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Propaganda
Por que o interesse
pelos eventos
privados?
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CONTINGÊNCIAS SOCIAIS DO
MUNDO CONTEMPORÂNEO E
PSICOPATOLOGIAS
Bauman, Z. (2000). Modernidade Líquida. Jorge Zahar. Rio
de Janeiro.
Elias, N. (1990). O processo civilizador: Uma história dos
costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Publicado
originalmente em 1939.
Elias, N. (1994). A Sociedade dos Indivíduos. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar.
Khel, M.R. (2009). O tempo e o cão. Bontempo: São Paulo
Tourinho, E.Z. (2009). São Paulo: Paradigma.
Sociedades pré-modernas
Sobrevivência de cada indivíduo
diretamente relacionada, em todos os
sentidos, à sobrevivência dos outros.
Objetivos do indivíduo e grupo
convergiam;
Organização da vida em termos de
necessidades coletivas.
Membros dos grupos agiam e
pensavam do ponto de vista do “nós”
(Elias, 1994, p. 108)
Idade Média
Mobilidade social praticamente inexistente.
Funções do indivíduo pré-definidas segundo a
origem
não eram objeto de reflexão pessoal e
conquista ao longo da vida (Tourinho, 2009)
Eventuais reflexões eram realizadas
publicamente.
Não era necessário avaliar planos alternativos
de vida
(Elias, 1994)
Idade Média
Vida pública não era separada da vida privada.
Arquitetura da casa: inexistência de espaços
definidos para determinadas funções.
Não havia lugar para segredo, privacidade,
intimidade.
Idade Média
concepção ‘coletivizada’ de homem.
obtenção de interesses pessoais.
planejamento individual de metas a longo
prazo.
Relações interpessoais totalmente
diversas daquelas que presenciamos e
vivemos nas sociedades contemporâneas
Fim da Idade Média (séc. XI – XIII)
Monetarização das funções econômicas e
atividades produtivas.
Transformações em tecnologia agrícola
meios de transportes
aumento da produtividade
crescimento populacional e urbano
Fim da Idade Média (séc. XI – XIII)
Destruição das bases sociais do feudalismo
Fortalecimento das relações de mercado.
Crescente busca de lucros.
Novas condições materiais de existência
atreladas a novas formas de religião
(motivações materialistas, avareza, ganância,
egoísmo antes condenadas agora exaltadas)
Formação dos estados nacionais e
a constituição de um novo homem.
•
Formação dos “Estados nacionais”:
Poder impessoal passa a regular as relações
econômicas
assume a função de proteção e de mediar as relações;
Possibilidade de mobilidade social:
dependente do ‘esforço’ individual.
Há muitas possibilidades de escolha.
•
Oportunidades passíveis de serem “perdidas”.
Estado fornece condições para os indivíduos desvincularemse de seus grupos de origem (Elias, 1994)
Renascimento e o Processo Civilizador.
Durante Idade Média, formas de portar-se no
cotidiano eram reguladas pela Igreja e eram pouco
numerosas.
Relações sociais a partir do Renascimento:
crescimento da literatura de civilidade
(códigos de etiqueta e de conduta)
Processo civilizador (Elias, 1994):
mudanças importantes nas relações dos
homens entre si e consigo mesmos.
Processo Civilizador e a economia de mercado
(Elias, 1994)
Aquecimento da economia de mercado,
Relações comerciais extensas:
funções sociais cada vez mais diferenciadas
População numerosa,
Impessoalidade nas relações sociais.
Necessidade de coordenação, previsibilidade e
controle dos comportamentos dos indivíduo
visando a manutenção da civilidade.
O Processo Civilizador (Elias, 1994)
Regras minuciosas e exigentes: nova relação
com o próprio corpo e o corpo dos outros.
Imposição de pudor (até então inexistente) em
relação a partes e funções do corpo.
Estrito controle das emoções.
Contingências sociais e
mudanças na subjetividade
Espontaneidade nas relações substituída por
autocontrole.
cuidadosa auto-observação do próprio corpo.
Contenção de emoções, pensamentos e ações
motoras não recomendados socialmente.
“parede invisível das emoções” (Elias, 1939)
entre os indivíduos.
Dicotomia :
vida íntima (reservada) X o que é expresso
Contingências sociais e
mudanças na subjetividade
•
“Eu interior” tomado como “Eu verdadeiro”.
•
Indivíduos nas sociedades contemporâneas
se pensam e sentem como autônomos,
separados dos demais.
•
Complexas redes de relações indiretas
obscurecem a interdependência existente
entre as funções exercidas por membros
muito distantes de uma sociedade.
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
Período dilatado de espera vivido pelos que já
não são crianças, mas ainda não se
incorporaram à vida adulta.
maturidade sexual mas despreparo para o
casamento.
plena aquisição de capacidades físicas do
adulto – força, destreza, habilidade,
coordenação, etc – mas falta de maturidade
intelectual e emocional, necessária para o
ingresso no mercado de trabalho.
Só poderia ser idade crítica.
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
Jovem adulto cada vez mais tempo na condição
de ‘adolescente”:
O aumento progressivo do período de formação
escolar
alta competitividade do mercado de trabalho nos
países capitalistas
Mais recentemente, a escassez de empregos,
dependente da família, apartado das decisões e
responsabilidades da vida pública, incapaz de
decidir seu destino.
Período em que há início muitas patologias!
ADOLESCÊNCIA: MODERNIDADE E
INDUSTRIALIZAÇÃO
EUA: indivíduos que vivem essa longa crise
foram transformados em consumidores em
potencial.
Rápida disseminação no mundo capitalista.
Juventude e adolescência como ideal atual
da cultura: todos querem ser jovens e não
adultos como no começo do séc. XIX.
“Por um lado, a associação entre juventude e
consumo favoreceu o florescimento de uma
cultura adolescente altamente hedonista. O
adolescente das últimas décadas do século
XX deixou de ser a criança grande,
desajeitada e inibida, de pele ruim e hábitos
antissociais, para se transformar no modelo
de beleza, liberdade e sensualidade para
todas as outras faixas etárias. O adolescente
pós moderno desfruta de todas as liberdades
da vida adulta mas é poupado de quase
todas as responsabilidades”.(Khel, 2009)
Modernidade Líquida
(BAUMAN, 2000)
sociedade contemporânea transformada
vida pública, privada, relacionamentos
humanos, mundo do trabalho, estado e
instituições sociais
Crescente processo de individualização:
desprendimento das redes de pertencimento
social — incluindo a própria família.
Cultura do Eu sobrepõe-se à do Nós,
relacionamento eu-outro ganha “ares
mercantis”.
Modernidade Líquida
(BAUMAN, 2000)
Relacionamentos voláteis e fluidos:
descompromisso, muitas vezes associado à liberdade
individual.
Sensação de liberdade e provisoriedade:
status proporcional ao poder de consumo individual.
Transformações sociais aceleradas
dissoluções dos laços afetivos e sociais são o centro da
questão.
Metáfora da liquefação:
desapego e provisoriedade,
uma suposta sensação de liberdade que traz em seu
avesso a evidência do desamparo social em que se
encontram os indivíduos moderno-líquidos.
Na modernidade líquida não há compromisso com a
idéia de permanência e durabilidade.
Modernidade Líquida
(BAUMAN, 2000)
Suposta liberdade acompanhada de movimento
de criação de novas patologias, próprias da
modernidade líquida.
Depressão, solidão, desamparo, isolamento
são, no plano do indivíduo, queixas cada vez
mais freqüentes.
Na esfera social, temos as exclusões de toda
ordem como sintoma de uma perversa
sensação de liberdade e desterritorialização:
Pobres, imigrantes, homossexuais, gordos,
pretos, estrangeiros…
Tudo começou com uma
insatisfação com o
modelo médico vigente:
A História do movimento
behaviorista
Psicologia Experimental:
A Psicologia busca seu lugar
enquanto ciência natural
Psicologia Experimental
Reação ao modelo médico
Comportamentos desadaptados, anormais,
doentes eram determinados por causas
subjacentes: a experiência traumática
Causas subjacentes pressupunham uma patologia
(à semelhança da medicina) e produziam
“sintomas”: o comportamento
Tratamentos focalizavam a experiência traumática
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Psicologia Experimental
Críticas ao modelo médico:
Teorias eram imunes à comprovação
A relação entre os processos psíquicos
subjacentes e comportamentos não era clara
Pouca coincidência entre os diagnósticos de
diversos profissionais (forte interferência de
interpretações pessoais no diagnóstico)
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Grande influência
da Biologia
O Darwinismo e a
cultura americana no
início do século XX
Darwin (1859)
Teoria da Evolução da Espécies
“Sobre a tendência de as espécies se
afastarem indefinidamente do tipo original”
Evolução pela seleção natural
Darwin (1859)
Reprodução: pais geram filhos semelhantes
e que diferem das outras espécies
Variação: nem toda prole é igual. Há ligeiras
diferenças em peso, altura, cor e outras
características a cada nova geração.
Seleção natural: Algumas características
acomodam ou adaptam melhor um indivíduo
ao meio ambiente, aumentando a sua
probabilidade de viver e se reproduzir.
Darwin (1859)
Hereditariedade: Se uma característica vantajosa
é hereditária, os descendentes do animal ou vegetal
também a herdarão. A espécie se multiplicará.
Evolução: passados longos períodos de tempo, e
muitas gerações, os caracteres que aperfeiçoam o
sobrevivente se tornam mais comuns em uma
espécie. A espécie se aperfeiçoa.
Origem das espécies: as espécies mais bem
adaptadas ao ambiente vencem aos poucos. As que
não conseguem se adaptar desaparecem.
