FACULDADE ASSIS GURGACZ DSENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS DE BROMOPRIDA 10MG E SUA EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Cascavel 2013 0 NATHALIA NASCIMENTO TSCHURTSCHENTHALER HONMA GOMES DE SÁ DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS DE BROMOPRIDA 10MG E SUA EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Assis Gurgacz, FAG, Curso de Farmácia. Prof. Orientador: Zanin Giovane Douglas Cascavel 2013 1 NATHALIA NASCIMENTO TSCHURTSCHENTHALER HONMA GOMES DE SÁ DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS DE BROMOPRIDA 10MG E SUA EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação do Professor Giovane Douglas Zanin BANCA EXAMINADORA _______________________________ Giovane Douglas Zanin Especialista _______________________________ Yara Jamal Mestre _______________________________ Leyde Peder Mestre Cascavel, 1 de Novembro de 2013. 2 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a Deus, pois sempre me iluminou e não me deixou desistir, sempre me abriu novas portas e me fez ver que eu tinha capacidade. Dedico aos meus pais que me proporcionaram um estudo muito bom, e não me deixaram faltar nada do que eu precisei, e que me ensinaram muito do que eu sou como pessoa. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que esteve e está sempre ao meu lado, nunca me deixou sozinha, sempre colocou pessoas na minha vida, na hora certa para me dizerem as coisas certas. Agradeço pela família que Ele me deu, os amigos, professores, colegas e por tudo que faz por mim. Agradeço meus pais Gisele e Adir por poderem me proporcionar os estudos que eu tive até hoje, desde pequena até agora a faculdade, por todo o apoio e ajuda que me deram nesse período da graduação. Por todo o carinho e amor que me deram, por me agüentarem quando precisei, por não me deixarem desistir, por me mostrar que nada é fácil, mas que o esforço é sempre recompensado, mesmo que demore. Por serem a minha luz, me guiarem em tudo o que eu faço. Agradeço ao meu namorado João que me suportou nesse tempo do tcc e da faculdade onde eu fui chata, fiquei irritada e muitas vezes descontava nele. Agradeço que ele sempre me ajudou, levantou meu animo quando precisei, me ajudou quando eu não conseguia mais pensar, não me deixou desistir, sempre me mostrou que eu tinha como achar uma solução, só precisava me acalmar. Agradeço aos meus amigos que me ouviram reclamar, e pedir ajuda quando começava a me desesperar e ter medo de não conseguir levar a faculdade e o tcc. Mas agradeço em principal o melhor amigo que eu fiz nesse tempo da faculdade, aquele amigo que sempre esteve ao meu lado, que se tornou um irmão para mim. Agradeço muito ao Jorge por todos esses anos que estivemos juntos na faculdade, por tudo que passamos e enfrentamos juntos. 4 Agradeço aos professores que estiveram ao meu lado, e me disseram palavras que me ajudaram, e cada conhecimento que passaram. Em principal meu orientador, que acreditou em mim, e não me deixou desistir. 5 Sumário REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 27 ARTIGO .................................................................................................................... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 40 NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA ....................................................................... 42 6 REVISÃO DE LITERATURA 1 BROMOPRIDA Na década de 70 o bromoprida foi introduzido como a nova benzamida, sendo o análogo bromado da metoclopramida, onde a única diferença estrutural entre os dois fármacos é o átomo de cloro que é substituído por um de bromo (FROTA, 2003). Nunca foi testado ou utilizado como antipsicótico, mas possui as mesmas propriedades antidopaminérgicas da metoclopramida (FROTA, 2003). 1.1 Características químicas Figura 1: Estrutura química do Bromoprida O fármaco apresenta fórmula molecular C14H22BrN3O2 e peso molecular de 344,25. Sua denominação química é 4-Amino-5-bromo-N-[2-dietilamino)etil]-2metoxibenzamida (FARMACOPEIA, 2010). Realiza bloqueio dos receptores da dopamina-2 (D2) no sistema nervoso central e no trato gastrintestinal. 1.2 Características Farmacológicas Nas propriedades farmacocinéticas do bromoprida, o pico sérico ocorre 2,5 a 3 horas após administração (cápsulas), uma a uma hora e meia (solução oral e gotas) e 30 minutos (injetável, via intramuscular). A bromoprida apresenta baixa ligação às proteínas plasmáticas (cerca de 40%) e ela é metabolizada no fígado. Cerca de 10% a 14% da dose administrada é excretada através da urina. Após administração de dose única por via intravenosa, 7 observou-se que ocorre uma clearence sistêmica de 900 ml/min e um volume de distribuição de 15 L. A bromoprida apresenta uma meia vida de eliminação de 4 a 5 horas. A biodisponibilidade é de 54% a 74% (via oral) e de 78% (injetável, via intramuscular). 1.3 Ação A Bromoprida é uma substância provida de potente ação antiemética e com propriedades reguladoras da motilidade do estômago, duodeno e jejuno, reconduzindo o tônus e a peristalse aos padrões normais, demonstrou eficácia terapêutica em diversos tipos de distúrbios gastrintestinais tais como, náuseas, vômitos, alterações da peristalse (FARMACAM, 2010). Devido a sua principal ação ser a de bloquear os receptores de dopamina-2 (D2) tanto no sistema nervoso central quanto no trato gastrointestinal. A bromoprida age de forma semelhante a outros derivados benzamídicos, a estimulação do trato gastrointestinal realizada parece ser mediana, em parte por sua atividade colinérgica indireta e parcialmente dependente das propriedades anticolinesterásicas (MARIOL, 2011). A Bromoprida age por mecanismos central e periférico, bloqueando receptores dopaminérgicos no centro do vômito a nível do encéfalo e estimulando o sistema nervoso autônomo a nível do trato gastrintestinal corrigindo a sua motilidade quando alterada (FARMACAM, 2010). 1.4 Indicações Utilizado para o alívio dos distúrbios da motilidade gastrointestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e também para facilitar os procedimentos radiológicos do trato gastrointestinal (DIAS, 2012). Devido a sua ação de normalizar a motricidade do estômago, duodeno e jejuno, de aumentar e normalizar o tônus e peristalsia voltando aos padrões fisiológicos normais, a bromoprida consegue normalizar também o esvaziamento incompleto ou tardio das vias biliares, possuindo junto uma ação antiemética (evitando o vômito), por agir a nível central e periférico (DIAS, 2012). 8 Usado também para prevenir e tratar de vômitos pré e pós-cirúrgicos, vômitos causados pelo tratamento por quimioterapia. 1.5 Apresentação e Dosagens Apresenta-se em forma de: gotas pediátricas em frascos com 20 ml ou 30 ml, em cartucho com 20 ou 100 cápsulas com microgrânulos de liberação prolongada, cartucho com 20 cápsulas, solução em frascos com 120 ml, para uso de via oral. E em caixas com 2, 6 ou 50 ampolas de 2 ml para via injetável (MISODOR, SD). 1.6 Modo de usar As cápsulas devem ser ingeridas inteiras, não podendo ser mastigadas ou com seu conteúdo retirado. Quando solução oral o frasco deve ser bem agitado utilizar o medidor graduado para uma administração exata, sendo uma medida de 20 mg a 60mg/dia, dividas em até 4 tomadas, antes das refeições. A solução injetável por via venosa deve ser feita de forma lenta (superior a 3 minutos) após diluição com solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%) a fim de evitar reações adversas, já por via intramuscular deve ser injetado profundamente na região deltóide ou na região glútea, não devendo ser administrada por períodos longos (MARIOL, 2011). A dosagem usual do bromoprida para o adulto é de 10 mg de 12h – 12h ou de 8h – 8h, conforme a orientação do médico. No caso das crianças o normal é de 0,5 a 1 mg por kg de peso, e assim a quantidade depende da concentração do medicamento utilizado, ou quando a solução oral, com 1 mg/ml, onde a dosagem é de 0,5 a 1 ml por kg de peso, ou nas gotas pediátricas, com 4 mg/ml, sendo uma gota por kg de peso (COSTA, 2012). 1.7 Efeitos adversos Os efeitos adversos que a bromoprida pode apresentar ao organismo são: sonolência, cefaleia, calafrios, astenia e distúrbios da acomodação visual. O aparecimento de espamos musculares localizados ou generalizados pode ser 9 observado em pacientes que possuem sensibilidade aos neurolépticos ou nos que fazem uso contínuo destes medicamentos. Essas reações são reversíveis e desaparecem com a interrupção do tratamento. 1.8 Contra indicações A bromoprida não deve ser utilizada em caso de: pacientes com antecedentes de alergia aos componentes da fórmula; casos que a estimulação da motilidade gastrintestinal seja perigosa, como por exemplo, na presença de hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal; casos em que o paciente seja epilético ou que esteja recebendo drogas que possam causar reações extrapiramidais, onde a frequência e a intensidade dessas reações podem ser aumentadas A bromoprida também não deve ser utilizada em pacientes que tenham feocromocitoma, devido a poder desencadear crises hipertensivas, pela provável liberação de catecolaminas do tumor. E a crise hipertensiva pode ser controlada com fentolamina. 