economias ricas em recursos naturais e suas receitas provem das exportações desses recursos. 3) Economia em fase de Industrialização: nessa economia a manufatura representa entre 10% e 20% do produto nacional bruto (PIB). 4) Economias Industrializadas: manufaturados e fundo são de grandes exportadoras investimentos, comprar de bens produtos manufaturados e exportam a outros países em troca de matéria prima e bens semi-acabados. - Ambiente Natural A destruição e degradação do ambiente natural vêm causando fortes impactos ao sistema ambiental, no entanto algumas empresas já estão investindo em projetos para diminuir os problemas de poluição. (KOTLER, 1998) Os profissionais de marketing precisam estar mais conscientes das ameaças e oportunidades associadas a quatro tendências do ambiente natural: a escassez de matérias primas, custos de energia crescente, níveis crescentes de poluição e mudanças do papel dos governantes em relação à proteção ambiental (KOTLER, 1998, p. 150-1). Muitas empresas já estão conscientizando-se da importação da preservação dos recursos naturais, pois muitos não são renováveis. Os consumidores estão dispostos a pagar mais caro por produtos verdes e as empresas poderão ajudar a preservar, purificar os gases, reciclando, tratando a água industrial. Ou seja, buscar meios alternativos que não causem danos ambientais e satisfaçam o consumidor final. (KOTLER, 1998) O ambiente natural inclui os recursos naturais que os profissionais de marketing usam como subsidio ou que são afetados pelas atividades de marketing. As preocupações ambientais cresceram muito nas duas ultimas décadas. Alguns analistas de tendência rotularam os anos 90 de “década da terra” e declararam que o ambiente natural é o tema mundial de maior importância para as empresas e para o público. Os profissionais de marketing devem conscientizar-se de quatro tendências do ambiente natural: escassez de matéria prima, aumento da energia, 33 aumento da poluição, intervenção governamental na administração dos recursos naturais. (BAKER, 2005) - Ambiente Tecnológico De acordo com Kotler (1998), a tecnologia molda a vida das pessoas, as novas tecnologias que estimulam valores aos consumidores estimulam o investimento e a atividade econômica. “Surgem, então, oportunidades de inovação que irão revolucionar os produtos atuais e seus processos de fabricação, proporcionando mais conforto e rapidez e ao mesmo tempo melhorando a qualidade de vida das pessoas” (COBRA, 1992, p. 137). De acordo com o mesmo autor, os desafios não serão técnicos, mas comerciais, para desenvolver usos e aplicações de novos produtos. Assim, além de investimentos em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias, as reserva financeira serão usadas para pesquisas mercadológicas para descobrir novas tecnologias de consumo. O ambiente tecnológico é talvez a força mais significativa que atualmente molda nosso destino. A tecnologia nos apresenta maravilhas como os antibióticos, transplantes de órgãos e computadores portáteis, mas também horrores, como os mísseis nucleares, o gás dos nervos e a metralhadora. Foram desenvolvidos produtos variados, como o automóvel, a televisão e os cartões de credito. Toda tecnologia nova substitui uma tecnologia antiga. (BAKER, 2005, p. ) A tecnologia transforma a sociedade e gera consequências em longo prazo, nem sempre previsíveis, por isso o profissional de marketing deve observar as tendências tecnológicas. (KOTLER, 1998) - Ambiente Sociocultural Segundo Cobra (1992), as pessoas são influenciadas pelos valores, normas e comportamentos do meio onde estão inseridas. O ambiente cultural e social estão em constante transformação, por isso é necessário que os profissionais de marketing estejam junto ao consumidor para conhecer seus hábitos e preferências de consumo. O ambiente cultural é constituído de instituições e outras forças que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e os comportamentos da sociedade. Crescemos em uma sociedade especifica que molda nossos valores e crenças básicas, absorvendo uma visão de mundo que define nossos relacionamentos com os outros. As seguintes características culturais podem afetar as decisões do marketing: persistência de valores culturais, mudanças dos valores culturais secundários, a visão das pessoas sobre as organizações, a visão das pessoas sobre a sociedade, a visão das 34 pessoas sobre a natureza, a visão das pessoas sobre o universo. (BAKER, 2005, p. 34) As pessoas relacionam-se na sociedade de diferentes maneiras, pois segundo Cobra (1992), elas possuem seis diferentes tipos de vida: - São pessoas inovadoras geralmente lideres ou donos de negócios. São aqueles que fazem a diferença onde estão. - Conservadores são aqueles que trazem com sigo o conservadorismo e o costume de vidas passadas. - Tomadores são pessoas descomprometidas com a vida e com o trabalho, marginalizados que buscam prazer longe do trabalho. - Transformadores são pessoas de forte personalidade com ideias e objetivos claros e pensamentos críticos. - Pesquisadores gostam de descobrir novas ideias em pesquisas. - Escapers são pessoas que estão presentes no ambiente, porém com o pensamento em outro lugar. As pessoas do marketing devem usar esses tipos culturais em instrumentos de conhecimento para desenvolver novas estratégias de vendas para cada estilo de consumidor. (COBRA, 1992) - Ambiente Político e Legal Este ambiente segundo Kotler (1998, p. 153) “é composto de leis, órgãos governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam varias organizações em sociedade”. Muitas decisões do marketing são afetadas pelas leis, porém muitas leis surgem para criar oportunidades para a empresa. (KOTLER, 1998) As decisões do marketing são seriamente afetadas pelo desenvolvimento do ambiente político. O ambiente político é constituído de leis, agencias governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam varias organizações e indivíduos em uma dada sociedade. (BAKER, 2005, p. ) As empresas devem estar atentas as novas leis que surgem e se modificam a cada dia, essas leis limitam as ações e projetos das empresas, visando à proteção do consumidor. (COBRA, 1992) 35 2.2.4 Mercado O mercado está ligado ao processo de compra e venda de produtos, por pessoas que possuam um poder aquisitivo, autoritário e disposição para comprar (BOONE; KURTZ, 1995). “Um mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo especifico disposto e habilitado para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo” (KOTLER, 1998, p. 31). Segundo o mesmo autor, o tamanho do mercado é identificado através da quantidade de pessoas que possuem necessidade e estão dispostas a trocar ou a comprar o que necessitam. No mercado os vendedores vendem bens, serviços e comunicação, em troca de mercado recebem dinheiro e informação. As empresas devem identificar e selecionar o mercado em que vão atuar e o potencial de compra e venda que almejaram adquirir. (COBRA, 1992) 2.2.4.1 Potencial de mercado O potencial de mercado surge de uma necessidade, ou seja, uma condição de oportunidade atual ou futura que as empresas podem aproveitar. Porém para que as empresas tenham sucesso no mercado é necessário que as necessidades e desejos sejam percebidos pelas empresas e que o consumidor possa adquirir e beneficiar-se dos novos produtos no mercado (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). O potencial de mercado é quando um dado segmento do mercado – País, Estado, Município ou Bairro – pode gastar com determinado produto ou serviço. Ou seja, é quando dinheiro há na Mao dos clientes potenciais para comprar um determinado serviço ou produto (BAKER, 2005, p. ). O potencial total de mercado é a quantidade máxima de vendas (em unidade ou valor monetário) que pode ser avaliado para todas as empresas de um setor de atividades durante certo período de tempo, sob um dado nível de esforço de marketing do setor e em dadas condições ambientais. As empresas antes de lançar um produto no mercado, devem analisar o potencial de mercado, ou seja, quantos desses produtos o mercado possui capacidade de consumidor. (COBRA, 1992) 36 2.2.4.2 Segmento de mercado Para ter mais competitividade e poder atender bem o mercado consumidor as empresas estão buscando segmento de mercado em que pretende atuar. Os segmentos de mercado devem ser identificados e medidos, mesmo sendo difícil de coletar os dados comportamentais, se as necessidade forem identificadas é mais fácil de desenvolver estratégias. Os segmentos estáveis são um segmento mais fácil de adaptar as mudanças. Pois as mutações são facilmente identificadas. (COBRA, 1992) A segmentação de mercado resulta de isolamento de fatores que distinguem certo grupo de consumidores de mercado global. Estas características como idade, sexo, localização geográfica, renda e padrão de despesas, tamanho da população e mobilidade, entre outras são fatores vitais no sucesso de uma estratégia global de marketing (BOONE; KURTZ, 1995, p. 221). Para Gobe, et al. (2000, p. 44) “Segmentação é o processo de dividir um grupo heterogêneos de clientes em grupos homogêneos entre si, formando segmentos com as mesmas características, comportamentais e de necessidades”. Segundo Boone e Kurtz (1995), os quatro segmentos mais utilizados para segmentas o mercado são a segmentação geográfica, demográfica, psicográfica e a segmentação baseada em produtos. 2.2.4.3 Segmentação geográfica Dividir o mercado global em grupos homogêneos com base em localidade é muito importante para as empresas, pois conhecer os padrões de produtos e as tendências de cada população é muito importante para conquistar e ampliar novos mercados. (BOONE; KURTZ, 1995). As pessoas estão mudando constantemente seus hábitos, trocando de cidade, região, residência e em consequência dessas mutações ocorrem novas aberturas de mercados e para as empresas que estão acompanhando as oportunidades de crescimento (BOONE; KURTZ, 1995, p. ). As empresas estão utilizando informações em dados estatísticos e relatórios, porém esses dados são difíceis se serem encontrados. Muitos estão utilizado o 37 sistema de informações geográficas, um instrumento que registra as diferentes dimensões das informações em um mesmo mapa. (COBRA, 1992) 2.2.4.4 Segmentação demográfica A segmentação demográfica é utilizada pela empresa por si só e por outras variáveis que podem ajudar a área de segmentação. O mercado pode utilizar algumas características demográficas importantes para segmentar o mercado (COBRA, 1992). - Posição do consumidor no ciclo de vida: o estágio do ciclo de vida é uma das variáveis mais utilizadas para segmentação demográfica, os estágios geralmente são definidos pelo estado civil, faixa etária, ocupação e classe socioeconômica. - Idade: alguns produtos são estabelecidos preços baseados pela idade dos consumidores, como seguro de vida e seguro de saúde. - Sexo: alguns produtos são utilizados tanto por homens como para as mulheres, porém muitos são direcionados apenas para homens e outros para a classe feminina. - Religião: o comportamento das pessoas, os vestuários e as atitudes são fortemente formados pela religião. - Raça: são as características físicas comum de um grupo de pessoas. - Subcultura: é o comportamento de um grupo de pessoas em relação ao progresso, personalidade, materialidade, atividade, informalidade, individualidade, idade, entre outros. - Tamanho da Família: cada tamanho da família possui necessidades diferenciadas como, tamanha da casa, idade, entre outros. O segmento demográfico deve analisar os diferentes tipos de consumidores e suas tendências de vida. Assim as empresas poderão se especializar e antevir as oportunidades. 38 2.2.4.5 Segmentação baseada em produto Para Boone e Kurtz (1995, p. 232) “A segmentação baseada no produto envolve a divisar de uma população em grupos homogêneos, centradas nas características da relação do consumidor com o produto”. Segundo o mesmo autor, a segmentação dos produtos pode ser destacada da seguinte maneira: - Envolve os benefícios que as pessoas buscam em comprar determinado produto, e a empresa oferece ao cliente algo a mais de que sua concorrência, com serviços personalizados, produtos diversificados que trazem ao consumidor praticidade e agilidade. - Quanto tempo terá a duração do produto e a sua utilidade, ou seja, o volume que as pessoas comprar e a um determinado produto de acordo com cada perfil, grande, médio e eventual, podendo focalizar o marketing no usuário e não usuário. - O grau de fidelização com a marca é um dos critérios para segmentar o mercado. Porém parte das empresas, tem um grande desafio de criar estratégias que fidelizam os clientes a empresa e a marca. 2.2.5 Consumidor Os clientes possuem diversos tipos de necessidades. Estas necessidades são mutáveis e a empresa precisa estar atenta a essas mudanças para melhorar e modificar as estratégias de marketing. (COBRA, 1992) 2.2.5.1 Comportamento do consumidor O comportamento do consumidor é envolvido pelas influencias culturais, sociais e influencias familiares. (BOONE; KURTZ, 1995). O comportamento do consumidor traduz-se na procura por bens e serviços aos quais mantém uma relação, sobretudo com relação aos fatores culturais, que afetam as expectativas individuais sobre produtos ou serviços (BAKER, 2005). 39 Comportamento do consumidor é o processo pelo qual os consumidores e compradores organizacionais tomam decisão de compra. O comportamento do comprador é um tempo amplo que se aplica tanto ao consumidor final, como a compradores organizacionais que adquirem produtos industrializados (BOONE; KURTZ, 1995, p. 168). De acordo com Kotler (1998), os fatores culturais é uma das maiores influencias no comportamento do consumidor. O papel exercido pela cultura e classe social do comportamento do consumidor. A cultura é o que determina os desejos e o comportamento de uma pessoa. Essa cultura as pessoas adquirem quando criança, com o passar do tempo os valores, percepções, comportamento através da vida familiar vão ganhando importância, o que para algumas pessoas é significativo e importante, mas para outros não tem valor nem importância. A cultura é formada de varias subculturas, que incluem a nacionalidade, religião, grupos raciais e região geográfica. Muitas dessas subculturas constituem um importante segmento de mercado, por isso os profissionais de marketing devem estar atentos aos produtos e propaganda de marketing que atendem esses desejos. Além dos fatores culturais o comportamento do consumidor é influenciado pelos fatores sociais, com grupos de referencia que influenciam no modo de vida das pessoas, nas atitudes e no autoconceito, grupos de famílias onde os pais têm poder de influenciar e a posição na sociedade como a função que exerce na em presa, os lugares onde frequenta influenciam nos produtos comprados, pois o status começa a fazer parte da vida das pessoas. Outro fator importante na vida do consumidor são os fatores pessoais que incluem o estágio do ciclo de vida, ocupações, situação econômica, estilo de vida, personalidade e autoestima. (COBRA, 1992) Segundo o mesmo autor, o estágio do ciclo de vida das pessoas é formado pelas seguintes etapas: - Solteiro; - Recém casado, sem filhos; - Nicho cheio I: filhos menores de seis anos de idade; - Nicho cheio II: casais com filhos acima de seis anos; - Nicho cheio III: casais com filhos independentes; - Nicho vazio I: casais com filhos vivendo fora de casa, já com a família independente trabalhando; 40 - Nicho vazio II: casais com filhos fora de casa, chefes de família; - Sobrevivente solitário que trabalha; - Sobrevivente solitário aposentado. Os profissionais de marketing devem estar atentos às necessidades de cada população, pois para cada estágio da vida as necessidades são modificadas. “As pessoas são estimuladas pelas necessidades e pela motivação” segundo Boone e Kurtz (1995, p. 175), motivação são estados internos que conduzem uma pessoa em direção à meta de satisfazer uma necessidade sentida. A ação é tomada para reduzir um estado de tensão e restabelecer o equilíbrio. De acordo com Boone e Kurtz (1995), as necessidades das pessoas podem ser caracterizadas na pirâmide de Maslow, que é formada pelas seguintes maneiras: - Necessidades Fisiológicas: são as necessidades primarias como, alimentação, vestuário, saúde, remédios, entre outras; - Necessidades de Segurança: física e financeira; - Necessidades Sociais: treinamento pessoal aceitação na família e na sociedade, respeito das pessoas, status; - Necessidade de Actorialização: actorialização. Analisar o comportamento do consumidor para atender a satisfação de suas necessidades é um importante aliado para o marketing. 2.2.6 Satisfação do cliente A satisfação do cliente está relacionada ao desempenho percebido e as expectativas dos clientes. Não é necessário apenas satisfazer, mas sim satisfazer o máximo possível os clientes para que eles não busquem a concorrência. (KOTLER, 1998). “Satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produtor (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa” (KOTLER, 1995, p. 53). As expectativas dos clientes surgem pelas experiências de compras anteriores, recomendação de amigos, colegas, informações da empresa e da concorrência,m as empresas não devem criar expectativas dos consumidores e 41 melhorar suas condições de atendimento, criar uma cultura empresarial de funcionários comprometidos e engajados com a empresa, dispostos a encantar o consumidor. (BAKER, 2005). “Na realidade, o consumidor compra não o que o serviço ou produto é,m mas a satisfação da necessidade que o produto ou o serviço de produzir” (COBRA, 1992, p. 345). De acordo com o mesmo autor, estar atenta às necessidades e percepção dos clientes, juntamente com uma equipe preparada, disposta a atender o cliente como ele merece, fará com que os clientes não busquem a concorrência e se tornem fiel a empresa. 2.2.7 Processo de compra O processo de compra surge para satisfazer uma necessidade. São esperados benefícios a partir da oferecida pelo produto. Esses produtos são vistos pelo consumidor como um conjunto de tributos com capacidades diversificadas de satisfazer as necessidades. (KOTLER, 1998) Para as empresas serem bem sucedidas, os profissionais de marketing tem que os além de influenciar os compradores precisam entender como os clientes tomam suas decisões de compra, quem toma a decisão, quais os tipos de decisão de compra e as etapas do processo da compra. De acordo com Kotler (1998), existem cinco papeis que as pessoas podem assumir em uma decisão de compra. 1) Iniciador: a primeira pessoa que da a ideia da compra; 2) Influenciador: pessoas com sugestões e ponto de vista influenciam na compra; 3) Decisor: pessoa que decide se deve comprar o que, como e onde comprar; 4) Comprador; pessoa que efetua a compra; 5) Usuário: pessoa que utiliza o produto ou serviço. É de grande importância para o pessoal de marketing conhecer as principais fontes de informação e influencia que o consumidor recorre antes do ato de compra, 42 como fontes pessoais, comerciais, públicas e fontes experimentais como uso de produtos ou manuseio. (KOTLER, 1998) Os consumidores usam o processo de decisão no ato da compra, reconhecem um problema ou oportunidade, buscam a solução do problema em fontes internas como a lembrança da comunicação pessoal, experiências, e fontes externas como famílias, pessoas conhecidas, após avaliam critérios de avaliação para escolher uma alternativa de compra, após a efetivação da compra o consumidor pode estar satisfeito com a escolha ou insatisfeito pelas expectativas (BOONER; KURTZ, 1995). Os profissionais de marketing precisam conhecer e avaliar que são os compradores e desenvolver meios de influenciar para que os clientes não busquem a concorrência. 