Por que o interesse pelos eventos privados? 1 www.nucleoparadigma.com.br CONTINGÊNCIAS SOCIAIS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO E PSICOPATOLOGIAS Bauman, Z. (2000). Modernidade Líquida. Jorge Zahar. Rio de Janeiro. Elias, N. (1990). O processo civilizador: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Publicado originalmente em 1939. Elias, N. (1994). A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Khel, M.R. (2009). O tempo e o cão. Bontempo: São Paulo Tourinho, E.Z. (2009). São Paulo: Paradigma. Sociedades pré-modernas Sobrevivência de cada indivíduo diretamente relacionada, em todos os sentidos, à sobrevivência dos outros. Objetivos do indivíduo e grupo convergiam; Organização da vida em termos de necessidades coletivas. Membros dos grupos agiam e pensavam do ponto de vista do “nós” (Elias, 1994, p. 108) Idade Média Mobilidade social praticamente inexistente. Funções do indivíduo pré-definidas segundo a origem não eram objeto de reflexão pessoal e conquista ao longo da vida (Tourinho, 2009) Eventuais reflexões eram realizadas publicamente. Não era necessário avaliar planos alternativos de vida (Elias, 1994) Idade Média Vida pública não era separada da vida privada. Arquitetura da casa: inexistência de espaços definidos para determinadas funções. Não havia lugar para segredo, privacidade, intimidade. Idade Média concepção ‘coletivizada’ de homem. obtenção de interesses pessoais. planejamento individual de metas a longo prazo. Relações interpessoais totalmente diversas daquelas que presenciamos e vivemos nas sociedades contemporâneas Fim da Idade Média (séc. XI – XIII) Monetarização das funções econômicas e atividades produtivas. Transformações em tecnologia agrícola meios de transportes aumento da produtividade crescimento populacional e urbano Fim da Idade Média (séc. XI – XIII) Destruição das bases sociais do feudalismo Fortalecimento das relações de mercado. Crescente busca de lucros. Novas condições materiais de existência atreladas a novas formas de religião (motivações materialistas, avareza, ganância, egoísmo antes condenadas agora exaltadas) Formação dos estados nacionais e a constituição de um novo homem. • Formação dos “Estados nacionais”: Poder impessoal passa a regular as relações econômicas assume a função de proteção e de mediar as relações; Possibilidade de mobilidade social: dependente do ‘esforço’ individual. Há muitas possibilidades de escolha. • Oportunidades passíveis de serem “perdidas”. Estado fornece condições para os indivíduos desvincularemse de seus grupos de origem (Elias, 1994) Renascimento e o Processo Civilizador. Durante Idade Média, formas de portar-se no cotidiano eram reguladas pela Igreja e eram pouco numerosas. Relações sociais a partir do Renascimento: crescimento da literatura de civilidade (códigos de etiqueta e de conduta) Processo civilizador (Elias, 1994): mudanças importantes nas relações dos homens entre si e consigo mesmos. Processo Civilizador e a economia de mercado (Elias, 1994) Aquecimento da economia de mercado, Relações comerciais extensas: funções sociais cada vez mais diferenciadas População numerosa, Impessoalidade nas relações sociais. Necessidade de coordenação, previsibilidade e controle dos comportamentos dos indivíduo visando a manutenção da civilidade. O Processo Civilizador (Elias, 1994) Regras minuciosas e exigentes: nova relação com o próprio corpo e o corpo dos outros. Imposição de pudor (até então inexistente) em relação a partes e funções do corpo. Estrito controle das emoções. Contingências sociais e mudanças na subjetividade Espontaneidade nas relações substituída por autocontrole. cuidadosa auto-observação do próprio corpo. Contenção de emoções, pensamentos e ações motoras não recomendados socialmente. “parede invisível das emoções” (Elias, 1939) entre os indivíduos. Dicotomia : vida íntima (reservada) X o que é expresso Contingências sociais e mudanças na subjetividade • “Eu interior” tomado como “Eu verdadeiro”. • Indivíduos nas sociedades contemporâneas se pensam e sentem como autônomos, separados dos demais. • Complexas redes de relações indiretas obscurecem a interdependência existente entre as funções exercidas por membros muito distantes de uma sociedade. ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E INDUSTRIALIZAÇÃO Período dilatado de espera vivido pelos que já não são crianças, mas ainda não se incorporaram à vida adulta. maturidade sexual mas despreparo para o casamento. plena aquisição de capacidades físicas do adulto – força, destreza, habilidade, coordenação, etc – mas falta de maturidade intelectual e emocional, necessária para o ingresso no mercado de trabalho. Só poderia ser idade crítica. ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E INDUSTRIALIZAÇÃO Jovem adulto cada vez mais tempo na condição de ‘adolescente”: O aumento progressivo do período de formação escolar alta competitividade do mercado de trabalho nos países capitalistas Mais recentemente, a escassez de empregos, dependente da família, apartado das decisões e responsabilidades da vida pública, incapaz de decidir seu destino. Período em que há início muitas patologias! ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E INDUSTRIALIZAÇÃO EUA: indivíduos que vivem essa longa crise foram transformados em consumidores em potencial. Rápida disseminação no mundo capitalista. Juventude e adolescência como ideal atual da cultura: todos querem ser jovens e não adultos como no começo do séc. XIX. “Por um lado, a associação entre juventude e consumo favoreceu o florescimento de uma cultura adolescente altamente hedonista. O adolescente das últimas décadas do século XX deixou de ser a criança grande, desajeitada e inibida, de pele ruim e hábitos antissociais, para se transformar no modelo de beleza, liberdade e sensualidade para todas as outras faixas etárias. O adolescente pós moderno desfruta de todas as liberdades da vida adulta mas é poupado de quase todas as responsabilidades”.(Khel, 2009) Modernidade Líquida (BAUMAN, 2000) sociedade contemporânea transformada vida pública, privada, relacionamentos humanos, mundo do trabalho, estado e instituições sociais Crescente processo de individualização: desprendimento das redes de pertencimento social — incluindo a própria família. Cultura do Eu sobrepõe-se à do Nós, relacionamento eu-outro ganha “ares mercantis”. Modernidade Líquida (BAUMAN, 2000) Relacionamentos voláteis e fluidos: descompromisso, muitas vezes associado à liberdade individual. Sensação de liberdade e provisoriedade: status proporcional ao poder de consumo individual. Transformações sociais aceleradas dissoluções dos laços afetivos e sociais são o centro da questão. Metáfora da liquefação: desapego e provisoriedade, uma suposta sensação de liberdade que traz em seu avesso a evidência do desamparo social em que se encontram os indivíduos moderno-líquidos. Na modernidade líquida não há compromisso com a idéia de permanência e durabilidade. Modernidade Líquida (BAUMAN, 2000) Suposta liberdade acompanhada de movimento de criação de novas patologias, próprias da modernidade líquida. Depressão, solidão, desamparo, isolamento são, no plano do indivíduo, queixas cada vez mais freqüentes. Na esfera social, temos as exclusões de toda ordem como sintoma de uma perversa sensação de liberdade e desterritorialização: Pobres, imigrantes, homossexuais, gordos, pretos, estrangeiros… Tudo começou com uma insatisfação com o modelo médico vigente: A História do movimento behaviorista Psicologia Experimental: A Psicologia busca seu lugar enquanto ciência natural Psicologia Experimental Reação ao modelo médico Comportamentos desadaptados, anormais, doentes eram determinados por causas subjacentes: a experiência traumática Causas subjacentes pressupunham uma patologia (à semelhança da medicina) e produziam “sintomas”: o comportamento Tratamentos focalizavam a experiência traumática www.nucleoparadigma.com.br Psicologia Experimental Críticas ao modelo médico: Teorias eram imunes à comprovação A relação entre os processos psíquicos subjacentes e comportamentos não era clara Pouca coincidência entre os diagnósticos de diversos profissionais (forte interferência de interpretações pessoais no diagnóstico) www.nucleoparadigma.com.br Grande influência da Biologia O Darwinismo e a cultura americana no início do século XX Darwin (1859) Teoria da Evolução da Espécies “Sobre a tendência de as espécies se afastarem indefinidamente do tipo original” Evolução pela seleção natural Darwin (1859) Reprodução: pais geram filhos semelhantes e que diferem das outras espécies Variação: nem toda prole é igual. Há ligeiras diferenças em peso, altura, cor e outras características a cada nova geração. Seleção natural: Algumas características acomodam ou adaptam melhor um indivíduo ao meio ambiente, aumentando a sua probabilidade de viver e se reproduzir. Darwin (1859) Hereditariedade: Se uma característica vantajosa é hereditária, os descendentes do animal ou vegetal também a herdarão. A espécie se multiplicará. Evolução: passados longos períodos de tempo, e muitas gerações, os caracteres que aperfeiçoam o sobrevivente se tornam mais comuns em uma espécie. A espécie se aperfeiçoa. Origem das espécies: as espécies mais bem adaptadas ao ambiente vencem aos poucos. As que não conseguem se adaptar desaparecem. Darwin (1859) Seleção não é dirigida Variação ao acaso Variações sutis podem permitir que um indivíduo tenha mais condições de vencer e continuar vivo Portanto, não é verdadeira a noção de que há um aperfeiçoamento das espécies. Darwin (1859) Não somos o produto mais elevado da evolução. Implicações para a pesquisa: “vendo um tipo qualquer de vegetal ou animal, o biólogo pergunta: ‘para que serve?’ (funcionalismo X estruturalismo) Em que contribui para a sobrevivência ou a evolução”? • Função como aspecto fundamental Ivan Pavlov (1849-1936) e o Condicionamento Respondente Condicionamento Clássico ou pavloviano. (Ivan Pavlov) Estudo de animais como base para a compreensão do comportamento humano Enquanto estudava a fisiologia da salivação, Pavlov percebeu que o cachorro aprendeu a associar um estímulo antes não significativo (um metrônomo) precedendo a comida com o reflexo incondicionado de salivar pela comida. Estudos sobre condicionamento respondente Extinção Apresentação do estímulo condicionado sem o incondicionado Generalização Reação se estende a estímulos semelhantes Diferenciação Dois tons diferentes – o animal passa a responder apenas àquele que é seguido pela comida Experimento de discriminação Estudo da “neurose experimental” em cães: excitação x inibição O Funcionalismo Americano Goodwin, C. J. (2005). História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix. Marx, M. H. e Hillix, W. A. (1963). Sistemas e teorias em psicologia. São Paulo: Cultrix. Cap. 1. A natureza da Ciência . Pp. 17- 45 A Influência do Funcionalismo americano Funcionalismo vem de Função no sentido matemático. Relações de dependência. Este comportamento é função desta condição do ambiente. Pergunta “Para quê, Por que” e não “O que, Como”. Nunca houve uma escola UNICAMENTE funcionalista. As Origens do Behaviorismo: O behaviorismo de Watson John Broadus Watson (1878 – 1958) Watson (1913) Psicologia é ciência do comportamento observável Ramo puramente experimental e objetivo das ciências naturais objetivo: previsão e controle do comportamento Pesquisa baseada na introspecção é rejeitada Modelo evolucionista de comportamento (portanto, estudo dos animais permite conhecer aspectos básicos do comportamento humano) Watson (1913) Psicologia deve descartar toda e qualquer referência à consciência Estados mentais deixam de ser objeto de observação (não podem ser observados) Rejeição ao funcionalismo no que se refere ao objeto de estudo vida mental Watson (1913) Todo e qualquer comportamento pode ser explicado por estímulos e reflexos Dada uma resposta, os estímulos podem ser determinados; dado um estímulo, é possível prever a resposta Pensamento como fala subvocal Behaviorismo metodológico ou empírico: Psicologia completamente objetiva. Apelo às aplicações práticas de uma ciência objetiva Derivações práticas do trabalho de Watson Tratamento de distúrbios fóbico-ansiosos Dessensibilização sistemática • Método posteriormente aperfeiçoado por Jones (1924) e Wolpe • Exposição com prevenção de respostas (mais atual) Derivações práticas do trabalho de Watson Propostas de Watson para a educação “Dêem-me uma dúzia de bebês saudáveis e bem-formados e ponham-nos em um mundo criado segundo as minhas especificações e eu lhes garantirei que posso selecionar qualquer um, aleatoriamente, e treiná-lo para tornar-se o especialista que eu quiser... Independentemente de seus talentos, propensões, tendências, aptidões e vocações e da raça de seus ancestrais” (Watson, 1924) Watson O pequeno Albert Interesse no controle prático do comportamento Demonstrar que “neuroses” poderiam ser aprendidas Mary Cover Jones Neo-behaviorismo O neo-behaviorismo: Tolman, Hull e Skinner Teorias mediacionais Edward C. Tolman (1886-1959) Edward Tolman (1886 – 1959) Interpretação molar do comportamento como intencional; Invenção do paradigma da variável interveniente (o qual Hull complementará); Distinção efetiva entre aprendizagem e desempenho. Edward C. Tolman Principal obra O comportamento intencionado em homens e animais (1932) Ênfases Comportamento molar em relação ao molecular intencionalidade ou finalidade do comportamento Uso de variáveis intervenientes Comportamento molar x molecular Unidade de estudo deveria ser maior que os movimentos musculares ou reações glandulares e neurológicas propostos por Watson Chamados por Tolman de “moleculares” Comportamento molar dizia respeito a padrões amplos de comportamento – voltados para um objetivo Teoria de campo Pessoa ou animal desenvolviam um “mapa de campo” (mapa cognitivo) do ambiente voltado para a obtenção de uma meta Finalidade Todos os comportamentos molares são voltados a uma finalidade Comportamento sempre chega a uma meta Influência do pensamento evolucionista • Comportamento é adaptativo e tem valor e sobrevivência para a espécie Intencionalidade no seu sentido descritivo, e não causal Rótulo para aquilo que pode ser inferido por meio da observação Aprendizagem Latente Tolman atacou a noção de que era necessário o reforçamento para a aprendizagem A apresentação do estímulo no final não afetava a aprendizagem • Apenas influía na motivação do animal para executar a tarefa com mais rapidez e precisão Distinção entre aprendizagem e o desempenho • Reforço agia apenas sobre o segundo • aprendizagem ocorria automaticamente por meio do contato com a tarefa • Daí aprendizagem latente poderia não interferir imediatamente no desempenho Clark Leonard Hull (1884-1952) Um sistema hipotético-dedutivo Clark Hull Aprendizagem resulta de um aumento gradual da “força do hábito” Noção mecanicista de comportamento Compreensão do comportamento seria atingida quando se pudesse construir uma máquina que fosse indistinguível do ser humano Clark Hull Postulado nº 4: Força do hábito Aprendizagem ocorre quando há contiguidade temporal entre estímulo e resposta • Contiguidade não é suficiente reforço deve estar presente • Reforçadores são estímulos que reduzem impulsos • Impulso como variável interveniente • Contiguidade + redução do impulso aumenta Força do hábito Teoria da Redução do Impulso Noção de reforçadores primários e secundários Reforçadores secundários foram associados a primários Problemas com as teorias mediacionais Apelo às definições operacionais não solucionavam o problema dos eventos nãoobserváveis Embora cada pesquisador defendesse que seus dados confirmavam suas propostas Dados e explicações continuavam refutáveis Polêmica contribuiu para o surgimento do cognitivismo Principal ameaça às teorias de Hull e Tolman Surgimento de B. F. Skinner B.F. Skinner B. F. Skinner Insistência na abordagem descritiva e ateórica da pesquisa sobre o comportamento; Desenvolvimento indutivo da teoria (determinada pelos dados); Concepção ateórica do reforço; Propostas do behaviorismo radical para a ciência do comportamento B. F. Skinner Behaviorismo radical Função do comportamento é importante: estrutura não explica Os conceitos em uma explicação devem estar ao mesmo nível que os fenômenos a serem explicados e devem ter as mesmas propriedades que tais fenômenos (Reese, 1996, pág. 62) Portanto, o não físico não pode explicar o físico Behaviorismo Radical Objeto de estudo da Psicologia: Comportamento (e não a mente) Método de estudo Observação Introspecção: só pode ser compreendida como comportamento socialmente mediado Skinner, 1953 Oposição ao behaviorismo “estímuloresposta” de Watson Um assunto que só possa ser descrito em termos de tudo-ou-nada [causa e efeito] só se presta a formas primitivas de descrição. Há uma grande vantagem em supor que, em vez disso, a probabilidade de ocorrência de uma resposta varie continuamente ao longo dos extremos tudo-ou-nada. Skinner, 1953 Poderemos assim lidar com variáveis que, diversamente do estímulo eliciador, não "causam a ocorrência de um determinado comportamento", mas simplesmente tornam a ocorrência mais provável. Poderemos então lidar, por exemplo, com o efeito combinado de várias destas variáveis. Análise Funcional e Relação Funcional Relação funcional substitui a noção de relação causal “As variáveis externas, das quais o comportamento é função, dão margem ao que pode ser chamado de análise causal ou funcional. Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual. Esta é a nossa "variável dependente" - o efeito para o qual procuramos a causa. Aproximação dos problemas humanos pela noção de evolução Evolução Processo que selecionou corpos adaptados às condições ambientais Corpos preparados para responderem ao ambiente e a si próprios Sistemas Exteroceptivo Interoceptivo Proprioceptivo mundo externo mundo interno Sistemas Estímulos interoceptivos Sistemas digestivo, respiratório e circulatório. São estes os principais estímulos aos quais se reage quando se "sente uma emoção". Sistemas Estímulos proprioceptivos gerados pela posição e pelo movimento do corpo no espaço e pela posição e movimento de partes do corpo em relação às outras partes. Geralmente respondemos à estimulação desta espécie em combinação com a Sistemas estímulos exteroceptivos (do meio ambiente) nem sempre identificamos corretamente a fonte de estimulação. Ver um objeto e “saber” que está vendo Passar a mão sobre algo e “sentir” sua textura Respondente: estímulos e respostas Compõem reflexos Estímulos respostas Ambiente muda organismo se adapta rapidamente à mudança A relação é pré-estabelecida Variação na sensibilidade Entre indivíduos da mesma espécie Explica diferenças individuais Variação na sensibilidade Entre indivíduos da mesma espécie Explica diferenças individuais • Por ex.: Sensibilidade à luz Variação na sensibilidade Entre indivíduos da mesma espécie Explica diferenças individuais • Por ex.: Sensibilidade a sangue Exteroceptivo mundo externo Variação na sensibilidade Entre indivíduos da mesma espécie Explica diferenças individuais • Por ex.: Sensibilidade a altura Outras tantas sensibilidades Variação na sensibilidade Durante a vida de um mesmo organismo Explica perda ou aquisição de sensibilidades a estímulos Alterações observadas nas relações Devem-se à evolução: organismos que sobreviveram, mesmo sem responder a aspectos do ambiente Por exemplo, cegos, surdos, etc. Não se constituem em “psico” patologias Têm necessidades “especiais” por outras ciências • Fisiologia • Genética • Biologia explicadas Controle respondente (Skinner, 1953) Sob Seleção Natural Aprendizagem reflexa reflete aspectos do ambiente que não mudam de geração Força da gravidade Ameaças à integridade física do organismo No entanto, alguns tipos de sensibilidade neste nível revelam psico-patologias Que estímulo vinha sendo apresentado em todas as lâminas desta apresentação, que sumiu “de repente”? Ele estava colocado “ali” Inibição latente: ficamos “insensíveis” a estímulos OUTRA SENSIBILIDADE: PAREAMENTO Característica especial da evolução Sensibilidade a pareamento entre estímulos Estímulo neutro que antecede fielmente um estímulo incondicionado Controle respondente Cunninghan (1998, p.520): “Um dos mais intrigantes aspectos do condicionamento pavloviano é a habilidade adquirida do Estímulo Condicionado (CS) eliciar ou controlar uma nova resposta na ausência do Estímulo Incondicionado (US) previamente associado ao CS. Esta alteração nas propriedades funcionais do CS (...) ilustra uma notável adaptação às condições ambientais (...)” Que mudam rapidamente, diria Skinner Controle respondente Fatores a serem levados em conta: Natureza dos estímulos (intensidade>, resposta >, latência <) Relações temporais entre estímulos Condicionamento atrasado, simultâneo, traço e reverso Número de pareamentos entre os estímulos Exposições prévias aos estímulos condicionados (inibição latente) Condicionamento respondente de ordem superior Generalização do condicionamento respondente: Evitação de banca de jornais Revista (Leitura na Ruído da broca sala de espera) banca • Contração muscular • Aumento bat. cardíaco • Stress • Medo • ansiedade Broca do dentista Dor (UR) dor • Contração muscular • Aumento bat. cardíaco • Stress • Medo • ansiedade Condicionamento respondente de ordem superior Pode ocorrer entre estímulos físicos e estímulos verbais Morte estados de tristeza (são evitadas) Raio de sol estados de alegria (Dygdon, Conger & Strahan, 2004; Wu et al, 2005, citados em Sturmey, Ward-Horner, Marroquin & Doran, 2007) Problemas sexuais podem ser adquiridos desta forma Em resumo: Nas relações respondentes o organismo se adapta a mudanças ocorridas no ambiente A resposta (na relação) não muda o ambiente que a produz No entanto, uma vez ocorrida, a resposta pode mudar o ambiente: a relação começa a tornar-se operante RELAÇÕES OPERANTES Operante Resposta ocorre (organismo muda) e a resposta muda o ambiente Essa mudança age sobre a probabilidade do responder. Assim, se a chance do bebê fazer determinadas coisas for igual, como apresentado nesta pizza chorar 20% girar a cabeça 20% mover pernas 20% E, se ela estiver há muito tempo sem tomar água e sua mãe resolver apresentar água a ela, quando ela estiver movendo as pernas dormir 20% mover braços 20% água A apresentação da água modificará o bebê da seguinte maneira: chorar 20% girar a cabeça 20% Agora, dentre tudo o que o bebê “sabe” fazer, mover as pernas tornouse mais provável quando o bebê estiver com sede. mover pernas 20% dormir 20% mover braços 20% Um exemplo: o caso de Pedro Este é o Pedro Um menino de 16 anos de idade, que tem baixa auto-estima. Ele está procurando ajuda profissional para enfrentar esse problema. Como ajudar o Pedro? A Psicologia se propõe a ajudar A Análise do Comportamento se propõe a ajudar De sua forma peculiar.... Se quisermos “entender” a baixa auto-estima de Pedro, vamos começar olhando a sua história Este era o Pedro, quando ele tinha 12 anos. Pedro acaba de descobrir uma comida que é fantástica: O BIG MAC!!!! Pedro descobriu o Big Mac comendo EM UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE PEDRO EM COMER UM BIG MAC NÓS TERÍAMOS: BIG MAC = AMBIENTE PEDRO = ORGANISMO A relação entre a ação do organismo e a mudança ambiental nós chamamos de comportamento: neste caso, o comportamento de comer Dessa relação entre organismo e ambiente, chamada de comportamento, ambos saem modificados No ambiente, agora, não existe mais o BIG MAC Onde está o BIG MAC, depois que Pedro o comeu e ocorreu a digestão? Agora o Big Mac faz parte de Pedro Pedro agora é um organismo modificado O organismo “Pedro” é agora composto dos elementos absorvidos do ambiente “Big Mac” Se ele tivesse comido uma salada de rúcula, seu corpo teria agora outra constituição Mas, o organismo “Pedro” não se modificou apenas em sua constituição de elementos químicos Ele mudou em outras dimensões biológicas também Antes de comer um Big Mac, Pedro comia outros tipos de alimentos, que o constituíam enquanto organismo! A probabilidade de Pedro consumir alimentos saudáveis era alta A probabilidade de Pedro consumir Big Macs não existia porque o ambiente no qual ele estava inserido não os apresentava. Mas Pedro foi ao aniversário de seu colega de classe, e comeu Big Mac A partir daí as probabilidades de ingestão de alimentos de Pedro mudaram, porque agora ele também é um organismo modificado nessa dimensão A probabilidade de Pedro comer alimentos saudáveis diminuiu A probabilidade de Pedro comer Big Macs aumentou Diz-se, então, que Big Macs são estímulos reforçadores para o comportamento de escolha de alimentos de Pedro E quanto mais os Big Macs reforçam o comportamento de escolha de alimentos MAS SUA E de ingestão de Big Macs RELAÇÃO Mais o organismo Pedro foi tomando uma forma que é passível de críticas sociais COM BIG MACS NÃO MUDOU!!!! Pedro foi gradativamente sendo modificado em sua composição corpórea E suas relações com as pessoas foram ficando cada vez mais sofridas para ele Parte do seu comportamento começou a mudar: por causa das críticas, Pedro começou a evitar as pessoas Porque a relação com o reforçador não mudou Outros processos tais como punição (chacota, repreensão, etc) Não produzem efeito significativo sobre o responder de Pedro O repertório comportamental de Pedro foi se modificando à medida que seu corpo também se modificava, sofrendo a ação do reforçamento (por Big Macs) e da punição (por outras pessoas) Hoje, conhecemos Pedro Como um organismo, que sofreu as influências do contato frequente com Big Macs e das críticas de outras pessoas Além de ser um organismo considerado obeso, Pedro é uma pessoa com baixa auto-estima Pedro tem então hoje, vários comportamentos que foi “aprendendo” na relação com seu ambiente: entre outros, destacamos até aqui comer Big Macs e esquivar-se de pessoas A esse conjunto de comportamentos que Pedro sabe fazer nós chamamos de “Repertório Comportamental” Mas, onde está o repertório comportamental de Pedro? Pedro nasceu preparado para entrar em contato com o mundo Um corpo que reagia a elementos do mundo porque os membros de sua espécie (especialmente seus pais), também foram sensíveis a esses elementos... Mas, embora Pedro fosse semelhante a seus pais, ele não era idêntico Seu corpo nasceu diferente de como Sua mãe nasceu Seu pai nasceu Além das características corpóreas de Pedro serem diferentes das dos seus pais A sensibilidade de Pedro a estímulos do ambiente também não era idêntica à de sua mãe, e nem idêntica à de seu pai. Era uma combinação complexa da sensibilidade de ambos (uma expressão gênica) Assim, embora Pedro fosse da mesma espécie a que pertenciam seus pais Ele era um organismo totalmente novo. Era semelhante, mas não idêntico! Este é o primeiro nível de seleção dos comportamentos: o nível filogênico Sensibilidades inatas ao mundo variam entre os organismos neste nível... Pedro era sensível a alguns aspectos do seu mundo como seus pais Seres humanos são dependentes de: • • • • • • • Alimento Água Limpeza Sono Equilíbrio térmico (roupas, contato físico) Desconforto físico (gástrico, etc.) Contato físico E Pedro ficava por vezes “mais sensível” temporariamente a alguns deles Assim, por exemplo, se ficasse muito tempo sem ser dada água a ele, Pedro ficava agitado e chorava Não adiantava sua mãe dar-lhe comida Não adiantava sua