1.9 Advertências e precauções A bromoprida deve ser usada cautelosamente em gestantes, crianças, idosos, pessoas que sofrem de glaucoma, diabetes, doença de Parkinson, insuficiência renal e hipertensão. Caso apresente sensibilidade a procaína (anestésico), procainamida (medicamento para arritmia cardíaca) ou neurolépticos (antipsicóticos), deve se ter cautela no uso da bromoprida. Não foram realizados muitos estudos adequados e controlados com bromopridas em grávidas, mas sabe-se que ela é excretada no leite materno. E as reações extrapiramidais podem ser mais freqüentes nas crianças. 10 1.10 Interações medicamentosas Quando a bromoprida é usada em associação com derivados atropínicos, tem seu efeito anulado sobre a motilidade gastrintestinal. Se usada em pacientes que utilizam digoxina, a bromoprida vai originar uma diminuição dos níveis séricos da digoxina. Se usada em associação com bromoperidol pode aumentar os riscos de reações adversas extrapiramidais. E a associação da bromoprida com álcool é prejudicial, aumentando a possibilidade de reações adversas. 2 COMPRIMIDOS A primeira vez que os comprimidos foram produzidos foi em 1843 tendo efeito, em dezembro do mesmo ano Brockedon registrou na Inglaterra, seu país natal, uma patente para obtenção de pílulas de grafite por pressão entre duas punções, a que deu o nome de Tabloids. O método para a fabricação já era usado em outras áreas, mas Brockedon adaptou para a Farmácia. E depois Dunton, nos EUA, e Rosenthal, na Alemanha divulgaram essa nova forma farmacêutica, que em 1877 recebia a designação de pastilhas comprimidos por John Wyeth, na América do Norte, onde os comprimidos começaram a ser industrializados depois de 1894, precisamente 19 anos após ter sido inventada uma máquina manual de compressão por J. Remington. É importante salientar que a primeira monografia oficial sobre comprimidos, com data de 1865, se encontra na Farmacopéia Britânica. A partir disso, após a primeira guerra mundial (1914- 1918) o uso dos comprimidos teve uma ampla distribuição, tendo substituído as pastilhas e pílulas medicamentosas. No entanto, no Brasil apenas em 1936 foram oficializados, inscrevendo a Farmacopéia dessa época (PRISTA; ALVES; MORGADO, 2008). As formas farmacêuticas sólidas são conhecidas e pesquisadas em todo o mundo, desde há muito tempo, por serem as mais utilizadas para a utilização dos pacientes, dentre as formas farmacêuticas sólidas mais utilizadas e produzidas pela indústria farmacêutica, são os comprimidos, devido à facilidade e custo relativamente baixo de produção, precisão na dosagem, boa aceitação pelo paciente 11 e maior estabilidade quando comparados a outras formas farmacêuticas (BARRETO; CUNHA-FILHO, 2009; SOARES; PETROVICK, 1999). Os comprimidos são formas farmacêuticas que possuem consistência sólida, forma variada, sendo geralmente cilíndrica ou lenticular, que são obtidos através da agregação, por meio de pressão, várias substâncias medicamentosas secas e que podem ou não encontrar-se envolvidos por revestimento especiais, tornando-se assim os comprimidos revestidos (PRISTA; ALVES; MORGADO, 2008). Os comprimidos são formas farmacêuticas que contem princípio(s) ativo(s), normalmente são preparados através do processo de compressão, podendo ter como auxílio excipientes farmacêuticos apropriados, ou não tê-los. Os comprimidos podem variar no tamanho, na forma, no peso, na dureza, na espessura, nas características de desintegração e em outros aspectos, que irão depender do uso ao qual esses comprimidos serão destinados e do método pelo qual serão fabricados, muitos deles podem ser preparados com corantes ou revestimentos de vários tipos (FERNANDES, 2003). A partir da escolha do método para fabricação e o uso ao que se destinam, os comprimidos podem apresentar-se nas formas de não revestidos, incluindo efervescentes, dispersíveis e solúveis ou revestidos, sendo de liberação modificada prolongada ou retardada (FARMACOPÉIA BRASILEIRA 5ª edição, 2010). Os comprimidos são deglutidos na forma em que se apresentam, porém em alguns casos mais específicos, eles devem ser dissolvidos na água antes, outros devem permanecer na boca, devido a exercerem uma ação local ou porque possibilita uma absorção direta, alguns podem ser colocados em outra cavidade, serem aplicados na pele, ou podem ser adaptados para preparações de injetáveis. Os comprimidos que são destinados à administração sublingual, bucal ou vaginal, no geral não possuem os mesmo excipientes em suas formulações, nem são preparados com as mesmas características dos comprimidos para uso via oral (FERNANDES, 2003). Os comprimidos apresentam muitas vantagens, dentre elas o fato de ser uma forma farmacêutica como dose unitária e com precisão de dosagem, tem o menor custo de produção dentre as formas farmacêuticas sólidas, é uma forma compacta e de fácil manuseio, fácil de embalar, é possível modelar o tipo da liberação que se 12 quer ter no fármaco, mais cômodo e aceito pelos pacientes, melhor estabilidade e dos parâmetros microbiológicos de todas as formas farmacêuticas (LIRA, 2004). Mas ainda assim os comprimidos apresentam algumas desvantagens, assim como o fato de que nem todos os comprimidos apresentam características de compressibilidade adequadas, possui uma dificuldade de ajuste das doses para algumas populações especificas como as crianças e os idosos, e alguns fármacos utilizados nas preparações não possuem propriedades físico-químicas que sejam adequadas para administração oral (LIRA, 2004). Quando a formulação de um fármaco ocorre na forma de comprimido, ocorre uma considerável redução da área superficial efetiva, devido aos processos de granulação e de compressão que estão envolvidos na produção dessa forma farmacêutica. Devido a isso se dá a importância de usar adjuvantes na formulação, que vão cumprir a função de devolver ao fármaco a sua área superficial ao estado prévio à compressão (AULTON, 2005). Existem três tipos de comprimidos, que são classificados com base nas características de cedência, eles podem ser de liberação imediata (fármaco é liberado de modo rápido após a sua administração ou quando o comprimido é dissolvido para ter uso como solução), liberação modificada (são ingeridos intactos, possuindo assim adjuvantes diferentes do de liberação imediata) e os de liberação prolongada (o fármaco do comprimido é liberado de maneira lenta e em uma velocidade constante) (AULTON, 2005). 3 DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS Com o decorrer dos últimos anos, o processo para desenvolvimento de fármacos, sofreu transformações, devido ao avanço da Biologia Molecular, muitos processos biológicos foram identificados, disponibilizando novos e muitos alvos macromoleculares que proporcionam intervenções terapêuticas (DIAS; CORRÊA, 2001). Para poder aplicar toda a estratégia planejada de fármacos, são realizados estudos através dos sistemas de reconhecimento molecular nos novos processos biológicos, que possuem bases fundamentais para o conhecimento e entendimento das propriedades dos fármacos, como a potência, afinidade e seletividade, tendo 13 assim muita importância nos estudos realizados (GUIDO; ADRICOPULO; OLIVA, 2010). Como resposta a esse crescimento da produção de substâncias com estruturas inovadoras, um modelo é criado para a busca de compostos protótipos e para a melhora no desenvolvimento dos que já são existentes (DIAS; CORRÊA, 2001). Segundo Guido (ET AL, 2008) as inovações cientificas e tecnológicas estão ligadas a todo o processo de descobrir e desenvolver tanto fármacos novos, quanto melhorar os que já existem, sendo um procedimento complexo, longo e de alto custo. Essas inovações tornam-se possível devido a novas doenças que surgem, ao entender todo o mecanismo, alvos e as vias que essas doenças seguem, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida das pessoas (GUIDO; ADRICOPULO; OLIVA, 2010). Para realizar um desenvolvimento e formulação adequados da forma farmacêutica, deve se considerar as características físicas, químicas, físico-químicas e biológicas de todos os princípios ativos e de todas as matérias-primas que serão usadas na elaboração do produto, avaliando também a anatomia fisiológica do local de administração e absorção (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). O desenvolvimento e a produção de um medicamento na forma de comprimido visa dar importância à administração de quantidade correta de fármaco(s) que será liberado no organismo de forma previsível e reprodutível, apresentando estabilidade química ao longo do tempo, demonstrando que não haverá alterações do fármaco(s) e nem do local onde sua ação irá ocorrer (FERNANDES, 2003). Ao desenvolver comprimidos alguns aspectos devem ser levados em conta. Assim como a escolha apropriada de adjuvantes que serão empregados na formulação, bem como a avaliação de propriedades físico-químicas como densidade, tamanho, forma, volume e distribuição, e também a avaliação das propriedades mecânicas, sendo compressibilidade e compactabilidade ou coesividade, pois essas propriedade irão influenciar diretamente no comportamento da formulação durante a compressão e a forma como o fármaco será liberado (SAUSEN, 2007). 