anexo i - IBRATI

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SOBRATI - Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
Andréa Souza Moreira Quirino
INVESTIGAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES VÍTIMAS DE
TRAUMATISMO CRANIANO ENCEFÁLICO EM HOSPITAL PÚBLICO DO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BAHIA
JEQUIÉ/BA
FEVEREIRO/2012
Andréa Souza Moreira Quirino
INVESTIGAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES VÍTIMAS DE
TRAUMATISMO CRANIANO ENCEFÁLICO EM HOSPITAL PÚBLICO DO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BAHIA
Dissertação de mestrado apresentada
à Sociedade Brasileira de Terapia
Intensiva, sob a orientação da Profª
Dolores
Fernandes
Meirelles
Araújo, como parte do requisito para
a obtenção do título de Mestre em
Terapia Intensiva.
JEQUIÉ/BA
FEVEREIRO/2012
Quirino, Andrea Souza Moreira
Investigação Do Perfil Epidemiológico De Pacientes Vítimas
De Traumatismo Craniano Encefálico Em Hospital Público Do
Município De Jequié/Bahia /Andréa Souza Moreira Quirino. –
Bahia, 2011.
Xx f.:Il.
Dissertação (Mestrado em Terapia Intensiva) – Sociedade
Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, 2012.
Inclui anexo e bibliografia.
1. Pesquisa em Saúde. I. Título.
Andréa Souza Moreira Quirino
INVESTIGAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES VÍTIMAS DE
TRAUMATISMO CRANIANO ENCEFÁLICO EM HOSPITAL PÚBLICO DO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BAHIA
Esta dissertação de mestrado foi julgada adequada como parte dos requisitos para obtenção do
grau de mestre em terapia intensiva, Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva – SOBRATI.
Aprovada em ___de___ de ____.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profº. DSc. Douglas Ferrari.
Presidente da Sociedade Brasileira De Terapia Intensiva - SOBRATI
(Orientador)
_____________________________________________
Profª. MSc. Dolores Fernandes Meirelles Araújo
Professor da Sociedade Brasileira De Terapia Intensiva - SOBRATI
_____________________________________________
Profº MSc
Professor da Sociedade Brasileira De Terapia Intensiva - SOBRATI
_____________________________________________
Profº MSc
Professor da Sociedade Brasileira De Terapia Intensiva - SOBRATI
DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia aos meus heróis, Paulo Quirino (esposo) e filhos Víctor Quirino e
Vinìcius Quirino pela força e apoio incondicional. Eu amo muito vocês! À minha mãe
Edlenes Moreira e ao meu pai Altamirando Moreira, que deram o primeiro empurrão na
minha vida e sempre acreditaram em mim.
AGRADECIMENTOS
À DEUS, Senhor de tudo e de todos, por ter me abençoado com sabedoria e permitido a
concretização dos meus objetivos. A TI toda honra, glória e louvor.
Ao meu querido esposo Paulo Quirino pelo precioso suporte e estímulo, dedicação,
compreensão e carinho, sendo paciente e segurando “as pontas” quando precisei ficar ausente.
Á titia Letícia Costa pelo seu apoio e auxilio nos momento de angústia e ansiedade desse
mestrado. Obrigada titia, você sabe o quanto foi importante nessa caminhada.
Á Direção Médica e de Enfermagem do Hospital Geral Prado Valadares, pelo consentimento
e oportunidade que me foi concebida em realizar a coleta de dados que possibilitou a
realização deste estudo.
Ao Diretor de Enfermagem do SAMU, Isaías pela compreensão e consentimento em realizar
a coleta de dados para o término deste estudo.
À professora Dolores Fernandes, pela consideração, atenção e carinho, pois sem os quais não
conseguiria atingir os meus objetivos. A ela a quem devo o enriquecimento desse estudo, com
sua imensa sabedoria e contribuição.
Ao Prof. Dr. Douglas Ferrari, pelo convívio harmonioso e troca de conhecimento a todos os
alunos e profissionais de enfermagem, pela sua honestidade e ética em busca da
transformação do conhecimento.
Aos funcionários da SOBRATI, pelo apoio prestado durante o curso.
Aos colegas do Curso de Mestrado da SOBRATI, pela oportunidade valiosa do convívio e
pelo enriquecimento pessoal conquistado.
A minha amiga Eliete seu esposo Jorge por todo suporte, pela simplicidade, consideração,
apoio e amizade.
Ao querido e inesquecível amigo Álvaro Silva Santos, pela paciência, amizade e
companheirismo nas viagens e estudos.
Ao amigo muito estimado Wagner Rodrigues por todas as vezes que me disse: “você vai
conseguir” e pela disponibilidade e amizade, quando se fez necessário, durante o
desenvolvimento desta pesquisa.
Ás vítimas de traumatismo cranioencefálico que foram motivação de estudo e assim
consumação da pesquisa que consolida este trabalho.
A todos que, apesar de seu valor, não foram aqui mencionados.
“Bem sei eu que tudo podes e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedidos.”
Jó 42:1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................15
2. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................17
3. METODOLOGIA...................................................................................................................27
4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS....................................................................29
5. CONCLUSÃO.........................................................................................................................35
6. REFERENCIAS......................................................................................................................37
ANEXO I: CARTA DE APRESENTAÇÃO AO HOSPITAL................................................38
ANEXO II: FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS...................................................39
RESUMO
Em meio aos traumas em geral, o traumatismo crânio-encefálico (TCE) depara-se entre as
principais causas de morte, além de altos índices de incapacidade e ou invalidez. Sendo sua
principal causa os acidentes de trânsito, quedas e lesões por arma de fogo entre outras. No
traumatismo crânio-encefálico o agente mais comum são os acidentes automobilísticos. É a
principal causa de seqüelas e de mortes nos pacientes politraumatizados, suscitando grande
impacto sócio-econômico para a saúde pública. Trata-se de um estudo descritivo com tracejo
transversal e de caráter quantitativo, empregando como instrumento de pesquisa a técnica
retrospectiva documental. A amostra foi circunspeta por 22 registros de admissão de vítimas
de traumatismo crânio-encefálico. A coleta de dados foi obtida com a aplicação de um
instrumento com perguntas fechadas. Os resultados evidenciam que a maior parte das vítimas
encontra-se na faixa etária de 19 a 28 anos (27%), predominando o sexo masculino (68%) dos
casos estudados. Os principais tipos de acidentes foram: acidente de trânsito com ocorrência
de colisão e atropelamento igualmente com valores de (9%) cada totalizando (18%) da
amostra. Na distribuição mensal observou-se predominância dos meses quentes, como o mês
de Setembro (13%) dos atendimentos, sendo que (26%) evoluíram para óbito e (32%) não
foram informados.
