Breve Resumo da Contra Cultura PUNK

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Breve Resumo da Contra Cultura PUNK Bruno Giovanolli De acordo com a apresentação de Fernando Sarti Ferreira, professor de história, a origem do movimento punk se deu com o nascimento dessa geração jovem pós guerra de origem proletária, que não queria mais ficar vivendo a vida trabalhando em fabricas, sendo só mais uma parte do sistema capitalista. Uma geração repreendida pelos mais velhos, assim como podemos observar na música do The Who “My Generation”, na parte da letra que diz “People tried to put us down. Just because we get around”. Eram os novos praticamente hippies, “Eles também tomavam ácido, só que olhando para uma fábrica fechando”, conforme o professor. A medida em que o movimento ia crescendo, as bandas começavam a mudar seus conceitos visuais proporcionalmente, fazendo tanto músicas mais agressivas e tocadas cada vez de maneira mais simplista e podre possivel como também usando roupas cada vez mais características do movimento. Uma das musicas da época retrata esse contexto tedioso de filas imensas para receber o seguro desemprego e retratando essa geração dos “novos hippies”. A música foi feita pelos Stoogies, “No Fun”, onde suas letras retratavam o tédio que essa nova geração passava e Sem Diversão. Porém, como tudo que começa a fazer sucesso acaba virando produto para o capital, o Punk não se excluiu disso. A banda Sex Pistols, da Inglaterra, veio à tona, criada por Malcom McLaren. O Sex Pistols era apenas uma banda comercial, destinada apenas para a venda de discos e quando foram presos por cantarem que a Rainha era fascista em um barco em Londres, a venda de seus discos só aumentou. Com essa sacada de McLaren, que percebeu que quanto mais polêmica a música fosse, mandando cada vez mais seus fãs quebrarem vitrines com tijolos e tacassem fogo em latas de lixo, mais discos a banda iria vender. Essa Contra Cultura do Punk, contra o capitalismo, acabou se transformando em apenas mais um produto do próprio Capitalismo, com letras polêmicas e cada vez menos críticas ao contexto histórico para vender mais discos. Tornavam-­‐se mais frequentes riffs de guitarra cada vez mais podres e simplistas e roupas específicas para se denominarem “Punks”. E como se já não bastasse o Punk ter se transformado em produto, surgiu Margaret Tacher com suas ideias extremamente coservadoras, causando o mesmo efeito de uma faísca no palheiro no movimento Punk. O Punk já não era mais o sinonimo de revolta do proletário que era antes e o Punk original já não era mais apreciado. A banda Crass surgiu após o Sex Pistols, protestando pelos mineradores desempregados quando as minas haviam fechado (embora os mineradores não tivessem muita familiaridade com esse tipo de música). Sua sonoridade era podre, guitarras distorcidas e desafinadas, baterias que mais pareciam latas de lixo, vocais cada vez menos trabalhados e coerentes com a “melodia” da música. Era a figura do Punk inicial, na época onde todos escutavam o novo Punk Capitalista. No final de tudo, Crass foi o único a perceber o que parecia óbvio para todos, foi a banda que afirmou que o Punk não era mais Punk. Expressou essa ideia em uma de suas músicas, que era uma escrita em uma lápide do tumúlo de uma geração: “Punk Is Dead”. 
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