Os Sex Pistols e a mensagem punk: o figurino de bandas de rock

Propaganda
Os Sex Pistols e a mensagem punk: o figurino de bandas de rock como
forma de construção da imagem
Maria Claudia de Melo Vitoreli, Luís Paulo Piassi (orientador)
Escola de Artes, Ciências e Humanidades, USP, SP
Objetivos
A linguagem do vestuário permite todas as
variedades
conhecidas
do
discurso:
eloquência, informação, ironia, propaganda,
humor e etc [1]. Tendo em vista o uso de
determinadas roupas para enunciar algo, este
projeto pretende analisar como o vestuário
auxilia e se relaciona com a música a partir de
grupos musicais expoentes e/ou precursores
de determinados estilos e formas de se vestir
de um grupo, de uma chamada “subcultura”.
calças como em jaquetas. Os jeans e a jaqueta
de couro são símbolos de rebeldia pautados no
rock’n’roll desde os anos 1950 [4]. As
correntes, roupas rasgadas e spikes, juntos
com a ideia de “no future”, formam a ideia de
se envolver em brigas e não trabalhar ou
estudar (ex: músicas Pretty Vacant e
Seventeen).
Nas
músicas,
não
há
complexidade literária e/ou musical. Os
arranjos são simples e não há preocupação da
parte do vocalista em cantar profissionalmente,
o que revela certo amadorismo (fingido ou
real). Música amadora ou não, algumas partes
do vestuário são customizadas por eles
mesmos, com rasgos propositais e adornadas
com alfinetes, correntes, broches e buttons.
Conclusões
Figura 1 - Sid Vicious; Sid Vicious e Johnny Rotten
Métodos/Procedimentos
Este estudo se baseia na análise do vestuário
da banda Sex Pistols (formada em 1975 [2])
como ferramenta de construção da imagem da
banda e do visual da subcultura punk.
Fundamentado na semiótica, o projeto utiliza
fotos publicitárias ou tiradas em shows do
grupo, das quais é permitido interpretar os
elementos que compõem o vestuário de
determinados integrantes.
Resultados
O uso de símbolos, como as suásticas, ao
contrário de como se pensava no movimento
hippie, não indicava uma posição política
(apesar da politização do movimento e da
banda, como na música God Save The Queen)
ou ideológica; era uma forma de chocar o
público e eram usadas com ironia [3]: atitudes
principais do movimento punk como um todo.
Pode-se notar, no âmbito dos materiais, a
predominância do couro e do jeans, tanto em
Tendo em vista os exemplos expostos acima,
pode-se perceber que as imagens construídas
e vendidas pela banda Sex Pistols são a
rebeldia, o amadorismo, a falta de perspectiva
futura e a agressividade. O vestuário contribui
diretamente com algumas destas, sobretudo o
amadorismo e a agressividade; a customização
das camisetas e jaquetas e as correntes,
spikes e alfinetes, resumem o movimento punk
em imagens usadas e vestidas.
Referências Bibliográficas
[1] LURIE, Alison. A Linguagem das Roupas.
Rio de Janeiro, Artemídia Rocco, 1992.
[2] SEX PISTOLS. Sex Pistols Official. Página
eletrônica.
Disponível
em:
<http://www.sexpistolsofficial.com/biography/>
Acesso em 29/08/2011.
[3] MCCAIN, G.; MCNEIL L. Mate-me Por
Favor. Porto Alegre: L&PM, 2011.
[4] PENDERGAST, S.; PENDERGAST, T.
Fashion, costume, and culture: clothing,
headwear, body decorations, and footwear
through the ages. Farmington Hills: The Gale
Group, v. 5, 2004.
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