Palavras-chave: Traumatismo Crânio-Encefálico; Assistência de Enfermagem; Unidade de
Terapia Intensiva.
ABSTRACT
In the middle of trauma in general, the traumatic injury (TBI) faces among the leading causes
of death, and very high rates of disability and or disability. Being the main cause of
accidents traffic, falls and injuries by fire arms among others. In traumatic brain injury are
the most common agent motor vehicle accidents. It is the leading cause of sequelae and death
in
multiple
trauma
patients, requiring
great
socio-economic
ealth
public. It is a descriptive study with dashed Cross and quantitative character, employing
as research instrument to technical retrospective documentary. The sample was circumspect
for 22 records admission of victims of traumatic brain injury. The Data collection was
obtained
by
applying
a instrument
with
closed
questions. The
results
show that most of the victims found in aged 19 to 28 years (27%), predominantly male (68%)
of cases. The principal types of accidents were traffic accident occurring collision hit and also
with values (9%) each total (18%) of the sample. In monthly distribution showed a
predominance of warm months, as the month of September (13%) of care, and (26%) died and
(32%) were not informed.
Key-words: Head Trauma; Nursing Care, Intensive Care Unit.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ECG
–
Escala de coma de GLASGOW
HGPV
–
Hospital Geral prado Valadares
LAD
–
Lesão Axonal Difusa
LCT
–
Lesão Cerebral Traumática
PA
–
Pressão Arterial
PIC
–
Pressão Intracraniana
PPC
–
Pressão de Perfusão Cerebral
RCP
–
Reanimação Cardiopulmonar
SaO2
–
Saturação de Oxigênio
SAMU
–
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SOBRATI
_
Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva
SSVV
–
Sinais Vitais
TCE
–
Traumatismo Cranioencefálico
UTI
–
Unidade de Terapia Intensiva
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
GRÁFICO 01
GRÁFICO 02
Tipo de Acidente
Distribuição mensal dos atendimentos por acidente
Transporte de paciente
GRÁFICO 03
Perfil epidemiológico,Jequié, 2010.
TABELA 01
Distribuição do número de vítimas do TCE de acordo o dia da
TABELA 02
semana. Jequié – BA
Evolução das vítimas do TCE. Jequié - BA
TABELA 03
LISTA DE ANEXOS
ANEXO I
Ofício ao diretor médico do Hospital Geral Prado Valadares.
ANEXO II
Ofício ao diretor de enfermagem do SAMU.
ANEXO III
Formulário para coleta de dados.
1.
INTRODUÇÃO
“O Traumatismo cranioencefálico (TCE) é qualquer agressão que acarreta lesão
anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo.”
(Diament e Cypel, 1996 apud Macedo 2006).
No politraumatismo, tem-se o TCE como o mais considerável, visto que o mesmo faz
parte do quadro clínico apresentado pela pluralidade das vítimas politraumatizadas.
O índice de mortalidade dos pacientes vítimas de TCE está em torno de 40% e não é
privilégio apenas dos países desenvolvidos, mas um desafio presente em todo o mundo.
[...] Nos últimos 10 anos, mais de um milhão de pessoas ficaram inválidas devido a
traumas mecânicos no Brasil, sendo os acidentes de trânsito os principais
responsáveis por essas taxas. A depender do hospital estudado, o internamento por
trauma mecânico pode atingir valores acima de 40%. (Fonseca apud Melo et al,
2004)
Diante das inquietações surgidas ao longo da jornada de trabalho em Unidades de
terapia intensiva geral e neurológica como enfermeira supervisora e docente universitária em
argüições apresentadas por discentes em sala de aula justifica o interesse em pesquisar a
origem e as causas dos fatores de risco que ocasionam as lesões neurológicas em pacientes,
vítimas de traumatismos crânio-encefálicos.
Desse modo, a pretensão deste estudo é de se estabelecer um perfil epidemiológico dos
pacientes vitimas do trauma crânio-encefálico internados no Hospital Geral Prado Valadares
no período de Janeiro a Dezembro de 2010, no intuito de permitir a identificação das causas
de TCE como também estabelecer a taxa de mortalidade das vitimas atendidas na UTI deste
mesmo hospital.
Assim, levando-se em consideração estes fatores, questiona-se: Qual o perfil
epidemiológico dos pacientes vitimas de traumatismo Crânio-encefálico?
No Traumatismo cranioencefálico a prevenção é o principal artifício utilizado para
redução do alto índice de mortalidade e morbidade deixado por tal trauma através de
programas e campanhas de prevenção de acidentes direcionados principalmente às suas
principais vítimas, que são crianças e adultos jovens.
Esperamos que o resultado desta pesquisa venha conduzir a uma sensibilização da
importância da prevenção por parte das autoridades, com vistas ao planejamento, execução e
avaliação da forma mais adequada de prevenção reduzindo assim gastos que poderiam ser
remanejados para outras necessidades assistenciais.
Este estudo tem o objetivo de traçar o perfil epidemiológico de pacientes vítimas de
trauma cranioencefálico (TCE) atendidos, no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV),
buscando destacar hospitalização, analisando os fatores associados quanto à morbidade e
letalidade desse paciente. E tem como objetivos específicos:
 Caracterizar as vítimas de TCE atendidas na UTI do HGPV no período de Janeiro a
Dezembro de 2010;
 Identificar as causas de TCE nas vítimas atendidas na UTI do HGPV no período de
Janeiro a Dezembro de 2010;
Este estudo é de grande relevância à medida que enfatiza a importância dos estudos
epidemiológicos, onde os mesmos demonstraram não só uma elevação do índice de óbito,
mas também de seqüelas por lesão cerebral grave. Esta elevação tem justificado uma
preocupação crescente de muitas comunidades em identificar a atuar preventivamente na sua
redução.
Sabe-se que os custos de atendimento ao traumatizados, principalmente ao
traumatizado crânio-encefálico são altos, e ainda requerem uma atenção especializada e um
tempo maior de tratamento, podendo ainda deixar sequelas graves e permanentes.