Darwin (1859)
Seleção não é dirigida
Variação ao acaso
Variações sutis podem permitir que um
indivíduo tenha mais condições de vencer e
continuar vivo
Portanto, não é verdadeira a noção de que
há um aperfeiçoamento das espécies.
Darwin (1859)
Não somos o produto mais elevado da
evolução.
Implicações para a pesquisa: “vendo um tipo
qualquer de vegetal ou animal, o biólogo
pergunta:
‘para que serve?’ (funcionalismo X
estruturalismo)
Em que contribui para a sobrevivência ou a
evolução”?
• Função como aspecto fundamental
Ivan Pavlov
(1849-1936)
e o Condicionamento Respondente
Condicionamento Clássico ou
pavloviano. (Ivan Pavlov)
Estudo de animais como
base para a compreensão
do comportamento
humano
Enquanto estudava a
fisiologia da salivação,
Pavlov percebeu que o
cachorro aprendeu a
associar um estímulo antes
não significativo (um
metrônomo) precedendo a
comida com o reflexo
incondicionado de salivar
pela comida.
Estudos sobre
condicionamento respondente
Extinção
Apresentação do estímulo condicionado sem o
incondicionado
Generalização
Reação se estende a estímulos semelhantes
Diferenciação
Dois tons diferentes – o animal passa a responder
apenas àquele que é seguido pela comida
Experimento de discriminação
Estudo da “neurose experimental” em cães: excitação x
inibição
O Funcionalismo
Americano
Goodwin, C. J. (2005). História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix.
Marx, M. H. e Hillix, W. A. (1963). Sistemas e teorias em psicologia. São
Paulo: Cultrix. Cap. 1. A natureza da Ciência . Pp. 17- 45
A Influência do
Funcionalismo americano
Funcionalismo vem de Função no sentido
matemático. Relações de dependência. Este
comportamento é função desta condição do
ambiente.
Pergunta “Para quê, Por que” e não “O que,
Como”.
Nunca houve uma escola UNICAMENTE
funcionalista.
As Origens do
Behaviorismo:
O behaviorismo de
Watson
John Broadus Watson
(1878 – 1958)
Watson (1913)
Psicologia é ciência do comportamento
observável
Ramo puramente experimental e objetivo das
ciências naturais
objetivo: previsão e controle do comportamento
Pesquisa baseada na introspecção é rejeitada
Modelo evolucionista de comportamento
(portanto, estudo dos animais permite
conhecer aspectos básicos do comportamento
humano)
Watson (1913)
Psicologia deve descartar toda e qualquer
referência à consciência
Estados mentais deixam de ser objeto de
observação (não podem ser observados)
Rejeição ao funcionalismo no que se refere ao
objeto de estudo
vida mental
Watson (1913)
Todo e qualquer comportamento pode ser
explicado por estímulos e reflexos
Dada uma resposta, os estímulos podem ser
determinados; dado um estímulo, é possível
prever a resposta
Pensamento como fala subvocal
Behaviorismo metodológico ou empírico:
Psicologia completamente objetiva.
Apelo às aplicações práticas de uma ciência
objetiva
Derivações práticas do
trabalho de Watson
Tratamento de distúrbios fóbico-ansiosos
Dessensibilização sistemática
• Método posteriormente aperfeiçoado por Jones
(1924) e Wolpe
• Exposição com prevenção de respostas (mais
atual)
Derivações práticas do
trabalho de Watson
Propostas de Watson para a educação
“Dêem-me uma dúzia de bebês saudáveis e
bem-formados e ponham-nos em um mundo
criado segundo as minhas especificações e eu
lhes garantirei que posso selecionar qualquer
um, aleatoriamente, e treiná-lo para tornar-se o
especialista que eu quiser...
Independentemente de seus talentos,
propensões, tendências, aptidões e vocações
e da raça de seus ancestrais” (Watson, 1924)
Watson
O pequeno Albert
Interesse no controle prático do
comportamento
Demonstrar que “neuroses” poderiam ser
aprendidas
Mary Cover Jones
Neo-behaviorismo
O neo-behaviorismo:
Tolman,
Hull
e Skinner
Teorias
mediacionais
Edward C. Tolman
(1886-1959)
Edward Tolman (1886 –
1959)
Interpretação molar do comportamento
como intencional;
Invenção do paradigma da variável
interveniente
(o qual Hull complementará);
Distinção efetiva entre aprendizagem e
desempenho.
Edward C. Tolman
Principal obra
O comportamento intencionado em
homens e animais (1932)
Ênfases
Comportamento molar em relação ao
molecular
intencionalidade ou finalidade do
comportamento
Uso de variáveis intervenientes
Comportamento molar x
molecular
Unidade de estudo deveria ser maior que os
movimentos musculares ou reações glandulares
e neurológicas propostos por Watson
Chamados por Tolman de “moleculares”
Comportamento molar dizia respeito a padrões
amplos de comportamento – voltados para um
objetivo
Teoria de campo
Pessoa ou animal desenvolviam um “mapa de
campo” (mapa cognitivo) do ambiente voltado para a
obtenção de uma meta
Finalidade
Todos os comportamentos molares são
voltados a uma finalidade
Comportamento sempre chega a uma meta
Influência do pensamento evolucionista
• Comportamento é adaptativo e tem valor e sobrevivência para a
espécie
Intencionalidade no seu sentido descritivo, e
não causal
Rótulo para aquilo que pode ser inferido por
meio da observação
Aprendizagem Latente
Tolman atacou a noção de que era necessário o
reforçamento para a aprendizagem
A apresentação do estímulo no final não afetava a
aprendizagem
• Apenas influía na motivação do animal para executar a tarefa
com mais rapidez e precisão
Distinção entre aprendizagem e o desempenho
• Reforço agia apenas sobre o segundo
• aprendizagem ocorria automaticamente por meio do contato
com a tarefa
• Daí aprendizagem latente
poderia não interferir
imediatamente no desempenho
Clark Leonard Hull
(1884-1952)
Um sistema hipotético-dedutivo
Clark Hull
Aprendizagem resulta de um aumento
gradual da “força do hábito”
Noção mecanicista de comportamento
Compreensão do comportamento seria
atingida quando se pudesse construir
uma máquina que fosse indistinguível do
ser humano
Clark Hull
Postulado nº 4: Força
do hábito
Aprendizagem ocorre quando há contiguidade
temporal entre estímulo e resposta
• Contiguidade não é suficiente
reforço deve estar
presente
• Reforçadores são estímulos que reduzem impulsos
• Impulso como variável interveniente
• Contiguidade + redução do impulso
aumenta
Força do hábito
Teoria da Redução do Impulso
Noção de reforçadores primários e
secundários
Reforçadores secundários foram associados a
primários
Problemas com as teorias
mediacionais
Apelo às definições operacionais não
solucionavam o problema dos eventos nãoobserváveis
Embora cada pesquisador defendesse que
seus dados confirmavam suas propostas
Dados e explicações continuavam
refutáveis
Polêmica contribuiu para o surgimento do
cognitivismo
Principal ameaça às teorias de Hull e Tolman
Surgimento de B. F. Skinner
B.F. Skinner
B. F. Skinner
Insistência na abordagem descritiva e
ateórica da pesquisa sobre o
comportamento;
Desenvolvimento indutivo da teoria
(determinada pelos dados);
Concepção ateórica do reforço;
Propostas do behaviorismo
radical para a ciência do
comportamento
B. F. Skinner
Behaviorismo radical
Função do comportamento é importante:
estrutura não explica
Os conceitos em uma explicação devem
estar ao mesmo nível que os fenômenos
a serem explicados e devem ter as
mesmas propriedades que tais
fenômenos (Reese, 1996, pág. 62)
Portanto, o não físico não pode explicar
o físico
Behaviorismo Radical
Objeto de estudo da Psicologia:
Comportamento (e não a mente)
Método de estudo
Observação
Introspecção: só pode ser compreendida
como comportamento socialmente
mediado
Skinner, 1953
Oposição ao behaviorismo “estímuloresposta” de Watson
Um assunto que só possa ser descrito
em termos de tudo-ou-nada [causa e
efeito] só se presta a formas primitivas
de descrição. Há uma grande vantagem
em supor que, em vez disso, a
probabilidade de ocorrência de uma
resposta varie continuamente ao longo
dos extremos tudo-ou-nada.
Skinner, 1953
Poderemos assim lidar com variáveis
que, diversamente do estímulo eliciador,
não "causam a ocorrência de um
determinado
comportamento",
mas
simplesmente tornam a ocorrência mais
provável. Poderemos então lidar, por
exemplo, com o efeito combinado de
várias destas variáveis.
Análise Funcional e Relação
Funcional
Relação funcional substitui a noção de
relação causal
“As variáveis externas, das quais o
comportamento é função, dão margem
ao que pode ser chamado de análise
causal ou funcional. Tentamos prever e
controlar o comportamento de um
organismo individual. Esta é a nossa
"variável dependente" - o efeito para o
qual procuramos a causa.
Aproximação dos
problemas humanos
pela noção de
evolução
Evolução
Processo que selecionou corpos adaptados
às condições ambientais
Corpos preparados para responderem ao
ambiente e a si próprios
Sistemas
Exteroceptivo
Interoceptivo
Proprioceptivo
mundo externo
mundo interno
Sistemas
Estímulos interoceptivos
Sistemas digestivo, respiratório e circulatório.
São estes os principais estímulos aos quais
se reage quando se "sente uma emoção".
Sistemas
Estímulos proprioceptivos
gerados pela posição e pelo movimento do
corpo no espaço e pela posição e movimento
de partes do corpo em relação às outras
partes.
Geralmente respondemos à estimulação
desta espécie em combinação com a
Sistemas
estímulos exteroceptivos (do meio ambiente)
nem sempre identificamos corretamente a
fonte de estimulação.
