UMA ABORDAGEM SOBRE O DESENVOLVIMENTO PSICOEDUCACIONAL EM MATEMÁTICA DO ALUNO COM TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE Marcio Virginio da Silva – e-mail: [email protected] Assis Chateaubriand - Paraná Adan Santos Martens – e-mail: [email protected]; Instituição de Ensino: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel - Paraná. Toledo - Paraná Resumo: Quando uma criança é diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, ela tem comumente em seu histórico escolar anotações de desatenção, inquietude, baixo rendimento e reprovação. Assim, como professores que atuantes da área, buscou-se conhecimento que pudesse auxiliar no atendimento a alunos com TDAH, uma vez que necessita compreender melhor o transtorno e suas especificidades para a aprendizagem da matemática. Portanto, a presente pesquisa teve como objetivo compreender aspectos relevantes acerca do desenvolvimento e aprendizagem escolar da criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, visando o papel do professor nas dificuldades na matemática. Para tanto, pautou-se numa pesquisa bibliográfica, por meio da análise e fichamento de livros, periódicos e banco de dados, no sentido de confrontar teorias diferentes para uma melhor compreensão do tema. No caso do aprendizado de matemática existe a necessidade de atenção, concentração e memorização, levando a ter dificuldades para estabelecer relações, generalizações e conclusões, deixando de ser motivante e pouco significativa para seu ensino, necessitando de conhecimento e práticas diversificadas. Os resultados demonstram a necessidade de um processo que envolva os pais, os alunos, a escola e a sociedade, num plano onde todos devem desempenhar seu papel. Palavras-chave: TDAH, Matemática, Escola-Família-Aluno. 1 INTRODUÇÃO Quando uma criança é diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, ela tem em seu histórico escolar reclamações de desatenção, inquietude, baixo rendimento e reprovação. Assim, como professores atuantes da área, buscou-se conhecimento que pudesse auxiliar no atendimento a alunos com TDAH, uma vez que necessita compreender melhor o transtorno e suas especificidades para o ensino e aprendizagem da matemática. Existem vários esforços na área médica, psicológica e psicopedagógica com investigações acerca do TDAH que pairam muitas dúvidas sobre como este aluno aprende e quais os mecanismos necessários para uma aprendizagem significativa de Matemática, podendo ser o tratamento medicamentoso e/ou terapêutico com encaminhamentos metodológicos diferenciados que podem melhorar a atenção, concentração e autonomia na resolução de atividades de Matemática. Nessa perspectiva, o presente estudo tem a finalidade de pesquisar encaminhamentos metodológicos que podem colaborar para o ensino de matemática em crianças com TDAH, a partir do seguinte questionamento: Quais aspectos do TDAH inferem nas dificuldades de aprendizagem em matemática? O estudo justifica-se por encontrar crianças no cotidiano da escola com desatenção, hiperatividade e impulsividade. Essas características podem ocorrer de forma intensa e persistente em cada indivíduo, podendo causar grandes indícios de que este pode sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Nesse sentido, torna-se relevante compreender o TDAH a partir da definição, etiologia, diagnóstico, formas de reconhecê-lo e abordá-lo na escola, bem como sua relação com a Matemática, uma vez que este estudo tem sido abordado por médicos, psicólogos, psicopedagogos e profissionais que atuam na área social. Sabe-se que os alunos com TDAH possuem dificuldades principalmente no autocontrole, trazendo sérios prejuízos no funcionamento dos indivíduos, assim todo estudo pode colaborar para a compreensão de comportamentos que estão presentes no cotidiano escolar. Assim, como a disciplina de Matemática necessita de atenção, concentração e memória, os alunos com TDAH demonstram dificuldades para estabelecer relações, generalizações e conclusões, deixando de ser motivante e pouco significativa para seu ensino, necessitando de conhecimento e práticas diversificadas. Portanto, a presente pesquisa tem como objetivo compreender aspectos relevantes acerca do desenvolvimento e aprendizagem escolar da criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, visando o papel do professor nas dificuldades na matemática. Para tanto, pauta-se numa pesquisa bibliográfica, através da análise e fichamento de livros, periódicos e banco de dados, no sentido de confrontar teorias diferentes para uma melhor compreensão do tema. 2 COMPREENDENDO O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) O TDAH é um transtorno de desenvolvimento que afeta uma população de crianças de 3 a 6%, se mantendo na vida adulta em mais da metade dos casos, segundo Rohde et al (2003), sendo mais frequente em meninos. Barkley (2002) diz que as características básicas do TDAH estão na desatenção, hiperatividade a impulsividade, variando em menor ou maior grau. Não se trata apenas de uma questão de estar desatento ou hiperativo, muito menos de um