Segundo Peixoto (1998, p. 188):
[...] Em níveis mundiais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que uma
em cada quatro a nove pessoas, nos países em desenvolvimento, sofre por ano
alguma lesão incapacitante, e 2% do total da população mundial esta incapacitada
como resultado de lesões ocasionadas por acidentes ou violência.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICA
a. EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO
O Traumatismo Crânio-encefálico tem caráter epidemiológico mundial. Em nível de
Brasil, uma particularidade curiosa é que em sua maior parte são acarretados pelos
acidentes de trânsito, mergulhos em águas rasas, violências, quedas e projéteis de armas de
fogo. De uma forma geral a gravidade das lesões é determinada de acordo com a
intensidade do trauma, pois ainda quando leves podem refletir lesões graves.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma de cada quatro a nove pessoas,
nos países em desenvolvimento, sofre por ano alguma lesão incapacitante, e 2% do total da
população mundial esta incapacitada como resultado de lesões ocasionadas por acidentes ou
violência (PEIXOTO, 1998).
A partir de 1682 que o traumatismo crânio-encefálico (TCE) começou a ser descrito
como importante fator de óbito em suas vítimas, tomando proporções cada vez maiores com a
evolução da humanidade, até atingir os atuais índices de morbidade e mortalidade.
Os traumatismos crânio encefálico (TCE) são habituais no Brasil, em sua pluralidade
são originados pelos acidentes de trânsito, mergulhos em águas rasas, agressões, quedas e
projéteis de armas de fogo. De um modo geral a seriedade das lesões esta arrolada com a
intensidade do trauma, pois mesmos leves podem determinar lesões graves.
As mudanças sociais, políticas, econômicas, o crescimento urbano, e o
desenvolvimento da indústria automobilística, entre outros, trouxeram alguns problemas,
como por exemplo, o aumento da violência, que no Brasil vem sendo demonstrada desde a
última década do século passado, como um dos principais problemas de Saúde Pública,
representando para o país, a perda de cerca 850.000 pessoas, mortas precocemente, em plena
idade produtiva. Aproximadamente 100.000 brasileiros, morrem vitimados por trauma a cada
ano, e cerca de um milhão e quinhentos são feridos em acidentes (ARRUDA, 2000).
Koizume et AL (1997) relataram que devido a problemas metodológicos, os estudos
epidemiológicos sobre TCE são escassos, sendo essa dificuldade encontrada inclusive nos
países mais desenvolvidos
Para Rowland (1997), as conseqüências finais de um traumatismo craniano podem ir
desde a recuperação completa até a morte, onde o tipo e a gravidade das incapacidades
dependerão do local e da extensão do cérebro lesionado, e muitas das funções cerebrais
podem ser efetuadas em mais de uma área e, às vezes, as áreas incólumes assumem as funções
que outras perderam devido à lesão que afetou uma área determinada, o que permite uma
recuperação parcial.
De acordo com os dados do DATASUS, foram registrados 9406 óbitos por causas
externas (grupo CID-10), no Estado da Bahia, segundo todas as faixas etárias, em 2007.
Dentre estes, 1.968 (20,92%) foram por acidentes de trânsito que ocupou o 1º lugar entre estes
óbitos. Os acidentes de trânsito totalizaram 1.616 (17,18%) no sexo masculino enquanto 349
(3,71%) do sexo feminino e 03 de sexo ignorado.
As causas externas têm sido consideradas um problema de saúde pública no mundo.
Dados estatísticos indicam que morrem 3,5 milhões de pessoas devido a traumas acidentais ou
intencionais. No Brasil, a mortalidade por causas externas não difere dos demais países do
mundo, foram notificadas 128.388 mortes de pessoas por este mesmo motivo, sendo que os
acidentes automobilísticos são os maiores responsáveis com cerca de 37.000 mortes no ano de
2006 (DATASUS, 2010).
A avaliação da gravidade do trauma e a instituição de manobras para manutenção
básica da vida, no local do evento, podem representar a oportunidade de sobrevida para as
vítimas de trauma até a sua chegada ao hospital. Infelizmente, mais da metade das mortes por
TCE acontecem no local do trauma, sem tempo hábil para reanimação, sendo 1/3 dos óbitos
nos EUA e 4/5 no Brasil.
[...] A grande maioria dos traumas fatais poderia apresentar evolução diferente se
abordada devidamente nos primeiros minutos após o acidente, principalmente no
que concerne à assistência respiratória, ao controle imediato da hemorragia, à
imobilização e ao transporte. (Pires et al, 2006 pg 323)
b. CONCEITO E INCIDÊNCIA
Numa definição geral, o Traumatismo Cranioencefálico é qualquer agressão
traumática que tenha como conseqüência lesão anatômica como fratura de crânio ou lesão do
couro cabeludo, ou ainda o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus
vasos, podendo ser classificado como leve, moderado e grave de acordo o escore da escala do
coma de Glasgow (CINTRA, 2000).
Segundo Greenberg (1996), o Traumatismo Cranioencefálico constitui qualquer
agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo,
crânio, meninges ou encéfalo. É a causa de morte mais freqüente entre os 2 e 42 anos de
idade.
No geral, os pacientes vítimas de TCE são a quarta principal causa de mortalidade nos
EUA nos últimos 40 anos, enquanto que entre as pessoas de 1 a 45 anos se encontram em
primeiro lugar (NITRINI, 1996). A mortalidade dos pacientes vítimas de TCE está em torno
de 40% e não está limitada somente aos países desenvolvidos, sendo o TCE bastante presente
em todo mundo, onde, infelizmente, mais da metade das mortes por TCE ocorre no local do
trauma, sem tempo hábil para reanimação
c. FISIOPATOLOGIA
O TCE é definido como uma agressão ao cérebro causada por agressão física externa,
que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em
comprometimento
das
habilidades
cognitivas
ou
do
funcionamento
físico.
Pode também resultar no distúrbio do funcionamento comportamental ou emocional. Este
pode ser temporário ou permanente e provocar comprometimento funcional parcial ou total,
ou mau ajustamento psicológico (Rodrigues, 2010).
A fisiopatologia do TCE depende da relação entre a capacidade de complacência
cerebral e as alterações no fluxo sanguíneo cerebral. As forças de impacto e inercial, quando
aplicadas ao crânio, podem gerar deformações (compressão, tensão e/ou cisalhamento). As
forças de impacto são responsáveis por efeitos locais na superfície. Ex.: laceração do couro
cabeludo, fratura do crânio, hematoma epidural, etc. As forças inerciais determinam efeitos
difusos. Ex.: contusões, hematoma subdural e lesão axonal difusa (LAD).
Existem dois tipos de lesão, a saber: Lesão cerebral primária: ocorre no momento do
trauma (trauma direto no encéfalo associado com lesões vasculares). Ex.: contusões,
lacerações e lesão axonal difusa (LAD). Lesão cerebral secundária: é determinada por
processos complicadores, que se iniciam no momento do trauma.
