economia bras contemp ii - 2011 i

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PLANO DE ENSINO - Iº SEMESTRE DE 2011
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Economia Brasileira Contemporânea II – ECO 02009 – Turma B
Pré-requisito: ECO 02013
Créditos: 4
Professor: Flávio Benevett Fligenspan
2. OBJETIVO
O objetivo da disciplina é o de proporcionar ao aluno o conhecimento sobre os principais determinantes do
comportamento da economia brasileira no período que se estende da década de 1980 aos dias atuais, com
ênfase na crise dos anos 1980, nos diversos planos de estabilização do período e na inserção brasileira no
processo de globalização.
3. SÚMULA
A crise dos anos 80. Inflação e dívida externa. Mudança do padrão de financiamento e do papel do Estado.
Planos de estabilização. Novo paradigma técnico-econômico, reestruturação industrial e competitividade.
Globalização e as novas relações com a economia internacional.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I. Anos 1980: a crise do padrão de financiamento baseado no Estado e no capital estrangeiro
BATISTA Jr., Paulo Nogueira. Formação de capital e transferência de recursos ao exterior. Revista de
Economia Política, São Paulo: Brasiliense, v. 7, n. 1, jan./mar. 1987.
BELLUZZO, Luiz G. de Mello; ALMEIDA, Júlio S. Gomes de. A crise da dívida e suas repercussões sobre a
economia brasileira. In: BELLUZZO, Luiz G. de Mello; BATISTA JR., Paulo Nogueira (orgs.) A luta pela
sobrevivência da moeda - ensaios em homenagem a Dilson Funaro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Mudanças no padrão de financiamento do investimento no Brasil.
Revista de Economia Política, São Paulo: Brasiliense, v. 7, n. 4, out./dez. 1987.
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. A lógica perversa da estagnação: dívida, déficit e inflação no Brasil. In:
BELLUZZO, Luiz G. de Mello; BATISTA JR., Paulo Nogueira (orgs.) A luta pela sobrevivência da moeda ensaios em homenagem a Dilson Funaro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
CARNEIRO, Dionísio Dias; MODIANO, Eduardo. Ajuste externo e desequilíbrio interno: 1980 - 1984. In:
ABREU, Marcelo de Paiva (org.) A ordem do progresso: cem anos de política econômica republicana,
1889 - 1989. Rio de Janeiro, Campus, 1989.
CARNEIRO, Ricardo. Crise, ajustamento e estagnação: a economia brasileira no período 1974 – 89.
Economia e Sociedade, Campinas: UNICAMP, n. 2, 1993.
CAVALCANTI, Carlos Brandão. Transferência de recursos ao exterior e substituição de dívida externa
por dívida interna. Rio de Janeiro, BNDES, 1988.
CRUZ, Paulo Roberto Davidoff Chagas. Endividamento externo e transferência de recursos reais ao
exterior: os setores público e privado na crise dos anos 80. Nova Economia, Belo Horizonte: UFMG, v. 5,
n. 1, ago. 1995.
HOLANDA BARBOSA, Fernando; SANCHEZ DE LA CAL, Manuel. Crescimento econômico e renegociação
da dívida externa. Revista de Economia Política, São Paulo: Brasiliense, v. 12, n. 1, jan./mar. 1992.
HERMAN, Jennifer. Auge e declínio do modelo de crescimento com endividamento: O II PND e a crise da
dívida externa. In: GIAMBIAGI, F. et al. Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, Elsevier,
2005.
MEYER, Arno. As negociações da dívida externa brasileira no âmbito do Clube de Paris. In: BELLUZZO,
Luiz G. de Mello; BATISTA JR., Paulo Nogueira (orgs.) A luta pela sobrevivência da moeda - ensaios em
homenagem a Dilson Funaro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.
SKIDMORE, T. E. A lenta via brasileira para a democratização: 1974-1985. In: STEPAN, A. (org.)
Democratizando o Brasil. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1988.
II. Os planos de estabilização (do Cruzado ao Real) e a redistribuição de renda
ARIDA, Pérsio (org.). Inflação Zero - Brasil, Argentina e Israel. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986.