estado temporário, uma fase normal da infância. Também não é falta de disciplina ou controle parental, nem algum tipo de maldade da criança. Estudiosos faziam pouca referência sobre a hiperatividade e a dificuldade de ficar parado e ter atenção, pensando que os distúrbios apareciam de forma diferente na infância, na adolescência, colocando desta forma a culpa da agitação e desatenção nela mesmo segundo Antunes (2001). Porém, com a origem de estudos sobre a desatenção e hiperatividade, com o aprofundamento do estudo passou a chamar de déficit de atenção, sendo incluída no CID – 9 no ano de 1975. Nos anos 80 com novos recursos como tomografia, ressonância e outros exames mostraram as múltiplas disfunções cerebrais, colaborando desta forma, no diagnóstico e surgindo em vários idiomas a nomenclatura de DDA - Deficiência de Déficit de Atenção, DHDA - Distúrbio da Hiperatividade com Déficit de Atenção, ou ainda TDAHI e hoje utilizase TDAH - Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Antunes (2001) diz que a nomenclatura não tem relevância, mas o problema está no diagnóstico e eliminação da excessiva culpa e responsabilidade que todos colocam na criança sem entender as questões de desatenção, agitação, descontrole emocional, impulsividade e excitação. Segundo o DSM – IV o TDAH é definido como uma síndrome neuro comportamental com sintomas classificados em três categorias: desatenção, hiperatividade e impulsividade. De acordo com Rotta et al. (2006) caracteriza-se por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado para a idade, levando a distúrbios motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais. Rohde et al. (2003) diz que os fatores que podem estar relacionados ao TDAH está relacionado a presença de comorbidade, ou seja, estabelece uma relação do TDAH com algum outro transtorno ou fator, dificulta o prognóstico. Pode estar relacionado com algum transtorno de aprendizagem, podendo ser a dislexia, disgrafia ou discalculia, Transtorno de linguagem, Epilepsia, Transtorno Desafiador de Oposição, Transtorno de Conduta, Transtorno do humor, abuso de substâncias psicoativas, depressão, TAB Transtorno Afetivo Bipolar, Transtorno de Ansiedade, Enurese, ou até mesmo Transtorno de Tiques. Barkley (2002) diz que a investigação genética sugere hereditariedade dos pais que apresentam TDAH, sendo mais propensos a ter crianças com o mesmo transtorno. Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. O risco é de 13-17% para meninas e 27-30% para meninos. As razões podem estar na genética do próprio sexo masculino, que pode apresentar maiores riscos biológicos associados. Do ponto de vista fisiopatológico, os sintomas do TDAH são originados por disfunções no funcionamento cerebral (ROHDE et al., 2003). O déficit central seria uma falha na inibição comportamental, e, como consequência, nas demais funções executivas. A maioria das crianças com dificuldades de aprendizagem não tem uma história de lesão cerebral. Outros fatores parecem ter associação, mas não uma relação de causa e efeito. A nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção (ABDA, 2013). Problemas familiares não causam TDAH, mas podem agravá-lo. A ideia de que problemas familiares como alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo poderiam ser a causa do TDAH nas crianças está sendo refutada. As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais). Várias outras causas já foram levantadas, mas foi comprovado cientificamente que não há relação, tais como: corante amarelo, aspartame, deficiências vitamínicas e hormonais e até mesmo que a exposição à luz artificial teria efeito. 3 TDAH E A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM Ao falar do TDAH, torna-se relevante entender as questões dos problemas de aprendizagens, onde ela pode ser natural (de percurso) ou secundária a determinadas patologias (ROHDE et al., 2003). As dificuldades naturais são oscilações no rendimento escolar relacionadas a aspectos evolutivos do aluno ou decorrentes de metodologia inadequada, de padrões de exigência da escola, de falta de assiduidade do aluno e de conflitos familiares eventuais. Já nas dificuldades secundárias, as alterações de aprendizagem são consequência de outros quadros que podem ser detectados e que atuam primariamente sobre o desenvolvimento humano normal e secundariamente sobre as aprendizagens específicas (ROHDE et al., 2003, p. 17). Nem todo indivíduo com TDAH apresenta dificuldades na aprendizagem. As dificuldades atencionais podem ser compensadas pelo uso de um bom potencial intelectual, interesse pelo conhecimento e condições didáticas adequadas. Os transtornos de aprendizagem compreendem inabilidades específicas. Tanto a CID-10 e o DSM-IV tem descrições muito parecidas do conceito de transtornos de aprendizagem. Ambos reconhecem três tipos: de leitura, escrita (ou soletração) e habilidades matemáticas. Então, o TDAH entraria como uma comorbidade dos transtornos de aprendizagem, e não como tal. O fato é que há um maior comprometimento no funcionamento do indivíduo quando apresenta comorbidade do que quando apenas o TDAH está presente. 