As principais causas de lesão cerebral secundária são Sistêmicas ou – Intracranianas.
Conforme explana Rowland (1997):
Os Pacientes que sofrem TCE apresentam sequelas significativas tanto no âmbito
motor quanto no âmbito psicológico pois, frequentemente, o TCE atinge além da
parte motora, a área da fala e da cognição. Ele tem conseqüências significativas na
vida tanto da pessoa quanto na da família. Embora possa atingir qualquer pessoa e
em qualquer faixa etária, sua incidência maior é em indivíduos jovens, até 35 anos
do sexo masculino.
d. AVALIAÇÃO
E
CLASSIFICAÇÃO
CRANIOENCEFÁLICO
DO
TRAUMATISMO
Segundo Rowland (1997), para análise e avaliação dos Traumas, torna-se essencial
colher, inicialmente, informações acerca do evento, onde as informações sobre o evento
traumático devem ser colhidas de observadores.
Ainda segundo Rowland (1997, p. 78):
Deve-se procurar saber sobre a causa do traumatismo, a intensidade do impacto, a
presença de sintomas neurológicos, convulsões, diminuição de força, alteração da
linguagem, e, sobretudo, deve-se documentar qualquer relato de perda de
consciência. Importante investigar o estado de consciência, reação pupilar,
movimentos dos olhos, reflexos oculares, respostas motoras, e padrões respiratórios.
É importante que sejam compreendidos os mecanismos da lesão cerebral, visto que há
conseqüências
sensoriomotoras,
cognitivas,
comportamentais
e
sociais
diretamente
seqüenciais à injúria. (PECLAT, 2004)
 Traumatismos cranianos fechados: quando não há ferimentos no crânio ou existe
apenas uma fratura linear. Estes podem ser subdivididos em: concussão (aquele sem
qualquer lesão estrutural macroscópica do cérebro), e aquele com destruição do
parênquima cerebral onde há edema, contusão, laceração ou hemorragia. Concussão é
uma breve perda de consciência depois do traumatismo sendo atribuída por uma
desconexão funcional entre o tronco cerebral e os hemisférios e geralmente recobre a
consciência antes de 6 horas;
 Fratura com afundamento do crânio: o pericrânio está íntegro, porém um fragmento do
osso fraturado está afundado e comprime ou lesiona o cérebro;
 Fratura exposta do crânio: indica que os tecidos pericranianos foram lacerados e que
existe uma comunicação direta entre o couro cabeludo lesionado e o parênquima
cerebral através dos fragmentos ósseos afundados ou estilhaçados e da dura lacerada.
QUADRO 1: Classificação do TCE
GRUPO DE
RISCO
Baixo
CARACTERÍSTICAS
Assintomático, cefaléia, tonteira, hematoma ou laceração do
couro cabeludo, ausência de critérios de risco moderado ou alto.
Moderado
Alteração da consciência no momento do traumatismo ou depois;
cefaléia progressiva; intoxicação com álcool ou drogas; história
inconfiável ou ausente do acidente; idade inferior a 2 anos (a
menos que traumatismo seja banal); convulsão pós-traumática,
vômito, amnésia; politraumatismo, traumatismo facial grave,
sinais de fratura basilar; possível penetração no crânio ou fratura
com afundamento; suspeita de violência contra a criança.
Alto
Depressão da consciência (não claramente devida a álcool,
drogas, encefalopatia metabólica, pós-crise); sinais neurológicos
focais, nível decrescente da consciência; ferida penetrante do
crânio ou fratura com afundamento palpável.
Fonte: ROWLAND, Lewis P. 1997 apud OLIVEIRA; WIBELINGER;
LUCA, 2005.
e. TRATAMENTO DO TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO
No TCE o tratamento inicia na cena do trauma, nesse momento organização e
conduta de qualidade é de suma importância. Durante o transporte é importante que
ocorra de forma correto com uma adequada admissão no hospital. Desta forma, irá
contribuir para que seja realizado um diagnóstico correto, estabelecendo um prognóstico
e uma conduta terapêutica eficaz e de qualidade. Inicialmente o tratamento será clínico
ou caso necessário cirúrgico, em seguida, após o quadro clínico do paciente se
estabilizar, começara as terapias para reabilitação. Toda a abordagem do tratamento
deve ser de forma global, tendo como único objetivo alcançar o maior grau de
funcionalidade, e com isto proporcionar a esses indivíduos maior nível de
independência e qualidade de vida.
O tratamento clínico do TCE consiste na melhora da oferta e diminuição do consumo
cerebral de oxigênio. O tratamento do TCE baseia-se inicialmente, no entendimento do
mecanismo da lesão traumática.
f. A ENFERMAGEM E A ASSISTÊNCIA AO PACIENTE
Nas primeiras 48 horas a equipe de enfermagem deve estar atenta ao escore de
Glasgow, ao padrão respiratório e aos níveis da PIC (normal menor 10 mmHg) já que
uma “elevação da PIC a maior de 20 mmHg em um paciente em repouso, por mais do
que alguns minutos, está associada a um aumento significativo da mortalidade; essa
atenção da enfermagem permite intervir rapidamente, evitando complicações” (SMITH
E WINKLER, 1994).
Para Hudak (1997), no momento em que o paciente estiver adequadamente
sedado e a PIC se manter estável, a mudança de decúbito deverá ser realizada de dois
em 2 horas, se a PIC apresentar oscilações, este procedimento deverá ser realizado com
cautela. O balanço hídrico deverá ser monitorizado atentando-se para o volume urinário
e as medidas da pressão venosa central (PVC).
Cintra (2000, p. 198) adiciona:
A nutrição enteral deve ser iniciada após 48 horas de admissão na UTI,
estando-se atento à presença de ruído hidroaéreos e distensão abdominal.
Nos pacientes que apresentar fraturas de base de crânio, a sondagem
nasogastrica ou enteral deve ser feita via oral e não via nasal, pois podemos
provocar infecções do tipo meningite e para as aspirações deve ser usado o
mesmo critério, não realizar aspirações nasais nestes pacientes.
No Brasil, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192), é o
principal componente da Política Nacional de Atenção às Urgências, criada em 2003 e
implantado por intermédio do Ministério da Saúde, em parceria com os governos
estaduais e municipais. Este serviço de atendimento pré-hospitalar móvel é um
programa que tem como finalidade prestar socorro à população nos casos de urgência e
emergência através de uma ligação gratuita feita para o telefone 192.