2.2.8 Concorrência O conjunto de empresas que fornecem produtos e serviços iguais ou similares e que atuam no mesmo mercado são chamados de concorrentes. Os profissionais de marketing enfrentam três tipos de concorrência, através da venda de produtos similares, através da substituição por novos produtos e a disputa por clientes. (BOONE; KURTZ, 1995). Administrar as ações da concorrência é um dos grandes desafios de um administrador. Através da atuação da concorrência que as empresas tendem a se modificar, a criar novas estratégias de mercado, a ir em busca de novos clientes e se destacar com diferenciais competitivos, para poder vencer a concorrência e ganhar espaço no mercado. São das ameaças e oportunidades que uma empresa tende a crescer. (COBRA, 1992, p. ) Para Kotler (1998), existem quatro níveis de concorrência baseadas no grau de substituição dos produtos: 1) Concorrência de Marca: são empresas que vendem produtos iguais ou similares a concorrência, porém não há disputa entre as empresas; 2) Concorrência Industrial: ocorre quando uma empresa vê a outra empresa como concorrente do mesmo produto. 3) Concorrência de Forma: ocorre quando uma empresa vê a outra como concorrente do mesmo produto ou serviço. 43 4) Concorrência Genérica: é quando uma empresa vê seus concorrentes como todas as empresas que concorrem pela mesma moeda do consumidor. As empresas devem estar atentas ao mercado consumidor, e questionar-se para ter bem claro quais são os maiores concorrentes, quais os objetivos estratégicos da concorrência, seus pontos fortes e fracos, sua participação n o mercado, quais os mercados que podem ser abandonados em função da concorrência futura e quais podem ser substituídos para o seu produto. (COBRA, 1992). 2.2.9 Produtos e serviços É um desafio muito grande para as empresas de serviços buscarem clientes, pois necessita que os clientes avaliem os serviços, a qualidade antes de se iniciar o atendimento. As empresas que vendem as ideias enfrentam mais dificuldade para a criação do composto de marketing, pois os serviços são menos tangíveis sendo que muitas vezes são totalmente intangíveis como consultorias e educação. (FERRELL; HARTLINE; JR LUCAS; LUCK, 2000). É difícil para os clientes avaliarem os serviços antes de usá-los, porém as empresas para conquistar a confiança estão investindo em serviços eficientes, entregas no tempo prometido e garantias de satisfação aos clientes como um exemplo, a rede de hotéis “Hampton Inn”, oferece aos hospedes uma noite gratuita se não focarem 100% satisfeitos com o serviço. (FERRELL; HARTLINE; JR LUCAS; LUCK, 2000, p. ) Os serviços estão baseados nas pessoas, por isso é difícil manter um padrão de atendimento sem variações na qualidade e na inconsistência, as variações de qualidade podem variar de um funcionário, e outro, de uma loja para outra, de um dia para outro, por ser subjetivo pode variar de consumidor a consumidor, enfim é um desafio padronizar a qualidade dos serviços. (COBRA, 1992) Como os clientes possuem necessidade e desejos diferenciados a não padronização dos produtos e serviços, é uma forma de atender as necessidade e 44 expectativas de cada cliente individualmente da forma com que se deseja ser tratado. 2.2.9.1 Tributos do produto Todo produto possui elementos importantes que valorizam o produto no momento da venda, são os tributos do produto como: marca, embalagem, rotulo e serviços de apoio ao produto. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995). 2.2.9.1.1 Marca A marca é um diferenciam que muitas empresas usam para vender e atrair mais clientes. A marca é um componente muito importante nos produtos, pois valorizam os produtos, diferenciando-os dos similares que não possuem marca. É um símbolo ou design que identificam produtos e serviços. (COBRA, 1992). Para uma marca ser desenvolvida, necessita-se de investimento em propaganda, promoção e embalagem, porém para diminuir o custo muitas empresas produzem e vendem seus produtos para empresas especializadas em uma marca. Muitos produtos com qualidades inferiores são vendidas por preços altos, pois as empresas investem nas marcas e seus clientes são fieis, comprando muitas vezes pela marca e não pela qualidade do produto (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p. ). Segundo Kotler e Armstrong (1995), a marca possui características, benefícios e serviços aos compradores e pode englobar quatro tipos de significados: 1) Atributos: são os atributos do produto como qualidade, durabilidade, prestigio; 2) Beneficio: é o que os consumidores esperam do produto; 3) Valores: os benefícios aliadas a marca; 4) Personalidade: esta relacionada à imagem que cada pessoa tem de uma marca do produto. De acordo com o mesmo autor, as marcas possuem diferentes valores e poder de mercado. Algumas são pouco conhecidas, outras são preferências dos consumidores, outras os clientes tem lealdade à marca. À medida que os 45 compradores são leais, conhecem a qualidade, confiabilidade, a marca vai adquirindo valor, podendo ser vendida ou comprada por um bom preço. Além da qualidade oferecida, a marca pode representar para as pessoas poder de status e prestigio na sociedade, ao adquirir produtos com alto grau de valorização e alto valor monetário. 2.2.9.1.2 Embalagem A embalagem é uma forma de expor o produto à venda por impulso e a apresentar uma boa imagem do produto para o cliente. No passado as embalagens tinham a função apenas de proteger o produto, hoje é uma importante ferramenta de marketing, pois possui a tarefa de atrair clientes e realizar a venda. Uma boa embalagem suscita no consumidor visão da empresa e da marca, além de ser forte influenciador de compra por impulso. (KOTLER, 1998). “A embalagem inclui o projeto do recipiente ou do invólucro do produto” (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p. 201) Para Baker (2005), as empresas que produzem embalagens inovadoras poderão ter vantagens da concorrência, como embalagens diferentes que não possui no mercado e embalagens fáceis de abrir. Um bom design pode vender muito já em design pobre pode causar perdas de vendas. Para produzir as embalagens, as empresas devem analisar o que deve ser e fazer pelo produto, o formato, tamanho, materiais a serem utilizados, cor marca, entre outros. Esses elementos devem funcionar em conjunto para que o plano estabelecido pelo marketing atinja o objetivo. Os profissionais devem estar constantemente analisando as mudanças no mercado. Pois os consumidores mudam de gostos constantemente e para criar um diferencial às empreses devem reavaliar suas embalagens a cada dois ou três anos. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995) Analisar o impacto ambiental na produção de embalagens é um importante fator para tomadas de decisões. Atender os interesses da empresa e da sociedade é uma forma de melhorar o meio ambiente e ajudar na preservação , pois as empresas 46 que não se preocupam com os recursos naturais serão responsáveis pelos custos ambientais. (CHIAVENATO, 2006) 2.2.9.2 Rótulos As embalagens juntamente com os rótulos apresentam os produtos ao cliente impulsionando muitas vezes a compra por impulso. Os rótulos desempenham importante função na apresentação dos produtos identificando o produto e a marca classifica o produto em níveis de qualidade, descrevem informações dos produtos como conteúdo, como deve ser usado, fabricado e ainda os rótulos podem promover os produtos pelo design das suas embalagens. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995). Os produtos que estão há algum tempo no mercado devem ter seus rótulos modificados apresentando aos produtos renovação e melhor apresentação, (BAKER, 2005). Os rótulos muitas vezes deixam de repassar informações dos produtos, iludindo consumidores e omitindo informações importantes aos clientes. Em virtude disso, e com objetivo de informar os consumidores dos produtos que estão consumindo muitas leis estão sendo regulamentadas, para apresentarem todas as informações necessários (KOTLER, 1998). 2.2.9.3 Serviço de apoio ao produto Os serviços de atendimento ao produto é o conjunto de estratégias que atraem o consumidor a compra. Atualmente manter os clientes e satisfazer suas necessidade e expectativas é muito mais promissor do que atrair novos clientes. É pensando nisso que muitas empresas estão investindo em serviços de qualidade superando a concorrência que possui serviços inferiores. Os clientes não se preocupam em pagar mais pelos serviços, mas sim esperam qualidade nos serviços prestados pela empresa (KOTLER; ARMSTRONG, 1995). 47 Segundo Cobra (1992), a chave para uma estratégia bem sucedida de serviços é projetar produtos que raramente quebrem e que possam ser consertados com facilidade e poucos gastos. Diante da importância dos serviços ao cliente, muitas empresas criam departamentos de atendimento, visando à administração de reclamação e consertos, serviços de manutenção, técnicos e informações ao consumidor (KOTLER, 1998). De acordo com o mesmo autor, um departamento de atendimento ao cliente eficiente deve coordenar todos os serviços da empresa, criar satisfação e lealdade por parte dos consumidores e auxiliar a empresa a distinguir-se ainda mais de seis concorrentes. 2.2.10 Ciclo de vida do produto Os produtos da mesma maneira que as pessoas possam por quatro estágios na vida, as pessoas passam pela infância, idade adulta, envelhecem e morrem, e os produtos possuem um ciclo formado por: introdução, crescimento, maturidade, e declínio (BOONE; KURTZ, 1995). Segundo o mesmo autor, no estágio de introdução dos produtos, o objetivo das empresas é estimular a demanda para a entrada nos novos mercados, os produtos apresentam características diferenciadas dos já existentes no mercado. A promoção e a propaganda são um forte aliado no inicio dos produtos, pois são divulgados nas campanhas promocionais, os benefícios, suas qualidades e características, influenciando a venda. No inicio do ciclo o retorno é baixo, porém na segunda fase a do crescimento, o retorno já começa a surgir. O estágio do crescimento é onde ocorre maior número de vendas, pois os clientes voltam a comprar pela segunda vez, muitos fazem aquisições experimentais e a propaganda em massa continua incentivando a compra. No inicio do estágio de maturidade, as vendas continuam a crescer, porém posteriormente ocorre o declínio, pois as vendas atingem um patamar, nesta fase a concorrência já lançou produtos similares no mercado e o lucro começa a diminuir pela disputa acirrada das vendas. As empresas começam a diminuir os preços e as propagandas se concentram em atributos como qualidade, confiabilidade e serviços. 48 Na fase de declínio dos produtos, os clientes começam a ter necessidade de novos produtos e preferências. E novos produtos com novas tecnologias começam a surgir. Para substituir os antigos (BOONE; KURTZ, 1995). Segundo Cobra (1992), há diversas estratégias que podem ajudar a prolongar o ciclo de vida dos produtos, são eles: - Promover o uso mais frequente por clientes habituais; - Desenvolver um número variado de produtos para os consumidores habituais; - Expandir os produtos no mercado; - Descobrir os benefícios que os produtos trazem para os consumidores. As estratégias para rejuvenescer os produtos devem ser usadas pelas empresas como mudar a formulação do produto, mudar a embalagem, novas campanhas promocionais, descoberta de novos mercados, no entanto uma das estratégias mais utilizadas é a mudança no desejo industrial dos produtos (COBRA, 1992). O sucesso de qualquer organização depende da adequação de seus produtos, a satisfação das necessidades de mercado e da capacidade gerencial de tornar tangíveis as partes intangíveis de um produto, buscando ampliar os produtos existentes pela anexação de serviços não esperados pelos consumidores (COBRA, 1992, p. 409). A administração de marketing deve saber explorar cada fase dos produtos, para que as empresas possam permanecer atuantes no mercado por maior tempo. 2.2.11 Ações de vendas O planejamento nas ações da venda é fundamental para um vendedor ter sucesso em vendas. “Ações de venda é todo o ato ou esforço que se faz para obter sucesso de vendas” (CORTEZ, 1996, p. 55). O vendedor precisa conhecer o produto que vende, suas características, vantagens, benefícios, precisa identificar as estratégias que auxiliam o cliente a se aproximar do produto não tendo medo de receber um não do cliente ao oferecer um produto. O vendedor precisa munir-se de conhecimento através de leituras, cursos, seminários, viajar para regiões diferentes, interagir com vendedores mais experientes para adquirir conhecimento que possam auxiliar a venda. (CORTEZ, 1996, p. ). 49 De acordo com Gobe, et al. (2000), algumas ações no processo de vendas são indispensáveis ara formalizar e concretiza a venda: - Atenção: a forma de abordagem do vendedor para o cliente é muito importante, pois o vendedor precisa ganhar a confiança para que consiga negociar e despertar tranquilidade no cliente. Nessa fase o vendedor costuma conhecer o cliente e suas necessidades. - Interesse: após a confiança adquirida pelo cliente, o vendedor demonstra interesse pelo problema ou a necessidade do comprador. - Necessidades: o vendedor deve identificar quais as necessidades do cliente, o que pretende sanar com a compra dos produtos ou serviços. Essas necessidades podem ser identificadas na pirâmide de Maslow como: necessidades primarias ou filosóficas como alimentação, moradia; as secundarias ou necessidades de segurança, necessidades de status, estima e autorealização. - Desejo: todas as pessoas possuem desejos diferentes e capacidades limitadas, por isso o vendedor precisa identificar quais as necessidades dos clientes para poder apresentar os benefícios dos produtos e as vantagens da concorrência. - Ação: é a finalização da venda ou o fechamento. Após esta etapa o vendedor tem a possibilidade de fazer uma venda adicional podendo oferecer ao cliente outros produtos. - Satisfação: tornar o cliente satisfeito e principalmente fiel e constante da empresa é fundamental na efetivação da venda. Os vendedores devem conquistar a confiança de cada cliente e atender as suas necessidades e limitações, assim a venda pode ser iniciada, finalizada e consequentemente se o vendedor souber atender e satisfazer as necessidades que o cliente procura pode fazer com que ele retorne a emprese e se torne fiel. 2.2.12 Processo de vendas Segundo Gobe et al. (2000), o processo de venda é formado por planejamentos, técnicas e estratégias aliadas a muito esforço e motivação. As 50 empresas precisam formular estratégicas para que os funcionários sintam-se seguros e comprometidos com as metas da em presa. Cabe à empresa adaptar e melhorar constantemente as atividades de acordo com a situação de cada organização. O processo de vendas divide-se em três grandes fases: pré venda, a venda e a pós venda. (GOBE, et al. 2000). 2.2.12.1 Venda 2.2.12.1.1 Pré Venda A fase da pré venda é muito importante, pois nesta fase ocorre o planejamento das ações futuras. A empresa deve estar sempre acompanhando as tendências do mercado para identificar as necessidades dos clientes e ir em busca deles. A pré-venda é fundamental nesta etapa, pois é ela que vai orientar e organizar ações para que a venda ocorra. (GOBE, et al. 2000). A pré venda inclui diversas etapas, dentre as quais as principais são a prospecção do mercado, a análise da potencialidade do cliente, o agendamento de entrevistas e visitas, a elaboração de uma proposta comercial, a realização de entrevistas e visitas e da abordagem, o acompanhamento da proposta, a emissão do pedido e a elaboração de relatórios comerciais (GOBE, et al. 2000, p. 166). É necessário identificar a prospecção do mercado para poder analisar a clientela que devera dirigir esforços de vendas para poder conquistar. Os clientes são identificados de varias formas como, através da aquisição de listagem e de cadastros de clientes, visitas porta-a-porta, feiras, exposição, s, classificados, entre outros. O vendedor tem o desafio de atender os clientes que conhece e de atrair e conquistar novos clientes. (GOBE, et al. 2000) A empresa antes de buscar novos clientes deve identificar os clientes mais potencializados, suas necessidades, o que motiva a compra, seus desejos, onde se localiza identificar os concorrentes que estão próximos a eles e descobrir a melhor forma de abordá-los, pois conforme o mercado muda, os clientes também mudam, com necessidades e expectativas diferentes. 51 Depois de a empresa ter todas essas informações coletadas dos clientes, deve fazer uma analise de suas potencialidades. (CORTEZ, 1996) - Listar todos os clientes que foram levantados na fase de identificação; - Avaliar o potencial de cada um deles; - Definir quais são os clientes mais interessantes para a empresa (prioridade); - Definir o que vai ser oferecido o cliente. O vendedor deve analisar o cliente e seu desenvolvimento com a proposta apresentada, deve analisar sua postura física, expressão facial, pois se o cliente não estiver satisfeito com a abordagem e o vendedor identificar pode se mudar a forma de apresentação. (CORTEZ, 1996) De acordo com Gobe et al. (2000), dois momentos são importantes para a concretização da venda: Muitas vezes os vendedores não estão preparados com certas objeções que os clientes fazem, por isso é importante analisar a pergunta, pois muitas vezes a resposta esta associada à pergunta que o cliente faz. Se o negociação for clara e com envolvimento das duas partes, o fechamento da venda acaba sendo mais fácil, no entanto deve analisar alguns pontos importantes para fechar a venda, efetuar um resumo da negociação, enfatizar os pontos mais relevantes, levantar objeções e contra argumentos, verificar esclarecimentos pendentes, propor o fechamento da venda para poder fechá-la. Na emissão do pedido o vendedor deve certificar-se que esta correta, conferindo os dados com o clientes, a quantidade e as condições da venda. (GOBE et al. 2000). Segundo o mesmo autor, é importante que as empresas elaborem um relatório comercial que contenham os dados da negociação, pois esses dados poderão ser usados futuramente como ferramentas que auxiliaram os vendedores a descobrir as preferências e os gostos dos clientes. 