apostila de filosofia medieval 2ºcol

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2º ano
Ensino médio
FILOSOFIA
MEDIEVAL
Φιλοσοφία
SUMÁRIO
Filosofia Medieval.....................................................................................................................................................p.3

Introdução

Patrística

Sto. Agostinho ............................................................................................................................................p.3

Atividades

Escolástica...................................................................................................................................................p.5

Sto. Tomás...................................................................................................................................................p.6

Atividades
Φιλοσοφία
FILOSOFIA MEDIEVAL
INTRODUÇÃO
SANTO AGOSTINHO (354-430 d.C)
A Idade Média compreende o período que vai da
queda do Império Roma, no século V, até a tomada de
Constantinopla pelos turcos, no século XV, Portanto,
são mil anos de história em que se formam os novos
reinos bárbaros e lentamente constitui-se a ordem
feudal, de natureza aristocrática, em cujo topo da
pirâmide encontram-se os nobres e o clero.
A Igreja católica surge como força espiritual e
política. Essa influência religiosa se deve a diversos
motivos, inclusive porque em um mundo fragmentado,
após a dissolução do Império, a Igreja representa um
elemento agregador. Do ponto de vista cultural, ela
atua de forma fundamental porque, após longo período
de obscuridade, a herança Greco-latina ressurge nos
mosterios, onde fora preservada. Em um mundo em
que nem os nobres sabem ler, os monges são os
únicos letrados. Daí a fundamentação religiosa dos
princípios morais, políticos e jurídicos da sociedade
medieval.
Como não poderia deixar de ser, a grande questão
discutida pelos intelectuais da Idade Média é a relação
entre razão e fé, entre filosofia e teologia.
Destacaremos aqui a figura de santo Agostinho que,
embora tenha vivido na Antiguidade, nos tempos finais
do Império Romano, é estudado como expoente do
pensamento medieval em razão de sua influência
nesse período. Veremos também Santo Tomás de
Aquino, principal representante da escolástica
medieval.
- Vida e Obra
(ARANHA,2006, p.124)
Á síntese que realizou ele mesmo deu a
denominação de “filosofia cristã”. O núcleo em torno do
qual gravitam todas as suas idéias é o conceito de
beatitude. O problema da felicidade constitui para
Agostinho, toda a motivação do pensar filosófico. Uma
das últimas obras que redigiu, a Cidade de Deus,
afirma que “o homem não tem razão para filosofar,
exceto para atingir a felicidade”.A filosofia é, assim,
entendida não como disciplina que coloca problemas á
estrutura do universo físico ou á natureza dos deuses,
mas como uma indagação sobre a condição humana a
procura da beautidade.
A beautidade, no entanto, não foi encontrada por
Agostinho nos filósofos clássicos que conhecera na
juventude, nas sagradas escrituras, quando iluminado
pelas palavras de Paulo de Tarso. Não foi fruto de
procedimento intelectual, mas atos de intuição e fé.
Impunha-se, portanto, conciliar as duas ordens de
coisas e com isso Agostinho retorna à questão
principal da Patrística, ou seja, ao problema das
relações entre a razão e a fé entre que se sabe pela
convicção interior e o que se demonstra racionalmente,
entre a verdade revelada e a verdade lógica, entre a
religiosidade cristã e a filosofia pagã.
Desde a conversão, Agostinho se propôs a atingir,
pela fé nas escrituras, o entendimento daquilo que elas
ensinam, colocando a fé como via de acesso à
verdade eterna. Mas, por outro lado, sustentou que a
A FILOSOFIA CRISTÃ (PARTE I)
- Filosofia Patrística (Séc. I a V d.C)
No período da decadência do Império Romano,
quando o cristianismo se expande, surge a partir do
século II a filosofia dos Padres da Igreja, conhecida
também como patrística. No esforço de converter os
pagãos, combater as heresias e combater a fé,
desenvolvem a apologética, elaborando textos de
defesa do cristianismo. Começa aí uma longa aliança
entre fé e razão que se estende por toda a Idade
Média e em que a razão é considerada auxiliar da fé e
subordinada a ela.
Daí a expressão de Agostinho
“Creio para que possa entender”. Alguns dos
pensadores caminharam por essa via (são Justino) e
outros em contraposição reagiram contra essa mistura
e defenderam a originalidade da revelação cristã,
fundada exclusivamente na fé e nada tendo a ver com
especulação
racional
(apologistas
latinos)
e
(tertuliano).
A figura de Aurelius Agostinho - nascido em
Tagaste na África -, domina todo o
pensamento medieval, embora nem
sempre sem contestação. Uma das
principais
correntes
filosóficas,
presente
no
pensamento
de
Agostinho é o Maniqueísmo, que
explica o mundo em termos da
existência de duas forças, o bem e o
mal, a luz e as trevas, espírito e matéria. O
maniqueísmo confirmava o combate que o próprio
Agostinho vivia entre o bem e o mal, que atormente e
dificulta a realização do fim último do homem, isto é, a
felicidade. Agostinho também fala respeito do
Ceticismo e do Neoplatonismo e Cristianismo.
