os estados unidos no século xix - História

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HISTÓRIA 1
Profª Isabel Cristina Simonato
OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX
Os Estados Unidos logo após o reconhecimento da independência pela Inglaterra.
Os norte-americanos receberam como indenização de guerra os territórios entre as 13 Colônias e o rio Mississipi, mais do que
dobrando o tamanho do país.
1. INTRODUÇÃO
A primeira metade do século XIX na História dos EUA foi marcada pela conquista de territórios em
direção ao Oceano Pacífico, conhecida como a marcha para o Oeste, política governamental de ocupação
das terras a Oeste das 13 Colônias originais, que foram sendo adquiridas pelo governo norte-americano no
século XIX. A população passou de 3.900.000 em 1790 para 7.200.000 em 1810, compondo uma sociedade
essencialmente agrária, formada por granjas no Nordeste e grandes latifúndios exportadores no Sudeste.
2. FATORES QUE FAVORECERAM A EXPANSÃO PARA O OESTE
Vários fatores são colocados para explicar “a marcha para o Oeste”. A imigração nesse período foi
muito intensa, vinda principalmente da Alemanha, Irlanda e Inglaterra, cuja população passava por
dificuldades financeiras, uma vez que os camponeses eram expulsos da terra devido à concentração
fundiária e os artesãos não conseguiam empregos devido à mecanização industrial nas cidades. No início
do século XIX a população norte-americana passava a contar com cerca de 7 milhões de habitantes. Esse
crescimento demográfico e a pequena área do país contribuíram para impulsionar a ocupação das terras a
Oeste, em razão da necessidade de aumentar a produção agrícola e a área destinada aos rebanhos. O
crescimento populacional impulsionava o aumento da produção de alimentos e vice-versa.
A partir da segunda metade do século XIX a pecuária chegou a ocupar um quarto do território
americano, em terras que se estendiam do Texas ao Canadá. A descoberta de ouro na Califórnia, em 1848,
estimulou uma corrida em busca de "riqueza fácil" – corrida do ouro –, incentivando o deslocamento
populacional. Além disso, a construção de ferrovias, iniciada em 1829, barateava o transporte. Em fins do
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século XIX a quantidade de quilômetros de linhas férreas nos Estados Unidos era maior que a soma de
todos os países europeus. Em 1890, a ferrovia ligava a Costa do Atlântico ao Pacífico. A expansão para o
Oeste foi justificada pela doutrina do "Destino Manifesto", que pregava serem os norte-americanos
destinados por Deus a conquistar e ocupar os territórios situados entre o Atlântico e o Pacífico.
- O Faroeste
Após a independência, os Estados Unidos conheceram um grande crescimento populacional,
territorial e econômico. Em 1803, a compra da Louisiana aos franceses praticamente dobrou o tamanho do
país. Em 1846, o Oregon passou do domínio britânico para o da república norte-americana. No mesmo ano,
o Texas, antigo território mexicano, integrou-se aos Estados Unidos, depois de dez anos de vida
independente. A medida levou à guerra entre os Estados Unidos e o México – que, derrotado, cedeu aos
Estados Unidos a Califórnia, o Novo México, Utah e outros territórios.
Paralelamente à ampliação de suas fronteiras, os Estados Unidos receberam sucessivas levas de
imigrantes, vindos principalmente da Grã-Bretanha, França, Países Baixos, Escandinávia, dos territórios
germânicos e eslavos. Essa gente fugia da fome e das perseguições religiosas e políticas. Sonhava com uma
vida melhor num país onde haveria liberdade de trabalho, de expressão e de crença religiosa. Sonhava em
ter seu próprio pedaço de terra – mas muitos deles tornaram-se artesãos, pequenos comerciantes e
operários das fábricas e da construção civil nas cidades do norte.