52 2.2.12.1.2 Durante a venda A venda não acaba quando o pedido é tirado, é necessário acompanhar todo o procedimento do processo. “As principais etapas da fase da venda propriamente dita ou durante a venda são o acompanhamento do pedido internamente, a informação ao cliente sobre o pedido e o acompanhamento do recebimento do produto” (GOBE, et al. 2000, p. 172). De acordo com o mesmo autor, o acompanhamento do pedido é muito importante, pois um erro de cadastro, de faturamento, aprovação de credito, de carregamento e de despacho pode comprometer toda a venda. Se houver algum contratempo com a entrega de algum produto o cliente deve ser informado, pois assim a empresa mostrará preocupação, confiança e credibilidade diante do cliente. É muito importante fazer o acompanhamento da entrega ao cliente, constatando se foi entregue conforme o combinado, visitando o cliente pessoalmente, ou por telefone, ou repassando um email. Essas atitudes causam maior aproximação da empresa com o cliente, elevando o grau de satisfação com a empresa. (CORTEZ, 1996) 2.2.12.1.3 Pós venda O vendedor é um importante gerador de receitas dentro da organização, é importante que auxilie no departamento de cobrança, solicita a abertura de credito e quando necessário é importante que solicite o cancelamento da abertura. (GOBE, et al. 2000). “Deve-se ter em mente que a venda é aquela em que o cliente compra, paga, revende ou consome, sente-se satisfeito e gera uma recompensa” (GOBE, et al., 2000, p. 173). O pós venda tem por objetivo gerar satisfação e fidelização no cliente. Ele inclui: o acompanhamento da instalação e utilização do produto; atendimento ao cliente; assistência técnica; fornecimento de pecas de reposição e manutenção; serviços; manuais de instrução; garantia; troca rápida e acompanhamento da cobrança (GOBE, et al., p. 173). Muitas empresas estão investindo na qualificação e capacitação de seus funcionários, as empresas esperam que seus colaboradores sejam mais que vendedores, capacitam para eles serem consultores especializados em busca de 53 solucionar os problemas dos clientes, essa é uma forma de diferenciar-se da concorrência e alavancar as vendas. (CORTEZ, 1996) 2.2.12.2 Promoção A promoção é um ferramenta utilizada pela equipe de marketing para incrementar as vendas, promover os produtos e possibilitar o aumento de clientes. A promoção tem o poder de aumentar a demanda, fornecer informações ao consumidor, diferenciar um produto, aumentar o calor de um produto e equilibrar as vendas (BOONE; KURTZ, 1995). O aumento das vendas é um objetivo da maioria das promoções. Algumas promoções objetivam o aumento das primarias que a venda focaliza no produto, outras promoções esperam aumentar a demanda seletiva, ou seja, focalizam a promoção em uma marca especifica (GOBE, et al., 2000, p. ). A promoção requer uma diferenciação dos produtos diante da concorrência e uma estratégia de marketing é a diminuição do preço de venda. A diferenciação da promoção exige do profissional de marketing muita criatividade e imaginação, para conseguir atrair e fazer com que o cliente lembre-se do produto (BOONE; KURTZ, 1995). De acordo com o mesmo autor, a promoção pode aumentar o valor do produto, justificando sua importância, necessidade e eficiência, ou seja, convencer o consumidor do real valor do produto ou serviço. As vendas durante o ano possuem muitas sazonalidades e a empresa necessita equilibrar as vendas usando estratégias para vender os produtos todo o ano, para isso, é necessário fazer promoções, convênios com empresas, no caso de comidas disponibilizarem receitas aos consumidores. Promoção é a função de informar, persuadir e influenciar as decisões de compra dos consumidores. (GOBE, et al., 2000). O composto promocional é formado pela promoção de vendas, propaganda com s, relações públicas e venda pessoal. (BOONE; KURTZ, 1995). 54 2.2.12.2.1 Promoção de vendas A promoção de vendas tem o objetivo de promover as vendas, através de esforços, ideias e ações para que a venda aconteça. (SIMIONI, 1997). A promoção de vendas acontece com a venda para os produtores, intermediários, consumidores, empresários, acontece da comunicação e do esforço das pessoas que movem o processo de vendas (ETZEJ; WALKER; STATON, 2001). Segundo Cobra (1997, p. 444), “promoção de vendas é qualquer atividade concernente a promover vendas, que não seja do tipo de face a face, mas que frequentemente inclua também a propaganda”. De acordo com o mesmo autor, o crescimento da promoção de vendas vem crescendo constantemente no Brasil através dos seguintes aspectos: - Embalagens e folhetos inseridos em embalagens: as embalagens são usadas como instrumentos de venda além de promover outros tipos de produtos da empresa com a inserção de folhetos nas embalagens dos produtos; - Espetáculos e exposições: são oportunidades de promover os produtos ou serviços nas feiras, espetáculos, passeios ciclísticos e exposições; - Amostra dos produtos: é uma forma de promoção onde os consumidores poderem experimentar e sentir o produto; - Prêmios: a premiação tem o objetivo de dar razão para que o consumidor compre; - Cupons: é usado para oferecer redução dos preços e aumentar as vendas; - Concursos, sorteios e jogos: essas premiações são bem aceitas, porém os prêmios distribuídos devem ter uma regulamentação pelo Ministério da Fazenda - Selos e vales-brinde: é uma forma de premiação que estimula o consumo adicional de um produto, com o objetivo de ganhar o brinde. De acordo com Las Casas (2001), a promoção de vendas inclui as vendas pessoais e a propaganda e tem por finalidade atrair e influenciar os consumidores a compra dos produtos. 55 2.2.12.3 Propaganda A propaganda é uma das ferramentas que as empresas podem utilizar para levar as pessoas a comprarem um produto, um serviço ou um ideia, é uma comunicação impessoal em que o anuncio estimula a compra (COBRA, 1992). Propaganda é uma forma de comunicação não pessoal, paga, feita por indivíduos, empresas comerciais ou organizações sem fins lucrativos, que são identificados em sua mensagem e que desejam informar ou persuadir integrantes de uma audiência especifica (BOONE; KURTZ, 1995, p. ). Segundo Boone e Kurtz (1995), o objetivo é estar junto com a comunicação informando o consumidor, persuadindo-o e lembrando-o, é fazer com que o consumidor compra um determinado produto ou serviço, fazendo com que ele tenha um ponto de vista favorável de propaganda. Uma propaganda eficiente pode aumentar a percepção dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e serviços, além de aumentar à lealdade a marca, e de reter os consumidores. O planejamento da propaganda começa com os objetivos do marketing e pelos objetivos da empresa. O mercado deve ser analisado, o tipo de promoção a ser usado e se necessário ter um feedback dos gerentes antes de ser implantado, para se necessário possíveis ajustes. (COBRA, 1992). Segundo Boone e Kurtz (1995), a propaganda se divide em dois grupos de produtos e a institucional, e podem ser subdivididas em propaganda persuasiva, lembrança e avocatória: - Propaganda de Produtos: venda não pessoal de produtos e serviços; - Propaganda Institucional: promove um conceito, uma ideia; - Propaganda Informativa: geralmente utilizado no estágio introdutório do ciclo de vida, procura desenvolver uma demanda por um produto ou serviço; - Propaganda Persuasiva: é utilizado no estágio de crescimento e no inicio do estágio de maturidade, promove a promoção do produto; - Propaganda de Lembrança: é utilizado no estágio de maturidade e no estágio de declínio do ciclo de vida do produto, reforça uma atividade promocional; 56 - Propaganda Avocatória: é um tipo de comunicação que tem o objetivo de influenciar a opinião publica, é muito utilizado nas organizações sem fins lucrativos. A propaganda cria atenção imediata do consumidor aos produtos, serviços e ideias, desenvolver uma igualdade entre marcas, transmitindo ao público informações dos produtos e serviços a um custo baixo. (BOOE e KURTZ, 1995). Para a propaganda ser mais efetiva, é utilizado alguns meios de comunicação estratégicos que fazem com que os produtos e serviços sejam divulgados. 2.2.12.3.1 Mídia As mídias são os meios utilizados para a divulgação de um produto ou serviço. Segundo Cobra (1992), a mídia utilizada para a divulgação deve se adaptar ao mercado-alvo e possuir características que transmita a mensagem aios diversos tipos de consumidores. Os maiores tipos de mídia são: televisão, jornais, radio e mala-direta. Segundo o mesmo autor, as empresas devem analisar as mídias a serem escolhidas, segundo os objetivos estratégicos de cada organização. Alguns aspectos para as escolhas devem ser analisados: - Hábito de audiência média ao público alvo: são as mídias que mais influenciam a opinião das pessoas,, como a televisão e o rádio; - Produto: cada produto deve ser apresentado para determinar tipos de mídias; - Mensagem: dependendo do tipo de mensagem ou de sua duração ela pode se encaixar no rádio e no jornal; - Custo: pó custo a ser gasto para determinar tipo de mídia. - Televisão Segundo Cobra (1992), a televisão esta operando por meio de emissoras locais e nacionais, a cobertura local ou regional é mais flexível e com menor custo podendo ser direcionada a promoção para interesses da região. 57 A televisão proporciona impacto e credibilidade ao anuncio, sua propaganda pode atingir todo o país, tornando a propaganda assimilável a um grande número de expectadores e grande influenciados de opinião. (BOONE; KURTZ, 1995). A televisão é uma ferramenta muito utilizada para a divulgação de vários produtos, pois junto com a propaganda esta a imagem do produto ou serviço, causando forte impacto na mensagem transmitida ao consumidor. (COBRA, 1992). - Jornais A propaganda em jornais é muito influente nos mercados locais. As vantagens dos jornais são as flexibilidades, diário ou semanal, cobertura dos acontecimento, porém possui vida útil curta e sua impressão é pobre em relação ao papel utilizado para sua impressão. (COBRA, 1992) As empresas devem analisar quais os clientes que pretendem atingir com o anúncio, pois muitas pessoas não tem acesso a jornais. - Rádio A rádio possui as informações imediatas, baixo custo, é flexível, polis qualquer comunicação adaptara ao som pode ser usada n a rádio, possui uma audiência pratica e barata, onde cada programa possui seu público de esportes, de novela, de música, por faixa etária, sexo, classe social, além de ser móvel podendo ser ouvida em todos os lugares. (COBRA, 1992) Segundo o mesmo autor, a rádio é um importante veiculo de propaganda e apresenta os seguintes recursos: - Jingle: os textos são anunciados de maneira atrativa e curiosa, são gravados e apresentados com músicas ou melodias com um letra diferente em cima fazendo anúncios; - Spots: é o texto sem melodias ou músicas, somente falado; - Textos-foguetes: são frases que possuem anúncios curtos, geralmente inseridos no meio de uma programação. A rádio por possuir abrangência de tamanho limitado, geralmente atrair um público regional específico, limitando o anúncio dos produtos e serviços. - Mala Direta A mala direta é uma ferramenta de marketing de relacionamentos, pois apresenta uma comunicação direta de pessoa para pessoa. (COBRA, 1992) 58 É qualquer forma de propaganda enviada pelo correio, além de carta ela inclui cartão resposta folheto ilustrando os produtos e suas características, volante impresso com uma grande quantidade de material visual, broadside, onde possui toda a temática de propaganda da campanha, libretos, catálogos e publicações internas em formas de revistas e jornais distribuídos geralmente para funcionários, fornecedores e clientes para divulgação periodicamente dos produtos. (COBRA, 1992, p. ) Segundo Cobra (1997), a mala direta possui muitas vantagens como, a seletividade endereçada a um público escolhido, velocidade, diferentes tipos de formatos, possibilita ao consumidor informações completa sobe o produto, usos, benefícios e ilustrações. É necessário ter muito cuidado ara a elaboração de uma mala direta, pois ela precisa despertar curiosidade ao consumidor para que ele sinta necessidade dos produtos. 2.2.12.4 Relações públicas Todas as empresas devem cuidar muito de suas relações públicas, pois ela é uma forte ferramenta de influencia positiva da organização na sociedade em relação aos produtos e serviços prestados. (ETZEL; WALKER; STANTON, 2001). As relações públicas representam o relacionamento e a comunicação entre a empresa e seus vários públicos, que incluem consumidores, fornecedores, acionistas, empregados, governo, o público em geral e a sociedade onde a empresa opera. (BOONE; KURTZ, 1995, p. 397). Segundo Boone e Kurtz (1995), é fundamental para a organização ter uma boa relação publica, tanto formal quanto informalmente, pois ela tem a função de constituir uma boa imagem dos produtos para promovê-los diante dos diversos públicos. Relações públicas é um processo de informações, de conhecimento e de educação, com fim social e utilizando-se para tanta de técnicas a fim de conseguir a boa vontade e a cooperação de pessoas com as quais uma entidade trata ou das quais depende. (COBRA, 1997) Segundo Cobra (1992), para as empresas terem uma boa relação publica é necessário desenvolver um programa que apresente as seguintes características: 59 - Pesquisa: são pesquisar o público consumidor para saber suas opiniões e sugestões em relação às políticas da organização; - Planejamento e Tomada de Decisão: refere-se a avaliar as opiniões e sugestões coletadas na entrevista; - Ação de Comunicação: divulgar as escolhas dos programas e políticas traçadas pela empresa; - Avaliação: é fazer uma avaliação dos resultados obtidos pelo programa e estratégia usada. As empresas esperam que todos seus funcionários façam uma boa relação publica, pois a imagem da empresa e de seus produtos no mercado tem fundamental importância na hora da compra de um produto. 2.2.12.5 Venda pessoal A venda pessoal é uma das principais ferramentas da comunicação do marketing, pois a venda ocorre com comunicação direta com os clientes, onde o vendedor apresenta os produtos e serviços e ao mesmo tempo recebe informações e sugestões, onde este pode analisar as relações dos clientes aproveitando a oportunidade para o fechamento das vendas. (LAS CASAS, 2001) A venda pessoal é de longe a mais importante forma de comunicação de uma empresa com seu mercado. (COBRA, 1994) A venda pessoal é uma forma de persuadir o cliente a comprar, é o processo de comunicação verbal de informações e propaganda, é mais flexível, polis a venda depende muito da comunicação do vendedor com o cliente de saber abordar o consumidor e atender suas necessidades e desejos daquele momento. (ETZEL; WALKER; STANTON, 2001) As empresas devem ter suas equipes de venda bem treinadas e preparadas para fornecer todas as informações corretas sobre os produtos e serviços, as informações que os vendedores repassam aos clientes devem ser iguais às propagandas anunciadas. (KOTLER e ARMSTRONG, 1997) É muito importante ter uma equipe de venda pessoal preparada para atender o cliente da melhor maneira possível. Para isso as empresas necessitam adequar os 60 funcionários em suas funções e estar constantemente investindo em cursos de aperfeiçoamento. 2.2.12.6 Publicidade A publicidade tem fundamental importância nas relações públicas, pois ela estimula a demanda dos produtos e serviços, através da comunicação. Segundo Cobra (1997, p. 444), “publicidade são estímulos não pessoais para criar a demanda de um produto ou serviço de negocio através de meios de comunicação como rádio, televisão e outros veículos, teoricamente com materiais não pagos pelo patrocinador”. Analisando Boone e Kurtz (1995), as despesas com publicidades incluem is gastos com pessoal de marketing, impressão, postagem e outras despesas. Porém, grande parte dos esforços da publicidade esta relacionado a promover os produtos e a empresa, ampliar o processo produtivo e no fornecimento de informações do mercado de bens e serviços. 2.2.12.7 Preço O preço é o valor de troca de um bem físico ou serviço, em outras palavras, é o que se poderia dar em troca no mercado. Os preços representam um composto de marketing e tem grande influencia nas estratégias de marketing, pois os preços altos podem causar prestigio para a loja, enquanto que os preços baixos podem causar a impressão de uma boa oferta, e pode representar para a loja lucratividade e boa participação no mercado se conseguir desempenhar boas estratégias de preços diante da concorrência. (BOONE e KURTZ, 1995, p. 464). Todas as pessoas têm um conjunto de valores e atributos para classificar a necessidade do bem e o preço que se dispõe a pagar. Os preços dos produtos ou serviços são avaliados distintamente pelas pessoas, pois o dinheiro tem significado diferente pelas pessoas dependendo do interesse da compra, da necessidade do produto, da sua exclusividade, podendo ser classificado como caro ou barato dependendo da satisfação em que o consumidor se encontra. (COBRA, 1992) 61 Na visão de Churchill Jr. (2000), os profissionais de vendas devem estar atentos às preferências de preços de seus consumidores, pois muitos consumidores compram analisando o preço baixo, outros porque os produtos estão em liquidação ou tem desconto na compra de uma marca determinada, os profissionais de marketing terão que desenvolver meios que satisfaçam esses públicos de clientes, reduzindo preços ou atribuindo valor aos produtos e serviços oferecidos. 2.2.12.8 Potencial de venda O potencial de venda é calculado para representar a capacidade de um mercado de determinada área ou a de um ramo de atividades em absorver uma quantidade especifica de vendas de um produto. (COBRA, 1994) Segundo a definição de Associação Americana de Marketing (apud COBRA, 1994, p. 83), “potencial de mercado é uma oportunidade máxima de venda de todos os vendedores de determinado tipo de produto ou serviço, ou a capacidade máxima de segmentos de compradores de um mercado comprar um tipo especifico de produto ou serviço em tempo determinado”. 2.2.12.9 Segmento de mercado A segmentação de mercado esta ligada a divisão de mercado em grupos homogêneos. Para isso é necessário que os profissionais de marketing estudem as necessidade e decisões de compra dos consumidores, para que o composto de marketing se adapte as necessidades de cada segmento. (BOONE; KURTZ, 1995). Segmento de mercado é a divisão do mercado em grupos distintos de compradores com diferentes necessidades, características ou comportamentos que possam exigir produtos ou compostos de marketing específicos. A empresa identifica diferentes formas de segmentar o mercado e desenvolver o perfil dos segmentos resultantes. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p. 160). Há varias maneiras de segmentar o mercado, para isso é necessário que o profissional de marketing descubra a melhor maneira de visualizar o potencial que o mercado disponibiliza para ser segmentado. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995) 62 Segundo Cobra (1992, p. 281), algumas variáveis devem ser analisadas para segmentar o mercado, a figura abaixo representa estas variáveis. Variáveis de Marcado: Idade; Sexo; Raça; Nacionalidade; Renda; Nível de Educação; Estágio do Ciclo de Vida Familiar; Religião; Classe Social; Propriedade de Domicilio. Variáveis Relativas ao Produto: Volume de uso; Uso final; Beneficio esperado; Lealdade de marca; Sensibilidade em relação ao preço. Variáveis Geográficas: Região Urbana, Suburbana, Rural; Tamanha da Cidade; Tamanho do Município; Tamanho do Estado; Densidade de Mercado; Clima; Terra. Variáveis Psicológicas: Atributos de Personalidades; Motivos; Atitudes; Valores. De acordo com o mesmo autor, a segmentação de mercado se divide em: - Localização Geográfica: o mercado é dividido em áreas e territórios como: regiões, estados, microrregiões, municípios, bairros, entre outros; - Demográficas: é a segmentação do mercado por idade, sexo, raça, tamanho de família; - Socioeconômicas: são analisadas características, como renda, ocupação e educação; - Psicográficas: é dividido levando em consideração a personalidade, atitudes e estilo de vida; 63 - Produtos: são as variáveis que estão ligadas ao produto como: benefícios, lealdade à marca, tempo de compra, durabilidade, entre outros; - Busca de benefícios: identificar os benefícios que os clientes esperam (diariamente, semanalmente, mensalmente, e/ou anualmente); - Ramo da atividade: conhecer o ramo do negocio, seus produtos e serviços em relação à atividade que atua distribuição, tipos de compradores e localização. - Mix de Marketing: é segmentar o mercado através do preço, marca, promoção de vendas, merchandising, propaganda, canal de distribuição e reforço de vendas. 