14 Os comprimidos após desenvolvidos devem apresentar uma boa aparência, brilho e superfície lisa, devem ser coesos e não possuírem problemas durante a compressão, afim de que sua friabilidade não seja reduzida (FERNANDES, 2003). Raramente os fármacos são administrados isolados, na sua maioria possuem uma formulação combinada com um ou mais agentes não medicinais, que possuem funções variadas e específicas, são conhecidos como excipientes farmacêuticos. Os excipientes solubilizam, suspendem, espessam, diluem, emulsificam, estabilizam, conservam, colorem, flavorizam e possibilitam a obtenção de formas farmacêuticas estáveis, eficazes e atraentes (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). No entanto existe uma função mais importante que alguns excipientes possuem, onde eles são colocados “intencionalmente” nas formulações a fim de que melhorem o desempenho do princípio ativo no medicamento, nos termos de liberação, absorção, estabilidade ou características organolépticas (LIRA, 2004). A origem do termo excipiente vem do latim, que significa receber (ou seja, o excipiente recebe o ingrediente ativo). Segundo o ponto de vista galênico os excipientes cumprem as funções de diluente, preenchedor e solvente, conferindo assim uma determinada dose do ingrediente ativo peso, consistência e volume adequados, tornando o medicamento mais conveniente para administração. Assim neste caso o excipiente assume a função de veiculo, por estar adequado a via de administração escolhida, para o transporte do ativo até o local de absorção pretendida do organismo (FERREIRA, 2010). Tradicionalmente o conceito para excipientes farmacêuticos, é o de que eles são substâncias inócuas, que estão inseridas em uma formulação para facilitar a administração e preservação dos fármacos em formas farmacêuticas. Contudo a qualidade dos excipientes está intimamente ligada com a qualidade do medicamento em si (LIRA, 2004). Além de o excipiente ter as funções de suporte e veiculo, espera-se que ele haja como adjuvante, que tem origem do latim, significa ajudar, auxiliar, o principio ativo a realizar sua atividade através da influência na liberação a partir da forma farmacêutica (FERREIRA, 2010). O medicamento deve conter o principio ativo e os excipientes compatíveis entre si, a fim de gerar um produto estável, eficaz, atraente, fácil de administrar e 15 seguro, e ser compatível com a via de administração escolhida para o uso (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). 4 EXCPIENTES UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS Para o desenvolvimento de comprimidos alguns tipos específicos de excipientes são os mais indicados e utilizados, pois influenciam diretamente no desempenho terapêutico da formulação. Dentre eles os que mais se destacam são os desintegrantes, ligantes e promotores do fluxo, cuja função está diretamente ligada com o tipo de fabricação dos comprimidos, onde são necessários excipientes com densidade, escoabilidade e compactação ideais. Além daqueles que facilitam o acesso dos princípios ativos aos líquidos do trato gastrointestinal, como os desintegrantes e incrementadores de dissolução (LIRA, 2004). A qualidade dos medicamentos não depende apenas dos ingredientes ativos e dos processos para sua preparação, mas dependem também do desempenho que os excipientes irão exercer. Os excipientes podem ser obtidos de várias fontes (animal: lactose, gelatina; vegetal: amido, açúcares; mineral: fosfato de cálcio e síntese: polissorbatos) (FERREIRA, 2010). Atualmente as pesquisas realizadas nos excipientes está se baseando nos chamados excipientes de multifuncionalidade, o que quer dizer na verdade que é uma mistura de excipientes processados de forma a apresentarem características físico-mecânicas ideais, principalmente quando utilizadas para o processo de compressão direta (LIRA, 2004). Para a escolha dos adjuvantes deve-se levar em conta que tipo de comprimido se pretende produzir e com que função, sendo que essas substâncias encontram-se divididas em diversos grupos como diluentes, ligantes ou aglutinantes, desintegrantes, lubrificantes e outros, sendo considerados indispensáveis à fabricação de comprimidos (AULTON, 2005). Os principais exemplos de excipientes utilizados são (FERRARI, 2010; ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000): Diluentes para cápsulas ou comprimidos: substâncias inertes que vão ser usadas para preencher, para dar o volume desejado, propriedades de fluxo e as características de compressão, que são importantes para a preparação de cápsulas 16 e comprimidos. Exemplos: lactose, amido, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, manitol, celulose pó, sorbitol, fosfato de cálcio dibásico, carbonato de cálcio, carbonato de magnésio. Veiculo: Agentes carreadores do principio ativo, usados em formulações liquidas para administração oral, tópica ou parenteral. Exemplos: Flavorizado/Edulcorado: xaropes, elixires, água destilada, água para injeção, solução fisiológica, óleos fixos, vegetais, etc. Solvente: utilizados para dissolver outra substância na preparação de uma solução; podendo ser aquosos ou não, como os veículos oleaginosos. Exemplos: água purificada (ex: água destilada ou deionizada), álcool etílico, álcool isopropílico, glicerina, propilenoglicol, óleo de amendoim, óleo de milho, óleo mineral, etc. Adsorventes: são agentes que possuem capacidade de captar outras moléculas na sua superfície por meios físicos ou químicos (quimiosorção). Exemplos: carvão ativado, celulose em pó. Absorvente: são os agentes capazes de captar outras moléculas no seu interior, são empregados para evitar a formação de misturas eutéticas e para fazer a redução da higroscopia de algumas substâncias sólidas. Exemplos: carbonato de magnésio, óxido de magnésio leve, caolim, fosfato de cálcio dibásico, fosfato tricálcico, amido, talco farmacêutico, dióxido de silício coloidal (Aerosil® 200). Aglutinantes: são substâncias usadas a fim de promover a adesão das partículas de pós na preparação de granulados. Exemplos: goma arábica, ácido algínico, etilcelulose, metilcelulos, povidona, glicose líquida (glicose de milho), gelatina, amido pré-gelatinizado. Desagregantes (desintegrantes): substâncias empregadas nas formas farmacêuticas sólidas, como comprimidos e cápsulas, com a finalidade de promover a ruptura da massa compactada em partículas menores que se dispersam ou dissolvem mais rapidamente. Exemplos: amido, glicolato sódico de amido (Explomido®, Explotab®). Lubrificantes: são utilizados para reduzir a fricção existente durante a compressão dos comprimidos, evitando que ocorra a adesão do pó na punção da maquina de comprimidos. Enquanto no preparo de capsulas os lubrificantes tem a função de reduzir a adesão entre os pós e as partes metálicas da encapsuladora. Melhoram as propriedades de fluxo das misturas de pós, facilitando o escoamento. 17 Exemplos: estearato de magnésio, estearato de cálcio, estearato de zinco, óleo mineral e ácido esteárico. Deslizantes: são os agente utilizados com o intuito de melhorar as propriedades de fluxo das misturas em pó. Exemplos: sílica coloidal, talco, ácido esteárico. Agentes molhantes: favorecem a penetração da água e com isso a molhagem das partículas sólidas presentes nas formas farmacêuticas sólidas compactadas, assim como comprimidos e cápsulas. Dando favorecimento à desintegração e a dissolução de fármacos poucos solúveis. Exemplos: lauril sulfato de sódio, docusato sódico, polissorbatos (Tween®). Agentes tamponantes: são utilizados para atenuar as variações de pH em um meio, esses tampões são formados a partir de um ácido ou base fraca e o sal correspondente. A função do tampão a partir do seu mecanismo é a de promover a retirada de prótons, quando há excessos e o seu fornecimento quando a falta. Exemplos: tampão citrato, tampão fosfato, tampão acetato, tampão borato. Flavorizantes: substâncias utilizadas para conferir sabor e odor agradável à preparação. São de origem natural (exemplos: óleo de anis, óleo de canela, óleo de laranja) ou sintética. Edulcorantes: usados para adoçar a preparação. Exemplos: aspartame, dextrose (glicose), manitol, sorbitol, sacarina, ciclamato sódico, sacarose (açúcar), acesulfame de potássio. Agentes de revestimento: usados no revestimento dos comprimidos para proteção contra a decomposição pelo oxigênio atmosférico ou umidade. Utilizado também para mascarar o sabor e/ou odor desagradável. Proporciona um padrão de liberação desejado, podendo ser liberação prolongada, revestimento entérico, ou para melhorar a aparência estética. Exemplos: sacarose, hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose (Klucel®), hidroxipropilmetilcelulose, metilcelulose. Agentes emulsificantes: utilizados para promover e manter a dispersão das partículas finamente divididas de um líquido em um veículo, no qual elas são imiscíveis. Exemplos: goma arábica, álcool cetílico, álcool cetoestearílico, monoestearato de glicerila, monoleato de sorbitano (Span®). 