Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Severe Hyponatremia with High Urine Sodium and Osmolality Joost van der Hoek1,* , Ewout J. Hoorn1, Gijs M.T. de Jong2, Emile N.W. Janssens2 and Wouter W. de Herder 1 Hiponatremia grave e Alto Sódio Urinário e Osmolalidade Joost van der Hoek1,* , Ewout J. Hoorn1, Gijs M.T. de Jong2, Emile N.W. Janssens2 and Wouter W. de Herder1 Afiliações dos Autores 1Department of Internal Medicine, Erasmus MC Rotterdam, the Netherlands; 2 Department of Internal Medicine; Albert Schweitzer Hospital, Dordrecht, the Netherlands. *Envie correspondência para esse autor para: Erasmus Medical Center, Department of Internal Medicine, P.O. Box 2040, 3000 CA Rotterdam, the Netherlands. Fax +31-10-7031146; e-mail [email protected]. CASO Uma mulher de 49 anos de idade (histórico prévio de asma na infância, nenhuma medicação) se apresentou ao departamento de emergência com náusea e vômito que tinham ocorrido por 5 dias e fala confusa por um dia antes da apresentação. A paciente negou o uso de álcool e drogas ilícitas. Exame físico revelou pressão arterial de 125/70 mmHg; sem queda postural e pulso regular de 72 batidas/min. Ela não tinha febre e nenhum sinal de volume de fluido extracelular contraído. Resultados de exame adicional físico e neurológico não foram marcantes e não revelaram bócio, pigmentação, ou vitiligo. Seus resultados laboratoriais são mostrados na Tabela 1. Testes diagnósticos adicionais incluíram raio x do tórax, ultrasom abdominal, e tomografia computadorizada do cérebro, nenhum dos quais revelou anormalidades. A síndrome de secreção inapropriada de hormônios antidiuréticos (SIADH)1 foi suspeitada. Entretanto, restrição do fluido (500 mL/dia) não levou a elevado sódio sérico. QUESTÕES A SEREM CONSIDERADAS Qual é o diagnóstico diferencial numa paciente com grave hiponatremia e um alto sódio urinário e osmolalidade? Cite 3 hormônios que, quando alterados, podem todos independentemente resultar em hiponatremia e alto sódio urinário e osmolalidade? O que deve ser excluído antes do diagnóstico? Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Tabela 1. Resultados Laboratoriais. Paciente Parâmetro Soro Sódio, mmol/L 101 135–145 Potássio, mmol/L 4.0 3.5–5.0 Osmolalidade, mOsm/kg 209 280–300 Glicose, mmol/L 3.5 4.0–7.6 Cálcio, mmol/L 2.19 2.20–2.65 Creatinina, μmol/L 69 75–110 Uréia, mmol/L 2.9 2.5–6.4 Ácido úrico, mmol/L 0.19 0.20–0.42 Hemoglobina, mmol/L 8.8 7.5–9.5 Albumina, g/L 42 35–50 Sódio, mmol/L 95 —2 812 50–1200 1 Urina Referência Osmolalidade, mOsm/kg Para conveter nanomoles por litro de glicose para miligramas por decilitro, multiplique por 18. Não há valores de intervalos de referências para sódio da urina, porque os valores medidos dependem da dieta e das circunstâncias clínicas. Durante a hiponatremia, altas ou baixas concentrações de sódio da urina ( tipicamente com 20 mmol/L como separador ) podem ser usadas para diagnóstico diferencial. DISCUSSÃO Por causa da falta de resposta à terapia para SIADH, o diagnóstico foi reconsiderado e hipotireoidismo e/ou insuficiência adrenal foram suspeitadas, especialmente porque a glicose sérica também estava baixa. Hormônio sérico tireoestimulante era 63 mU/L (intervalo de referência 0.4–4.0 mU/L) com tiroxina livre de 5 pmol/L (intervalo de referência 9–24 pmol/L; para converter pmol/L da tiroxina livre para ng/dL, divida por 13). Cortisol era 151 nmol/L (intervalo de referência 150–700 nmol/L; para converter nmol/L de cortisol para μg/L, divida por 0.0157), e teste de estimulação com o fragmento 1–24 do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) mostrou um cortisol basal de 56 nmol/L, que aumentou para apenas 57 nmol/L (resposta normal >500 nmol/L). ACTH do plasma era 1124 ng/L (intervalo de referência 7–50 ng/L; para converter ng/L do ACTH para pmol/L, multiplique por 0.220). Esses resultados confirmaram a presença tanto de insuficiência adrenal primária quanto de hipotireoidismo primário. Anticorpos anti córtex adrenal, peroxidase tireoideana, células parietais, e fator intrínsico estavam presentes, estabelecendo o diagnóstico de síndrome poliglandular autoimune tipo 2. Hidrocortisona intravenosa foi administrada ( em bolus de 100 mg seguido de 200 mg/24 h), que corrigiu o sódio sérico (Fig. 1⇓ ). Depois que uma concentração de sódio dentro de intervalo de referência foi alcançada, a paciente foi mudada para hidrocortisona oral (10–5–5 mg por dia ) e tiroxina L (50 μg). Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Figura 1. Concentrações de sódio sérico na admissão, e subseqënte tratamento com restrição de fluidos, e hidrocortisona. Serum sodium – sódio sérico Fluid restriction – restrição do fluido Hydrocortisone – hidrocortisona Time (days) – tempo (dias ) Esse caso tem 2 características notáveis. Primeiro, ele ilustra os desafios diagnósticos da grave hiponatremia com alto sódio urinário e osmolalidade. Segundo, ele ilustra muito surpreendentemente quão atípica a apresentação da insuficiência adrenal pode ser. Abordagem para uma paciente com grave hiponatremia Quando um clínico é confrontado com um caso de hiponatremia, a primeira questão deve ser se ela é aguda ou crônica (1). Na hiponatremia aguda o risco mais importante é o edema cerebral, porque as células do cérebro têm muito pouco tempo para se adaptarem ao inchaço celular. Inversamente, quando hiponatremia crônica é tratada muito rapidamente, o risco é de desmielinização osmótica (células cerebrais se adaptaram e são expostas à súbitas mudanças na tonici- dade). Os sintomas apresentados na paciente desse caso já colocaram um desafio, visto que náusea e vômito podem ser sintomas tanto de insuficiência adrenal quanto de edema cerebral precoce. Visto que os sintomas tinham estado presentes por mais de 2 dias, a paciente foi julgada ter hiponatremia crônica, e sódio sérico não foi corrigido agressivamente. Evidência anedótica apoia essa abordagem, porque tanto a insuficiência adrenal primária quanto a má nutrição po- Clinical Case Study dem ser fatores de risco para desmielinização osmótica (2). Após avaliação da hiponatremia, as próximas questões devem ser se a vasopressina (hormônio antidiurético) está agindo, e se estiver, qual é a razão para sua liberação (1). Vasopressina não é rotineiramente medida clinicamente, embora a recente introdução de seu precursor estável a copeptina possa mudar esse protocolo (3). Osmolalidade urinária é um bom marcador substituto para as ações renais da vasopressina, e osmolalidade urinária excedendo a osmolalidade sérica quase sempre indica alta vasopressina circulante. Se o sistema renina-angiotensina também for ativado, a concentração de sódio urinário será baixa, porque a aldosterona estimula a reabsorção do sódio no nefron distal. Alta osmolalidade urinária com baixo sódio urinário ocorre com perda de sódio não renal (como ocorre com hipovolemia, diarréia, e queimaduras) falha cardíaca, e cirrose do fígado. O diagnóstico diferencial de hiponatremia com alto sódio urinário e osmolalidade (como determinado nesse caso ) consiste de uso diurético, insuficiência adrenal primária ou secundária, nefropatia sal perdedora, e SIADH (1). Muitos médicos tendem a diagnosticar SIADH antes de excluir as outras causas. Entretanto, de acordo com os critérios, SIADH é um diagnóstico de exclusão (1). Alguns testes diagnósticos são melhores que outros para ajudar no diagnóstico diferencial. Por exemplo, a avaliação clínica do volume do fluido extracelular em pacientes com hiponatremia tem baixa sensibilidade e especificidade diagnóstica (1). Ao invés, ácido úrico parece ser um índice mais valioso para avaliar o volume do fluido extracelular durante a hiponatremia. Durante a expansão do volume do fluido extracelular (SIADH, hipocortisolismo), a reabsorção do ácido úrico no túbulo proximal renal é inibida, produzindo uma baixa concentração sérica e uma alta excreção fracional. O oposto Estudo do Caso Clínico é geralmente verdadeiro para um volume de fluido extracelular contraído (tal como ocorre com diuréticos, insuficiência adrenal primária, e nefropatia sal perdedora ), embora uma ressalva seja que cerebral e algumas causas de nefropatia sal perdedora também possam causar perda de ácido úrico. Nesses casos, pode ser útil também analisar a uréia (concentração sérica próxima ao limite superior do intervalo de referência, baixa excreção fracional ) como uma medida da contração do volume de fluido extracelular. Uma tendência para a alcalose metabólica sugere SIADH ou uso diurético, ao passo que acidose metabólica sugere insuficiência adrenal primária (4). Hipocalemia pode acompanhar hiponatremia no uso diurético, ao passo que hipercalemia é mais típica para insuficiência adrenal primária. Nessa paciente, a uréia estava na extremidade inferior do intervalo de referência, ao passo que a creatinina e ácido úrico estavam abaixo do limite inferior do intervalo de referência, sustentando a presença de expansão de volume e um diagnóstico de SIADH ou de hipocortisolismo. Outro teste para diferenciar a avaliação dilucional da avaliação deplecional da hiponatremia da resposta para salina isotônica. Embora SIADH seja mais comum do que insuficiência adrenal, as consequências podem ser graves quando a insuficiência adrenal é omitida (5)(6). Cortisol randômico pode ser usado para diagnosticar insuficiência adrenal, mas concentrações entre 100 e 700 nmol/L ainda não o excluem (5). O melhor teste é portanto um teste de estimulação do ACTH. Nós não realizamos o teste de estimulação de alta dose do ACTH (250 μg de ACTH 1–24 sintético por 1.73 m2). Também importante, entretanto, é o teste de estimulação de baixa dose do ACTH (1 μg de ACTH 1–24 sintético por 1.73 m2). O teste de baixa dose pode ser um índice mais sensível da sensibilidade adrenocortical, e foi recentemente validado para insuficiência adrenal primária (7). Em ambos os testes, a Clinical Case Study administração de ACTH sintético deve levar a concentrações de cortisol de 500 nmol/L ou mais altas com glândulas adrenais funcionando normalmente (7). Quanto à administração terapêutica de hidrocortisona, é importante se enfatizar que hiponatremia pode ser corrigida rapidamente Estudo do Caso Clínico uma vez que hidrocortisona seja instituída. Para evitar desmielinização osmótica, a correção da hiponatremia deve ser limitada a 8 mmol/L por dia (1). Se o aumento no sódio sérico exceder esse limite, a administração de fluidos hipotônicos e/ou vasopressina exógena deve ser considerada (1)(2). Apresentação atípica de insuficiência adrenal primária Soule anteriormente demonstrou que hiponatremia, hipercalemia, hipercalcemia, hipoglicemia, e eosinofilia estavam presentes em apenas 78%, 52%, 21%, 18%, e 23% dos 50 pacientes com insuficiência adrenal primária (6). Ele descreveu a insuficiência adrenal primária como outro “grande simulador na medicina ” (6). Nós sugerimos 2 possíveis explicações porque a paciente que descrevemos se apresentava sem hipotensão e hipercalemia. A primeira é que a paciente tinha hipocortisolismo isolado com suficiente aldosterona remanescente para prevenir perda de sódio renal e permitir secreção de potássio. A segunda é que havia deficiência de aldosterona, contudo mecanismos de defesa evitaram hipotensão e hipercalemia. Se hipocortisolismo isolado estivesse presente, a próxima pergunta seria porque a secreção de cortisol e não a aldosterona foi afetada. Uma possível explicação é que a angiotensina II é mais potente e de maior duração para aldosterona do que o ACTH é para o cortisol. Outra possibilidade é que a zona fasciculada produtora de cortisol foi seletivamente perturbada. Por exemplo, alguém poderia supor que autoanticorpos de algum jeito possuem uma maior afinidade para a zona fasciculada do que para a zona glomerulosa. Patofisiologicamente, deficiência de cortisol causa hiponatremia através de um diferente mecanismo da deficiência de aldosterona. Quando as concentrações de cortisol estão baixas, seu feedback para o hipotálamo é perdido. Como consequência, hormônio liberador de corticotrofina (CRH) não é mais inibido. Altas concentrações de CRH estimulam a secreção da vasopressina. CRH e até certo ponto a vasopressina são secretagogos de ACTH, o que pode explicar as altas concentrações de ACTH. O fato de que o ácido úrico sérico estava baixo e a uréia estava próxima do limite inferior do intervalo de referência pode também favorecer a possibilidade de hipocortisolismo isolado (Tabela 1⇑ , ver também acima ). A segunda possibilidade é que houve uma deficiência de aldosterona, mas que hipotensão e hipercalemia foram evitadas por outros mecanismos. Cherney et al. postularam 3 razões porque um grande déficit de sódio necessariamente não resulta em instabilidade hemodinâmica (8). Primeiro, hiponatremia causará inchaço das hemácias, o que aumentará o volume de plasma e dessa forma o efetivo volume