Asma grave em adultos

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Protocolo Clínico
Asma grave em adultos
2015
SOCIEDADE MINEIRA DE PNEUMOLOGIA E CIRURGIA TORÁCICA
Protocolo Clínico
Asma grave em adultos
2015
SOCIEDADE MINEIRA DE PNEUMOLOGIA E CIRURGIA TORÁCICA
Responsáveis /organizadores
Guilherme Freire Garcia
Presidente da Comissão Científica da SMPCT
Luiz Eduardo Mendes Campos
Presidente da Comissão de Asma da SMPCT
Colaboradores
Evandro Monteiro de Sá Magalhães
Flávio Mendonça Andrade da Silva
Gediel Cordeiro Junior
Luiz Fernando Ferreira Pereira
Márcio Freitas Guimarães
Mauríco Meireles Goes
Raquel Felizardo Rosa
Reuniões de validação
Associação Brasileira de Asmáticos Regional MG
- outubro de 2014
Encontro Mineiro de Pneumologistas em Tiradentes
- novembro de 2014
Apoio
Associação Médica de Minas Gerais
Este protocolo pode ser acessado no site www.smpct.org.br
Sumário
07.
Introdução/Racional
08.
Siglas
09.
Definição de Asma Grave
12. 1. Definição
12.
Fluxograma de Manejo de Asma Grave
13. 1. Diagnóstico de Asma
14. 2 . Diagnóstico Diferencial de Asma Grave
14. 3 Otimização da Terapêutica
17. 4 . Fenotipagem
22.
Apêndice
22. Apêndice I – Sugestões operacionais para formação de um
centro de tratamento de Asma Grave
24. Apêndice II – Parceria Médico-Paciente
26. Apêndice I II - Abordagem da crise asmática grave
Asma grave em adultos
5
30.
Referências
31.
Diretoria da Sociedade Mineira de Pneumologia
e Cirurgia Torácica 2013/2015
Diretoria da Associação Médica de Minas Gerais
2013/2015
Introdução/ Racional
A maioria dos pacientes asmáticos pode ser tratada com as medicações
padronizadas. Porém existe um subgrupo de difícil tratamento, que consome grande parte dos recursos empregados no tratamento da asma. É um
grupo de pacientes heterogêneos, com fenótipos diferentes, sendo que os
mecanismos fisiopatológicos e melhor abordagem ainda não estão totalmente esclarecidos.
Apesar de ser impossível estabelecer sua prevalência devido à falta de
uma definição uniforme, a maioria das publicações sugere que 5% a 10%
dos asmáticos podem apresentar asma grave.
Este protocolo tem como população alvo os pacientes adultos com
asma grave, conforme definições do protocolo, descritas abaixo.
Os objetivos deste protocolo são: revisar a definição de asma grave,
discutir possíveis fenótipos, e determinar condutas no paciente adulto, tendo como base de desenvolvimento a adaptação local de outras diretrizes,
especialmente a “International ERS/ATS guidelines on definition, evaluation
and treatment of severe asthma” de 2014 (1).
Seus potenciais utilizadores são especialistas em doenças respiratórias
que lidam com asma grave, e que devem ser os responsáveis pela aplicação
do protocolo, e também clínicos gerais, médicos de cuidados primários, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.
É aconselhável consulta com um especialista em asma nos seguintes
casos: asma de difícil diagnóstico, suspeita de asma ocupacional, asma persistente não controlada com exacerbações frequentes, asma com risco de
morte, eventos adversos significativos ou suspeita de subtipos de asma (ex:
aspergilose broncopulmonar alérgica) (4).
Este documento não tem a intenção de instituir um tratamento padronizado, mas estabelecer bases racionais para decisões em pacientes com
asma grave, pois as recomendações não conseguem abranger toda a complexidade do julgamento clínico em casos individuais.
Os autores recomendam sua revisão e atualização no período máximo
de 3 anos, ou, se necessário, em tempo menor.