18 Agentes suspensores: empregados para o aumento da viscosidade e a redução da velocidade de sedimentação de partículas em um veiculo no qual elas não são solúveis. Exemplos: goma adraganta, goma xantana. Agentes alcalinizantes ou acidulantes: utilizados para alcalinizar ou acidificar o meio, com o intuito de estabilizar a preparação ou de promover a dissolução de um ativo. 5 MÉTODOS DE PRODUÇÃO DE COMPRIMIDOS Na grande maioria os comprimidos são produzidos através do método de compressão e em um número menor pelo processo de moldagem. No processo de compressão é necessário o uso de maquinas que sejam capazes de exercer uma grande pressão apara gerar a compactação do material em pó ou granulados, utilizando matrizes e punções. As prensas utilizadas para a produção de comprimidos são equipamentos pesados de diversas capacidades, que serão selecionadas de acordo com o tipo de comprimido a ser fabricado com a velocidade de produção desejada. Já os comprimidos moldados são preparados em maquinas ou manualmente, forçando o material umedecido no molde, após é retirado do molde e levado para secar (ANSEL; POPOVICH; ALLEN, 2000). Os comprimidos podem ser produzidos pelos métodos de compressão direta, granulação por via úmida ou por via seca (dupla compressão). Mas a mais utilizada é a compressão direta, devido aos pós serem misturados e logo virarem comprimidos. Sendo devido aos adjuvantes colocados junto com o(s) princípio(s) ativo(s), devido que este não apresenta características compressivas e lubrificantes para o processo. A granulação também é conhecida como pré-compressão ou dupla compressão, tem sido utilizada para princípios ativos que tem instabilidade ao calor e/ou umidade (FERNANDES, 2003). 5.1 Granulação Úmida Consiste na mistura de pós através de convecção, estando na presença de um líquido, seguido por secagem, considerado a base do método de granulação farmacêutica. È considerado o mais efetivo, quando relacionado com os fatores 19 como tempo e custo de produção, para a obtenção de granulados de boa qualidade (AULTON, 2005). Um método para fabricação de comprimidos no qual realiza-se um processo de densificação dos pós, que é seguido por uma calibração granulométrica que tornam os pós compactáveis e com boa escoabilidade (LIRA, 2004). A granulação úmida é o método empregado com maior freqüência na produção de comprimidos realizados por compressão. Composto por sete etapas, sendo elas, a de pesagem e mistura dos componentes, o preparo da granulação úmida, formação de grânulos pela passagem da massa úmida por tela, secagem, calibração do grânulo seco, mistura do lubrificante e compressão (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). As vantagens que o método de granulação por via úmida possui é que as características físico-químicas dos fármacos e dos excipientes não são de grande valor, existe uma grande variedade de materiais em pó que podem ser processados, há aumento do tamanho da partícula facilitando o fluxo e compressibilidade dos pós, redução da segregação dos pós durante a fabricação, caracterizando-se como processo ideal de medicamentos ativos potentes (LIRA, 2004). Contudo o processo deve ser avaliado também de acordo com as suas desvantagens, que incluem alto custo e complexidade de processo, diversas etapas de produção, utilização de solventes orgânicos, variabilidade de equipamentos, aumento de tempo de dissolução em formulações de liberação imediata, diminuição da estabilidade de fármacos sensíveis a umidade e calor, validação de processo complicada e aumento de aproximadamente 5% de perda no processo (LIRA, 2004). 5.2 Granulação por via seca Processo também conhecido como dupla compressão ou pré-compressão ou compactação por rolos, onde os grânulos formados não são obtidos através da adição de líquidos na mistura, mas sim pela compactação prévia dos pós, sem uso de lubrificantes, em partículas grandes e sem preocupação alguma com a regulação do tamanho ou do peso. Após compactados, eles são tamisados, com o intuito de obter grânulos menores coesivos e de mesma granulometria. Neste momento o fármaco, o diluente e o aglutinante devem possuir propriedade coesiva para ocorrer 20 compactação sem o uso de líquidos. Mas devido a ter um alto custo para a aquisição dos compactadores de rolo e para o desenvolvimento de excipientes especiais, não tem sido mais utilizado (LIRA, 2004). Os comprimidos que passam pela compactação após passarem pelos outros processos da granulação por via seca, precisam ser duros o suficiente para que sejam quebrados sem produzir quantidade excessiva de pó, as massas dessa produção podem ser quebradas por moinhos ou manualmente e são passadas por tamises com malha do tamanho desejado para calibração dos grânulos. O lubrificante é adicionado de modo usual e os comprimidos são preparados por compressão (ANSEL; POPOVICH; ALLEN, 2000). O lubrificante é utilizado a fim de evitar os atritos que podem ocorrer durante o processo da compressão (PRISTA; ALVES; MORGADO, 2008). Esse método é bastante utilizado em materiais que não podem ser preparados através do método de granulação úmida, pelo fato de se degradarem com o contato com a umidade ou quando submetido a elevadas temperaturas (ANSEL; POPOVICH; ALLEN, 2000). As maquinas utilizadas nesse processo podem ser compressoras vulgares que possuem punções de maior diâmetro e potencia mais elevada. Devido a esse processo liberar muito pó, é indicado que haja sistemas de aspiração ou maquinas que realizem a compressão em ambiente isolado (PRISTA; ALVEZ; MORGADO, 2008). Esse processo pode ser utilizado para a preparação de comprimidos muito rapidamente, pois permite dispersar a operação da granulação a úmido, que é mãos demorada, devido a exigir secagem. Sua principal aplicação é de preparar comprimidos usando substâncias higroscópicas ou alteráveis em presença de umidade (PRISTA; ALVES; MORGADO, 2008). 5.3 Compressão direta Nos últimos anos o interesse maior das industrias farmacêuticas é na produção de comprimidos através da compressão direta, devido ao fato de ser um método de produção de fácil controle e com menor tempo de processo, gerando uma maior produtividade da linha de produção (SAUSEN, 2007). 21 É o método mais moderno na fabricação de comprimidos, onde o fármaco e os excipientes serem misturados e simplesmente serem comprimidos, sem ocorrer mudança física dos materiais, os materiais devem apresentar características que proporcionem a compressão direta que resulte em comprimidos físico- mecanicamente aceitáveis (dureza e friabilidade) (LIRA, 2004). Processo onde o produto, preparado anteriormente, é submetido a uma pressão exercida através de duas punções no interior de uma câmara de compressão ou matriz, que tem como fundo uma punção inferior (PRISTA; ALVES; MORGADO, 2008). O número de formas, tamanhos e contornos dos comprimidos é quase que ilimitado, pois dependerá apenas da dos limites para o tamanho da matriz. E as punções devem conter informações que permitirá a produção de um comprimido que seja fácil de identificar visivelmente (FERNANDES, 2003). A principal vantagem da compressão direta é que como elimina a etapa da granulação, ocorre o aumento da estabilidade de fármacos que podem se degradar em decorrência do umedecimento e/ou da exposição ao calor. Outra vantagem é a de aperfeiçoar a desintegração dos comprimidos obtidos, devido a se desintegrarem em partículas primárias, aumentando a área superficial para dissolução e resultar assim em uma liberação mais rápida do fármaco (SAUSEN, 2007). 6 CONTROLE DE QUALIDADE O controle de qualidade de medicamentos é um setor do segmento farmacêutico que tem como função desenvolver atividades altamente especializadas, que requerem um conhecimento prévio de diversas legislações que ditam as normas para seu funcionamento, dentro de um contexto de qualidade total, visando assegurar os resultados analíticos obtidos e prevenir os possíveis riscos à saúde pública (GIL, 2010). A Farmacopeia Brasileira (2010) define controle de qualidade como um conjunto de medidas que está destinada a garantir, em qualquer momento, que uma produção de lotes de medicamentos e demais produtos, possam satisfazer às normas de identidade, atividade, teor, pureza, eficácia e inocuidade. 22 A formulação de um medicamento com qualidade não significa apenas que o mesmo deva ser preparado na dose correta, com uniformidade, estabilidade e características organolépticas adequadas. É necessário que haja comprovação de que o medicamento apresente conformidade para tais atributos, sendo efetivada através dos ensaios de qualidade (FERREIRA; BRANDÃO, 2011). Para obter-se um bom produto final, a qualidade da matéria – prima obtida pelos fornecedores torna-se muito importante, por ter ligação completa com o que está sendo feito (DIAS, ET AL, 2012). Os comprimidos desenvolvidos devem apresentar qualidades finas que assegurem sua integridade, tais como: aspecto, dureza, friabilidade, uniformidade de peso e dosagem, desintegração, dissolução, etc. As especificações dos comprimidos garantem que assim não haverá alterações das características do mesmo lote (FERNANDES, 2003). 