Ceticismo levava a negar toda a certeza ao
conhecimento sensível, optando por vias de
interioridade
na
procura
da
verdade.
O
Neoplatonismo e o Cristianismo o confirmavam na
posição de que toda verdade é imaterial e encontra a
sua fonte nas formas ou idéias que vêm de Deus. Deus
contém em si esses arquétipos (modelos ou idéias) de
todas as coisas. Portanto, conhecer a verdade é
conhecer a Deus.
- Fé e Razão
Φιλοσοφία
fé é precedida por certo trabalho da razão. Ainda que
as verdades da fé não sejam demonstráveis, isto é,
passiveis de prova, é possível demonstrar o acerto de
se crer nelas, e essa tarefa cabe à razão. A razão
relaciona-se, portanto, duplamente com a fé; procedese e é sua conseqüência é necessário “compreender
para crer e crer para compreender”
A filosofia é para Agostinho um instrumento auxiliar
destinado a um fim que transcende seus próprios
limites. Por isso muitos vêem nele um teólogo e um
místico e não propriamente um filósofo. Todavia, seu
pensamento
manifesta
freqüentemente
grande
penetração filosófica na análise de alguns problemas
particulares e a verdade é que Agostinho conseguiu
sistematizar uma grandiosa concepção do mundo, do
homem e de Deus, que se tornou, por muito tempo, a
doutrina fundamental da Igreja Católica.
- A doutrina da Iluminação Divina
Agostinho elabora a doutrina de iluminação divina,
para explicar como é possível ao homem receber de
Deus o conhecimento de verdades eternas. Trata-se
de uma metáfora recebida de Platão, que na célebre
alegoria da caverna mostra ser o conhecimento, em
última instância, o resultado do bem, considerado
como um sol que ilumina o mundo inteligível.
Agostinho louva os platônicos por ensinarem que o
princípio espiritual de todas as coisas é ao mesmo
tempo, causa de sua própria existência, luz de seu
conhecimento e regra de sua vida. Por conseguinte,
todas as proposições que se percebem como
verdadeiras seriam tais porque previamente iluminadas
pela luz divina, entender algo inteligivelmente
equivaleria a extrair da alma sua própria inteligibilidade
e nada se poderia conhecer intelectualmente que já
não se possuísse antes, de modo infuso.
Ao afirmar esse saber prévio, Agostinho aproximase da doutrina platônica segundo a qual todo
conhecimento é reminiscência. Não obstante as
evidentes ligações entre os dois pensadores,
Agostinho afasta-se, porém, de Platão ao entender a
percepção do inteligível da na alma como irradiação
divina no presente. A alma na passaria por uma
existência anterior, na qual contempla as idéias: ao
contrário, existiria uma luz eterna da razão que
procede de Deus e atuaria a todo momento,
possibilitando o conhecimento das verdades eternas.
Assim como os objetos exteriores só podem ser vistos
quando iluminados pela luz do Sol, também as
verdades da sabedoria precisariam ser iluminadas pela
luz para se tornarem inteligíveis.
A iluminação divina, contudo, não dispensa o
homem de ter um intelecto próprio; ao contrário, supõe
sua existência. Deus não substitui o intelecto quando o
homem pensa o verdadeiro; a iluminação teria apenas
a função de tornar o intelecto capaz de pensar
corretamente em virtude de uma natural estabelecida
por Deus.
Essa ordem é a que existe entre as coisas do
mundo e as realidades inteligíveis correspondentes,
denominadas por Agostinho com diferentes palavras:
idéia, forma, espécie, razão ou regra.
A teoria agostiniana estabelece, assim, que todo
conhecimento verdadeiro é o resultado de um
processo de iluminação divina, arquétipos eternos de
toda a realidade. Nesse tipo dede conhecimento a
própria luz divina não é vista, mas serve apenas para
iluminar as idéias, um outro tipo seria aquele no qual o
homem contempla a luz divina, olhando o próprio sol: a
experiência mística.
- O bem e o Mal
Senso imutável, deus é a plenitude do ser, a
perfeição máxima é o bem absoluto. A partir dessa
idéia Agostinho constrói a doutrina metafísica do bem e
do mal. O mundo criado, manifestação da sabedoria e
bondade de Deus, é uma obra perfeita. Esse fato é
freqüentemente menosprezado, segundo Agostinho,
porque se vê o mundo de maneira parcial,
considerando-se certas coisas como más. É
necessário contemplá-lo como um todo, para que ele
se revele em toda a sua esplendorosa beleza e
bondade. Tudo aquilo que é, é necessariamente bom,
pois a idéia de bem está implicada na idéia de ser.
Deus não é, portanto, a causa do mal, da mesma
forma que a matéria também não poderia produzi-lo,
pois ela é criatura de Deus.