O sonho do acesso à terra contribuiu para a ocupação das pradarias, num processo mostrado por
Hollywood nos filmes de faroeste. Para alguns pensadores dos Estados Unidos, tal expansão vinha
concretizar o que chamavam de “Destino Manifesto”. Essa ideologia partia do princípio que o país estava
destinado a se estender do Atlântico ao Pacífico; havia sido escolhida por Deus para levar seus valores a
territórios sob o poder de outros Estados ou dos “peles-vermelhas”. A fome de terras dos imigrantes e as
agressões cometidas em nome do Destino Manifesto dos Estados Unidos contribuíram para empurrar suas
fronteiras desde o rio Mississipi até a costa oeste.
A ocupação das novas regiões favoreceu o desenvolvimento da economia do norte e do centro-oeste
graças a ampliação das áreas agrícolas, do setor industrial, do mercado consumidor e do sistema de
transporte. Na agricultura, cresceram a produção de trigo, milho e outros produtos e também os rebanhos
bovinos, suínos e ovinos. A indústria nortista ampliou e diversificou sua linha de bens de consumo, além
de construir barcos a vapor e de criar uma rede ferroviária responsável pelo escoamento de produtos finais
e matérias-primas. Rapidamente se estabeleceu uma infraestrutura de um dinâmico setor de bens de
produção.
O sul, de economia predominantemente agrário-exportadora, baseada no trabalho escravo, também
não ficou alheio à expansão territorial. As áreas agrícolas se estenderam do Mississipi ao Texas. Além do
algodão, principal produto exportado, o milho, o cânhamo, o arroz, o trigo e a cana-de-açúcar
desempenharam importante papel na economia do sulista. A indústria regional, incipiente em comparação
com a do norte, concentrava-se no beneficiamento de produtos agrícolas. Engenhos, serralherias, fábricas
de linha e tecidos de algodão respondiam por 15% da capacidade industrial nacional.
3. LEIS SOBRE AS TERRAS
Anterior à independência, os colonos americanos já cobiçavam terras a Oeste. Um dos motivos que
levou ao início da luta contra os ingleses foi a Lei de Quebec – parte das Leis Intoleráveis, 1774 –, que
proibia a ocupação de terras entre os montes Apalaches e o rio Mississipi pelos colonos.
Após a independência foi elaborada, pela Convenção da Filadélfia, a Lei Noroeste (1787), que
estabeleceu as bases para a ocupação das terras a Oeste e a integração dos novos territórios incorporados ao
páis, ao definir que, quando a população atingisse 5.000 habitantes do sexo masculino em idade de votar,
poderia organizar um Legislativo bicameral e passaria a ter o direito de um representante no Congresso,
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sem direito a voto. Quando um território constituísse uma população livre de 60.000 habitantes, o território
seria incorporado à União como Estado.
As grandes Companhias Loteadoras incorporaram essas terras e passaram a comercializá-las junto
aos pioneiros por um preço bem reduzido (aproximadamente 2 dólares por hectare). Os pioneiros eram
granjeiros, caçadores ou grandes latifundiários sulistas que estavam interessados em expandir a cultura
algodoeira ou seu rebanho. A postura do governo norte-americano foi de incentivo à ocupação e, em 1862,
o governo Lincoln concedia terras gratuitamente através do Homestead Act (Lei de Concessão de Terras).
Todos aqueles que não pegassem em armas contra a União durante a Guerra de Secessão, receberia
gratuitamente 160 acres de terras. A única exigência para a posse definitiva da propriedade era que os
beneficiados a cultivassem durante cinco anos.
Certificado de doação de terras – Homestead Act.
4. MECANISMOS DE CONQUISTA
a) Compra de Territórios
Pelo Tratado de Versalhes, 1783, firmado com a Inglaterra, o território dos Estados Unidos abrangia
da Costa do Atlântico até o rio Mississipi.
No século XIX, essa realidade se alteraria consideravelmente. Em direção ao Oeste surgiu o
território da Louisiana, colônia francesa, que Napoleão Bonaparte negociou com os norte-americanos por
15 milhões de dólares (1803).
A Flórida foi comprada dos espanhóis, em 1819, por cinco milhões de dólares. A Rússia vendeu o
Alasca aos Estados Unidos por sete milhões de dólares (1867).
