MARKETING GLOBAL – EAD MÓDULO II – AS FORÇAS MACROAMBIENTAIS DO MARKETING Nesse respectivo módulo iremos estudar as forças não controláveis que interferem no ambiente organizacional na identificação das oportunidades e ameaças. Todos os envolvidos no processo de marketing, como consumidores, fornecedores, concorrentes, parceiros, intermediários, dentre outros, trabalham em um ambiente de oportunidades e ameaças, moldados pelas forças do ambiente. Essas forças são representadas por aspectos que não se podem controlar e que as organizações precisam identificar e monitorar. Segundo Ferrel e outros (2000, p.37): “na arena econômica, as empresas e os consumidores são crescentemente afetados por forças globais”. De acordo com estudiosos da área temos a seguir alguns exemplos dessas forças: - Crescente fragilidade do sistema financeiro; - Graves problemas de dívida externa de países da América Latina e Europa Oriental; - Agilização substancial do transporte, da comunicação e das transações financeiras; - Crescentes alianças estratégicas de empresas além das fronteiras; - Movimento crescente dos países ex-socialistas em direção à economia de mercado; - Rápida privatização de empresas públicas; - Rápido crescimento do comércio e dos investimentos mundiais; - Abertura gradual de novos mercados importantes (China, Europa Ocidental e países árabes); - Rápida disseminação de estilos de vida do mundo, tendo como conseqüência o crescimento global da comunicação; - Crescimento das tensões, dos conflitos regionais resultantes do final da guerra fria. Dentro do contexto de mudanças rápidas que o mercado impõe, as organizações devem controlar conjuntamente seis forças que são consideradas de extrema importância para a identificação das oportunidades e ameaças. São elas: demográfica, econômica, natural, tecnológica, política e sociocultural. Iremos abordar uma a uma a seguir. Ambiente Demográfico De acordo com Kotler (1998, p.146): “a primeira força macroambiental que os profissionais de marketing monitoram é a população, porque as pessoas representam os mercados”. As organizações buscam informações do tipo taxa de crescimento da população, faixa e distribuição etária, níveis de educação, padronização da moradia, composição étnica, etc. No caso da população mundial, de acordo com estudos o crescimento é “explosivo”, trazendo grandes conseqüências para as empresas, pois o aumento da população não necessariamente indica crescimento no mercado, ou seja, aumento do poder de compra. As empresas precisam analisar com cuidado os seus mercados para identificarem as oportunidades. Em relação à identificação da faixa etária da população, as organizações devem identificar as subdivisões dentro dos grupos para sinalizar os possíveis mercadosalvos. Temos como exemplos: - Casal com dupla fonte de renda e sem filhos; - Casal com dupla fonte de renda e com filhos; - Mães mais velhas com bebês; - Pessoas mais velhas e bem posicionadas em termos financeiros, etc; - Profissionais liberais residentes em áreas pobres; - Profissionais liberais residentes em áreas ricas. Ambiente Econômico De acordo com Kotler (1998, p.149): “os mercados exigem poder de compra, além de pessoas, dependendo da renda atual, preços, poupanças, empréstimos e disponibilidade de crédito”. Temos como ponto primordial no ambiente econômico a distribuição de renda entre os indivíduos, que é determinado através da estrutura industrial do País. Existem quatro tipos de estruturas que são: - Economia de subsistência: agricultura simples e poucas oportunidades para as empresas; - Economia exportadora de matéria prima: rica em alguns recursos naturais e pobres em outros setores. Exemplo: Arábia Saudita: petróleo, Zaire: cobre; - Economia em fase de industrialização: manufatura começa a representar uma pequena parcela do produto nacional bruto do País. Exemplo: Egito, Filipinas; - Economia industrializada: maiores exportadores de bens manufaturados e fundos de investimentos, tornando os mercados ricos. Exemplo: EUA, Japão. De acordo com Kotabe e Helsen (2000, p.98): “a distribuição da renda está relacionada com a estrutura industrial de uma nação, mas é também afetada pelo sistema político”. Em estudos recentes, os estudiosos na área de marketing estratégico identificaram os países em cinco padrões diferentes de distribuição de renda. São eles: (1) Renda muito baixa (2) A maior parte da renda muito baixa (3) Renda dividida em muito alta e muito baixa (4) Renda equilibrada entre baixa, média e alta. (5) A maioria da população com renda média. Por exemplo, nos Estados Unidos o rico está tornando-se mais rico, a classe média tem diminuído e os pobres estão se tornando cada vez mais pobres, mudando o mercado norte-americano para duas camadas, com pessoas ricas e padrões de vida altos comprando bens e serviços caros e a classe trabalhadora gastando com mais cuidado e cautela, comprando em lojas com descontos escolhendo marcas baratas etc. Se esse cenário é visto nos Estados Unidos, um País do Primeiro Mundo, rico, com uma estrutura organizada, com serviços para a população como saúde, educação, moradia, você imagina como está o cenário real dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, onde os serviços são escassos, a educação, a moradia, a saúde é precária e, cada vez mais, os pobres e miseráveis se tornam mais pobres. No módulo a seguir iremos estudar as forças naturais, tecnológicas, política/legal e sociocultural. This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. 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