A natureza do mal deve, assim, ser encontrada no
conceito absolutamente contrário ao conceito de Deus
com ser, ou seja, no não-ser. O mal fica, portanto,
destituído de toda substancialidade. Ele seria apenas a
privação do bem. Não existem, como queiram os
maniqueus, dois princípios igualmente poderosos a
reger o mundo, mas tão somente um Deus
infinitamente bom.
ATIVIDADES
1) Descreva o período de transição entre a filosofia
clássica e a cristã.
2) O filósofo grego que mais exerceu influência sobre
Santo Agostinho foi:
a)
b)
c)
d)
e)
Sêneca
Sócrates
Platão
Aristóteles
Diógenes
3) Explique a Teoria da Iluminação, de S. Agostinho.
4) Para Santo Agostinho, o homem chega à verdade:
marque verdadeiro (V) ou falso (F):
Pela fé em Deus e pela razão.
Pelo método alegórico aplicado à interpretação da
Bíblia.
Pela iluminação divina.
Pela recordação da alma que estava junto com
Deus
Φιλοσοφία
Pelos sentidos e intelecto.
5) De acordo com a patrística, primeiro período da
filosofia medieval, marque a opção incorreta.
a) A perspectiva cristã introduziu algumas distinções
que romperam com a ideia grega de uma participação
direta e harmoniosa entre o nosso intelecto e a
verdade. O cristianismo fez distinção entre razão e fé,
verdades reveladas e verdades racionais, matéria e
espírito, corpo e alma; afirmou que erro e ilusão são
parte da natureza humana em decorrência do caráter
pervertido de nossa vontade, após o pecado original.
b) Nesta fase, para impor as ideias cristãs, os Padres
da Igreja as transformaram em verdades reveladas por
Deus (através da Bíblia e dos santos) que, por serem
decretos divinos, seriam dogmas, isto é irrefutável e
inquestionáveis.
c) Um dos temas mais presentes na patrística são as
provas da existência de Deus, isto é das
demonstrações racionais da existência do infinito
criador e do espírito humano imortal.
d) A patrística introduz ideias desconhecidas pelos
gregos como a idéia de criação do mundo, trindade
uma, de juízo final e de ressurreição dos mortos
A FILOSOFIA CRISTÃ (PARTE II)
- A Escolástica (séc. XI a XIV)
É o segundo período da Filosofia Cristã, marcado a
princípio, pela discussão a respeito dos universais e
posteriormente pelo pensamento de S. Tomás de
Aquino.
A partir do século IX aparecem, como conseqüência
do renascimento carolíngio, as escolas, e um certo
saber, cultivado nelas, vai ter o nome de Escolástica.
Este saber, em confronto com as setes artes liberais, o
Trivium (gramática, retórica e dialética[lógica]) e o
Quadrivium
(aritmética,
geometria,
música
e
astronomia), é principalmente teológico e filosófico.
- O problema dos Universais
O problema tem suas origens na Grécia antiga,
quando Sócrates afirmava - contra os sofistas - que o
verdadeiro objeto do conhecimento é aquilo que existe
de comum em todos os seres individuais de
determinado grupo, e não aquilo que distingue
particularmente cada um deles.
Posteriormente,
a
distinção
socrática
foi
aperfeiçoada pela lógica de Aristóteles (384-322 a.C)
e, nos comentários de Porfírio (232-304 d.C), colocou
se a seguinte questão:
Os universais possuem verdadeira existência na
realidade?
Duas soluções opostas foram dadas pelos filósofos
da Idade Média. A primeira ficou conhecida como
realismo e teve como representante, entre outros,
Santo Anselmo e Guilherme de Champeaux (mestre
de Abelardo) e a segunda, nominalismo, representa
principalmente por Roscelino de Compiègne
(também mestre de Abelardo).
- O realismo na sua forma mais completa afirma não
só que só que os universais têm existência real, como
constituem mesmo a mais autêntica realidade. Em
cada membro de uma espécie – afirmava Guilherme
de Champeaux – está presente uma natureza comum
real, e os entes individuais diferem apenas em seus
acidentes e não em sua substância.
- O nominalismo de Roscelino toma posição
diametralmente oposta à do realismo, esposando a
tese de que a realidade é constituída pelos entes
individuais, não sendo o universal mais do que uma
simples emissão de voz (Flatus vocis), meros nomes
(daí a expressão nominalismo).
O termo "nominalismo" refere-se a uma abordagem
reducionista de problemas sobre a existência e
natureza de entidades abstractas; opõe-se portanto ao
platonismo e ao realismo. Enquanto o platônico
defende um enquadramento ontológico em que coisas
como propriedades, gêneros, relações, proposições,
conjuntos e estados de coisas são tomadas como
primitivas e irredutíveis, o nominalista nega a
existência de entidades abstratas e tipicamente
procura mostrar que o discurso sobre entidades
abstratas é analisável em termos do discurso sobre
concretos particulares da experiência comum.
