NOVO MÉTODO DE MENSURAR FIBRINOGÊNIO NO PLASMA DE CÃES Andressa Aparecida Oggioni Pivari1, Gabriel Ricardo de Souza Lima1*, Kamila Teixeira Pandolfi1, Ronaldo Eugênio de Oliveira1, Gabriela Porfirio-Passos2, Lenir Cardoso Porfirio1. 1 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Medicina Veterinária * [email protected] 2 Universidade Federal da Bahia, Doutoranda em Ciência Animal nos Trópicos. [email protected] 1 O fibrinogênio (F) eleva-se mediante o estímulo de interleucinas e do fator de necrose tecidual liberados no processo inflamatório. Com o objetivo de propor uma nova técnica para quantificação desta proteína, propôs-se a técnica da diferença do plasma e soro e comparou-se os resultados com a Técnica de Precipitação Térmica (técnica convencional). Para a nova técnica, utilizou-se o sangue de 30 cães em tubos com e sem anticoagulante os quais foram centrifugados a 4000rpm por 10 minutos, e obteve-se o plasma e soro, respectivamente. Quantificou-se as proteínas de cada um em refratômetro e considerou-se a diferença entre o plasma e soro, como o fibrinogênio da amostra, expresso em mg.dL-1. Utilizando as mesmas amostras de sangue, comparou-se os resultados obtidos com a técnica convencional, que envolve mais etapas como banho-maria e centrifugações e obtevese que correlação intraclasse dos valores médios do fibrinogênio pelas duas técnicas aplicadas para cães foi de 0.4747, considerada uma replicabilidade de Média a Boa, sendo que a técnica proposta mostrou-se eficiente e de mais rápida para execução do exame. Palavras-chave: Refratometria, precipitação de proteína, plasma, soro. Área do Conhecimento: Medicina Veterinária Introdução Na medicina veterinária o fibrinogênio plasmático é um importante parâmero para ser avaliado e sua determinação é importante no diagnóstico de processos inflamatórios em cães, pois a hiperfibrinogenemia é observada antes da leucocitose de origem inflamatória (VECINA et al., 2006). O fibrinogênio eleva-se mediante o estímulo de interleucinas e do fator de necrose tecidual liberados no processo inflamatório. Ele serve como substrato para a trombina, componente da cascata de coagulação. A trombina age sobre o fibrinogênio no fluido tecidual e no plasma, produzindo a fibrina, que é depositada nos tecidos inflamados, formando uma barreira contra a disseminação da inflamação. O fibrinogênio é considerado uma das proteínas da fase aguda da inflamação por ter aumento de sua produção pelo fígado em caso de inflamações e infecções (SOUZA et al., 2006). Seu pico de produção ocorre entre o quinto e o sétimo dia do processo inflamatório e esta hiperfibrinogenemia pode refletir a gravidade da inflamação Shalm et al. (1975), e para Jain (1993), o pico de produção ocorre de seis a oito horas após lesão inicial, atingindo valores máximos entre dois e cinco dias. A interleucina-6 é principal regulador da resposta inflamatória, ocasionando o aumento da síntese hepática das proteínas de fase aguda, como a proteína C reativa e fibrinogênio (VECINA, 2009). Este trabalho tem como objetivo estimar o valor do fibrinogênio pela Técnica da Diferença da Proteína Plasmática e Sérica, uma técnica mais simples em comparação à técnica clássica da Técnica da Precipitação Térmica. Metodologia Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética para Uso de Animais da Universidade Federal do Espirito Santo, com o número 47/2015. Foram utilizados soro e plasma de 30 cães de diferentes raças, sexo, peso e estado clínico atendidos do Hospital Veterinário onde foram obtidas as amostras de sangue em tubos sem e com anticoagulante EDTA, a obtenção da amostra foi realizada pelo médico veterinário clínico e o XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 1 material. foi levado ao Laboratório de Análises Clínicas nas mesmas dependências do Hospital Veterinário do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias CCAE-UFES. Para a realização da Técnica de Precipitação Térmica foram usados seis tubos capilares (para testes em triplicata para cada animal) e preenchimento até ¾ de sua capacidade e posteriormente fechados em uma das extremidades. Estes foram centrifugados a 8000 rpm, por 5 minutos em centrífuga de micro-hematócrito para separação do plasma. Após a centrifugação três dos capilares foram quebrados e uma gota foi colocada no Refratômetro de Goldberg para mensuração da Proteína Plasmática Total (PPT) e os outros três tubos capilares levados a banho-maria na temperatura de 56ºC a 58ºC, por três minutos. Este foram centrifugados novamente para a separação do fibrinogênio. Desta forma