2.2.12.10 Distribuição Os sistemas de distribuição dos produtos formam o pacote de satisfação da compra pelo produto, para isso é necessário a colocação de produtos em lojas apropriadas, a preços acessíveis ao cliente. (LAS CASAS, 2001) Para Cobra (1992), as empresas distribuidoras desempenham um papel importante na colocação dos produtos no mercado, pois quando desempenham um serviço de qualidade, com custos baixos ajudam as estratégias de marketing da empresa e no seu desenvolvimento. Através do sistema de distribuição o marketing proporciona utilidade de lugar e de tempo. O fabricante elege os distribuidores de tal modo que possam vender seus produtos nos locais certos e também no tempo certo. (LAS CASAS, 2001) Segundo o mesmo autor, o administrador deve analisar quem ira fazer a distribuição até os consumidores, como a distribuição será feita até as lojas para que não faltem produtos em estoque, pois os pedidos dos produtos efetuados pelos clientes não podem faltar. 64 2.2.12.10.1 Canal de distribuição De acordo com Kotler e Armstrong (2003, p. 308), “[...] o canal de distribuição transfere mercadorias e serviços dos fabricantes para os consumidores. Ele supera as grandes lacunas de tempo, espaço e posse que separam as mercadorias e os serviços daqueles que eventualmente os utilizarão”. De acordo com os mesmos autores, os membros do canal de marketing desempenham muitas funções-chaves. Ajudam a finalizar transações: - Informações: coleta e distribuir dados de pesquisa e conhecimento de mercado sobre agentes e forças presentes no ambiente necessário para planejar e ajudar as permutas; - Promoção: desenvolver e disseminar mensagens persuasivas sobre uma oferta; - Contato: descobrir e comunicar-se com compradores potenciais; - Ajuste: modelar e adaptar a oferta às necessidades do comprador, inclusive atividades como fabricação, classificação, montagem e embalagem; - Negociação: chegar a um acordo sobre os preços e outras condições de modo que a propriedade ou a posse de oferta possa ser transferida. De acordo com o mesmo autor, outros ajudam a cumprir transações já finalizadas: - Distribuição Física: transportar e armazenar as mercadorias; - Financiamento: obter e utilizar recursos para cobrir os custos do trabalho do canal; - Riscos: assumir os riscos de executar o trabalho do canal. Os canais de distribuição podem ser descritos pelo número de canais envolvidos. Cada etapa intermediaria de marketing que realizam algum tipo de trabalho para aproximar o produto e a posse de comprador final é um nível de canal. (KOTLER; ARMSTRONG, 2003, p. 309). Existem alguns tipos de canais intermediários de distribuição dentro do marketing: 65 - Canal 1: chamado de marketing direto, o produto ou serviço sai direto do fabricante para o consumidor, ou seja, o produto é revendido direto ao consumidor. Ex: Avon, Amway; - Canal 2: chamado de canal de marketing indireto (juntamente com o restante), os varejistas aparecem entre o fabricante e o consumidor, fabricante de televisores por exemplo; - Canal 3: o produto ou serviço tem o seguinte caminho: contem dois níveis intermediários, o varejista e o atacadista, exemplo, produtos alimentícios; - Canal 4: o ultimo canal intermediário tem cinco níveis, contem três (3) níveis intermediários, atacadista, distribuidor e varejista, utilizado nas distribuidoras industriais. Segundo Las Casas (2001), esses intermediários proporcionam redução de custos aos fabricantes, pois os intermediários se preocupa com estoques, vendas atendimentos, e os fabricantes preocupam-se em produzir da melhor maneira possível. 2.3 PESQUISA A pesquisa é uma atitude de ser humano em relação ao mundo, do qual o pesquisador estuda para entendê-lo e reconstruí-lo contribuindo para o aperfeiçoamento e o progresso da humanidade. (FACHIN, 2003) “Pesquisa é um processo intelectual em que o pesquisador tem como objetivo conhecimento por meio da investigação de uma realidade e a busca de novas verdades sobre um fato (objetivo ou problema)”. (FACHIN, 2003, p. 123) Para Gil (2002, p. 17), pode-se definir como o procedimento racional é sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é necessária quando se necessita de informações para responder determinados problemas ou quando as informações disponíveis não proporcionam segurança sendo inadequada as respostas ao problema. Os resultados da pesquisa de um estudo não devem ser considerados verdades absolutas, pois as transformações são constantes fazendo com que as 66 descobertas se tornem sempre renovadas. No entanto, a pesquisa deve apresentar os conhecimentos empíricos por meio de conhecimento cientifico. (FACHIN, 2003) De acordo com o mesmo autor, toda pesquisa deve ser muito bem planejadas, deve-se estabelecer planos de ações e fixar estratégias. Os planos mais importantes para o desenvolvimento da pesquisa devem ser colocadas em ação em primeiro plano, exigindo do pesquisador muita flexibilidade. 2.3.1 Pesquisa de marketing A pesquisa de marketing busca conhecer o consumidor, definir tendências, direção para o negocio é um forte aliado para a tomada de decisão, podendo ser um dos grandes fatores de sucesso nas empresas. (GOBE, et al., 2000, p. 50) Segundo o mesmo autor, a pesquisa de marketing esta diretamente ligada ao sistema de informações de marketing (SIM), este sistema avalia as necessidades de informações que a empresa necessita, desenvolve e distribui quando necessário. O SIM ajuda a empresa a conhecer os clientes e a desenvolver novas estratégias de ações de vendas. Os dados existentes no SIM são originados dos contatos que a empresa faz com que os clientes, como relatórios sobre pedidos, vendas, níveis de estoque, contas a pagar, dos dados fornecidos pelos profissionais de venda colhidos por meio de pesquisas de marketing. (GOBE, et al., p. 50) Pesquisa de marketing é um instrumento que liga o consumidor, o cliente e o publica ao profissional de marketing através de informações. Essas informações são utilizadas para identificar e definir oportunidades e os problemas de marketing, gerar, refinar e avaliar suas atividades, monitorar seu desempenho e aumentar a compreensão do seu próprio processo. (KOTLER; ARMSTRONG, 1995, p. 77) A pesquisa de marketing é uma ferramenta fundamental que ajuda a empresa a conhecer o mercado em que atua e seus clientes. 2.3.2 Pesquisa documental A pesquisa documental é a busca de informações que devem ser coletadas por meio de metidos e técnicas específicas para os objetivos de estudo. (FACHIN, 2001) 67 Pesquisa documental é toda informação de forma oral, escrita ou visualizada. A pesquisa documental consiste da coleta, classificação, seleção difusa e na utilização de toda espécie de informações, compreendendo também as técnicas e métodos que facilitam a sua busca e sua identificação. (FACHIN, 2001, p. 152) As informações coletadas sob forma de texto, imagem, sins, sinais em papel, madeira, pedra, gravações, pinturas, incrustações, leis, atas, relatórios, ofícios, ordem, regia, documentos de cartórios, registros de falência, inventários, testamentos, escrituras de compra e venda, hipotecas, atestados de nascimento, casamento, óbitos, são formas de documentos usados pela pesquisa documental. (FACHIN, 2001) 2.3.3 Delimitação de estudo A delimitação de estudo é muito importante, pois auxilia o administrador a pesquisar os problemas mais relevantes no seu trabalho cientifico. (FACHIN, 2001) É imprescindível que o pesquisador procure delimitar corretamente o problema pois dentro de uma área de investigação há inúmeras particularidades que conduzem aos problemas e a cada um deles poderá corresponder uma pesquisa cientifica ou um estudo separado, dependendo do seu propósito. (FACHIN, 2001, p. 111) De acordo com Bekin (1995), um problema de pesquisar deve ser claramente delimitado, sob os processos metodológicos, pois assim contribui para o andamento claro da pesquisa em estudo. 2.3.4 Tipos de pesquisa A escolha do tipo de pesquisa baseia-se no objetivo e no tipo de análise que se pretende estudar, podendo ser classificadas em: pesquisas explanatórias, descritivas, casuais, quantitativas e qualitativas. (GOBE, et al., 2000) 68 2.3.4.1 Pesquisa exploratória Segundo Gil (2002) a pesquisa exploratória busca conhecer o assunto a ser estudado, construindo hipóteses para a descoberta de intuições, é bastante flexível, pois seu estudo depende de vários aspectos que estão relacionados ao estudo. Os métodos mais utilizados são levantamentos bibliográficos, entrevistas e análises. 2.3.4.2 Pesquisa descritiva A pesquisa descritiva tem a função de descrever as características de determinadas populações ou fenômenos estabelecendo comparações entre as variáveis. Os métodos mais utilizados são através do questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002) De acordo com o mesmo autor, a pesquisa descritiva procura estudar as características de um grupo como idade, sexo, nível de escolaridade, saúde física e mental, pesquisas de levantamento de índice, opiniões, atitudes e crenças de população. As pesquisas descritivas e exploratórias são muito solicitados pelas empresas, partidos políticos, instituições educacionais, pois estas buscam explicar a atuação na pratica. 2.3.4.3 Pesquisa casual A pesquisa casual ou explicativa preocupa-se com a identificação dos fatos que podem ocasionar a ocorrência dos fenômenos, busca conhecer a realidade dos fatos e explicar as razoes e o porquê dos acontecimentos. (GIL, 2001) De acordo com o mesmo autor, a pesquisa casual nas ciências naturais é descoberta através do método experimental, nas ciências sociais o método casual muitas vezes não pode ser utilizado pois este estudo depende do método da observação. 69 2.3.4.4 Pesquisa quantitativa A pesquisa quantitativa é baseada em dados numéricos, que são coletados com base em estudos científicos. A quantificação cientifica tem o objetivo de atribuir números a propriedades, objetos, acontecimentos, a fim de proporcionar informações que possam ser úteis para o estudo proposto. (FACHIN, 2001) De acordo com o mesmo autor, a precisão da coleta de dados quantitativos é muito importante, pois é através deles que os dados da pesquisa revelam eficiência. O método de contagem é o mais simples, porém pouco utilizado na pesquisa quantitativa, pois as vantagens de estudo não são todas quantitativas. Outro método utilizado por Fachin (2001) é a mensuração ou medida escalométrica, entendida como um procedimento que leva uma classificação opor meio de objetivos ou relações. O estudo escalométrico acontece quando ocorrem variações das partes em estudo. 2.3.4.5 Pesquisa qualitativa A pesquisa qualitativa é caracterizado pelos aspectos mensuráveis e descritivos e por meio de análises e não por medidas ou contadas. (FACHIN, 2001) 2.3.4.6 Pesquisa Bibliográfica A pesquisa bibliográfica é o conjunto de conhecimento coletados nas obras, a fim de serem usados para o desempenho de produção, armazenamento, reprodução e utilização de informações para o desenvolvimento da pesquisa. A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta. (FACHIN, 2001) A pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de livros e artigos já publicados por outros pesquisadores. As obras mais utilizadas para pesquisas são livros de leitura como romance e poesia, livros referencia conhecidos como livros de 70 consulta que possibilitam informações rápida. Esses livros de referencia são divididos em duas formas, os de conhecimento informativo, são cós dicionário, enciclopédias, anuários e almanaques. Os livros de referencia remissiva são classificados como catálogos constituídos de obras públicas ou privadas. Outra importante fonte de pesquisa são as publicações periódicas escritas por vários autores que tratam de assuntos diversos, porém relacionados a um objetivo definido, como jornais e revistas. (GIL, 2002) Segundo o mesmo autor, a pesquisa bibliográfica possibilita investigar grandes fenômenos amplos de que aquelas pesquisas diretas, pois os dados secundários já existentes possibilitam pesquisar problemas de todo o território brasileiro. No entanto os dados secundários coletados podem ser equivocados comprometendo a qualidade da pesquisa. É importante que os pesquisadores analisem as informações obtidas através dos dados secundários para que se certifique que as informações seja coerente. 2.3.5 Estudo de caso O estudo de caso é um método de estudo que necessita a compreensão e o entendimento de todo o assunto. Para que o estudo de caso aconteça, são necessários alguns passos importantes: Formulação de Problema; Definição da Unidade-caso; Determinação do número de caso; Coleta de dados; Avaliação de análise dos dados; Preparação de Relatórios. (YIN; STAKE, apud GIL, 2002, p. 138) De acordo com Fachin (2001), o estudo de caso busca explicar os fatos que acontecem na sociedade e geralmente se relacionam com algumas variáveis, podendo ser representados sob forma de tabela, gráficos estatísticos e análise descritiva que caracteriza a pesquisa. 71 2.3.6 Questionário Questionário é um elenco de questões que são respondidas por um número de pessoas com o objetivo de obter resposta para a coleta de informações. (FACHIN, 2002) Buscar os dados através de algumas perguntas que contribuem para obterse os resultados esperados. É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma serie de perguntas ordenadas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador [...]. A aparência, a abreviação e a criatividade deverão ser exercidas para obter as respostas. (DMITRUK, 2004, p. 132) O questionário deve ser elaborado com base na revisão bibliográfica, obedecendo aos objetivos do projeto, com base teórica nos livros metodológicos da pesquisa. 2.3.7 Observação Observação é o inicio de toda a pesquisa cientifica, pois é utilizada em todas as áreas da ciência. O pesquisador utiliza e fenômenos empíricos analisando muito o senso comum. (FACHIN, 2001) Procurar através de a observação examinar os fatos que se deseja estudar, procurando obter-se informações importantes,para o desenvolvimento. “A observação desempenha um papel imprescindível no processo; nada mais e do que o uso dos sentidos com vista a adquirir conhecimentos necessários sobre os fatos e ou fenômenos estudados”. (DMITRUK, 2004, p. 131) 2.4 ENDOMARKETING De acordo com Brum (1998), o endomarketing é a utilização de estratégias de mercados externo adaptados ao ambiente interno da empresa com o objetivo de proporcionar ganho e motivações tanto para a empresa como para clientes internos. 72 Segundo mesmo autor, “ENDO”, vem do grego que quer dizer ação interior ou movimento para dentro, é toda a ação voltada para a satisfação e aliança do público interno com o intuito de melhor atender aos clientes externos. É uma tarefa que inclui contratar, treinar e motivar funcionários hábeis que desejam atender aos consumidores. De acordo com Bekin (1995), o endomarketing é a intenção do marketing voltada para dentro da organização (empresa), a qual as ações são voltadas ao público interno da empresa, a fim de promover, entre seus funcionário e departamentos, valores destinados a servir o cliente. É um conjunto de ações focadas no público interno com o objetivo de conscientizar funcionários e chefias para a importância do atendimento de excelência ao cliente. Os profissionais de relações publicas, julgam que o endomarketing não é nada mais que uma forma diferente de expressão a comunicação interna e que se trata de uma alternativa para garantir aos profissionais de marketing a entrada em um novo campo de trabalho. Para Cerqueira (2002), o endomarketing tem se tornado uma ferramenta de grande importância para as empresas, à razão da tal importância é a sintonização e sincronização das pessoas que trabalham na empresa. O principal beneficio que se busca é o fortalecimento e construção dos relacionamentos, compartilhando os objetivos da empresa, e inserindo a noção de que todos são clientes de todos também dentro da empresa. O endomarketing serve como elemento de ligação entre o cliente, o produto, serviço e o colaborador. Para definir endomarketing, Cobra (2003), diz que deve ser trabalhado como uma ferramenta de comunicação e integração para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. É importante que todos os colaboradores saibam a respeito dos objetivos, estratégias, metas e formas de atuação, só assim é possível começar a entender os clientes externos de forma mais coerente e eficaz, diminuindo custos, tempo e possibilitando o surgimento de um clima interno mais harmonioso no qual todos compartilhem do mesmo senso de direção e prioridade. Se cada colaborador for multiplicador de uma boa imagem da empresa, os produtos ou serviços fabricados por ela também serão bem aceitos por seus clientes. De acordo com mesmo autor, a motivação no trabalho trás benefícios como a valorização de desempenho do colaborador, ambiente saudável, horários flexíveis e estímulos no aumenta da sua produtividade. Até algum tempo atrás, o empregado 73 e o empregador não se entravam e quando haviaa necessidade de conversar, era por meio de encarregados, o empregador nunca ouvia as necessidades do seu empregado e dependendo do tamanho da empresa, dificilmente o empregador nem sabia que era seus empregados. Segundo Bekin (2004), estabelece alguns processos de motivação, valorização do individuo dentro da empresa; recompensa e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados obtidos; criação de um ambiente de interação dentro da empresa; envolvimento dos funcionários no planejamento e tomadas de decisões; delegação de poderes de acordo com a função exercida; remuneração adequada; entre outros. Kotler (1998) diz que, o endomarketing existe para atrair resultados significativos para as empresas, visa dar atitudes estratégicas ao funcionário, e a noção da importância de um serviço fazendo-os ter a capacidade de responder qualquer duvida que surja dentro da companhia incluindo e envolvimento, comprometimento, valorização, responsabilidades e iniciativas, afinal, uma informação errada dada ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o desenvolvimento de um projeto. De acordo com Cobra (2003), vários instrumentos podem ser utilizados para a pratica da implantação do endomarketing, as ferramentas constituem-se com o treinamento, desenvolvimento, comunicação interna e externa, liderança, fluxo de informações entre outros. Os principais instrumentos operacionais que podem ser utilizados são: cartazes motivacionais, manuais técnicos e educativos, revistas, jornais interno, vídeos, palestras internas, grife interna (uniforme), convenções internas entre outros. Empresa que possuem pouca disponibilidade de tempo para a coordenação e implantação deste processo de marketing interno precisa evitar a escolha de instrumentos que exigem auto grau de envolvimento da coordenação, caso contrario poderá ocorrer problemas no desenvolvimento do plano. De acordo com o mesmo autor, o endomarketing é considerado uma ferramenta de sucesso em sua gestão, pois é a solução para os problemas de comprometimento de funcionários com a empresa. É necessário que a empresa priorize o plano e que haja envolvimento de toda a sua administração, para que os resultados esperados sejam alcançados satisfazendo a todos. Terra (2008) diz 74 [...] as palestras motivacionais, café da manha com a diretoria, eventos, ações de incentivo, se resumem a ações isoladas, não caracterizando o endomarketing, que por sua vez falta os mais importantes, os colaboradores que fazem com que a empresa seja o que é. Portanto, Terra (2008) afirma que um aliado importante do endomarketing é a tecnologia. Através das ferramentas que ele oferece ajudam a manusear melhor a comunicação de uma companhia e, logo, a comunicação interna. Segundo Michalko (2006, p.42 ), no livro Thinkertoys (ainda não traduzido para o português), diz que existem 16 maneiras de estimular a criatividade numa empresa: 1) Melhore todos os dias: fazer com que cada dia seja melhor que o outro. Realizar essa maneira no local de trabalho pode trazer benefícios no setor, e em consequência para toda a empresa. 