AVERBUG, André; GIAMBIAGI, Fabio. A crise brasileira de 1998/1999 – origens e conseqüências. Rio de
Janeiro, BNDES, 2000 (Texto para Discussão n. 77).
BAER, Werner. A economia brasileira. São Paulo, Nobel, 1996.
BATISTA Jr., Paulo Nogueira. Vulnerabilidade externa da economia brasileira. Estudos Avançados, São
Paulo: USP, v. 16, n. 45, 2002.
CARVALHO, Carlos Eduardo. O fracasso do Plano Collor: erros de execução ou de concepção?
EconomiA, Niterói: ANPEC, v. 4, n. 2, jul./dez. 2003.
CARVALHO, Carlos Eduardo. As origens e a gênese do Plano Collor. Nova Economia, Belo Horizonte:
UFMG, v. 16, n. 1, jan./abr. 2006.
CASTRO, Lavínia. Esperança, frustração e aprendizado: a História da Nova República. In: GIAMBIAGI,
Fabio et al. Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005a.
CASTRO, Lavínia. Privatização, abertura e dexindexação: a primeira metade dos anos 90 (1990-1994). In:
GIAMBIAGI, Fabio et al. Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005b.
FLIGENSPAN, Flávio. Uma visão global da economia brasileira durante a vigência do Plano Real: avanços,
impasses e um cenário de crescimento com exclusão. Indicadores Econômicos FEE, Porto Alegre: v. 26,
n. 1, 1998.
FLIGENSPAN, Flávio. Plano Real: da estabilidade à necessidade de crescer. Porto Alegre, UFRGS, 2010
(mimeo).
GIAMBIAGI, Fabio. Estabilização, reformas e desequilíbrios macroeconômicos: os anos FHC. In:
GIAMBIAGI, Fabio et al. Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.
LARA-RESENDE, André. A moeda indexada: uma proposta para eliminar a inflação inercial. In: REGO, J.
M. (org.). Inflação inercial, teorias sobre inflação e o Plano Cruzado. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986.
MODIANO, Eduardo. A ópera dos três cruzados: 1985 - 1989. In: ABREU, Marcelo de Paiva (org.) A ordem
do progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889 - 1989. Rio de Janeiro, Campus, 1989.
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brasileiro. Visão do Desenvolvimento, Rio de Janeiro: BNDES, n. 85, set. 2010.
SOARES, Sergei Suarez Dillon. O ritmo na queda da desigualdade no Brasil é aceitável? Revista de
Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 3, jul./set. 2010.
III. Anos 1990 e 2000: abertura comercial, reestruturação industrial
BIELSCHOWSKY, Ricardo et. al. Formação de capital no ambiente das reformas econômicas brasileiras
dos anos 90: uma abordagem setorial. In: BAUMANN, R. (org.). Brasil: uma década em transição. Rio de
Janeiro, Campus, 2000.
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Indústria: investimento cauteloso, em três movimentos. In: BIELSCHOWSKY,
Ricardo (org.) Investimento e reformas no Brasil: indústria e infra-estrutura nos anos 90. Brasília: IPEACEPAL, 2002.
BONELLI, Regis. Ganhos de produtividade na economia brasileira na década de 90: um retrato de
corpo inteiro. Rio de Janeiro: IPEA, 2000. mimeo
CARNEIRO, Ricardo. Desenvolvimento em crise: a economia brasileira no último quarto do século XX.
São Paulo, Editora UNESP, IE-UNICAMP, 2002.
CASTRO, Antônio Barros de. A reestruturação industrial brasileira nos anos 90. Uma interpretação. Revista
de Economia Política, São Paulo: Brasiliense, v. 21, n. 3, jul./set. 2001.
COUTINHO, Luciano. A fragilidade do Brasil em face da globalização. In: BAUMANN, Renato (org.). O
Brasil e a economia global. Rio de Janeiro, Campus, 1996.
COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos (coord.). Estudo da competitividade da indústria brasileira.
Campinas, Papirus/UNICAMP, 1994.
FLIGENSPAN, Flávio. Ganhos e perdas no mercado de trabalho no Real: uma revisão por posição na
ocupação. Porto Alegre, Departamento de Economia da UFRGS, 2003 (Texto para Discussão n. 09/2003).