O atendimento de pacientes politraumatizados demanda profissionais em
múltiplas equipes, preparadas e experientes que devem abordar as vítimas nas várias
fases: do resgate à reanimação, à avaliação e ao tratamento definitivo. A primeira fase
abrange a chegada da equipe de resgate, cuja função precípua é retirar o paciente da
cena, com segurança, e deixá-lo no hospital. A 2 a. fase compreende o atendimento
inicial, quando se faz a reanimação e a avaliação do traumatizado e a 3a. fase começa
com o tratamento definitivo.
A – VIAS AÉREAS:
Pacientes com TCE grave ou Escala de coma de Glasgow (ECG) < 8 são candidatos à
intubação traqueal. As dificuldades que podem ser encontradas são: trismo, vômitos,
sangramento, edema traqueal, coluna cervical alinhada. Quando em pacientes
agressivos, podem-se administrar agentes bloqueadores neuromusculares (curarizantes)
para facilitar o procedimento, como uso de lidocaína. Uso de ventilação com máscara de
Venturi.
B – RESPIRAÇÃO:
Todos os doentes com suspeita de Lesão Cerebral Traumática (LCT) devem receber
oxigênio suplementar. A saturação de O2 (SaO2) deve ser mantida acima de 95%. Se a
hipóxia persistir o socorrista deve identificar e tratar todas as prováveis etiologias (ex.:
aspiração e pneumotórax). Utilizar a capnografia se disponível. (valor normal: entre 35
e 45 mmhg). Os valores ideais para ventilação assistida devem serem mantidos em: 10
irpm para adultos, 20 irpm para crianças e 25 irpm para RN.
C – CIRCULAÇÃO:
Tratar a anemia e a hipotensão, visto que são importantes causas de LCT secundária. Na
ausência de sangramento externo significante, a presença de pulso rápido e fraco, em
vítima de trauma fechado, sugere hemorragia com risco de morte Para preservar a PPC,
deve-se manter a PA sistólica entre 90 e 100 mmhg. Cuidado: sangramento, aumento do
edema e da PIC.
ESTADO NEUROLÓGICO:
Reverter e prevenir fatores que causem LCT secundária. Grandes convulsões (grande
mal) podem ser tratadas com benzodiazepínicos IV (diazepam). Cuidado: hipotensão e
depressão respiratória. Colar cervical: para não prejudicar o retorno venoso, deve-se
colocados com 02 dedos tocando o pescoço de folga. OBS: As manobras do RCP são
válidas, visto que mantêm a vida. O importante é estabilizar a coluna cervical. Adultos
fazem hiperextenção, enquanto que as crianças fletem o pescoço.
g. ESTÁGIOS DE RECUPERAÇÃO DO TCE
A recuperação do TCE comumente tem configuração mutável e complexa. E
para promover a comunicação entre as diferentes especialidades, foram desenvolvidas
escalas de recuperação. As diferentes escalas de pontuação descrevem basicamente os
estágios de recuperação analisados imediatamente ao traumatismo e durante a fase
aguda da recuperação.
QUADRO 2: Escala de coma de Glasgow
Fonte: Blog Saúde
EXAME SECUNDÁRIO
Palpação à procura de ferimentos, depressões ou crepitações. Otoliquorréia (halo
amarelado na gaze). O tamanho e a resposta pupilar devem se avaliados. Exame do
pescoço para identificar dor e deformidades ósseas. Em paciente cooperativo, avaliar a
função motora.
AVALIAÇÃO PUPILAR:
Contribui para o diagnóstico diferencial entre os quadros metabólicos e os
originados por lesões estruturais do sistema nervoso. As vias neurais de controle pupilar
são altamente resistentes a alterações metabólicas. Pupila dilatada e lentamente reativa
= compressão do nervo óptico (III par craniano). Pode ser por edema, hematoma, etc.
Pupila dilatada não reativa = herniação uncal (porção do lobo temporal). Pupilas
irregulares e não reativas = lesão mesencefálica. Um dos critérios para morte encefálica
é pupilas não reativas.
h. TRANSPORTE
Freqüência cardíaca, pressão arterial, saturação de CO2 e Escala de Coma de
Glasgow devem ser reavaliadas a cada 5 ou 10 minutos. Deve-se preservar o calor do
corpo durante o transporte.
Em geral, são transportados em posição supina pela presença de outras lesões.
Cuidado: embora elevar a cabeceira da maca (posição de Trendelenburg reversa) possa
diminuir a PIC, a PPC também pode diminuir, principalmente se a elevação for mais de
30º.
i. MORBIMORTALIDADE DO TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
No Brasil, de um modo geral, os estudos epidemiológicos sobre traumatismos
crânioencefálicos são poucos, e mais escassos ainda os que permitem análises
comparativas da magnitude desta problemática, devido obstáculos metodológicos.
Segundo Rowland (1997), no geral, os estudos são de trauma cefálico, que incluem
envoltórios e conteúdo craniano, mas reportam-se como de TCE, dada a dificuldade de
mútua exclusão. É usual também estarem centrados em níveis específicos de gravidade,
somente em vítimas hospitalizadas, ou de acordo com a causa externa como o acidente
de trânsito.
Acerca desse assunto, preconiza Nitrini (1993, p. 145):
O traumatismo intracraniano apresenta-se como um dos principais
fatores na mortalidade (superior a 20%) especialmente por acidentes
de trânsito. Tem-se a contusão cerebral como tipo de lesão mais
freqüente (28,9%) entre os pedestres destacando-se das demais lesões
de maior ocorrência, hematoma subdural (16,9%) e hematoma
extradural (15,7%).
Um dado preocupante, é o fato de ser os acidentes de trânsito a primeira causa
de TCE, pois se torna cada vez mais evidente a imprudência por parte dos motoristas, o
descaso do poder público com a conservação das rodovias, e também a falta de cuidado
por parte dos pedestres (NITRINI, 1993). Estes fatores somados implicam muito na
prevalência do grande número de acidentes de trânsito e, conseqüentemente, na
prevalência do alto índice de vítimas de traumatismo cranioencefálico.
No Brasil, no ano de 1989, a mortalidade por causas externas destacou-se como
a terceira mais freqüente causa de morte na população em geral, sendo superada
somente pelas doenças do aparelho circulatório e pelas afecções maldefinidas.
Naqueles que morreram devido a causas externas, os acidentes de trânsito
preponderaram, seguido pelo homicídio (SMITH E WINKLER, 1994).