circulante. Segundo, hipovolemia iminente induzirá um alto estado adrenérgico, que causará vasoconstrição venosa, diminuindo o tamanho do compartimento vascular e permitindo melhores pressões de enchimento. Terceiro, hiponatremia implica em inchaço celular, o que aumentará a pressão intersticial e pode mudar o volume do espaço intersticial para o espaço intravascular. Além da hipotensão, hipercalemia é estimada estar ausente em aproximadamente 30% a 50% dos pacientes com insuficiência adrenal primária (6)(9). Possíveis fatores que confundem são uma baixa ingestão dietética de potássio (perda de apetite é comum Clinical Case Study na insuficiência adrenal ) e perda de potássio através do vômito. Outra interessante possibilidade é a presença de proteínas catiônicas circulantes no contexto de autoimunidade ou câncer (9). Essas proteínas podem ativar o receptor que detecta o cálcio no membro ascendente espesso (9)(10). Essa ativação do receptor pode inibir o co-transportador do cloreto de potássio- sódio e produzir um Estudo do Caso Clínico efeito diurético de loop com natriurese e caliurese. Para essa paciente hiponatremia grave e isolada foi o único traço característico de insuficiência adrenal primária. Insuficiência adrenal deve sempre ser excluída em indivíduos com hiponatremia inexplicada que tenham alto sódio urinário e osmolalidade. PONTOS PARA SEREM LEMBRADOS Insuficiência ad-renal primária pode se apresentar sem pigmentação, hipotensão ortostática, hipercalemia, hipoglicaemia, e hipercalcemia. A sindrome de antidiurese inapropriada é um diagnóstico de exclusão que pode ser estabelecido apenas se uso diurético e insuficiência pituitária, tireóide e adrenal forem excluídas. Insuficiência adrenal primária pode ser confirmada por baixas concentrações randômicas de cortisol, contudo concentrações normais ainda requerem um teste de estimulaçao do ACTH para exclusão. A apresentação da insuficiência adrenal sem hipotensão ortostática e hipercalemia pode ser devido ao hipocortisolismo isolado ou à prevenção desses sintomas por mecanismos de defesa. Deficiência de cortisol causa hiponatremia porque ela aumenta o CRH, que estimula a liberação da vasopressina, ao passo que a deficiência de aldosterona causa hiponatremia por causa da perda de sódio renal, hipovolemia, e liberação da vasopressina mediada pelo baroreceptor. Agradecimentos Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intellectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a)contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b) rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo publicado. Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Nenhum autor declarou qualquer potencial conflito de interesse. Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no design do estudo, esolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito. Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Notas de Rodapé 1 Para converter nanomoles por litro de glicose para miligramas por decilitro, multiplique por 18. 2 Não havia valores de intervalos de referência para sódio urinário, porque os valores medidos dependem da dieta e das circunstâncias clínicas. Durante a hiponatremia, altas ou baixas concentrações de sódio urinário (tipicamente com 20 mmol/L como separador ) podem ser usadas para diagnóstico diferencial. 1 Abreviações não padronizadas: SIADH, síndrome de inapropriada secreção do hormônio antidiurético; ACTH, hormônio adrenocorticotrófico; CRH, hormônio liberador de corticotrofina. © 2009 The American Association for Clinical Chemistry Referências 1. Hoorn EJ, Zietse R. Hyponatremia revisited: translating physiology to practice. Nephron Physiol 2008;108:46-59. 2. Lin SH, Hsu YJ, Chiu JS, Chu SJ, Davids MR, Halperin ML. Osmotic demyelination syndrome: a potentially avoidable disaster. QJM 2003;96:935-947. 3. Fenske W, Störk S, Blechschmidt A, Maier SG, Morgenthaler NG, Allolio B. Copeptin in the differential diagnosis of hyponatremia. J Clin Endocrinol Metab 2009;94:123-129. 4. Decaux G, Musch W. Clinical laboratory evaluation of the syndrome of inappropriate secretion of antidiuretic hormone. Clin J Am Soc Nephrol 2008;3:1175-1184. 5. Smith JC, Siddique H, Corrall RJ. Misinterpretation of serum cortisol in a patient with hyponatraemia. BMJ 2004;328:215-216. 