mãe dar-lhe calor ou afeto... Pedro só parava se sua mãe lhe desse água Tecnicamente diz-se que há algumas operações motivadoras que tornam temporariamente o organismo mais sensível a alguns aspectos do mundo Ou seja, reforçadores dependem da condição do organismo para atuarem sobre o comportamento (operações motivadoras): Privação, estimulação aversiva, etc. Estamos falando do nível filogenético de determinação do comportamento. Esta sensibilidade temporária está ligada à sobrevivência! Os aspectos do mundo listados são essenciais para a sobrevivência do organismo e por isso, são chamados de reforçadores naturais, ou primários Mas, algumas vezes, o organismo não precisa deles, e em geral, os evita. (vc já viu o que uma criança que não esteja com sede faz quando lhe dão água?) A sensibilidade aos aspectos do mundo é tão importante que Toda hora em que esse aspecto do mundo entra em contato com o organismo, o modifica, selecionando a ação que o antecedeu Assim, os reforçadores primários “modelam” os repertórios comportamentais A partir de repertórios respondentes e/ou espontâneos Até 1 ano Reforçadores primários Agem sobre: Coordenação motora “grossa” Aquisição de fala (mando) “liberdade” de ação Reforçadores secundários/ generalizados/ adquiridos Contato físico Locomoção Atenção Que além de agirem sobre respostas, são reforçadores em si (intrínsecos) Comportamento verbal Controle operante Controle pela conseqüência Em problemas de atraso de desenvolvimento, 4 principais categorias: 1. Auto-estimulação (auto-reforçadora) (hipótese dos opiáceos em autolesão) Estereotipia (vibração) Manipulação (tricotilomania) Controle operante 2. Obtenção de atenção social (generalizado) 3. Obtenção de reforçadores tangíveis 4. Esquiva de tarefas indesejadas Indicam problemas na comunicação social para obtenção ou remoção de reforçadores Função comunicativa (Sprague & Horner, 1999) Podem indicar também operações estabelecedoras (aversividade) Controle operante Aquisição de novas respostas, ou modificação de respostas operantes Magnitude da consequência Privação e/ou operação estabelecedora História prévia de reforçamento Para ser efetiva, a consequência deve ser Imediata Contingente Intermitente De 1 a 4 anos... Aquisição do controle motor “fino” Aquisição do controle verbal mais “extenso” (mando + tato) Habilidades com materiais preparatórios para a escola Início do comportamento simbólico Possibilidade de brincar sozinho (sem o outro) Ambiente passa a exigir, gradativamente, exigem que respostas sejam emitidas para a liberação de alguns reforçadores Remete a habilidade = repertório comportamental Nível ontogenético 5-11 anos Socialização (escola) Incentivo da independência Comparações Dentro / fora Acima / abaixo Direita / esquerda Maior / menor melhor / pior Igual / diferente Expansão do ambiente social Fontes de reforço: Professora Colegas Mães / pais / irmãos de colegas 5-11 anos Início de educação moral e religiosa Expansão maior do ambiente Bom / Mau Conceitos mais abstratos Bem / Mal Bondade / Ruindade Conceitos estéticos Bonito / Feio Aquisição de um novo reforçador generalizado: Dinheiro Comportamento de seguir regras é valorizado PASSOS IMPORTANTES PARA A IDENTIFICAÇÃO OPERANTE DO CONTROLE DO COMPORTAMENTO Lei da Igualação A E B D C Lei da Igualação A A B E C D Lei da Igualação A A B E D Lei da Igualação A E B D C Pierce & Epling, 1995 Lei da Igualação Parâmetro do reforço Cpto. Problema Cpto. solução Imediaticidade Atrasado Imediato Taxa Reduzir ou eliminar Aumentar Qualidade Usar baixa Eliminar alta Eliminar baixa Usar alta Custo Alto Baixo Controle operante Aumento do responder mais “adaptado” (sem ou com menor aversividade) Se os reforçadores forem substituíveis Por meio de: • Melhoria no esquema de reforçamento • Atraso no reforçamento da resposta “menos” adaptada • Aumento na magnitude do reforço para a resposta mais “adaptada” Controle operante Diminuição do responder menos “adaptado” (com maior aversividade) Se os reforçadores forem substituíveis Por meio de: • Reforçamento diferencial de respostas alternativas • Atraso no reforçamento da resposta “menos” adaptada • Aumento na magnitude do reforço para a resposta mais “adaptada” Duas possíveis fontes para a patologia do comportamento: Falk & Kupfer, 1998 Deve-se perguntar se o comportamento “transtornado” é primariamente Uma resposta anormal para uma situação normal • Indica problema constitucional e deve ser respondido pela Biologia, Medicina, Neurologia, Psiquiatria, Genética, etc. Uma resposta normal para uma situação extrema ou desordenada • Âmbito de estudo da análise do comportamento Análise do comportamento Uma das linhas da psicologia Considera o comportamento enquanto uma característica biológica dos organismos: a relação entre as ações dos organismos e as mudanças do ambiente Procura alinhar a Psicologia às Ciências Naturais Análise do comportamento Enquanto Ciência Natural Busca: Previsão Controle Interpretação Sobre seu objeto de estudo (o comportamento enquanto uma relação) Análise do comportamento Enquanto Ciência Natural: Monista Fisicalista Objeto de estudo observável e quantificável Método: experimental Conhecimento por indução (coleção de dados, que, organizados compõem um conhecimento) Análise do comportamento Objeto de estudo da Psicologia: Mente não é observável Comportamento dos Organismos é Comportamento enquanto objeto de estudo (deixa de ser sintoma de problema mental) Topografia X função Comportamento é relação: entre ações do organismo e ações do ambiente Análise Comportamental dos Eventos privados: o caso das Emoções Roberto Alves Banaco PUC-SP Paradigma: Núcleo de Análise do Comportamento 135 www.nucleoparadigma.com.br CRÔNICA DE MARIO PRATA 136 www.nucleoparadigma.com.br Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue. 137 www.nucleoparadigma.com.br Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento 138 reapresenta um capítulo. www.nucleoparadigma.com.br Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego. 139 www.nucleoparadigma.com.br Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair de seu pensamento. 140 www.nucleoparadigma.com.br Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. 141 www.nucleoparadigma.com.br Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. 142 www.nucleoparadigma.com.br Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. 143 www.nucleoparadigma.com.br Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. 144 www.nucleoparadigma.com.br Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. 145 www.nucleoparadigma.com.br Ansiedade é quando sempre faltam muitos146minutos para o que quer que seja. www.nucleoparadigma.com.br Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento. 147 www.nucleoparadigma.com.br Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. 148 www.nucleoparadigma.com.br Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 149 www.nucleoparadigma.com.br Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 150 www.nucleoparadigma.com.br Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. 151 www.nucleoparadigma.com.br Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. 152 www.nucleoparadigma.com.br Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente, não podia. 153 www.nucleoparadigma.com.br Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. 154 www.nucleoparadigma.com.br Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. 155 www.nucleoparadigma.com.br Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. 156 www.nucleoparadigma.com.br Paixão é quando apesar da palavra ¨perigo¨ o desejo chega e entra. 157 www.nucleoparadigma.com.br AMOR é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. 158 www.nucleoparadigma.com.br Não... Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tem159explicação, esse negócio de Amor, não sei explicar. www.nucleoparadigma.com.br O que são emoções? 160 www.nucleoparadigma.com.br Emoções Muitos nomes, muitas explicações Emoções Paixões Afetos Sentimentos Estados de ânimo Estados subjetivos 161 Engelmann, A (1978). Os estados subjetivos: uma tentativa de classificação de seus relatos verbais. São Paulo: Ática. www.nucleoparadigma.com.br Emoção e Ciência Tem sido descrita como: Conjunto de respostas reflexas (especialmente as que são de interesse prático para as outras pessoas) Operações de motivação (ou estabelecedoras) Interferência sobre o comportamento operante em ação Tendência a certas respostas Expressões (que sofrem efeito operante e podem ser distintas em diferentes culturas). 162 www.nucleoparadigma.com.br Nomenclatura das Emoções (continuação) RESPOSTAS EMOCIONAIS = topografia COMPORTAMENTO EMOCIONAL = relações funcionais entre estímulos e respostas. 163 www.nucleoparadigma.com.br Comportamento emocional Traz vantagens claras para a análise do comportamento já que localiza a(s) resposta(s) emocional(is) em contingências de três termos. Santecedente R Sconseqüente Reflexo incondicionado (filogenético ) e condicionado (ontogenético) 164 Operante www.nucleoparadigma.com.br (ontogenético e cultural) Seleção por contingências 1. 2. 