Asma grave em adultos
7
Siglas
ACQ - Asthma Control Questionaire
ACT - Asthma Control Test
ADC - Asma de difícil Controle
AINH - Anti-Inflamatórios não Hormonais
Anti-IgE - Anticorpo Monoclonal Anti-imunoglobulina E
ATS - American Thoracic Society
BUD - Budesonida
BDP - Dipropionato de Beclometasona
CI - Corticíoide Inalatório
CO - Corticoide Oral
CS - Corticoide Sistêmcico
GINA - Global Iniciative for Asthma
NAEPP - National Asthma Education and Prevention Program
ERS - European Respiratory Society
FENO - Fração Exalada de óxido Nítrico
FP - Propionato de Fluticasona
LABA - Beta Agonista de Ação Longa
SABA - Beta Agonista de Ação Curta
SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
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Asma grave em adultos
Definição de
Asma Grave
1. Definição
ASMA GRAVE
• Utilização de tratamento sugerido pelo GINA (4) passos 4-5 (altas doses de corticóide inalatório (CI) e beta agonistas de ação longa (LABA) ou
antileucotrienos/teofilina) durante os últimos 12 meses ( ver quadro I) ou
• Uso de corticoides sistêmicos (CS) por 50% dos dias nos últimos 12
meses para prevenir descontrole da asma, ou asma que permanece não controlada apesar do uso de CS.
PREENCHIDAS AS CONDIÇÕES ACIMA, A ASMA GRAVE É DEFINIDA
POR PELO MENOS UM CRITÉRIO DE CONTROLE INADEQUADO, LISTADOS
A SEGUIR:
Asma não controlada - (ver quadro II)
1) Controle inadequado dos sintomas; ACQ > que 1,5, ACT < 20 (ou asma não
bem controlada pelo critérios das diretrizes do GINA /NAEPP).
2) Exacerbações graves frequentes: uso de corticoides sistêmicos por pelo
menos três dias em duas ou mais ocasiões no ano anterior.
3) Exacerbações muito graves: no ano anterior, pelo menos uma hospitalização, internação em UTI ou ventilaçao mecânica por asma.
4) Limitação ao fluxo aéreo: manutenção do VEF1 < do que 80% do predito
após broncodilatação apropriada (com VEF1/CVF reduzidos, abaixo do limite
inferior da normalidade).
Em caso de asma controlada com altas doses de medicação
5) Piora do controle durante tentativa de diminuição de altas doses de CI ou
CS (ou biológicos adicionais)
ATENÇÃO
Tratamento inadequado devido ao acesso dificultado à medicação, a não
adesão ao tratamento, o uso incorreto de dispositivos inalatórios, a ausência
de controle ambiental ou presença de comorbidades são as condições mais coAsma grave em adultos
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muns para a persistência dos sintomas de asma. Alertamos que este protocolo
não se aplica a estes pacientes, e antes de classificar um paciente como asma
grave, deve-se verificar exaustivamente a técnica inalatória, adesão à medicação, comorbidades como refluxo gastroesofágico, rinossinusite, obesidade,
tabagismo, síndrome de apneia do sono, além da exposição persistente a sensibilizantes domiciliares ou profissionais (1, 2).
QUADRO I (3)
Manejo da asma baseado no nível de controle para maiores de cinco anos
Nível do controle
Ação
Controlada
Manter o tratamento e identificar a menor dose
para manter o controle
Parcialmente
controlada
Não controlada
Exarcebação
Considerar aumentar a dose para atingir o controle
Aumentar etapas até conseguir controle
Tratar como exarcebação
Etapas do Tratamento
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Etapa 4
Etapa 5
Educação e Controle AmbientaL
BD de curta duração por demanda
Selecione Selecione uma
uma das
das opções
opções
abaixo
abaixo
Opção de
Dose baixa Dose baixa
medicamentos
de CI
de CI + LABA
controladores
para etapas
Antileu- Dose média ou
2 a 5b
cotrienos
alta de CI
Selecione uma
das opções
abaixo
Dose moderada ou
alta de CI + LABA
Dose moderada ou
alta de CI + LABA +
antileucotrienos
Adicionar um
ou mais em
relação à
Etapa 4
Cortióide oral
na dose mais
baixa possível
Tratamento
com anti-lgE
Dose baixa de Dose moderada ou
CI + teofilina de alta de CI + LABA +
liberação lenta teofilina de liberação
lenta
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Asma grave em adultos
QUADRO II (1)
Definições de Asma grave
Sintomas de
asma não
controlada ou
ACT < 20*
Exacerbações
frequentes
nos últimos
anos e
≥ 2 cursos
de CS
≥ 3 dias
OFA**
VEF1 < 80%
Uma
exacerbação
grave no
último ano
em
Hospital
ou CTI
Um dos 4 critérios
+
Paciente sob tratamento de
altas doses de CI + 2ª medicação
controladora ≥12meses
*VER ANEXOS
** OFA= OBSTRUÇÃO AO FLUXO AÉREO VERIFICADO POR ESPIROMETRIA
NÃO CONTROLE: PACIENTES QUE PREENCHEM 1 DOS CRITÉRIOS DE NÃO CONTROLE OU QUE DETERIORAM QUANDO DOSES ALTAS DE CI OU CS SÃO REDUZIDAS.