6. Soule S. Addison’s disease in Africa: a teaching hospital experience. Clin Endocrinol (Oxf) 1999;50:115-120. 7. Pura M, Kreze Jr A, Kentoš P, Vaňuga P. The low-dose (1 mug) cosyntropin test (LDT) for primary adrenocortical insufficiency: defining the normal cortisol response and report on first patients with Addison disease confirmed with LDT. Exp Clin Endocrinol Diabetes. [Epub ahead of print 2009 Apr 8]. 8. Cherney DZ, Davids MR, Halperin ML. Acute hyponatraemia and “ecstasy”: insights from a quantitative and integrative analysis. QJM 2002;95:475-483. 9. Gagnon RF, Halperin ML. Possible mechanisms to explain the absence of hyperkalaemia in Addison’s disease. Nephrol Dial Transplant 2001;16:1280-1284. 10. Quinn SJ, Kifor O, Trivedi S, Diaz R, Vassilev P, Brown E. Sodium and ionic strength sensing by the calcium receptor. J Biol Chem 1998;273:19579-19586. Comentário Glen L. Hortin*, Neil S. Harris, and William E. Winter Afiliações dos Autores Department of Pathology, Immunology, and Laboratory Medicine, University of Florida, Gainesville, FL. Envie correspondência para esse autor para: Department of Pathology, Immunology, and Laboratory Medicine, University of Florida, Gainesville, FL 32610. E-mail [email protected]. Clinical Case Study Esse caso ilustra que resultados laboratoriais iniciais sugestivos de SIADH não excluem outras causas potenciais de hiponatremia, tais como hipotireoidismo e hipocortisolismo. Até agora, SIADH tem sido um diagnóstico de exclusão, mas avanços na espectrometria de massa oferecem perspectivas para precisamente se medir o ADH no futuro. Quando analisadores produzem baixos valores de sódio, uma prioridade inicial é excluir hiponatremia fictícia. Quando o sódio é medido por métodos indiretos, pseudohiponatremia devido à alta proteína sérica ou teor do lipídeo geralmente não baixa a concentração de sódio ao grau observado nesse caso; entretanto, as múltiplas fontes potenciais de grandes erros nas medições do sódio devem ser consideradas (por exemplo, diluição da amostra por fluidos intravenosos, armazenagem de amostras sanguíneas em temperatura reduzida, falha do instrumento, entupimento das sondas de amostras com coágulos, gel separador ou crioglobulinas, erros de amostragem de amostras inadequadas ou de bolhas nas amostras, ou substâncias interferentes ) (1)(2)(3). Métodos de eletrodos podem ser afetados por agentes de superfície tais como álcool ou outros compostos usa- Estudo do Caso Clínico dos como desinfetantes de pele ou por agentes de superfície de outras fontes, tais como superfícies de cateteres (3). Felizmente, uma bem treinada equipe de laboratório pode detectar muitos desses erros antes de relatar os resultados repetindo as análises, comparando o valor atual com resultados anteriores, e avaliando outros resultados de testes para a mesma amostra. Recoleta da amostra pode ser necessária. Nesse caso, a osmolalidade muito baixa independentemente apoia a grave deficiência eletrolítica. Os valores da albumina e hemoglobina sugerem que nenhuma diluição substancial da amostra ocorreu. Fig. 1 indica a análise de amostras adicionais que mais adiante exclui hiponatremia fictícia. Afetando mulheres mais frequentemente do que homens, síndrome poliglandular autoimune do tipo 2 é um distúrbio poligênico com início na infância ou começo da idade adulta; ela é caracterizada por insuficiência adrenal primária ou autoanticorpos adrenais mais ainda doença da tireóide autoimune ou diabete do tipo 1 (4). Visto que insuficiência ad-renal primária tipicamente envolve destruição da glomerulosa adrenocortical e fasciculada, medição da renina e aldosterona teria sido de interesse nesse caso. Agradecimentos Contribuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a) contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b) rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo publicado. Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Nenhum autor declarou qualquer potencial conflito de interesse. Papel do Patrocinador: As organizações patrocinadoras não desempenharam papel algum no design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito. © 2009 The American Association for Clinical Chemistry Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico Referências 1. Zweig MH, Glickman J, Csako G. Analytical interference caused by incompletely clotted specimens. Clin Chem 1994;40:2325-2326. 