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Mapa dos Estados Unidos apresentando territórios anexados, comprados e conquistados no século XIX.
b) Diplomacia
A anexação de Oregon no Noroeste, colônia inglesa, região que despertou pouco interesse até 1841,
foi cedida aos americanos em 1846.
c) Guerra
O atual Sudoeste dos Estados Unidos pertencia ao México. A conquista desse território ocorreu
através da guerra. Em 1821, colonos norte-americanos, com autorização do governo mexicano, passaram a
colonizar o território que atualmente corresponde ao Texas. Exigências: lealdade, adoção da religião
católica por parte dos pioneiros e uso de mão de obra livre, uma vez que no México a escravidão havia sido
abolida junto com a conquista da independência.
Em 1845, os colonos norte-americanos estabelecidos naquele território, declararam sua
independência em relação ao México e sua incorporação aos Estados Unidos. Como o governo mexicano
não aceitou tal atitude, iniciou-se a guerra, que se estendeu até 1848, quando foi assinado o Tratado de
Guadalupe-Hidalgo, estabelecendo o Rio Grande como linha fronteiriça entre o México e o Texas, além da
cessão da Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado aos Estados Unidos, por 15
milhões de dólares.
Em 1853, foi completada a anexação de territórios do México com a incorporação de Gadsden.
Metade do território mexicano havia sido perdida para os Estados Unidos. Lázaro Cárdenas, presidente
mexicano (1934-1940), em relação ao imperialismo norte-americano comentou: "Pobre México, tão longe de
Deus e tão perto dos Estados Unidos".
5. CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO PARA O OESTE
A conquista de um vasto território criou condições para o grande desenvolvimento da economia
norte-americana.
Foi acentuado o crescimento da agricultura, indústria, comércio, mineração e pecuária. A população
cresceu para cerca de trinta milhões até 1860. Formaram sociedades diferenciadas dentro do país. No Norte
e no Leste, surgiu uma poderosa burguesia industrial e comercial, juntamente com um operariado fabril.
No Sul, predominava os grandes aristocratas proprietários de latifúndios, à monocultura, à exportação e à
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escravidão. Na região Centro-Oeste, nasceu a sociedade a partir dos pioneiros, marcada pela base agrícola e
pela pecuária.
No entanto, aumentou a rivalidade entre os interesses nortistas e sulistas, o que resultou, mais
tarde, em uma guerra civil.
6. A GUERRA DE SECESSÃO ou SEGUNDA REVOLUÇÃO AMERICANA (1861-1865)
A primeira metade do século XIX marcou a primeira fase do processo de industrialização norteamericana. Ocorreu no Nordeste do país, sobretudo na região da Nova Inglaterra (antigas colônias do
Norte), sobre uma base vinda do Período Colonial.
Em meados do século XIX, o Nordeste era o principal polo econômico do país. Esse
desenvolvimento foi favorecido no período das Guerras Napoleônicas e pela Segunda Guerra de
Independência (l812-14, entre a Inglaterra e os Estados Unidos), já que as importações diminuíram e o
mercado interno passou a consumir as manufaturas locais. Essa incipiente indústria, por volta de 1810,
beneficiou-se também de grande disponibilidade de ferro, carvão e energia hidráulica da Região Norte e
pelo avanço das ferrovias, que ligavam o Leste ao Oeste e vice-versa.
O mesmo processo de desenvolvimento industrial não atingiu a Região Sudeste, que permanecia
com uma economia marcadamente colonial, cuja produção ainda se fazia no interior da grande
propriedade monocultora, voltada para o mercado externo e baseada na exploração do trabalho escravo.
Enquanto no Norte-Nordeste formava-se uma sociedade tipicamente industrial, dominada por uma
forte burguesia, no Sul-Sudeste, a sociedade permanecia quase que inalterada desde o Período Colonial,
mantinha-se rigidamente bipolarizada, dividida entre proprietários de terras e de escravos e escravos.
Comerciantes e classe média urbana formavam pequena e pouco influente parcela social.
Nos Estados Unidos, na realidade, abrigavam-se duas nações distintas - o Norte-Nordeste e o SulSudeste - e do antagonismo entre os interesses divergentes entre as duas regiões, o país passaria por uma
Guerra Civil, a Guerra de Secessão.