Ver um objeto e “saber” que está vendo
Passar a mão sobre algo e “sentir” sua
textura
Respondente: estímulos e
respostas
Compõem reflexos
Estímulos
respostas
Ambiente muda
organismo se
adapta rapidamente à mudança
A relação é pré-estabelecida
Variação na sensibilidade
Entre indivíduos da mesma espécie
Explica diferenças individuais
Variação na sensibilidade
Entre indivíduos da mesma espécie
Explica diferenças individuais
• Por ex.: Sensibilidade à luz
Variação na sensibilidade
Entre indivíduos da mesma espécie
Explica diferenças individuais
• Por ex.: Sensibilidade a sangue
Exteroceptivo
mundo externo
Variação na sensibilidade
Entre indivíduos da mesma espécie
Explica diferenças individuais
• Por ex.: Sensibilidade a altura
Outras tantas sensibilidades
Variação na sensibilidade
Durante a vida de um mesmo
organismo
Explica perda ou aquisição de
sensibilidades a estímulos
Alterações observadas nas
relações
Devem-se à evolução: organismos que
sobreviveram, mesmo sem responder a
aspectos do ambiente
Por exemplo, cegos, surdos, etc.
Não se constituem em “psico” patologias
Têm necessidades “especiais”
por outras ciências
• Fisiologia
• Genética
• Biologia
explicadas
Controle respondente
(Skinner, 1953) Sob Seleção Natural
Aprendizagem reflexa reflete
aspectos do ambiente que não
mudam de geração
Força da gravidade
Ameaças à integridade física do
organismo
No entanto, alguns tipos de
sensibilidade neste nível revelam
psico-patologias
Que estímulo vinha sendo apresentado
em todas as lâminas desta
apresentação, que sumiu “de repente”?
Ele estava colocado “ali”
Inibição latente: ficamos “insensíveis” a
estímulos
OUTRA SENSIBILIDADE:
PAREAMENTO
Característica especial da
evolução
Sensibilidade a pareamento entre
estímulos
Estímulo neutro que antecede
fielmente um estímulo incondicionado
Controle respondente
Cunninghan (1998, p.520):
“Um dos mais intrigantes aspectos do
condicionamento pavloviano é a
habilidade adquirida do Estímulo
Condicionado (CS) eliciar ou controlar
uma nova resposta na ausência do
Estímulo Incondicionado (US)
previamente associado ao CS. Esta
alteração nas propriedades funcionais do
CS (...) ilustra uma notável adaptação
às condições ambientais (...)”
Que mudam rapidamente, diria Skinner
Controle respondente
Fatores a serem levados em conta:
Natureza dos estímulos
(intensidade>, resposta >, latência <)
Relações temporais entre estímulos
Condicionamento atrasado, simultâneo,
traço e reverso
Número de pareamentos entre os estímulos
Exposições prévias aos estímulos
condicionados (inibição latente)
Condicionamento respondente
de ordem superior
Generalização do condicionamento
respondente: Evitação de banca de jornais
Revista
(Leitura na Ruído da
broca
sala de
espera)
banca
• Contração
muscular
• Aumento bat.
cardíaco
• Stress
• Medo
• ansiedade
Broca do
dentista
Dor (UR)
dor
• Contração
muscular
• Aumento bat.
cardíaco
• Stress
• Medo
• ansiedade
Condicionamento respondente
de ordem superior
Pode ocorrer entre estímulos físicos e
estímulos verbais
Morte
estados de tristeza (são
evitadas)
Raio de sol
estados de alegria
(Dygdon, Conger & Strahan, 2004; Wu et al, 2005, citados
em Sturmey, Ward-Horner, Marroquin & Doran, 2007)
Problemas sexuais podem ser
adquiridos desta forma
Em resumo:
Nas relações respondentes o organismo
se adapta a mudanças ocorridas no
ambiente
A resposta (na relação) não muda o
ambiente que a produz
No entanto, uma vez ocorrida, a
resposta pode mudar o ambiente: a
relação começa a tornar-se operante
RELAÇÕES OPERANTES
Operante
Resposta ocorre (organismo muda) e
a resposta muda o ambiente
Essa mudança age sobre a
probabilidade do responder.
Assim, se a chance do bebê
fazer determinadas coisas
for igual, como apresentado
nesta pizza
chorar
20%
girar a cabeça
20%
mover pernas
20%
E, se ela estiver há
muito tempo sem
tomar água e sua mãe
resolver apresentar
água a ela, quando ela
estiver movendo as
pernas
dormir
20%
mover braços
20%
água
A apresentação da água
modificará o bebê da
seguinte maneira:
chorar
20%
girar a cabeça
20%
Agora, dentre tudo
o que o bebê
“sabe” fazer, mover
as pernas tornouse mais provável
quando o bebê
estiver com sede.
mover pernas
20%
dormir
20%
mover braços
20%
Um exemplo: o caso
de Pedro
Este é o Pedro
Um menino de 16 anos
de idade, que tem baixa
auto-estima.
Ele está procurando
ajuda profissional para
enfrentar esse problema.
Como ajudar o Pedro?
A Psicologia
se propõe a ajudar
A Análise do Comportamento
se propõe a ajudar
De sua forma peculiar....
Se quisermos “entender” a baixa
auto-estima de Pedro, vamos
começar olhando a sua história
Este era o Pedro,
quando ele tinha 12 anos.
Pedro acaba de descobrir
uma comida que é
fantástica:
O BIG MAC!!!!
Pedro descobriu o Big Mac
comendo
EM UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE PEDRO EM COMER
UM BIG MAC NÓS TERÍAMOS:
BIG MAC = AMBIENTE
PEDRO = ORGANISMO
A relação entre a ação do
organismo e a mudança
ambiental nós chamamos de
comportamento: neste caso, o
comportamento de comer
Dessa relação entre organismo e
ambiente, chamada de comportamento,
ambos saem modificados
No ambiente, agora, não existe mais o BIG MAC
Onde está o BIG MAC, depois que Pedro o
comeu e ocorreu a digestão?
Agora o Big Mac faz parte
de Pedro
Pedro agora é um organismo
modificado
O organismo “Pedro” é agora
composto dos elementos
absorvidos do ambiente “Big Mac”
Se ele tivesse comido uma salada
de rúcula, seu corpo teria agora
outra constituição
Mas, o organismo
“Pedro” não se
modificou apenas em
sua constituição de
elementos
químicos
Ele mudou em outras
dimensões biológicas
também
Antes de comer um Big Mac, Pedro comia outros
tipos de alimentos, que o constituíam enquanto
organismo!
A probabilidade de
Pedro consumir
alimentos saudáveis era
alta
A probabilidade de Pedro consumir Big Macs não
existia porque o ambiente no qual ele estava
inserido não os apresentava.
Mas Pedro foi ao aniversário de
seu colega de classe, e comeu
Big Mac
A partir daí as probabilidades de ingestão de alimentos de
Pedro mudaram, porque agora ele também é um
organismo modificado nessa dimensão
A probabilidade de Pedro comer
alimentos saudáveis diminuiu
A probabilidade de Pedro comer
Big Macs aumentou
Diz-se, então, que Big Macs são estímulos
reforçadores para o comportamento de
escolha de alimentos de Pedro
E quanto mais os Big Macs reforçam o comportamento de
escolha de alimentos
MAS SUA
E de ingestão de Big Macs
RELAÇÃO
Mais o organismo Pedro foi tomando uma forma que
é passível de críticas sociais
COM
BIG MACS NÃO
MUDOU!!!!
Pedro foi gradativamente sendo modificado em sua
composição corpórea
E suas relações com as pessoas foram ficando cada
vez mais sofridas para ele
Parte do seu comportamento começou a mudar:
por causa das críticas, Pedro começou a evitar as
pessoas
Porque a relação com o
reforçador não mudou
Outros processos tais como punição
(chacota, repreensão, etc)
Não produzem efeito significativo
sobre o responder de Pedro
O repertório comportamental de Pedro foi se
modificando à medida que seu corpo também se
modificava, sofrendo a ação do reforçamento
(por Big Macs) e da punição (por outras pessoas)
Hoje, conhecemos Pedro
Como um organismo, que sofreu as influências
do contato frequente com Big Macs e das críticas
de outras pessoas
Além de ser um organismo considerado
obeso, Pedro é uma pessoa com baixa
auto-estima
Pedro tem então hoje, vários comportamentos
que foi “aprendendo” na relação com seu
ambiente: entre outros, destacamos até aqui
comer Big Macs e esquivar-se de pessoas
A esse conjunto de comportamentos que Pedro
sabe fazer nós chamamos de
“Repertório Comportamental”
Mas, onde está o
repertório comportamental
de Pedro?
Pedro nasceu preparado para entrar em contato
com o mundo
Um corpo que reagia a elementos do mundo
porque os membros de sua espécie
(especialmente seus pais), também foram
sensíveis a esses elementos...
Mas, embora Pedro fosse semelhante a seus
pais, ele não era idêntico
Seu corpo nasceu diferente de como
Sua mãe nasceu
Seu pai nasceu
Além das características
corpóreas de Pedro serem
diferentes das dos seus pais
A sensibilidade de Pedro a estímulos
do ambiente também não era idêntica
à de sua mãe, e nem idêntica à de
seu pai.
Era uma combinação complexa da
sensibilidade de ambos (uma
expressão gênica)
Assim, embora Pedro fosse da
mesma espécie a que
pertenciam seus pais
Ele era um organismo totalmente
novo.
Era semelhante, mas não idêntico!
Este é o primeiro nível de seleção dos
comportamentos: o nível filogênico
Sensibilidades inatas ao mundo
variam entre os organismos neste
nível...