Dados e estimativas relacionadas a acidentes de trânsito no Brasil mostram que
cerca de 50.000 pessoas morrem, 300.000 são feridas, em cerca de 1 milhão de acidentes
de trânsito, por ano. Os prejuízos são de 4,5 milhões em danos materiais, tratamentos
médicos, homens-hora de trabalho, indenizações e pensões (HUDAK, 1997).
Segundo Hudak (1997), estudos mostram que a incidência de trauma crânioencefálico (TCE) é bastante elevada em populações traumatizadas e, que o TCE é um
agravante no prognóstico de vítimas de trauma. Desta forma, há uma constante indicação
que o prognóstico do traumatizado, depende, freqüentemente, da gravidade de suas
lesões cranianas.
Gennarelli e col. Apud Sousa (1999, p. 86) observa:
Entre 1989 a 1989, em 545 vítimas de trauma grave não penetrante, a
mortalidade naquelas com TCE grave foi de 30,8% enquanto que naquelas
que não apresentavam esse tipo de injúria a morte ocorreu em 0,9% dos casos.
Resultados apresentados em seu estudo em 49.143 pacientes de 95 centros de
trauma mostraram que 10% das vítimas morreram sendo que o número de
mortes em pacientes com TCE foi 1,5 vezes maior do que naqueles com
injúrias extracranianas, sendo 60,4% com TCE X 39,6% sem TCE.
3. METODOLOGIA
TIPO DE ESTUDO
Trata-se de estudo retrospectivo, exploratório-descritivo, com abordagem
quantitativa. A pesquisa exploratória tem como objetivo explorar aspectos de uma
situação, facilitar delimitação do tema (ANDRADE, 2002) e a descritiva objetiva
descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento das relações entre as variáveis (GIL, 1999). Freqüentemente, pela
impossibilidade de se estudar o universo, adota-se como opção o estudo de uma amostra
estimada da população alvo.
CENÁRIO DE ESTUDO
O cenário ou espaço se encontra em relacionamento direto ou contido em uma
área geográfica de maior abrangência, é a situação do nosso campo de pesquisa que se
localiza no município de Jequié-Ba, com 3.146Km2, situado no sudoeste Baiano, numa
distância de 360 km de Salvador, tendo em seu terreno a prevalência de vegetação de
caatinga e Mata Atlântica. Jequié conta hoje com 150 mil habitantes sendo considerada
a 8° cidade mais populosa do interior da Bahia (A FOLHA,2009).
Dispõe de uma rede hospitalar composta por Hospital Geral Prado Valadares
(HGPV) com UTI adulto implantada no ano de 2006; Hospital Santa Helena com uma
UTI adulto implantada em 2007; Hospital São Vicente; Hospital Perpétuo Socorro;
Hospital SERVIR e Hospital do IORTE e uma unidade do SAMU – Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência.
A seleção do HGPV como cenário dessa pesquisa foi devido a seu valor regional
por ser o único Hospital Público que dispõe de um setor de emergência e UTI, que
recebe vítimas de politraumatismos transportadas pelas unidades móveis de urgência do
SAMU, Corpo de Bombeiros e terceiros.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
Foram escolhidas vítimas de TCE, admitidas para tratamento em UTI de um
hospital referência do SUS para trauma no município de Jequié, no período de janeiro a
dezembro de 2010.
Os dados dos pacientes internados devido a TCE foram impetrados a partir do
livro de admissão da UTI do hospital estudado. Pela lista foram identificados 22
pacientes com diagnóstico de TCE e com alta hospitalar entre o período de janeiro a
dezembro de 2010, ressaltando aqui que a última alta se deu até dezembro de 2010.
Nas informações constavam dados referentes ao número de registro do paciente
no hospital; idade; sexo; óbitos ocorridos na internação; tempo de permanência
hospitalar e data de internação e alta e infelizmente sem dados referentes ao tipo de
TCE, penetrante ou fechado e o responsável pela locomoção do paciente ao hospital.
Daí partiu a idéia de se buscar no SAMU as informações a cerca do transporte do
paciente local do acidente. Após seleção das vítimas que atendiam a critérios de
inclusão na população em estudo, foram utilizados os dados do livro para
preenchimento em um formulário de questões objetivas. Ainda para manter a
confiabilidade dos dados, todos os registros na ficha foram realizados por um único
pesquisador.
INSTRUMENTOS
Para a realização e viabilização deste estudo foi empregado como instrumento de
coleta de dados um formulário (APÊNDICE B) que foi preenchido com base nas
admissões das vítimas de TCE atendidas no HGPV e contidas no livro de admissão da
UTI do referido hospital no período de janeiro a dezembro de 2010.
ASPECTOS ÉTICOS
O presente estudo foi realizado em observância às diretrizes da Resolução
196/96 do Ministério da Saúde, garantindo o sigilo e o anonimato.
4.
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
A discussão dos resultados será prestada a seguir por meio de tabela
representando as variáveis independentes como sexo e idade. O formulário de
investigação necessitou de modificações diante da escassez de informações no livro de
registro das admissões da UTI do hospital estudado, ficando deficiente a investigação de
algumas variáveis independentes como escolaridade, estado civil e ocupação.
Serão demonstrados por gráficos e tabelas os tipos de acidentes e dias da semana
que mais aconteceram, bem como os meses do ano e contemplando as características
epidemiológicas e a evolução do atendimento dos acidentes, referentes às questões do
instrumento utilizado para a coleta de dados.
Para análise dos dados foi utilizada estatística simples; para tanto, utilizou-se o
programa da Microsoft Excel 2007, para a elaboração dos gráficos e das tabelas. A
análise dos dados foi complementada, fundamentada e validada, utilizando-se
referencial teórico e confrontando-a com a realidade encontrada nos atendimentos
prestados na emergência do pronto atendimento alvo deste estudo.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS VÍTIMAS DE TCE
Nas informações da tabela 1 pode-se descrever o perfil da amostra da
comprovando dados de estudos anteriores com predominância do sexo masculino
(68%), faixa etária 19 a 28 anos (27%). Dados similares também foram encontrados em
um estudo retrospectivo realizado por Miranda, 2008 onde demonstra igualdade quanto
ao predomínio do sexo masculino, o que corrobora com os resultados encontrados no
presente trabalho, enquanto a faixa etária do adulto jovem se encontrava como o
segundo índice. E por um trabalho retrospectivo realizado por Aguiar et al (2005)
demonstrou que (91,3%) eram pacientes do sexo masculino, na faixa etária de 21 a 30
anos (27,5%). Infelizmente não se visualiza todas as variáveis normalmente
questionadas em um estudo epidemiológico como cor, raça e/ou procedência, devido a
pobreza de dados na fonte coletada (livro de admissão da UTI).
