Redução de um sistema de forças

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CURSO DE ENGENHARIA
BR 110 - km 47 Bairro Pres. Costa e Silva CEP 59625-900 -Mossoró - Rio
Grande do Norte.
Físico - Prof. Valter Bezerra Dantas - E-mail- [email protected]
http://www2.ufersa.edu.br/portal/professor/valterbezerra
Apostila de mecânica 1
Mecânica vetorial aplicada com texto e ilustração e modelos de exercícios, lista de
exercício para cada capitulo.
Conteúdo



Apresentação da disciplina
o Objetivos
Introdução à Estática
o Conceitos básicos
o Princípios fundamentais
o Acões nas estruturas
o Sistema de unidades
Sistemas de vetores
o Grandezas
o Classificação dos vetores
o Operações vetoriais básicas
o Decomposição de um vetor em direções concorrentes
 Exemplos de operações vetoriais
 Componentes Cartesianas de um vetor no plano
 Componentes Cartesianas de um vetor no espaço
 Vetor definido pela sua intensidade e por dois pontos da sua linha de
ação
 Exemplos de aplicação
o Produto interno ou produto escalar
 Exemplo de utilização
o Produto vetorial a dois vetores ou produto externo
 Produto vetorial a dois vetores
o Momento de uma força em relação a um ponto
 Exemplos de cálculo de momento de uma força em relação a um
ponto
o Produto misto a três vetores
o Momento de uma força em relação a um eixo
 Momento de uma força em relação aos eixos coordenados
 Exemplos de cálculo de momento de uma força em relação a um eixo
o Momento de binário
 Binários equivalentes
 Exemplos de operações com binários
o Redução de um sistema de forças
 Redução de um sistema de forças num dado ponto
 Variação dos elementos de redução relativamente a mudança do
ponto de redução
 Sistemas de vetores equivalentes



Invariantes de um sistema de forças relativamente ao ponto de
redução
 Casos de redução de um sistema de forças
 Exemplos de redução
o Eixo central de um sistema de forças
 Equação vetorial do eixo central
 Equação analítica do eixo central
 Propriedade do mínimo dos pontos do eixo central
 Casos de sistemas de forças equivalentes a dois vetares
o Casos particulares de sistemas de forças equivalentes a uma única força
resultante
 Generalização do teorema de Varignon para sistemas de vetores
equivalentes a um vetor único
 Sistemas de forças concorrentes num ponto
 Sistemas de forças complanares
 Sistemas de forças paralelas
 Sistemas de vetores distribuídos
Estática da Partícula
o Equilíbrio da partícula
 Metodologia de resolução dos problemas
 Exemplos de equilíbrio da partícula no plano
 Exemplos de equilíbrio da partícula no espaço
Estática do Corpo Rígido
o Equilíbrio do corpo rígido
o Graus de liberdade. Apoios. Estatia
 Graus de liberdade
 Tipos de apoios
 Distribuição das ligações. Estatia
 Metodologia de resolução dos problemas
 Exemplos de equilíbrio do corpo rígido no plano
 Exemplos de equilíbrio do corpo rígido no espaço
Objetivo
O objetivo da disciplina da Estática consiste em desenvolver a capacidade para analisar
qualquer problema de um modo simples aplicando princípios básicos para sua
resolução.
A Mecânica descreve e prevê as condições de repouso ou movimento de corpos sob
ação das forças, sendo a disciplina base das Ciências de Engenharia.
A Mecânica Clássica apresenta dois ramos básicos, que são a Mecânica Teórica, ou a
Mecânica dos Corpos Rígidos e a Mecânica dos Meios Contínuos ou a Mecânica dos
Corpos Deformáveis. Esta, por sua vez, subdivide-se na Mecânica dos Sólidos e na
Mecânica dos Fluidos.
A Mecânica dos Corpos Rígidos subdivide-se em Estática e Dinâmica. A Mecânica dos
Sólidos contem várias disciplinas entre os quais Estabilidade das Estruturas, Resistência
dos Materiais, Teoria da Elasticidade, etc.
Figura 1.1: Hierarquias no contexto da Mecânica Clássica
Resumindo, pode afirmar-se simplificadamente que, através da Mecânica Teórica se
obtêm soluções matemáticas para problemas em que os corpos são considerados rígidos.
Quando a deformabilidade dos corpos é tomada em conta, a Teoria da Elasticidade
fornece soluções matemáticas para geometrias relativamente complexas e
comportamento material o mais simples possível. A Resistência dos Materiais fornece
soluções físicas para problemas com geometria simples, mas pode lidar com materiais
de comportamento mais complexo. Estas duas ciências completam-se.
Introdução à Estática
Conceitos básicos
Na Mecânica são utilizados quatro conceitos básicos dos quais três aceites sem ser
definidos: espaço, tempo, massa e força (definida). (Mecânica Newtoniana)