Pedro era sensível a alguns
aspectos do seu mundo como
seus pais
Seres humanos são dependentes de:
•
•
•
•
•
•
•
Alimento
Água
Limpeza
Sono
Equilíbrio térmico (roupas, contato físico)
Desconforto físico (gástrico, etc.)
Contato físico
E Pedro ficava por vezes
“mais sensível” temporariamente
a alguns deles
Assim, por exemplo, se ficasse muito
tempo sem ser dada água a ele,
Pedro ficava agitado e chorava
Não adiantava sua mãe dar-lhe
comida
Não adiantava sua mãe dar-lhe calor
ou afeto...
Pedro só parava se sua mãe lhe
desse água
Tecnicamente diz-se que há algumas
operações motivadoras que tornam
temporariamente o organismo mais
sensível a alguns aspectos do mundo
Ou seja, reforçadores dependem da
condição do organismo para atuarem
sobre o comportamento (operações
motivadoras):
Privação, estimulação aversiva, etc.
Estamos falando do nível filogenético
de determinação do comportamento.
Esta sensibilidade temporária
está ligada à sobrevivência!
Os aspectos do mundo listados são
essenciais para a sobrevivência do
organismo e por isso, são chamados de
reforçadores naturais, ou primários
Mas, algumas vezes, o organismo não
precisa deles, e em geral, os evita.
(vc já viu o que uma criança que não
esteja com sede faz quando lhe dão
água?)
A sensibilidade aos aspectos
do mundo é tão importante que
Toda hora em que esse aspecto do
mundo entra em contato com o
organismo, o modifica, selecionando
a ação que o antecedeu
Assim, os
reforçadores primários
“modelam” os
repertórios
comportamentais
A partir de repertórios respondentes
e/ou espontâneos
Até 1 ano
Reforçadores primários
Agem sobre:
Coordenação motora
“grossa”
Aquisição de fala
(mando)
“liberdade” de ação
Reforçadores
secundários/
generalizados/
adquiridos
Contato físico
Locomoção
Atenção
Que além de agirem
sobre respostas, são
reforçadores em si
(intrínsecos)
Comportamento verbal
Controle operante
Controle pela conseqüência
Em problemas de atraso de
desenvolvimento, 4 principais categorias:
1. Auto-estimulação (auto-reforçadora)
(hipótese dos opiáceos em autolesão)
Estereotipia (vibração)
Manipulação (tricotilomania)
Controle operante
2. Obtenção de atenção social (generalizado)
3. Obtenção de reforçadores tangíveis
4. Esquiva de tarefas indesejadas
Indicam problemas na comunicação social para
obtenção ou remoção de reforçadores
Função comunicativa (Sprague & Horner,
1999)
Podem indicar também operações
estabelecedoras (aversividade)
Controle operante
Aquisição de novas respostas, ou modificação
de respostas operantes
Magnitude da consequência
Privação e/ou operação estabelecedora
História prévia de reforçamento
Para ser efetiva, a consequência deve ser
Imediata
Contingente
Intermitente
De 1 a 4 anos...
Aquisição do controle motor “fino”
Aquisição do controle verbal mais
“extenso” (mando + tato)
Habilidades com materiais
preparatórios para a escola
Início do comportamento simbólico
Possibilidade de brincar sozinho (sem
o outro)
Ambiente passa a exigir, gradativamente,
exigem que respostas sejam emitidas para a
liberação de alguns reforçadores
Remete a habilidade = repertório
comportamental
Nível ontogenético
5-11 anos
Socialização (escola)
Incentivo da
independência
Comparações
Dentro / fora
Acima / abaixo
Direita / esquerda
Maior / menor
melhor / pior
Igual / diferente
Expansão do
ambiente social
Fontes de reforço:
Professora
Colegas
Mães / pais / irmãos
de colegas
5-11 anos
Início de educação
moral e religiosa
Expansão maior do
ambiente
Bom / Mau
Conceitos mais
abstratos
Bem / Mal
Bondade / Ruindade
Conceitos estéticos
Bonito / Feio
Aquisição de um novo
reforçador generalizado:
Dinheiro
Comportamento de seguir
regras é valorizado
PASSOS IMPORTANTES PARA A
IDENTIFICAÇÃO OPERANTE DO
CONTROLE DO COMPORTAMENTO
Lei da Igualação
A
E
B
D
C
Lei da Igualação
A
A
B
E
C
D
Lei da Igualação
A
A
B
E
D
Lei da Igualação
A
E
B
D
C
Pierce & Epling, 1995
Lei da Igualação
Parâmetro
do reforço
Cpto.
Problema
Cpto.
solução
Imediaticidade
Atrasado
Imediato
Taxa
Reduzir ou
eliminar
Aumentar
Qualidade
Usar baixa
Eliminar alta
Eliminar baixa
Usar alta
Custo
Alto
Baixo
Controle operante
Aumento do responder mais
“adaptado” (sem ou com menor
aversividade)
Se os reforçadores forem substituíveis
Por meio de:
• Melhoria no esquema de reforçamento
• Atraso no reforçamento da resposta
“menos” adaptada
• Aumento na magnitude do reforço para a
resposta mais “adaptada”
Controle operante
Diminuição do responder menos
“adaptado” (com maior aversividade)
Se os reforçadores forem substituíveis
Por meio de:
• Reforçamento diferencial de respostas
alternativas
• Atraso no reforçamento da resposta
“menos” adaptada
• Aumento na magnitude do reforço para a
resposta mais “adaptada”
Duas possíveis fontes para a
patologia do comportamento:
Falk & Kupfer, 1998
Deve-se perguntar se o comportamento
“transtornado” é primariamente
Uma resposta anormal para uma situação
normal
• Indica problema constitucional e deve ser
respondido pela Biologia, Medicina, Neurologia,
Psiquiatria, Genética, etc.
Uma resposta normal para uma situação
extrema ou desordenada
• Âmbito de estudo da análise do comportamento
Análise do comportamento
Uma das linhas da psicologia
Considera o comportamento enquanto
uma característica biológica dos
organismos: a relação entre as ações
dos organismos e as mudanças do
ambiente
Procura alinhar a Psicologia às Ciências
Naturais
Análise do comportamento
Enquanto Ciência Natural
Busca:
Previsão
Controle
Interpretação
Sobre seu objeto de estudo
(o comportamento enquanto uma relação)
Análise do comportamento
Enquanto Ciência Natural:
Monista
Fisicalista
Objeto de estudo
observável e quantificável
Método: experimental
Conhecimento por indução (coleção
de dados, que, organizados compõem
um conhecimento)
Análise do comportamento
Objeto de estudo da Psicologia:
Mente não é observável
Comportamento dos Organismos é
Comportamento enquanto objeto de
estudo (deixa de ser sintoma de
problema mental)
Topografia X função
Comportamento é relação: entre
ações do organismo e ações do
ambiente
Análise Comportamental
dos Eventos privados:
o caso das
Emoções
Roberto Alves Banaco
PUC-SP
Paradigma: Núcleo de Análise do Comportamento
135
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CRÔNICA
DE
MARIO PRATA
136
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Saudade é quando o momento tenta fugir
da lembrança para acontecer de novo
e não consegue.
137
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Lembrança é quando,
mesmo sem autorização, seu pensamento
138 reapresenta um capítulo.
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Angústia é um nó muito apertado bem
no meio do sossego.
139
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Preocupação é uma cola
que não deixa o que ainda não aconteceu,
sair
de
seu
pensamento.
140
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Indecisão é quando você sabe muito bem
o que quer mas acha que devia querer
outra coisa.
141
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Certeza é quando a idéia cansa
de procurar e pára.
142
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Intuição é quando seu coração dá um
pulinho
no futuro e volta rápido.
143
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Pressentimento é quando passa em você
o trailer de um filme que pode ser que nem
exista.
144
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Vergonha é um pano preto que você quer
pra se cobrir naquela hora.
145
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Ansiedade é quando sempre faltam
muitos146minutos para o que quer que seja.
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Interesse é um ponto de exclamação ou
de interrogação no final do sentimento.
147
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Sentimento é a língua que o coração usa
quando precisa mandar algum recado.
148
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Raiva é quando o cachorro que mora em
você mostra os dentes.
149
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Tristeza é uma mão gigante
que aperta seu coração.
150
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Felicidade é um agora que não
tem pressa nenhuma.
151
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Amizade é quando você não faz questão
de você e se empresta pros outros.
152
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Culpa é quando você cisma que podia ter
feito diferente, mas geralmente, não podia.
153
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Lucidez é um acesso de
loucura ao contrário.
154
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Razão é quando o cuidado aproveita que a
emoção está dormindo e assume o
mandato.
155
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Vontade é um desejo que cisma que você
é a casa dele.
156
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Paixão é quando apesar da palavra
¨perigo¨ o desejo chega e entra.
157
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AMOR é quando a paixão não tem outro
compromisso marcado.
158
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Não... Amor é um exagero... também não. Um
dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um
destempero, um despropósito, um
descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque
não tem159explicação, esse negócio de Amor, não
sei explicar.
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O que são
emoções?
160
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Emoções
Muitos nomes, muitas explicações
Emoções
Paixões
Afetos
Sentimentos
Estados de ânimo
Estados subjetivos
161
Engelmann, A (1978). Os estados subjetivos: uma
tentativa de classificação de seus relatos verbais.
São Paulo: Ática.
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Emoção e Ciência
Tem sido descrita como:
Conjunto de respostas reflexas (especialmente as
que são de interesse prático para as outras pessoas)
Operações de motivação (ou estabelecedoras)
Interferência sobre o comportamento operante em
ação
Tendência a certas respostas
Expressões (que sofrem efeito operante e podem ser
distintas em diferentes culturas).
162
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Nomenclatura das Emoções
(continuação)
RESPOSTAS EMOCIONAIS
= topografia
COMPORTAMENTO EMOCIONAL
= relações funcionais entre estímulos e respostas.