2) Pendure um Edital de Brainstorming: Colocar um mural para que os colaboradores escrevam suas ideias e exponham para que os colegas vejam e tenham novas ideias. 3) Promova uma Loteria de Ideias: A cada ideia, dar ao colaborador um ponto (cartão) e no final do período, fazer um sorteio e premiar o colaborador que tiver o cartão premiado. 4) Crie um Cantinho da Criatividade: Ter um local para que as pessoas discutam sobre as ideias por outros e também estimular a criatividade de todos. Geralmente os locais são onde fica o chamado: Cantinho do Café. 5) Inspire através de Ícones: Propor que os colaboradores coloquem algum objeto sobre a mesa que o ajude a atingir seu objetivo, aumentando a imaginação de cada um, proporcionando maior diversidade de escolhas. 6) Almoce com Propósito: Almoçar com pessoas diferentes para discutir as ideias de cada um, aumentando a perspectiva do trabalho. 7) Use Agendas de Ideias Brilhantes: Sugerir que todos os colaboradores escrevam certo número de ideias por dia, para que no final do mês, ao recolhê-las, possa categorizá-las e discutir no grupo. 8) Organize a Semana de Ideias Estúpidas: Colocar num quadro todas as ideias estúpidas, pedindo com que os colaboradores votem, e no final premiar a ideia mais estúpida e descobrirá que algumas não serão tão estúpidas assim. 9) Cultive a Criatividade por Comitês: Escolher aleatoriamente um Comitê, para que discutam e implantem as ideias, premiando pela qualidade e a quantidade de suas contribuições criativas. 10) Crie o Clube dos Campeões: Escolher um local onde todos passem e colocar as fotos das pessoas que suas ideias tenham sido implantadas, descrevendo a ideia e os benefícios que ela trouxe a empresa. 11) Misture Cérebro Esquerdo com Direito: Quando fizer uma reunião para explorar as ideias dos colaboradores, separe de um lado as ideias racionais (lado esquerdo) e do outras ideias intuitivas (direito). Depois combinar as ideias e discutes sobre as sugestões. 12) Proponha Cota de Ideias: Cobrar uma quantidade certa de ideias por período, dando pontos para quem conseguir e tirando de quem não conseguir, premiando os que atingirem o maior número de ideias dentro de um período superior. 13) Exija Ingressos Criativos: Exigir que, antes de qualquer reunião, o colaborador que pela primeira vez participar da reunião, tenha uma ideia para abrir as discussões sobre o assunto de sua escolha. 75 14) Mude de Sim, mas... para Sim, e: Quando alguém sugerir uma ideia nova durante a reunião, não falar sim, mas, e sim pedir para que continue de onde parou. 15) Peçam sempre 3 Sugestões: Sugerir certa quantidade de sugestões, mas sempre essa quantidade, para todas as ideias. 16) Procure por ajuda Externa: Não apenas os colaboradores podem dar sugestões, mas geralmente os familiares que não presenciam diariamente a mesma coisa, podem ter ideias magníficas para melhorar a empresa. Segundo Michalko (2006), toda ideia, de certa forma, é uma contribuição. Agradeça a todos que participarem com sugestões, mesmo que estas não sejam implantadas. Afinal, essas pessoas poderiam muito bem ter ficado quieta no seu canto. Ao dar uma ideia ou sugestão, as pessoas estão de certa maneira se expondo, o que nem sempre é agradável. Ao agradecer a todos que participarem, você estará estimulando um ambiente mais criativo e descontraído, ao mesmo tempo em que sinaliza a todos que está aberto para contribuições e novas ideias. Por isso premie as melhores ideias, e agradeça as outras. É a melhor maneira de garantir um fluxo constante de energia na sua equipe. Para Carvalho (2008), como qualquer processo multidisciplinar, o endomarketing de forma clara e direta, possui premissas constantes e imutáveis independente do tamanho, perfil ou área de atuação em uma empresa. As 25 Leis do Endomarketing apresentam conceitos consolidados desmistificando visões e facilitando compreensões sobre este tema. - Lei de Diferencial Humano: As pessoas tem um papel importante para o futuro da empresa, não importando o valor que pretende agregar ao negocio. - Lei da Tomada de Decisão: Pessoas tomam decisões em todos os setores da empresa, desde o baixo até o alto cargo. - Lei do Sentido: As pessoas devem saber aquilo que estão envolvidas, porque ninguém jamais dará tudo de si naquilo que não conhece. - Lei do Reflexo: O reflexo do mercado externo é o próprio reflexo no mercado interno. - Lei de Desempenho Esperado: Quanto menos é oferecido e, troca do trabalho, maior a diferença entre o esperado e o oferecido ao mercado externo. 76 - Lei de Motivação: a motivação não pode ser apenas no ambiente de trabalho, ela também é de exclusividade do indivíduo fora da empresa. - Lei de Composto de Endomarketing: Não deve ser comparado com a comunicação interna. Portanto o endomarketing é também um processo gerencial, cíclico e continuo formado por 4 (quatro) variáveis: a Empresa (o que é entregue ao colaborador), a Ambiente (tangível e intangível), o Trabalho (a moeda de troca) e a comunicação. - Lei da Escada Limpa: Deve-se começar de cima para baixo, para ter uma mudança de alto nível. - Lei do Fluxo de Benefícios: Quando maior os benefícios que o colaborador tiver, mais ele produzirá. - Lei do Ambiente: Todas as trocas realizadas dentro da empresa formam dois tipos de ambiente: tangíveis (físicos) e intangíveis (cultura e clima organizacional). - Lei do Trabalho: Quanto mais o colaborador receber em troca do trabalho, maior será seu desempenho. - Lei da Constante de Comunicação: Todas as empresas possuem um processo de comunicação, mesmo sendo praticada apenas pelos colaboradores por canais informais. - Lei da Gestão do Endomarketing: Segundo Carvalho (2008), o endomarketing é um processo cíclico, gerencial, continuo, e baseado em ferramentas multidisciplinares de ativação, com o intuito de promover a motivação das pessoas com o seu trabalho e garantir o seu compromisso com os objetivos estratégicos, contribuindo assim a obtenção de melhores resultados a partir de desempenho superiores. - Lei do Discurso Contraditório: A variação de desempenho de um colaborador é o resultado direto da diferença entre o volume de comunicação que oriente a sua tomada de decisão, normalmente gerada pela empresa, e o volume de comunicação contraditória, que na maioria das vezes é ocasionada pela sua chefia direta (CARVALHO, 2008). 77 - Lei dos Pontos de Precisão: Existem duas concentrações de público interno, agindo negativamente e positivamente e favor da empresa e agem sobre a massa de pessoal em geral. - Lei dos Cenários de Representação: todos os colaboradores devem ter, além de uma visão interna, a visão externa para superar os desafios. - Lei das Fases de Implantação: devem-se respeitar as quatro fases distintas: a assimilação dos conceitos (Despertar), a saída de zonas de conforto (Envolver), a partir da ação (Construir) e a busca de metas elevadas (Superar). - Lei do Discurso Único: Ter apenas um discurso para comunicar, forte o bastante para manter vivo o maior tempo possível. - Lei da capacidade dos Canais Internos: O número de canais internos não faz diferença na qualidade de comunicação interna. - Lei dos Tipos de Conteúdos Editoriais: Os canais internos de comunicação devem ter um dos quatro tipos de linha editorial: Estratégica, Informativa, de Serviço e/ou Humana. - Lei da Estética e do Discurso: A estética e o discurso devem estar ligados diretamente ao público interno, com exceção as áreas comerciais. - Lei do Referencias Externo: Os colaboradores trazem de fora da empresa os referenciais da comunicação e baseiam-se em suas experiências com as mídias externas. - Lei da Segmentação Interna: Todas as empresas possuem seus segmentos do Endomarketing, pois um segmento não satisfaz as necessidades de uma ou mais empresas. - Lei do Retorno: Quanto maior o desejo dos colaboradores, maior o volume de comunicação interna praticada pela organização. - Lei da Oralidade: Quase todos os colaboradores preferem à comunicação oral e a evolução do Endomarketing esta na diminuição dos impressos. Rigaud (2008), afirma que o endomarketing trata-se de uma necessidade imediata das empresas, que desejam crescer, conquistar mercados, manter os 78 índices que já possuem ou, simplesmente, garantir a sua sobrevivência nos próximos cinco anos. De acordo com o mesmo autor, alguns instrumentos do processo de motivação o autor enumera: - Chamamento a parcerias, à cooperativa e a lealdade; - Valorização do individuo dentro de seu grupo; - Integração baseada nos valores e objetivos da empresa; - Reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados; - Recompensa e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos; - Criação de um ambiente de integração dentro da empresa; - Envolvimento dos funcionários no planejamento e tomada decisões; - Estimulo à iniciativa e às atitudes criativas; - Delegação de poderes de acordo com a natureza da função compartilhada; - Remuneração adequada. 2.5 HAPPY HOUSE BRASIL A década de 90 pode ter sido considerada o momento da descoberta do Endomarketing. Empresas de todos os portes e segmentos começaram a criar e implementar canais, instrumentos e ações de Comunicação com o público interno, muitas vezes de forma caseira e intuitiva. 79 Figura 1: Logomarca da empresa Fonte: Álbum da empresa Um novo consumidor, muito mais bem informado e seduzido por propagandas criativas, passou a exigir das empresas mais qualidade, produtividade e, principalmente, melhoria no atendimento. As empresas, por sua vez, precisavam preparar o seu público interno para responder a essas expectativas. Dentro desse mesmo contexto, agências de propaganda passaram a ser demandadas a criar campanhas de Endomarketing sem uma orientação adequada quanto ao alinhamento de conceitos e até mesmo quanto a um possível posicionamento interno. Na entrada do novo milênio, escrevendo seu terceiro livro: UM OLHAR SOBRE O MARKETING INTERNO, Analisa de Medeiros Brum tomou a decisão de juntar a experiência de ter trabalhado numa agência de propaganda com o conhecimento que vinha construindo sobre Endomarketing para criar uma nova categoria empresarial. Assim, em setembro de 2000, foi inaugurada a primeira agência de propaganda interna do país: Happy House Agência de Marketing Interno. Essa decisão foi tomada juntamente com o publicitário Alexandre Skowronsky que, como sócio-investidor, deu o suporte necessário para que a estrutura fosse montada. A empresa foi constituída com formato de agência de propaganda (criação, estúdio e produção), mas, desde o início, ofereceu consultoria, começando o relacionamento com as empresas a partir de trabalhos de diagnóstico e de planejamento. 80 Figura 2: Área interna da empresa Fonte: Álbum da empresa O fato de reunir consultoria e agência dentro de uma mesma estrutura estabeleceu o diferencial em relação às agências de propaganda e birôs de criação. O mercado brasileiro ganhou uma agência com capacidade para pensar, criar, finalizar, produzir e entregar canais, instrumentos e ações de endomarketing para seus clientes com um nível de especialização. Como ícone para representar o seu posicionamento de empresa focada exclusivamente no Endomarketing, a Happy House fugiu das figuras comuns ao Endomarketing naquela época como, por exemplo, o elemento humano, o sorriso ou o gráfico do crescimento. Associada ao nome da empresa, uma escada compôs a marca, representando não apenas a ideia de estúdio e de criatividade, mas, principalmente, a capacidade da agência de ajudar as empresas a transpor o muro que muitas vezes as separa dos seus empregados. A escada, cuja programação visual é uma composição de "Hs", também representou graficamente o nome Happy House. Ao ser lançada com o conceito de agência de propaganda interna, a Happy House foi considerada uma novidade no mercado e, ao mesmo tempo, percebida como uma ótima opção como fornecedora para as áreas de Recursos Humanos das grandes empresas que precisavam fazer Comunicação e Marketing Interno, mas não 81 encontravam nas agências de propaganda o atendimento e o nível de especialização que buscavam. Assim, a Happy House iniciou as suas atividades com três clientes: Renner, cuja sede fica em Porto Alegre; Telet, que hhaviachegado ao Rio Grande do Sul com a marca Claro Digital; e Eletronorte, empresa com sede em Brasília que distribui energia para toda a Amazônia legal. A equipe, nessa época, era formada por cinco pessoas além da Analisa: Cristiane Mallmann (atendimento), Carlos Eduardo Palhares André (redator); Rafael Renck (diretor de arte), Clarice Pereira (telefonista/recepcionista) e Neida Vitello (copeira). Figura 3: Equipe de trabalho Fonte: Álbum da empresa Para permanecer no mercado e crescer como agência de propaganda interna, a Happy House teve que enfrentar uma série de desafios: a sede em Porto Alegre e o desejo de atuar nacionalmente; a possibilidade de ser percebida como concorrente das agências externas; a manutenção de uma estrutura fixa sem contar com a verba de mídia; a falta de profissionais especializados em Endomarketing no mercado; o despreparo das empresas que ainda percebiam Endomarketing como "fazer um jornalzinho"; e outros. 82 No entanto, ao completar dois anos de atividade, a Happy House conquistou a conta das duas maiores empresas brasileiras: Vale (privada) e Petrobras (pública), o que comprovou ao mercado não apenas a sua capacidade e o seu nível de especialização, mas, principalmente, a possibilidade de atender com qualidade a partir da sua estrutura em Porto Alegre. Ao longo dos oito anos de atividade da agência, a Happy House cresceu cerca de 30% ao ano, sempre procurando se adequar à realidade e às necessidades das empresas que representam o seu mercado. Firme no seu posicionamento e princípios foi responsável pela implantação dos principais processos de Comunicação Interna e de Endomarketing existentes hoje no país. Para isso, o grande diferencial competitivo da agência tem sido os seus profissionais. Aos poucos, a Happy House foi formando os profissionais de que necessitava e tornando-se uma referência na área, considerada formadora de mãode-obra, cujos profissionais têm sido disputados pelo mercado publicitário local e nacional. Como curiosidade, é importante dizer que as cinco pessoas que começaram a agência juntamente com a Analisa continuam na equipe, porém em outros cargos: o Carlos Eduardo Palhares André hoje é sócio e diretor de criação da agência; a Cristiane Mallmann hoje é diretora de planejamento; o Rafael Renck é gerente de direção de arte; a Clarice Pereira é assistente de recursos humanos, e a Neida Vitello é telefonista/recepcionista, ou seja, todos cresceram juntamente com a agência. A equipe que começou com cinco pessoas e, hoje, conta com mais de 70 profissionais - entre administradores, relações públicas, publicitários e jornalistas -, atende 20 clientes fixos e muitas outras grandes empresas que procuram a Happy House para esforços específicos. Dos 20 clientes fixos, apenas quatro possuem sede no Rio Grande do Sul. 83 Figura 4: Equipes trabalhando Fonte: Álbum da empresa A atuação em nível nacional tem feito parte da trajetória da Happy House que atende, por exemplo, todas as companhias de energia do Nordeste. Em função disso, em 2005, a agência passou a chamar-se Happy House Brasil, mantendo como ícone a escada que, hoje, reflete o seu caminho de crescimento em todos os níveis. Ao longo desses oito anos, Analisa escreveu mais três livros: RESPIRANDO ENDOMARKETING (2003, L&PM Editores), FACE A FACE COM O ENDOMARKETING (2005, L&PM Editores), e ENDOMARKETING de A a Z (2007, Editora Doravante). Outras grandes conquistas em termos de estrutura e de conteúdo foram o Núcleo Editorial, responsável por revistas, jornais e informativos internos, e o Núcleo de Internacionalização, que busca desenvolver agentes e fornecedores em todos os países onde os clientes da agência possuem unidades, além de reunir informações sobre a cultura de cada localidade. Com um trabalho de Comunicação Interna bastante distante daquele que apenas informa, a Happy House Brasil possui capacidade para pesquisar, diagnosticar e aprofundar questões internas, visando a elaboração de um 84 planejamento estratégico capaz de fortalecer a importante - e muitas vezes frágil relação empresa/empregado. Além dos cinco princípios que abordam o posicionamento como agência de propaganda interna, o foco em Endomarketing, a atuação nacional e internacional e a rentabilidade enquanto negócio, a Happy House Brasil atua alicerçada nos três valores que adotou em 2000 e que fazem parte do dia-a-dia das pessoas que trabalham na agência. Esses três valores são: Disciplina, Disponibilidade e Delicadeza. Hoje, é possível dizer que a Happy House Brasil é uma agência em 3D, pois tudo o que é criado, desenvolvido e produzido pela Happy House Brasil traz esses três valores. 3 A EMPRESA Fundada em 1978, na Cidade de Chapecó – SC, na Rua 7 de Setembro, 548 – E, pelo Sr. Luis Renato Gonsales e pela Sra. Rosângela Brandalise Gonsales, a Bransales atua na área de autopeças e mecânica de automóveis. Figura 5: Vista frontal da loja no início das atividades Fonte: Álbum da empresa Em 1990 teve seu foco voltado especialmente na área de acessórios de Pick-Up e Jeep. Em 1999 ampliou a linha de acessórios para automóveis nacionais e importados. No segundo semestre de 2000, a Bransales passa a investir também no ramo de rodas e pneus para automóveis, Pick-Up e Vans. Em 2002 torna-se Importadora de Pneus e Distribuidora de Pneus e Acessórios parar Automóveis. Em 2004 passou a atuar na área de pneus para caminhões e motos. Em 2005 a Bransales construiu seu Centro de Distribuição de Atacado e Varejo de Pneus e Acessórios. 86 Figura 6: Vista antiga da frente da loja Fonte: Álbum da empresa No ano de 2010, atua com 35 funcionários, divididos nas áreas de produção (10), administrativa (8) e vendas (17), sendo 12 representantes comerciais e 5 representantes no Brasil, tendo como diretor Luiz Afonso Gonsales, e João Paulo Gonsales. Figura 7: Vista atual da frente da loja Fonte: Álbum da empresa Há 32 anos a Bransales vem atendendo 6 clientes com Qualidade e Agilidade em seus produtos e serviços. 