Asma grave em adultos
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Fluxograma de Manejo
da Asma Grave
Diagnóstico de asma
grave
Diagnóstico de asma
confirmado?
História
PFP
Diagnóstico
diferencial
Tratamento etapa 4
do GINA e
Persistência de asma
não controlada
Verificação da adesão
Exposição ambiental
Uso correto de
dispositivos
inalatórios
Tratamento de comorbidades*
Adequação da dose de CI**
Persiste com asma não
controlada?
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Asma grave em adultos
Fenotipagem
Escarro induzido
disponível?
Asma eosinofílica
Inibidor de IL5***
Asma neutrofílica
Macrolideos,teofilina,tiotrópio#
Asma alérgica
IgE entre 30 e
1300 UI/ml
Obstrução crônica
ao fluxo aéreoTiotrópio
Termoplastia?
Omalizumabe
Reavaliação em 4 meses:
manutenção nos
respondedores (60%)
*Principais comorbidades são rinossinusite e refluxo gastro esofágico. Porém o tratamento não
está relacionado com o controle da asma.
**Doses equivalentes a 2000 mcg de beclometasona, tentativa terapêutica com outros corticóides
como fluticasona, mometasona, ou partículas finas, como beclometasona solução e ciclesonida,
ainda sem evidências conclusivas
*** Drogas experimentais
# Efeito discreto na função pulmonar e aumento do tempo da primeira exacerbação.
1. Diagnóstico de Asma (1)
• A história clínica: dispneia, tosse, sibilos, opressão torácica e despertares noturnos.
• A confirmação de limitação reversível ao fluxo aéreo deve ser feita por
espirometria, com curvas ins e expiratórias, antes e após uso de broncodilatador.
Asma grave em adultos
13
• Volumes pulmonares, difusão de monóxido de carbono e teste de
exercício e broncoprovocação podem ser realizados após avaliação caso a
caso, se houver inconsistência entre história, quadro clínico e espirometria,
levantando a suspeita de um diagnóstico alternativo.
2. Diagnóstico diferencial de Asma Grave (1)
Existem várias entidades frequentemente confundidas com asma em
adultos, que podem demandar propedeutica específica:
• Disfunção de cordas vocais
• DPOC
• Hiperventilação com ataques de pânico
• Bronquiolite obliterante
• Insuficiência cardíaca congestiva
• Reação a drogas (ex: inibidores de ECA, AAS, AINH, betabloqueadores)
• Bronquiectasias/fibrose cística
• Pneumonia de hipersensibilidade
• Síndromes hipereosinofílicas
• Embolia pulmonar
• Traqueobronquite herpética
• Lesão endobrônquica ou corpo estranho
• Aspergilose broncopulmonar alérgica
• Traqueobroncomalácia adquirida
• Síndrome de Churg-Strauss
3. Otimização da Terapêutica (1)
DIFERENCIAR ASMA GRAVE DE QUADROS MAIS LEVES TRATADOS INADEQUADAMENTE, COM OTIMIZAÇÃO DO TRATAMENTO
1.
2.
3.
4.
14
Controle da exposição ambiental e profissional;
Adesão ao tratamento;
Técnica correta de uso da medicação inalatória;
Terapia de dose alta de CI em altas doses + LABA /+antileucotrienAsma grave em adultos
os/teofilina- verificar prescrição correta, adesão, e persistência dos sintomas
apesar do uso correto destas medicações.
5. Verificar controle da asma por questionários ACQ , ACT, ou critérios
do GINA/NAEPP (4)
QUADRO III
Nível de Controle Sintomático - (segundo GINA 2014)
Bem
Parcialmente
Não
controlado controlado controlado
Nas ultimas 4
semanas o paciente
teve:
Sintomas diurnos mais ( ) S ( ) N
que 2 x por semana?
Qualquer despertar
noturno por asma?
( )S ( )N
Medicação de alívio mais do que 2x por
semana?
( )S ( )N
Qualquer limitação de
atividade devido à
asma?
( )S ( )N
Nenhum
destes
1–2
destes
3–4
destes
QUADRO IV
Teste de controle da asma- ACT (5), validado para o Brasil
Nas últimas quatro semanas:
Q1. A asma prejudicou suas atividades no trabalho, na escola ou em casa?