163
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Comportamento emocional
Traz vantagens claras para a análise do
comportamento já que localiza a(s)
resposta(s) emocional(is) em contingências
de três termos.
Santecedente
R
Sconseqüente
Reflexo
incondicionado (filogenético )
e condicionado (ontogenético)
164
Operante
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(ontogenético e cultural)
Seleção por
contingências
1.
2.
3.
Nível filogenético (da espécie / dos genes)
Nível ontogenético (da pessoa / do repertório)
Nível cultural (do grupo / da cultura)
Skinner
165
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1º nível de seleção:
filogenético
Seleção: garante que seja comum a
todos os membros da espécie
Variação: intensidade que atinge cada
membro da espécie pode ser diferente
166
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Emoção
Conjunto de reflexos (portanto, estímulos que
provocam -eliciam- respostas).
Incondicionados
• “em algumas espécies, morder, golpear e arranhar
parece ter sido fortalecido durante a raiva antes
que o condicionamento pudesse ter lugar. Essas
respostas geram gritos de dor e outros indícios de
dano” no oponente
• Esta característica deve ter sido selecionada no
nível filogenético
167
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1º nível de seleção: filogenético
Explicações respondentes para
a Emoção
Três emoções básicas:
Emoção
RAIVA
Eliciadores
IMPEDIR OS MOVIMENTOS DA CRIANÇA SEGURANDO SUA FACE
OU CABEÇA; OU SEGURAR SEUS BRAÇOS
FORTEMENTE JUNTO
AO CORPO
Definição watsoniana
das emoções de uma
criança como padrão
reflexo, compilada
por
168
Tolman (1923).
Respondentes
CHORAR, GRITAR, ENDUREC
ER O CORPO. MOVIMENTOS
COORDENADOS DE
GOLPEAR E BATER DE MÃOS
E BRAÇOS. LEVANTAR E
ABAIXAR PÉS E PERNAS.
PRENDER A RESPIRAÇÃO.
Millenson,
J.R. (1967/1975) Princípios da Análise do
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Comportamento. Brasília: Coordenada
Explicações respondentes
para a Emoção
Três emoções básicas:
Emoção
MEDO
169
Eliciadores
Respondentes
REMOVER SUBITAMEN- RETENÇÃO SÚBITA DA
TE TODOS OS MEIOS
RESPIRAÇÃO. SEGURAR-SE.
DE SUSTENTAÇÃO
PISCAR OS OLHOS. FRANZIR
(DEIXAR CAIR). SOM
OS LÁBIOS. CHORAR.
ALTO. EMPURRAR DE
REPENTE OU BALANÇAR LEVEMENTE (LOGO QUE ADORMECER).
PUXAR DE REPENTE O
COBERTOR (QUANDO
ESTÁ ADORMECENDO)
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Explicações respondentes
para a Emoção
Três emoções básicas:
Emoção
ALEGRIA
170
Eliciadores
ACARICIAR OU MANIPULAR ZONA ERÓGENA.
FAZER CÓCEGAS, BALANÇAR, EMBALAR
SUAVEMENTE. DAR TAPINHAS LEVES. COLOCAR EM DECÚBITO
VENTRAL NO JOELHO
DO ASSISTENTE
Respondentes
SE ESTIVER
CHORANDO, PARA DE
CHORAR. APARECE UM
SORRISO. EMITE SONS.
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Apresentação de estímulo
aversivo
Terror
Apresentação de
estímulo positivo
Ansiedade
Apreensão
Ira
Retirada de
estímulo positivo
Raiva
Aborr
Prazer Êxtase
Alívio
Sossego
Calma
171
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Retirada de estímulo
aversivo
Ansiedade como conjunto de reflexos:
reação fisiológica a eventos incertos, mas potencialmente
aversivos
Reações fisiológicas descritas para ansiedade:
Alta freqüência cardíaca com reações na
respiração, transpiração e pressão sanguínea
Também são vistas em várias outras situações:
Perigo real (medo)
Presença de reforçador depois de extrema
privação (“fissura”)
Na busca de vários tipos de reforçadores (sexo;
drogas; alimento)
Esportes radicais
Portanto, não são suficientes para definir
172
ansiedade
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2º nível de seleção:
ontogenético
Adapta os indivíduos a mudanças rápidas
no ambiente
Diferenças observadas no nível filogenético
tornam-se mais marcantes
Individualiza ainda mais a análise possível
173
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Relações emocionais
operantes
Skinner (1974)
O processo de condicionamento operante
suplementa a seleção natural
indivíduo deve ser “sensível” a estímulos
que o mantenham vivo
• “trabalhar” por “reforçadores primários”
• “evitar” estímulos “danosos”
174
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Emoção
Conjunto de reflexos (portanto, estímulos que
provocam – “eliciam” – respostas).
Condicionados
• Treinar um soldado é em parte condicionar respostas
emocionais. Se retratos do inimigo, sua bandeira, etc., forem
associados a histórias ou fotografias de atrocidades, uma
reação agressiva semelhante provavelmente ocorrerá
quando o inimigo for encontrado. As reações favoráveis são
obtidas em geral da mesma maneira. Respostas a alimentos
apetecíveis são facilmente transferidas para outros objetos.
Assim como "detestamos" a bebida ou o fumo que nos
deixam doentes, também "gostamos" dos estímulos que
acompanham alimentos agradáveis.
Selecionada
nos níveis
filo e ontogenético
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175
O que é ansiedade?
Ansiedade é quando sempre faltam
muitos minutos para o que quer que
seja.
176
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Um passo além no
entendimento das emoções:
2º nível de seleção: ONTOGENÉTICO
interações de relações respondentes sobre
operações operantes
Paradigma da ansiedade:
Supressão condicionada
177
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178
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Sentimentos no nível
ontogenético
Diz-se que os sentimentos são
as causas do comportamento
Thorndike
Lei do efeito
• Organismos se aproximam do
que é sentido como agradável
• Organismos se afastam do que
é sentido como desagradável
179
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“Ser sensível” = sentir...
Aparentemente:
R
SE SENTE NA PELE
E
F
PARECE AOS OLHOS
O
SOA
R
CHEIRA
Ç
SE EXPERIMENTA NO
GOSTO
A
D
O
R
180
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COMO
“BOM”
No entanto:
... Do ponto de vista da teoria
evolucionista, a susceptibilidade ao
reforçamento é devida ao seu valor de
sobrevivência, e não a qualquer
sentimento a ele associado.
... Os sentimentos são meramente
produtos colaterais das condições
responsáveis pelo comportamento
181
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Uma interpretação para a
evolução...
O mesmo pode ser dito sobre os reforçadores
operantes.
Sal e açúcar são elementos críticos [para a
sobrevivência], e indivíduos que foram
especialmente reforçados por eles aprenderam
mais efetivamente onde e como obtê-los
e por conseguinte, foram mais provavelmente
passíveis de sobreviverem e transmitirem essa
susceptibilidade para a espécie.
182
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Uma interpretação para a
evolução...
Tem sido apontado freqüentemente que competição
por uma parceira tende a selecionar os membros da
espécie mais hábeis e fortes, mas [tal competição]
também seleciona aqueles mais susceptíveis a
reforçamento sexual.
Como um resultado, a espécie humana, tanto quanto
as outras, é fortemente reforçada por açúcar, sal e
contato sexual.
Isso é muito diferente de afirmar que essas coisas
reforçam porque são gostosas ou agradáveis.
183
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Sentimentos e reforçamento
Estou satisfeito
Eu gosto de
Eu amo
Eu aprecio
saciação
B
Parecem sentimentos
R
São probabilidades
de ação:
A
H
Eu me agrado
com
M
184
S
Ouvir o rádio quando está tocando
Brahms ao invés de desligá-lo
Comprar CDs de Brahms
Ir a concertos nos quais se toca
Brahms.
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Sentimentos e reforçamento
Dizer “Eu amo minha mulher”
(parece ser um relato de sentimentos)
Envolve uma probabilidade de ação:
Disposição para fazer o que ela gosta
Gostar de ter feito o que ela gosta
O inverso é verdadeiro:
Não estamos dispostos a fazer nada para/com alguém de
quem185
“não gostamos” (ou
especialmente a quem
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“odiamos”)
Sentimentos e reforçamento
Probabilidade de ação depende da
história de reforçamento
Condições corporais podem ser sentidas
ou observadas introspectivamente (depois
falaremos mais disto).
186
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Sentimentos e reforçamento
Quando uma ação é quase sempre
reforçada
= confiança
~= fé
~= certeza
= senso de poder e/ou potência
= onipotência, e
= interesse
187
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Sentimentos e reforçamento
Sob extinção (ou quando o reforçamento
acontece muito infreqüentemente)
= perda de confiança, certeza, ou senso de
poder
= desde falta de interesse
passando por desapontamento,
falta de coragem,
impotência, e
até depressão
188
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Sentimentos e reforçamento
Extinção logo depois de história de
reforçamento
= frustração
raiva
Ou
= saudade de casa (ausência de condições
para responder)
nostalgia (literalmente querer voltar para
casa e não poder) e
sentir-se abandonado, solitário
189
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Sentimentos e reforçamento
Esquemas intermitentes de reforçamento:
Quando razão entre respostas e reforço é
favorável:
= zelo, diligência, ambição
determinação, obstinação, persistência
excitação ou entusiasmo
dedicação e
compulsão
190
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Sentimentos e reforçamento
Esquemas intermitentes:
Razão “esticada”
ao término da razão:
abulia (falta de vontade) e
exaustão (incapacidade de começar novo
trabalho)
191
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Sentimentos e reforçamento
Esquemas intermitentes:
Razão grande (ou custo da resposta
grande) e reforço de pequena magnitude
= preguiça
192
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Sentimentos e reforçamento
Esquemas intermitentes
Razão variável
= força de vontade
= persistência
= excitação, domínio, vontade de vencer
= persistência (exploração científica, obras
de arte, música, invenção)
= compulsão (jogar patológico) e
193
... = esperança
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Sentimentos e reforçamento
Punição e controle aversivo
= Coerção ou controle coercitivo do
comportamento
194
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Problemas decorrentes do
controle aversivo:
Respostas emocionais intensas, elas
próprias aversivas (ansiedade e raiva)
Redução de repertório (no caso da fuga e da
esquiva)
Não ensina o que deve ser feito, apenas o
que não deve ser feito (no caso da punição)
Debilitação do organismo (privação intensa)
Procrastinação e preguiça (custo de resposta
elevado)
195
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Respostas emocionais
intensas
COMPORTAMENTO EMOCIONAL:
Comportamento incompatível com
aprendizagem de outros repertórios
desejáveis.
