CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ PLANO DE AULA - 2º SEMESTRE/2009 Curso: Administração Disciplina: Teoria Geral da Administração II Professor: Flavio Oliveira 1.3 Unidade I – Administração uma Visão Geral – 1.3 - História do Pensamento Administrativo. Objetivo Específico: Demonstrar de que maneira as teses defendidas pelos pensadores influenciaram a história do pensamento administrativo em relação as abordagens: clássica, humanística, burocrática, estruturalista, sistêmica, ambiental, de desenvolvimento organizacional e contingencial. Estratégia: Aula expositiva, dialogada. Recursos: Quadro magnético e sistema multimídia. Referência: ANDRADE, Rui Otávio B.; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração, São Paulo: M. Books, 2007. Duração da Aula:100 minutos Data: 12/08/2009. História do Pensamento Administrativo. A influência da Revolução Industrial No decorrer do século XVIII, a Europa Ocidental passou por uma grande transformação no setor de produção, em decorrência dos avanços das técnicas de cultivo e da mecanização das fábricas, a qual se deu o nome de revolução industrial. A invenção e o uso da máquina permitiram o aumento da produtividade, a diminuição dos preços e o crescimento do consumo e dos lucros. As primeiras máquinas foram de fiação e tecelagem. Homens, mulheres e até mesmo crianças trabalhavam nas novas fábricas, onde grande parte das máquinas funcionava, a princípio, pela força hidráulica, passando depois a ser movida a vapor. A Inglaterra foi o país pioneiro da industrialização. A agricultura inglesa desenvolveu-se com a difusão de novas técnicas e instrumentos de cultivo. O fim do uso comum das terras gerou o ‘trabalhador livre’, expulso do campo onde não tinha mais condições de sobrevivência e transformado em mão-de obra urbana. A mecanização da produção criou o proletariado rural e urbano, composto de homens, mulheres e crianças, submetidos a um trabalho diário exaustivo no campo ou nas fábricas. Em síntese, pode-se dizer que a primeira revolução industrial passou por quatro fases: 1ª Fase – mecanização da indústria e da agricultura, a máquina substituiu o trabalho do homem e a força motriz muscular do homem. 2ª Fase - aplicação da força motriz à indústria, transformação das oficinas em fábricas. 3ª Fase - desenvolvimento do sistema fabril, o artesão desaparece para dar lugar ao operário de fábrica baseado na divisão do trabalho. 4ª Fase – aceleramento dos transportes e das comunicações, invenção do telégrafo elétrico, selo postal. A segunda revolução industrial foi marcada pela substituição do ferro pelo aço e do vapor pela eletricidade; pelo aumento da especialização do trabalho; e pelo desenvolvimento de novas formas de organizações capitalistas. As duas revoluções instriais proporcionaram: 1. Transferência da habilidade do artesão para a máquina 2. Substituição da força do animal ou do músculo pela maior potência da máquina 3. Fusões de pequenas oficinas em fábricas; desaparecimento das unidades domésticas de produção 4. Solidificação do capitalismo com o crescente volume de uma nova classe social: o proletariado; o capitalismo começou a se distanciar dos seus operários e a considerá-los uma enorme massa anônima. 5. Fixação na melhoria dos aspectos mecânicos e tecnológicos de produção e na regulamentação administrativa do operário como principal preocupação dos empresários. Com a Revolução Industrial, consolidou-se o sistema capitalista, baseado no capital e no trabalho assalariado. 1. O capital se apresentou sob a forma de terras, dinheiro, lojas, máquinas ou crédito. 2. O agricultor, o comerciante, o industrial e o banqueiro, donos do capital, controlam o processo de produção, contratam e demitem os trabalhadores conforme sua conveniência. Estes, que não possuem capital, vendem sua força de trabalho por um salário. Os avanços tecnológicos A explosão tecnológica A explosão industrial atingiu um ritmo ainda mais frenético com a energia elétrica e os motores a combustão interna. A energia elétrica aplicada aos motores a partir do desenvolvimento do dínamo, gerou um novo impulso industrial: movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. Os meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam; o telefone dava novos contornos à comunicação (Bell, 1876); o rádio (Curie e Sklodowska, 1898) o telégrafo sem fui (Marconi, 1895) e o primeiro cinematógrafo (irmãos Lumière, 1894), esses eram sinais evidentes da nova era industrial consolidada. E não podemos deixar de lado a invenção do automóvel movido a gasolina (Daimler e Benz, 1885), que geraria tantas mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor a diesel (Diesel, 1897) e os dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia avançada a passos largos. A indústria química também se tornou um importante setor de ponta no campo fabril, com a obtenção de matérias-primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão – nitrogênio e fosfatos, corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos etc. Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformada pelas possibilidades que se apresentavam pelo avanço tecnológico.