3. Nível filogenético (da espécie / dos genes) Nível ontogenético (da pessoa / do repertório) Nível cultural (do grupo / da cultura) Skinner 165 www.nucleoparadigma.com.br 1º nível de seleção: filogenético Seleção: garante que seja comum a todos os membros da espécie Variação: intensidade que atinge cada membro da espécie pode ser diferente 166 www.nucleoparadigma.com.br Emoção Conjunto de reflexos (portanto, estímulos que provocam -eliciam- respostas). Incondicionados • “em algumas espécies, morder, golpear e arranhar parece ter sido fortalecido durante a raiva antes que o condicionamento pudesse ter lugar. Essas respostas geram gritos de dor e outros indícios de dano” no oponente • Esta característica deve ter sido selecionada no nível filogenético 167 www.nucleoparadigma.com.br 1º nível de seleção: filogenético Explicações respondentes para a Emoção Três emoções básicas: Emoção RAIVA Eliciadores IMPEDIR OS MOVIMENTOS DA CRIANÇA SEGURANDO SUA FACE OU CABEÇA; OU SEGURAR SEUS BRAÇOS FORTEMENTE JUNTO AO CORPO Definição watsoniana das emoções de uma criança como padrão reflexo, compilada por 168 Tolman (1923). Respondentes CHORAR, GRITAR, ENDUREC ER O CORPO. MOVIMENTOS COORDENADOS DE GOLPEAR E BATER DE MÃOS E BRAÇOS. LEVANTAR E ABAIXAR PÉS E PERNAS. PRENDER A RESPIRAÇÃO. Millenson, J.R. (1967/1975) Princípios da Análise do www.nucleoparadigma.com.br Comportamento. Brasília: Coordenada Explicações respondentes para a Emoção Três emoções básicas: Emoção MEDO 169 Eliciadores Respondentes REMOVER SUBITAMEN- RETENÇÃO SÚBITA DA TE TODOS OS MEIOS RESPIRAÇÃO. SEGURAR-SE. DE SUSTENTAÇÃO PISCAR OS OLHOS. FRANZIR (DEIXAR CAIR). SOM OS LÁBIOS. CHORAR. ALTO. EMPURRAR DE REPENTE OU BALANÇAR LEVEMENTE (LOGO QUE ADORMECER). PUXAR DE REPENTE O COBERTOR (QUANDO ESTÁ ADORMECENDO) www.nucleoparadigma.com.br Explicações respondentes para a Emoção Três emoções básicas: Emoção ALEGRIA 170 Eliciadores ACARICIAR OU MANIPULAR ZONA ERÓGENA. FAZER CÓCEGAS, BALANÇAR, EMBALAR SUAVEMENTE. DAR TAPINHAS LEVES. COLOCAR EM DECÚBITO VENTRAL NO JOELHO DO ASSISTENTE Respondentes SE ESTIVER CHORANDO, PARA DE CHORAR. APARECE UM SORRISO. EMITE SONS. www.nucleoparadigma.com.br Apresentação de estímulo aversivo Terror Apresentação de estímulo positivo Ansiedade Apreensão Ira Retirada de estímulo positivo Raiva Aborr Prazer Êxtase Alívio Sossego Calma 171 www.nucleoparadigma.com.br Retirada de estímulo aversivo Ansiedade como conjunto de reflexos: reação fisiológica a eventos incertos, mas potencialmente aversivos Reações fisiológicas descritas para ansiedade: Alta freqüência cardíaca com reações na respiração, transpiração e pressão sanguínea Também são vistas em várias outras situações: Perigo real (medo) Presença de reforçador depois de extrema privação (“fissura”) Na busca de vários tipos de reforçadores (sexo; drogas; alimento) Esportes radicais Portanto, não são suficientes para definir 172 ansiedade www.nucleoparadigma.com.br 2º nível de seleção: ontogenético Adapta os indivíduos a mudanças rápidas no ambiente Diferenças observadas no nível filogenético tornam-se mais marcantes Individualiza ainda mais a análise possível 173 www.nucleoparadigma.com.br Relações emocionais operantes Skinner (1974) O processo de condicionamento operante suplementa a seleção natural indivíduo deve ser “sensível” a estímulos que o mantenham vivo • “trabalhar” por “reforçadores primários” • “evitar” estímulos “danosos” 174 www.nucleoparadigma.com.br Emoção Conjunto de reflexos (portanto, estímulos que provocam – “eliciam” – respostas). Condicionados • Treinar um soldado é em parte condicionar respostas emocionais. Se retratos do inimigo, sua bandeira, etc., forem associados a histórias ou fotografias de atrocidades, uma reação agressiva semelhante provavelmente ocorrerá quando o inimigo for encontrado. As reações favoráveis são obtidas em geral da mesma maneira. Respostas a alimentos apetecíveis são facilmente transferidas para outros objetos. Assim como "detestamos" a bebida ou o fumo que nos deixam doentes, também "gostamos" dos estímulos que acompanham alimentos agradáveis. Selecionada nos níveis filo e ontogenético www.nucleoparadigma.com.br 175 O que é ansiedade? Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja. 176 www.nucleoparadigma.com.br Um passo além no entendimento das emoções: 2º nível de seleção: ONTOGENÉTICO interações de relações respondentes sobre operações operantes Paradigma da ansiedade: Supressão condicionada 177 www.nucleoparadigma.com.br 178 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos no nível ontogenético Diz-se que os sentimentos são as causas do comportamento Thorndike Lei do efeito • Organismos se aproximam do que é sentido como agradável • Organismos se afastam do que é sentido como desagradável 179 www.nucleoparadigma.com.br “Ser sensível” = sentir... Aparentemente: R SE SENTE NA PELE E F PARECE AOS OLHOS O SOA R CHEIRA Ç SE EXPERIMENTA NO GOSTO A D O R 180 www.nucleoparadigma.com.br COMO “BOM” No entanto: ... Do ponto de vista da teoria evolucionista, a susceptibilidade ao reforçamento é devida ao seu valor de sobrevivência, e não a qualquer sentimento a ele associado. ... Os sentimentos são meramente produtos colaterais das condições responsáveis pelo comportamento 181 www.nucleoparadigma.com.br Uma interpretação para a evolução... O mesmo pode ser dito sobre os reforçadores operantes. Sal e açúcar são elementos críticos [para a sobrevivência], e indivíduos que foram especialmente reforçados por eles aprenderam mais efetivamente onde e como obtê-los e por conseguinte, foram mais provavelmente passíveis de sobreviverem e transmitirem essa susceptibilidade para a espécie. 182 www.nucleoparadigma.com.br Uma interpretação para a evolução... Tem sido apontado freqüentemente que competição por uma parceira tende a selecionar os membros da espécie mais hábeis e fortes, mas [tal competição] também seleciona aqueles mais susceptíveis a reforçamento sexual. Como um resultado, a espécie humana, tanto quanto as outras, é fortemente reforçada por açúcar, sal e contato sexual. Isso é muito diferente de afirmar que essas coisas reforçam porque são gostosas ou agradáveis. 183 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Estou satisfeito Eu gosto de Eu amo Eu aprecio saciação B Parecem sentimentos R São probabilidades de ação: A H Eu me agrado com M 184 S Ouvir o rádio quando está tocando Brahms ao invés de desligá-lo Comprar CDs de Brahms Ir a concertos nos quais se toca Brahms. www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Dizer “Eu amo minha mulher” (parece ser um relato de sentimentos) Envolve uma probabilidade de ação: Disposição para fazer o que ela gosta Gostar de ter feito o que ela gosta O inverso é verdadeiro: Não estamos dispostos a fazer nada para/com alguém de quem185 “não gostamos” (ou especialmente a quem www.nucleoparadigma.com.br “odiamos”) Sentimentos e reforçamento Probabilidade de ação depende da história de reforçamento Condições corporais podem ser sentidas ou observadas introspectivamente (depois falaremos mais disto). 186 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Quando uma ação é quase sempre reforçada = confiança ~= fé ~= certeza = senso de poder e/ou potência = onipotência, e = interesse 187 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Sob extinção (ou quando o reforçamento acontece muito infreqüentemente) = perda de confiança, certeza, ou senso de poder = desde falta de interesse passando por desapontamento, falta de coragem, impotência, e até depressão 188 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Extinção logo depois de história de reforçamento = frustração raiva Ou = saudade de casa (ausência de condições para responder) nostalgia (literalmente querer voltar para casa e não poder) e sentir-se abandonado, solitário 189 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Esquemas intermitentes de reforçamento: Quando razão entre respostas e reforço é favorável: = zelo, diligência, ambição determinação, obstinação, persistência excitação ou entusiasmo dedicação e compulsão 190 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Esquemas intermitentes: Razão “esticada” ao término da razão: abulia (falta de vontade) e exaustão (incapacidade de começar novo trabalho) 191 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Esquemas intermitentes: Razão grande (ou custo da resposta grande) e reforço de pequena magnitude = preguiça 192 www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Esquemas intermitentes Razão variável = força de vontade = persistência = excitação, domínio, vontade de vencer = persistência (exploração científica, obras de arte, música, invenção) = compulsão (jogar patológico) e 193 ... = esperança www.nucleoparadigma.com.br Sentimentos e reforçamento Punição e controle aversivo = Coerção ou controle coercitivo do comportamento 194 www.nucleoparadigma.com.br Problemas decorrentes do controle aversivo: Respostas emocionais intensas, elas próprias aversivas (ansiedade e raiva) Redução de repertório (no caso da fuga e da esquiva) Não ensina o que deve ser feito, apenas o que não deve ser feito (no caso da punição) Debilitação do organismo (privação intensa) Procrastinação e preguiça (custo de resposta elevado) 195 www.nucleoparadigma.com.br Respostas emocionais intensas COMPORTAMENTO EMOCIONAL: Comportamento incompatível com aprendizagem de outros repertórios desejáveis. Ansiedade -> apresentação de estímulo aversivo (paralisia) Raiva -> retirada de estímulo reforçador positivo (tendência à destruição) 196 www.nucleoparadigma.com.br Redução de repertório Fuga e esquiva Poucas respostas são capazes de eliminar os estímulos aversivos • Mentiras • Doenças psiquiátricas • Funções distorcidas (estudar para não tirar nota baixa) Aparecem apenas na presença do agente punidor Não eliminam a relação reforçadora 197 original www.nucleoparadigma.com.br Ensinam apenas o que não deve ser feito Restringe repertório (relação de fuga ou esquiva aprendida será reproduzida) Incompatível com aprendizagem de novos repertórios (afetam a possível relação reforçadora entre as novas respostas e seus estímulos mantenedores) O que deve ser feito é indiscriminável (como não possibilita a ocorrência de respostas alternativas, comprometem o processo de discriminação) 198 www.nucleoparadigma.com.br O que são Raiva e Tristeza? Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 199 www.nucleoparadigma.com.br F r e q u ê n c i a Apresentação do estímulo dependente da resposta do indivíduo Depressão Depressão Depressão Depressão Vergonha Baixa autoestima Culpa Vergonha Revolta Depressão Depressão Impotência Angústia Inabilidade Culpa Raiva de si Raiva Contrariedade Inconformismo Vergonha aborrecimento Contrariedade Inconformismo intensidade do estímulo 200 www.nucleoparadigma.com.br Depressão Angústia Culpa Raiva Raiva de si Depressão (suicídio) Depressão Depressão Depressão Angústia Culpa S+ ou S- F r e q u ê n c i a Apresentação do estímulo independente da resposta do indivíduo Depressão Depressão Depressão Cólera Depressão Depressão Ira (“azar”) Tristeza Depressão Raiva Angústia Tristeza (“perseguição “Bronca” Revolta Angústia Contrariedade Inconformismo Raiva aborrecimento Contrariedade Inconformismo intensidade do estímulo 201 www.nucleoparadigma.com.br Depressão Depressão Depressão Depressão Depressão Angústia Choque Impacto Depressão (suicídio) Depressão Depressão Depressão Depressão Angústia Tristeza S+ ou S- E x tin ç ã o In íc io S D - R 1- S 1+ M e io S D - R 1- S 1+ F im S D - R 1- S 1+ H is t. R e fo rç a m e n to F o rte Ira In c o n s tâ n c ia T ris te z a M é d ia R a iv a D e s â n im o T ris te z a F ra c a 202 In c e rte z a P a ra lis a ç ã o T ris te z a In s e g u r a nwww.nucleoparadigma.com.br ça D e p re s s ã o C o n flito A p r o x im a ç ã o a p r o x im a ç ã o SD H is t. R e fo r ç a m e n to F o rte R 1- S 1+ A p r o x im a ç ã o e s q u iv a S D– R – R 2 – S 2+ S+ e S- E s q u iv a e s q u iv a SD R 1- S 1R 2 – S 2- “p e n a ” In c e rte z a R a iv a p e rd a D ú v id a In c e rte z a In c e rte z a R a iv a D ú v id a P a r a lis a ç ã o A n g ú s tia In c e r te z a P a r a lis a ç ã o In s e g u ra n ç a T r is te z a M é d ia F ra c a 203 www.nucleoparadigma.com.br P a r a lis a ç ã o R e f o r ç a m e n to e P u n iç ã o H is t. R e f o r ç a m e n to P u n iç ã o S D - R 1- S 1+ S - R e f. R a g re s s R e f. R tr is te S D – R a g re s s - S + S D – R tr is te – S + F o r te Ir a D iv e r s ã o “M a n h a ”? M é d ia R a iv a D iv e r s ã o “ a n s io s a ” “ c h a tic e ” ? A n s ie d a d e ? A p a t ia ? F ra c a 204 In c e r te z a P a r a lis a ç ã o In s e g u r a n ç a www.nucleoparadigma.com.br Uma análise comportamental completa das emoções O 3º nível de seleção: cultural 205 www.nucleoparadigma.com.br 3º nível de seleção: cultural Comportamento social surge (na história filogenética) porque um organismo é importante para o outro como parte de seu ambiente Muitos dos reforços requerem a presença de outras pessoas = Reforço Social Alimento= reforçador primário Mãe alimentar a criança= reforço social 206 www.nucleoparadigma.com.br 3o. nível de seleção O “outro” como parte importante do ambiente Ambiente social Comportamento social Cultura 207 www.nucleoparadigma.com.br O ambiente social Especial importância ao reforço generalizado: Atenção Aprovação Afeição Submissão Reforço negativo Estimulação aversiva incondicionada (p.ex. “surra”) Desaprovação Desprezo Ridículo Insulto 208 www.nucleoparadigma.com.br O episódio social Episódios verbais “Emoções sociais” Amor, amizade, favor = tendência a reforçar o outro 209 www.nucleoparadigma.com.br O que é amor? Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não tem explicação, esse negócio de Amor, não sei explicar. 210 www.nucleoparadigma.com.br Vida É o Amor existencial. 211 www.nucleoparadigma.com.br Razão É o Amor que pondera. 212 www.nucleoparadigma.com.br Estudo É o Amor que analisa. 213 www.nucleoparadigma.com.br Ciência É o Amor que investiga. 214 www.nucleoparadigma.com.br Filosofia É o Amor que pensa. 215 www.nucleoparadigma.com.br Religião É o Amor que busca Deus. 216 www.nucleoparadigma.com.br Verdade É o Amor que se eterniza. 217 www.nucleoparadigma.com.br 218 Ideal É o Amor que se eleva. www.nucleoparadigma.com.br 219 Fé É o Amor que se transcende. www.nucleoparadigma.com.br Esperança É o Amor que sonha. 220 www.nucleoparadigma.com.br 221 Caridade www.nucleoparadigma.com.br É o Amor que auxilia. Fraternidade É o Amor que se expande. 222 www.nucleoparadigma.com.br Sacrifício É o Amor que se esforça. 223 www.nucleoparadigma.com.br Renúncia É o Amor que se depura. 224 www.nucleoparadigma.com.br Simpatia É o Amor que sorri. 225 www.nucleoparadigma.com.br Trabalho É o Amor que constrói. 226 www.nucleoparadigma.com.br Indiferença É o Amor que se esconde. 227 www.nucleoparadigma.com.br Desespero É o Amor que se desgoverna. 228 www.nucleoparadigma.com.br Paixão É o Amor que se desequilibra. 229 www.nucleoparadigma.com.br Ciúme É o Amor que se desvaira. 230 www.nucleoparadigma.com.br Orgulho É o Amor que enlouquece. 231 www.nucleoparadigma.com.br Sensualismo É o Amor que se envenena. 232 www.nucleoparadigma.com.br Finalmente, o Ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente. 233 www.nucleoparadigma.com.br Francisco Cândido Xavier Amor (Skinner, 1989) Crítico do behaviorismo “Eu te amo” = “Você me reforça” Bons Behavioristas diriam “Você reforça meu comportamento” 234 www.nucleoparadigma.com.br Gregos: três palavras para “Amor” Eros: Parte do amor derivada da seleção natural Partilhamos com outras espécies Amor sexual • Sofre influências do reforçamento operante • Variações sexuais Amor parental • Erótico diferente de sexual 235 www.nucleoparadigma.com.br Gregos: três palavras para “Amor” Philia Um amor de condicionamento operante Somos reforçados a procurar • Obras de arte (pintura, literatura, música) • Estudos (filosofia = amor à sabedoria) • Autores, Lugares, Personagens de ficção, Assuntos, tipos de pessoas • Amigos (nenhum interesse erótico) 236 www.nucleoparadigma.com.br Gregos: três palavras para “Amor” Ágape Processo de evolução cultural Não é o nosso comportamento, mas o comportamento de quem amamos que é reforçado O efeito é sobre o grupo Ao demonstrar que sentimos prazer pelo que a pessoa fez, reforçamos o fazer, e assim, fortalecemos o grupo 237 www.nucleoparadigma.com.br Natureza reversa do reforçamento Ocorre em Eros (agrada-se um amante porque nosso próprio prazer é aumentado) Ocorre também em Philia (ajudamos a salvar Veneza porque podemos desfrutar de sua beleza) Em Ágape, são artificiais: são inventadas pela cultura – reforçamento é indireto. 238 www.nucleoparadigma.com.br Emoções como subprodutos culturais Homens “sentem” diferente de Mulheres? 239 www.nucleoparadigma.com.br Atração sexual 240 www.nucleoparadigma.com.br E. Frio S. relaxado ira pudor Carinho Apesar das diferenças Contingências são semelhantes Algumas emoções nos três níveis 241 www.nucleoparadigma.com.br Inveja e Ciúme Inveja: 1. Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem 2. Desejo violento de possuir o bem alheio Ciúme: 1. Sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade fazem nascer em alguém; 2. Emulação, competição, rivalidade; 3. Despeito invejoso; inveja; www.nucleoparadigma.com.br 242Receio de perder 4. alguma coisa; cuidado, zelo. Inveja e Ciúme 1. Elementos comuns para a análise: Existência de outrem, portanto, as contingências envolvidas são sociais 1. 2. Inveja: outrem que possui algo desejável (coisa, habilidade, situação) Ciúme: outrem que ameace a posse de alguém ou alguma coisa 2. Posse 1. 