4 TDAH E A APRENDIZAGEM MATEMÁTICA Ensinar matemática para os alunos com TDAH torna-se um desafio, uma vez que a matemática é utilizada todos os dias no cotidiano, muitas vezes os alunos aplicam conceitos, porém não percebem. Neste caso, demonstram-se alguns exemplos como Baixo (2012, p. 01) coloca: O cálculo do tempo de viagem, descobrir mudança correta, deixar uma gorjeta para um garçom, despesas orçamentárias, ingredientes medida para cozinhar, resolver o quanto de desconto chegaremos em um item durante a venda - estamos usando conhecimentos matemáticos. Para muitas pessoas, no entanto, a matemática nem sempre vem facilmente. Conforme Baixo (2012), a resolução de problemas é um processo que pode tornar frustrante por crianças com Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH, pois eles tendo a ter as taxas elevadas de dificuldades no aprendizado de matemática por apresentar sintomas de; [...] desatenção, inquietude e impulsividade, variando de brando a grave e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. A Hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança (ABADA, 2014, p. 02). O TDAH não se apresenta como um tipo de deficiência na matemática, porém as dificuldades apresentadas e detectadas nos primeiros anos escolares acompanharão as habilidades matemáticas até a vida adulta podendo comprometer o aprendizado da matemática devido à falta de atenção e concentração. Baixo (2012) indica que o estágio inicial da aprendizagem do aluno com TDAH na matemática está na correspondência aos números, pois deverá memorizar simples fatos de matemática, regras e vocabulários e na sequência deve ser capaz de recordar esses fatos aprendidos de memória muito rapidamente. Segundo Levine (2001), a matemática é cumulativa, ela deve ser construída pelo estudante numa relação sobre o que ele tenha aprendido anteriormente e o aprendizado subsequente, pois as tarefas se tornam complexas, porém quando o aluno não consegue estabelecer esta relação, torna-se um perigo para o aprendizado e ao mesmo tempo as crianças com TDAH possuem essas percas pela sua condição. Assim, [...] as tarefas de matemática se tornam mais complexas, o aluno deve ser capaz de reconhecer padrões e recuperar automaticamente a tabuada e as regras a fim de resolver rapidamente os passos do problema. Trabalho deficiências de memória, sendo comum para alunos com TDAH e podendo impedir a capacidade do aluno para fazer isso. Déficits na memória de trabalho tornam difícil para um estudante para armazenar informações em mente e manter o controle dessas informações durante a realização das várias etapas envolvidas em muitos cálculos matemáticos (LEVINE, 2001, p. 17). Especialistas em TDAH indicam que a grande preocupação está no que pode causar o TDAH e não nas suas consequências, por isso, A aprendizagem da matemática para o adulto é relativamente fácil, mas para as crianças é tão complexa como as tarefas aparentemente simples, neste caso, quando há necessidade de memorizar a tabuada ou trabalhar um problema de matemática, ele deverá mover fluidamente e para trás entre habilidades analíticas e vários níveis de memória como de trabalho, de curto prazo e longo prazo. Com problemas de palavra, ele deve manter vários números e perguntas em mente enquanto decide como trabalhar um problema. Seguindo deve mergulhar na memória de longo prazo para encontrar a regra matemática correta de usar para o problema. Então, deve manter fatos importantes em mente enquanto ele aplica as regras e informações turnos de ida e volta entre o trabalho e a memória de curto prazo para trabalhar o problema e determinar a resposta (DENDY, 2008, p. 23). Dendy (2008), diz que para aprender matemática o aluno precisa de atenção sustentada, para memorizar os fatos e sequências de passos para a auto monitorização e controle das respostas, para os alunos com TDAH isso tornar-se difícil, pois lutam com o foco e perdem com rapidez o caminho a ser seguido para entender os elementos da matemática. Baixo (2012) diz que os problemas de atenção também podem impedir sobre a velocidade em que o aluno é capaz de mover-se através de cálculos matemáticos, resolver informações irrelevantes, e seguir os procedimentos de várias etapas. Para os alunos com TDAH que tendem a ter uma velocidade mais lenta de processamento pode levar muita energia apenas para obter através de problemas e certamente afeta problema de matemática resolvendo performance. Neste caso, a resolução de problemas de matemática exige precisão, atenção aos detalhes e ainda devem seguir instruções e planejamento de forma organizada e sequencial. A apresentação de comportamento inquieto pode levar a não prestar atenção devido às decisões impulsivas, na qual apressa a resolução de problemas, a falta de coordenação motora final afeta também as habilidades de escrita e que resultam erros na matemática. 