Mielomeningocele

Propaganda
Recuperação Anestésica de
Pacientes com Necessidades
Especiais
São Paulo, 26 de Julho de 2013
Elisabete Ribeiro Insoliti
Enfermeira chefe do Centro Cirúrgico e
Recuperação Anestésica – Hospital Abreu Sodré
14 unidades + 2 em
construção: Campina
Grande e Vitória
Hospital : 115 leitos (16
leitos de UTI)
2.508 funcionários
1.524 voluntários
cadastrados
MISSÃO
Promover a prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas com
deficiência física; especialmente de crianças, adolescentes e jovens;
favorecendo a integração social.
VISÃO
Ser a opção preferencial em reabilitação e ortopedia para pacientes, médicos,
profissionais da área, convênios e apoiadores. Ser reconhecida entre as
organizações pelo seu padrão de qualidade e eficácia com transparência,
responsabilidade social e sustentabilidade.
VALORES
•
•
•
•
•
•
Responsabilidade social;
Respeito ao ser humano e suas diferenças;
Ética;
Qualidade;
Eficácia e Competência;
Transparência.
Principais Patologias Atendidas na AACD
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Paralisia Cerebral;
Cirurgias Ortopédicas;
Lesão Medular;
Mielomeningocele;
Correção de Escoliose;
Amputados;
Doenças Neuromusculares;
Artrogripose;
Osteogênese Imperfeita.
Paralisia Cerebral
Paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva é uma
lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes
pela falta de oxigenação das células cerebrais.
Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o
nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da
criança. É importante saber que o portador possui inteligência normal
(a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis
pelo pensamento e pela memória).
Paralisia Cerebral
Tipos de paralisia cerebral
Paralisia Cerebral
Paralisia Cerebral
Cirurgias ortopédicas podem ser necessárias para corrigir deformidades de
contratura ou espásticas, proporcionar estabilidade articular (Ex: artrodese,
liberação de músculos flexores espásticos – abdutores, extensão de tendões tenotomias).
Cirurgias Ortopédicas
•
•
•
•
•
Quadril: partes moles e parte óssea;
Joelho: partes moles, transferências e parte óssea;
Pés: partes moles, transferências e parte óssea.
Partes moles: alongamentos e tenotomias;
Transferências: tendões-osso;
Cirurgias do Quadril
•
•
Óssea: osteotomias, artrodeses.
Partes moles: Tenotomia dos adutores e psoas; alongamento do psoas na
margem da pelve; abaixamento de espinhais ( reto, fáscia lata e sartório)
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do Quadril
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do Quadril
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do Quadril
Cirurgias do Quadril
Cirurgias Ortopédicas
Gesso Pélvico-Podálico
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias de Joelho
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias de joelho
Partes moles:
• Alongamento ou Tenotomia dos Isquiostibiais mediais (ST,SB,grácil) e lateral
(bíceps);
• Quadricepsplastia;
• Transferência do reto femoral-lateral ou medial.
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do pé e tornozelo
Óssea:
•
•
•
•
•
•
Osteotomia das tíbias;
Correção pé torto: partes moles + parte óssea;
Correção pé cavo: tarsectomias;
Correção pé plano valgo: osteotomias do calcâneo;
Artrodese: pé, tornozelo, hálux;
Artrodese: pé, tornozelo, hálux.
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do Pé e Tornozelo
Cirurgias Ortopédicas
Cirurgias do Pé e Tornozelo
Amputação
Amputação
Lesão Medular
Qualquer trauma ou doença que acometa a medula espinhal poderá
produzir alterações motoras, sensitivas, autonômicas e sexuais.
Quando não traumática pode ser:
• Vascular;
• Infecciosa;
• Degenerativa;
• Tumoral.
Quando traumática:
• Luxações de vértebras;
• Fraturas de coluna;
• Compressão medular.
Lesão Medular
LM por trauma
Acidentes automobilísticos;
Mergulho / Esportes;
FAF / FAB;
Quedas;
Chicote.
Lesão Medular
Complicações
Úlceras de Pressão
- Comuns e debilitantes- responsáveis por hospitalizações e longos períodos de
imobilidade
- Quando a circulação é interrompida por tempo prolongado, surgem úlceras
geralmente nas áreas onde os ossos são pouco protegidos por músculos
- Causas mais comuns; pressão do colchão, assento de cadeira ou superfície
dura em contato com a pele
- O peso do corpo empurra os ossos contra os vasos sanguíneos. Com esta
pressão de fora para dentro e de dentro para fora, a circulação sanguínea
pode ficar prejudicada em uma determinada região, onde surge a úlcera por
pressão.