Em
diferentes
períodos,
diferentes
assuntos
forneceram a direção ao debate entre nominalistas e
platonistas. Na idade média, o problema dos universais
era de importância axial. Nominalistas como Abelardo
e Ockham insistiam em que tudo o que existe é
particular.
- Realismo Moderado ou conceptualismo – Uma
terceira solução (conciliadora) é apresentada por
Pedro Abelardo. Trata-se do Realismo Moderado:
Os universais constituem palavras significativas e não
simples emissões de voz humana. Sobre se os
universais existem realmente ou são apenas objetos
de intelecção, Abelardo diz que por si mesmo, os
universais não existem mais do que no intelecto, mas
eles referem-se a seres reais.
ATIVIDADES
1) (UFU-MG) A questão dos universais percorre
praticamente toda a Idade Média. O ponto central
dessa discussão é saber se tais termos são realidades
ou coisas que existem por si mesmas ou se são
apenas entidades mentais e, além disso, se existem
nas coisas ou separados delas. Ciente disso, a
respeito da questão dos universais, marque para as
afirmativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO)
sem opção.
( ) No vocabulário dos pensadores medievais, o “universal” significa apenas as coisas abstratas, como
“alegria”, “fé” ou “liberdade”, e não as concretas, como
“rosa”, “asno” ou “árvore”.
Φιλοσοφία
( ) Chama-se realismo a posição filosófica que considera que os universais são entidades que existem por
si e separados das coisas.
( ) A questão dos universais pertence apenas à parte
da filosofia que se denomina Lógica.
( ) Trata-se de uma posição dos nominalistas a ideia
de que os universais não existem independentemente
das coisas, são apenas conceitos produzidos pela
razão para referir-se a elas.
TOMAS DE AQUINO (1224-1274)
- Vida e obra
Tomás de Aquino nasceu no reino das duas
Sicílias, filho de nobres – Condes de Aquino. Iniciou
seus estudos na Itália, primeiro
no mosteiro de Monte Cassino,
e, em 1239, foi para Nápoles
para cruzar as sete artes
liberais: o trivium, gramática,
retórica e dialética e o
quadrivium,
aritmética,
geometria,
astronomia
e
música. Em 1224, ingressou na
ordem Dominicana, transferindo-se, posteriormente,
para Paris, onde atuou como professor, dedicando sua
vida ao ensino de Teologia. Espírito metódico e
incansável, o aquinatense empenhou-se em ordenar o
saber teológico e moral acumulado na Idade Média,
tendo produzido uma extensa obra com mais de
sessenta títulos, dentre as quais destacam-se, no
pensamento Ocidental e de importância para o
Cristianismo: A Suma Teológica – Summa Theológica
– e a Suma Contra os Gentios – Summa Contra
Gentiles. Viveu numa época em que as estruturas
feudais já estavam estabelecidas e no momento de
intensificação do comércio, o que possibilitou o
intercâmbio entre povos e acesso a obras
desconhecidas, principalmente traduções árabes de
Aristóteles.
Platão foi o filósofo que influenciou o pensamento
de Sto. Agostinho; já em Tomás de Aquino, a filosofia
de Aristóteles é que vai, diretamente, inspirá-lo. Essa
integração entre o aristotelismo e o cristianismo
encontra-se sintetizada na sua obra considerada a
mais importante, que é a Suma Teológica.
- Teoria do Conhecimento
Tomás de Aquino representa o apogeu da
escolástica, pois conseguiu estabelecer o equilíbrio
nas relações entre fé e razão – a teologia e a filosofia –
, distinguindo-as mas, não separando-as. Ambas
podem tratar dos mesmos objetos – por exemplo: Deus
–, ainda que seja importante ressaltar que a filosofia
utiliza as luzes da razão natural, ao passo que a
teologia se vale das luzes da razão divina, manifestada
na Revelação.
Há distinção, mas não oposição, entre as verdades
da razão e as da Revelação, pois a razão humana é
uma expressão imperfeita da razão divina, estando-lhe
subordinada. Por isso, o conteúdo das verdades
reveladas pode estar acima da capacidade da razão
natural, mas nunca pode ser contrário a ela.
Nas palavras do próprio Aquino:
A tudo isso respondo que foi necessário, para a
salvação do Homem, uma doutrina fundada na
revelação divina, além das disciplinas filosóficas que
são investigadas pela razão humana Primeiro, porque
o Homem está ordenado a Deus como a um fim que
ultrapassa a compreensão da razão, conforme afirma
Isaías, 44, 4: „Fora de ti, ó Deus, o olho não viu o que
preparastes para os que te amam‟. Ora, o Homem
deve conhecer o fim ao qual deve ordenar as suas
intenções e ações. Por isso se tornou necessário, para
a salvação dos Homens, que lhes fossem dadas a
conhecer, por Revelação Divina, determinadas
verdades que ultrapassam a razão humana.