6.1 Identificação Constituído por ensaios qualitativos que tem o intuito de confirmar a presença do ingrediente ativo em um produto acabado. Esses ensaios podem ser classificados em físicos ou químicos ou como métodos instrumentais ou clássicos. Independente da escolha feita para a realização da identificação, o método deve ser específico e confiável, de baixo custo e de fácil realização (GIL, 2010). Esses testes físico-químicos para identificação constitui um meio para a determinação da identidade de uma substância, não fornecendo obrigatoriamente dados sobre sua pureza (FERREIRA; BRANDÃO, 2011). 6.2 Doseamento Ensaios que visam quantificar o teor de substância ativa nos medicamentos. Análises quantitativas utilizadas com o objetivo de estabelecer a concentração dos componentes essenciais presentes em uma determinada amostra. É um método que não pode apresentar falhas, devido a segurança e a eficácia do medicamento dependerem de ter dignidade ao disponibilizar o resultado (GIL, 2010). 23 6.3 Peso Médio A determinação de peso médio nas formas farmacêuticas é realizada com a utilização de balanças com sensibilidade adequada, tanto para produtos que sejam de única dose quanto para produtos que sejam doses múltiplas. Essa determinação é dada pelo quociente da somatória dos pesos individuais de cada unidade pelo número de unidades amostradas. Assim quanto maior for o desvio padrão, menor será a uniformidade do envase (GIL, 2010). O teste é aplicado a formas farmacêuticas sólidas em dose unitária para verificar se as unidades de um mesmo lote apresentam uniformidade de peso. As pesagens são feitas em balanças de sensibilidade adequada (FARMACOPÉIA BRASILEIRA 5ª edição, 2010). 6.4 Dureza O teste de dureza tem como finalidade testar a resistência dos comprimidos quando submetidos a um processo de esmagamento. A dureza de um comprimido é proporcional à força de compressão e inversamente proporcional à sua porosidade. E a resistência apresentada diz respeito à estabilidade física de formas sólidas que foram obtidas pelo processo de compressão e é também um processo para aqueles comprimidos que serão submetidos a processos de revestimento (GIL, 2010; FARMACOPEIA BRASILEIRA 5ª edição, 2010). Com isso os comprimidos devem ser suficientemente duros, de modo que vão resistir à quebra que pode ocorrer durante a embalagem, o transporte e a manipulação normal, mas não deixando de serem moles o bastante para dissolver ou desintegrar após administração ou para serem quebrados, em uma utilização de dose parcial, quando necessário (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). 6.5 Friabilidade Teste aplicado apenas a comprimidos que não são revestidos, usado para verificação de resistência do comprimido quando passa por desgaste, ou seja, 24 quando submetido a ação mecânica de aparelho específico (GIL, 2010; FARMACOPEIA BRASILEIRA 5ª edição, 2010). 6.6 Desintegração Esse teste permite verificar se comprimidos e cápsulas se desintegram dentro do tempo limite estabelecido pela monografia. É definida como o estado em qual nenhum resíduo das unidades testadas permanece na tela metálica do aparelho utilizado. O teste se aplica a comprimidos não revestidos, revestidos com filme ou com revestimento açucarado (drágeas), comprimidos com revestimento entérico, comprimidos sublinguais, comprimidos solúveis, comprimidos dispersíveis, cápsulas duras e cápsulas moles. Também pode ser aplicado a comprimidos mastigáveis, desde que as condições de avaliação estejam presentes na monografia. O teste não pode ser aplicado a pastilhas e comprimidos ou cápsulas de liberação controlada (FARAMACOPEIA BRASILEIRA 5ª edição, 2010). 6.7 Dissolução Determina a porcentagem da quantidade do principio ativo que está presente no rotulo do produto, que é liberada no meio de dissolução dentro do período de tempo especificado na monografia de cada produto. O teste possui como objetivo verificar se a preparação farmacêutica avaliada atende às exigências constantes na monografia (FERREIRA; BRANDÃO, 2011). 7 EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA Os fármacos equivalentes são conhecidos como substâncias que contem quantidades idênticas do mesmo princípío ativo, isto é, o mesmo sal ou éster do mesmo fármaco, em formas farmacêuticas idênticas, mas que não contenham necessariamente os mesmos excipientes e que atinjam os padrões estabelecidos nos compêndios ou outros aplicáveis e idênticos de concentração, identidade, qualidade e pureza, incluindo potência e, quando aplicável, uniformidade de 25 conteúdo, tempo de desintegração e/ou velocidades de dissolução (ANSEL; POPOVICH; ALEEN, 2000). Segundo a lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, a bioequivalência consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo composição idêntica tanto qualitativa quanto quantitativa de princípio ativo, possuindo também biodisponibilidade comparável, quando estudados sob um desenho experimental idêntico (GASPAROTTO, 2005). A biodisponibilidade é definida como à velocidade e extensão pela qual um fármaco é absorvido da forma farmacêutica e torna-se disponível no local de ação (FERREIRA, 2010). Para ocorrer o registro de um medicamento como genérico ou similar determina-se que se comprove a equivalência farmacêutica do mesmo em relação ao medicamento de referência indicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), seguindo o procedimento técnico para realização e elaboração de estudos e relatórios de equivalência farmacêutica e perfil de dissolução. O perfil de dissolução é realizado quando se deseja obter conhecimento a respeito de comportamentos de dois produtos antes de serem submetidos a ensaios de biodisponibilidade, para isentar as menores dosagens desses estudos e nos casos de alterações pós-registro (BRASIL, 2003). A equivalência farmacêutica refere-se à comprovação in vitro de que dois medicamentos apresentam o mesmo princípio ativo, considerando um o medicamento de referência e o outro medicamento teste. A análise é realizada a partir de testes físicos e físico-químicos, sendo que se houver divergência entre os resultados obtidos, estes podem significar diferenças na biodisponibilidade do medicamento teste, colocando em risco a bioequivalência entre os medicamentos (BRASIL, 2003; STORPIRTIS et al., 2004). 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN, L.V. Farmacotécnica. 6.ed. São Paulo: Premier, 2000. AULTON, Michael E. Delineamento de forma farmacêuticas. 2º ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. BARRETO L.C.L; CUNHA-FILHO, M.S.S Excipientes co-processados para Compressão Direta de Comprimidos. Latin American Journal of Pharmacy, 2009. BRASIL. Resolução nº 897 de 29 de maio de 2003 - Guia para isenção e substituição de estudos de bioequivalência. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, 2003. COLUNISTA PORTAL. Portal educação. Bromoprida. 2009. COSTA, R. de J. Portal educação. Remédio Bromoprida. 2012 DIAS, A. M.; ARAUJO, K. J. O.; QUEIROZ, R. M. DE; SOUTO, T. T. L. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE QUALIDADE NAS CÁPSULAS MANIPULADAS EM FARMÁCIAS MAGISTRAIS: uma avaliação em estabelecimento no município de Jales. Trabalho de conclusão de curso – Fundação Educacional de Fernandopólis, 2012. DIAS, M. da S. Portal educação. Farmacologia da Bromoprida. 2012. DIAS, R. L. A.; CORRÊA, A. G. Aplicações da química combinatória no desenvolvimento de fármacos. Química Nova, vol 24. N. 2 São Carlos, SP: 2001. FARMACAM. Farmácia com Manipulação e Homeopatia. Bromoprida. 2001-2010. Farmacopeia Brasileira. 5ª edição: Volume I. Brasília, 2010. Farmacopeia Brasileira. 5ª edição: Volume II. Brasília, 2010. FERNANDES, T.R.P. Desenvolvimento farmacotécnico e validação de metodologia analítica para comprimidos revestidos á base de diclofenaco de potássio. Dissertação de Mestrado - Universidade federal de Pernambuco, 2003. FERREIRA, A. de O. Guia prático da farmácia magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010, V.1. FERREIRA, A. de O.; BRANDÃO, M. Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2011. V. 2. FROTA, L. H. Cinqüenta anos de medicamentos antipsicóticos em psiquiatria. RJ: 2003. 27 GASPAROTTO, F. S. Fatores relacionados à síntese de matérias-primas que podem alterar a biodisponibilidade do medicamento genérico. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005. GIL, E. S. Controle Físico-Químico de Qualidade de Medicamentos. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010. GUIDO, R. V. C.; ANDRICOPULO, A. D.; OLIVA, G. Planejamento de fármacos, biotecnologia e química medicinal: aplicações em doenças infecciosas. Vol 24. N. 70, SP: 2010. KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1976. LIRA, L.M. Avaliação de sistemas nanoparticulados baseados em bentonita sódica purificada como incrementadores de dissolução em comprimidos preparados por granulação úmida e compressão direta. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004. MARIOL. Bula bromoprida. 2011. MISODOR. Bromprida. SD. MONTANARI, C. A. Química medicinal: contribuição e perspectiva no desenvolvimento da farmacoterapia. Química Nova, 1994. PRISTA, L.N.; ALVES, A.C.; MORGADO, R. Tecnologia Farmacêutica. 