St. Jude Medical R hythmNews Ano 1 - Volume 1 Apresentação .......................1 Cateteres irrigados evitam carbonização e coágulo......................... 2 Prezado Dr. Gerenciar o ritmo cardíaco exige a destreza de anos de experiência com o corpo humano aliado a novas tecnologias que aumentem o controle e minimizem riscos para médicos e pacientes. A St. Jude Medical investe, há anos, mais de 10% de seu faturamento líquido em Pesquisa e Desenvolvimento com este objetivo, por Sistema com controle de tempera- isso, oferece a qualidade necessária para garantir o sucesso de seus parceiros na tura é mais eficiente contra Flutter busca da excelência de resultados. Atrial Estudo de caso revela importância de progr amação em CDI................................ 3 Limiares da desfibrilação podem ser reduzidos com a programação da largura das ondas de choque nos dispositivos St. Jude Medical Avaliação clínica de Cateter par a ablação............................... 5 Estudo comprova eficácia do cateter Nesta primeira edição do RhythmNews apresentamos 4 estudos de casos com produtos St. Jude Medical. Em um deles temos a comparação entre a utilização de cateteres de ablação irrigados e não irrigados e seus efeitos sobre a carbonização dos tecidos e criação de coágulos. Mostramos, também, a importância da programação da largura das ondas de choque para o CDI em pacientes com limiares elevados em estudo de caso detalhado. E, um algoritmo capaz de buscar automaticamente a condução intrínseca sem comprometer o débito cardíaco. O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento e os resultados obtidos ora apresentados, não são fatos isolados para o sucesso de nossos produtos. Médicos, pacientes e pesquisadores são extremamente importantes na construção de nosso de ablação Therapy Cool Path™ sucesso. Algoritmo VIP™ oferece as melhores opções do mundo................................ 6 Atenciosamente, Equipe editorial da St. Jude Medical Busca automática da condução intrínseca sem comprometer o débito cardíaco 1 Avaliação da ablação utilizando Cateter Irrigado versus não irrigado, em modo de controle de temper atur a. Resultados do estudo clínico randomizado Therapy Cool Path™ segurança e eficácia dos sistemas de irrigação aberta com sistema de controle de temperatura para o tratamento de Flutter Atrial típico ou cavotricuspídeo. Os dados mostrados aqui comparam os resultados dos sistemas de irrigação aberta versus sistemas não irrigados quando ambos utilizam controle de temperatura. Cateteres de 8mm e Cool PathTM INTRODUÇÃO A ablação por radiofreqüência (RF) tornou-se uma terapia eficaz para o tratamento de algumas arritmias cardíacas. A quantidade de energia necessária para uma lesão efetiva deve ser cuidadosamente equilibrada em relação à temperatura do tecido. Evitar temperaturas excessivas na interação tecido-eletrodo ajuda a minimizar a formação de coágulos e focos de vapor (“steam pops”)1. Resfriar o eletrodo de ablação através da irrigação mantém baixa a temperatura da interação tecido-eletrodo, permitindo assim maior eficiência da entrega de energia ao tecido2. Utilizar a irrigação aberta com controle da temperatura pode ajudar a achar o equilíbrio entre a transmissão efetiva da entrega de energia e a redução na formação de coágulos. Enquanto existem alguns dados disponíveis comparando os resultados de cateteres irrigados com controle de potência versus cateteres não irrigados com controle de temperatura,3,4 poucos são os dados relativos aos sistemas com cateteres em modo de controle de temperatura. O motivo principal do estudo clínico randomizado original foi