Ansiedade -> apresentação de estímulo
aversivo (paralisia)
Raiva -> retirada de estímulo reforçador
positivo (tendência à destruição)
196
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Redução de repertório
Fuga e esquiva
Poucas respostas são capazes de eliminar
os estímulos aversivos
• Mentiras
• Doenças psiquiátricas
• Funções distorcidas (estudar para não tirar
nota baixa)
Aparecem apenas na presença do agente
punidor
Não eliminam a relação reforçadora
197
original
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Ensinam apenas o que não deve
ser feito
Restringe repertório (relação de fuga ou
esquiva aprendida será reproduzida)
Incompatível com aprendizagem de novos
repertórios (afetam a possível relação
reforçadora entre as novas respostas e
seus estímulos mantenedores)
O que deve ser feito é indiscriminável
(como não possibilita a ocorrência de
respostas alternativas, comprometem o
processo de discriminação)
198
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O que são Raiva e
Tristeza?
Raiva é quando o cachorro que
mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante
que aperta seu coração.
199
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F
r
e
q
u
ê
n
c
i
a
Apresentação do estímulo dependente da
resposta do indivíduo
Depressão
Depressão
Depressão
Depressão
Vergonha
Baixa autoestima
Culpa
Vergonha
Revolta
Depressão
Depressão
Impotência
Angústia
Inabilidade
Culpa
Raiva de si
Raiva
Contrariedade Inconformismo Vergonha
aborrecimento Contrariedade Inconformismo
intensidade do estímulo
200
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Depressão
Angústia
Culpa
Raiva
Raiva de si
Depressão
(suicídio)
Depressão
Depressão
Depressão
Angústia
Culpa
S+ ou S-
F
r
e
q
u
ê
n
c
i
a
Apresentação do estímulo independente da
resposta do indivíduo
Depressão
Depressão
Depressão
Cólera
Depressão
Depressão
Ira (“azar”)
Tristeza
Depressão
Raiva
Angústia
Tristeza
(“perseguição
“Bronca”
Revolta
Angústia
Contrariedade Inconformismo
Raiva
aborrecimento Contrariedade Inconformismo
intensidade do estímulo
201
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Depressão
Depressão
Depressão
Depressão
Depressão
Angústia
Choque
Impacto
Depressão
(suicídio)
Depressão
Depressão
Depressão
Depressão
Angústia
Tristeza
S+ ou S-
E x tin ç ã o
In íc io
S
D
- R 1- S 1+
M e io
S
D
- R 1- S 1+
F im
S
D
- R 1- S 1+
H is t.
R e fo rç a m e n to
F o rte
Ira
In c o n s tâ n c ia
T ris te z a
M é d ia
R a iv a
D e s â n im o
T ris te z a
F ra c a
202
In c e rte z a
P a ra lis a ç ã o
T ris te z a
In s e g u r a nwww.nucleoparadigma.com.br
ça
D e p re s s ã o
C o n flito
A p r o x im a ç ã o a p r o x im a ç ã o
SD
H is t.
R e fo r ç a m e n to
F o rte
R 1- S 1+
A p r o x im a ç ã o e s q u iv a
S D– R –
R 2 – S 2+
S+
e
S-
E s q u iv a e s q u iv a
SD
R 1- S 1R 2 – S 2-
“p e n a ”
In c e rte z a
R a iv a
p e rd a
D ú v id a
In c e rte z a
In c e rte z a
R a iv a
D ú v id a
P a r a lis a ç ã o
A n g ú s tia
In c e r te z a
P a r a lis a ç ã o
In s e g u ra n ç a
T r is te z a
M é d ia
F ra c a
203
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P a r a lis a ç ã o
R e f o r ç a m e n to
e P u n iç ã o
H is t.
R e f o r ç a m e n to
P u n iç ã o
S D - R 1- S 1+
S -
R e f.
R a g re s s
R e f.
R tr is te
S D – R a g re s s - S +
S D – R tr is te – S +
F o r te
Ir a
D iv e r s ã o
“M a n h a ”?
M é d ia
R a iv a
D iv e r s ã o
“ a n s io s a ”
“ c h a tic e ” ?
A n s ie d a d e ?
A p a t ia ?
F ra c a
204
In c e r te z a
P a r a lis a ç ã o
In s e g u r a n ç a
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Uma análise
comportamental
completa das emoções
O 3º nível de seleção: cultural
205
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3º nível de seleção:
cultural
Comportamento social surge (na história filogenética) porque um
organismo é importante para o outro como parte de seu ambiente
Muitos dos reforços requerem a presença de outras pessoas =
Reforço Social
Alimento= reforçador primário
Mãe alimentar a criança= reforço social
206
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3o. nível de seleção
O “outro” como parte importante do
ambiente
Ambiente social
Comportamento social
Cultura
207
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O ambiente social
Especial importância ao reforço generalizado:
Atenção
Aprovação
Afeição
Submissão
Reforço negativo
Estimulação aversiva incondicionada (p.ex. “surra”)
Desaprovação
Desprezo
Ridículo
Insulto
208
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O episódio social
Episódios verbais
“Emoções sociais”
Amor, amizade, favor = tendência a
reforçar o outro
209
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O que é amor?
Amor é um exagero... também não. Um dilúvio, um
mundaréu, uma insanidade, um destempero, um
despropósito, um descontrole, uma necessidade, um
desapego?
Talvez porque não tenha sentido, talvez porque não
tem explicação, esse negócio de Amor, não sei
explicar.
210
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Vida
É o Amor existencial.
211
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Razão
É o Amor que pondera.
212
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Estudo
É o Amor que analisa.
213
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Ciência
É o Amor que investiga.
214
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Filosofia
É o Amor que pensa.
215
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Religião
É o Amor que busca Deus.
216
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Verdade
É o Amor que se eterniza.
217
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218
Ideal
É o Amor
que se eleva.
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219
Fé
É o Amor que
se transcende.
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Esperança
É o Amor que sonha.
220
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221
Caridade
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É o Amor
que auxilia.
Fraternidade
É o Amor que se expande.
222
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Sacrifício
É o Amor que se esforça.
223
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Renúncia
É o Amor que se depura.
224
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Simpatia
É o Amor que sorri.
225
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Trabalho
É o Amor que constrói.
226
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Indiferença
É o Amor que se esconde.
227
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Desespero
É o Amor que se desgoverna.
228
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Paixão
É o Amor que se desequilibra.
229
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Ciúme
É o Amor que se desvaira.
230
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Orgulho
É o Amor que enlouquece.
231
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Sensualismo
É o Amor que se envenena.
232
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Finalmente, o Ódio, que julgas ser a antítese do
Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu
gravemente.
233
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Francisco Cândido Xavier
Amor
(Skinner, 1989)
Crítico do behaviorismo
“Eu te amo” = “Você me reforça”
Bons Behavioristas diriam
“Você reforça meu comportamento”
234
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Gregos: três palavras para
“Amor”
Eros:
Parte do amor derivada da seleção natural
Partilhamos com outras espécies
Amor sexual
• Sofre influências do reforçamento operante
• Variações sexuais
Amor parental
• Erótico diferente de sexual
235
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Gregos: três palavras para
“Amor”
Philia
Um amor de condicionamento operante
Somos reforçados a procurar
• Obras de arte (pintura, literatura, música)
• Estudos (filosofia = amor à sabedoria)
• Autores, Lugares, Personagens de
ficção, Assuntos, tipos de pessoas
• Amigos (nenhum interesse erótico)
236
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Gregos: três palavras para
“Amor”
Ágape
Processo de evolução cultural
Não é o nosso comportamento, mas o
comportamento de quem amamos que é
reforçado
O efeito é sobre o grupo
Ao demonstrar que sentimos prazer pelo
que a pessoa fez, reforçamos o fazer, e
assim, fortalecemos o grupo
237
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Natureza reversa do
reforçamento
Ocorre em Eros (agrada-se um amante
porque nosso próprio prazer é aumentado)
Ocorre também em Philia (ajudamos a
salvar Veneza porque podemos desfrutar
de sua beleza)
Em Ágape, são artificiais: são inventadas
pela cultura – reforçamento é indireto.
238
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Emoções como
subprodutos culturais
Homens “sentem” diferente de
Mulheres?
239
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Atração sexual
240
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E. Frio
S. relaxado
ira
pudor
Carinho
Apesar das
diferenças
Contingências são semelhantes
Algumas emoções nos três níveis
241
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Inveja e Ciúme
Inveja:
1. Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de
outrem
2. Desejo violento de possuir o bem alheio
Ciúme:
1. Sentimento doloroso que as exigências de um amor
inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a
suspeita ou a certeza de sua infidelidade fazem nascer
em alguém;
2. Emulação, competição, rivalidade;
3. Despeito invejoso; inveja;
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242Receio de perder
4.
alguma coisa; cuidado, zelo.
Inveja e Ciúme
1.