Lesão Medular
Imobilidade;
Falta de sensibilidade;
Distúrbios esfincterianos;
Deformidades;
Estado nutricional.
Lesão Medular
Escala de Braden
Identifica o risco para o desenvolvimento de Úlcera por pressão.
Avalia:
Percepção sensorial;
Nível de exposição da pele à umidade;
Nível de atividade física (acamado, sentado, anda ocasionalmente,
anda frequentemente);
Mobilidade (capacidade de alterar e manter a posição do corpo);
Nutrição;
Exposição às forças de fricção e cisalhamento.
Escala de Braden
Escala de Braden Q
Pediatria
Lesão Medular
Disfunção Urinária
Complicações urológicas:
- Fístula peno-escrotal;
- ITUs;
- Cálculos Vesicais;
- Dissinergismo vesico-esfincteriano;
- Hidronefrose;
- Insuficiência renal.
Lesão Medular
Calcificação heterotópica
Lesão Medular
Prognósticos e Metas
Mielomeningocele
Definição
 É uma lesão congênita, considerada a mais freqüente (85%) dentre
defeitos de fechamento do tubo neural (DTN).
 É um dos tipos de espinha bífida cística.
 Geralmente associada à hidrocefalia
Mielomeningocele
Fisiopatologia
A lesão apresenta-se como uma bolsa de
tamanho e posicionamento
variável.
O nível da lesão (mais↑ ou ↓mais)
determinará o tipo de
comprometimento.
Mielomeningocele
Mielo-Medula
Meningo-Meninges
Cele- Bolsa
Mielomeningocele
Causas
Eventos Multifatoriais
Raciais/sexo – brancos/sexo feminino;
Ambientais – países anglo-saxônicos;
Nutricionais – deficiência de folato;
Drogas – antagonistas do ácido fólico: carbamazepina, fenobarbital, sulfa...
Diabetes materno;
Mielomeningocele
Tratamento Inicial
O fechamento da mielomeningocele deve ser feito, de preferência, nas
primeiras 24 horas para diminuir o risco de infecção e preservar a
função nervosa.
Se necessário é iniciado tratamento para hidrocefalia.
Hidrocefalia
90% mielomeningocele – hidrocefalia
Herniação do tronco cerebral pelo forame magno
para dentro do canal vertebral
Acúmulo de líquor – expansão da sutura e
dilatação
Maioria - derivação ventrículo-peritoneal (DVP)
Mielomeningocele
Complicações
Paralisia de membros inferiores;
Distúrbios da sensibilidade cutânea;
Ausência de controle urinário e fecal;
Deformidades músculo-esqueléticas;
Hidrocefalia
Bexiga neurogênica não inibida, reflexa autônoma
Desafio para equipe multidisciplinar: neurologia, pediatria, ortopedia,
urologia e enfermagem.
Investigação urológica: após estabilização, geralmente na 4ª semana de vida.
Mielomeningocele
Ampliação vesical
Ampliação Vesical – Cistoenteroplastia
Aumento da bexiga = reservatório
Realizado quando:
Bexiga perde a capacidade de reservatório
Ausência de resposta ao tratamento clínico
Ampliação vesical utilizando segmento de íleo.
Mielomeningocele
Ampliação vesical – Técnica cirúrgica
Mielomeningocele
Ampliação vesical – Técnica cirúrgica
Mielomeningocele
Ampliação vesical – Técnica cirúrgica
Mielomeningocele
Ampliação vesical – Técnica cirúrgica
Mielomeningocele
Ampliação vesical – Técnica cirúrgica
Mielomeningocele
Ampliação Vesical
O sucesso do tratamento depende do empenho dos profissionais
envolvidos e dos familiares, que lidam não só com as disfunções vesicais,
mas sim, de todas aquelas decorrentes da Mielomeningocele.
Mielomeningocele
Correção de escoliose
Mielomeningocele
Correção de escoliose
Escoliose
Mielomeningocele
Correção de escoliose
Escoliose
Síndrome de Duchene
É uma doença de caráter hereditário, sendo sua principal
característica a degeneração da membrana que envolve a célula
muscular, causando sua morte.