2. Inveja: de “algo” que não se tem Ciúme: de algo ou alguém que já se “tem” 243 www.nucleoparadigma.com.br Inveja Outrem possui algo “desejável” Privação que pode ser satisfeita Alguém já satisfez tal privação Privação e existência de reforçador no meio social Existem meios de obtenção de tal reforçador Por meio de respostas Por meio de ambientes mais favoráveis 244 www.nucleoparadigma.com.br Inveja Existem meios de obtenção de tal reforçador por meio de respostas Aumento de repertório (imitação) Procura por ambientes mais favoráveis Competição Roubo Eliminação do “possuidor” 245 www.nucleoparadigma.com.br Ciúme Ameaça da posse de algo ou alguém que já se tem Risco de perda por falta de habilidade Risco de perda por habilidade maior de concorrente Risco de perda por falta de controle sobre a posse Risco de perda pela infidelidade 246 Fidelidade = constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos www.nucleoparadigma.com.br Inveja e Ciúme Controle filogenético Inveja: Busca de melhores condições de sobrevivência • Competição (combate) • Roubo • Eliminação do “possuidor” Ciúme: Defesa de território (para si e para prole) • Competição www.nucleoparadigma.com.br 247 • Eliminação do “possuidor” Inveja e Ciúme Controle ontogenético Histórias com reforçamento mais intenso, freqüente e bem sinalizado tenderão a ser menos prováveis de apresentarem tais sentimentos 248 www.nucleoparadigma.com.br Inveja: Contingências A R S+ ou S+ ou S- R S+ Sd B A Sd R ou R A Sd ou Sd B Sd R B Sd 249 S+ www.nucleoparadigma.com.br Ciúme: Contingências A R S+ R S+ ou S+ ou S- C Sd R S+ R S+ ou não R S+ R ou não B 250 www.nucleoparadigma.com.br Inveja Controle Social Inveja “boa” (cobiça) tentar obter reforçadores através de respostas socialmente aceitas Alguns tipos de competição Inveja “má” (lesa comunidade) 251 Obter reforçadores através do roubo Destruição do outro (material ou moralmente) Outros tipos de competição www.nucleoparadigma.com.br Ciúme Controle Social Evidências de infidelidade e/ou competição Obrigatoriedade de defesa “do que é seu” Várias respostas “extremas” recebem atenuantes Justificada por outros sentimentos (orgulho-próprio, honra, lealdade, etc.) Ausência de evidências Críticas exacerbadas e punições 252 www.nucleoparadigma.com.br Mais genericamente... Emoção não é causa de comportamento ... Mas, se não é causa, por que terapeutas analítico-comportamentais continuam investigando a respeito de comportamentos emocionais? 253 www.nucleoparadigma.com.br Evento Encoberto Entendido como evento sob a pele Em relação com estimulação externa Colateral à resposta aberta Implica em questão de acessibilidade Apenas o indivíduo teria acesso direto a ele No entanto, sua discriminação e nomeação dependeriam da comunidade verbal 254 www.nucleoparadigma.com.br “SIGNIFICADO” DO SENTIMENTO Tato sobre evento encoberto é modelado pela comunidade verbal Observação de eventos públicos correlacionados • Estímulos públicos • Respostas públicas Operante verbal: tato Tatear e discriminar os sentimentos não alcançam a mesma confiabilidade do tatear objetos públicos Eventos públicos ganham controle parcial sobre o tato 255 www.nucleoparadigma.com.br Expressando sentimentos Propósito: informar o ouvinte sobre os sentimentos do falante Informa probabilidade de ação do falante Cria “intimidade” e “empatia” Indicativa de contato com variáveis importantes 256 www.nucleoparadigma.com.br Expressando sentimentos Um continuum Expressão de sentimentos (respondentes não verbais) Expressões falsas de sentimentos ou Controle operante sobre expressão de sentimentos (respondentes que sofreram tbém controle operante) Comunicação de sentimentos (operantes verbais) 257 www.nucleoparadigma.com.br Eint parou de digerir o almoço Eext rubor R SA Fez trabalho Crítica no emprego R FalouFalou secamente brandamente Bateu porta Fechou porta Chutou gato Acariciou gato Assistiu luta Evitou luta Rverbal Está com Raiva Estou com Raiva 258 www.nucleoparadigma.com.br C Colegas afastam não afastam Grande Não faz ruído ruído Gato foge não foge É envolvido na briga Evita briga - + CC Expressando sentimentos Desvantagens: Possibilidade da comunicação sofrer o efeito operante (Vantagem: Revela história de vida) Comunicação ser idiossincrática (Vantagem: Dá pistas sobre cultura do cliente) Vantagens Controle sobre o respondente é bastante limitado (terapeuta deve ter conhecimento dos respondentes abertos e “apurar” observação) Aponta o contato com variáveis de controle 259 www.nucleoparadigma.com.br Evitando sentimentos Há interesse na cultura em limitar a expressão de afetos Pessoa “fora de serviço” Não está atendendo à tarefa que lhe foi designada Necessária a demonstração de estar “no controle”. 260 www.nucleoparadigma.com.br Evitando sentimentos Punição sobre expressão e comunicação também pune contato com variáveis controladoras Diminui oportunidade para discriminação de aspectos relevantes do controle de comportamento Mais um efeito das agências controladoras que a terapia deve desfazer. 261 www.nucleoparadigma.com.br Sentimento fundamental na terapia: confiança 262 www.nucleoparadigma.com.br Quais seriam as variáveis de controle do “sentimento de confiança” ? “sentimento de confiança” = tendência maior para apresentar, na sessão, as respostas punidas fora da sessão acompanhada ou não por uma sensação de tranqüilidade experimentada pelo cliente 263 www.nucleoparadigma.com.br Sentimento de Confiança Skinner (1978): Absoluta de que a cadeira e a escrivaninha o sustentarão enquanto escreve Escrivaninhas e cadeiras similares sempre o sustiveram Moderada de que o texto escrito chegará aos leitores o Escritos similares usualmente têm sido publicados Mediana de que os leitores chegarão ao final do texto o Muitos leitores terminaram de ler seus artigos, nem todos o Leitores algumas vezes mudaram seus comportamentos por causa daquilo www.nucleoparadigma.com.br que ele escreveu Pequena de que os leitores comportar-se-ão com base no texto 264 Sentimento de Confiança Skinner (1978): “Estou escrevendo um artigo na minha escrivaninha neste momento porque tenho feito o mesmo tipo de coisa com algum sucesso em ocasiões razoavelmente similares. Pelas mesmas razões eu tenho certos sentimentos de confiança. Mas eu estou escrevendo por causa das conseqüências, não por causa dos sentimentos. Meus sentimentos e meu comportamento são produtos colaterais (paralelos) da minha história pessoal”. Skinner, B.F. (1978) Reflections on Behaviorism and Society. N.J. - Englewood Clifts: Prentice Hall 265 www.nucleoparadigma.com.br “Confiança” Gradação Supor Acreditar Pensar (no sentido de ter uma opinião) Saber Dependentes da história de reforçamento (freqüência) Freqüência com a qual o comportamento foi reforçado e/ou punido [na presença de determinados estímulos – terapeuta] Skinner, B.F. (1980). Contingências do reforço. São Paulo: Abril www.nucleoparadigma.com.br 266 Cultural Contingências que levam à confiança na terapia Ausência de punição Aumenta probabilidade do cliente emitir respostas previamente punidas • Inicialmente as “mais distantes” da resposta punida • Gradativamente aparecem as mais próximas da resposta punida • Dentre elas, o falar sobre antecedentes, respostas e conseqüências punitivos Sessão terapêutica sinaliza, gradativamente, local de segurança 267 (empatia e aceitação) www.nucleoparadigma.com.br Contingências que levam à confiança na terapia Garantia de que o resultado do falar valeria a pena Sigilo das informações apresentadas (todas as terapias propõem) Qualidade da análise que o terapeuta propõem • Levantamento de variáveis controladoras sobre o problema (diferencial) • “Guia” deve ser o conhecimento de relações comportamentais • O que perguntar / observar • Processos comportamentais www.nucleoparadigma.com.br 268 • Previsão e controle Outras contingências que levam à confiança na terapia Farta apresentação de informações relevantes “Contrato” de fidelidade a respeito das informações advindas de pessoas relevantes Reforçamento de outras respostas não submetidas à punição Respostas “desejadas” Habilidades sociais Comportamentos clinicamente relevantes 269 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Mulher, 36 anos, solteira, doutoranda de curso de ciências biológicas, nascida em outro estado brasileiro Em relação “paralela” de cinco anos com um homem casado há doze anos, residente em seu estado de origem Promessa de término do casamento para assumi-la assim que ela terminasse seu doutorado e voltasse 270 à cidade natal. www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Comportamentos de “desconfiança” em relação à terapia: Questionamento da linha teórica • profundezas X superfícies “Promessas” de rapidez nos resultados Confusão nos objetivos terapêuticos levava à descrença nos resultados • Conflito entre o término e a continuidade do relacionamento 271 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Desenvolvimento do trabalho Encontrar as variáveis de controle sobre a manutenção da relação: para ela 1. • • • Reforçadores (primários e secundários) Freqüência de apresentação dos reforçadores (intermitência) Resultados sobre as possíveis respostas a serem emitidas (manutenção da “espera”; impedimento de “novos conhecimentos”) 272 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Encontrar as variáveis de controle sobre a manutenção da relação: para ele 2. • • • Qualidade dos reforçadores (esposa, família e amante) Observação do comportamento (probabilidades de ação em situações de conflito – história prévia) Compatibilidade entre o emitido e o relatado (“ouvir com os olhos”) 273 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Clareamento dos objetivos terapêuticos 3. Dadas as contingências para os dois Levantar a probabilidade da continuidade