5 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM MATEMÁTICA E O PAPEL DO PROFESSOR JUNTO AO ALUNO COM TDAH Felix (2006) apresenta que a criança com TDAH, tem baixo rendimento no que se refere ao aprendizado de matemática, sendo uma das principais disciplinas que sinalizam para o fracasso escolar. Dado o entendimento de que as crianças com TDAH, previamente diagnosticadas por psicopedagogos, neurologistas e psicólogos que apresentam distúrbios ou não de aprendizado, mas que mantêm visíveis alterações de comportamento, diferenciando-se dentro do contexto escolar das outras crianças ditas “normais”. Assim, surge uma primeira dificuldade, uma vez que o diagnóstico de TDAH é caracterizado pelos aspectos apresentados na quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) da Associação Psiquiátrica Americana (APA), Bastos (2003) indica que para diagnosticar o quadro clínico torna-se preciso associar a TDAH a alterações do metabolismo cerebral. Porém, no manual Félix (2006) salienta que ele não pode ser apontado como o único documento para o diagnóstico, podendo haver controvérsias no diagnóstico, inclusive estudos indicam que há estudiosos que também tem dificuldade na argumentação, fazendo com que tomem somente um estudo como referencia e apresentando desvios de conduta como padrão de normalidade. A partir deste enfoque as crianças passam apresentar outras formas de distúrbio de aprendizagem como dislexia, discalculia, disgrafia, problemas sociais e de comportamento e quando associado a outras formas de comportamentos inadequados, passam a não apresentar o aprendizado satisfatório em matemática, faltando atenção, concentração e hiperatividade, segundo Sucupira (1985). Felix (2006) afirma que o aprendizado de Matemática não é linear e, segundo ele, a não linearidade significa que um conteúdo não aprendido em determinada fase pode ser estudado posteriormente, sendo possível ficar uma lacuna deixada. De forma geral, o ensino de matemática deve ser considerado como o estudo da quantidade, espaço, número e forma. Porém, a matemática precisa ser entendida como uma ciência exata, que comprova e verifica de forma regular as descobertas de outras ciências. Assim, para o aprendizado da matemática, torna-se relevante entender que necessita do pleno funcionamento da inteligência humana, desenvolvido desde os primeiros anos de vida, como indicado por (PIAGET, 1978 apud FELIX, 2006). Assim, a partir desta aproximação os seus fenômenos devem ser comprovados empiricamente, devendo ter raciocínio hipotético dedutivo e devem buscar respostas aos problemas, por meio de provas consistentes que comprovam as teorias. Neste caso, crianças com TDAH, podem ter dificuldades ou não, podendo de forma errada ser indicados como aqueles com discalculia ou dislexia. Este fato pode ocorrer a partir do momento em que o aprendizado torna-se insuficiente e há alteração nos problemas comportamentais, levando o aluno a apresentar uma atitude negativa diante da disciplina de matemática. Para Bastos (2003), uma criança hiperativa possui uma capacidade de abstração muito grande, que leva a um potencial intelectual e criativo bastante elevado. Ela cria um paradoxo: por sua natureza dedutivo-axiomática, onde a Matemática necessita de um campo abstrato e investigatório para se desenvolver em qualquer indivíduo, isso sem levar em consideração as idades de cálculos concretos e abstratos pelas quais as crianças passam ao longo do seu desenvolvimento. Assim, torna-se inadequado afirmar que a criança com TDAH pode não apresentar requisitos básicos para o aprendizado de matemática ou ter insucesso na disciplina de matemática. Todavia, um “bom” raciocínio abstrato e capacidade lógica não são suficientes para garantirem sucesso, não por conta das estruturas cognitivas do sujeito, e sim porque a Matemática, não se pode negar, exige boa memória, capacidade de abstração, um certo nível de concentração e dedicação aos estudos. Sendo assim, os problemas de memória que parecem surgir em atividades rotineiras, podendo ser exemplificados por esquecimentos de objetos ou informações importantes para a execução de alguma atividade, elementos estes que podem prejudicar a aprendizagem matemática das crianças com TDAH. Flick citado por Bastos (2003) ressalta que a inconsistência e as flutuações no comportamento, ora apresentando-se de uma forma, ora de forma oposta, frequentemente presentes em indivíduos com TDAH, também podem prejudicar seu aprendizado. Geralmente, um dos principais transtornos que afetam o aprendizado da Matemática é a discalculia, a qual não é relacionada à ausência de habilidades matemáticas básicas, como contagem, e sim, à forma com que a criança associa essas habilidades ao mundo que a cerca (BASTOS, 2003). A aquisição de conceitos matemáticos e outras atividades que exigem raciocínio são afetadas neste transtorno, cuja baixa capacidade para manejar números e conceitos matemáticos não é originada por uma lesão ou outra causa orgânica. Normalmente, a dificuldade de aprendizagem matemática é encontrada em combinação com o transtorno da leitura ou Transtorno da Expressão Escrita e tais domínios não estão diretamente relacionados à TDAH. Não existe uma causa única e simples que