Segundo Randall (1995), a maior incidência de TCE no sexo masculino pode
conjeturar contestações nas situações de exposição ao risco entre os dois sexos. E
padrões históricos e culturais relacionados ao gênero, como a acreditada agressividade
masculina, poderiam elucidar, em parte, a maior exposição dos homens a agravos
externos.
Tabela 1 – perfil epidemiológico,Jequié, 2010.
Variáveis
N= 22
%
Sexo
feminino
masculino
Não preenchido
Variáveis
4
15
3
N= 22 %
18%
68%
14%
2
6
3
1
3
2
5
9%
27%
14%
4%
14%
9%
23%
Idade
9 a 18
19 a 28
29 a 38
39 a 48
49 a 58
> 59 anos
Não informado
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
TIPO DE ACIDENTE
Entre as principais razões de TCE podemos mencionar os acidentes
automobilísticos, atropelamentos, os acidentes motociclísticos, a lesão por arma de
fogo, entre outras menos freqüentes.
Ao analisar a variável tipo de acidentes o gráfico 1 mostra que a grande maioria
das admissões com tipos de acidentes informados é em decorrência de acidente de
trânsito com ocorrência de colisão e atropelamento com valores iguais a 9% cada
totalizando 18% da amostra. Ainda conforme o gráfico 1 pode-se observar que a causa
de acidentes não informada ultrapassa todos os dados confirmando a deficiência de
informações dando uma margem de erro grande nesse estudo.
GRÁFICO 1: Tipo de Acidente
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
DISTRIBUIÇÃO MENSAL DOS ATENDIMENTOS POR ACIDENTE
Como mostra o gráfico 2, os meses com maior abrangência foram os de agosto
seguido de setmbro, enquanto o mês de junho não há registro de acidente com vítimas
internadas na UTI por TCE. Contradizendo o estudo de MIRANDA, (2008), embora o
mesmo tenha buscado todos os pacientes admitidos na unidade hospitalar de referência
deste estudo com diagnóstico de TCE enquanto no presente estudo o perfil a ser
identificado era de pacientes internados na UTI do HGPV.
[...] observamos os meses de março, 11 (14,1%), junho, 11 (14,1%) e
outubro, 12 (15,3%) como sendo os de maiores ocorrências do TCE no
município... (Miranda, 2008 p 44).
Gráfico 2:Distribuição mensal dos atendimentos por acidente
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
DIA DA SEMANA DA OCORRÊNCIA DO ACIDENTE
Igualmente como a identificação do número de ocorrência do TCE mensal,
buscou-se também deparar o dia da semana que teve a maior incidência. Os dados
mostram os dias de domingo, 08 (36%), segunda-feira e sexta-feira, ambos com 04
(18%) como os dias da semana que mais aconteceram casos que levaram ao TCE,
enquanto que a terça-feira foi o dia que menor ocorrência, 01 (5%) e as quarta-feira e
quinta-feira com nenhum caso. Apesar dos dados coletados não se pode afirmar o que
motivaram a maior ocorrência do TCE nesses dias, mas provavelmente, pode estar
associada com a proximidade com o final de semana (Tabela 2).
.Tabela 2. Distribuição do número de vítimas
do TCE de acordo o dia da semana. Jequié –
BA
dia da semana
n
%
domingo
8
36
segunda-feira
4
18
terça-feira
1
5
quarta-feira
0
0
quinta-feira
0
0
sexta-feira
4
18
sábado
2
9
não informado
3
14
Total
22
100
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
TRANSPORTE DO PACIENTE
Um dado considerado importante foi a locomoção do paciente até a unidade
hospitalar dado esse melhorado depois da visita ao SAMU onde constava que 02 (9%)
pacientes das 22 vítimas foram transportadas pelo Corpo de Bombeiros, 01 (5%) pelos
familiares, 08 (36%) pelo SAMU, e os demais, 11 (51%) sem informação de como
chegaram ao o hospital.
Gráfico 3: Transporte de paciente
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
EVOLUÇÃO DAS VÍTIMAS DE TCE
Nitrini (1996) afirma que a admissão e o deslocamento de pacientes com TCE
depende da gravidade do quadro clínico de cada um deles. Em todo caso, o
planejamento das ações e a atuação da equipe de forma interdisciplinar no manejo de
pacientes críticos possibilitam um melhor conhecimento sobre a temática em estudo,
assim como, uma assistência de enfermagem de qualidade e humanizada.
Diante do exposto percebe-se que o pronto e adequado atendimento favorecem
uma maior sobrevida a esses pacientes, podendo evitar uma internação prolongada,
apesar da recuperação de um paciente com TCE ser lenta.
Tabela 3- Evolução das vítimas do TCE. Jequié - BA
Evolução do atendimento
Evolução
Alta hospitalar
Transferência
n
%
0
7
1
1
óbito
6
Não informado
7
Total
22
Fonte: Quirino, 2011 (pesquisa direta).
unidade e/ou
outros
0
32 Neurológica
5 Pediatria
5 Cirúrgica
26
32
100
Segundo a pesquisa revelou, dos casos registrados de TCE no município em
estudo, nenhum deles tiveram alta hospitalar no período, enquanto que em outros 06
casos os envolvidos evoluíram para o óbito, e em 9 casos foram transferidos para outras
unidades.
Peixoto (1998) preconiza que, em muitos casos, as intercorrências resultantes do
TCE podem não apresentar situações que revelem danos visíveis, fato que faz com que
o indivíduo evolua para posterior alta hospitalar. Em outros casos, por se tratar de
situações mais graves, geram inevitavelmente o óbito.
Feitoza (2004) chama a atenção ao fato de que vítimas de acidente de trânsito,
pedestres ou motociclistas, têm apresentado mais alta morbidade e mortalidade do
que as demais. Tais indivíduos freqüentemente sofrem lesões graves em múltiplos
sistemas resultando em mais graves conseqüências.
5.
CONCLUSÃO
A presente pesquisa teve como propósito conhecer o perfil epidemiológico dos
pacientes vitimas de traumatismo Crânio-encefálico, visto ser um assunto de de grande
relevância social uma vez que disponibilizará a luz de nossa compreensão, aos
acadêmicos e profissionais da área de saúde, e a sociedade como um todo, um
aprendizado mais amplo e dinâmico acerca da problemática. Dessa forma
estabeleceram-se alguns objetivos dando ênfase na hospitalização, analisando os fatores
associados quanto à morbidade e letalidade desse paciente.