obteve-se soro dos quais foram novamente dispensado uma gota no Refratômetro e agora mensurada a Proteína Sérica (PS), pois o Soro é o Plasma sem Fibrinogênio. O Refratômetro expressa o valor de proteína plasmática ou sérica em g.dL-1. Obtém-se o valor do fibrinogênio pela diferença entre proteínas do plasma e proteínas do soro em g.dL-1, o resultado deve ser multiplicar por 1000, pois o fibrinogênio é conhecido em mg.dL-1. Utilizando o sangue dos mesmos animais da Técnica de Precipitação Térmica anterior, foi realizada a Técnica da Diferença do Plasma e Soro Sanguíneo. Nesta técnica foi feita a coleta de sangue dos animais em tubos com anticoagulante ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) e outro sem o anticoagulante aos quais foram centrifugados em centrífugas de tubos a 4000 rpm por 10 minutos e obteve-se plasma a partir do sangue no tubo com EDTA e soro no tubo sem presença de anticoagulante respectivamente. Uma gota de cada tubo foi colocada no Refratômetro de Goldberg e quantificada as proteínas de cada um (em triplicata). Considerou-se que a diferença entre proteínas do plasma e proteína do soro como valor referente ao fibrinogênio da amostra, multiplicados por 1000 para serem expressos em mg.dL-1. Foi feito o teste estatístico com duas amostras relacionadas correlação intraclasse (CI) com dados contínuos, utilizando o software BioEstat 5.0 (AYERES et al. 2007) para avaliar replicabilidade da amostra. Resultados Os valores do fibrinogênio em todas as repetições nas duas técnicas estão descritos na Tabela 1. O valor do fibrinogênio canino pela Técnica de Precipitação Térmica do fibrinogênio, no teste estatístico de Correlação Intraclasse (CI) entre as repetições 1 e 2 foi igual a 0.4805 com IC 95% limite inferior de 0,0852 e superior de 0,7451 indica que apresentaram Replicabilidade Média a Boa. Entre 1 e 3 a CI igual a 0.3700 e IC 95% limite inferior de -0.0499 e superior de 0.6787, as repetições 2 e 3 e apresentaram IC de 0.3453 IC 95% limite inferior de -0.0780 e superior de 0.6631 significam que a Replicabilidade é Ruim. Quanto a Técnica da Diferença do Plasma e Soro Sanguíneo (Tab. 2) para determinar a quantidade de fibrinogênio obteve-se na estatística de Correlação Intraclasse (IC) entre as repetições 4 e 5 valor de 0,7024 com IC 95% limite inferior de 0,3770 e superior de 0,8734. Entre as repetições 4 e 6 valor de 0,4211 com IC 95% limite inferior de -0,0264 e superior de 0,7280. As repetições 5 e 6 valor de 0,5788 com IC 95% limite inferior de 0,1832 e superior de 0,8131. Todas as repetições indicam que apresentaram Replicabilidade Média a Boa entre as técnicas. A correlação intercalasse dos valores médios do fibrinogênio pelas duas técnicas aplicadas para cães foi de 0.4747 e apresentaram uma replicabilidade Média a Boa. Acredita-se que a repetição pela Técnica da Diferença tenha apresentado melhor replicabilidade porque não depende das pequenas variações de temperatura no Banho Maria (56 a 58 ªC) recomendada por Schalm et al. (1975); Kaneko et al. (1997) e Jain (1993) e também porque muitas vezes ocorre perda do pouco material contido no capilar ao colocar a gota do plasma ou plasma com fibrinogênio precipitado no prisma do refratômetro, pois para que esta leitura seja feita deve-se quebrar o capilar de micro-hematócrito para ter acesso ao conteúdo. Os resultados do presente estudo estimulam a aprimorar os cuidados na execução desta técnica, pois foi observada a redução do uso de equipamentos também, pois não houve necessidade de utilizar Banho Maria, houve a substituição da centrifuga de micro-hematócrito pela centrífuga de tubo, o que pode ser dispensável, visto que se pode aguardar a sedimentação do sangue total nos tubos com anticoagulante ou aguardar a coagulação para obtenção do soro, nos tubos sem anticoagulante o que é de extrema utilidade quando se trabalha a campo. XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 2 Obteve-se na nova técnica proposta, evidente redução de tempo no fornecimento do resultado do valor do fibrinogênio, pois foi muito mais rápido e este fato é de extrema importância na clínica médica veterinária, mesmo que o procedimento padrão mais utilizado para quantificação do fibrinogênio seja a técnica de Precipitação Térmica preconizada por Schalm et al. (1975) e confirmado por Jain (1993). A técnica padrão envolve várias etapas como centrifugação, banho-maria para desnaturação da proteína e nova centrifugação para a precipitação do fibrinogênio, com consequente análise de proteínas totais do plasma e do soro pós precipitação, enquanto que com