Tinha que haver uma luta. Talvez não fosse necessária uma guerra muito longa, que matasse muita gente, mas o
desacordo e os ressentimentos tinham que vir. O país se chamava Estados Unidos, mas só no nome, não na realidade. Os estados
do sul e os do norte trabalhavam de maneira diferente, pensavam diferente, viviam diferente. No norte havia a lavoura em pequena
escala, o transporte por navios, as manufaturas que cresciam, tudo produzido pelo trabalho do branco; no sul havia a monocultura,
com o trabalho negro. As duas divisões, tão diversas em sua maneira de viver, tinham que se separar. O comerciante, o industrial
ou banqueiro do norte, ganhando força nova com a Revolução Industrial, TINHA que se haver com as classes privilegiadas do sul.
Essa luta se arrastou durante 60 anos, e finalmente eclodiu com a Guerra Civil. (Leo HUBERMAN, História da riqueza dos
Estados Unidos. p. 154.)
7. FATORES DA GUERRA DE SECESSÃO
a) Desenvolvimento do Norte
O protecionismo alfandegário foi, certamente, fundamental para a eclosão da Guerra Civil
Americana. Os estados do Norte, em processo de industrialização, reivindicavam altas tarifas sobre as
importações como mecanismo de manutenção de seu desenvolvimento, pois não conseguiam competir com
os preços dos produtos ingleses. Produtos importados mais caros aumentariam o consumo de produtos da
indústria nacional. O Sul, por outro lado, dependia economicamente do Norte, exportando para lá parte de
sua produção algodoeira e importando produtos industrializados. Para sua sobrevivência defendia a
liberdade de comércio, preferindo importar as manufaturados ingleses, de melhor qualidade e mais baratas
do que as produzidas pelos Estados do Norte, alegando que as tarifas protecionistas aumentariam a
riqueza do Norte e a dependência do Sul em relação àquela região.
“Queremos bíblias, vassouras, baldes e livros, e nos dirigimos ao norte; queremos penas, tinta, papel, biscoitos e
envelopes, e nos dirigimos ao norte; queremos sapatos, chapéus, lenços, guarda-chuvas e canivetes, vamos para o norte; queremos
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brinquedos, cartilhas, livros escolares, modas, máquinas, remédios, lages para túmulos, e mil outras coisas, e aí nos dirigimos para
o norte.”
Hinton R. Helper, que escrevia isso em 1857, estava tentando mostrar aos sulistas que o fato de comprarem
tudo do norte estava tornando os sulistas pobres e os nortistas ricos (...) (Leo HUBERMAN, História da riqueza dos
Estados Unidos. p. 137.)
Além desse fato, os industriais ingleses poderiam deixar de comprar sua produção, caso optassem
por dar apoio às propostas protecionistas dos industriais do Norte.
b) O Problema do escravismo
O problema da manutenção do escravismo encontrou seu campo de discussão, no nível político no
Congresso, que, ao sintetizar as disputas políticas pela salvaguarda de interesses econômicos nortistas e
sulistas, se dividiu entre abolicionistas e escravistas. Com o processo de expansão para o Oeste e a
incorporação de novos Estados à União, as disputas acirraram-se em torno da questão abolicionista.
Ao Sul interessava que fosse livre a adoção do escravismo - assim o preço do escravo manter-se-ia
elevado. O Norte defendia o abolicionismo em razão de pretender o crescimento do mercado consumidor
e, ao mesmo tempo, obter mão de obra barata. Em 1820 o Missouri solicitou sua integração à União,
gerando uma série de conflitos, pois a balança política passou a pender a favor dos sulistas.
Esses atritos levaram a se firmar o Acordo do Mississipi-Missouri, em 1820, que arbitrou a questão
estabelecendo a incorporação do Missouri - Estado escravista - e a incorporação do Maine - Estado com
mão de obra livre. O ponto de referência seria o paralelo 36 30', separando o trabalho livre (Norte) e o
trabalho escravo (Sul). A incorporação da Califórnia, em 1849, como Estado onde a mão de obra seria livre,
mesmo estando parte do seu território abaixo do paralelo 36 40', contribuiu para acirrar a polêmica, pois
pelo Compromisso do Mississipi-Missouri, a Califórnia deveria ser escravista.
