Goiânia, 10 de Fevereiro de 2015. Home > O Popular > Da Redação Vendem-se Indústrias Leandro Resende/ Da Redação / Goiânia Terça-Feira – 10/2/2015 O Brasil é um País contraditório. Ao mesmo tempo em que consegue entrar e permanecer no clube das 10 maiores economias do mundo, destrói sua indústria, setor considerado estratégico para os países desenvolvidos. Em 2014, as fábricas brasileiras encolheram 3,2%, dado desastroso em se considerando que as principais economias mundiais estão em plena recuperação. A indústria estagnou e muitos setores entraram em recessão. Hoje é mais fácil uma fábrica anunciar sua venda do que a expansão. Algumas indústrias estão à venda, sem comprador. Ocorreu ainda o fenômeno da desindustrialização, que é o encerramento da fabricação do produto em território nacional – principalmente de insumos químicos para outras indústrias, forçando o País a importar este insumos para abastecer outros segmentos. O resultado de 2014 fecha o pior ciclo da indústria brasileira de um governo pósredemocratização. No acumulado dos quatro anos do primeiro mandato de Dilma Rousseff, a indústria acumulou retração de 4,2%, sendo que a queda do ano passado foi o terceiro maior tombo em quase 30 anos. Só não caiu tanto quanto os anos de 1992, quando o governo Collor sofreu impeachment, e 2009, com a crise financeira mundial iniciada nos Estados Unidos. Assim, 2014 só não foi pior que em dois anos de caos na política e na economia – mesmo não tendo ocorrido nenhum terremoto para derrubar a indústria no ano passado. Aliás, este é o grande problema. O tumor se encontra agora no produto, na baixa competitividade que se alcança ao se produzir no Brasil, que se transformou em uma das indústrias mais caras do mercado. O produto brasileiro tem pouca penetração no exterior – enquanto o importado nada de braçadas no País. Considerando o gigantismo da economia brasileira na produção de alimentos e minérios no cenário internacional, nossa indústria é um anão – que encolhe a cada ano. Em meados dos anos 80, as fábricas respondiam por 27% do PIB do País. No ano passado, essa participação encolheu a 13,3%. Governos de países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul tratam sua indústria como patrimônio nacional, declarando guerra a cada movimento que a ameace. No Brasil, a ameaça é o próprio governo, sua corrupção, burocracia e tributação. Sem o governo que tem ou se governado por americanos, sul-coreanos ou chineses, a indústria brasileira seria uma imbatível potência mundial. Temos a matéria-prima, empreendedores, mão de obra e fábricas, nos falta governo. A atual política industrial do governo Dilma, chamada Brasil Maior, de 2011, atingiu os seguintes resultados anuais consecutivos até o momento: +0,4; -2,5; +1,2 e -3,2. Acredite, estes números foram alcançados dentro de um planejamento de governo, com desoneração, subsídios e financiamentos a setores eleitos pelo governo como “campeões”. É isso aí. Leia mais em: http://www.opopular.com.br/editorias/opiniao/da-reda%C3%A7%C3%A3o1.146390/vendem-se-ind%C3%BAstrias-1.777251