determinar a 2 MÉTODOS Um total de 256 pacientes de 22 locais foram randomizados e tratados com sistemas de irrigação aberta (n=174) e com sistemas não irrigados (n=82). Não existiu diferença estatística entre os 2 grupos de tratamento em relação às informações demográficas ou história de doenças cardiovasculares prévias. Todos os pacientes submeteram-se a um estudo eletrofisiológico antes da ablação. Todos os pacientes realizaram um ecocardiograma transtorácico de base e se necessário um ecocardiograma transesofágico, necessários para obter informações sobre patologias valvares e excluir a possibilidade de trombos. A ablação por RF foi realizada utilizando-se um cateter irrigado com ponta de 4mm (Therapy Cool Path™) com controle de temperatura ou então um cateter de 8mm não irrigado. Os parâmetros máximos para os cateteres irrigados foram: 50W, 50ºC e 60 segundos com fluxo de irrigação de 13ml/min de solução salina com heparina durante a aplicação de RF, e um fluxo de irrigação de 2ml/min sem a aplicação de RF. Os parâmetros utilizados para ablação nos cateteres não irrigados foram: 70W, 60ºC e tempo menor que 200 segundos. O desfecho do procedimento para todos os pacientes foi definido com o bloqueio bidirecional do istmo cavotricuspídeo e a não indução de flutter atrial nos 30 minutos após a última aplicação de RF. O acompanhamento dos pacientes ocorreu no 10º dia e no 3º mês. Foram feitas perguntas sobre a recorrência dos sintomas, monitoramento do ECG e outros procedimentos de cuidados padrão para pacientes submetidos à ablação de flutter atrial. Os pacientes sintomáticos foram submetidos a exames adicionais para confirmar o retorno do flutter atrial. RESULTADOS Bloqueio bidirecional e não indução de flutter atrial foram obtidos em 161 dos 174 pacientes (92,5%) tratados com o sistema irrigado e 79 dos 82 pacientes (96,3%) tratados com o sistema não irrigado (p=0,24). O sucesso crônico (3 meses) foi obtido em 144 dos 149 pacientes (96,6%) no grupo de cateteres irrigados e 71 dos 73 pacientes (97,3%) no grupo dos cateteres não irrigados. Falhas agudas não foram avaliadas para o sucesso crônico. Doze pacientes no grupo de cateteres irrigados e 6 pacientes no grupo de cateteres não irrigados que tiveram sucesso agudo não foram avaliados no acompanhamento. As principais complicações, as quais incluem todos os eventos cardíacos adversos graves até 7 dias após a ablação, foram observadas em 12 dos 174 pacientes (6,9%) no grupo de cateteres irrigados em comparação a 8 dos 82 pacientes (9,76%) no grupo dos cateteres não irrigados (p=0,43). Mais Controle. Menos Risco. Não foram observados coágulos em nenhum dos pacientes tratados com o sistema irrigado em comparação a 4 dos 82 pacientes (4,88%) tratados com o sistema não irrigado. Não ocorreram incidentes de carbonização no grupo de cateteres irrigados enquanto tivemos 4 dos 82 pacientes (4,88%) no grupo de cateteres não irrigados com evidências de carbonização na ponta do eletrodo. A St. Jude Medical dedica-se a reduzir riscos encontrando novas maneiras de aumentar o controle deixado nas mãos dos que salvam vidas. Tabela 2 - Temperatura média da ponta e energia aplicada Tabela 1 -Taxas percentuais de coágulos, carbonização, “steam pops” e principais complicações em sistemas irrigados versus não irrigados. CONCLUSÃO A ablação por RF utilizando o sistema irrigado com controle de temperatura é segura e eficaz para o tratamento de pacientes com flutter atrial istmo cavotricuspídeo dependentes. Esta ablação poderá resultar em menos incidentes de coágulos e carbonização quando comparada a sistemas não irrigados. REFERÊNCIAS 1. Watanabe I, Masaki R, Min N, O hikawa N, Okubo K, Sugimura J, Kojima T, Saito S, Ozawa Y, Kanmatsuse K. “Cooled Tip Ablation Results In Increased Radiofrequency Power Delivery And Lesion Size in Canine Heart: Importance of Catheter Tip Temperature Monitoring For Prevention of Popping and Impedance Rise”. J Cardiovasc Electrophysiol, 2002; 6:9-16. 