2010 Material de estudo ROBÓTICA E MEDICINA Bárbara Texeira Lisboa Robótica e Medicina O uso da robótica na medicina é algo recente, mas vem se mostrando uma integração bastante promissora, começando a se tornar algo indispensável. Quando mencionamos a palavra "robô" podemos pensar em diferentes coisas. Alguns imaginam um humanoide metálico, outros um aparato industrial e outros na perda de sua fonte de trabalho. Quais as razões de utilizarmos robôs na medicina, em especial nas cirurgias ? Existem várias, onde podemos citar: velocidade, precisão, repetição, confiabilidade e boa relação custo/benefício. Por exemplo, um braço robótico que sustenta um endoscópio com uma câmera durante uma cirurgia não sofre nenhuma fadiga, não importando quanto tempo dure a cirurgia, não apresentará tremores e realizará o seu trabalho adequadamente, seja na décima ou centésima cirurgia, tal como na primeira. Claro que o uso de robôs não está restrito apenas a isso. Sua eficácia tem sido demonstrada em outras áreas como na distribuição de remédios dentro de hospitais, robôs para reabilitação, para simulação de traumas e cirurgias, etc. • Cirurgia Robótica : em um passo mais avançado, em uma cirurgia robótica o robô é quem executa o procedimento cirúrgico controlado por um programa de computador. Neste caso, o cirurgião participa no planejamento do procedimento, mas é um mero observador na execução do mesmo. Com isso asseguramos, entre outras coisas, que não existirão desvios na trajetória planejada, teremos alta segurança com velocidade e manobras totalmente precisas. • Robos em Telecirurgia : telepresença implica um cirurgião operando de uma unidade remota, podendo ser de uma sala ao lado ou há milhares de 1 quilômetros. Isso é feito através de braços robóticos e mediante uma interface que combina retroalimentação visual, auditiva e tátil. Os movimentos das mãos do cirurgião são reproduzidos fielmente pelos braços mecânicos. O cirurgião tem inclusive a sensação de tato e resistência dos tecidos que o braço mecânico está manipulando. • Loporoscopia Robotizada : A laporoscopia (cirurgia realizada remotamente, sem grandes incisões no paciente), robôs que controlam câmeras, pinças e bisturis são cada vez mais comuns no teatro de operações. • Nano-Robôs : Robôs do tamanho de pontos desta sentença serão usados um dia para mover simples células ou capturar bactérias, inclusive mergulhados em vários tipos de líquidos como sangue, água, urina, etc. Esses robôs poderão ser usados como instrumentos microcirúrgicos, ou ainda serem usados para construir outros microdispositivos, como carros são construídos por robôs hoje em dia. Em experimentos realizados, já é possível mover pequenos objetos invisíveis ao olho humano. • Medicina do Futuro : Imagine a seguinte situação: David é um diabético dependente de insulina. Mas ele não precisa injetá-la em si mesmo. Um sensor de glicose fixado sobre a sua pele monitora o nível de açúcar no seu sangue e, quando necessário, libera uma dose correta em seu organismo sem o seu conhecimento. Seu banheiro pode analisar a glicose, proteínas e bactérias em sua urina e enviar os resultados para um médico de sua confiança. Hospitais totalmente controlados por computador, implante para monitoramento de pacientes, roupas especiais para controle dos sinais vitais de pacientes, etc. Muitos destes sistemas não são apenas sonho; alguns estão sendo testados, como as roupas especiais e o banheiro. Claro que, mesmo os robôs tendo uma 2 grande aceitação, eles atualmente não podem substituir a experiência de um doutor humano. • Simulação de Emergência em robôs : Além de proporcionar grande melhora, e destaque para a precisão em cirurgias, existem também robôs (bonecos) que simulam perfeitamente um estado de emergência para o treinamento dos médicos e enfermeiros. A simulação chega a ser bem próxima de um ambiente real. Pode ser conferido no vídeo: http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/robos-namedicina/4518 Vídeos Relacionados: http://www.youtube.com/watch?v=RIMYjgR94KY http://www.youtube.com/watch?v=iUFOKf4_qZQ 3