Um novo acordo foi firmado em 1850, o Compromisso Clay, definindo que caberia a cada Estado
decidir sobre a continuidade ou não do escravismo. Em 1860, o Norte lançou a candidatura de Abrahan
Lincoln para a presidência. Lincoln, em relação ao escravismo tinha posições moderadas. Considerava que
manter a União era mais importante do que a questão social dos negros. Depois de eleito chegou a
pronunciar-se sobre a questão nos seguintes termos: "Se pudesse salvar a União sem libertar nenhum escravo, eu
o faria. Se pudesse salvar a União libertando os escravos,eu o faria".
c) A Questão Política
Desde a independência norte-americana coube aos grandes proprietários rurais sulistas e à
burguesia nortista, através do Partido Democrata, o controle da vida política nacional. Em 1854, foi criado
no Norte, o Partido Republicano, que continha em seu programa a intenção de lutar a favor do
abolicionismo e manter a União, propostas que atraíram muitos políticos do Partido Democrata.
As eleições presidenciais de 1860, extremamente tensas, encontraram o Partido Democrata dividido
em torno de dois candidatos, John Breckinridge e Stephen Douglas. O Partido Republicano uniu-se em
torno da candidatura de Lincoln. O Partido da União Constitucional lançou um quarto candidato, John
Bell. Lincoln vence o pleito e esse fato desencadeia a secessão.
8.
INÍCIO DA GUERRA
Logo após a eleição de Lincoln, e não esperando a posse do presidente, a Carolina do Sul resolveu
separar-se da União, arrastando consigo mais seis Estados. Formaram os Estados Confederados da
América, sob a presidência de Jefferson Davis em 8 de fevereiro de 1861, com capital em Richmond,
Virgínia.
As hostilidades começaram com o ataque da artilharia confederada, no dia 12 de abril de 1861, ao
Forte Sumter, uma guarnição federal. Inicialmente as vitórias pertenceram aos sulistas. Mas, a correlação de
forças foi tornando-se extremamente desigual à medida que se desenrolavam as batalhas. O Norte contava
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com o apoio de 25 Estados, uma população de cerca de 22 milhões de habitantes, uma economia industrial
diversificada e uma marinha de guerra. O Sul obteve o apoio de 11 Estados, uma população de 9 milhões
de habitantes, dos quais 4 milhões eram escravos, uma economia de base agrária o que o fez dependente de
recursos exteriores para o desenvolvimento da guerra.
Durante os confrontos, Lincoln, para fortalecer os Estados Nortistas, extinguiu a escravidão e
promulgou o Homestead Act, 20 de maio de l862, - garantindo o apoio dos granjeiros e pioneiros
interessados nas terras do Oeste. Ex-escravos, colonos e operários se incorporaram ao Exército da União, o
que começou a reverter a guerra em favor do Norte, que passou a impedir a chegada de produtos europeus
ao Sul, através de um bloqueio naval. Em 6 de abril de 1865, o general Lee, comandante das tropas sulistas,
pede os termos de rendição.
9. CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA DE SECESSÃO
A vitória do Norte sobre o Sul decidiu definitivamente a questão da unidade nacional pelo
fortalecimento da União. A sociedade urbana e industrial do Norte prevaleceu sobre a federação arrasando
a sociedade agrária e aristocrática do Sul. A grande propriedade cedeu lugar às pequenas e médias
propriedades.
O escravismo foi suprimido, mas não encaminhou para uma solução da "questão negra"; apesar do
direito de voto concedido, os negros continuaram marginalizados. Intensificaram-se as atitudes racistas
com o surgimento de sociedades como a Ku-Klux-Klan, nascida em 1867.
Os mortos são estimados entre 600 mil e 1 milhão, entre militares e civis. Em 14 de abril de 1865, Lincoln foi
assassinado por John Wilkes Booth, um fanático do Sul.
Os Estados Unidos começavam a despontar como potência dentro da América.
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