Evolução do quadro
6-8 anos- Atraso no desenvolvimento
Desequilibro
Caminha na ponta do pé
Perda do centro de gravidade
Hiperlordose
9-10 anos- Perda da marcha
Enfraquecimento da coluna vertebral
Fraqueza muscular progressiva
10-20 anos - Comprometimento cardíaco e respiratório
Óbito – final da 2ª década
TRATAMENTO
Conservador
Reabilitação – Sofre interferência devido
progresso natural da doença
Cirúrgico
Traqueostomia
Gastrostomia
Correção de escoliose
Correção de pé torto
Flexores do quadril e joelho
Avaliação pré anestésica- risco para hipertermia maligna
Atrogripose
Arthros- Articulação
Gryp- Curvada
É uma síndrome congênita
caracterizada pela rigidez
articular em três ou mais
articulações.
Artrogripose
Na Amioplasia ocorre a substituição do tecido muscular pelo tecido
fibrótico, também conhecida como artrogripose clássica.
Artrogripose
Etiologia
Fetais
Anormalidades da Estrutura
ou funções Musculares
Maternas
Restrição do espaço uterino
Doenças sistêmicas(DM)
Comprometimento vascular da placenta
Tabagismo
Síndrome do álcool fetal
Artrogripose
Alongamentos e correções com fixadores externos
Osteogênese Imperfeita
Distúrbio hereditário do tecido conjuntivo ocasionado fragilidade
óssea generalizada.
Etilogia
Doença autossômica dominante ou recessiva, falta ou deficiência da proteína
colágeno I que sintetiza o colágeno que é importante na maturação da matriz
óssea.
Tipo I- Forma mais branda da doença, caracterizada pela tríade: escleras azuladas,
fragilidade óssea, e dentiogênese imperfeita. Percebe-se a surdez precoce.
Osteogênese Imperfeita
Etilogia
Tipo II- Forma mais grave da doença, sendo fatal na fase intra-uterina ou no
primeiro ano de vida
Osteogênese Imperfeita
Etiologia
Tipo III- Caracterizada pelas graves deformidades esqueléticas,
resultantes das inúmeras fraturas sofridas. Apresentam baixa estatura,
fraqueza muscular, cifoescoliose acentuada.
Osteogênese Imperfeita
Etiologia
Tipo IV- Tipo intermediário entre o Tipo I e III, neste caso as escleras são
normais há baixa estatura, a característica marcante é o arqueamento dos
ossos longos ( fêmur e tíbia) que também são resultantes das inúmeras
fraturas sofridas desde a vida uterina. São deambulantes independentes ou
usam auxiliares de locomoção.
Alergia ao Látex
Devido à vários procedimentos cirúrgicos, os pacientes desenvolvem
Alergia ao Látex, pelo contato frequente aos alergenos.
Alergia ao Látex
• Sintomas desenvolvem-se com gravidade e intensidade variadas
manifestando-se através de:
Eritemas, Coceiras,
Tosse, Rinite, Rouquidão,
Dispnéia, Asma, Sibilância,
Conjuntivite, Edema de vias aéreas, Angioedema
Broncoespasmo, Choque com colápso circulatório e
Parada Cardíaca
Na nossa realidade é frequente o atendimento aos pacientes alérgicos a
látex.
Sala de recuperação anestésica
A recuperação pós anestésica é o local onde, o paciente submetido ao
procedimento cirúrgico deve permanecer sob observação e cuidados
constantes da equipe de enfermagem, até que haja a recuperação da
consciência , estabilidade dos sinais vitais, prevenção das intercorrências
do período pós anestésicos / ou pronto atendimento. (SOBECC,2005)
A anestesia pediátrica possui diversas particularidades que a diferem do
adulto. As alterações morfológicas e fisiológicas da criança, desde a
concepção até a idade adulta, devem ser levadas em consideração na
conduta anestésica.
Quando se refere à criança deficiente, estas diferenças são ainda mais
pronunciadas. Frequentemente perdem-se parâmetros anatômicos e
fisiológicos conhecidos, surgindo situações inesperadas, de difícil
resolução.