2. S tevenson WG, Cooper J, Sapp J. “Optimizing RF Output For Cooled RF Ablation.” J Cardiovasc Electrophysiol, 2004; 15:S24-27. 3. S tevenson WG. “Irrigated RF Ablation: Power Titration and Fluid Management For Optimal Safety and Efficacy”, 2005. 4. S cavée C, Jaïs P, Hsu LF, Sanders P, Hocini M, Weerasooriya R, Macle L, Raybaud F, Clementy J, Haïssaguerre M. “Prospective Randomized Comparison of Irrigated Tip and Larger Tip Catheter Ablation of Cavotricuspid Isthmus Dependent Atrial Flutter”. Eur Hear J, 2004; 25:963-9. Reduzindo os Limiares de Desfibrilação atr avés da Progr amação da Largur a de pulso das formas de onda ESTUDO DE CASO REALIZADO PELO DR. NIRAJ VARMA, PROFESSOR DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE LOYOLA INTRODUÇÃO Baixos limiares de desfibrilação (DFTs) com larga margem de segurança aumentam a probabilidade de sucesso da desfibrilação (um evento probabilístico) e potencialmente protegem contra subseqüente aumento do DFT (por exemplo, que pode ocorrer com as mudanças da terapia com drogas, o micro deslocamento do eletrodo, progressão do estado da doença, etc.) e pode prolongar a longevidade do dispositivo. Os geradores atuais com carcaça ativa utilizando formas de onda bifásicas são extremamente eficazes, porém, 5% a 10% dos pacientes têm altos limiares de desfibrilação (definidos como DFTs ≥ 18 J ou margens de segurança <10 J) no implante.1, 2 Além disso, isto pode ocorrer de forma imprevisível. Os “steam pops” ocorreram nos dois grupos, mas sem relatos de seqüelas. As taxas de incidência de coágulos, carbonização e “steam pops” são mostradas na tabela 1. A temperatura média da ponta e a energia aplicada para os dois sistemas de ablação são mostradas na tabela 2. Estratégias para superar este problema durante os implantes incluem: reposicionamento do eletrodo e/ou adição de um eletrodo de choque extra por via intravenosa ou subcutânea. Porém, estas manobras estendem o tempo do implante e conferem riscos adicionais. Outra estratégia potencial é manipular as características da forma de onda bifásica, por exemplo, polaridade, inclinação (tilt) ou largura de pulso. No caso a seguir, a programação da largura de pulso e margem de segurança adequada no CDI Atlas™+ HF (modelo V-343) que foi utilizado na troca de um desfibrilador recém implantado de outro fabricante que tinha sido incapaz de desfibrilar o paciente com êxito. Não houve necessidade de implante de novos eletrodos epicárdicos ou endocárdicos. 3 APRESENTAÇÃO DO CASO Um homem de 55 anos com cardiomiopatia dilatada idiopática (fração de ejeção ventricular esquerdo de 20%; dimensão diastólica final de 60mm) desenvolveu alargamento do QRS e diminuição da capacidade funcional (NYHA III). Foi recomendado um upgrade de seu sistema unicameral para terapia de ressincronização cardíaca (TRC). Ele já possuía um eletrodo dupla mola situado no ápice do VD com bons parâmetros (limiar de 0,5V, impedância de 337 ohms, onda R de 13mV) e um gerador unicameral. O sistema foi implantado profilaticamente há três anos em outro hospital e o teste de limiar de desfibrilação não tinha sido realizado no implante. Foi implantado um eletrodo atrial por via intravenosa. Veias tributárias inadequadas do seio coronário impediram o implante de um