4 METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos e as técnicas adotadas para a realização da pesquisa serão descritas e abordadas a seguir. 4.1 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O estudo foi realizado de Agosto de 2009 a Junho de 2010, no município de Chapecó, Estado de Santa Catarina, na empresa Bransales Auto Center, pelo acadêmico Guilherme C. Nascimento. 4.2 TÉCNICA E COLETA DE DADOS Os dados necessários para o desenvolvimento deste estudo foram coletados através de: - Revisão Bibliográfica: Buscar em diversas fontes as informações ligadas ao assunto. Neste trabalho específico, a revisão bibliográfica foi realizada com livros e artigos disponíveis na biblioteca da Universidade Comunitária Regional de Chapecó UNOCHAPECÓ, e em vários sites. - Entrevista semi-estruturada: Buscar os dados da Bransales Auto Center, através de algumas perguntas que contribuam para obter-se os resultados esperados. O questionário foi elaborado com base na revisão bibliográfica, obedecendo aos objetivos do presente projeto, com base teórica nos livros de metodologia da pesquisa. É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série de perguntas ordenadas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador [...]. A aparência, a brevidade e a criatividade deverão ser exercidas para obter as respostas. (DMITRUK, 2004, p. 132). 88 4.3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa explicativa por que registra fatos, analisa-os, interpreta-os e identifica suas causas. Embora existam vários conceitos de pesquisa, em sentido geral, poderíamos dizer que esta atividade consiste no exame crítico e exausto de um problema, com apoio no instrumento teórico-metodológico de uma área, objetivando a busca de respostas para o problema. (DMITRUK, 2001, p. 64). Além de ser uma pesquisa explicativa trata-se de um estudo de caso, pois foi desenvolvido um estudo profundo e detalhado sobre o tema de pesquisa. 4.4 DEFINIÇÃO ACERCA DA POPULAÇÃO E AMOSTRA A população da pesquisa é composta pelos sócios proprietários da empresa Bransales Auto Center da cidade de Chapecó. 4.5 TÉCNICA DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS O presente trabalho foi analisado de forma qualitativa que segundo Richardson (1999, p.80) a pesquisa qualitativa tem como objetivo identificar fenômenos que não são observados na pesquisa quantitativa. Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinados problemas, analisar a interação de certas variáveis, comprometer e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos. (RICHARDSON, 1999, p. 80). Outros dados coletados fora da pesquisa, foram à busca por informações e observações dos clientes internos da empresa. 89 4.6 PERGUNTAS DE ESTUDO Os seres humanos são seres imprevisíveis, a cada instante gera-se um pensamento diferente, cria-se uma opinião diferente, olha-se para o mundo de maneiras distintas, mas age-se de acordo com o que se acredita ser o correto. Com base nestas informações, busca-se saber: - Quais são os problemas do endomarketing na Bransales Auto Center? - Existe comunicação entre os setores da Bransales Auto Center? - Quais são as expectativas da empresa na implantação de um novo programa de endomarketing? - Quais são os valores que precisam ser melhorados na visão dos lideres das empresas para a implantação do programa? 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 5.1 HAPPY HOUSE BRASIL – AGÊNCIA DE ENDOMARKETING No decorrer do desenvolvimento do estágio supervisionado, foi feito uma visita de estudo na empresa Happy House Brasil. A escolha desta empresa foi por ela ter sua especialização em implantação de Endomarketing nas empresas. Tal visita serviu de base para desenvolver a proposta de implantação do endomarketing na empresa Bransales, tendo como base os conhecimentos obtidos na visita realizada na Happy House Brasil. 5.1.1 Visita a Happy House Brasil Em 11 de Janeiro de 2010, tive o privilegio de conhecer e entrevistar Carlos Eduardo Palhares André, Sócio-Diretor de Criação da Happy House Brasil – Agência de Endomarketing, localizada na Avenida Carlos Gomes, 1340, térreo, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Carlos Eduardo, ou Paulista, como é conhecido dentro da empresa, juntouse a equipe em 2000, quando ainda não existia em nível de estrutura. Começou seu trabalho como redator, e hoje é sócio e diretor da área de criação e também é professor da disciplina de Endomarketing nos cursos de pós-graduação da ESPM/RS. (Analisa de Medeiros Brum) A Happy House Brasil, fundada em 2000, pela Sra. Analisa de Medeiros Brum, onde foi criadora e hoje é Diretora Executiva e responsável pela área de planejamento da agência. A empresa é especializada em planejamento, criação, produção e logística de endomarketing, cujo trabalho pode ser comprovado em empresas de diversos portes e segmentos. Formada em Comunicação Social, estuda e escreve sobre marketing interno desde o inicio da década de 90, abrindo anos depois espaço no mercado para esse tema. 91 Rinaldo Ferreira de Medeiros, Administrador de Empresas e irmão de Analisa, no primeiro ano de Happy House Brasil, era Gerente de Negócios do Banco Santander, e foi convidado para assumir o Departamento Financeiro e Administrativo da empresa. Hoje possui uma participação acionaria e responde por um dos principais focos da Happy House, o resultado. Cristiane Mallmann Brun começou sua trajetória na Happy House em 2000 como Executiva de Contas e em 2007 assumiu a Diretoria de Atendimento, na qual atuou até o inicio do ano de 2008, quando assumiu a Diretoria de Planejamento. Alexandre Skowronsky é publicitário, foi quem convidou Analisa para criar a Happy House Brasil. Hoje é sócio – diretor da agência e um grande incentivador do crescimento empresarial e atua também como diretor da agência Globalcomm. A Happy House Brasil atua hoje com aproximadamente 50 funcionários, distribuídos nos diversos setores, como: criação, planejamento, financeiro, entre outros. Os valores da Happy é disciplina, disponibilidade, delicadeza, determinação, descontração e desempenho; o foco empresarial é relacionamento, reputação e resultado; e os princípios: a felicidade deve transcender o seu nome e atingir diretamente o cliente; são a primeira e querem ser sempre a melhor agência de endomarketing do Brasil; e atuam em nível local, nacional e internacional. É uma agência de propaganda interna, trabalhando com resultado, tanto para o cliente quanto para a agência e para eles fazer propaganda significa surpreender. A Happy House desempenha um trabalho de consultoria dentro das empresas começando com um diagnóstico através de grupos focais nos quais são levantadas percepções e sentimentos do público interno em relação à forma com que a empresa se comunica com ele. É a partir dos resultados desse diagnóstico que a Happy House Brasil planeja um processo sistemático e integrado de Comunicação Interna e determina necessidades de Endomarketing para seus clientes. A Happy House Brasil possui uma tecnologia de pesquisa que permite a avaliação de cada canal e/ou instrumento, além da avaliação por objetivos (níveis de informação, integração, sistemática do processo e comunicação face a face), originando um índice de favorabilidade para cada item. 92 Através do mesmo instrumento de pesquisa utilizado pela Happy House Brasil é possível medir, também, o nível de satisfação do público interno em relação a Canais Corporativos, Locais e de Comunicação Face a Face. A média dos índices de favorabilidade de todos esses itens origina o índice geral de satisfação do público interno em relação aos esforços implementados. A Happy House Brasil possui experiência para planejar processos, estruturas, campanhas e instrumentos específicos de Comunicação Interna e Endomarketing adequados as reais necessidades de seus clientes. Ao planejar processos de Comunicação Interna e de Endomarketing, a Happy House Brasil estabelece padrões a serem seguidos tanto em nível de linguagem quanto de formato, unificando a Comunicação Interna em todas as suas dimensões: corporativa, regional, local e direta. Essa padronização de processos é corporificada através de um manual, contendo política de Comunicação Interna, dimensões, posicionamento interno, conceitos a serem trabalhados, ícones a serem utilizados, estrutura de canais, instrumentos e ações, além de padrões para instrumentos informativos, campanhas informativas e motivacionais, celebrações, etc. A Happy House Brasil responsabiliza-se pelo planejamento, criação e implantação de processos estruturados de Comunicação Interna e de Endomarketing, incluindo: - Posicionamento Interno; - Planejamento Conceitual; - Planejamento Estrutural; - Planejamento Criativo; - Implantação e Manutenção do processo. A Happy House Brasil Agência também planeja, cria, finaliza, produz e entrega: - Canais/veículos de Comunicação Interna; - Campanhas Internas Informativas; - Campanhas Internas Motivacionais; - Instrumentos específicos de Comunicação Interna; 93 - Ações de Comunicação Interna e de Endomarketing; - Mídias internas alternativas. Dentro da Happy House Brasil Agência, está o NÚCLEO EDITORIAL, responsável pelo planejamento editorial e gráfico, além de todo o processo de execução de jornais, revistas e informativos internos. O Núcleo editorial da Happy House Brasil é formado por jornalistas e diretores de arte especializados em publicações corporativas. A área produz periódicos e desenvolve projetos especiais formatados conforme a necessidade do cliente. Entre os clientes ativos do Núcleo editorial estão Vale, Votorantim Metais, Gerdau, Grupo SBF, Randon e Zamprogna. A preocupação em conhecer os costumes e estar integrada com a comunidade a ser atingida fez com que a Happy House Brasil criasse um núcleo de internacionalização. Composto por profissionais com experiência em planejamento e relações internacionais, possui três objetivos específicos: - Pesquisar a cultura dos países nos quais os clientes Happy House Brasil possuem unidades; - Desenvolver fornecedores nesses países; - Criar uma rede de agentes que possam contribuir com a avaliação e a adequação dos materiais criados pela agência. 5.1.2 Os clientes da Happy House - AGCO A Happy House Brasil atende a conta corporativa da AGCO que inclui as cinco Unidades da empresa: Canoas (RS), Santa Rosa (RS), Ibirubá (RS), Mogi das Cruzes (SP) e Buenos Aires (Argentina). - Amanco Brasil A Amanco Brasil atua no mercado nacional de tubos, conexões e acessórios sanitários. Hoje, a empresa tem sua sede em São Paulo (SP) e unidades fabris em Joinville (SC), Sumaré (SP) e Cabo de Santo Agostinho (PE). A Amanco Brasil conta 94 com cerca de 1.600 colaboradores. Happy e Amanco são parceiras no cuidado do endomarketing das unidades brasileiras da multinacional. - Arcelormittal Desde o início de janeiro de 2008, a Arcelormittal Inox Brasil faz parte da cartela de clientes da Happy House Brasil. Sua sede fica em Timóteo, interior de Minas Gerais, e todo o trabalho está voltado para o Programa Vigilância Compartilhado da área de Segurança. Com 27 unidades industriais que atuam na produção e beneficiamento de aço no Brasil, Argentina e Costa Rica, a Arcelor tem uma capacidade de produção de mais de 11 milhões de toneladas de aço por ano. Seus produtos são aplicáveis nas indústrias automobilísticas, eletrodomésticos, embalagens, construção civil e naval, dentre outras. Hoje, a empresa conta com um cartel de mais de 15 mil empregados somando-se todas as suas unidades. - Bradesco O Bradesco é uma dos maiores bancos privados do país. A instituição conta com mais de 80 mil colaboradores e 35 milhões de clientes. A rede tem hoje cerca de 3 mil agências bancárias no país. A Happy House Brasil atende, desde abril de 2007, a área de Endobusiness do Bradesco, que fica na sede do banco, na Cidade de Deus em Osasco - SP. Atualmente, o trabalho consiste em planejar, criar e produzir campanhas internas de produtos, de responsabilidade social e outras. - Braskem Com 13 fábricas localizadas em Alagoas, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul, a empresa produz petroquímicos básicos como eteno, propeno, benzeno, caprolactama e DMT, além de gasolina e GLP (gás de cozinha). No segmento de resinas termoplásticas, em que é líder na América Latina, produz polietileno, polipropileno, PVC e PET. A Happy House Brasil está atuando no processo de integração da Braskem com as duas empresas gaúchas: Copesul e Petroquímica Ipiranga. A Sede da Braskem fica em SP e a interação agência/cliente acontece diretamente com a área de Comunicação Interna da empresa liderada pela profissional Beatriz Filgueiras. - Cargill Carnes Brasil (Seara) 95 A Seara pertence ao Grupo Cargill e sua sede está localizada em Itajaí-SC. Além disso, possui nove unidades nas seguintes cidades: Jaraguá do Sul-SC, Forquilhinha-SC, Itapiranga-SC, Seara-SC, Jacarezinho-PR, Nuporanga-SP, Dourados-MS, Sidrolândia-MS e uma unidade portuária em Itajaí, chamada Braskarne. Um ano após sua implantação pela Happy House Brasil, o Processo de Comunicação Interna da Seara foi considerado o melhor da Cargill no mundo. - Fras-Le Além da conta corporativa das Empresas Randon, a Happy House Brasil atende as demandas locais de duas de suas empresas: a Randon Implementos e a Fras-le. - Grupo Neoenergia O Grupo Neoenergia é o terceiro maior investidor privado do setor elétrico brasileiro. Formado pelas distribuidoras Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), as geradoras e transmissoras Itapebi (BA), Termopernambuco (PE), Afluente, Baguari I, Goiás Sul e Geração C III e a comercializadora NC Energia, o grupo possui cerca de 6.000 colaboradores. A Happy House Brasil atende a holding do grupo no Rio de Janeiro e cada uma das empresas que compõem o grupo. - Grupo Randon Localizada em Caxias do Sul, na serra gaúcha, a Randon S.A. Implementos e Participações é uma holding mista, líder de um conjunto de oito empresas operacionais que reúnem um quadro de mais de 7 mil funcionários. As Empresas Randon atuam nas áreas de implementos rodoviários, ferroviários, veículos especiais, autopeças, sistemas automotivos e serviços. Exportam para mais de uma centena de países e contam com uma Rede Internacional de Vendas e Serviços. A Randon já hhaviasido cliente da Happy House Brasil em 2004 e 2005 e agora em 2007 volta para fazer um trabalho ainda mais intenso de endomarketing. - Grupo SBF O Grupo SBF, maior rede de artigos esportivos da América Latina, é composto pelas lojas Centauro, BY Tennis e Almax. Hoje, possui 93 lojas. Com o 96 conceito de Super e Mega Stores, possui, em sua força de trabalho, mais de 4.000 colaboradores e mais de 60.000m2 de área de venda em shopping centers. Até o final de 2009, o Grupo SBF concretiza seu plano de expansão com a abertura de mais 63 lojas, elevando a área de vendas para 110.000 m2. Uma rede feita por pessoas que têm orgulho de mostrar a sua paixão pelo esporte. Uma paixão que vem do coração de cada colaborador que está na linha de frente ou nos bastidores. A Happy House Brasil faz o endomarketing corporativo do grupo. - Renner A Renner é uma rede de lojas de departamento com mais de 80 lojas espalhadas em todo o Brasil. A sede da empresa fica em Porto Alegre. A Happy House Brasil, desde a sua fundação, em 2000, atende a Renner com esforços que atingem um quadro de mais de 7.500 colaboradores. - Santander A Happy House Brasil se relaciona com a área de Recursos Humanos do Banco Santander, cuja sede fica em SP, atendendo demandas pontuais de campanhas internas. Um dos maiores bancos privados estrangeiros do País, o Santander tem 150 anos de existência e atua em diversas áreas do setor financeiro como seguros, investimentos, câmbio e títulos, arrendamento mercantil, entre outros. - Souza Cruz Embora possua Unidades Fabris e Centro de Pesquisa no Rio Grande do Sul, a sede da Souza Cruz está situada no Centro do Rio de Janeiro. A atuação da Happy House Brasil, nesse cliente, está relacionada a um grande esforço de comunicação interna para a divulgação de seus objetivos estratégicos. - Vale A Vale é uma empresa global sediada no Brasil, com mais de 100 mil empregados, entre próprios e terceirizados. Tem como missão transformar recursos minerais em riqueza e desenvolvimento sustentável. As suas ações de relacionamento com stakeholders e a gestão dos impactos das suas atividades são guiadas por essa missão. Embora não possua unidades no Sul do país, a Vale faz toda a sua comunicação interna em Porto Alegre. - Votorantim Metais 97 A Votorantim Metais Zinco é o quinto maior produtor mundial, com capacidade instalada de 405,7 mil toneladas/ano. A competitividade da empresa no segmento é garantida por diversos fatores: mineração própria, tecnologia de tratamento de minérios, gestão eficiente de processos e investimentos permanentes na ampliação de sua capacidade de produção. A Happy House Brasil atende a Votorantim Metais Zinco de Morro Agudo e de Vazante, ambas no interior de Minas Gerais. - Phillips A rede Phillips tem o setor de Endomarketing onde a Happy House tem todo a corporação. - IBM Brasil Líder mundial em criação, desenvolvimento e manufatura das mais avançadas tecnologias de informação da indústria, incluindo sistemas de computadores, software, sistemas de rede, dispositivos de armazenamento e microeletrônica. Presente há 90 anos no Brasil, possui 17.400 colaboradores. 5.1.3 Entrevista realizada com o diretor de criação da Happy House Brasil Na sequencia apresenta-se resumidamente a entrevista realizada com Carlos Eduardo Palhares Andre, sócio diretor de criação da Happy House Brasil sobre a importância do endomarketing para as empresas. Dentro das organizações, as atividades mais comuns em comunicação interna e endomarketing vêm sendo trabalhada com menos ênfase, ou seja, de um tempo pra cá, eles começaram a dividir e, até mesmo, perder espaço para outras necessidades da organização quando o assunto é público interno, tais como, divulgação e desdobramento das estratégias, construção de um sentimento de pertencimento, colaboração com a atração e a retenção de talentos, promoção do engajamento, construção de um processo de informação mais eficiente e eficaz, desenvolvimento do líder como importante canal de informação, entre outros. Todos esses assuntos estão alinhados as necessidades da empresa e geralmente oriundos de objetivos estratégicos da empresa ou das áreas. 98 Sendo assim, principalmente, no ano em que o cenário mundial foi de crise, as empresas repensaram cada centavo aplicado em programas e ações internas. Não se tem mais espaço para fazer por fazer. E, nesse sentido, a evolução do endomarketing foi e sempre será necessária. Aquelas empresas que faziam apenas o mais trivial passaram a dar um passo à frente. Aquelas que ainda não faziam, passaram a fazer ou a pensar em fazer. É importante frisar que não existe receita de bolo. Cada empresa é uma empresa. E tudo depende do seu segmento, do seu tipo de público interno, do seu tamanho, da filosofia da empresa e dos seus desafios. Referente a utilização do Endomarketing, alguns aspectos como o ambiente da organização devem ser entendidos. O ambiente de trabalho tem a ver com o clima organizacional. E o clima é formado por uma sucessão de fatores. Desde os valores, as políticas da empresa, até as instalações e, principalmente, os funcionários. São eles que percebem o clima bom ou ruim. São eles que contribuem negativamente ou positivamente. Esse processo começa com a seleção dos profissionais, pois a empresa tem que procurar contratar pessoas que combinem com o seu jeito de ser, pessoas que concordem com a filosofia e as normas da empresa. Nesse sentido, o setor de recursos humanos passa a ser a área mais demandante para essa melhoria. As contribuições mais comuns do endomarketing para o clima da empresa são: - Colaborar com o desenvolvimento de programas de recrutamento e integração coerentes com a empresa. - Elaborar ações de integração. - Divulgar tudo o que a empresa faz e tem de bom, desde suas práticas internas até ações internas que possam gerar orgulho em cada um dos funcionários. - Desenvolver instrumentos e canais para que os líderes possam informar, engajar e construir o sentimento de equipe. - Criar ou alinhar o processo de comunicação interna com base na necessidade de informação da empresa e do público interno. 