Após a coleta dos dados, que foi realizada no livro de admissão da UTI em
estudo, observou-se a existência de viés em relação a algumas variáveis como a
escolaridade, estado civil e local do acidente, dados considerados importantes, para fins
de planejamento da assistência às vítimas, com vistas à sensibilização dos pacientes e da
população através da educação em saúde e melhor caracterização destas neste estudo, o
que assinala a necessidade de redesenhar as informações colhidas neste livro de
admissão, bem como a conscientização dos responsáveis pelo preenchimento do mesmo
quanto ao compromisso no registro de todas as informações referentes às vítimas que
foram atendidas no HGPV. Ressalta-se a importância das informações doravante
citadas, pois, além de fornecer dados epidemiológicos, poderiam também trazer um
respaldo médico-legal e subsidiar a assistência à saúde para as vítimas do TCE.
Apesar da grande importância para prevenção, pouco se tem estudado no
município sobre o padrão de lesões das vítimas envolvidas em diferentes circunstâncias
em acidentes de trânsito bem como os tipos de acidentes em que essas vítimas são
envolvidas.
Após análise e discussão dos dados , percebeu-se que os objetivos traçados
foram alcançados , vindo a demonstrar que o presente estudo servirá de apoio para os
acadêmicos, profissionais de saúde e docentes na aquisição de novos conhecimentos,
para suas praticas profissionais, principalmente no que tange atuar no processo de
capacitação própria e da equipe e treinamento constante, promovendo cursos e
capacitações na comunidade. Essa pesquisa contribui também no sentido de ser mais um
estudo das vítimas de TCE atendidas no HGPV, embora sejam muito pequeno esse
número e também para nortear a prevenção primária e melhorias nos livros de registro
da UTI do HGPV para melhores informações em próximos estudos.
Portanto, os compromissos assumidos enquanto pesquisadora e profissional a
partir desse estudo, certamente serão estendidos doravante, no que diz respeito à
apresentação e divulgação desses dados aos profissionais da UTI e administração da
instituição e por meio de publicações em eventos e periódicos científicos, com intuito
de beneficiar essencialmente aos que mais estão expostos a essa injúria, que são os
pacientes.
6. REFERÊNCIAS
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atribuídos a vítimas de traumas admitidos em CTI. Rev. Bras. Enf., v 53, n 3. p 368-371. 2000.
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Disponível em: www.fsp.usp.br/~rsp [Acesso em: 25/08/2010]
WARNER RN. Enfermagem em emergências. 2a ed. Rio de Janeiro: Interamericana; 1980.
ANEXOS
SOBRATI - SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM
TERAPIA INTENSIVA
Rua Gonçalo Fernandes, 318 - sala 605 - Cep 09041-410
Santo André - São Paulo - Brasil - (0xx5511) 4427-5022
ANEXO I
Ilmo(a) Sr(a): Gilmar Barros Vasconcelos
Diretor Geral do Hospital geral Prado Valadares
Prezado Senhor
Venho por meio deste, solicitar vossa valiosa colaboração na autorização de acesso para
realizar
coleta
de
dados
para
subsídios
ao
estudo
intitulado
“PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO DAS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO
NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ - BA” e também para utilização do nome da instituição
no relatório final dessa investigação. A proposta tem por objetivo Investigar o perfil
epidemiológico dos pacientes vítimas de TCE analisando os fatores associados à
morbimortalidade desse paciente. Esclarecemos que o trabalho será orientado pelo(a)
professor(a) Msc. Leonardo Batista, Professor do curso de Mestrado Profissionalizante
em Terapia Intensiva da SOBRATI/ Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva,
Diretor da CONSULTAR e Consultor Educacional e Hospitalar colaborador IBEED.
. Contando com vossa colaboração, agradecemos a atenção e subscrevemo-nos.
Atenciosamente,
Andréa Souza Moreira Quirino
(pesquisadora)
Jequié/ BA, 24 de Fevereiro de 2011.
Leonardo Batista
(orientador)
SOBRATI - SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM
TERAPIA INTENSIVA
Rua Gonçalo Fernandes, 318 - sala 605 - Cep 09041-410
Santo André - São Paulo - Brasil - (0xx5511) 4427-5022
ANEXO II
FORMULÁRIO PARA COLETA DE DADOS
ORIENTADOR: Dolores Fernandes
Data: ___/___/2011.
PESQUISADORA: Andréa S. M. Quirino
Início:______Término:_____
Código da pesquisa:______
A.IDENTIFICAÇÃO PESSOAL:
A1. Idade: __________
A2. Sexo:
( )
1.( )masculino
2.( )feminino
A3. Procedência: ___________________________________________________
( )
( )
A4. Grau de instrução:
1º grau
1-( )completo
2-( )incompleto
( )
2º grau
1-( )completo
2-( )incompleto
( )
3º grau
3-( )completo
4-( )incompleto
( )
A5. Ocupação:_______________________________________________
( )
B. DADOS SOBRE O ACIDENTE:
B1. Data do acidente: ___/___/_____
Hora:___:___
( )
B2. Data da internação: ___/___/_____
Hora:___:___
( )
B3. Tipo de acidente:
1- ( ) Acidente automobilístico 2- ( ) Acidente motociclístico
( )
3- ( ) Atropelamento, tipo: ___________________________________
( )
4- ( ) Agressão física, tipo: _____________________________________
( )
5- ( ) Quedas, tipo: ___________________________________________
( )
6- ( ) Outra: _______________________________________
( )
B4. Quem transportou a vítima até o hospital?
1-( ) APH
2-( ) Familiares
3-( ) Própria vítima
4-( ) outros________
( )
B5. Dia da semana que ocorreu o evento?
1-( )Segunda-feira
2-( )Terça-feira
3-( )Quarta-feira
4-( ) Quinta-feira
( )
5-( ) Sexta-feira
6-( )Sábado
7-( ) Domingo
B6. Local do acidente:
1- ( ) Perímetro urbano
2- ( ) Rodovia
3- ( ) Residência
4- ( ) Área rural
( )
5- ( ) Local de trabalho
6- ( ) Não informado
7- ( ) Outros ___________
C. DADOS SOBRE A INTERNAÇÃO:
C1. O paciente foi transferido durante o período de internação:
( )
1-( ) Sim (data da transferência): ____/____/_____
( )
2-( ) Não
(Destino do paciente transferido): _________________________________
C2. Óbito relacionado ao TCE:
1-( ) Sim (data do óbito): ___/___/_____
C3. Data da Alta hospitalar: ___/___/____
2- ( ) Não
3- ( ) Não informado
( )
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