eletrodo de VE endovenoso. Desta forma foi necessária a utilização de um eletrodo epicárdico para o VE que foi colocado por toracotomia. Três dias depois o paciente foi trazido de volta para o laboratório de eletrofisiologia. A loja onde se encontrava o gerador unicameral foi aberta e o gerador foi substituído por outro, mas do tipo ressincronizador. Um teste limiar de desfibrilação foi realizado com anestesia geral de Fentanil e Midazolam. A configuração do choque inicial foi de dupla mola. O primeiro episódio induzido de fibrilação ventricular não foi revertido por choques de 14J e 20J, necessitando de choque externo. Para a indução subseqüente de fibrilação ventricular, choques de 25J fracassaram tanto para polaridade normal com para polaridade invertida. As três induções de fibrilação ventricular seguintes foram tratadas sem sucesso com choques de 28J com polaridade normal e invertida. Na tentativa de garantir uma margem de segurança a energia máxima do dispositivo (35J) não foi utilizado. Para tentar a desfibrilação por uma única mola, a mola de VCS foi desconectada e isolada com uma luva de silicone. No entanto, a fibrilação ventricular não foi finalizada com sucesso com um choque de 28J nesta configuração. Considerando o longo tempo de procedimento, várias induções de fibrilação ventricular e vários choques (incluindo desfibrilações externas), além da anestesia prolongada, demais testes foram abortados. A mola de VCS foi reconectada antes do fechamento da incisão. Na manhã seguinte, os testes para limiar de desfibrilação foram repetidos. Os resultados, no entanto, foram semelhantes, com choques de 28J sem êxito em reverter a fibrilação ventricular. Opções gerais nesta fase incluíam: alteração da posição do eletrodo de VD (indisponível neste caso porque era cronicamente implantado) ou a colocação de um segundo eletrodo subcutâneo ou endovenoso pelo seio coronário ou veia azygous. A fim de minimizar a intervenção cirúrgica neste paciente, a manipulação da forma de onda de choque foi considerada. As análises dos choques com o gerador implantado pelos técnicos da empresa (50% de “tilt” fixo) resultaram numa largura de pulso calculada de 2,6 a 2,8ms para a configuração de dupla mola. As larguras de pulso <3ms podem ser sub-ótimas para desfibrilação.3,4 O dispositivo era incapaz de programar a largura de pulso. Em vista disso, o gerador foi trocado por um St. Jude Medical V-343 CRT-D. RESULTADOS O dispositivo da St. Jude Medical Atlas™+ HF modelo V-343 foi programado para fornecer largura de pulso fixa de 4,5 ms para cada fase da onda de choque bifásico com a disposição de dupla mola (ânodo no VD). Ambas primeira e segunda 4 induções de FV foram cardiovertidas com sucesso com choque único de 24,5J (tempo de carga de 5,6s, 700V). Pelo motivo do dispositivo V-343 programado desta forma ainda poder entregar um choque máximo de 35,6J, foi atingida uma margem de segurança mais do que a necessária de 10J. CONCLUSÃO A capacidade de melhorar o limiar de desfibrilação pela manipulação não invasiva da onda de choque é vantajosa, como, se for bem sucedida, a própria evasão da necessidade de procedimentos invasivos. Assim, o uso de CDIs com larguras de pulsos programáveis para a onda de choque, oferecem maior flexibilidade quando pacientes com limiar de desfibrilação elevados são encontrados tanto no implante quanto no acompanhamento. A largura de pulso da onda de choque é programável apenas em dispositivos St. Jude Medical. Larguras de pulso otimizadas demonstraram reduzir o limiar de desfibrilação especialmente em pacientes com limiares elevados.5,6,7 REFERÊNCIAS 1. Russo A et al. Defibrillator implantation testing: how can patients who require system modification to obtain an adequate safety margin for defibrillation be identified? JACC 2005; Circulation Supplements (Feb 1): 104A, 1080267. 