4ªed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. SAUSEN, T.R. Desenvolvimento de comprimidos de clozapina obtidos pelo método de compressão direta. Dissertação de pós-graduação na área de ciências farmacêuticas, UFRS, Porto Alegre, 2007. 28 ARTIGO DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS DE BROMOPRIDA 10 MG E SUA EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA SÁ, Nathalia Nascimento Tschurtschenthaler Honma Gomes de¹*, ZANIN, Giovane Douglas² ¹ Acadêmica de Farmácia – Faculdade Assis Gurgacz – FAG, Cascavel – PR, Brasil; ² Docente Orientador do colegiado do Curso de Farmácia – Faculdade Assis Gurgacz – FAG, Cascavel – PR, Brasil. * Correspondência: Nathalia Nascimento Tschurtschenthaler Honma Gomes de Sá, Rua Victor Meirelles, 290, Bairro Country. CEP: 85813-260. E-mail: [email protected] RESUMO: Os comprimidos são as formas farmacêuticas mais utilizadas pela população, para seu desenvolvimento deve-se considerar as características de todo material e do método utilizado na produção, pois isto influência diretamente na sua qualidade e biodisponibilidade. A bromoprida é um medicamento muito utilizado no tratamento das intoxicações alimentares e no que se refere ao trato gastrointestinal. O objetivo do trabalho foi desenvolver comprimidos de bromoprida 10 mg e testar sua equivalência farmacêutica. As formulações foram montadas através do estudo da literatura, fabricou-se os comprimidos e com eles prontos realizou-se os testes e obteve-se os valores respectivamente (F1, F2 e F3) de peso médio 201,6 mg, 182,1 mg, 208,6 mg, dureza 9,49 KgF, 10,76 KgF, 7 KgF, friabilidade 0,09%, 0,29%, 0,35%, 0,46%, desintegração 27 min, acima de 30 min (F2 e F3), doseamento 88,6%, 80,7%, 99,3% e dissolução onde F1 dentro de 80%, F2 e F3 abaixo de 80%. As formulações apresentaram alterações dentro dos testes, sendo assim não são aprovadas, e devendo-se fazer um novo estudo e novas fórmulas. Unitermos: Bromoprida, desenvolvimento de comprimidos, equivalência farmacêutica. 29 ABSTRACT: Pills are the most used by people pharmaceutical forms, for it’s development is necessary to consider the peculiarities of the whole material and the method applied to its production, once it influences directly on the quality and bioavailability. Bromopride is a medication that is extensively used for the treatment of food poisoning and in what regards the gastrointestinal tract. The current work intends to develop 10 mg bromopride pills and test its pharmaceutical equivalence. The formulations were made through bibliographical study, the pills were fabricated and, completed, tests were made, obtaining the values, respectively (F1, F2 and F3), of average weight 201,6 mg, 182,1 mg, 208,6 mg, toughness 9,49 KgF, 10,76 KgF, 7 KgF, friability 0,09%, 0,29%, 0,35%, 0,46%, disintegration 27 min, more than 30 min (F2 and F3), assay 88,6%, 80,7%, 99,3% and dissolution in which F1 within *0%, F2 and F3 below 80%. The formulations presented alterations within the tests, thus they were not approved, bringing the necessity of a new study and new formulae. Key words: bromopride, pills development, pharmaceutical equivalency. INTRODUÇÃO Os comprimidos são as formas farmacêuticas mais utilizadas pela população, devido à facilidade e custo relativamente baixo de produção, precisão na dosagem, podendo variar no tamanho, forma, peso, dureza, espessura, nas características de desintegração e em outros aspectos, que irão depender do uso ao qual serão destinados e do método pelo qual serão fabricados. Os mesmos possuem boa aceitação pelo paciente e maior estabilidade quando comparados a outras formas farmacêuticas (Barreto; Cunha-Filho, 2009; Fernandes, 2003). Para realizar um desenvolvimento e formulação adequados da forma farmacêutica, deve se considerar as características físicas, químicas, físico-químicas e biológicas de todos os princípios ativos e de todas as matérias-primas que serão usadas na elaboração do produto, visando dar importância à administração de quantidade correta de fármaco(s) que será liberado no organismo de forma previsível e reprodutível, apresentando estabilidade química ao longo do tempo, 30 demonstrando que não haverá alterações do(s) fármaco(s) e nem do local onde sua ação irá ocorrer (Ansel et al, 2000; Fernandes, 2003). A qualidade dos medicamentos não depende apenas dos ingredientes ativos e dos processos para sua preparação, mas dependem também do desempenho que os excipientes irão exercer. (Ferreira, 2010). Raramente os fármacos são administrados isolados, na sua maioria possuem uma formulação combinada com um ou mais agentes não medicinais, que possuem funções variadas e específicas, são conhecidos como excipientes farmacêuticos que devem ser compatíveis com o princípio ativo, a fim de gerar um produto estável, eficaz, atraente, fácil de administrar e seguro, e ser compatível com a via de administração escolhida para o uso (Ansel et al, 2000). A formulação de um medicamento com qualidade não significa apenas que o mesmo deve ser preparado na dose correta, com uniformidade, estabilidade e características organolépticas adequadas. É necessário que haja comprovação de que o medicamento apresente conformidade para tais atributos, sendo efetivada através dos ensaios de qualidade (Ferreira; Brandão, 2011). A equivalência farmacêutica refere-se à comprovação in vitro de que dois medicamentos apresentam o mesmo princípio ativo, considerando um o medicamento de referência e o outro medicamento teste. A análise é realizada a partir de testes físicos e físico-químicos, sendo que, se houver divergência entre os resultados obtidos, estes podem significar diferenças na biodisponibilidade do medicamento teste, colocando em risco a bioequivalência entre os medicamentos (Brasil, 2003). A bromoprida foi introduzida como a nova benzamida na década de 70, ela é uma substância com potente ação antiemética e demonstrou eficácia terapêutica em diversos tipos de distúrbios gastrintestinais tais como, náuseas, vômitos, alterações da peristalse. Sendo bem utilizado também para o tratamento de intoxicação alimentar, tem como ação bloquear os receptores da dopamina - 2 (FROTA, 2003). O objetivo do presente trabalho foi desenvolver comprimidos de bromoprida 10mg e testar sua equivalência farmacêutica. 31 MATERIAIS E MÉTODOS Seleção das matérias-primas e desenvolvimento dos comprimidos O desenvolvimento e seleção dos insumos farmacêuticos foram realizados com base em uma revisão da literatura. Em seguida, foram produzidas três lotes (F1, F2 e F3), pelo método de compressão direta, cada um contendo duzentos comprimidos de 10 mg de bromoprida. Para confrontação com os comprimidos desenvolvidos foram adquiridas amostras de medicamento referência (RF) dentro do prazo de validade, de uma farmácia do município de Cascavel-Pr. A produção dos comprimidos e o os testes de qualidade foram realizados nos laboratórios de Tecnologia Farmacêutica e Química I da Faculdade Assis Gurgacz. Fabricação dos comprimidos As formulações estão descritas na Tabela abaixo: Tabela I: Formulações de comprimidos por compressão direta. Matérias-primas F1 (%) F2 (%) F3 (%) Bromoprida 5% 5% 5% Celulose microcristalina 40% 29% 34% Amido pré-gelatinizado 34% 45% 39% 14,5% 15% 15,5% 3% 3% 3% 0,5% 0,5% 0,5% 3% 2,5% 3% Lactose Estearato de magnésio Dióxido de silício Croscamelose sódica 32 Análises de qualidade As análises foram realizadas em triplicata, utilizando as metodologias propostas pela Farmacopéia Brasileira 5ª edição (2010), com a avaliação do: peso médio, friabilidade, dureza, desintegração, doseamento do princípio ativo e perfil de dissolução. Para a realização dos mesmos, utilizaram-se os seguintes equipamentos: balança analítica Shimadzu AY220; Durômetro modelo 298-AT (Nova Ética); Friabilator (USP) – Eletrolab; Desintegrador Desintegration Tester (USP) ED-2L – Eletrolab, Dissolutor Espectrofotômetro 299 T70+ da Nova UV/VIS Ética, UltraSonic Spectrometer PG Cleaner – Instruments Unique, LTD e Espectrofotômetro Femto modelo 700 plus. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de estatística descritiva dos parâmetros de Média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação (CV). RESULTADOS E DISCUSSÃO A seguir encontra-se a tabela II com os valores de peso médio das formulações e do medicamento de referência. Tabela II: Pesos médios das formulações dos comprimidos de bromoprida 10 mg. Formulações F1 F2 F3 RF Peso médio (mg) 201,6 182,1 208,6 181,4 DP (mg) 7,8 25,4 12,5 2,08 CV (%) 3,87 13,95 5,99 1,15 Segundo a especificação da Farmacopéia Brasileira 5ª edição, admite-se a variação de ± 7,5%. Os comprimidos F1, F2, F3 e RF tiveram como respectivas variações 3,87%, 13,95%, 5,99% e 1,15%. Avaliando os resultados a F2 está reprovada nesse teste, por apresentar valor acima. A alteração do peso dos comprimidos ocorre devido à dificuldade de escoamento do pó para o interior da matriz da máquina de compressão. O teste do peso médio é considerado pela ANVISA, um teste informativo, ou seja, ele está descrito na monografia individual ou nos métodos gerais, mas ele não 33 é usado como um parâmetro de comparação entre o medicamento de referência e as formulações feitas. Entretanto os resultados obtidos devem estar de acordo com suas especificações (Lamolha et al, 2011). Em um estudo de Stulzer e Silva (2006) Eles encontraram como valores de coeficiente de variação 2,06%, 2,47% e 4,25%, no teste de peso médio de comprimidos de captopril, onde todos se apresentam dentro da especificação, notase que em sua formulação houve a utilização de um deslizante, para melhor escoabilidade do pó e assim equilibrar o peso dos comprimidos. Tabela III: Valores de dureza das formulações dos comprimidos de bromoprida 10 mg. Formulações F1 F2 F3 RF Média (KgF) 9,49 10,76 7 4,66 DP (KgF) 2,71 2,96 1,77 0,67 CV (%) 28,56 27,51 25,28 14,38 Para verificar a resistência dos comprimidos de bromoprida 10 mg, foi utilizado o teste de dureza onde a força mínima aceitável é de 3KgF ou 30N que está especificado na Farmacopéia brasileira (2010). Os comprimidos apresentaram dureza de 9,49KgF, 10,76KgF, 7 KgF e 4,66KgF respectivamente de F1, F2 e F3 e RF. Logo apresentam a dureza em conformidade com os padrões estabelecidos. Os valores alterados do coeficiente de variação podem indicar a descalibração do equipamento de compressão, com alteração nas punções da máquina, dificuldade de escoamento dos pós através da matriz que quando compactados irá refletir em comprimidos com durezas distintas. Com isso há a produção de comprimidos mais duros (Melo et al, 2006). Contudo quando há um valor de dureza inferior ou muito superior, o mesmo indica que os comprimidos podem demorar menos ou mais tempo para realizarem sua ação farmacológica. Podem também apresentar uma menor ou maior resistência física, causando assim um prejuízo no tratamento do paciente que está utilizando a medicação (Ansel et al, 2000). Em seu estudo, Wanczinski et al (2002) realizou 5 formulações, e encontrou os valores de dureza entre 7,5KgF e 15KgF, que ocorreram devido a força utilizada na hora da compressão, mas mantendo os comprimidos dentro das especificações. 34 Tabela IV: Valores de friabilidade de comprimidos de bromoprida 10 mg. Formulações F1 F2 F3 RF Média (%) 0,09 0,29 0,35 0,46 DP (%) 0,025 0,04 0,025 0,025 CV (%) 27,78 13,79 7,14 5,43 O teste de friabilidade visa verificar a porcentagem de quantidade perdida dos comprimidos quando colocados no fibrilômetro, devendo ser menor que 1,85% segundo a especificação da farmacopéia brasileira (2010). Os valores encontrados das formulações F1, F2, F3 e RF são respectivamente 0,09%, 0,29% 0,35% e 0,46%, sendo assim as mesmas encontram-se dentro do valor aceitável pela farmacopéia. A friabilidade é um teste que fornece informações importantes quanto à resistência ao desgaste por atrito dos comprimidos quando submetidos a determinadas situações, tais como embalagem e transporte ou outras operações tecnológicas (Martinello, 2005). Valores altos da friabilidade podem gerar a perda do princípio ativo, o que irá comprometer a eficácia terapêutica do medicamento, e como conseqüência a inaceitabilidade pelo paciente e a interrupção do tratamento, ocasionado pelo mau aspecto que os comprimidos irão apresentar, desde uma simples rachadura até quebras pelo simples fato de pegar o mesmo (Peixoto et al, 2005). Em seu estudo Martinello (2005) em algumas de suas fórmulas encontrou valores de 3,24 a 11,15% em formulações com altas concentrações de lactose na formulação, que é um excipiente mais frágil, facilitando essa fragmentação. Tabela V: Valores de desintegração de comprimidos de bromoprida 10 mg. Formulações F1 F2 F3 RF Média (min) 27 Acima de 30 Acima de 30 11 DP (min) 1 1 CV (%) 3,7 9,09 O teste de desintegração visa avaliar em quanto tempo o comprimido desintegra, em uma simulação do organismo ao qual será ingerido. A farmacopéia (2010) preconiza esse tempo sendo dentro de 30 minutos. Essa desintegração deve ser total, podendo sobrar apenas fragmentos de revestimentos, caso o comprimido o tenha, ou o invólucro de cápsulas. 35 A demora na desintegração dos comprimidos testados se deu pela falta de um desagregante, que facilitaria o desprendimento das partículas e faria com que o principio ativo fosse liberado. O teste da desintegração está ligado a biodisponibilidade do fármaco dentro do organismo, quando ocorre ingestão do medicamento. Pois para que o princípio ativo fique disponível no organismo e realize sua ação terapêutica, o comprimido precisa ser desintegrado para liberar o mesmo no local de ação. Devido a isso, o tempo da desintegração mostra em quanto tempo o medicamento irá ser liberado e a ação começará (Ansel et al, 2000). A descalibração da força das máquinas que ocorrem com o tempo podem afetar na hora da produção do lote, causando assim alterações na velocidade de desintegração dos comprimidos variando o perfil de biodisponibilidade dos mesmos (Melo et al, 2006). Em seu estudo Lima et al (2006) obteveram valores de desintegração acima de 40 min, que ocorreu devido a consolidação das partículas que está diretamente ligada ao agregante e a força realizada para a compactação e pelo desintegrante utilizado. Tabela VI: Valores de teor de bromoprida 10 mg nos comprimidos. Formulações F1 F2 F3 RF Média (%) 88,6 80,7 99,3 103,8 DP (%) 2,4 1,34 1,61 1,75 CV (%) 2,70 1,66 1,62 1,69 Segundo a farmacopéia brasileira (2010) o teor de principio ativo pode variar entre 90% a 110%. Assim ao olhar a tabela nota-se que o referência e a F3 estão dentro da especificação e o F1 e F2 estão reprovados nesse teste. O teste de doseamento tem como objetivo avaliar se a quantidade expressa do princípio ativo, está dentro ou fora, da especificação, pois quando o valor está acima, pode causar intoxicação, e quando abaixo pode não realizar o efeito terapêutico, por isso já é reprovado ao não ficar dentro da especificação. Durante as etapas de formulação e de preparação do medicamento, tem-se como objetivo minimizar as possíveis variações que podem ocorrer na composição do produto. Com isso deve-se evitar que na mistura de pós ocorra à separação dos 36 mesmos durante o manuseio, que alterará o valor dos comprimidos (Bacarat, et al, 2009). Em seu estudo Wanczinski (2002), obteve seu doseamento variando entre 4 e 10%, mas estando dentro dos parâmetros da farmacopéia, ou seja, seus comprimidos apresentaram homogeneidade na hora das misturas dos pós e tendo a garantia da dose estabelecida. Tabela VII: Representa a porcentagem dissolvida dos comprimidos de bromoprida 10 mg. Tempo (min) 2 6 12 18 24 30 RF (%) --- CV 95,9 --- 4,35 104,6--- 6,24 101,9--- 4,08 99,7 --- 4,16 96,1 --- 2,00 95,1 --- 4,00 F1 (%) --- CV 36,5 --- 5,7 41,9 --- 8,3 55,2 --- 6,7 91,6 ---7,1 84,8 --- 9,0 94,4 --- 7,7 F2 (%) --- CV 14,7 --- 2,5 21,6 --- 3,9 22,7 --- 3,5 25,2 --- 2,5 23,2 --- 2,6 27,6 --- 2,5 F3 (%) --- CV 18,8 --- 3,8 21,4 --- 3,6 28,0 --- 4,6 35,2 --- 5,3 38,2 --- 5,9 51,2 --- 3,0 A Farmacopéia Brasileira 5 ed (2010) estipula que não menos de 80% dos comprimidos devem se dissolver no tempo de 30 minutos. O medicamento de referência está de acordo, enquanto a F1 é a que apresenta valores dentro do especificado após 18 min, a F2 e F3 apresentam valores a baixo de 80% devido à falta de um desintegrante na formula, que dificulta a liberação do fármaco. O teste de dissolução é baseado conforme à medida que um comprimido se dissolve, há o aumento da superfície das partículas, facilitando a dissolução no meio, logo está relacionado com a biodisponibilidade no organismo (Stulzer; Silva, 2006). O estado da consolidação das partículas se deve as variações ocorridas na força de compactação e umidade, que quando alteradas podem interferir no tempo de desintegração e dissolução dos comprimidos (Lima, et al, 2006). Em seu estudo, Pinho e Storpirtis (2001), encontraram valores entre 90 e 100% no teste de dissolução de comprimidos de metformina, estando dentro da conformidade especificado na farmacopéia brasileira. O perfil de dissolução está representado no gráfico I abaixo: 37 Gráfico I: Representa o perfil de dissolução do medicamento referência e das formulações feitas. 120 100 80 RF 60 F1 F2 40 F3 20 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 No gráfico I é possível observar que apenas o referência mantém uma linearidade, F1 começa com valores baixos e vai subindo a concentração, e que a F2 e F3 estão com valores próximos na faixa dos 20 a 30%. O perfil de dissolução está ligado com a biodisponibilidade do fármaco no organismo, sendo assim é necessário que o comprimido seja dissolvido e liberem o princípio ativo para que possa ser absorvido e assim realizar o efeito terapêutico. A comparação dos perfis de dissolução é uma importante ferramenta a ser utilizada para conhecer o comportamento de dois ou mais produtos e ajudar no planejamento de formulações feitas por diferentes métodos (Stulzer & Silva, 2007). Apesar do método de compressão direta ser mais rápido, por ter menos etapas, não houve uma boa mistura dos pós, resultando em comprimidos com diferentes especificações. A granulação úmida apesar de demorada resulta em bons comprimidos, pois há a mistura dos pós, incorporação exata do princípio ativo a formulação, mesmo quando o em questão seja insolúvel em água, que pode ser incorporado após a secagem da massa. Para a obtenção dos comprimidos tem que avaliar e realizar um estudo para escolher o melhor meio de preparação dos mesmos e deve-se selecionar com critério os excipientes que serão utilizados (Prista et al, 2008; Ansel et al, 2000). Assim após esse estudo verificou-se que as formulações atenderam apenas alguns dos requisitos farmacopéicos. Um dos problemas da formulação de comprimidos fabricados pelo método de compressão direta é a baixa compactação, alterando assim os valores nos testes de cada fórmula. 