Mesmo em relação àquelas verdades a respeito de
Deus que podem ser investigadas pela razão, foi
necessário que o Homem fosse instruído pela
Revelação Divina, pois essas verdades, ao serem
investigadas pela razão, chegariam a poucas pessoas
e, mesmo assim, só depois de muito tempo e com
muitos erros. Entretanto, do conhecimento dessas
verdades depende a salvação do Homem, a qual está
em Deus. Para que, pois, a salvação dos Homens seja
alcançada de maneira mais conveniente e segura, foi
necessário que fossem instruídos a respeito das coisas
divinas, pela Revelação Divina. Donde a necessidade
de uma ciência sagrada, obtida pela Revelação, além
das disciplinas filosóficas que são investigadas pela
razão. Por isso, nada impede que as mesmas coisas
que tratam as disciplinas filosóficas, na medida em que
são cognoscíveis pela luz da razão natural, sejam
tratadas por outra ciência, na medida em que são
conhecidas pela luz da Revelação Divina. Por isso, a
teologia enquanto ciência sagrada, difere da Filosofia –
ou „teologia natural‟.
- Os Princípios do Conhecimento
As provas da existência de Deus contêm o quadro
tomista explicativo da realidade. E esse quadro concilia
as verdades da razão aristotélica e o conteúdo da
revelação bíblica. Torna-se concebível pela razão que
o mundo seja um conjunto de criaturas contingentes,
cuja existência é dada por Deus, criadas a partir do
nada, segundo graus hierárquicos de perfeição e
participação na essência e existência divinas.
Na superioridade hierárquica das criaturas,
encontram-se os anjos, e, para explicá-los, a distinção
entre essência e existência revela-se eficiente. Os
anjos são criaturas como as demais, embora
incorpóreos e possuidores da mais alta perfeição
dentre elas.
Entre os seres corporais, o Homem ocupa o vértice
na escala dos seres, e, por isso, aparece como um ser
dotado de duplo compromisso: composto de alma,
participa dos seres imateriais, mas não é uma
Φιλοσοφία
inteligência pura – como a dos anjos – ,pois encontrase essencialmente ligado a um corpo. Vale lembrar
que, desprendendo-se das servidões e dissolução da
matéria, está alma mantêm a sua sobrevivência.
Para Tomás de Aquino, o conhecimento humano
parte sempre dos dados oferecidos pela experiência
sensorial, isto é, o que primeiramente conhecemos é
aquilo que nos é apresentado aos sentidos – que
revelam objetos concretos e singulares. Contudo, o
nosso conhecimento não se restringe dados da
sensibilidade, uma vez que somos capazes de, por
abstração, formular conceitos universais.
Com efeito, Aquino distingue, no Homem, dois
intelectos: o intelecto passivo, que recebe e registra os
dados dos sentidos; e o intelecto agente, que isola as
imagens sensíveis, resultantes da sensação,
elaborando conceitos abstratos e universais. O
intelecto é o elemento ativo do conhecimento, é, para
Tomás, dizer que a alma humana é iluminada por
Deus, capaz de transformar em “ato” o inteligível que
está em “potência” no sensível; sem intelecto agente,
nada se pode conhecer, mas os princípios primeiros,
que estão contidos no sensível em Potência, só podem
ser concebidos a partir da experiência, o que anula
qualquer possibilidade de conhecimento a priori como
queria Agostinho.
- As Cinco Vias para Afirmar a Existência de Deus
As provas da existência de Deus contém o quadro
tomista explicativo da realidade. E esse quadro concilia
as verdades da razão aristotélica e o conteúdo da
revelação bíblica.
Considerando que Deus se revela na sua criação,
Tomás procura, por meio do que considera
manifestações – efeitos – da obra divina, chegar à
prova de sua existência – causa dos efeitos. Para
provar então a existência de Deus, é preciso partir dos
efeitos para alcançar a causa primeira, ou seja, seguir
o processo do conhecimento nos limites da razão
humana. Aquino propõe as cinco provas racionais da
existência de Deus.
> Pelo Primeiro Motor Imóvel (ou pelo movimento):
via cosmologia.
Deus existe por que existe movimento no universo.
Observa-se no mundo que as coisas se transformam.
Todo movimento tem uma causa.
> Pela Causa Eficiente: via causal.
Deus existe porque, no mundo, os efeitos têm causa.
Todas as coisas no mundo são causas ou efeitos de
algo, não podendo uma coisa ser causa e efeito de si
mesma.
> Pelo Ser Necessário e pelo Ser Contingente: a via
da relação entre o Possível e o Necessário.
Deus existe porque observa-se, no mundo, o
aparecimento e o desaparecimento de seres. Se todas
as coisas aparecem ou desaparecem, elas não são
necessárias, mas são apenas possíveis. Sendo
apenas possíveis, deverão ser levadas a existir num
dado momento, por um ser já existente.
> Pelos Graus de Perfeição: a via dos Graus.