2. Shukla H et al. High defibrillation thresholds in transvenous biphasic implantable defibrillators: clinical predictors and prognostic implications. PACE 2003; 26 (pt 1):44-48. 3. Gold M et al. Strength-duration relationship for human transvenous defibrillation. Circulation 1997; 96:3517-3520. 4. Nanthakumar K et al. Systematic evaluation of the determi- nants of defibrillation efficacy. Heart Rhythm 2005; 2:36-41. 5. Mouchawar G et al. ICD waveform optimization: a randomized, prospective, pair sampled multi-center study. PACE 2000; 23, part II:19921995. 6. Denman R et al. Benefit of millise ond waveform durations for patients with high defibrillation thresholds. Heart Rhythm 2006; 3:536-541. 7. Natarajan S et al. Prospective co parison of fixed duration “tuned” vs. 50/50% fixed tilt defibrillation waveforms Europace, June 2006; 8 (Supplement 1):24/6. Mais Controle. Menos Risco. A St. Jude Medical dedica-se a reduzir riscos encontrando novas maneiras de aumentar o controle deixado nas mãos dos que salvam vidas. Resultados do Estudo de Avaliação Clínica do Cateter de Ablação tm Ther apy Cool Path par a Ablação de Flutter Atrial Típico SINOPSE DOS RESULTADOS APRESENTADOS PELO DR. YAARIV KHAYKIN DO SOUTHLAKE REGIONAL HEALTH CENTRE (ONTARIO) DESENHO DO ESTUDO POPULAÇÃO DE PACIENTES Randomizado, prospectivo, não cego, multicêntrico OBJETIVOS DO ESTUDO 1) Demonstrar a equivalência do Cool Path com outros dispositivos já aprovados pelo FDA, baseando-se nos seguintes desfechos (“endpoints”) primários: •S egurança do procedimento: definida como ocorrências dentro do procedimento, e eventos cardíacos adversos graves, em até 7 dias pós-procedimento (principais complicações); • Eficácia do procedimento ou sucesso agudo da ablação atrial: definido como a habilidade de obter bloqueio bidirecional e não induzir o flutter atrial típico em até 30 minutos após a intervenção terapêutica. 2) Demonstrar a equivalência do Cool Path com outros dispositivos já aprovados pelo FDA, baseando-se nos seguintes desfechos (“endpoints”) secundários: • Sucesso crônico: definido como a ausência de sinais recorrentes e sintomas do flutter atrial durante o acompanhamento de 3 meses após o sucesso agudo. Total de 264 pacientes (90 no grupo controle e 174 no grupo Cool Path) RESULTADOS Dados demográficos dos pacientes: • Sintomas de flutter atrial (isto é, palpitações, tonturas, fadiga): Sem diferença estatística entre os dois grupos • Histórico médico cardíaco (isto é, FA, DAC, implantes de CDI): Sem diferença estatística entre os 2 grupos • Histórico médico não cardíaco (isto é, Neuro, GI, Renal/Hepático): Sem diferença estatística entre os 2 grupos Desfechos (“endpoints”) primários de segurança: Desfechos (“endpoints”) primários de eficácia: Acompanhamento no 3º mês: LOCAIS Total de 22 centros (20 nos EUA e 2 no Canadá) Desfechos (“endpoints”) secundários de eficácia: 55 Observações sobre o procedimento e os cateteres: A Preferência pela Condução Intrínseca tm Ventricular – VIP O ALGORITMO VIP OFERECE CONDUÇÃO INTRÍNSECA QUANDO POSSÍVEL E SUPORTE VENTRICULAR OTIMIZADO QUANDO NECESSÁRIO OBSERVAÇÕES SOBRE O PROCEDIMENTO COM O CATETER THERAPY COOL PATH • Os resultados deste estudo corroboram com a literatura existente que sugere que o risco da formação de coágulos é minimizado com sistemas de cateteres irrigados possivelmente por uma distribuição mais uniforme do calor