1. Nenhuma vez
2. Poucas vezes
3. Algumas vezes
4. Maioria das vezes
5. Todo o tempo
Asma grave em adultos
15
Q2. Como está o controle da sua asma?
1. Totalmente descontrolada
2. Pobremente controlada
3. Um pouco controlada
4. Bem controlada
5. Completamente controlada
Q3. Quantas vezes você teve falta de ar?
1. De jeito nenhum
2. Uma ou duas vezes por semana
3. Três a seis vezes por semana
4. Uma vez ao dia
5. Mais que uma vez ao dia
Q4. A asma acordou você à noite ou mais cedo que de costume?
1. De jeito nenhum
2. Uma ou duas vezes
3. Uma vez por semana
4. Duas ou três noites por semana
5. Quatro ou mais noites por semana
Q5. Quantas vezes você usou o remédio por inalação para alívio?
1. De jeito nenhum
2. Uma vez por semana ou menos
3. Poucas vezes por semana
4. Uma ou duas vezes por dia
5. Três ou mais vezes por dia
O escore do questionário é calculado a partir da soma dos valores de cada
questão, de 1 a 5 pontos.
25= controle total da asma
20 a 25 = asma controlada
<20 = asma não controlada
16
Asma grave em adultos
6. Tratamento de comorbidades e fatores relacionados, discriminados
abaixo: (1)
• Rinossinusite e polipose nasal (75-80%)
• Doença do refluxo gastroesofágico sintomática (60-80%)
• Ansiedade, depressão (25-49%)
• Disfunção das cordas vocais
• Obesidade
• Tabagismo
• Síndrome da apnéia obstrutiva do sono
• Síndrome de hiperventilação alveolar crônica
• Influência hormonal: período pré-menstrual, menarca, menopausa,
distúrbios da tireoide
• Drogas: aspirina, anti inflamatórios não hormonais, beta-bloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina
OBS:
• Após avaliação sistematizada por serviço especializado, 30 a 50% dos
pacientes encaminhados para avaliaçao apresentam asma grave (1).
4. Fenotipagem
Intervenção (1)
Observações
Tomografia
computadorizada de tórax
Utilizar em asma grave apenas em quadro
atípicos
Contagem diferencial de
células no escarro
Utilizar em centros com experiência na
técnica
Óxido nítrico exalado
(FENO)
Não utilizar para monitorar terapia
Asma grave em adultos
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Terapias potenciais guiadas por fenótipo na asma grave
- adaptado ref .1
Fenótipo
Associações
Asma alérgica grave
Eosinofilia periférica e escarro, aumento da
IgE, FeNO alto
Asma eosinofílica
Eosinofilia periférica e escarro, exacerbações
frequentes, FeNO alto
Asma neutrofílica
Insensibilidade ao corticoide, infecções
bacterianas
Obstrução crônica ao fluxo
aéreo
Remodelamento e espessamento da parede
de vias aéreas
Exacerbações recorrentes
Eosinofilia no escarro, insensibilidade aos
corticoides
Insensibildade ao corticoide
Neutrofila no escarro
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Asma grave em adultos
OPÇÕES TERAPÊUTICAS EM ASMA GRAVE
(considerar que paciente já está em tratamento nos passos 4 ou 5 do GINAquadro I)
TERAPIAS ESTABELECIDAS
• CORTICOIDES
Corticóides inalatórios na asma grave- estratégias utilizadas
Doses altas recomendadas *
Beclometasona dipropionato suspensão >
2000 mcg
Beclometasona dipropionato solução >
1000 mcg
Budesonida > 1600 mcg
Propionato de Fluticasona > 1000 mcg
Mometasona > 800 mcg
Ciclesonida > 320 mcg
Corticoide de partículas finas
(ciclesonida ou budesonida/
formoterol) **
Sem fenótipos definidos para sua utilização.
Literatura aponta possíveis benefícios na
asma grave
* (1 ) **(6-9)
Obs:
1 - Doses altas de corticóides inalatórios estão recomendadas somente em tentativa
terapêutica por 3 a 6 meses quando o controle da asma não pode ser alcançado por LABA/
doses médias de CI associado a um terceiro controlador (teofilina ou montelucast) (4).
2 - Usar espaçador de grande volume, de preferência.
3 - Eventos adversos de CI em altas doses: rouquidão, faringite, candidíase e tosse,
adelgaçamento cutâneo, equimoses e raramente supressão adrenal (3).