38 CONCLUSÃO Os comprimidos de bromoprida 10 mg fabricados necessitam de um deslizante em sua fórmula, para que facilite a escoabilidade dos pós para a matriz de compressão. A utilização de um desagregante é importante na formulação, devido às partículas que o comprimido formou e que dificultou o dissolvimento dos comprimidos nos testes de desintegração e dissolução. O planejamento das formulações e dos métodos a serem utilizados permitiu avaliar cada excipiente, aumentando o conhecimento sobre eles e diminuiu o tempo que seria gasto em testes até chegar a uma formulação adequada. Mesmo com as formulações sendo reprovadas em alguns testes, o trabalho foi importante para o aumento de conhecimento sobre o desenvolvimento de comprimidos e a equivalência farmacêutica. Sendo assim um novo estudo deve ser realizado, aumentando a concentração do deslizante, acrescentando um desintegrante ou até utilização de dois. 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN, L.V. Farmacotécnica. 6.ed. São Paulo: Premier, 2000. BACARAT, M. M.; MONTANHER, C. L. S.; KUBACKI, A. C.; MARTINEZ, R. M.; ZONTA, E. A. S.; DUARTE, J. C.; NERY, M. M. F.; GIANOTTO, E. A. S.; GEORGETTI, S. R.; CASAGRANDE, R. Avaliação da qualidade de formulações manipuladas e industrializadas de Sinvastatina. Latin American Journal of Pharmacy, 2009. BARRETO L.C.L; CUNHA-FILHO, M.S.S Excipientes co-processados para Compressão Direta de Comprimidos. Latin American Journal of Pharmacy, 2009. BRASIL. Resolução nº 897 de 29 de maio de 2003 - Guia para isenção e substituição de estudos de bioequivalência. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, 2003. FERNANDES, T.R.P. Desenvolvimento farmacotécnico e validação de metodologia analítica para comprimidos revestidos á base de diclofenaco de potássio. Dissertação de Mestrado - Universidade federal de Pernambuco, 2003 FERREIRA, A. de O. Guia prático da farmácia magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2010, V.1. FERREIRA, A. de O.; BRANDÃO, M. Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2011. V. 2. FROTA, L. H. Cinqüenta anos de medicamentos antipsicóticos em psiquiatria. RJ: 2003. LAMOLHA, M. A.; RODRIGUES, A. C. P.; SILVA, B. C. da; GRANATA, F. C.; PODAVIN, G. S.; LIMA, J. C. O. de. Avaliação da equivalência farmacêutica de furosemida em comprimidos de 40 mg. Revista brasileira de farmácia. 2011. LIMA, A. C. de; MICEHLIN, D. C.; SANTOS, M. R. da C.; PAGANELLI, M. O.; CHAUD, M. V. Força de compressão e Umidade no Perfil de dissolução da didroclorotiazida. Acta Farm. Bonaerense 25 (1): 104 – 7 (2006). MARTINELLO, T. Desenvolvimento de comprimidos de paracetamol de 500mg fabricados por compressão direta utilizando o planejamento estatístico de mistura. Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo, 2005. 40 MELO, E. B; Minneto; VIOLIN, I.; BRAGA, R. S; ANDRADE, E; MARIOT, S; SCHNEIDER, D. S. L; GODOI, M. F. S; LUCCA, P. S. R. Medicamentos Similares e Saúde Pública: Controle de Qualidade Físico- Químico de Comprimidos de Similar de Ácido Acetilsalicílico do Estoque da Farmácia Básica do Município de Cascavel, PR, Brasil. Acta Farm. Bonaerense 25 (3): 344-50, 2006. PEIXOTO, Maíra Moreira; JÚNIOR, Freitas Santos Aníbal ; SANTOS, Carlos Alberto Alves; JÚNIOR, Edimar Caetité. Avaliação da Qualidade de Comprimidos de Captopril dispensados em Feira De Santana – Ba. Infarma, v.16, nº 13-14, 2005. PINHO, J. de J. R. G. de; STORPIRTIS, S. Estudo comparativo “in vitro” das propriedades biofarmacotécnicas de comprimidos de cloridrato de metformina comercializadas no Brasil. Revista brasileira de farmácia. 2001. STULZER, H. K.; SILVA, M. A. S. Desenvolvimento e Avaliação de Comprimidos de Captopril de Liberação Prolongada. Latin American Journal of Pharmacy, 2007. WANCZINSKI, B. J.; FELIPE, D. F.; CARDOSO, M. L. C.; CAVALCANTI, O. A. Desenvolvimento de comprimidos de AAS 500mg: influência do Amido 1500® na compressão direta. V.24, nº 3, 2002. 41 NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS/ BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES Instruções para apresentação dos trabalhos 1. Estrutura dos originais 1.1.Cabeçalho: constituído por: - Título do trabalho, que deve ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho; - Autor(es) por extenso, indicando a(s) instituição(ões) a(s) qual(is) pertence(m) mediante números. O autor para correspondência deve ser identificado com asterisco, fornecendo o endereço completo, incluindo o eletrônico. Estas informações devem constar na margem esquerda do texto e logo após a filiação. 1.2 Resumo: deve apresentar a condensação do conteúdo, expondo metodologia, resultados e conclusões, não excedendo 200 palavras. 1.3 Unitermos: devem representar o conteúdo do artigo, evitando-se os de natureza genérica. Observar o limite máximo de 6(seis) unitermos. 1.4 Resumo em português: deve ser apresentado junto ao resumo em inglês e ser antecedido do título do artigo em português. O conteúdo deve e acompanhar o resumo em inglês. 42 1.5 Unitermos em português: devem acompanhar os unitermos em inglês e estar abaixo do Resumo. 1.6 Introdução: deve estabelecer com clareza o objetivo do trabalho e sua relação com outros trabalhos no mesmo campo. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas por referências aos trabalhos bibliográficos mais recentes, nos quais tais revisões tenham sido apresentadas. 1.7 Material e Métodos: a descrição dos métodos usados deve ser breve, porém suficientemente clara para possibilitar a perfeita compreensão e repetição do trabalho. Processos e Técnicas já publicados, a menos que tenham sido extensamente modificados, devem ser apenas referidos por citação. Estudos em humanos e em animais devem, obrigatoriamente, fazer referência à aprovação do Comitê de Ética correspondente. 1.8 Resultados e Discussão: deverão ser apresentados de forma concisa e em ordem lógica. Tabelas ou figuras, quando possível, devem substituir o texto, na apresentação dos dados. Sempre que pertinente, fornecer as faixas, desvios padrão e indicar as significâncias das diferenças entre os valores numéricos obtidos. A discussão deve se restringir ao significado dos dados obtidos e resultados alcançados, procurando, sempre que possível, relacionar sua significância em relação a trabalhos anteriores da área. Especulações que não encontram justificativa para os dados obtidos devem ser evitadas. É facultativa a apresentação desses itens em separado. 1.9 Conclusões: quando pertinentes, devem ser fundamentadas no texto. 1.10 Agradecimentos: devem constar de parágrafo à parte, antecedendo as referências bibliográficas, e ser compatíveis com as exigências de cortesia e divulgação. 1.11 Referências bibliográficas: devem ser organizadas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT NBR-6023, ordenadas 43 alfabeticamente no fim do artigo incluindo os nomes de todos os autores. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos autores. Para exemplos, consultar o site www.bcq.usp.br. 2. Apresentação dos originais: Os trabalhos devem ser apresentados em lauda padrão (de 30 a 36 linhas com espaço 1,5), utilizando o programa Word for Windows. Os trabalhos, acompanhados de carta de encaminhamento assinada por todos os autores, devem ser enviados, apenas por via eletrônica. 3. Informações Adicionais: 3.1 Citação bibliográfica: As citações bibliográficas devem ser apresentadas no texto pelo(s) nome(s) do(s) autor(es), com apenas a inicial em maiúsculo, seguidas do ano de publicação. No caso de haver mais de três autores, citar o primeiro e acrescentar a expressão et al. Caso haja mais de uma citação com mesmos autores e mesmo ano de publicação, diferenciá-las com letras minúsculas junto ao ano. 3.2 Ilustrações: As ilustrações (gráficos, tabelas, fórmulas químicas, equações, mapas, figuras, fotografias) devem ser incluídas no texto, o mais próximo possível das respectivas citações. Mapas, figuras e fotografias devem ser, também, apresentados em arquivos separados e digitalizadas em formato TIF ou JPG com resolução de 300 dpi. Cada fascículo da BJPS reproduzirá, na capa, figura escolhida de um dos trabalhos. As tabelas devem ser numeradas consecutivamente em algarismos romanos e as figuras em algarismos arábicos, seguidos do título. As palavras TABELA e FIGURA devem aparecer em maiúsculas apenas no título ou na legenda, respectivamente. Legendas e títulos devem acompanhá-las nos arquivos separados, assim como no texto. 3.3 Nomenclatura: pesos, medidas, nomes de plantas, animais e substâncias químicas devem estar de acordo com as regras internacionais de nomenclatura. A grafia dos nomes de fármacos deve seguir, no caso de artigos nacionais, as 44 Denominações Comuns Brasileiras (DCB) em vigor, podendo ser mencionados uma vez (entre parênteses, com inicial maiúscula) os registrados. 45