gerado (Schreieck et al, J Cardiovasc Electrophysiol, 2002) • A literatura atual relata a não existência de carbonização em cateteres com ponta irrigada quando comparados com cateteres de ponta não irrigada, possivelmente devido às mais baixas temperaturas alcançadas no eletrodo para prevenção de coágulos ou carbonização (Jais et al, Circulation, 2000) CONCLUSÕES DO DR. KHAYKIN’S: • “Poder utilizar o cateter Cool Path permitiu a nós abordarmos o substrato, onde um cateter comum não permitiria a aplicação de energia adequada”. A preferência pela condução ventricular (VIP) é um algoritmo avançado, baseado na experiência clínica ao longo dos anos com a Busca da Condução Intrínseca (AICS), que automaticamente busca a condução intrínseca ventricular. Este algoritmo prolonga e encurta o intervalo AV/PV sem comprometer o débito cardíaco por possuir um intervalo AV/PV permanentemente programado. O algoritmo VIP oferece suporte ventricular ao paciente quando necessário, melhora o sincronismo AV e minimiza a estimulação ventricular desnecessária. BENEFÍCIOS CLÍNICOS DO ALGORITMO VIP • Melhora o sincronismo AV e minimiza a estimulação ventricular direita desnecessária • Maior segurança ao paciente RESULTADOS CLÍNICOS O estudo “Estimulação Bicameral ou Estimulação de Backup Ventricular em pacientes com Desfibrilador Implantável” (DAVID) reuniu 506 pacientes com indicação primária ou secundária para terapia de CDI. Nenhum deles necessitava de estimulação para bradiarritmia e todos apresentavam evidência de disfunção ventricular. Aproximadamente 85% tinham doença cardíaca isquêmica e 70% haviam sofrido infarto prévio do miocárdio. Todos receberam CDI com marcapasso bicameral e foram randomizados em dois grupos: um com estimulação de backup exclusivamente ventricular (VVI-40: frequência básica de 40 ppm) e outro com estimulação bicameral responsiva (DDDR-70: frequência básica de 70 ppm). Após 18 meses de acompanhamento (figura 1), os pacientes DDDR-70 tiveram aproximadamente 60% maior probabilidade relativa de morte ou hospitalização para IC (considerando novos casos ou piora) em comparação com os VVI-40 (P≤0,03). • “Realizar o mapeamento utilizando um cateter com ponta de 4mm ao invés de uma volumosa ponta de 8mm melhorou a precisão do procedimento”. • “Eu não tenho dúvidas de que o Cool Path irá ajudar-nos a melhorar o sucesso dos procedimentos e também irá diminuir significativamente a exposição à fluoroscopia e reduzir o tempo dos procedimentos” Figura 1: Resultados do Estudo DAVID 6 Mais Controle. Menos Risco. A St. Jude Medical dedica-se a reduzir riscos encontrando novas maneiras de aumentar o controle deixado nas mãos dos que salvam vidas. O estudo do Algoritmo da Busca da Condução Intrínseca2 mostrou: •2 7 pacientes com Doença do Nó Sinusal •R andomização de 3 meses Off (desligado) ou On (ligado) •C ross-over de 6 meses •O delta do AICS, intervalo AV e PV foram ajustados com cuidado Pacientes com estimulação ventricular < 80%: Figura 2: Ativação do VIP por condução consecutiva Figura 3: Ativação do VIP por intervalo de busca O ALGORITMO VIP • Projetado para prolongar periodicamente o intervalo AV/PV até um valor programável (em ms) para procurar a condução intrínseca ventricular • O algoritmo é utilizado sempre que a sincronia AV intrínseca do paciente é preferível à estimulação ventricular COMO FUNCIONA O ALGORITMO Quando o algoritmo VIP é ligado o dispositivo procura por ritmos intrínsecos em intervalos determinados pelo parâmetro Intervalo de Busca (5; 10; 15 ou 30 min), o que é feito adicionando o valor programado do VIP ao Intervalo AV/PV programado. Se uma onda