possa justificar as dificuldades com a Linguagem Matemática, as quais podem ocorrer por falta de habilidade para determinação de razão matemática ou pela dificuldade em elaboração de cálculo matemático. Essas dificuldades estão atreladas a fatores diversos, podendo estar vinculadas a problemas como o domínio da leitura e/ou da escrita, que afetam a compreensão global de um texto ou problema, bem como o próprio processamento da linguagem (LUCZYNSKI, 2003). É complicado dizer que a criança com TDAH não pode aprender matemática, relacionado com transtorno e aprendizagem de matemática. Todavia, devem ser observado que o TDAH é vista como uma disfunção que causa dificuldades na aprendizagem, inclusive na aprendizagem de matemática, podendo ser propensa a não absorver todos os conteúdos apresentados em matemática. Esse trabalho não pretende se debruçar sobre como proceder ao diagnostico e propuser método interventivo aos professores, sobre isto há na literatura trabalhos que podem contribuir para este processo (SILVA, 2011). 6 PAPEL DO PROFESSOR E A CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA Toda criança necessita de apoio e acompanhamento, porém as crianças com TDAH e dificuldades de aprendizagem precisam de uma atenção especial, uma vez que o papel dos pais está em buscar orientação e apoio, preparando-os para lidar com as dificuldades. Neste caso, aparecem livros e programas de treinamento que ensinam pais a utilizar estratégias para lidar com problemas comportamentais decorrentes do TDAH. Uma das ações dos pais está na compreensão uma vez que a criança com TDAH pode demorar mais para fazer as mesmas atividades que uma criança normal. Outros aspectos que podem ajudar é fazer lembretes e listas de tarefas a cumprir e estabelecer uma programação de estudos. Os pais devem reforçar várias vezes os comportamentos que desejam que o filho tenha. Os pais devem tomar cuidado para não adotarem papéis opostos. Brown (2007) afirma que muitas vezes ocorre de entre os pais ter o papel do “cobrador” e o do “afável demais”. Isto pode acabar desviando da tarefa de decidirem juntos quando devem ser mais flexíveis e quando devem ser mais compreensivos e gerar calorosas discussões que acabam fugindo do foco. A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2011) recomenda recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito. As pessoas com TDAH tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo. Na escola, Rohde et al (2003) diz que a intervenção da escola no aluno com TDAH, é interessante tratar de algumas questões que afetam o desempenho e a adaptação escolar desse aluno, sendo: o atual sistema educacional brasileiro; as implicações educacionais e o rendimento escolar do aluno com TDAH; o papel e a função da escola e do professor no processo de identificação e manejo de crianças com TDAH no sistema educacional. Muitos pais imaginam que a escola tem algum tipo de atendimento próprio para esses alunos hiperativos e desatentos. Porém, esses alunos têm um potencial de aprendizagem igual ao de crianças normais, portanto, não há necessidade de uma escola exclusiva para eles, ainda mais numa época em que se luta tanto pela inclusão, isso não faria sentido. Eles precisam desse convívio social com colegas de mesma idade e também aprender a lidar com regras, pois de certa forma a escola representa, em pequena escala, a sociedade em que irão viver na fase adulta (ROHDE et al., 2003). Apenas pequenas intervenções no ambiente e no currículo são necessárias para alcançar o sucesso. Para escolher a melhor escola para esses alunos, os pais devem levar em conta aquela que complementar a educação recebida em casa e que proporcione os mesmos valores. A escola que melhor atende as necessidades dos portadores de TDAH é aquela cuja maior preocupação esteja em desenvolver o potencial de cada um, respeitando diferenças individuais, reforçando pontos fortes e auxiliando na superação dos pontos fracos (ROHDE et al., 2003, p. 3). O conhecimento que a escola tem a respeito de TDAH deve ser verificado. Se não existir ou for insuficiente, verificar se ao menos há disposição para aprender e auxiliar de maneira adequada, permitindo certas adaptações na estrutura. O ambiente deve ter o mínimo de distrações possível como barulho, música, cores, murais de avisos com muitas informações. No caso dos professores, ele tem papel fundamental no processo de aprendizagem. É ele quem mais facilmente irá perceber um problema de atenção ou aprendizagem no aluno. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2011), o professor deve tentar responder as seguintes perguntas: Qual é a dificuldade mais importante do aluno com TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno? Conseguindo responder essas perguntas, o professor poderá criar melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula. A partir do momento em que o professor toma conhecimento das dificuldades pelas quais passa a família de uma criança com TDAH, é provável que comece a entender a atitude dos pais. Assim como os pais podem sensibilizar-se com a situação dos professores. Essa compreensão tem por objetivo firmar uma parceria, uma ampla colaboração entre pais e professores. A comunicação diária é importante para troca de experiências; é muito útil um instrumento de comunicação escrita para ajudar a entender a situação, assim os professores podem relatar o que acontece na escola para os pais e vice-versa. Uma das maiores dificuldades do aluno com TDAH é o dever de casa. O professor deve lembrar que esse aluno pode demorar de três a quatro vezes mais para fazer suas tarefas (ROHDE et al., 2003). É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não exceda seu limite. Deve-se ter em mente que a lição de casa tem por objetivo revisar e praticar o que foi aprendido em sala, e não ser utilizada como castigo por mau comportamento. Envolver os demais alunos da sala proporciona um bom convívio. É importante deixá-los esclarecidos do problema do colega para que possam compreender melhor suas dificuldades. Eles podem ajudar no reforço de instruções, e dessa forma acabam ajudando no aprendizado de toda a turma. Atividades demandem mais atenção contínua por um período maior e tempo devem ser feitas no início da aula, como por exemplo, as provas. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO, 2011). 7 ALGUMAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES Rodrigues et al (2010) diz que para o trabalho com o aluno que apresenta TDAH, deve identificar três aspectos básicos e inter-relacionados no contexto-comportamentoconsequência. Torna-se comum que comportamentos inusitados chamem a atenção das pessoas que os observam, tais como: agressão física, ofensas, desobediência, são comportamentos que costumam provocar mudanças significativas no ambiente de sala ou na escola e, por isso, é comum que haja uma espécie de sobrevalorização dos mesmos. Neste sentido, se faz necessário primeiramente identificar o contexto em que tais comportamentos ocorrem em sala de aula, a exemplo: quando a professora está ausente; anotando algo no quadro; quando os alunos estão trabalhando em pequenos grupos etc. Esta primeira constatação dará indicativos seguros acerca dos contextos específicos em que determinados comportamentos ocorrem. Uma segunda perspectiva está no comportamento propriamente dito, procurando responder: com que frequência, intensidade e de que forma ele ocorre? A identificação das consequências imediatas dos atos praticados. Por exemplo, se, ao ameaçar os colegas, o aluno consegue o que queria, provavelmente a estratégia de ameaçar estará sendo "premiada" e, portanto, se repetirá frequentemente. Dessa forma, é importe identificar o que ocorre imediatamente após um determinado comportamento considerado inaceitável. Às vezes, até o silêncio da professora pode ser um “prêmio” para o aluno ou mesmo retirar o aluno da sala pode ser, para ele, algo vantajoso. A atenção recebida é um fator fundamental para a perpetuação das ações, mesmo que esta atenção seja “negativa”. Um pai, por exemplo, que sempre está distante do filho, mas que se aproxima dele unicamente nos momentos em que considera que o filho faz algo "errado" e grita com ele, pode, sem querer, premiá-lo com sua atenção e o filho pode aprender que agindo "mal" consegue a atenção do pai. Assim, um primeiro conjunto de ações é observar, registrar e descrever contextos, ações e consequências a fim de se ter uma espécie de mapeamento. Isso nos dará condições de verificar, inclusive, se determinadas consequências para o comportamento estão mantendo o comportamento, ao invés de eliminá-lo. Uma das ações para colaborar com o aluno de acordo com Rodrigues et al (2010) reportase a realização pela escola de reuniões entre coordenação e professores a fim de traçar metas, sendo um momento fundamental para se tomar decisões importantes, tendo em vista que a principal meta é auxiliar o aluno. Diversas medidas podem e devem ser tomadas a depender de cada caso. Outro serviço de apoio é o Atendimento Educacional Especializado1, previsto e regulamentado em legislação própria em que alguns sistemas de ensino permitem que os alunos sejam atendidos no contraturno escolar pelas Salas de Recursos Multifuncionais, que dispõe de equipamentos e professor especializado em Educação Especial, sendo este serviço oferecido na rede pública de ensino, mas que as instituições de inciativa privada também devem oferecer algo similar. Dentre as ações comumente implantadas pela escola em relação ao aluno com TDAH, estão: Convocar os responsáveis pelo aluno para um encontro no qual será exposta a situaçãoproblema. Os pais e responsáveis devem se sentir acolhidos pela escola e nunca devem se sentir acusados, pois tal sentimento geraria uma barreira de comunicação e um provável afastamento. Importa, pois, estabelecer um vínculo positivo, respeitoso e acolhedor. Existe a possibilidade de encontrar pais que negarão ou não aceitarão a existência de qualquer problema no filho; também há pais que se surpreenderão com as informações; enfim, são variadas as reações. O fundamental é que a escola lembre que é sempre muito