• Em torno de 30% dos pacientes com asma grave, os corticoides orais
são necessários para manter um controle mínimo da asma, em baixas doses
(< 7,5 mg de prednisona ou equivalente). Estão relacionados a graves eventos adversos, como fraturas, catarata, supressão da adrenal, ganho de peso,
hipertensão arterial e hiperglicemia, que devem ser monitorados durante
uso prolongado (1,4).
• ANTIMUSCARÍNICO DE LONGA AÇÃO (TIOTRÓPIO): a adição de tiotrópio
a pacientes em uso de altas doses de LABA e CI mostrou aumento do VEF1, diminuição da medicação de resgate e discreta diminuição das exacerbações (1 e 10).
Asma grave em adultos
19
TERAPIAS RECENTEMENTE DESENVOLVIDAS (REF.1)
• ANTICORPO MONOCLONAL ANTI- IGE (OMALIZUMABE): em
asmáticos alérgicos graves, deve ser considerado um teste terapêutico
com omalizumabe, em pacientes com dosagem de IgE sérica de 30 a 1300
UI/ml. A avaliação do resultado deve levar em conta o controle da asma,
diminuição das exacerbações e hospitalizações por asma, utilização de
serviços de urgência e qualidade de vida. Após 4 meses de uso o paciente
deve ser reavaliado, devendo ser mantida apenas nos que obtiveram reposta favorável. Outros efeitos descritos : diminuição da utilização de corticóides inalatórios e corticóide oral (12).
Omalizumabe na asma grave
Evidência A- (3)
Indicações
Pacientes com asma alérgica grave que
persistem sem controle após seguirem as
recomendções do protocolo de asma grave,
com IgE entre 30 a 1300 UI/ml
Doses
Calcular a partir da dosagem de IgE sérica
e peso Consultar bula do produto
Monitoramento
Controle da asma – ACQ ou ACT, ou GINA
Exacerbações
Hospitalizações
Consultas em emergência
Qualidade de vida- AQLQ
Função pulmonar
Avaliar após 4 meses de uso, continuar se
houver melhora, pois até 40% podem não
responder ao omalizumabe
Aplicação
Ambiente hospitalar sob supervisão, há
necessidade de treinamento para aplicação
do produto
Referências adicionais
11,12,13,14,15
20
Asma grave em adultos
TERAPIAS FUTURAS REQUERENDO FENOTIPAGEM
(ADAPTADO DE REFERÊNCIA 1)
• ANTICORPOS ANTI INTERLEUCINA 5 (MEPOLIZUMABE E RESLIZUMABE) E OUTROS ANTICORPOS MONOCLONAIS: anti IL 13 lebrikizumabe e traloquinumabe tem mostrado alguns benefícios em estudos iniciais
em pacientes com atividade TH2. Várias outras drogas experimentais dependem de melhor determinação fenotípica.
QUADRO IV
Terapia fenótipo específica da asma grave*
Fenótipos
Terapia Possível
Asma
alérgica
Anti IgE
Anti receptor IL-4
Anti IL-4
Anti IL-13
Exarcebações recorrentes
com eosinofilia
Asma
eosinofilica
Anti IgE
Anti IL-5
Anti receptor IL-4
Anti IL-4
Anti IL-13
Insensibilidade ao corticóide
Infecções bacterianas
Neutrófilos no sangue/
escarro
Asma
neutrofílica
Teofilina baixas doses
Macrolídeos
Anti IL8
Obstrução crônica de Fluxo
aéreo
Asma
obstrutiva
Termoplastia
Tiotrópio
Preditores
Eosinófilos no sangue
Eosinófilos no escarro
IgE aumentada
Feno elevado
*Adaptado ref 1
Asma grave em adultos
21
Apêndice
Apêndice I – Sugestões operacionais para
formação de um centro de tratamento de
Asma Grave
PESSOAL
Equipe multidisciplinar sugerida e suas funções no ambulatório de asma
grave (16,17)
(Esta equipe deve ser dimensionada de acordo com disponibilidade de cada
serviço)
1- Equipe Medica: Pneumologista/Alergologista com experiência e treinamento no manejo de asma grave com objetivos bem definidos: confirmação do diagnóstico, avaliação de fatores agravantes e comorbidades,
avaliar aderência e maximizar nivel de tratamento , programar tratamento
adicional individualizado. Médicos de apoio: otorrinolaringologista, gastroenterologista, radiologista, psiquiatra, endocrinologista, reumatologista.