Espaço: considera-se tridimensional associada a posição de um ponto num
referencial com três direções, homogênea, isótropo, continuo e absoluto.
Unidade - unidade de comprimento em SI - M
Tempo: caracteriza a sucessão e duração de um acontecimento, e é independente
das propriedades de corpo, é absoluto, universal, uniforme e irreversível.
Unidade - em SI - S
Massa: caracteriza e compara corpos com base em certas experiências - ex.
atração pela Terra de corpos de massa igual - massa gravítica ou dois corpos que
oferecem a mesma resistência à mudança ao seu movimento - massa de inércia.
A massa independente e absoluta. Unidade - em SI - Kg. Na Mecânica clássica
são aceites duas representações para distribuição da massa:
o Discreta - um conjunto finito de massas (partículas)
o Contínua - divisões infinitas ocupando o espaço.
Força: usada para caracterizar a ação de um corpo sobre outro por contacto
debito ou atração. A força depende de espaço, tempo e massa. Unidade - em SI
KgMs-2
Princípios fundamentais
Definições


Partícula: uma quantidade muito pequena de matéria que ocupa um único ponto
no espaço.
Corpo rígido: combinação de um grande numero de partículas que ocupam
posições fixas umas em relação aos outras
Princípios
1. Regra do paralelogramo: para adição das forças - duas forças que atuam numa
partícula podem ser substituídas por uma única força resultante.
2. Princípio de transmissibilidade: estabelece que as condições de equilíbrio ou de
movimento de um corpo rígido permanecerão inalteradas se uma força atuando
num dado ponto do corpo rígido for substituída por uma força com a mesma
intensidade, mesma direção e mesmo sentido, mas atuando num outro ponto
desde que as duas forças têm a mesma linha de ação.
3. As três leis fundamentais de Newton:
1. 1º a lei de Newton: se a resultante das forças que atuam numa partícula é
nula a partícula permanece em repouso ou move-se com velocidade
constante segundo uma reta.
2. 2ºa lei de Newton: se a resultante das forças que atuam numa partícula
NÃO é nula, esta terá uma aceleração cuja intensidade é proporcional a
resultante e tem o mesmo sentido: F=M x a.
3. 3ºa lei de Newton: as forças de ação e reação entre corpos em contacto
têm a mesma intensidade e a mesma linha de ação e sentidos opostos.
4. Lei da gravitação de Newton: duas partículas de massa M e m se atraem entre si
com forças de igual intensidade e sentidos opostos. F=G m/r2 onde r representa
a distância entre as partículas e G a constante gravítica.
No caso da atração da Terra F=Peso, M representa o peso da Terra e r = Raio da
Terra.
Para o estudo das várias Partes da Mecânica: Estática do Corpo Rígido: usam-se
Dinâmica da partícula.
Ações nas estruturas
As ações mecânicas exercidas sobre os sistemas materiais representam-se por forças
atuantes e forças de ligação.


Forças: ações caracterizadas por intensidade, direção e sentido geometricamente
representado por uma reta orientada (vetor) - forças ativas.
Ligações: ações resultantes das restrições geométricas e que obrigam que parte
do Corpo Rígido ocupe posições fixas no espaço. Cada ligação tem como
correspondente um força equivalente - forças passivas.
Modelação, esquematização das ações.
A determinação das ações o tipo e a grandeza e muito importante e é regulamentada do
RSA (Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes)
Classificação das ações que solicitam as estruturas:


Quanto à distribuição.
o Força concentrada: ação localizada em superfícies pequenas em relação
dimensão do Corpo Rígido
o Força distribuída
Quanto o modo de variação em tempo:
o Estáticas, cíclicas, dinâmicas, etc.
o Permanentes (peso próprio), variáveis ( pessoas, térmicas, do vento, dos
sismos) e de acidente (explosões)
Sistema de unidades
Utiliza-se o Sistema Internacional desde 1960 que se baseia em três conceitos
fundamentais: comprimento, tempo e massa.
Tabela 2.1: Sistema de Unidades SI: Grandezas Fundamentais e Derivadas
Grandezas Fundamentais
Dimensão
Unidade
Comprimento
L
m
Tempo
T
s
Massa
M
kg
Grandezas Derivadas
Dimensão
Unidade
Superfície
L
m
Volume
L
m
Densidade
ML
kg/m
Velocidade
LT
m/s
Aceleração
LT
m/s
-
rad
Ângulo
Velocidade angular
T
Aceleração angular
T
Força
Pressão
MLT
ML
T
rad/s
rad/s
=F
=FL
kg m/s
= N (Newton)
Pa = N/m
(Pascal)
Momento
ML T
=FL
Nm
Grandezas
Algumas grandezas físicas são representadas matematicamente por um escalar, isto é,
basta uma quantidade para defini-las. (Exemplo: massa de um corpo, o seu volume, a
sua superfície, etc.)
Outras são grandezas vetoriais que necessitam de três quantidades para serem definidas
num espaço tridimensional. (Exemplo: forças, deslocamentos, velocidades, etc.).
Um vetor é uma entidade matemática definido por intensidade, direção e sentido e
geometricamente representada por uma reta orientada: direção, ponto de aplicação,
sentido, e modulo
Figura 3.1: Representação de um vetor.
A maioria das grandezas mecânicas é representável por vetores e por isto o instrumento
matemático se baseia nas operações vetoriais.
Outras ainda são grandezas físicas tensoriais, que podem ser representadas por nove
quantidades num espaço tridimensional. ( Exemplo: estado de tensão e deformação em
torno de um ponto)
Definem-se (num espaço tridimensional):



Escalar: o tensor de ordem 0, com
Vetor: o tensor de primeira ordem, com
Tensor: o tensor de segunda ordem, com
componentes;
componentes;
componentes;
Em geral, num espaço tridimensional, um tensor de ordem n tem 3ncomponentes.
Classificação dos vetores
Os vetores podem ser classificados em:


Vetor aplicado: não pode ser movido sem modificarem as condições do
problema. Exemplo - peso das várias partículas.
Vetor deslizante: o ponto de aplicação pode mover-se ao logo da linha de ação.
Casos particulares de vetores deslizantes:
o Vetores iguais: mesma - intensidade, direção e sentido - pode ser
diferente o ponto de aplicação.
o Vetores opostos: mesma - intensidade, direção - sentido oposto - pode
ser diferente o ponto de aplicação.
Figura 3.2: Vetores deslizantes: iguais e opostos.