a nova técnica proposta a análise é feita com menor quantidade de etapas e materiais, possibilitando até mesmo que a técnica seja feita a campo, com um refratômetro clínico devidamente calibrado. Como resultado, também se observou que as quantidades de fibrinogênio são mensuradas no refratômetro, como descrito na metodologia, pelas duas técnicas comparadas neste trabalho e estão sujeitas a variações que podem ser decorrentes de processos de mensuração inadequados, falhas mecânicas ou falta de calibração adequada do aparelho, de variações devidas ao acaso ou mesmo uma distração do examinador, visto que são aferidos os valores que equivalem a dois gramas entre linhas, o que pode confundir o examinador. Percebe-se que para reduzir erros, deve-se promover a padronização dos procedimentos técnicos adotados, como permitir só um examinador para as duas técnicas. Tabela 1. Valores das repetições do Fibrinogênio pela Técnica da Precipitação Térmica e pela Diferença da Proteína do Plasma e do Soro para espécie canina. Técnica da precipitação térmica (A) Repetições Técnica da diferença do plasma e soro (B) Repetições 1 2 3 Média A 4 5 6 Média B 400 200 200 200 400 400 600 600 800 200 400 400 200 400 800 600 400 800 600 400 400 800 400 600 400 400 400 400 600 200 400 200 300 300 400 400 600 600 600 400 600 200 200 200 600 400 0 800 1000 400 200 400 400 600 200 400 600 200 600 200 200 200 400 0 200 600 800 600 1000 200 400 600 400 400 1000 200 400 1000 600 400 600 400 400 600 200 600 400 200 600 0 333 200 300 167 333 467 667 600 800 267 467 400 267 333 800 400 267 867 733 400 400 533 400 600 267 467 467 267 600 133 1600 200 600 200 0 400 200 200 800 600 800 800 400 400 1000 600 600 1000 1000 600 200 600 200 600 400 200 200 200 800 400 1400 200 500 300 200 400 200 400 600 400 400 600 400 400 1000 1000 400 800 1200 400 200 600 200 800 200 400 400 200 600 400 1400 200 400 200 0 400 400 400 1200 600 400 600 400 800 1400 800 600 800 1000 600 400 400 200 800 0 600 600 0 400 0 1467 200 500 233 67 400 267 333 867 533 533 667 400 533 1133 800 533 867 1067 533 267 533 200 733 200 400 400 133 600 267 XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 3 Discussão Com a nova técnica proposta, mesmo que para Souza et al (2006) o método por precipitação por calor seja rápido e de simples execução, espera-se que os exames feitos na clínica médica veterinária para quantificação de fibrinogênio sejam mais rápido auxiliando no diagnóstico de doenças comuns a rotina, como a piometra. Pois para Carvalho et al. (2008) as proteínas de fase aguda da inflamação são parâmetros que devem ser utilizados na rotina clínica de cadelas com esta doença. Entretanto, Vecina (2009) afirmou que a utilização do fibrinogênio como padrão de identificação de um cão doente tem eficácia limitada, assim como outras proteínas de fase aguda, não sendo parâmetro de importância para identificação de processos inflamatórios em cães, pois para o autor o método por precipitação pelo calor utilizado como teste de triagem, apresenta resultados pouco preciso. Assim, com a execução da quantificação da proteína estudada no presente trabalho, espera-se que os diagnósticos de algumas doenças dos animais de companhia sejam detectados mais rapidamente, se comparada com a técnica convencional, pois para Meinerz et al. (2012), a dosagem do fibrinogênio pode indicar presença de enfermidade antes das alterações observadas no leucograma, o que passa a ser um exame precioso na detecção precoce de doenças, em animais, tornando mais rápido o estabelecimento de adequada terapia, consequentemente melhorando o prognóstico do paciente, auxiliando de forma rápida e precisa a tomada de decisão pelo médico veterinário. Este estudo concorda com Faria et al. (1999) quando reportaram que a dosagem do fibrinogênio apresenta limitações com relação aos valores inferiores a 0,04g/l, mas propuseram outra técnica de dosagem por precipitação com sulfato de amônio que demonstrou confiabilidade e eficiência, permitindo quantificação inferior a 0,1g/dl que é o limite inferior da técnica de precipitação por aquecimento. A técnica de precipitação ou a nova técnica proposta da diferença do valor da proteína entre plasma e soro são técnicas rápidas e mensuradas por refratometria, e Fornazari, et al. (2005) relataram outra técnica para a dosagem do fibrinogênio, pelo método de Goodwin, em que esta glicoproteína deve ser precipitada com sulfato de amônio, este precipitado passa a ser dissolvido com hidróxido de sódio a 10% e dosado pelo reagente de biureto, com leitura em espectrofotômetro a 530 nm, e difere