2- Equipe de Enfermagem
Enfermagem especializada na gestão de doença crônica de alta complexidade com capacitação e educação no manejo de asma :
A. Avaliação de sintomas (aplicação de questionários de sintomas asma
e qualidade de vida)
B. Avaliação de pico de fluxo expiratório
C. Uso adequado de dispositivos inalatórios
D. Conhecimento em planos de auto manejo da doença
E. Conhecimento em monitoramento de adesão ao tratamento
F. Aconselhamentos em fatores desencadeantes, controle de ambiente,
cessação de tabagismo.
G. Monitoramento durante administração de omalizumabe, incluindo
abordagem da anafilaxia.
22
Asma grave em adultos
3- Laboratórios com especialistas em: realização de provas função pulmonar básicas. Quando disponível no serviço, realização de provas pulmonares
avançadas, realização de exame de escarro induzido, medida FENO.
4- Outros profissionais de apoio:
A. Fonoaudiólogo: manejo de disfunção de cordas vocais
B. Nutricionista: manejo da obesidade
C. Fisioterapeuta respiratório: reabilitação
D. Psicólogos: manejo dos estados de ansiedade e tabagismo
E. Farmacêutico (fornecimento da medicação, conferência na adesão da
medicação, armazenamento e disponibilização de imunobiológicos).
F. Assistente social (treinado em gestão da clínica, avaliar ambiente social e domiciliar, verificar motivos de não adesão e assiduidade às consultas)
G. Setor administrativo e gestão: programação, correspondência, encaminhamentos e contra referência a serviços de apoio credenciados,
sistema de dados e estatística.
MATERIAL
(Dimensionado de acordo com disponibilidade local de cada serviço)
• Provas de função pulmonar (espirometria, broncoprovocação, volumes pulmonares, difusão de monóxido de carbono, feno)
• Diagnóstico por imagem (radiografia, tomografia de torax e seios da
face)
• Sala para indução de escarro
• Laboratório
• Citologia para análise de escarro induzido
• Testes alérgicos (IgE total, RAST, testes cutâneos)
• Questionários ACT, GINA, ACQ, AQLQ
• Aparelho de pico de fluxo expiratório
• Fibrobroncoscopia
• Endoscopia digestiva alta
• pH metria com ou sem impedanciometria
• Fibronasolaringoscopia
MEDICAÇÕES
• Formoterol/budesonida
• Salmeterol/fluticasona
• Salbutamol
Asma grave em adultos
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• ipratrópio
• budesonida
• fluticasona
• prednisona
• omalizumabe
• teofilina de ação prolongada
• tiotrópio
• montelucast
• azitromicina
• mometasona
• ciclesonida
• formoterol/beclometasona partículas finas
Apêndice II – Parceria Médico-Paciente
A parceria médico paciente é uma dos pilares no tratamento da asma (3,4).
Quanto aos profissionais da saúde, é necessário um planejamento de
educação continuada para garantir o diagnóstico e a abordagem terapêutica
adequada. Quanto aos pacientes asmáticos, são necessárias informações para
facilitar o reconhecimento dos sintomas, o conhecimento dos fatores desencadeantes e de como evitá-los, e a sua participação ativa no tratamento.
Procurar medidas para garantir a adesão dos pacientes a pelo menos
80% das doses prescritas e estabelecer um plano de ação escrito para o
asmático, são fatores importantes no controle do asmático grave. Segue
abaixo o modelo de plano de ação escrito e individualizado da SBPT (2).
Nome: Idade:
Seu tratamento - uso contínuo - use diariamente:
Antes do exercício use:
QUANDO AUMENTAR SEU TRATAMENTO
Avalie o nível de controle de sua asma
Na semana passada você teve:
Sintomas diurnos mais do que duas vezes? Sim/Não
Atividade ou exercício limitado pela asma? Sim/Não
Acordou à noite com sintomas? Sim/Não
Precisou usar medicação de resgate mais de duas vezes? Sim/Não
24
Asma grave em adultos
Se você está monitorando o seu PFE, ele está menor do que
________ Sim/Não
SE VOCÊ RESPONDEU SIM A MAIS DE TRÊS DESSAS PERGUNTAS, SUA ASMA
PODE NÃO ESTAR CONTROLADA, E VOCÊ PODE TER QUE AUMENTAR SUA
MEDICAÇÃO.