Vetor livre: podem mover-se livremente no espaço
Os sistemas de vetores podem ser:





Sistema de vetores quaisquer;
Sistema de vetores concorrentes: aplicados num ponto - caso dos vetores
atuantes sobre uma partícula ou com linhas de ação concorrentes;
Sistema de vetores complanares: vetores contidos no mesmo plano;
Sistema de vetores colineares: têm a mesma linha de ação;
Sistema de vetores paralelos: têm as linhas de ação paralelas;
Operações vetoriais básicas

Produto por um escalar:
, onde C pode ser zero, positivo ou
negativo. O resultado é um vetor da mesma direção e ponto de aplicação.
Figura 3.3: Produto de um vetor por um escalar.

Adição de dois vetores (concorrentes):
O resultado é um vetor obtido utilizando a regra do paralelogramo ou regra de
triângulo.
Figura 3.4: Adição de vetores - regra de paralelogramo e de triângulo.
Propriedades:
Comutativa

o
Associativa
o
Distributiva em relação aos escalares
Subtração (adição do vetor oposto):
Para adição ou subtração de dois vetores utiliza-se a regra do paralelogramo ou do
triângulo - o resultado de adição de dois vetores é igual a diagonal do paralelogramo
construído na base dos vetores.
O resultante dos vários vetores concorrentes é obtido utilizando sucessivamente a regra
do paralelogramo ou do triângulo resultando a regra de polígono:
.
Figura 3.5: Adição de vetores - regra de polígono
Operações não permitidas: adição de um escalar e um vetor, divisão de dois vetores.
Decomposição de um vetor em direções concorrentes
Qualquer vetor pode ser decomposto em duas ou mais componentes desde que tenham o
mesmo efeito. A decomposição de um vetor segundo duas direções concorrentes pode
ser feita utilizando a regra do paralelogramo (triângulo) de forma inversa.
Figura 3.6: Decomposição de um vetor em duas direções concorrentes
Casos:



Conhecem-se as direções de ação dos vetores componentes 3.4.a;
Conhece-se um dos vetores componentes 3.4.b;
As direções de ação dos vetores componentes são perpendiculares.
A utilização da regra do paralelogramo (triângulo) requer o uso de trigonometria (lei
dos Senos ou dos Cosenos) ou a resolução gráfica.

Triângulo:
o
Soma dos ângulos:
o
Lei dos Senos:
o
Lei dos Cosenos:
Caso particular

Paralelogramo:
;
;
Lei da Pitágoras.
o
Soma dos ângulos:
;
Exemplos de operações vetoriais
Problema 3.1 Adição de dois vetores:
Resolução:

Graficamente: desenhar a escala, usar a regra de paralelogramo e medir

Resolução trigonométrica:
o
- Lei dos Cosenos:
Β - Lei dos Senos:
Direção do
-
Problema 3.2 Uma jangada é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças
exercidas pelo rebocador for
dirigida segundo o eixo da jangada,
determine:

a) a força de tração instalada em cada uma das cordas, sabendo que
;

b) o valor de
para qual a força de tração instalada na corda 2 é mínima.
Resolução trigonométrica

a):
- Lei dos Senos:


b): F será mínimo para o ângulo α=90º-30º=60º, ou seja a reta do menor
comprimento entre o ponto β e a reta 1 é a perpendicular baixado do ponto
sobre a direção 1.
Componentes Cartesianas de um vetor no plano
(Um caso particular de decomposição de um vector em duas direções concorrentes
corresponde a caso quando as direções são ortogonais entre si, Figura a). (Esta
particularidade simplifica as relações trigonométricas, sendo o paralelogramo um
retângulo e o triângulo um triângulo reto.) Se estas direções coincidirem com as
direções dos eixos coordenados - as componentes correspondem as componentes
Cartesianas, Figura b) e c).
Figura 3.7: Componentes Cartesianas
As componentes ax, ay são as componentes Cartesianas, obtidos por projeção do vetor
sobre os eixos do referencial, e podem ser expressas em função de um vetor unitário
ou versor do respectivo eixo.
onde
e
e
são versores do referencial
(
) segundo os eixos
, respectivamente.
Componentes Cartesianas de um vetor no espaço
O referencial Cartesiano é um referencial direito - aplica-se a regra do saca-rolha ou da
mão direita.
Figura 3.8: Referencial Cartesiano
As componentes do vetor
são:
no espaço seguindo as direções do referencial Cartesiano
.
Figura 3.9: Componentes Cartesianas
Um vetor no espaço necessita três ângulos para definir a sua direção: θx,θy, θz, e
medidos partir da direção positiva dos eixos.
Onde se verifica a relação: cos2θx+cos2 yθ cos2zθ =1
Se
for o versor do vetor
com os cosenos diretores cos θ x cos θy cos θz, então é possível expressar esse vetor
com a ajuda do seu versor:
O versor do vetor
obtém-se:
Vetor definido pela sua intensidade e por dois pontos da sua
linha de ação
O vetor é definido se conhece sua intensidade
linha de ação
.
e pelo menos dois pontos da sua
Figura 3.10: Vetor definido pela intensidade e linha de ação
Se
for o versor do vetor
versor:
O versor do vetor
obtém-se:
é possível expressar esse vetor com a ajuda do seu
Então o vetor
será:
Momento de uma força em relação a um eixo
O momento de uma força
em relação a um eixo definido por um versor
,éa
projeção do vetor momento sobre o eixo, obtido em relação a um ponto desse eixo
O momento do vetor em relação a um eixo representa a tendência que a força impõe
para a rotação em torno desse eixo.
Figura 3.14: Momento de uma força em relação a
um eixo
Onde
é um ponto no eixo
de versor
. O momento
é obtido por um
produto misto:
Propriedades: 1. O momento de um vetor em relação a um eixo é nulo sempre que a
linha de ação do vetor e o eixo existam no mesmo plano.
Na prática se recomenda a decomposição da força em duas componentes, uma
paralela com o eixo e a outra perpendicular sobre o eixo, sendo o momento em
relação a esse eixo igual com o momento da componente perpendicular.
2. O momento do vetor
em relação a um eixo não varia escolhendo qualquer ponto
do eixo (ex. ) em relação ao qual é obtido o momento mesmo que o momento em
relação a o ponto difere.
mas
Operações básicas com vetores utilizando a representação
Cartesiana
As operações vetoriais podem escrever-se utilizando a representação Cartesiana:


Exemplos de aplicação
Problema 3.3 Adição de três vetores no plano:
Problema 3.4 Uma força de
forma os ângulos de
,
respectivamente com os eixos
. Determine as componentes
e
,
,
e
.
Resolução
Problema 3.5 Determine a direção e o sentido da força:
Resolução:
Problema 3.6
Uma placa retangular é suportada por três cabos. Sabendo que a força de tração
instalada no cabo
é de
, determine as componentes da força exercida na
placa em B.
Resolução
A força
tem direção
e será decomposta segundo as direções
coordenadas dos pontos que definem a linha de ação são:
Produto interno ou produto escalar
O produto interno a dois vetores dá um escalar e o resultado é obtido:
Propriedades:

Comutativa:

Distributiva em relação à adição:
. As
e

Multiplicação por um escalar:
O produto interno é utilizado para determinar as componentes escalares de um vetor
segundo uma direção dada (projeção) e o ângulo entre dois vetores. Exemplo componentes escalares Cartesianas.

Vetores base:

Componentes Cartesianas (projeções na direção dos eixos do referencial):
Vetores representados pelas suas componentes Cartesianas
Exemplo de utilização
Problema 3.7 Determine a projeção do vetor
sobre a direção
.
Resolução:
Produto interno ou produto escalar
O produto interno a dois vetores dá um escalar e o resultado é obtido:
Propriedades:

Comutativa:

Distributiva em relação à adição:

Multiplicação por um escalar:
O produto interno é utilizado para determinar as componentes escalares de um vetor
segundo uma direção dada (projeção) e o ângulo entre dois vetores. Exemplo componentes escalares Cartesianas.

Vetores base:

Componentes Cartesianas (projeções na direção dos eixos do referencial):
Exemplo de utilização Vetores representados pelas suas
componentes Cartesianas
Vetores representados pelas suas componentes Cartesianas
Vetores representados pelas suas componentes Cartesianas
Exemplo de utilização
Problema 3.7 Determine a projeção do vetor
sobre a direção
.
Resolução:
Produto vetorial a dois vetores ou produto externo
O resultado da operação é um vetor e é obtido por:
Definição:
O vetor tem caráter diferente do vetor que lhe deu origem, isto do vetor
graficamente será representada por uma reta orientada com seta dupla.
, o que
Produto vetorial a dois vetores
Os elementos que definem o vetor resultante são:

intensidade (módulo ):
o ângulo


representa o menor ângulo entre os vetores
e
.
dileção: direção perpendicular ao plano formados pelos vetores
sentido: pela regra da saca-rolha ou regra da mão direita.
e
.
Pela regra do saca-rolha o sentido do vetor coincide com o sentido de
progressão de uma saca-rolhas que rodasse acompanhando o movimento de
rotação que levaria o primeiro vetor do produto externo ( ) a ir a ter com o
segundo vetor (
)
Propriedades:

NÃO é comutativa:

Distributiva em relação à adição:

Multiplicação por um escalar:
O produto vetorial é utilizado para calcular o momento de um vetor em relação a um
ponto e identificar um vetor perpendicular a dois vetores complanares.
Exemplo - vetores base do referencial Cartesiano (referencial direito) Os vetores base do
Produto externo expresso em termos de componentes Cartesianas
Seja o vetor
e
expressos em componentes Cartesianas:
O produto externo é:
O produto externo é usado para calcular o momento de um vetor em relação a um ponto.
Se o vetor representa uma força, então o momento é a capacidade de rotação de uma
força.
Momento de uma força em relação a um ponto
O vetor momento é um vetor fixo, pelo que varia com o ponto em relação ao qual se
calcula. O momento de uma força
em relação a um ponto
rotação de força em torno do ponto representado por
Onde
é o vetor posição do ponto de aplicação do vetor
, é a capacidade de
, sendo a unidade
relativamente ao ponto
.
.
Figura 3.11: Momento de um vetor.
O vetor momento pode ser obtido através do produto vetorial (Secção 3.6.1),
determinando a sua intensidade, direção e sentido ou utilizando a expressão analítica,
produto externo (Secção 3.6.1) obtendo as componentes segundo os eixos coordenados.
Propriedades:
1. O momento do vetor em relação a um ponto não varia escolhendo qualquer ponto
na sua linha de ação como ponto de aplicação. Pelo princípio de transmissibilidade as
forças são vetores deslizantes pelo que o seu efeito não se altera se a mesma se desloca
ao longo da sua linha de ação.
Figura 3.12: Momento de um vetor: princípio de transmissibilidade da força.
Por isso intensidade
(Secção 3.6.1):
Sendo
do momento
pode ser obtida pela expressão
perpendicular a linha de ação do vetor
(
) e o seu módulo
ao qual se dá o nome de braço da força em relação ao ponto . O
braço da força obtém-se baixando a perpendicular do ponto
sobre a linha de
ação do vetor
.
2. O momento de um vetor em relação a um ponto é nulo sempre que a linha de ação do
vetor passe pelo ponto em causa, sendo os vetores e colineares (
).
3. O momento de um vetor varia escolhendo um outro ponto em relação ao qual se
calcula.
O momento relativamente ao ponto
é dado por:
Figura 3.13: Variação do momento de uma força em relação a um ponto
Escolhendo um ponto , o momento em relação a esse ponto será:
Como
:
(3.1)
A equação (3.1) representa a propagação dos momentos, com a mudança do
ponto relativamente ao qual se deseja calcular o momento.
Observação: Se o ponto (
) for numa linha paralela à linha de ação da força, o
momento relativamente a esse ponto
paralelas ou colineares).
( o vetor
e
ficarão
4. O momento resultante de várias forças concorrentes relativamente a um ponto é igual
à soma dos momentos das várias forças relativamente a esse ponto.
Esta relação que representa a propriedade distributiva é a Teorema de
Varignon.
Exemplos de cálculo de momento de uma força em relação a
um ponto
Problema 3.8 Sabendo que a força de intensidade
, determine o momento em relação ao ponto .
Resolução:
e com linha de ação
Em alternativa o momento da força
utilizando o vetor de posição
ponto de aplicação em .
Problema 3.9 Sabendo que
.
em torno do ponto
, deslizando o vetor
pode ser calculada
ao longo da linha
com
determine o momento em relação ao ponto
Resolução
1ºo Pelo produto externo
2º Pelo produto vetorial: Observação: No plano é preferível calcular o modulo do
pela definição em vez de usar a representação cartesiana.
A direção é perpendicular ao plano
e o sentido pela regra de mão direita é:
.
Problema 3.10 Sabe-se que para retirar o prego em é necessário uma força vertical
de
Determine
a)
o momento produzido pela força em relação ao ponto
.
b)
a intensidade da força aplicada no ponto , que produz o mesmo momento
em relação ao
para
c)
a menor força que produz o mesmo momento
Resolução
a) Momento em relação ao ponto
da força
:
Pelo produto vetorial:

Intensidade:

Direção: direção do eixo

Sentido: sentido horário (
b) A intensidade da força
(perpendicular ao plano
)
- pela regra de mão direita).
aplicada no ponto
para
:
1º Pelo produto externo
2º Pelo produto vetorial:
3º Decompor a força
(
em duas componentes, uma paralela com a direção
) e outra perpendicular a
(
), sendo:
Aplicando o teorema de Varignon:
c) A menor força que produz o mesmo momento (ver alinha
caso em que
, isto é
), se obtêm no
Momento de uma força em relação aos eixos coordenados
Seja o ponto
a origem do referencial Cartesiano, o momento da forca
produto externo é:
Seja o vetor
e
obtida pelo
expressos pelas suas componentes cartesianas:
O momento em relação aos eixos
,
e
obtém-se:
Exemplos de cálculo de momento de uma força em relação a
um eixo
Problema 3.11 Determine o momento da força
em torno do eixo
Resolução
Calcula-se o momento
1. Pela definição
2. Pelo produto misto:
da força
:
com
Momento de uma força em relação aos eixos coordenados
Seja o ponto
a origem do referencial Cartesiano, o momento da forca
produto externo é:
Seja o vetor
e
obtida pelo
expressos pelas suas componentes cartesianas:
O momento em relação aos eixos
,
e
obtém-se:
Exemplos de cálculo de momento de uma força em relação a
um eixo
Problema 3.11 Determine o momento da força
em torno do eixo
Resolução
Calcula-se o momento
1. Pela definição
2. Pelo produto misto:
Momento de binário
da força
:
com
Um binário é um sistema constituído por duas forças de igual intensidade, com linhas de
ação paralelas, mas de sentidos opostos. Um binário é representado por uma única
grandeza vetorial, o momento binário. O momento binário é um vetor livre, têm o
mesmo elemento independentemente do ponto do espaço.
Os elementos de binário são:




Plano do binário: - é o plano que contêm as duas linhas de acção;
Sentido: - é o sentido de rotação das duas forças;
Braço : a distância entre as duas linhas de ação;
Intensidade:
O resultante destas forças é nulo.
O momento binário é a tendência de rotação das duas forças:
Com:


Direção: - perpendicular ao plano do binário;
Sentido: - é obtido pela regra de mão direita;

Intensidade:
Binários equivalentes
Dois binários com o mesmo momento são equivalentes, isto é produzem o mesmo
efeito.
Operações que garantem a equivalência:



Translação no plano do binário ou num plano paralelo;
Rotação no plano do binário em torno de um eixo perpendicular ao plano;
Deformação do binário - modificar o braço ou o modulo das forças mas sem
modificar o momento binário.
Soma dos binários: rege a regra de adição dos vetores (vetores binários).
Exemplos de operações com binários
Problema 3.12 Sabendo que
binário.
Resolução Pelo produto externo
, determine o momento do
1. Pelo produto vetorial intensidade:
o
o
Direção: perpendicular ao plano
Sentido: horário
Problema 3.13 a) Determine o vetor binário equivalente as forças indicadas.
b) Determine a intensidade de duas forças aplicadas em
e que formam um binário
equivalente.
Resolução
a) Binário equivalente:
1 Pelo produto externo
2 elo produto vetorial
b) Forças em
e
:
Os sentidos dos binários estão representados na figura.
Redução de um sistema de forças
Existem situações em que convêm substituir um sistema de forças - que atuam sobre um
corpo rígido - por outra equivalente (no efeito), às vezes mais simples. Esta operação
chama-se redução.
Substituição de uma força aplicada num ponto por um sistema
força-binário que atua num outro ponto
Seja uma força
aplicada no ponto
de um corpo rígido. No ponto
aplicam-se
duas forças iguais mas de sentidos opostos com linha de ação paralela a da força
que não altera o estado de equilíbrio ou movimento.
O par das forças
e
binário de momento:
juntamente com o vetor
Qualquer força
aplicadas nos pontos
e
,o
respectivamente forma um
, sendo vetor livre pode ser aplicado no ponto
que é ``deslocada'' para esse ponto.
atuante no ponto
pode ser ``deslocada'' para um ponto arbitrário
desde que seja acrescentado um binário de momento igual ao momento do
relação ao ponto
.
em
No ponto
temos um sistema força-binário.
Redução de um sistema de forças num dado ponto
Definição: Qualquer sistema de forças deslizantes (
um binário equivalentes, atuantes num dado ponto

Força resultante:

Momento resultante:
O vetor força resultante
) pode ser reduzido a uma força e
.
é um vetor livre pelo que será representada sem índice,
, enquanto o vetor momento resultante
ou
é um vetor aplicado.
O sistema força-binário, equivalente ao sistema de vetores iniciais, forma os elementos
de redução em
:
.
Os elementos de redução podem ser obtidos analiticamente, utilizando a representação
dos vetores pelas suas componentes cartesianas. (Secção 3.4.4, Secção 3.6.1, Secção 3.7
e Secção 3.9).
Variação dos elementos de redução relativamente a mudança
do ponto de redução
Força resultante: é um vetor livre pelo que é independente do ponto em relação a qual
se reduz o sistema:
Momento resultante: O momento resultante varia com a variação do ponto em relação
a qual se efetua redução, de acordo com a fórmula de propagação dos momentos
(Secção 3.7).
Propriedade projetiva: A projeção do vetor momento
sobre a direção do não
depende do ponto em relação ao qual é obtido o momento, mesmo que o momento em
relação a o ponto difere.
Pela definição a projeção do vetor
O vetor
vetores
e
sobre a direção do vetor
é dada pelo:
é perpendicular sobre o plano que contêm os
Sistemas de vetores equivalentes
Dois sistemas de vetores (forças) dizem-se equivalentes quando tiverem os mesmos
elementos de redução num mesmo ponto do espaço. Para que dois sistemas e
ou
sejam equivalentes tem de se verificar as seguintes relações:
Para que um sistema de vetores seja equivalente a zero basta verificar as seguintes
relações num ponto qualquer do espaço:
Nesse caso o sistema
representa um sistema em equilíbrio.
que a projeção desse vetor sobre a direção
é nulo.
Invariantes de um sistema de forças relativamente ao ponto de
redução
Invariantes de um sistema são elementos que não variam escolhendo um outro ponto em
relação ao qual se calculam. Os invariantes de um sistema de vetores são:
1. Força resultante: - invariante vetorial. A força resultante de um sistema de
vetores (forças) é um vetor livre, não varia escolhendo qualquer ponto no espaço
em relação o qual se calcula.
2. Produto escalar
- invariante escalar.
O produto interno dos vetores
e
não varia escolhendo qualquer ponto no
espaço em relação o qual se calcula o
3. A projeção do vetor
sobre a direção do vetor
:
.
Casos de redução de um sistema de forças
Qualquer sistema de vetores (forças) pode ser reduzido (substituído) a um dos seguintes
sistemas de vetores simples, identificados com base nos primeiros dois invariantes invariantes principais:
1.
- caso geral - redução a dois vetores não
complanares.
2.
- o sistema equivalente a um vetor (força) resultante
único
.
3.
- o sistema se reduz a um binário (momento idêntico em
qualquer ponto do espaço). O sistema ainda diz-se equivalente a conjugado.
4.
- elementos de redução nulos. Se um sistema se reduz
elementos nulos é equivalente a zero e será nulo em qualquer ponto do espaço.
Um sistema de forças nestas condições representa um sistema em equilíbrio.
Exemplos de redução
Problema 3.14 a) Substituí a força aplicada por um sistema força-binário aplicados
em
b) Determine as duas forças aplicadas em
e que são equivalentes ao momento
obtido em .
Resolução
a)
b)
O sentido do binário está representado na figura.
Problema 3.15 Para o sistema representado na figura determine:
a)os elementos de redução em
b) os elementos de redução em
.
Resolução
a)
Expressão analítica das forças:
b) Os elementos de redução em
são:
Sendo os vetores
e colineares (
), o momento resultante do
sistema não varia se o ponto de redução for o ponto
.
Eixo central de um sistema de forças
Nos casos de redução para qual
e
no espaço em que os vetores
são colineares ou paralelas. O lugar geométrico destes pontos corresponde a
uma reta que tem a direção do vetor
momento
existem pontos
e chama-se eixo central do sistema e o
é mínimo.
Equação vetorial do eixo central
Se conhecermos os elementos de redução num ponto
pode determinar o momento
pela formula de propagação dos momentos:
ou
(3.2)
Nesta equação a única incógnita é o vetor
que define o eixo central, relativamente ao
ponto
. A equação se resolve externando da esquerda com o vetor
da equação (3.2):
ambos os lados
Aplicando as formulas de Gibbs para resolver o produto externo duplo, resulta o vetor
posição do eixo central:
Os elementos que definem o vetor
são:

Intensidade:


Direção: perpendicular ao plano que contêm os vetores
Sentido: pela regra de mão direita.
A equação vetorial do eixo central é:
e
Equação analítica do eixo central
Substituindo os vetores expressos pelas suas componentes cartesianas, e efetuando os
cálculos resulta e equação do eixo central como intersecção de dois planos:
As relações representam a equação de dois planos.
Propriedade do mínimo dos pontos do eixo central
A intensidade do momento resultante relativamente aos pontos (
mínima.
O momento mínimo pode ser obtido internando com o vetor
equação da propagação dos momentos e resulta:
O termo
) do eixo central é
ambos os lados da
sendo o produto escalar a dois vetores perpendiculares,
, pelo que resulta:
Casos de sistemas de forças equivalentes a dois vetores
Seja o ponto
um ponto qualquer no espaço e o ponto um ponto no eixo central.
Qualquer sistema de vetores (forças) pode ser equivalente a um dos seguintes casos
representados na Tabela 3.1.
Tabela 3.1: Casos de redução a dois vetores
a)
em
:(
)
em
: mínimo -
em
:(
em
: força resultante (
I.
- admite EC
b)
a)
Binário (
b)
Elementos nulos (
)-
)
)
II.
) - equilíbrio
Casos particulares de sistemas de forças equivalentes a uma
única força resultante
Para que um sistema se reduza a uma única força resultante é necessário e suficiente
que:
ou
Nesse caso a força resultante atua no eixo central.
Os casos de sistemas que de modo geral se reduzem a um vetor único são:
1. Sistemas de forças concorrentes num ponto
2. Sistemas de forças complanares (
(
);
ou
);
3. Sistemas de forças paralelas (
ou
).
4. Sistemas de forças distribuídas. (generalização do sistema de forças paralelas)
o
Generalização do teorema de Varignon para sistemas de
vetores equivalentes a um vetor único
Para os casos de sistemas de vetores equivalentes a um vetor único
e
ou que é
ou
, o momento resultante é igual ao
momento da resultante, desde que seja convenientemente aplicada, nos pontos em que o
momento resultante é zero.
Se
for um ponto no eixo central, o momento num ponto
momento
qualquer no espaço o
é dado pelo:
Sistemas de forças concorrentes num ponto
Se as linhas de ação das todas as forças concorrem no mesmo ponto
equivalente a uma única força resultante
central.
que passa por
, o sistema é
e coincide com o eixo
Se o vetor
, o sistema está em equilíbrio.
Para calcular o momento do sistema em qualquer ponto
teorema de Varignon.
Equivalência a zero:
diferente de
aplica-se o
.
Sistemas de forças complanares
Se as forças atuarem todas no mesmo plano (
único contido no mesmo plano. Se o ponto
), o sistema se reduz a um vetor
não pertence ao eixo central
.
Se o vetor
, o sistema está em equilíbrio ou reduz a um binário. Caso contrário
o sistema admite eixo central contido no plano das forças.
A equação do eixo central obtém-se aplicando o teorema de Varignon.
Equivalência a zero: Um sistema de forças complanares está em equilíbrio se
verificarem uma das três condições:
1. Têm elementos nulos em relação a um ponto qualquer
no plano das forças (
).
2. o momento resultante em relação a três pontos (
plano é nulo:
,
,
) não colineares no
.
o momento resultante em relação a dois pontos (
relação a um eixo
e
não perpendicular ao linha
,
) e em
é nulo:
. Sistemas de forças paralelas
Se os vetores todos são paralelos com a mesma direção ( ), em que a força resultante
o sistema se reduz a um vector único paralela com a mesma direção.
Se o vetor
, o sistema está em equilíbrio ou re reduz a um binário. Caso
contrário o sistema admite eixo central. A equação do eixo central obtém-se aplicando o
teorema de Varignon.
Equivalência a zero: elementos nulos em relação a um ponto qualquer
forças (
no plano das
).
Sistemas de vetores distribuídos
A aplicação de uma carga sobre um corpo em geral faz-se através de certa superfície de
contacto e segundo uma equação. As cargas podem ser distribuídas em superfície (e.g.
pressão hidrostática exercido por um liquido sobre a superfície de um corpo mergulhado
nele) ou distribuídas por volume (e.g. peso dos vários pontos) ou ainda forças
distribuídas em linha.
Interesse agora substituir um sistema de forças distribuídas por um outro sistema mais
simples sem alterar o seu efeito.
Para calcular os elementos de redução de um sistema de forças distribuídas
relativamente a um ponto, usam-se os procedimentos descritos para a redução de
sistemas em caso geral, substituindo a operação de soma por integrais das cargas
elementares atuantes em grandezas elementares.
Casos de distribuição numa superfície
A intensidade da carga elementar
é obtida conhecendo densidade da carga
superfície elementar
sobre qual atua em função das coordenadas do ponto em
causa:
Os elementos da redução relativamente ao ponto
qualquer são:
Carga distribuída numa linha
Um caso de maior freqüência é o caso de cargas paralelas distribuídas numa linha.
ea
Os elementos de redução em
são:
A posição do eixo central obtém-se aplicando o teorema de Varignon:
Na Tabela 3.2 apresentam-se alguns exemplos de sistemas de forças paralelas
distribuídas em linha.
Tabela 3.2: Exemplos de sistemas de forças paralelas distribuídas: força resultante e
posição do eixo central
Sistema
,
,
,
,
Exemplos de redução de sistemas que admitem eixo central
Problema 3.16 Para o sistema representado na figura em que
e
, determine:
,
os elementos de redução em
a equação do eixo central.
Resolução
a) Expressão analítica das forças:
b) Para a equação do eixo central aplica-se o teorema de Varignon.
e
A equação do eixo central resulta:
O eixo central intersecta os eixos coordenados
respectivamente, de coordenadas
e
nos pontos
e
e
,
.
Problema 3.17 Substituía o sistema dado por uma única força aplicada num ponto que
fica sobre a linha
. Determine a posição do ponto de aplicação desta força.
Resolução
1. Se o ponto
for um ponto de linha
situado a uma distância
do ponto
.
2. O ponto
pertence ao eixo central,
teorema de Varignon para calcular o momento em
é possível aplicar o
Problema 3.18 Para o sistema representado na figura e
determine os elementos de redução da forma
onde a linha da resultante intersecta as linhas
Resolução: Os elementos da redução em
,
. Indique os pontos
e
.
são:
Como
o sistema admite eixo central e sendo
única força resultante atuantes no eixo central. Se o ponto
central
, podemos aplicar o teorema de Varignon.
A equação do eixo central é:
o sistema se reduz a uma
for um ponto no eixo
o que intersecta a eixo
de intersecção (
no ponto
e o eixo
(linha
) no ponto
. Da equação do eixo central obtêm-se as coordenadas do ponto
) do eixo central com a linha
,
Estática da Partícula
Alguns problemas reais podem ser resolvidos estudando a partícula, sempre que se
verificam as condições de aplicação do equilíbrio da partícula, isto é as forças atuantes
são concorrentes num ponto.
Conceitos:



Forças concorrentes (forças externas - aplicadas e/ou transmitidas através de
cabos, correias, correntes etc. - forças resultantes de contacto direto entre os
corpos e forças resultantes de interação dos corpos a distância - ex. forças
gravíticas);
Equilíbrio estático: - a velocidade de um objeto é igual a zero ou é constante;
1ºa Lei de Newton: - se a resultante das forças que atuam numa partícula é nula a partícula permanece em repouso ou move-se com velocidade constate segunda
uma reta.
Equilíbrio da partícula
Uma partícula livre está em equilíbrio se o sistema de forças atuantes (externas
aplicadas, gravíticas e reativas) se reduz os elementos nulos.
O sistema de forças corresponde ao caso particular: de sistema de forças cor correntes
num ponto que representa a partícula.
A condição de equilíbrio (vetorial) é:
As condições de equilíbrio podem ser expressas analiticamente:

Espaço:
(4.1)


As equações (4.1) permitem determinar até três incógnitas.
Plano - particularização do caso 3D: sistemas de forças concorrentes coplanares,
Seção
).
(4.2)

As equações (4.2) permitem determinar até duas incógnitas.
Na realidade, de modo geral, a partícula não se encontra livre e para resolver os
problemas é necessário substituir as ligações por os seus correspondentes físicos
(forças) de modo a obter um esquema de partícula livre sob acções, chamado diagrama
de corpo livre - DCL.
Exemplos de forças transmitidas através de cabos, correias, correntes, etc., sem
atrito, molas ou contacto direto entre corpos:
Forças transmitidas através de:

Cabos, correias sem atrito, (Figura e ), sistemas de roldanas sem atrito podem ser solicitadas a tração e a força que atua neles é constante (Figura )


Molas: resistem a tração e a compressão e a força é dada pelo
, onde
representa a deformação da mola (Figura )
Superfície lisa (sem atrito): força tem a direção normal a superfícies em contacto
(Figura )
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