Recuperação anestésica
A criança deficiente pode apresentar a combinação das mais diversas
situações:
- Via aérea difícil
- Alterações do SNC
- Alterações ósseas e musculares
- Alterações da marcha
- Alterações comportamentais e psíquicas
- Alterações digestivas/hepáticas
- Alterações cardiovasculares e respiratórias
- Alterações renais
Recuperação Anestésica
• Sistema Nervoso Central
- Alterações cognitivas podendo ou não acompanhar alterações
morfológicas
- A agressividade frequentemente presente ( drogas pré anestésicos mais
potentes)
- Alteração na resposta normal de hipercarbia e hipóxia- uso CPAP E
BIPAP
- Uso de anticonvulsivantes leva a alterações no metabolismo das
drogas( reajuste da dosagem)- podem levar a depressão respiratória
tardia
- Desidratação crônica- necessidade de pré hidratação
- Cirurgias de coluna com curvaturas graves- monitorização completa e
potencial evocado para prevenir lesões medulares ( sensitivas e /ou
motoras
Recuperação anestésica
• Sistema Respiratório
Diferenças importantes dos parâmetros normais, onde os pontos de
referência normais tornam-se impossíveis:
- Fenda palatina
- Dentição anômala
- Língua anômala
- Atresia de cloanas
- Pescoço curto
- Instabilidade da coluna cervical
- Rigidez cervical
- Abertura limitada da mandíbula
- Alterações de articulação temporo-mandibular
- Hipoplasia maxila/mandíbula
- Micro/macrognatia
- Artrite cricoaritenoidea
Recuperação anestésica
• Sistema cardiovascular
-Profilaxia de endocardite bacteriana diante da suspeita de alterações
valvulares
-Acesso venoso difícil sendo necessário cateter venoso central
-Alterações enzimáticas
-Alterações hidroeletrolíticas
• Sistema renal e hepático
-Falhas na síntese de fatores de coagulação, deficiência importantes da
hemostasia, com aumento brutal no sangramento intra e pós operatório
Utilização crônica de indutores enzimáticos associada aos
anticonvulsivantes , provocam alterações no metabolismo hepático
levando a um maior consumo de drogas anestésicas
Recuperação Anestésica
Dor pós operatória
PCA venoso - cirurgias de coluna
Cateter peridural - osteotomias
Recuperação Anestésica
A assistência de enfermagem na SRPA inicia com a admissão do paciente
neste setor. Segundo a RESOLUÇÃO CFM N° 1.802/2006, o transporte
do paciente da sala de cirurgia para a SRPA deve ser realizado de forma
segura evitando possíveis complicações, devendo ser realizado pelo
anestesiologista e um membro da equipe de enfermagem com, se
necessário, suplementação de oxigênio e oximetria de pulso.
A responsabilidade do anestesiologista
pela avaliação continuada
do
paciente no que se diz respeito à recuperação dos efeitos residuais dos
anestésicos e drogas coadjuvantes.
Recuperação Anestésica
A atuação de ENFERMAGEM especializada, capaz de detectar
rapidamente alterações na evolução clínica do paciente e tomar as
providências...
Nunes; Peniche, 2000
1 enfermeiro para cada 8 pacientes ( respiração espontânea)
1 técnico de enfermagem para cada 3 pacientes
1 auxiliar de enfermagem para cada 3 pacientes
(SOBECC, 2003)
Recuperação Anestésica
Índice de Aldret Kroulik
Sistema Cardiovascular;
Sistema Respiratório;
Sistema Nervoso Central;
A pontuação é de 0 a 02 para cada parâmetro
avaliado.
Um total de 08 pontos a 10 pontos, significa que o
condições de alta.
paciente tem
Recuperação Anestésica
Índice de Aldret Kroulik
Recuperação Anestésica
Prescrição de Enfermagem
Recuperação Anestésica
Escala de Ramsay
Recuperação Anestésica
Escala de dor
É o 5° sinal vital
A dor deve ser avaliada e registrada para diminuir as complicações no
pós-operatótio.
O profissional deve ter o conhecimento sobre o procedimento doloroso e
atuar efetivamente.
Pode-se aplicar escalas com o objetivo de identificar a etiologia (escala
numérica de 0 à 10) ou escala de faces de sofrimento.
Recuperação Anestésica
Condições para alta
O enfermeiro realiza avaliação constantemente;
Escala de Aldrete e kroulik de 8 à 10 pontos;
O paciente deve estar apto á:
Manter a cabeça elevada e sustentá-la;
Ter V.A.S desobstruídas;
Estar consciente, despertável;
Manter SSVV estáveis;
Curativos limpos e secos, drenos, sondas, acessos venosos pérvios;
Ausência de náuseas / vômitos.
Recuperação Anestésica
Escala de Ramsay
- Pacientes deficientes- comunicação prejudicada ou ausente
- Dor?
- Falta da mãe?
- Fome?
Recuperação Anestésica
Recuperação Anestésica
Humanização
- Importância da mãe ou
responsável- referência na
afetividade para criança
- Auxilia no posicionamento do
paciente – melhora respiração
- Segurança
- Diminuição de 15% na média
de permanência na
recuperação , considerando
faixa etária de 0 a 18 anos
Recuperação Anestésica
Humanização
- Família: confiança na
equipe
- Maior tranquilidade por
participar do pós
operatório imediato
Recuperação Anestésica
Recuperação Anestésica
Obrigado!
Download