por ser mensurado por espectrofotometria, o que necessita de analisador bioquímico, ou seja, de um laboratório. As metodologias utilizadas no presente estudo, para a determinação do fibrinogênio ocorreu com três repetições, uma das técnicas foi semelhante à descrita por Colla (2009) que após a leitura da porcentagem de eritrócitos nos capilares do micro-hematócrio, foram determinadas as proteínas plasmáticas totais (PPT) por meio da refratometria, onde um dos capilares era incubado em banhomaria a 56ºC por três minutos, mas sem repetições. Após nova centrifugação, foi realizada a leitura das PPT, para assim, obter o valor de fibrinogênio e comparar com valores de rnormalidade descrito por Schalm et al. (1970) que está compreendido entre 1 e 5g/l ou 100 a 500 mg/dL. Para obtenção do fibrinogênio foi utilizado sangue com EDTA e a técnica utilizada foi a precipitação do fibrinogênio Schalm et al. (1975); Jain, (1993); Kaneko et al. (1997) no presente estudo, o valor médio de todos os animais foi de 440 mg/dL de fibrinogênio na técnica de precipitação pelo calor, com valores mínimos e máximos de (0 a 1000mg/dL), enquanto que a média da técnica pela diferença de plasma e soro foi de 522mg/dL com valores mínimos e máximos de (0 a 1600 mg/dL) e assemelham-se aos valores obtidos por Meinerz et al. (2012) que demonstraram em 34% (41/120) aumento dos índices de fibrinogênio, com valores variando de 500 a 1.800 mg/dL e 50% das amostras apresentaram hiperfibrinogenemia com normoleucometria, o que demonstra a importância de solicitar a dosagem deste parâmetro, haja vista que a metade das amostras era de animais com diagnóstico confirmado de diversas patologias, e para distinguir estas condições Schalm (1970) e Silveira (1988) reportaram que a relação proteína plasmática total menos o fibrinogênio e dividindo pelo fibrinogênio (PPT-F/F) obtém-se a relação (PP:F), que em casos de hiperfibrinogenimia com valor da relação maior de 15, este aumento indica desidratação e quando a relação for menor que 15 indica aumento absoluto do fibrinogênio relacionado a processo inflamatório. No presente estudo não foi realizado distinção entre gêneros, mas Borges et al. (2011) evidenciaram valores de 380 ± 22mg/dL para machos e 300 ± 17mg/dL para fêmeas, em animais saudáveis, mas Jain (1993) reportou que o fibrinogênio é uma proteína de fase aguda, e aumentam XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 4 nos casos de inflamações ou necrose tecidual. Fatores fisiológicos podem elevar temporariamente a concentração de fibrinogênio plasmático e Thomas (2000) complementou que o fibrinogênio está na classe das glicoproteínas e faz parte importante da hemostasia, porque é o substrato para a trombina transformar o fibrinogênio em fibrina, durante o processo de coagulação. Os valores obtidos para o fibrinogênio pelas duas técnicas corroboram com Bosco et al. (2012) que obtiveram amplitude de 100 a 500 mg/dL em cães sadio. Observado que 68,75% dos cães com elevada concentração de fibrinogênio plasmático (PPT/F < 10) tinham leucograma normal e que o mecanismo que induz a hiperfibrinogemia antecede a ativação do metabolismo oxidativo dos neutrófilos e as alterações leucocitárias. O presente estudo mostrou que ocorre aumento do fibrinogênio, em ambas as técnicas, mas Vecina (2009) reportou que são imprecisos e que os valores de fibrinogênio devem ser determinados utilizando métodos automatizados, pois apenas 3,49% dos cães com hiperfibrinogenemia, não apresentaram diferença significativa entre o grupo controle e o grupo de animais doentes. Até o momento, não foram encontradas na literatura, informações referentes ao uso ou técnica da diferença entre os valores das proteínas plasmáticas e séricas para a quantificação do fibrinogênio, sendo assim, torna-se necessário mais estudos com esta relação e diferença entre os valores da proteína plasmática e sérica, mesmo conhecendo-se a premissa de que “soro é o plasma sem fibrinogênio”. Conclusão Concluiu-se que houve reprodutibilidade de média a boa para quantificar o fibrinogenio plasmático pela Técnica da Diferença da Proteína Plasmática e Sérica em comparação com a Técnica Convencional da Precipitação Térmica, sendo essa de mais rapida e simples execução, por envolver menor número de etapas para sua confecção. O presente estudo sugere que haja um número maior de animais separados por sexo, doentes e saudáveis, contagem de leucócitos e animais anêmicos ou não, para que se possa comparar melhor com a literatura as diferentes situações clínicas. 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