FRANCO, Gustavo. O desafio brasileiro: ensaios sobre desenvolvimento, globalização e moeda. São
Paulo, Ed. 34, 1999.
GONÇALVES, Reinaldo. Competitividade internacional e integração regional: a hipótese da inserção
regressiva. Revista de Economia Contemporânea, Rio de Janeiro: IE/UFRJ, v. 5, número especial, 2001.
HAGUENAUER, Lia; FERRAZ, João Carlos; KUPFER, David. Competição e internacionalização na
indústria brasileira. In: BAUMANN, Renato (org.). O Brasil e a economia global. Rio de Janeiro, Campus,
1996.
HIRATUKA, Célio; BALTAR, Carolina; ALMEIDA, Rodrigo. Inserção brasileira no comércio mundial no
período 1995-2005. Boletim NEIT, Campinas: IE - Unicamp, n. 9, ago. 2007.
IEDI. Indústria e Desenvolvimento: uma análise dos anos 90 e uma agenda de política de
desenvolvimento industrial para a nova década. (Cap. 5 – Política Industrial, Comércio Exterior e Política de
Exportação), São Paulo, 2000.
IEDI. Produtividade do trabalho na indústria: evolução recente. São Paulo, 2004.
IEDI. A evolução da estrutura industrial. São Paulo, 2008.
KUPFER, David. Trajetórias de reestruturação da indústria brasileira após a abertura e a
estabilização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998 (Tese de Doutorado).
LAPLANE, Mariano; SARTI, Fernando. Investimento direto estrangeiro e o impacto na balança
comercial nos anos 90. Brasília: IPEA, 1999 (Texto para Discussão n. 629).
MIRANDA, José Carlos. Abertura comercial, reestruturação industrial e exportações brasileiras na
década de 90. Brasília: IPEA, 2001 (Texto para Discussão n. 829).
MOREIRA, Maurício Mesquita. A indústria brasileira nos anos 90. O que já se pode dizer? In: GIAMBIAGI,
Fabio; MOREIRA, Maurício Mesquita (orgs.). A economia brasileira nos anos 90. Rio de Janeiro, BNDES,
1999.
OREIRO, José Luis; FEIJÓ, Carmem. Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso
brasileiro. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 2, abr./jun. 2010.
PUGA, Fernando Pimentel. Aumento das importações não gerou desindustrialização. Visão do
Desenvolvimento, Rio de Janeiro: BNDES, n. 26, mar. 2007.
SARTI, Fernando; HIRATUKA, Célio. Indústria brasileira: a perda relativa de importância global. Boletim
NEIT, Campinas: IE - Unicamp, n. 9, ago. 2007.
5. PROCEDIMENTO DIDÁTICO
O conteúdo da disciplina será desenvolvido por meio de aulas expositivas, estimulando-se o debate e a
participação dos alunos. Serão indicadas previamente as leituras consideradas obrigatórias e
complementares para cada aula. Para melhor acompanhamento da disciplina, recomenda-se fortemente
que o aluno venha à aula já tendo lido o material indicado e que tenha em mãos pelo menos a bibliografia
obrigatória.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação será feita através de duas provas parciais, uma no meio do semestre e outra no fim. Os alunos
que não atingirem a média aritmética (seis) para aprovação nestas duas provas ou que faltarem a alguma
delas poderão fazer uma prova de recuperação que substituirá (apenas) uma das duas provas parciais.
Para compor a média final, esta prova de recuperação substituirá a prova de menor nota ou a ausência em
(apenas) uma das provas parciais. Assim, o conteúdo desta prova de recuperação também será parcial,
correspondendo ao conteúdo da prova de menor nota ou ao da prova parcial em que o aluno não
compareceu.
Em hipótese nenhuma os alunos poderão fazer duas provas de recuperação, correspondendo ao conteúdo
integral do semestre.
Não haverá nenhuma outra forma de avaliação, muito menos recuperação da prova de recuperação.
Não poderão fazer a prova de recuperação os alunos com média aritmética igual ou maior que seis.
Os conceitos serão atribuídos de acordo com os seguintes intervalos da média aritmética final:
média ≤ 5,9: D
6,0 ≤ média ≤ 7,4: C
7,5 ≤ média ≤ 8,9: B
média ≥ 9,0: A.
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