Deus existe porque há graus hierárquicos de perfeição
nas coisas do mundo. Dizer que existe grau de
bondade, sabedoria, implica a noção de que essas
coisas existam em absoluto o que permite, inclusive, a
comparação. A bondade e a sabedoria absolutas - em
si - são Deus.
> Pela Finalidade do Ser: a via da Ordem das
coisas.
Deus existe porque existe ordenação nas coisas do
mundo, verifica-se que as diferentes coisas se dirigem
a um determinado fim, o que ocorre regularmente e
ordenadamente. Sendo tão diversas as coisas
existentes, a regularidade e a ordenação não poderiam
ocorrer por aças; portanto, faz-se necessário um ser
que governe o mundo e que leve todas as coisas para
os seus respectivos fins. Esse ser é Deus.
Comentário
Considerando que Deus se revela na sua
criação, Tomás procura, por meio do que
considera manifestações – efeitos – da obra
divina, chegar à prova de sua existência – causa
dos efeitos. Para provar então a existência de
Deus, é preciso partir dos efeitos para alcançar a
causa primeira, ou seja, seguir o processo do
conhecimento nos limites da razão humana.
- Conclusão
Pelo que vimos, na concepção cristã, em geral, a
prova da existência de Deus é uma verdade que não
contradiz, de forma alguma, a realidade e sua natureza
contingente. O que é contingente deve ter sua razão
de ser, deve ter seu fundamento em outro ser, numa
realidade absoluta – Deus – e que possa justificar a
condição efêmera da realidade – homem / mundo.
Se Tomás de Aquino ressalta – e ele o faz – a
importância da razão na produção do conhecimento
referente à realidade – como também na
demonstração de certas verdades reveladas –, por
outro lado, limita essa importância e acaba por priorizar
a fé – a substância de Deus, por exemplo. Assim,
mesmo o que não pode ser demonstrado, continua
verdadeiro, uma vez que advindo da Revelação Divina,
sendo, portanto, superior à razão.
- Os Princípios do Conhecimento
As provas da existência de Deus contêm o quadro
tomista explicativo da realidade. E esse quadro concilia
as verdades da razão aristotélica e o conteúdo da
revelação bíblica. Torna-se concebível pela razão que
o mundo seja um conjunto de criaturas contingentes,
Φιλοσοφία
cuja existência é dada por Deus, criadas a partir do
nada, segundo graus hierárquicos de perfeição e
participação na essência e existência divinas.
Na superioridade hierárquica das criaturas,
encontram-se os anjos, e, para explicá-los, a distinção
entre essência e existência revela-se eficiente. Os
anjos são criaturas como as demais, embora
incorpóreos e possuidores da mais alta perfeição
dentre elas.
Entre os seres corporais, o Homem ocupa o vértice
na escala dos seres, e, por isso, aparece como um ser
dotado de duplo compromisso: composto de alma,
participa dos seres imateriais, mas não é uma
inteligência pura – como a dos anjos – ,pois encontrase essencialmente ligado a um corpo. Vale lembrar
que, desprendendo-se das servidões e dissolução da
matéria, está alma mantêm a sua sobrevivência.
Para Tomás de Aquino, o conhecimento humano
parte sempre dos dados oferecidos pela experiência
sensorial, isto é, o que primeiramente conhecemos é
aquilo que nos é apresentado aos sentidos – que
revelam objetos concretos e singulares. Contudo, o
nosso conhecimento não se restringe dados da
sensibilidade, uma vez que somos capazes de, por
abstração, formular conceitos universais.
Com efeito, Aquino distingue, no Homem, dois
intelectos: o intelecto passivo, que recebe e registra os
dados dos sentidos; e o intelecto agente, que isola as
imagens sensíveis, resultantes da sensação,
elaborando conceitos abstratos e universais. O
intelecto é o elemento ativo do conhecimento, é, para
Tomás, dizer que a alma humana é iluminada por
Deus, capaz de transformar em “ato” o inteligível que
está em “potência” no sensível; sem intelecto agente,
nada se pode conhecer, mas os princípios primeiros,
que estão contidos no sensível em Potência, só podem
ser concebidos a partir da experiência, o que anula
qualquer possibilidade de conhecimento a priori como
queria Agostinho.
ATIVIDADES
1) O que seria uma verdade natural teológica, segundo São
Tomás de Aquino?
2) (UFU-MG) Leia o trecho a seguir e assinale se as pro.
posições apresentadas são (V) verdadeiras ou (F) falsas,
conforme o texto.
“Se é verdade que a verdade da fé cristã ultrapassa as capacidades da razão humana, nem por isso os princípios
inatos naturalmente à razão podem estar em contradição
com esta verdade sobrenatural.
É um fato que esses princípios naturalmente inatos à razão
humana são absolutamente verdadeiros e mesmo impossível
pensar que sejam falsos. Tampouco é permitido considerar
falso aquilo que cremos pela fé, e que Deus confirmou de
forma tão evidente. Já que só o falso constitui o contrário do
verdadeiro, é impossível que a verdade da fé seja contrária
aos princípios que a razão humana conhece naturalmente.