delicado ouvir a respeito de comportamentos negativos dos próprios filhos. O momento, portanto, é de acolhimento e não de acusação, é de parceria e não de disputas. É uma excelente oportunidade de coletar 1 O Atendimento Educacional Especializado é previsto desde a Constituição Federal de 1988 sendo destinado à pessoa com deficiência. Também apresenta-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996. informações fundamentais, que poderão ajudar a esclarecer o caso e a tomar medidas mais acertadas. Rodrigues et al (2010) diz que a escola deve buscar o assessoramento de profissionais especializados no atendimento a criança com TDAH, e acrescenta ser fundamental que os diversos agentes educacionais, na escola, entrem em acordo acerca de como proceder em cada caso. Quais medidas deverão ser tomadas, como, quando e por quem será o aluno encaminhado a setores extra sala de aula etc, são decisões que devem ser tomadas em conjunto e devem estar muito claras. Mas, sobretudo, devem ser seguidas por todos a fim de que o ambiente educacional apresente-se coerente. Todas as medidas devem ser educativas e, de preferência, sob a orientação de profissionais que lidam com o caso. Nesse âmbito, é fundamental que a escola não tome para si a responsabilidade de solucionar o caso. Notemos que se o caso tratar-se de um simples problema disciplinar em sala de aula, evidentemente a escola, os professores são responsáveis pela situação. Mas, no caso de problemas graves, como o transtorno de conduta, TDAH, dentre outros, não cabe à escola tão somente a responsabilidade. Ela deve ser coadjuvante no atendimento ao aluno, ou seja, deve ser mais um setor envolvido no esforço de ajudar o indivíduo em sofrimento. Os professores, Rodrigues et al (2010) diz que o professor ter, em sala de aula, um aluno com graves problemas emocionais ou com deficiências, não é uma situação tranquila para o professor. Frequentemente este irá se sentir desamparado, perdido ou angustiado, sem saber como agir ou agindo de forma a agravar ainda mais o problema, mesmo sem o querer. É comum, que professores desenvolvam defesas, tornem-se amedrontados, estressados, pois se sentem impotentes para lidar com a situação. A escola precisa olhar com muito carinho e atenção para professores que têm alunos especiais. É preciso ouvi-los em suas angústias e oferecer orientação e assessoramento adequado. Não é o professor o maior responsável e sim a escola como um todo. O professor, porém, por estar na linha de frente, acaba sendo requisitado mais e, em torno dele, são geradas altas expectativas que ele, comumente, não está preparado para satisfazer. Cabe à escola buscar assessoria de profissionais que possam orientar o professor acerca do que e de como fazer diante de situações delicadas como alunos com TDAH e transtorno de conduta. Feitas essas considerações gerais, que podem ser aplicadas a diversos casos, o atendimento psicoterápico sugere que as crianças sejam acompanhadas por psicopedagogo e psicólogo em processo de psicoterapia e que esta seja estendida a seus responsáveis e adultos que convivem diariamente em casa. Por outro lado, os responsáveis em casa poderão se beneficiar através do aumento de conscientização e engajamento na busca de padrões de conduta em casa que sejam coerentes e estáveis, além de aprenderem estratégias de manejo de estresse, muito comum em familiares de pacientes com transtorno de conduta e hiperatividade e o aprendizado. Aproximação família-escola segundo Rodrigues et al (2010) sugere que os responsáveis sejam convidados a encontros periódicos na escola; inicialmente, encontros quinzenais, em seguida, encontros mensais e, finalmente, encontros a cada três meses. Tais encontros visam ao estreitamento de laços entre escola e família, à atualização de informações, a acordos de cooperação quanto às medidas a serem adotadas etc. Os encontros devem ocorrer, preferencialmente, entre coordenação, professor e responsáveis. Portanto, considera-se que os encontros sejam registrados em caderno próprio. Espera-se que a presença dos responsáveis na escola possa ter, como efeito a percepção de que é querido e de que escola e família estão do mesmo lado e, portanto, tornam-se referências importantes em sua vida. Estabelecimento de rede de relações escola-família-profissionais especializados, Rodrigues et al (2010) sugere que a escola mantenha um diálogo constante com os profissionais próximos aos alunos a fim de dirimirem dúvidas acerca das condutas a serem tomadas em caso de recidiva ou agravamento da situação. Igualmente é importante que esse diálogo seja estendido aos pais. Quanto mais coerentes e em acordo forem as iniciativas, tanto mais eficazes as ações. