Entenda como funciona a doação de rim intervivos

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Entenda como funciona a doação de rim intervivos
Passos até a cirurgia
Atestada a necessidade
de transplante, o hospital
pede à central de transplantes,
administrada no Estado pela
SC Transplantes, para conferir a
existência de órgãos de doadores
mortos disponíveis.
Caso não haja órgãos disponíveis
(a cirurgia tem de ser feita até 30
horas após a morte cerebral do
doador), a família tem a opção da
doação de rim intervivos.
Este tipo de doação é restrita a
casos urgentes, em que é grande
o risco de morte da pessoa que
espera o órgão.
Qualquer pessoa pode se candidatar
aos exames. Mas é mais provável
existir compatibilidade entre irmãos
de mesmos pai e mãe.
O que é considerado para
identificar compatibilidade
n Doador e receptor
devem ter o mesmo tipo sanguíneo.
Também é aconselhável que
tenham idades aproximadas.
n São feitas triagens no doador para
diagnosticar eventuais infecções ou
doenças que inviabilizem a cirurgia.
n O sistema imunológico deve ser
similar, para reduzir risco de rejeição
crônica do órgão.
um termo, acompanhado de
testemunhas, em que se declara
informado sobre as consequências e
riscos da doação. Tudo é feito para
evitar a comercialização de órgãos.
A cirurgia intervivos
no Hospital São José
n Os pacientes são
internados sempre na quarta-feira de
cada semana, no caso de intervivos
(quando uma pessoa viva doa para
o paciente) para serem operados
apenas na sexta-feira.
n Se algum candidato a doador
for compatível, começa o processo
de doação. Além de exames
médicos, a legislação exige que não
parentes (que não sejam cônjuges e
parentes de até quarto grau) tenham
autorização judicial para a cirurgia.
n No primeiro dia, passam por
exames pré-operatórios.
n O doador precisa assinar
n Na sexta-feira, o doador entra
n No segundo dia, nova bateria de
exames médicos. O paciente faz a
última hemodiálise antes
da operação.
primeiro na sala de cirurgia e uma
hora depois o receptor. A operação
dura entre quatro e cinco horas.
n Em 48 horas, o doador recebe alta.
Já o paciente, em dez ou 15 dias.
A vida depois
Para quem recebeu o órgão
n É aconselhável o uso de
máscara nos primeiros dias após
a alta médica, e também restringir
visitas de familiares e amigos, para
impedir uma infecção. O sistema
imunológico ficará debilitado pelos
próximos seis meses.
n Para evitar a rejeição, é necessário
usar a medicação imunossupressora
por toda a vida. É ela que ajudará a
“confundir” o sistema imunológico
para que este não rejeite o órgão
transplantado. Nos primeiros
dias após o transplante as doses
são maiores, depois vão sendo
diminuídas pouco a pouco. Mesmo
tomando esta medicação, é possível
ocorrer uma rejeição aguda. Mas
isto não significa que o paciente
vai perder o transplante – existem
tratamentos antirrejeição.
n É preciso mudar hábitos de
alimentação: ingerir menos açúcar
(os remédios imunossupressores
aumentam a glicose sanguínea)
e não ganhar peso para não
sobrecarregar o novo órgão.
Para quem doou
n Um rim consegue fazer o trabalho
de dois. A vida da pessoa, salvo
o imprevisto de alguma doença
renal, será normal e ela não precisa
deixar nenhuma atividade pessoal
ou profissional. Algumas pessoas
nascem com apenas um rim e
nunca ficam sabendo disso.
Fontes: Hospital Municipal São José; SC Transplantes; “Manual de Transplante Renal”, da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
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