Deus não pode infundir no homem opiniões ou uma fé que
vão contra os dados do conhecimento adquirido pela razão
natural.
(...) Do exposto se infere o seguinte: quaisquer que sejam os
argumentos que se aleguem contra a fé cristã, não procedem
retamente dos primeiros princípios inatos à natureza e
conhecidos por si mesmos. Por conseguinte, não possuem
valor demonstrativo, não passando de razões de
probabilidades ou sofismáticas. E não é difícil refutá-los.”
AQUINO, Santo Tomás. Suma contra gentios. Coleção Os
pensadores. São Paulo, Abril, 1970.
O texto exemplifica a preocupação, quase geral
entre os chamados “filósofos medievais”, em conciliar
as verdades de fé contidas na Bíblia com as verdades
descobertas por nossa razão, isto é, conciliar a fé com
a razão natural.
O texto mostra como Tomás de Aquino
considerava a filosofia inútil e perigosa para o
cristianismo, uma vez que, por si só, ela não prova as
verdades da fé além de levantar dúvidas sobre as
verdades bíblicas.
Um dos objetivos do texto é mostrar que os argumentos contrários à fé cristã podem ser todos
refutados, isto é, podemos mostrar racionalmente que
são todos falsos porque não há contradição entre
verdade de fé e verdade de razão.
Nesse texto, deparamo-nos com um dos pressupostos fundamentais do pensador católico medieval: a
crença na verdade revelada, isto é, a crença nas
proposições da Bíblia, como inquestionáveis porque
reveladas por Deus.
Pelo texto, depreende-se a atitude filosófica de
Tomás de Aquino, para quem é impossível
compreender as verdades da fé cristã por meio de
nossa razão natural; somente a fé é que pode nos
ajudar.
3) (UFU-MG) Considere o trecho a seguir e responda
se as afirmações propostas são verdadeiras (V) ou
falsas (F) de acordo com o texto.
(...) A militância em favor da verdade cristã está
presente também em Tomás de Aquino. A Suma
Teológica, por exemplo, está estruturada em forma de
argumentos em relação a numerosas questões que
vão desde a existência de Deus até sobre moral e
política. A filosofia configura-se como um trabalho de
demonstração da verdade através de instrumentos que
permitam ao filósofo triunfar sobre os detentores de
opiniões contrárias à sua. A filosofia não é a busca da
verdade, porque a verdade simplesmente já foi
encontrada, ou melhor, nos foi trazida pela própria
palavra de Deus (na Bíblia), no que concerne às
questões de âmbito religioso, que é o que realmente
importa para os pensadores medievais. No plano
estritamente filosófico, a verdade também já está
posta, na obra de Aristóteles, a quem Tomás chama
simplesmente de o Filósofo. Há, portanto, duas
sínteses: a das verdades profanas, filosóficas e
científicas, constituída pela doutrina de Aristóteles, e a
das verdades cristãs, contida nas Sagradas Escrituras.
Por isso, boa parte da obra de Tomás de Aquino
consta de comentários sobre os escritos aristotélicos.
(...) Muitas verdades religiosas são susceptíveis de
demonstração racional, embora o âmbito do que é
racionalmente demonstrável seja bastante restrito se o
Φιλοσοφία
compararmos com os mistérios de Deus. A Sabedoria
inclui, assim, mais do que aquilo que podemos
compreender com a razão unicamente (...).
NASCIMENTO, Carlos Arthur Ribeiro do. Filosofia medieval.
In: Primeira filosofia: lições introdutórias. 4. ed. São Paulo,
Brasiliense: 1985, pp. 39-40.
( ) A Suma Teológica, texto máximo de Tomás de
Aquino, trata exclusivamente das provas da existência
de Deus e da demonstração racional de Seus
atributos.
( ) Tomás de Aquino escreveu muitos comentários sobre obras de Aristóteles, porque considerava que este
filósofo havia produzido em seus escritos a síntese de
todas as verdades profanas, isto é, que não dizem
respeito aos assuntos religiosos.
( ) Apesar de reconhecer que, quanto aos mistérios
de Deus, nem tudo pode ser racionalmente provado,
Tomás de Aquino procura o acordo entre as verdades
da Bíblia e as proposições da filosofia, que pode,
inclusive, nos ajudar a compreender certas verdades
religiosas.
( ) O trecho em questão reafirma a posição de Tomás
de Aquino em face da filosofia, segundo o qual é inútil
procurar, nas obras de Aristóteles ou de outros
filósofos, explicações racionais para as coisas, uma
vez que a Bíblia já nos ensinou a verdade a respeito de
tudo o que interessa ao homem saber.
4) Mediante a teoria filosófica de Tomás de Aquino,
explique a existência de Deus.