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS A compreensão sobre o TDAH é complexo, principalmente, quando se diz em relação ao diagnóstico, podendo haver discrepância entre os manuais de diagnóstico e o que médicos e demais profissionais indicam em seu diagnóstico. Ao relacionar o TDAH com a aprendizagem matemática torna-se relevante entender a existência de que a dinâmica das aulas pode contribuir ou não para o desenvolvimento do aprendizado dos alunos mais agitados e desatentos, sendo muito prejudicado. O TDAH pode receber ajuda para o diagnóstico dos pais, profissionais e escola, além dos profissionais médicos, que analisam os critérios do diagnóstico do DSM – IV, podem funcionar como instrumento de avaliação inicial indicando o grau de comprometimento funcional dos sintomas que indicam o TDAH. Percebe-se que o comportamento do TDAH pode comprometer os alunos e seu aprendizado, podendo analisá-lo a partir das relações interpessoais, sendo um dos obstáculos desse transtorno. Todavia, quando recebem o atendimento mais próximo junto ao professor o aprendizado torna-se capaz e desenvolver as atividades propostas. Portanto, quando há o TDAH e a aprendizagem de matemática, torna-se relevante conhecer a criança e obter aspectos relevantes do aluno sobre os problemas observados. Em relação ao ensino de matemática, torna-se relevante observar os conceitos específicos da disciplina, observando o comportamento e o aprendizado, onde certos comportamentos pode dificultar a apreensão de conteúdo, devendo realizar um estudo de caso e posteriormente plano pedagógico acompanhado de monitoramentos e avaliações deste plano para reorganização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABDA. Associação Brasileira do Déficit de Atenção. TDAH e Escola. Disponível em: <www.tdah.org.br>. Acesso em: abr, 2014. ANTUNES, C. Miopia da atenção: problemas de atenção e hiperatividade em sala de aula. São Paulo: Salesiana, 2001. BAIXO, K. TDAH e a matemática. (2012). Disponível em http://add.about.com/od/schoolissues/a/Adhd-And-Math-Skills.htm. Acesso em: abr 2014. BARKLEY, R. A. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia completo para pais, professores e profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2002. BASTOS, F.L. e BUENO, M. C. Diabinhos: Tudo sobre Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. (mimeo). (2003). Disponível em http://br.geocities.com/neurokidsbr/. Acesso em: mai 2014. BROWN, T. E. Transtorno de déficit de atenção: a mente desfocada em crianças e adultos. Porto Alegre: Artmed, 2007. DENDY, C. A. Z. Função Executiva - Que é isto afinal?": ATENÇÃO Magazine, fevereiro de 2008. FÉLIX, M. Hiperatividade e Aprendizagem de Matemática. (2006). Disponível em http://www.profala.com/arthiper8.htm. Acesso em: jun 2014. LEVINE, M. Assistência Educacional: um sistema para compreender e ajudar crianças com dificuldades de aprendizagem em casa e na escola. Educadores publicação Service, 2001. LUCZYNSKI, Z. B. Dislexia, você sabe o que é? (2006). Disponível em http://www.dislexia.com.br/. Acesso mai 2014. RODRIGUES, C. I; SOUSA, M. do C.; CARMO, J. dos S. Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da Matemática: um estudo de caso. Psicol. Esc. Educ. (Impr.) [online]. 2010, vol.14, n.2, pp. 193-201. ISSN 1413-8557. http://dx.doi.org/10.1590/S141385572010000200002. Acesso jul 2014. ROHDE, L. A. et al. Princípios e práticas em transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2003. ROTTA, N. T. et al. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006. SILVA, M. V. da. Dificuldades de aprendizagem em matemática: hipótese diagnóstica e intervenção. Assis Chat, 2011. 33 f. monografia (Especialização em Sociedade Inclusiva e Educação Especial). Centro Técnico-Educacional Superior do Oeste Paranaense. SUCUPIRA, A. C. S. L. Hiperatividade: doença ou rótulo? Caderno CEDES, nº 15, 1985. 36 Associação Brasileira do Déficit de Atenção. TDAH e Escola. (2011). Disponível em: <www.tdah.org.br>. Acesso jul 2014. AN APPROACH ON THE DEVELOPMENT PSYCHOEDUCATIONAL ON STUDENT MATHEMATICS WITH DEFICIT DISORDER ATTENTION DEFICT HYPERACTIVITY DISORDER Abstract: When a child is diagnosed with Attention Deficit Disorder Attention Deficit Hyperactivity Disorder - ADHD, it has commonly in their school history notes of inattention, restlessness, low-income and reprobation. So, as teachers active in the area, sought to knowledge that could help meet the students with ADHD, as it needs to better understand the disorder and its specificities for learning mathematics. Therefore, this study aimed to understand relevant aspects about the development and school learning of children with Attention Deficit Disorder Attention Deficit Hyperactivity Disorder, seeking the teacher's role in the difficulties in mathematics. Therefore, guided in a literature search, through analysis and book report books, journals and databases, to compare different theories for a better understanding of the subject. In the case of mathematics learning there is a need for attention, concentration and memory, leading to struggle to establish relationships, generalizations and conclusions, no longer motivating and very significant for their education, requiring knowledge and diverse practices. The results demonstrate the need for a process involving parents, students, school and society, a plan where all must play their role. Keywords: ADHD, Mathematics, School-Family-Student.