99 Geralmente, o grande instrumento para medir o clima é uma pesquisa de clima organizacional. Como um raio x da organização, ela identifica quais os pontos precisam de melhoria, é aí que também pode entrar o endomarketing. Desde uma ação, para que as pessoas respondam à pesquisa, até a apresentação dos resultados e a colaboração na divulgação dos planos de melhoria. As ações para que o endomarketing se torne mais eficiente são praticamente infinitas, pois estivemossempre diante de um “problema” que precisa de uma solução através do endomarketing e da comunicação interna. Esse deve ser o ponto de partida. A ação e a estratégia deverão ser sempre resultados de uma análise do cenário e da empresa. Sempre que o endomarketing estiver sendo utilizado alinhado à estratégia da empresa e as soluções propostas levarem em conta também as reais necessidades e objetivos, ele será mais eficiente. O endomarketing sendo bem ou mal implantado pode trazer resultados variados, mas depende do tipo de objetivo, que pode ser direto ou indireto, com métricas objetivas ou subjetivas e de curto, médio ou longo prazo. Por exemplo, o endomarketing pode criar uma campanha e ações para diminuir avarias e perdas em determinada empresa do varejo. E, dessa forma, os resultados serão diretos. Basta analisar os números e confrontar com a meta para saber se ele foi atingido ou não. Por outro lado, poderíamos ter uma demanda relativa à construção do orgulho nos funcionários de uma determinada empresa. E, nesse caso, orgulho não se pode impor, somente despertar. E o verdadeiro orgulho vai depender de tudo o que a empresa fizer e comunicar e da percepção das pessoas sobre a empresa. 5.2 DIAGNÓSTICO MERCADOLÓGICO DA BRANSALES AUTO CENTER Na sequencia apresenta-se o diagnóstico mercadológico realizado e que foi respondido pelos gestores da empresa Bransales Auto Center, o Sr. João Paulo e Luiz Afonso Gonsales. Segue em anexo 1 o diagnostico mercadológico utilizado na realização desse trabalho. 100 5.2.1 Concorrência Os principais concorrentes da Bransales Auto Center a nível de Brasil tem uma boa reputação e trabalham com preços baixos e marcas pouco renomadas, mas com um marketing agressivo. Os tipos de concorrência são baseados nos preços baixos, na má qualidade, prazo de entrega com atraso, serviços sem responsabilidade da entrega no tempo previsto e na execução dos mesmos com baixíssima qualidade comparada. Em relação ao ponto de vista dos concorrentes, os preços variados dos produtos com marcas renomeadas são mais caros, 90% dos produtos são a pronta entrega, tornando o serviço mais ágil e rápido, sendo que os outros 10% levam até 15 dias para estarem a disposição do cliente. A marca é conceituada no mercado, sempre com algumas promoções dos produtos com prazo e preço. Os produtos da Bransales tem um mercado nacional, principalmente nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio grande do Sul, com uma confiabilidade pelos 32 anos de tradição a Bransales oferece produtos de qualidade, um bom atendimento e segurança nos serviços. Os concorrentes indiretos da Bransales vêm cada vez aumentando, ou seja, no aumento dos combustíveis concessionárias e algumas lojas de eletrodomésticos, com por exemplo a Havan, que vende pneus e acessórios para automóveis. A Bransales é líder no ramo de venda de pneus, e também é uma importadora de pneus TOYO, KUMHO entre outros. 5.2.2 Mercado O mercado pneus, que é o principal produto oferecido aos clientes pela Bransales, é muito amplo, pois todos que tem automóveis, motos, vans, caminhões e também maquinas agrícolas, precisam desse produto, tornando assim uma demanda constante. A criação de mais linhas férreas, aéreas e também as hidroviárias, vem afetando constantemente o mercado de pneus, mas mesmo com essa concorrência a Bransales conta com mais de 15000 (quinze mil) clientes cadastrados. 101 Os consumidores em potencial se localizam na região sul, onde tem o maior foco do atacado, além do território nacional, e o varejo na Cidade de Chapecó, que atende a região oeste do Estado de Santa Catarina e parte do norte do Rio Grande do Sul. O consumo atual dos produtos não para, porem a diversidade da concorrência e dos produtos vem modificando a cada período do ano. Na época de férias (final do ano), o consumo aumenta, as pessoas adquirem produtos novos, para realizarem viagens e passeio. O mercado internacional vem dificultando nos negócios da Bransales, pois os países que pagam menos impostos vendem a preços mais baixos, tornando desvantagem nas vendas. As vendas no varejo são realizadas por unidade, 97% com pagamentos a vista, 3% no prazo, normalmente para 15 e 30 dias, e no atacado, as vendas são a granel, com quase 100% com pagamentos para 15 e 30 dias. As previsões mensais de vendas são realizadas a partir dos relatórios das vendas dos meses anteriores, realizadas mensalmente pelo gerente de compras, Sr. Luiz Afonso Gonsales, atendendo 95% do que é estimado para o mês. A quota de vendas é estabelecida através do estoque disponível, vendas do mesmo período nos anos anteriores e o consumo do mercado atual. A empresa esta muito satisfeita com as vendas, mas sempre buscando mais clientes e principalmente a fidelização. 5.2.3 Canal de distribuição Os canais de distribuição que os produtos são oferecidos aos clientes da Bransales são de 4 (quatro) formas, vendas no balcão (10%), telemarketing (40%), e-comerce (10%) e as visitas externas (40%), além da loja virtual (www.atacadaopneus.com.br). 5.2.4 Produto A Bransales Auto Center é uma importadora de pneus, que distribui para 102 todo o Brasil, pneus para motos, automóveis, vans, Pick-Up, entre outros, além de acessórios para veículos e serviços. Os percentuais das vendas de cada produto para o volume total de vendas são de pneus 85%, acessórios 12% e os serviços 3%. A cada ano é introduzido novas variedades de pneus e acessórios, dentre os quais, pneus TOYO e KUMHO (a fábrica é uma das 5 maiores do mundo), rodas D VINCI (rodas esportivas cromadas mais bem conceituadas no mundo) entre pneus para maquinas agrícolas e outros. 5.2.5 Políticas de preços Para se estipular preços para os produtos da Bransales, seguem uma rigorosa política nos preços, principalmente para a importação, que existe um controle de valor mínimo. Os produtos oferecidos no atacado sofrem uma variação referente aos custos de armazenagem, aquisição do produto, como por exemplo, IPI, PIS, COFINS, ICMS, fretes e taxas de importação. Os intermediários, ou vendedores internos e externos, recebem comissões referentes às vendas realizadas pelo colaborador, nunca fugindo do preço de mercado. O procedimento adotado em relação a concessão de credito é realizada pela analise da empresa, de bens, capital social, as cobranças são realizadas por boletos. Nas vendas realizadas no atacado, dificilmente acontecem devoluções, apenas quando existe algum erro nas medidas dos produtos, as consignações são normalmente feitas para concessionárias (rodas e pneus), para feiras. Quando acontece a alteração dos preços dos produtos, os clientes que estão cadastrados no sistema e que mantém um comércio dos produtos oferecidos pela empresa recebem a informação antecipada com o percentual de aumento dos produtos. As reclamações raramente acontecem e são realizadas diretamente com os responsáveis de cada setor. 103 5.2.6 Propaganda e promoção Através de jornais mensais, patrocínio em eventos esportivos e festivos, a Bransales integra o campo da propaganda de forma casual, realizada diretamente pela empresa e em algumas etapas através de agências. As agências de propaganda são escolhidas através dos serviços prestados as outras empresas. Hoje, após 9 anos de parceria, a empresa responsável pela propaganda da empresa tem total conhecimento dos produtos e se utiliza deste conhecimento para desenvolver trabalhos direcionados com o intuito de atrair novos cliente e manter os antigos. No início, através dos proprietários da Bransales, não pensavam muito em questão da propaganda, mas hoje a agência já tem padrões de modelos e raciocínio bem próximo da gerencia da empresa, conhece melhor os produtos, melhorando a cada ano a qualidade dos serviços prestados. O departamento de marketing é acompanhado de perto pela agência da empresa e até mesmo muito marketing é realizado diretamente pela empresa a 32 anos, através de uma boa comunicação de custo beneficio. A campanha da propaganda realizada pela Bransales é sazonal, mas a media mensal trabalhada pelos responsáveis do marketing é apenas 6 horas mês. O modelo de propaganda mais utilizado pela Bransales são panfletos de promoção, além da comunicação online, onde todos os clientes recebem informações sobre as promoções. Outro modelo de propaganda o patrocínio em competições veicular, onde todos ficam conhecendo a empresa e seus produtos, calculo da verba de propaganda é 2% do lucro liquido da empresa. 5.3 O QUE A BRANSALES FAZ EM RELAÇÃO AO ENDOMARKETING Foram analisados juntamente com o Sr. João Paulo Gonsales, quais são os instrumentos operacionais utilizados na Bransales Auto Center, para o aperfeiçoamento do departamento de Endomarketing, tendo como base Brum (1998). 104 - A Bransales Auto Center disponibiliza aos seus funcionários manuais técnicos e educativos sobre os produtos e serviços oferecidos aos seus clientes internos e externos. - A empresa realiza esporadicamente reuniões com palestras e vídeos sobre os produtos e serviços, com toda a diretoria da empresa e também vídeos que resgatam o histórico da empresa, com as metas e objetivos, a evolução, além de vídeos motivacionais, integrando a equipe profissional com os produtos e serviços. - A empresa disponibiliza aos seus funcionários uniformes, além das grifes para brindes para os clientes e os representantes. De acordo com Michalko (2006, pg. 42), para estimular a criatividade dos clientes internos numa empresa, é necessário seguir algumas medidas, para que o endomarketing tenha um aproveitamento em um tempo menor, antecipando o resultado, aumentando as vendas e motivando os funcionários. Para essas medidas sejam corretamente seguidas, é necessário que os funcionários da Bransales estejam dispostos a cumprir com elas, tornando o trabalho mais motivado. Neste sentido a Bransales terá que desenvolver e realizar algumas melhorias no seu ambiente interno, para que a implantação do endomarketing ocorra em toda a sua plenitude. Assim, abaixo relaciona-se alguns itens a serem melhorados de acordo com Michalko (2006) e Brum (1998): - criar uma caixa de sugestões para que os funcionários e clientes possam deixar suas ideias, opiniões e sugestões; - criar o Cantinho do Café, para que os funcionários discutam sobre assuntos pessoais e também profissionais; - realizar treinamentos e palestras motivacionais e de produtos; - realizar reuniões com os funcionários; - criar um jornal interno com informações sobre produtos e fatos da empresa; - fixar nas paredes ou vidros da empresa, cartazes motivacionais; - fazer um painel com detalhamentos sobre as funções de cada funcionário; 105 - informar aos funcionários quais as metas, o objetivo geral, os valores, a missão e a visão da Bransale. Assim, na sequencia apresenta-se as sugestões para a melhoria do endomarketing da Bransales Auto Center. 5.4 SUGESTÃO DE MELHORIAS DO ENDOMARKETING NA BRASALES AUTO CENTER Tendo como base a visita feita na Happy House Brasil e os estudos bibliográficos, desenvolveu-se sugestões para melhoria do endomarketing da empresa Bransales Auto Center de Chapecó, através da criação de um setor especifico, pois, o que é feito hoje na Bransales é realizado pelo setor de Recursos Humanos. Na seqüencia será abordado os passos necessários para a referida implantação. 5.4.1 Criação do setor de Endomarketing Conforme diagnóstico a empresa Bransales precisa melhorar o nível de comunicação interna. Desta forma sugere-se a criação do departamento de Endomarketing. Este setor será responsável por tudo o que se efere a comunicação e satisfação interna dos funcionários da empresa. Na figura 08 apresenta-se a sugestão da alteração do organograma. 106 Figura 8: Sugestão de alteração do organograma Na figura 8 apresenta-se a sugestão da criação do setor específico para trabalhar o endomarketing dentro da Bransales Auto Center. Este setor será responsável por tudo o que ser refere a comunicação e satisfação interna dos funcionários da empresa. A implantação de um novo setor tem um investimento na contratação de um profissional em Endomarketing, ou se o funcionário for da própria empresa, terá o custo dos treinamentos. O responsável pelo setor de Endomarketing terá como função: Estabelecimento de objetivos; Análise de Relacionamentos e Comunicações; Planejamento de Ações; Treinamento e Desenvolvimento; Motivação, Participação e Premiação; Medição de Resultados, Reavaliações, Aprimoramentos. 5.4.2 Sugestão do mural informativo Conforme diagnóstico existem falhas na comunicação interna, principalmente entre o setor de venda e o mecânico, desta forma sugere-se a criação de um mural 107 informativo em cada setor, onde deverá constar os horários de cada funcionário da mecânica e o que cada um está fazendo naquele período, ou seja, o que ele está instalando, para que não aconteça que um funcionário da mecânica tenha dois trabalhos marcados na mesma hora. Fonte: http://www.civille.com.br/uploads/images/produtos/quadro-branco.jpg Figura 9: Sugestão de mural informativo A criação do mural informativo tem como objetivo agilizar a comunicação, expondo lembretes de reuniões, treinamentos, pensamentos motivadores, agradecimentos, etc. Nas visitas realizadas na empresa observou-se os procedimentos internos realizados na empresa e posteriormente partiu-se para uma pesquisa informal realizada com os funcionários (conversas com os funcionários). Foi possível verificar que a satisfação dos clientes internos quanto a motivação dentro da empresa não é das melhores tanto por parte da empresa quanto por parte dos colaboradores, pois há uma desordem nos informações internas, destacando a principal e mais importante, a falta de comunicação entre os setores. Observou-se que a parte de vendas não esta interligada com o setor de mecânica, ou seja, as vendas estão sendo realizadas e tudo sendo agendado para o mesmo horário, provocando Acúmulo de trabalho para os funcionários da mecânica e, além disso, faz com que os clientes fiquem esperando para ter os serviços realizados. 108 5.4.3 Sugestão de comunicação entre os setores vendas/mecânica. E-mails departamentais e jornal informativo Toda a empresa precisa repassar as políticas da mesma para os funcionários. Estas informações devem ser divulgadas antes do contato do funcionário com os produtos e serviços que vão realizar. Assim, no ambiente interno da empresa, a comunicação tem o dever de transmitir a cada funcionário informações da empresa, como o ambiente de trabalho que o funcionário está inserido, a filosofia empresarial, os objetivos da empresa e quais as metas que cada um deve atingir para o sucesso da empresa, ou seja, familiarizar o funcionário com as políticas da empresa. Na Bransales Auto Center a comunicação interna é realizada apenas entre os setores administrativos, que se localizam todos no mesmo local, em alguns deles não existe separação, tornando a comunicação mais usual, sendo que o departamento da mecânica é separado levando a uma comunicação rara. Para facilitar a comunicação do cliente com a empresa e dos colaboradores entre si, sugere-se a criação de e-mails específicos para todos os departamentos. O método é considerado eficiente, pois permite que os clientes contatem diretamente com setor que desejam além de não haver um custo para tal comunicação. Também sugere-se a criação de um e-mail colaborador. Além disso, deve também desenvolver um jornal interno com informações atualizadas dos produtos e serviços desenvolvidos pela empresa a fim de informar aos seus funcionários o que a empresa está fazendo para melhorar o seu relacionamento com os clientes externos. O modelo do jornal será decidido pela empresa com um custo dependendo do numero de paginas, cópias e também a gráfica escolhida. 5.4.4 Sugestão de confecção da missão, visão e dos objetivos O endomarketing busca adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, para uso no ambiente interno das corporações, ele surge como elemento de ligação entre o cliente, o produto e o empregado. 109 Brum (2000) passeia pelos conceitos que formam o marketing interno, e comenta que dar ao funcionário educação, carinho e atenção, tornando-o bem informado para que possa tornar-se também uma pessoa criativa e feliz, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente. Trata-se de um esforço feito por uma empresa para melhorar o nível de informação e com isso, estabelecer uma maior aproximação com o seu funcionário. Assim, o marketing interno é voltado para os processos da comunicação interna. Neste sentido sugere-se a divulgação da missão, visão, objetivos e políticas da Bransales. Esta além de ser direcionada para os funcionários, também será utilizada para a divulgação para os clientes externos, isto através da alocação de banners dentro da empresa, banner estes que ficaram em pontos estratégicos e na visão dos funcionários e clientes que circulam a empresa. Na figura 10 sugere-se a confecção da missão. MISSÃO Buscar a satisfação dos clientes através da excelência nas vendas de pneus, acessórios e na prestação de serviço assegurando um ambiente de trabalho saudável e seguro. Figura 10: Confecção da missão Na figura 11 sugere-se a confecção da visão. 110 VISÃO Ser reconhecido como uma das três maiores importadoras e distribuidoras de pneus do Brasil, na venda de acessórios e na prestação de serviço. Figura 11: Confecção da visão Na figura 12 sugere-se a confecção dos valores e que sejam colocados na parte de trás dos crachás dos funcionários. VALORES Compromisso com a venda; Honestidade; Qualidade na prestação de serviço; Inovação; Enganjamento; Ética; Transparência; Respeito; Foco no desenvolvimento; Responsabilidade social e ambiental Figura 12: Confecção dos valores Os valores serão colocados na parte de trás do crachá de cada funcionário para que todos tenham visão deles. 111 O custo para a confecção dos banners depende da gráfica escolhida, mas fica aproximadamente entre R$ 25,00 e R$ 35,00. 