Biológico, São Paulo, v.75, n.2, p.51

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26a RAIB
NECROSE PANCREÁTICA VIRAL INFECCIOSA ASSOCIADA AO AQUABIRNAVÍRUS EM ANFÍBIOS. MARTINS,
A.M.C.R.P.F.; CATROXO, M.H.B.; CASSIANO, L.L.; HIPOLITO, M. Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
de Sanidade Animal, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014-002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Infectious pancreatic necrosis virus in amphibians associated with Aquabirnavirus.
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A necrose pancreática viral infecciosa é provocada pelo Aquabirnavirus e observada em peixes salmonídeos e outros animais
marinhos ou dulcícolas, como anfíbios e, inclusive, em espécies invertebradas, como os moluscos. Esse patógeno leva a severas
perdas na aquicultura, tanto marinha quanto de água doce. O gênero Aquabirnavirus, pertence à família Birnaviridae, um vírus
RNA dupla fita. As partículas são isométricas, não envelopadas, com cápside de simetria icosaédrica e medem 55-65 nm de diâmetro. Uma característica saliente da arquitetura do Birnavirus é a presença de 260 espículas triméricas, formadas por proteínas
do envoltório, que se projetam radialmente do capsídeo. Essas estruturas carregam os principais sítios antigênicos, bem como
sítios da virulência e determinantes da adaptação celular. Além da necrose pancreática, esses agentes podem provocar outras
patogenias, como nefroblastoma e branchionefrite nas enguias, bem como necrose nas brânquias de moluscos. O processamento
histológico foi feito com espécimes recebidas pelo Laboratório Interinstitucional de Sanidade em Aquicultura (LISA), sendo um
anfíbio adulto de espécie silvestre não identificada e proveniente da Serra do Japi, no Estado de São Paulo, e também com amostras
de órgãos de girinos de rãs-touro provenientes de ranário experimental do Rio de Janeiro. Parte do material foi fixado em formalina
tamponada e processado pela técnica histológica de impregnação em parafina e coloração pela hematoxilina-eosina. Observou-se,
no hepatopâncreas, hepatócitos edemaciados e necróticos, bem como os ácinos pancreáticos e inúmeros melanomacrófagos em
ambos os tecidos ao redor das lesões. Fragmentos de fígado foram encaminhados para a microscopia eletrônica e processados
pela técnica de inclusão em resina. Em cortes ultrafinos, foram observadas inclusões citoplasmáticas, contendo nucleocapsídeos
virais. Estudos complementares se fazem necessários para se conhecer a real importância desse agente para as espécies aquáticas
de interesse comercial e de nossa fauna silvestre.
COINFECÇÃO DE PCV2 E PPV4 EM FEZES DE SUÍNOS NAS FASES DE CRECHE E CRESCIMENTO/TERMINAÇÃO.
BERSANO, J.G.1; CASTRO, A.M.M.G.2; CASTRO JUNIOR, F.G.3; BALDIN, C.M.2; OGATA, R.A.1; NARA, J.M.1; RICHTZENHAIN,
L.J.2 1Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, Av. Cons. Rodrigues Alves, 1252, CEP 04014002, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] 2Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária
e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, São Paulo, SP, Brasil.. 3Instituto de Zootecnia,
Centro de Pesquisa em Zootecnia Diversificada, Nova Odessa, SP, Brasil. PPV4 and PCV2 co-infection in nursery and growing/
finish swine feces.
Parvovirose suína está mundialmente distribuída e é uma das principais doenças que causam perdas reprodutivas. É um dos
menores vírus DNA de animais, possui uma simetria icosaédrica, morfologia esférica e é desprovido de envoltório. O genoma é
composto por uma fita simples de DNA e são descritos cinco gêneros que infectam suínos: o parvovírus tipo 1 (PPV1), parvovírus
tipo 2, parvovírus tipo 3, parvovírus tipo 4 e bocavírus suíno (PBoV). Prevalência de 6,4% a 20%; 9,7% e 1,5 a 39,7% para PPV2,
PPV3 e PBoV, respectivamente, já foi descrita. A descoberta de novos gêneros de PPV e sua associação com outros vírus imunodepressores, como o Circovírus Suíno 2 (PCV2), tem despertado interesse para o seu estudo. Portanto, o presente estudo teve
por objetivo, descrever a primeira detecção da coinfecção de PCV2 e PPV4 em fezes de suínos nas fases de creche e crescimento/
terminação, oriundos de granjas do Estado de São Paulo. Foram testadas fezes de animais na fase de creche (n = 35) e crescimento/
terminação (n = 14), oriundos de 3 granjas alocadas no Estado, por meio da técnica de Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR).
Na fase de creche 45,7% (16/35), 45,6% (17/35) e 25,7% (9/35) das amostras foram positivas para PCV2, PPV4 e PCV2 + PPV4,
respectivamente. Na fase de crescimento/terminação 42,8% (6/14), 21,4% (3/14) e 14,2% (2/14) das amostras foram positivas
para PCV2, PPV4 e PCV2 + PPV4, respectivamente. Este é o primeiro relato de coinfecção de PCV2 e PPV4 no Estado de São
Paulo e estudos futuros são necessários para verificar a importância clínica dessas coinfecções nas diferentes fases de produção.
Biológico, São Paulo, v.75, n.2, p.51-122, jul./dez., 2013
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