Elementos comuns para a análise:
Existência de outrem, portanto, as
contingências envolvidas são sociais
1.
2.
Inveja: outrem que possui algo desejável
(coisa, habilidade, situação)
Ciúme: outrem que ameace a posse de alguém
ou alguma coisa
2. Posse
1.
2.
Inveja: de “algo” que não se tem
Ciúme: de algo ou alguém que já se “tem”
243
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Inveja
Outrem possui algo “desejável”
Privação que pode ser satisfeita
Alguém já satisfez tal privação
Privação e existência de reforçador no
meio social
Existem meios de obtenção de tal
reforçador
Por meio de respostas
Por meio de ambientes mais favoráveis
244
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Inveja
Existem meios de obtenção de tal
reforçador por meio de respostas
Aumento de repertório (imitação)
Procura por ambientes mais favoráveis
Competição
Roubo
Eliminação do “possuidor”
245
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Ciúme
Ameaça da posse de algo ou alguém que
já se tem
Risco de perda por falta de habilidade
Risco de perda por habilidade maior de
concorrente
Risco de perda por falta de controle sobre
a posse
Risco de perda pela infidelidade
246
Fidelidade = constância, firmeza
nas afeições, nos sentimentos
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Inveja e Ciúme
Controle filogenético
Inveja: Busca de melhores condições de
sobrevivência
• Competição (combate)
• Roubo
• Eliminação do “possuidor”
Ciúme: Defesa de território (para si e para
prole)
• Competição
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247
• Eliminação do “possuidor”
Inveja e Ciúme
Controle ontogenético
Histórias com reforçamento mais
intenso, freqüente e bem sinalizado
tenderão a ser menos prováveis de
apresentarem tais sentimentos
248
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Inveja: Contingências
A
R
S+ ou S+ ou S-
R
S+
Sd
B
A
Sd
R ou R
A
Sd ou Sd
B
Sd
R
B
Sd
249
S+
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Ciúme: Contingências
A
R
S+
R
S+ ou S+ ou S-
C
Sd
R
S+
R
S+ ou não
R
S+
R ou não
B
250
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Inveja
Controle Social
Inveja “boa” (cobiça)
tentar obter reforçadores através de
respostas socialmente aceitas
Alguns tipos de competição
Inveja “má” (lesa comunidade)
251
Obter reforçadores através do roubo
Destruição do outro (material ou
moralmente)
Outros tipos de competição
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Ciúme
Controle Social
Evidências de infidelidade e/ou
competição
Obrigatoriedade de defesa “do que é seu”
Várias respostas “extremas” recebem
atenuantes
Justificada por outros sentimentos
(orgulho-próprio, honra, lealdade, etc.)
Ausência de evidências
Críticas exacerbadas e punições
252
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Mais
genericamente...
Emoção não é causa de comportamento
... Mas, se não é causa, por que terapeutas
analítico-comportamentais continuam investigando
a respeito de comportamentos emocionais?
253
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Evento Encoberto
Entendido como evento sob a pele
Em relação com estimulação externa
Colateral à resposta aberta
Implica em questão de acessibilidade
Apenas o indivíduo teria acesso direto a ele
No entanto, sua discriminação e nomeação
dependeriam da comunidade verbal
254
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“SIGNIFICADO” DO SENTIMENTO
Tato sobre evento encoberto é modelado pela
comunidade verbal
Observação de eventos públicos correlacionados
• Estímulos públicos
• Respostas públicas
Operante verbal: tato
Tatear e discriminar os sentimentos não alcançam
a mesma confiabilidade do tatear objetos públicos
Eventos públicos ganham controle parcial sobre o
tato
255
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Expressando sentimentos
Propósito: informar o ouvinte sobre os
sentimentos do falante
Informa probabilidade de ação do
falante
Cria “intimidade” e “empatia”
Indicativa de contato com variáveis
importantes
256
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Expressando sentimentos
Um continuum
Expressão de sentimentos
(respondentes não verbais)
Expressões falsas de sentimentos
ou
Controle operante sobre expressão de sentimentos
(respondentes que sofreram tbém controle operante)
Comunicação de sentimentos
(operantes verbais)
257
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Eint
parou de digerir o almoço
Eext
rubor
R
SA
Fez
trabalho
Crítica no
emprego
R
FalouFalou
secamente
brandamente
Bateu porta
Fechou porta
Chutou gato
Acariciou gato
Assistiu luta
Evitou luta
Rverbal
Está com Raiva
Estou com Raiva
258
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C
Colegas afastam
não afastam
Grande
Não faz ruído
ruído
Gato foge
não foge
É envolvido na briga
Evita briga
- +
CC
Expressando sentimentos
Desvantagens:
Possibilidade da comunicação sofrer o efeito
operante
(Vantagem: Revela história de vida)
Comunicação ser idiossincrática
(Vantagem: Dá pistas sobre cultura do cliente)
Vantagens
Controle sobre o respondente é bastante limitado
(terapeuta deve ter conhecimento dos
respondentes abertos e “apurar” observação)
Aponta o contato com variáveis de controle
259
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Evitando sentimentos
Há interesse na cultura em limitar a
expressão de afetos
Pessoa “fora de serviço”
Não está atendendo à tarefa que lhe foi
designada
Necessária a demonstração de estar “no
controle”.
260
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Evitando sentimentos
Punição sobre expressão e comunicação
também pune contato com variáveis
controladoras
Diminui oportunidade para discriminação de
aspectos relevantes do controle de
comportamento
Mais um efeito das agências controladoras que a
terapia deve desfazer.
261
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Sentimento
fundamental na
terapia: confiança
262
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Quais seriam as variáveis de
controle do “sentimento de
confiança” ?
“sentimento de confiança” =
tendência maior para apresentar, na
sessão, as respostas punidas fora da
sessão
acompanhada ou não por uma sensação
de tranqüilidade experimentada pelo
cliente
263
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Sentimento de Confiança
Skinner (1978):
Absoluta de que a cadeira e a
escrivaninha o sustentarão
enquanto escreve
Escrivaninhas e cadeiras
similares sempre o
sustiveram
Moderada de que o texto escrito
chegará aos leitores
o Escritos similares usualmente
têm sido publicados
Mediana de que os leitores
chegarão ao final do texto
o Muitos leitores terminaram
de ler seus artigos, nem todos
o Leitores algumas vezes
mudaram seus comportamentos por causa daquilo
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que ele escreveu
Pequena de que os leitores
comportar-se-ão com base no
texto
264
Sentimento de Confiança
Skinner (1978):
“Estou escrevendo um artigo na minha escrivaninha
neste momento porque tenho feito o mesmo tipo de
coisa com algum sucesso em ocasiões
razoavelmente similares. Pelas mesmas razões eu
tenho certos sentimentos de confiança. Mas eu
estou escrevendo por causa das
conseqüências, não por causa dos sentimentos.
Meus sentimentos e meu comportamento são
produtos colaterais (paralelos) da minha história
pessoal”.
Skinner, B.F. (1978) Reflections on Behaviorism and
Society. N.J. - Englewood Clifts: Prentice Hall
265
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“Confiança”
Gradação
Supor
Acreditar
Pensar (no sentido de ter uma opinião)
Saber
Dependentes da história de reforçamento (freqüência)
Freqüência com a qual o comportamento foi reforçado
e/ou punido
[na presença de determinados estímulos – terapeuta]
Skinner, B.F. (1980). Contingências do reforço. São Paulo: Abril
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266
Cultural
Contingências que levam à
confiança na terapia
Ausência de punição
Aumenta probabilidade do cliente emitir
respostas previamente punidas
• Inicialmente as “mais distantes” da resposta punida
• Gradativamente aparecem as mais próximas da
resposta punida
• Dentre elas, o falar sobre antecedentes, respostas e
conseqüências punitivos
Sessão terapêutica
sinaliza, gradativamente, local de segurança
267
(empatia e aceitação)
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Contingências que levam à
confiança na terapia
Garantia de que o resultado do falar valeria a pena
Sigilo das informações apresentadas (todas as
terapias propõem)
Qualidade da análise que o terapeuta propõem
• Levantamento de variáveis controladoras sobre o
problema (diferencial)
• “Guia” deve ser o conhecimento de relações
comportamentais
• O que perguntar / observar
• Processos comportamentais
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268
• Previsão e controle
Outras contingências que
levam à confiança na terapia
Farta apresentação de informações relevantes
“Contrato” de fidelidade a respeito das
informações advindas de pessoas relevantes
Reforçamento de outras respostas não
submetidas à punição
Respostas “desejadas”
Habilidades sociais
Comportamentos clinicamente relevantes
269
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Exemplo: Estudo de caso
Mulher, 36 anos, solteira, doutoranda
de curso de ciências
biológicas, nascida em outro estado
brasileiro
Em relação “paralela” de cinco anos
com um homem casado há doze
anos, residente em seu estado de
origem
Promessa de término do casamento
para assumi-la assim que ela
terminasse seu doutorado e voltasse
270
à cidade natal.
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Exemplo: Estudo de caso
Comportamentos de “desconfiança”
em relação à terapia:
Questionamento da linha teórica
• profundezas X superfícies
“Promessas” de rapidez nos
resultados
Confusão nos objetivos terapêuticos
levava à descrença nos resultados
• Conflito entre o término e a continuidade
do relacionamento
271
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Exemplo: Estudo de caso
Desenvolvimento do trabalho
Encontrar as variáveis de controle sobre a
manutenção da relação: para ela
1.
•
•
•
Reforçadores (primários e secundários)
Freqüência de apresentação dos reforçadores
(intermitência)
Resultados sobre as possíveis respostas a
serem emitidas (manutenção da “espera”;
impedimento de “novos conhecimentos”)
272
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Exemplo: Estudo de caso
Encontrar as variáveis de controle sobre a
manutenção da relação: para ele
2.