do relacionamento • E em que termos poderia continuar: Provavelmente apenas do jeito que estava Tomada de decisão 4. Continuidade ou não da relação • 274 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Neste ponto: confiança no método de análise: Previsibilidade. Tomada de decisão: “impediria” a solução rápida para o problema Critério para uma boa decisão não deveria ser a rapidez. Melhor critério: estar junto a ele nessas condições pior do que estar sem ele. 275 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Decisão tomada: a separação 5. • Criação de condições para que o acesso dele a ela fosse impedido: • • • 276 Mudança dos números de telefone Não abrir as cartas Apagar mensagens eletrônicas sem ler www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Análise: impedimento do acesso dele a ela prevê que ela não responda às aproximações dele. Previsão: ele (sob extinção) tentará de todas as formas (variabilidade na topografia) Controle: Não entrar em contato com estímulos (os variados contatos) para impedir sua resposta (que só reforçaria a resposta dele que desse resultado) 277 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Resultados: Ele procurou de várias maneiras • Tentou obter números de telefones novos • Enviou flores, cartas, bilhetes, • Pediu para que outros falassem com ela, inclusive arriscando seu casamento Dada a previsibilidade da terapia, aumento na confiança 278 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso 6. Próxima previsão: ele “furaria o cerco”, e emitiria respostas agressivas Controle: continuar não entrando em contato “preparar-se” para não responder às provocações Resultados Ele conseguiu o novo número do celular, Lotou a caixa postal com impropérios Ela passou a “divertir-se” com a previsibilidade e não respondeu às provocações Confiança maior na terapia 279 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Próxima previsão: a primeira trégua 7. • • • Ele “sumiria” Ela sentiria no mínimo “curiosidade” Mas deveria manter-se sem procurá-lo Duas semanas depois: Previsão: hora dele “reaparecer” 8. • • Provável nova resposta, com menor agressividade Controle: manter-se sem responder 280 www.nucleoparadigma.com.br Exemplo: Estudo de caso Resultados Ele apareceu na escola em que ela cursava o doutorado Ela ficou absolutamente atônita com a previsibilidade, mas estava preparada para a “contenção” A partir daí, confiança total na terapia. 281 www.nucleoparadigma.com.br A investigação de eventos encobertos na sessão terapêutica 282 www.nucleoparadigma.com.br A investigação sobre os eventos encobertos na sessão terapêutica Hoyt (1980) apud Meyer e Vermes (2001): “...sessões nas quais houve maior número de verbalizações do terapeuta e do cliente referentes a eventos privados (emoções, sentimentos e pensamentos) foram aquelas melhor avaliadas” (pág. 103) Dados de Souza e Banaco (não publicados) apontam que a cliente avaliou igualmente sessões que investigavam eventos privados e sessões que investigaram apenas relações entre eventos e respostas abertas. 283 www.nucleoparadigma.com.br A investigação sobre os eventos encobertos na sessão terapêutica Ainda assim, a investigação é importante porque: Clientes tendem a explicar seus comportamentos como originados por eventos privados 284 www.nucleoparadigma.com.br A investigação sobre os eventos encobertos na sessão terapêutica Repertório discriminativo dos eventos privados é bem estabelecido pela comunidade verbal Via de acesso às variáveis de controle, inclusive sobre as formas de expressão punidas na comunidade verbal (Zamignani, 2000) 285 www.nucleoparadigma.com.br A investigação sobre os eventos encobertos na sessão terapêutica Ainda que os eventos encobertos façam parte de uma cadeia de eventos (cf. possibilidades apontadas por Tourinho, 1977 e Kovac, 2000) “...existem várias formas de obtermos explicações contingenciais para os sentimentos e emoções relatados por nossos clientes, e é apenas por conta dessa possibilidade que é-nos útil perguntarmos a respeito dos eventos encobertos. (...) Apenas com uma análise externalista estaremos sendo coerentes com a abordagem skinneriana”. Banaco, 1999, pág. 141. 286 www.nucleoparadigma.com.br Emoções e pensamentos do terapeuta durante a sessão Podem ter uma interferência no processo terapêutico Emoções parecidas podem ser eliciadas por contingências de reforçamento semelhantes • “Transparência” do terapeuta pode ser material de análise 287 www.nucleoparadigma.com.br Exigências sobre o terapeuta na sessão Que seja isento de sentimentos e preconceitos em relação aos clientes Que seja “aberto” a todo e qualquer material apresentado “entender” o cliente • Entender =/= Aceitar No entanto: terapeuta também tem sua história de reforçamento 288 www.nucleoparadigma.com.br História de reforçamento do terapeuta Regras que deve seguir para atender: Pensamentos Difícil discriminação de “quando” usar o que a regra descreve Incompatível com “prestar atenção” ao conteúdo do que é dito pelo cliente “lembrar-se das regras e “ouvir discurso do cliente” são concorrentes 289 www.nucleoparadigma.com.br Formação teórica: “...devido às suas raízes no behaviorismo radical, a PFA não possui quaisquer posturas racistas ou sexuais. Não existem modelos de como uma pessoa saudável deveria ser, ou quais os tipos de comportamentosalvo deveriam estar no repertório... não existem bases teóricas para decidir quais comportamentos deveriam estar nos repertórios de uma pessoa sobre ser membro de grupos raciais, sexuais ou quaisquer outros. A teoria é neutra com respeito a essas questões”. Kohlenberg e Tsai (1987) 290 www.nucleoparadigma.com.br Solução de problemas Conhecimento teórico não é suficiente Conhecimento de técnicas e seus resultados também é imprescindível... “Consumo” de pesquisas básicas e pesquisas aplicadas Atualizam o terapeuta com os novos avanços tecnológicos da área Auxiliam na escolha de técnicas adequadas a cada caso em atendimento. 291 www.nucleoparadigma.com.br Habilidades terapêuticas 1. 2. 3. 4. Tendo “em mãos” teoria e técnicas: Saber “escutar” a queixa Saber investigar aspectos relevantes da queixa Saber fazer uma avaliação da queixa apresentada Saber formular intervenção 292 www.nucleoparadigma.com.br Cinco habilidades básicas (Kohlenberg e Tsai, 1991) 1. : Observar comportamentos relevantes para o problema que ocorram dentro da sessão 293 www.nucleoparadigma.com.br Comportamentos clinicamente relevantes a. exemplos reais de comportamento que são ocorrências do problema clínico b. respostas de baixa probabilidade de ocorrência, da classe que solucionaria o problema, emitidas durante a sessão c. respostas verbais de descrições funcionalmente válidas entre os estímulos do ambiente e as respostas-problema ou respostas-solução. 294 www.nucleoparadigma.com.br Cinco habilidades básicas (Kohlenberg e Tsai, 1991) 2. : Construir ambiente terapêutico que favoreça o aparecimento do comportamento - problema. Não aversividade; Instalação de “confiança” 295 www.nucleoparadigma.com.br Cinco habilidades básicas (Kohlenberg e Tsai, 1991) : 3.Reforçar positivamente o aparecimento de comportamentos de baixa probabilidade de ocorrência e que sejam “caminho” para a solução do problema. (modelagem) 296 www.nucleoparadigma.com.br Modelagem do comportamento Saber fazer uma análise das respostas que compõem o comportamento-alvo Saber classificá-las numa “cadeia” de aquisição – do mais simples e mais provável de ser emitido e reforçado, até o mais complexo (e menos provável de ser emitido). Saber sinalizar a oportunidade de reforçamento, identificando mudanças sutis no ambiente do cliente; Se detiver reforçadores dentro da sessão, utilizá-los contingentemente ao aparecimento das respostas necessárias e utilizar suspensão do reforçamento 297 quando for necessário (Extinção provoca variabilidade.) www.nucleoparadigma.com.br Cinco habilidades básicas (Kohlenberg e Tsai, 1991) 4. : Verificar que respostas emite que são capazes de reforçar respostas do seu cliente. 298 www.nucleoparadigma.com.br Cinco habilidades básicas : (Kohlenberg e Tsai, 1991) 5. Saber descrever relações funcionais entre as variáveis relevantes e as respostasqueixa e respostas-alvo do cliente. 299 www.nucleoparadigma.com.br História de reforçamento do terapeuta Emoções fortes: também entram em concorrência com o atender Comportamento do terapeuta fica sob controle da emoção sentida e não sob controle do comportamento do cliente 300 www.nucleoparadigma.com.br Alguns temas de impacto Valores morais, éticos, religiosos do cliente muito diferentes dos do terapeuta Identificação com o problema do cliente Desrespeito por parte do cliente 301 www.nucleoparadigma.com.br Alguns temas de impacto Identificação de erro do terapeuta na condução da sessão e/ou na interpretação apresentada Inveja da situação do cliente 302 www.nucleoparadigma.com.br ASPECTOS QUE O TERAPEUTA BEHAVIORISTA DEVE CUIDAR: DEIXAR DE LADO CONCEITOS E AVALIAÇÕES SOBRE OS FENÔMENOS SUPERVISÃO (TREINAMENTO DE HABILIDADES PARA ATENDIMENTO CLÍNICO) FORMAÇÃO PESSOAL • AUMENTAR CULTURA GERAL • APRENDER COM POSSÍVEIS ERROS 303 www.nucleoparadigma.com.br