5) Explique a relação existente entre as teorias
filosóficas de Aristóteles e a filosofia de Sto. Tomás.
6) Os filósofos gregos que mais exerceram influência
sobre São Tomás de Aquino foram:
a)
b)
c)
d)
e)
Plotino e Cícero.
Platão e Aristóteles.
Sócrates e Plotino.
Aristóteles e Sêneca.
Averróis e Protágoras.
Φιλοσοφία
SUGESTÕES
- SITES
http://alrocha-antenacultural.blogspot.com/
http://www.paralerepensar.com.br/
http://www.mundodosfilosofos.com.br/
http://www.indekx.com/
- FILMES
 V de Vingança
 Matrix
 Clube da luta
 A odisséia
 Uma mente brilhante
 A.I – Inteligência artificial
 The All
 Tempos Modernos
 O sorriso de Mona lisa
 Tropa de Elite II
 Sétimo Selo
 Efeito Borboleta
 O enigma de kaspar hauser
 Sherlock Holmes (2009)
- MÚSICAS
 Pensamento – Cidade negra
 Escravos – Elegia
 Somos quem podemos ser - Engenheiros do Hawaii
 Petróleo do Futuro – Legião Urbana
 Como uma Onda no Mar – Lulu Santos
 One – Metallica
 Heresy – Nine Inch Nails
 Stairway to Heaven – Led Zeppelin
Apêndice: Quadro da História da Filosofia
O quadro abaixo apresenta a história da filosofia de maneira bastante simplificada, com o objeto de que vocês
possam localizar com facilidade em que período da história da filosofia se localiza o pensador que estamos
estudando ou algum outro pensador que seja do seu interesse. Assim, as características de cada etapa da história
da filosofia que constam na última coluna do quadro abaixo devem ser tomadas apenas como indicações e não
dão conta de toda complexidade de um período da história do pensamento humano.
Etapas
Filosofia Antiga
Filosofia Medieval
Filosofia Moderna
Filosofia Contemporânea
Datas Aprox.
Principais Autores e Escolas
séc.VI a.C.
/
séc. II - III d. C.
Tales, Anaximandro,
Pitágoras, Demócrito,
Heráclito, Parmênides,
sofistas, Sócrates, Platão,
Aristóteles, estóicos,
epicuristas, céticos, Cícero,
Sêneca, Plotino
séc. II - III
/
séc. XV
Clemente, Orígenes,
Gregório de Nissa,
Agostinho, Anselmo de
Aosta, Pedro Abelardo,
Alberto Magno, Tomás de
Aquino, Boaventura, Duns
Scoto, Guilherme de
Ockham
séc. XVI
/
séc. XVIII
Bacon, Descartes, Leibniz,
Spinosa, Pascal, Hobbes,
Locke, Hume, Montesquieu,
Rousseau, Voltaire, Kant
séc. XIX
/
Hoje
Fichte, Schelling, Hegel,
Marx, Kierkegaard, Comte,
Schopenhauer, Nietzsche,
Bergson, Husserl, Scheler,
Jaspers, Heidegger, Sartre,
Frege, Russel, Foucault,
Deleuze, Lukács, Escola de
Frankfurt
Algumas Características
- Diálogo com o mito
- Tentativa de compreender
(lógos, noêin) o princípio
(arché) do real (ón), da
natureza (physis)
- Questionamento do ser do
homem (ánthropos)
- Busca da conciliação entre
as verdades da fé e as
verdades da razão (ratio)
- Teocentrismo
- Distanciamento ente fé e
razão
- Rejeição do passado
- Desenvolvimento da crítica
- Confiança na razão
- Pluralismo de idéias
- Historicidade
- Fenomenologia
- Questionamento da
existência
- Filosofia (analítica) da
linguagem
- Pós-modernidade
Φιλοσοφία
REFERÊNCIAS
Edições
Didáticas
io. Ribeirão Preto.
do
Sistema
COC
de
ensino.
1º
Ano
do
Ensino
Méd
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
filosofia. São Paulo: Moderna, 2006
ARISTÓTELES. Metafísica. Ensaio introdutório, texto grego com tradução e comentário de Giovanni
Reale. Vol. II. Texto grego com tradução ao lado. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Edições
Loyola, 2002.
BORNHEIM, Gerd (Introdução, trad. e notas). Os filósofos pré-socráticos. 2ª Ed. São Paulo: Cultrix,
1972.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1997.
COTRIM, Gilberto. Filosofia temática. São Paulo: Saraiva, 2008.
DESCARTES, René. Meditações de Filosofia Primeira. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado
DIMENSTEIN, Gilberto. Dez lições de filosofia. São Paulo: FTD, 2008.
HESÍODO. Teogonia.
HUME, David. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989.
INCONTRI, Dora; BIGHETO, Alessandro Cesar. Filosofia: Construindo o Pensar. São Paulo: Escala,
2008.
PLATÃO. A República. 6° ed. Ed. Atena, 1956
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste
Golbekian, 2005.
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