•
•
•
Qualidade dos reforçadores (esposa, família
e amante)
Observação do comportamento
(probabilidades de ação em situações de
conflito – história prévia)
Compatibilidade entre o emitido e o relatado
(“ouvir com os olhos”)
273
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Exemplo: Estudo de caso
Clareamento dos objetivos terapêuticos
3.
Dadas as contingências para os dois
Levantar a probabilidade da continuidade do
relacionamento
• E em que termos poderia continuar:
Provavelmente apenas do jeito que estava
Tomada de decisão
4.
Continuidade ou não da relação
•
274
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Exemplo: Estudo de caso
Neste ponto: confiança no método de análise:
Previsibilidade.
Tomada de decisão:
“impediria” a solução rápida para o problema
Critério para uma boa decisão não deveria ser
a rapidez.
Melhor critério: estar junto a ele nessas
condições pior do que estar sem ele.
275
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Exemplo: Estudo de caso
Decisão tomada: a separação
5.
•
Criação de condições para que o
acesso dele a ela fosse impedido:
•
•
•
276
Mudança dos números de telefone
Não abrir as cartas
Apagar mensagens eletrônicas sem ler
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Exemplo: Estudo de caso
Análise: impedimento do acesso dele a
ela prevê que ela não responda às
aproximações dele.
Previsão: ele (sob extinção) tentará de
todas as formas (variabilidade na
topografia)
Controle: Não entrar em contato com
estímulos (os variados contatos) para
impedir sua resposta (que só reforçaria
a resposta dele que desse resultado)
277
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Exemplo: Estudo de caso
Resultados:
Ele procurou de várias maneiras
• Tentou obter números de telefones novos
• Enviou flores, cartas, bilhetes,
• Pediu para que outros falassem com
ela, inclusive arriscando seu casamento
Dada a previsibilidade da
terapia, aumento na confiança
278
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Exemplo: Estudo de caso
6.
Próxima previsão: ele “furaria o cerco”, e
emitiria respostas agressivas
Controle:
continuar não entrando em contato
“preparar-se” para não responder às provocações
Resultados
Ele conseguiu o novo número do celular,
Lotou a caixa postal com impropérios
Ela passou a “divertir-se” com a previsibilidade e
não respondeu às provocações
Confiança maior na terapia
279
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Exemplo: Estudo de caso
Próxima previsão: a primeira trégua
7.
•
•
•
Ele “sumiria”
Ela sentiria no mínimo “curiosidade”
Mas deveria manter-se sem procurá-lo
Duas semanas depois: Previsão: hora dele
“reaparecer”
8.
•
•
Provável nova resposta, com menor
agressividade
Controle: manter-se sem responder
280
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Exemplo: Estudo de caso
Resultados
Ele apareceu na escola em que ela cursava o
doutorado
Ela ficou absolutamente atônita com a
previsibilidade, mas estava preparada para a
“contenção”
A partir daí, confiança total na
terapia.
281
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A investigação de
eventos encobertos na
sessão terapêutica
282
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A investigação sobre os
eventos encobertos na sessão
terapêutica
Hoyt (1980) apud Meyer e Vermes (2001):
“...sessões nas quais houve maior número de verbalizações do
terapeuta e do cliente referentes a eventos privados
(emoções, sentimentos e pensamentos) foram aquelas
melhor avaliadas” (pág. 103)
Dados de Souza e Banaco (não publicados) apontam que a
cliente avaliou igualmente sessões que investigavam
eventos privados e sessões que investigaram apenas
relações entre eventos e respostas abertas.
283
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A investigação sobre os
eventos encobertos na sessão
terapêutica
Ainda assim, a investigação é importante
porque:
Clientes tendem a explicar seus
comportamentos como originados por
eventos privados
284
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A investigação sobre os
eventos encobertos na sessão
terapêutica
Repertório discriminativo dos eventos
privados é bem estabelecido pela
comunidade verbal
Via de acesso às variáveis de
controle, inclusive sobre as formas de
expressão punidas na comunidade verbal
(Zamignani, 2000)
285
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A investigação sobre os
eventos encobertos na sessão
terapêutica
Ainda que os eventos encobertos façam parte de uma
cadeia de eventos (cf. possibilidades apontadas por
Tourinho, 1977 e Kovac, 2000)
“...existem várias formas de obtermos explicações
contingenciais para os sentimentos e emoções relatados
por nossos clientes, e é apenas por conta dessa
possibilidade que é-nos útil perguntarmos a respeito dos
eventos encobertos. (...) Apenas com uma análise
externalista estaremos sendo coerentes com a
abordagem skinneriana”. Banaco, 1999, pág. 141.
286
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Emoções e pensamentos do
terapeuta durante a sessão
Podem ter uma interferência no processo
terapêutico
Emoções parecidas podem ser eliciadas
por contingências de reforçamento
semelhantes
• “Transparência” do terapeuta pode ser
material de análise
287
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Exigências sobre o
terapeuta na sessão
Que seja isento de sentimentos e
preconceitos em relação aos clientes
Que seja “aberto” a todo e qualquer
material apresentado
“entender” o cliente
• Entender =/= Aceitar
No entanto: terapeuta também tem sua
história de reforçamento
288
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História de reforçamento do
terapeuta
Regras que deve seguir para atender:
Pensamentos
Difícil discriminação de “quando” usar o
que a regra descreve
Incompatível com “prestar atenção” ao
conteúdo do que é dito pelo cliente
“lembrar-se das regras e “ouvir discurso
do cliente” são concorrentes
289
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Formação teórica:
“...devido às suas raízes no behaviorismo radical, a PFA
não possui quaisquer posturas racistas ou sexuais.
Não existem modelos de como uma pessoa saudável
deveria ser, ou quais os tipos de comportamentosalvo deveriam estar no repertório... não existem bases
teóricas para decidir quais comportamentos deveriam
estar nos repertórios de uma pessoa sobre ser
membro de grupos raciais, sexuais ou quaisquer
outros. A teoria é neutra com respeito a essas
questões”.
Kohlenberg e Tsai (1987)
290
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Solução de problemas
Conhecimento teórico não é suficiente
Conhecimento de técnicas e seus
resultados também é imprescindível...
“Consumo” de pesquisas básicas e
pesquisas aplicadas
Atualizam o terapeuta com os novos
avanços tecnológicos da área
Auxiliam na escolha de técnicas
adequadas a cada caso em atendimento.
291
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Habilidades terapêuticas
1.
2.
3.
4.
Tendo “em mãos” teoria e técnicas:
Saber “escutar” a queixa
Saber investigar aspectos relevantes da
queixa
Saber fazer uma avaliação da queixa
apresentada
Saber formular intervenção
292
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Cinco habilidades básicas
(Kohlenberg e Tsai, 1991)
1.
:
Observar comportamentos
relevantes para o problema
que ocorram dentro da
sessão
293
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Comportamentos
clinicamente relevantes
a. exemplos reais de comportamento que são
ocorrências do problema clínico
b. respostas de baixa probabilidade de
ocorrência, da classe que solucionaria o
problema, emitidas durante a sessão
c. respostas verbais de descrições
funcionalmente válidas entre os estímulos do
ambiente e as respostas-problema ou
respostas-solução.
294
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Cinco habilidades básicas
(Kohlenberg e Tsai, 1991)
2.
:
Construir ambiente terapêutico que
favoreça o aparecimento do
comportamento - problema.
Não aversividade;
Instalação de “confiança”
295
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Cinco habilidades básicas
(Kohlenberg e Tsai, 1991)
:
3.Reforçar positivamente o
aparecimento de comportamentos
de baixa probabilidade de
ocorrência e que sejam “caminho”
para a solução do problema.
(modelagem)
296
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Modelagem do comportamento
Saber fazer uma análise das respostas que compõem o
comportamento-alvo
Saber classificá-las numa “cadeia” de aquisição – do
mais simples e mais provável de ser emitido e
reforçado, até o mais complexo (e menos provável de
ser emitido).
Saber sinalizar a oportunidade de
reforçamento, identificando mudanças sutis no
ambiente do cliente;
Se detiver reforçadores dentro da sessão, utilizá-los
contingentemente ao aparecimento das respostas
necessárias
e utilizar suspensão do reforçamento
297
quando for necessário (Extinção provoca variabilidade.)
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Cinco habilidades básicas
(Kohlenberg e Tsai, 1991)
4.
:
Verificar que respostas emite
que são capazes de reforçar
respostas do seu cliente.
298
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Cinco habilidades básicas
:
(Kohlenberg e Tsai, 1991)
5.
Saber
descrever
relações
funcionais entre as variáveis
relevantes e as respostasqueixa e respostas-alvo do
cliente.
299
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História de reforçamento do
terapeuta
Emoções fortes: também entram em
concorrência com o atender
Comportamento do terapeuta fica sob
controle da emoção sentida e não sob
controle do comportamento do cliente
300
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Alguns temas de impacto
Valores morais, éticos, religiosos do cliente
muito diferentes dos do terapeuta
Identificação com o problema do cliente
Desrespeito por parte do cliente
301
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Alguns temas de impacto
Identificação de erro do terapeuta na
condução da sessão e/ou na interpretação
apresentada
Inveja da situação do cliente
302
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ASPECTOS QUE O TERAPEUTA
BEHAVIORISTA DEVE CUIDAR:
DEIXAR DE LADO CONCEITOS E AVALIAÇÕES
SOBRE OS FENÔMENOS
SUPERVISÃO (TREINAMENTO DE HABILIDADES
PARA ATENDIMENTO CLÍNICO)
FORMAÇÃO PESSOAL
• AUMENTAR CULTURA GERAL
• APRENDER COM POSSÍVEIS ERROS
303
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