DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Desde 1988, nos Estados Unidos, as empresas que publicam as suas Demonstrações
Contábeis o fazem apresentando, além do Balanço e da Demonstração de Resultados –
as duas principais peças contábeis para fins de análise – a Demonstração do Fluxo de
Caixa.
No Brasil, desde 1989, está se analisando a nível do Congresso Nacional, a reforma da
Lei das Sociedades Anônimas, onde consta, no capítulo das Demonstrações Contábeis,
a substituição da DOAR Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos pela DFC
Demonstração do Fluxo de Caixa.
A DOAR, introduzida pela Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas) é uma
demonstração contábil que "não pegou”. Alardeada, inicialmente, como um grande
instrumento de análise financeira, logo foi relegada ao esquecimento. Muitos perguntam
a razão. Mais uma vez é aquela questão de copiar o que é bom para os outros no
pensamento de que é bom para o Brasil, sem estudar devidamente o assunto.
A DOAR "não pegou” no Brasil por um motivo muito simples: ela trata toda a variação
das contas do Ativo Permanente, do Exigível e do Realizável a Longo Prazo e a origem
das operações, como "variação do CCL Capital Circulante Líquido”.
Em termos de análise o CCL é um conceito muito fraco, sobretudo no caso das
empresas que atuam em ambientes como o brasileiro: mercado financeiro que não supre
adequadamente – juros compatíveis com as taxas de retorno, prazos dos empréstimos de
acordo com o prazo de retorno dos investimentos e montante de recursos disponíveis
condizentes com as necessidades das empresas – as demandas de recursos financeiros
das empresas.
No Brasil, a grande atenção das empresas se volta para a gestão das necessidades de
capital de giro, que é uma parte do CCL (a outra parte são os recursos de tesouraria –
como disponibilidades, empréstimos e demais valores financeiros do Ativo e Passivo
Circulantes que não estão diretamente relacionados com as atividades operacionais.
E a DOAR joga tudo como CCL !!! é claro que, desta forma, se apresenta de pouca
utilidade para os profissionais da área financeira.
A DFC, pelo contrário, traz detalhadamente todas as contas que compõem o CCL: o
fluxo decorrente da variação das contas operacionais (como Duplicatas a Receber,
Estoques, Fornecedores, entre outras) e a variação das contas que compõem as
atividades de tesouraria.
E a DFC "já pegou”. O IBRACON Instituto Brasileiro dos Contadores, por intermédio
da NPC 20, de 1999, orientou as empresas para a forma de elaboração da DFC, e muitas
empresas já publicam esta demonstração como informação completar nas Notas
Explicativas dos balanços.
A forma de apresentação da DFC sugerida pelo IBRACON, pelo método indireto (ele
sugere também, a forma pelo método direto) é muito útil para o profissional financeiro.
A DFC traz informações relevantes sobre a gestão financeiras dos recursos, sob todos os
aspectos operacionais e estratégicos do negócio. A orientação do IBRACON tem a
seguinte formatação para a DFC pelo método indireto:
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – Método Indireto
1.Atividades Operacionais
Resultado Líquido do Exercício
Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades
operacionais
Depreciação e amortização
Resultado na Venda de Bens do Ativo Permanente
Equivalência Patrimonial
Recebimento de Lucros e Dividendos de Subsidiárias
Variações nos Ativos e Passivos
(Aumento) Redução em Contas a Receber
(Aumento) Redução em Estoques
Aumento (Redução) em Fornecedores
Aumento (Redução) em Contas a Pagar e Provisões
Aumento (Redução) no Imposto de Renda e Contribuição Social
DISPONIBILIDADES LÍQUIDAS GERADAS PELAS (APLICADAS NAS)
ATIVIDADES OPERACIONAIS
2.Atividades de Investimentos
Compras de Imobilizado
Aquisição de Ações/Cotas
Recebimento por Venda de Ativos Permanentes
Juros Recebidos de Contratos de Mútuo
DISPONIBILIDADES LÍQUIDAS GERADAS PELAS (APLICADAS NAS)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
3.Atividades de Financiamento
Integralização de Capital
Pagamento de Lucros e Dividendos
Juros Recebidos e Pagos por Empréstimos
Empréstimos Tomados
Pagamentos de Empréstimos/Debêntures
DISPONIBILIDADES LÍQUIDAS GERADAS PELAS (APLICADAS NAS)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
4.Variação das Disponibilidades
Disponibilidades Iniciais
Disponibilidades Finais
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