COMO AUMENTAR MEU TRATAMENTO
AUMENTE seu tratamento conforme orientação abaixo e avalie seu controle
diariamente:
_________________________________________________________
(escreva aqui o próximo passo)
Mantenha esse tratamento por _________ dias (espedificar número de dias)
QUANDO LIGAR PARA MEU MÉDICO/CLÍNICA
Chame seu médico/clínica no telefone: _____________________________
SE você não melhorar em _______ dias.
PROCURE UMA EMERGÊNCIA SE
• Você está com falta de ar grave, conseguindo falar apenas frases curtas
OU
• Você está com falta de ar grave, e está com medo ou preocupado
OU
• Se você tem que usar sua medicação de resgate ou de alívio a cada
quatro horas ou menos e não estiver melhorando.
NESTE CASO
1) inale duas a quatro doses de sua medicação _______________________
(nome da medicação de resgate)
2) Tome ______ mg de _____________________ (corticóide oral)
3) PROCURE AJUDA MÉDICA EM UMA EMERGÊNCIA
4) CONTINUE USANDO SUA MEDICAÇÃO DE ALÍVIO ATÉ CONSEGUIR AJUDA
MÉDICA
Asma grave em adultos
25
Apêndice III - Abordagem da crise asmática
grave
Crise de asma, também conhecida como exacerbação da asma ou
asma aguda, refere-se ao aumento progressivo de dispneia, sibilância,
tosse ou aperto no peito, ou de qualquer combinação desses sintomas. (3)
O paciente com asma grave tem por definição asma não controlada e
história de exacerbações frequentes, fatos relacionados ao risco de novas
crises (18), e asma quase fatal (19). Uma crise de asma grave deve ser reconhecida pelos pacientes e pelos profissionais de saúde, e seu tratamento
iniciado sem demora.
Em caso de crise no domicílio, o paciente pode seguir o plano de ação
escrito, que já orienta a procura de unidade hospitalar se necessário.
O atendimento pré-hospitalar (APH) de urgência deve estar aparelhado para lidar com o paciente asmático, conforme protocolo do Ministério
da Saúde (20):
Conduta
1 - REALIZAR AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
• Manter o paciente sentado e/ou em posição confortável.
2 - OFERECER O2 SUPLEMENTAR POR MÁSCARA COM RESERVATORIO DE
SatO2 SE < 94%
3 - REALIZAR AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
• Avaliar sinais vitais;
• Coletar história;
• Monitorização cardíaca e de oximetria de pulso; e
• Caracterizar crises préviase a atual: fatores desencadeantes, intensidade, duração e progressão dos sintomas.
4 - INSTALAR ACESSO VENOSO PERIFÉRICO
5 - REALIZAR ABORDAGEM MEDICAMENTOSA
• Salbutamol aerosol dosimetrado acoplado a espaçador e máscara:
26
Asma grave em adultos
4 a 8 jatos (400 a 800 mcg). Pode ser repetido a cada 20 minutos, até 3 nebulizações;
• Alternativa ao Salbutamol: nebulização dom Fenoterol, 10 gotas diluídas em 5 ml de soro fisiológico sob inalação por máscara com O2 6 l/min.
Pode ser repetida a cada 20 minutos, até 3 nebulizações ; e na crise grave
associar ao beta-2 agonista:
• Brometo de Ipratrópio: 40 gotas na nebulização com Fenoterol
ou em nebulização com 5ml de soro fisiológio após Salbutamol aerossol;
• Hidrocortisona: 200-300 mg, IV; e
• Sulfato de Magnésio na dose de 1 a 2 g, IV, diluída em 50 ml de
SF, sob infusão lenta (acima de 20 minutos). Pode repetir em 20 min.
6 - REALIZAR CONTATO COM A REGULAÇÃO MÉDICA PARA DEFINIÇÃO DE
ENCAMINHAMENTO E/OU UNIDADE DE SAÚDE DE DESTINO.
• A água destilada não deve servir como veículo nas nebulizações sob risco de
agravamento do quadro.
• O corticóide deve ser usado em todos os quadros agudos, na primeira hora de
tratamento. No APH utilizar nos casos classificados como graves.
• Indicações para intubação traqueal e ventilação assistida: presença de hipoxemia refratária (SatO2 < 90% persistente), instabilidade hemodinâmica, rebaixamento do nível de consciência, exaustão e fadiga da musculaura respiratória.