R não é sentida durante o intervalo AV/PV, a estimulação é reassumida com o intervalo AV/PV programado. Se uma onda R é sentida durante o intervalo AV/PV, este é mantido estendido até que o dispositivo não sinta uma onda R e estimule o ventrículo consecutivamente pelo número de ciclos programados. Quando isso ocorre, o dispositivo retorna ao intervalo AV/PV programado. PROGRAMABILIDADE DO ALGORITMO VIP • Intervalo de Busca – 30 segundos, 1, 3, 5, 10 e 30 minutos. Nominal: 1 minuto • Contador de Ciclos – 1, 2 e 3 ciclos. Nominal: 1 ciclo • Frequência Máxima (calculada pelo FARI) de atuação – 110 ppm • E xtensão do AV/PV – Off, 50, 75, 100, 125, 150, 160, 170, 180, 190 e 200 ms A maior extensão é limitada em 350 ms, por isso os valores mostrados dependerão dos intervalos AV/PV programados. ATIVAÇÃO DO ALGORITMO • Se uma onda R for sentida durante o intervalo de busca • Se 3 ondas R consecutivas ocorrerem fora do intervalo de busca ou • 30 segundos após uma programação O traçado mostrado na figura 2 com os marcadores foi gravado, por coincidência, na transição da busca periódica do parâmetro VIP com uma condução AV intacta pela extensão do intervalo AV/PV. Neste caso, uma onda R foi sentida e o intervalo AV extendido. Os dois traçados (figuras 2 e 3) monstram duas formas diferentes para ativação do VIP. DESATIVAÇÃO DO ALGORITMO • Quando o número de eventos ventriculares estimulados for igual ao número do contador de ciclos programado. Figura 4: Desativação do VIP • Se o contador de ciclo for programado para 3, o dispositivo terá que estimular por 3 ciclos consecutivos o ventrículo para que o VIP seja desativado e retornar para o intervalo AV/PV programado. OBSERVAÇÕES CLÍNICAS Dados recentes do MOST (Mode Selection Trial in Sinus Node Dysfunction) sugeriram que o aumento da hospitalização por insuficiência cardíaca não estava associado ao modo de estimulação, mas à prevalência de mais de 40% de estimulação ventricular direita3. Similarmente, o MADIT II, único estudo de CDIs a incluir CDIs bicamerais, registrou que a hospitalização por IC estava associada à presença de CDI4. Esses dados sugerem que a estimulação ventricular direita pode resultar em progressão da IC, sendo mais nociva para pacientes com disfunção avançada do ventrículo esquerdo e para os que necessitam de terapia de CDI1. 7 7 REFERÊNCIAS 1 Wilkoff B, et al. Dual-chamber pacing or ventricular backup pacing in patients with an implantable defibril lator (DAVID). JAMA 2002; 288(24): 3115-23. 2 Deer TF, Wilensky M, Tondato F, Dan D. AutoI trinsic conduction search algorithm: aprospective analysis. Naspe 2003. 3 Sweeney M, Hellkamp A, Greenspon A, et al. Baseline QRS duration ≥120 ms and cumulative percent time ventricular paced predicts increased risk of heart failure, stroke, and death in DDDR-paced patients with sick sinus syndrome in MOST. Pacing Clin Electrophysiol 2002; 25: 690 (Abstract). 4 Moss AJ, Zareba W, Hall WJ, et al. Prophylatic implantation of a defibrillator in patients with myocardial infarction and reduced ejection fraction. N Engl J Med 2002; 346.877-83. O RhythmNews é um boletim informativo da St. Jude Medical Brasil, uma publicação trimestral, distribuído gratuitamente aos médicos. Redação e Revisão: André Veiga, Cassiano Couto, Douglas Melatto, Juliana Rocha, Leonardo Annunziato, Felippe Viotto, Marco Aurélio Santos. Colaborador: Cassiano Couto. Editoração e Impressão: Kids Bureau e Gráfica - tel.: 11 6306-5849 www.kidsbureau.com.br [email protected] Entre em contato pelo e-mail: [email protected] St. Jude Medical Brasil Ltda. 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