2. Narayanan S, Guder WG. Preanalytical variables and their influence on the quality of laboratory results. J IFCC 2001;13:1-4. 3. Koch TR, Cook JD. Benzalkonium interference with test methods for potassium and sodium. Clin Chem 1990;36:807-808. 4. Eisenbarth GS, Gottlieb PA. Autoimmune polyendocrine syndromes. N Engl J Med 2004;13;350:2068-2079. Comentário Robert Richardson Afiliações dos Autores Toronto General Hospital, Toronto, ON, Canada. Envie correspondência para o autor para: Toronto General Hospital, 200 Elizabeth St., Toronto, ON, Canada. Fax 416340-4999; e-mail [email protected]. Pacientes com hiponatremia crônica possuem a vasopressina atuando no rim, causando retenção de água e diluição do sódio no fluido extracelular. Em levantamentos de pacientes hospitalizados com hiponatremia, o estímulo para secreção da vasopressina é o baixo volume circulante efetivo via o baroreceptor em cerca de dois terços dos pacientes. Um terço remanescente possui uma variedade de estímulos para secreção da vasopressina, incluindo cirurgia, náusea, hpotireoidismo, insuficiência adrenal, e SIADH. Embora exame físico seja com frequência extremamente útil na detecção de sinais de volume circulante efetivo alterado (tais como edema, ascite, hipotensão, e pressão venosa jugular anormal ), exame físico não é confiável em uma siginificativa proporção de pacientes. A concentração de sódio urinário é uma ajuda diagnóstica crítica no diagnóstico diferencial. Ela deve ser baixa (<30 mmol/L) com volume circulante efetivo reduzido, porque fatores que retêm o sódio, incluindo angiotensina II, catecolaminas, o sistema nervoso simpático, e aldosterona, são ativados e estimulam a reabsorção do sódio tubular renal. Quando a concentração de sódio urinário está alta, como nesse caso, SIADH deve ser fortemente considerada. Essa regra tem 2 importantes exceções, entretanto. A primeira é o uso diurético, que pode causar liberação da vasopressina mediada pelo baroreceptor através do volume circulante efetivo reduzido com uma alta concentração de sódio urinário. A segunda é a insuficiência adrenal, na qual deficiência de cortisol ou aldosterona pode levar à secreção de vasopressina. Sódio urinário está alto por causa da deficiência de aldosterona. Insuficiência adrenal deve sempre ser excluída em casos de grave hiponatremia, porque as clássicas características clínicas e bioquímicas podem não estar presentes. Agradecimentos Contibuições dos Autores: Todos os autores confirmaram que eles contribuíram para o conteúdo intelectual desse paper e satisfizeram os 3 seguintes requisitos: (a)contribuições significantes para a concepção e design, aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; (b) Clinical Case Study Estudo do Caso Clínico rascunhando ou revisando o artigo para conteúdo intelectual; e (c) aprovação final do artigo publicado. Revelações dos Autores de Potenciais Conflitos de Interesse: Nenhum autor declarou qualquer potencial conflito de interesse. Papel do Patrocinador: As organizações não desempenharam papel algum no design do estudo, escolha dos pacientes inscritos, revisão e interpretação dos dados, ou preparação ou aprovação do manuscrito. © 2009 The American Association for Clinical Chemistry “This article has been translated with the permission of AACC. AACC is not responsible for the accuracy of the translation. The views presented are those of the authors and not necessarily those of the AACC or the Journal. Reprinted from Clin Chem, 2009; 55: 11 1905-1908, by permission of AACC. Original copyright © 2008 American Association for Clinical Chemistry, Inc. When citing this article, please refer to the original English publication source in the journal, Clinical Chemistry.” “Este artigo foi traduzido com a permissão da AACC. AACC não é responsável pela acurácia da tradução. Os pontos de vista apresentados são aqueles dos autores e não necessariamente os da AACC ou do Jornal. Reimpresso da ClinChem, 2009; 55: 11 1905-1908, por permissão da AACC. Cópia original © 2008 American Association for Clinical Chemistry, Inc. Quando citar este artigo, por favor refira-se à fonte de publicação original em inglês na revista,Clinical Chemistry.”