Crise grave de asma (modificado de 3)
Dispnéia
Consciência
Padrão respiratório
Gasometria arterial
Pico de fluxo
expiratório
Sinais de parada
respiratória iminente
Asma grave em adultos
De repouso, mantém-se sentado, curvado para frente,
fala apenas palavras
Geralmente agitado, pode estar confuso ou sonolento
Frequência respiratória acima de 30 irpm, frequência
cardíaca acima de 120 bpm, geralmente tiragem ou
uso de musculatura acessória. Sibilos podem estar
presentes ou ausentes (silêncio respiratório), pode ter
puso paradoxal acima de 25 mmHg
PO2< 60 mmHg, PCO2> 45 mmHg, saturação de O2
< 90%
Geralmente menor que 60% ou 100 l/m em adultos
Sonolência e confusão mental, respiração paradoxal,
bradicardia.
27
Tratamento da crise de asma em adultos no pronto-socorro
Rápida
avaliação da
gravidade:
Clínica, PFE,
SpO2
Até 3 doses de
B2-agonista a cada
10-30 min
O2 cat nasal 1-3 l/
min se SpO2 < 92% ou
indisponível
Não consegue falar,
exaustão, cianose, rebaixamento de
consciência
Cuidados
intensivos
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Reavaliação da
gravidade em
30 minutos
Asma grave em adultos
Boa
Sem Sinais de gravidade
PFE > 70% do predito
Parcial
Sinais de gravidade
PFE 50-70% do predito
Ausente/pequena
Persistência de s. gravidade PFE 50-70% do
predito
Piora
Piora dos s. gravidade
PFE 50-70% do predito
Alta
Manter Beta-2-agonista, 2-5 jatos cada 4h
por 48h
Prednisona 1mg/kg (máx 40-60 mg) por 3-7 dias
Rever tratamento de manutenção
Manter no PS
Beta-2-agonista + ipratrópio a cada 30-60 min
até 4h
Prednisona 60mg, ou equivalente
Manter no PS
Beta-2-agonista + ipratrópio a cada 20-30 min
até 4h
Corticóide IV (hidrocortisona 200mg ou
metilprednisolona 40-60 mg)
Reavaliação resposta em 1 a 4 horas
Boa
Sem sinais de gravidade
Sem características de asma de risco
PFE > 70% (aceitável > 50%)
Parcial ou sem resposta
Sinais de gravidade
Características de asma de risco
PFE < 70% (aceitável > 50%)
ALTA
Continuar Beta-2 em altas doses
Orientar técnica de uso dos dispositivos
Prednisona 40-60 mg por 7-10 dias
Encaminhar ao especialista
Doses dos medicamentos (pacientes graves podem se beneficiar do dobro da
dose)
Inalador dosimetrado (spray) + espaçador
• Beta-2 agonista: 5 jatos; ipratrópio: 3 jatos (quando em combinação no mesmo dispositivo, 5 jatos)
Nebulizador jato - fluxo 6 l/m, máscara bem adaptada
• Beta-2 agonista: 2,5 mg (10 gotas); ipratrópio: 250 mcg (2 gotas)
Adaptado das Diretrizes da SBPT para o Manejo da Asma, 2012
Asma grave em adultos
29
Referências
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30
Asma grave em adultos
Diretoria da Sociedade Mineira de Pneumologia
e Cirurgia Torácica 2013/2015
Presidente:
Dr. Flávio Mendonça Andrade da Silva
Vice-Presidente:
Dr. David Vogel Koza
Diretor de Assuntos Científicos:
Dr. Guilherme Freire Garcia
Diretor Financeiro:
Dr. Rodrigo Luís Barbosa Lima
Diretora de Divulgação e Defesa Profissional:
Dra. Virginia Pacheco Guimarães
Secretária Geral:
Dra. Munira Martins de Oliveira
Secretário Adjunto:
Dr. Marcelo de Alencar Resende
Vice-Presidente do Sul de Minas:
Evandro Monteiro de Sá Magalhaes
Vice-Presidente do Norte de Minas:
Ana Teresa Fernandes Barbosa
Vice- Presidente da Regional Leste:
Henrique de Castro Mendes
Vice-Presidente da Zona Da Mata:
Jorge Montessi
Vice-Presidente do Triângulo Mineiro:
Giovanni Roncalli Caixeta Ribeiro
Diretoria da Associação Médica de Minas Gerais
2014-2017
Presidente:
Dr. Lincoln Lopes Ferreira
Vice-Presidente:
Dr. Gabriel de Almeida Silva Junior
Diretora Científica:
Dra. Luciana Costa Silva
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Realização
Apoio
Este protocolo pode ser acessado no site
www.smpct.org.br
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