5.4.5 Sugestão de treinamento para os colaboradores O endomarketing também fortalece as relações internas da empresa através da integração do cliente e fornecedor interno, fazendo com que todos os funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negocio da empresa, incluindo itens de gestão, metas, resultados, produtos, serviços e mercados nos quais atua, propiciando melhorias tanto na qualidade dos produtos como na produtividade pessoal e a qualidade de vida do trabalho. Os clientes buscam qualidade, pontualidade, agilidade e bom atendimento. E para que a empresa possa melhorar nestes aspectos, torna-se necessário ter profissionais capacitados e treinados para atuar no mercado competitivo. Conforme observado, também percebeu-se que na empresa Bransales não acontece um treinamentoformal. Deste modo, propõe-se que a empresa realize treinamentos constantes para os colaboradores, tendo como objetivo desenvolver habilidades relacionadas às funções e atividades que exercem na empresa, além da capacidade de diagnosticar os desejos e necessidades dos clientes com criatividade e produtividade. Alguns exemplos de treinamentos podem ser encontrados via internet ou também em livros relacionados a esse assunto, mas todos devem seguir o seguinte modelo. De acordo com Allen (2003), os pilares do modelo de treinamento inteligente são: a) Envolva Prenda a atenção dos participantes. O seu principal propósito é preparar mentalmente os participantes para o aprendizado que vem a seguir. b) Contextualidade: Dê o contexto e a perspectiva de referência. Lide com as preocupações dos participantes e explique os objetivos imediatos do treinador. c) Explore: Introduza e realize a atividade conceitual do treinamento para os participantes. Não falando a respeito, mas os envolvendo nele. 112 d) Interrogue: Reforce o aprendizado, através da facilitação do diálogo e discussão sobre a atividade anterior. Guie os participantes em direção a um entendimento claro do conteúdo. e) Reflita: Reflita sobre as relações mais amplas através de estórias ou metáforas. Procure terminar com uma atividade de reflexão para deixar os participantes com uma impressão profunda e duradoura do material. Uma das sugestões é um treinamento relacionado a equipe da Bransales. Diante disso observam-se as informações a serem seguidas no decorrer do treinamento. - Motivando a Equipe - Crie uma abertura inspiradora. - Cite um exemplo de um trabalho em equipe; - Use situações; - Dê uma evidencia pessoal; - Leia o depoimento. - Elaborar uma hora para ideias - Peça que os funcionários exponham suas ideias; - Relacionar as melhores; - Escrevê-las em um mural. - Apreciar relatórios sobre realizações - Cumprimente os que ganharam prêmios; - Comente sobre as áreas de crescimento; - Peça depoimentos espontâneos sobre o sucesso. - Abordar o desafio de vendas - Identifique a necessidade ou a oportunidade. - Conduzir uma sessão inteligente e criativa - Pergunte: De que maneira poderíamos…? - Avalie a situação. Vá aos fatos; - Obtenha soluções criativas, mantendo a mente aberta e sem preconceitos; 113 - Escolha a melhor solução. - Definir metas INTELIGENTES - Conduza um treinamento de metas INTELIGENTES; - Específicas; - Mensuráveis; - Possíveis; - Realistas; - Divididas em etapas. - Definir metas INTELIGENTES na Organização; - Defina metas para a equipe - Defina metas individuais. - Identificar as habilidades necessárias para atingir as metas - Obter relacionamento pessoal; - Habilidade ao telefone; - Prospectar possíveis clientes; - Fazer perguntas; - Usar evidências; - Lidar com objeções. - Obter compromisso. - Compromissos da equipe; - Compromissos individuais. - Fechamento. - Faça um fechamento criativo. Tais treinamentos poderão ser obtidos através de parcerias com instituições de boa procedência, como por exemplo: (SENAI, SEBRAI, SENAC, SESC, CEDUP) e também em empresas particulares (CRESCERH, PerfilRH ou CONNECT JR), palestras motivacionais para os funcionários. 114 5.4.6 Sugestão de palestras motivacionais para os funcionários Além do treinamento, deve-se também desenvolver palestras de motivação para os mesmos. Mas antes deve-se saber o que deixa os funcionários desmotivados, para depois pensamos no que se pode fazer para deixá-los motivados novamente, pois quando ele começa a trabalhar, sua motivação esta a mil, mas no decorrer dos dias, há um problema que o desmotiva e é nessa parte que deve-se fazer algo para não deixá-lo pior, assim deve-se tomar alguns cuidados, tais como: - A motivação dos funcionários começa pelos diretores da Bransales, João Paulo e Luiz Afonso, que deve vigiar-se a si mesmo. - Não demonstrar pessimismo e ações que não goste que seus funcionários repitam. Não demonstre sua preocupação ou qualquer outro sentimento ruim, fique em silencio, para notar que a falta de comunicação entre vocês leva a falta de comunicação entre eles e os clientes. - Vigie-os de perto, pois eles são responsáveis pela mensagem da empresa para os clientes. Quando uma área não esta bem, olhe para o departamento, não para quem erra. - Vigie o ambiente de trabalho, olha o que as paredes falam dos funcionários, ou seja, deixe cartazes em branco para que seus funcionários se expressem sobre a empresa; deixe fotos dos clientes e de seus veículos com o serviço concluído, deixe mensagem sobre os elogios sobre o serviço e quem os realizou. - Fazer banners com a missão, visão, valores e a política da empresa, para que tanto os funcionários e os clientes saibam como é a empresa no seu todo. Realizar palestra motivacionais, que envolvam os funcionários para que se expressem diante de certo assunto profissional e que se distraiam, não pensem na empresa e sim na palestra. Motivação é um processo, não um evento isolado onde aperta-se um botão e pronto.... O funcionário esta motivado. Motivação é consequência, não causa. Falta de motivação esta em algum lugar da empresa, ache-o. A falta de perspectiva de futura, da rotina enfadonha do 115 trabalho, da falta de reconhecimento e até mesmo, da falta de conhecimento da empresa onde trabalha. A valorização dos funcionários tem que ocorrer, reconheça-o de forma agradável, com programas de reconhecimento instantâneos como, por exemplo, bônus salarial, brindes, ingressos para os jogos, um dia de folga (no aniversario). São muitas e simples as maneiras de reconhecer e valorizar o comportamento do seu funcionário, mas lembre-se, não se trata de uma campanha. Portanto, elaborar seu programa e treinar as chefias para utilizá-los de forma justa e honesta e aguarde a para ver os resultados positivos. 5.4.7 Sugestão de reuniões periódicas com os funcionários Conforme análises na empresa Bransales não ocorrem reuniões periódicas com os funcionários. Portanto sugere-se que os gerentes de cada setor e sua equipe realizem reuniões semanais, com duração de meia hora ou uma hora. Nessas reuniões, todas as pessoas terão a oportunidade de expor suas ideias, criatividades e sugestões. O gerente também terá a responsabilidade de motivar a sua equipe; Após essas reuniões semanais, serão realizadas reuniões quinzenais com os gerentes de cada setor juntamente com a direção da empresa, com assuntos referentes às reuniões que acontecerão em cada setor, elaborando com isso as estratégias para a empresa. Para cada decisão estratégica identificada, será debatida entre todos os gerentes, entrando em um consenso, para com isso haver um maior comprometimento de todos com os objetivos organizacionais. Dentro dessa concepção, as pessoas envolvidas em determinado processo devem propor ideias e sugestões, onde os colaboradores participarão ativamente nas tomadas de decisões, havendo um comprometimento e cooperação maior com a empresa. Aceitar a ideias dos funcionários pode ser útil na prestação de serviços e no restante da empresa, podendo tornar mais ágil e rápido a conclusão da prestação de serviços, na realização das vendas e nos outros afazeres empresariais, é simples e de fácil entendimento, não envolvendo dispêndio financeiro, sendo que a empresa já possui um ambiente propício para a realização de tais reuniões. 116 5.4.8 Sugestão de caixa de sugestões Conforme análise muitos colaboradores tem vergonha de expor suas ideias. Desta forma sugere-se a criação da caixinha de sugestões, aonde tanto os colaboradores como os clientes poderão expor suas criticas ou sugestões. Essas ideias serão recolhidas e analisadas pelos diretores da Bransales. A ideia que for implantada na empresa o funcionário receberá uma bonificação. 5.4.9 Criar o Cantinho do Café Conforme diagnóstico a empresa não possui um local apropriado para o café. Desta forma sugere-se a criação do cantinho do café, tendo como objetivo propiciar para os colaboradores e clientes um local agradável aonde as pessoas interagem e troquem informações. Figura 13: Cantinho do café proposto 117 5.5 BENEFÍCIOS DO ENDOMARKETING PARA OS FUNCIONÁRIOS E PARA A ORGANIZAÇÃO O Endomarketing será importante para o crescimento dos negócios. A sua estruturação é uma necessidade imediata das empresas que desejam crescer, conquistar mercados, manter os índices que já possuem ou, simplesmente, garantir a sua sobrevivência. O endomarketing visa adequar o atendimento do mercado, tornando-o mais competitivo a partir da integração dos funcionários a estrutura organizacional. Estabelecer, um processo permanente de motivação do funcionário conferindo-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa através de um sistema motivacional integrado ao cotidiano da empresa, isto tudo com a realização de parcerias, cooperação e lealdade entre os funcionários e os gestores da empresa. A valorização dos funcionários e sua integração dentro dos valores e objetivos da empresa, através de atitudes baseadas valores compartilhados, com recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos. Criação de um ambiente de interação com o envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões, através da utilização das iniciativas e da criatividade dos funcionários. Delegar poder de acordo com a função exercida e uma remuneração adequada e digna em conformidade com o alcance dos objetivos e metas da empresa. O endomarketing bem feito é capaz de tornar o funcionário mais comprometido com os objetivos da empresa e com a modernidade, cada um em sua área de atuação e por meio do seu trabalho. Assim, os funcionários terão uma consciência de que todas as suas ações devem estar voltadas para a satisfação das necessidades dos clientes. Segundo Brum (1998) os instrumentos operacionais que podem ser utilizados na implantação do endomarketing são: - Confecção de vídeos que podem ser institucionais, de apresentação dos produtos (tem como objetivo colocar em contato direto a equipe interna com a realidade em que o seu produto é utilizado); 118 - Manuais técnicos e educativos os quais apresentam os produtos, os serviços os lançamentos, as tendências (em relação à tecnologia e à moda); - Revista com história em quadrinhos; - Jornal interno com a utilização de vários encartes, como, por exemplo, área de recursos humanos, projetos, produção e associação de funcionários. Pode ser utilizada, também, a versão do jornal de parede; - Cartazes motivacionais, informativos e de forma de quebra-cabeça, sempre com o objetivo de passar novas informações para equipe interna; - Canais diretos (reunião com o diretor, presidência ou ouvidor interno); - Palestras internas, programas para apresentar as novidades da empresa, as tendências e a evolução que a mesma teve; - Grife interna que pode ser utilizada em roupas, bonés e acessórios; - Memória, ou seja, o resgaté da história da empresa, com objetivo de passar a evolução da mesma, às pessoas que a desconhecem; - Radio interno para a divulgação de notícias e comunicação com os funcionários ; - Vídeo jornal para a divulgação de lançamentos, pronunciamentos de diretores e gerentes - Intranet; - Convenções internas: uso da equipe interna para divulgação de atividades; - Manuais de integração: muito utilizados para divulgação de alguns aspectos da cultura organizacional. Como comentou-se, vários são os instrumentos que podem ser utilizados. Destes instrumentos deve-se tomar o cuidado para escolher aqueles que melhores se adaptem as necessidades da empresa, pois a escolha errada poderá dar problemas na sua implantação, pois depende diretamente de custos e envolvimento por parte de todos os membros da empresa, principalmente daquelas pessoas que ficarão responsáveis pela sua implantação e manutenção. Na implantação do endomarketing, é necessário que haja também dedicação e envolvimento da alta administração e chefias em geral. Pois os 119 funcionários saberão que a qualidade dos serviços que prestam refletem diretamente no sucesso dos negócios da empresa. E que é de extrema importância que ele faça um trabalho mesclando colaboração, criatividade e inovação, aperfeiçoando os processos e influenciando positivamente o clima organizacional. Dentre elas: - Manter os colaboradores informados sobre os valores, missão e visão; - Manter os colaboradores informados sobre as metas e estratégias; - Realizar reuniões para atualização de informações relacionadas com o dia-a-dia; - Realizar treinamentos para reciclagem de conhecimentos ou repasse de novos conhecimentos; - Avaliar o desempenho para que o colaborador conheça seu desempenho e identifique seus pontos fortes e oportunidades de melhorias; - Divulgar informações de interesse dos colaboradores por meio de jornal interno, e-mail e intranet; - Realizar gincanas para promover a integração entre os colaboradores; - Homenagear os colaboradores de acordo com o "tempo de casa"; - Promover benefícios como algumas especialidades médicas a serviço do colaborador (clínico geral, pediatra, ginecologista etc); - Entregar um bolo de aniversário, com cartão assinado pelo diretorpresidente, para cada aniversariante; - Praticar atividade física através de duas sessões semanais envolvendo todos os colaboradores; - Implantar programas de reeducação alimentar; - Implantar projeto para inclusão de pessoas da terceira idade, resgatando o seu potencial; - Realizar oficinas de artes manuais para o desenvolvimento de habilidades gerais dos funcionários. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS As empresas precisam de pessoas motivadas, transparentes e “de bem”. O empregado precisa cada vez mais de empresários líderes, humanistas e idealistas, ambos necessitam de programas, técnicas e instrumentos de comunicação para manter e aprimorar essa relação. Estivemos, portanto, trocando o passado pelo futuro nas relações entre o empregador e o empregado. O que vimos, diante de nós, é uma nova relação entre os empresários prometem tratar seus funcionários como capital humano, oferecendo-lhes benefícios mais atraentes, sistemas de controle mais modernos, estímulos ao aumento da produtividade, ambiente flexível e saudável e, principalmente, acesso a todo e qualquer tipo de informação. A motivação requer um alimento sem o qual ela não acontece: a informação. Sem informação coerente, clara, verdadeira, lógica, centrada e bem trabalhada, não existem funcionários motivados, por maiores que sejam os benefícios e incentivos. A informação é o produto da comunicação interna e a maior estratégia de aproximação funcionário/empresa. Motivar funcionários tornou-se uma grande indústria de fitas, filmes, palestras, seminários, consultorias, assessorias e outros tipos de abordagens e orientações. Portanto, o dinheiro pode ser um excelente fator de motivação, mas não é tudo. É da informação o papel principal nesse processo. A visão e o conceito de endomarketing, como nível estratégico da empresa, é um dos pontos fundamentais na eficácia do processo de endomarketing. Um diagnóstico inicial, seguido por um plano de implantação que considera a realidade da empresa é outro fator determinante para garantir os resultados do processo. Brum (1998) complementa esses fatores, citando outros aspectos que devem ser considerados: - Valorização da cultura da instituição; - Marketing interno como processo educativo; - Uso de instrumentos que encantem o público interno; 121 - Informação como responsabilidade da empresa; - Transparência e veracidade das informações passadas; - Mensagens simples, curtas e claras; - Impacto visual, a partir dos instrumentos. É importante destacar que o plano é um dos fatores iniciais de maior impacto para a eficácia do endomarketing, porém seu processo de desenvolvimento é contínuo e, portanto, todos os outros fatores devem ser considerados. Bekin (2004) resume essa questão da seguinte forma: “o sucesso da implantação do endomarketing depende 10% do próprio programa ou plano. O gerenciamento e a execução ficam com a responsabilidade dos 90% restantes”. Brum (1998) defende que o endomarketing deve ser conduzido em parceria entre as áreas de marketing e recursos humanos; a primeira tem o Know-how para a condução de projetos e instrumentos de marketing e a segunda tem o conhecimento e a facilidade de acesso ao público alvo. Na prática, o que se percebe é que, principalmente nas grandes empresas, o sistema de endomarketing é conduzido pela área de recursos humanos. Isso acontece pela ausência da ação da área de marketing ou porque a direção da empresa entende que assim deve ser (BRUM, 1998). Constata-se, assim, que o processo de coordenação do endomarketing varia de acordo com as características de cada organização, ou até mesmo, das pessoas que tiveram a iniciativa de promover estudos sobre o tema para desencadear seu processo de implantação na organização. Como já foi dito, isso pode acontecer em diversos departamentos da organização, mas normalmente está centrada na área de marketing ou recursos humanos. Independentemente da área responsável pela coordenação, é importante destacar que as diretrizes, as estratégias de implantação e o seu desenvolvimento devem originar-se a partir da missão, da visão e dos objetivos gerais da empresa. O endomarketing deve contribuir para o alcance dos objetivos gerais da organização. É importante destacar que os instrumentos devem ser adequados à realidade da empresa e devem ser executados a partir de um plano de implantação, conforme já referenciados. 122 Inicialmente pode-se constatar que todos os instrumentos utilizados pela área de marketing para ações com o cliente/consumidor podem ser utilizados para o endomarketing. Os instrumentos tradicionalmente utilizados pelo marketing são folders, material promocional, pesquisa de satisfação, painéis, comerciais, jornal, atividades festivas com clientes, entre outros. Bekin (2004) expõe alguns aspectos que devem ser considerados na definição dos instrumentos utilizados internamente como: contatos diretos entre os diversos níveis da empresa, processos de recompensa para o grupo e uma ampla rede de comunicação entre todos os níveis da empresa. A Bransales Auto Center esta de acordo com a implantação de um novo setor, o de Endomarketing, para a que as sugestões sejam implantadas na empresa, com a direção de um funcionário a ser escolhido pela empresa, ou contratação de uma pessoa para desenvolver esta atividade. No decorrer desse estudo, foi realizado o diagnostico mercadológico da Bransales Auto Center, visitado a Happy House Brasil – Agência de Endomarketing e apresentado sugestões para a implantação de Endomarketing na Bransales Auto Center. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS E BIBLIOGRÁFIAS ARAÚJO, Luis Cesar G. de. Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2001. BAUMANN, Renato (Org.). 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