Educação formal: a instituição escolar Fundamentos Filosóficos e Sociológicos da Educação Semana III Prof. Ms. Joel Sossai Coleti Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar (...) devemos entender que a escola não é um espaço natural – o segundo lugar ocupado pela criança depois da casa. Afinal, houve um longo processo de transformações, escolhas e ideias responsável pelo surgimento da escola. FONTE: Rainer Gonçalves Sousa - Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG http://www.escolakids.com/a-historia-das-escolas.htm 2 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A escola antiga e a medieval: Nos primeiros tempos da Antiguidade grega (...) a educação era ministrada pela própria família (...). >> FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 3 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar (...) a educação dos menores acontecia no espaço da casa. Os valores e o conhecimento eram diretamente transmitidos dos pais para os filhos. Já nessa época, percebemos que havia um universo de saberes considerado importante para criança e, ao mesmo tempo, uma divisão daquilo que meninos e meninas deveriam aprender para as suas vidas. FONTE: Rainer Gonçalves Sousa - Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG http://www.escolakids.com/a-historia-das-escolas.htm 4 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar Com o surgimento de sociedades mais complexas, dotadas de instituições políticas e práticas econômicas sofisticadas, a noção de que a educação familiar era suficiente perde espaço. FONTE: Rainer Gonçalves Sousa - Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG http://www.escolakids.com/a-historia-das-escolas.htm 5 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A escola antiga e a medieval: Quando se constituiu a aristocracia dos senhores de terra, de formação guerreira, os jovens da elite eram confiados a preceptores. A palavra preceptor é utilizada para designar a pessoa incumbida de acompanhar e orientar a educação de uma criança ou de um adolescente, atualmente é mais comumente utilizado em referencias a internatos e residências na área medica. FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 6 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A escola antiga e a medieval: Apenas com o surgimento das póleis apareceram as primeiras escolas, por volta do final do século VI a.C., visando a atender a demanda por educação (p. 112). FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 7 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A escola antiga e a medieval: Mesmo que essa ampliação da oferta escolar representasse uma “democratização” da cultura, a educação ainda permanecia elitizada, atendendo principalmente os jovens das familias tradicionais da antiga nobreza ou pertencentes a famílias de comerciantes enriquecidos. (p. 112) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 8 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A escola antiga e a medieval: Aliás, na sociedade escravagista grega, o chamado ócio digno significava a disponibilidade de gozar do tempo livre, privilégio daqueles que não precisavam cuidar da prôpria subsistência. Esse tempo de ócio, porém, não se confunde com o “fazer nada”, mas significa o ocupar-se com as funções nobres de pensar, governar, guerrear. (p. 112) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 9 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar Já nessa época, percebemos que a educação e o acesso aos professores estiveram estritamente ligados à condição econômica de uma família. Na Grécia Antiga, a educação era encarada como uma atividade para poucos, para aqueles que podiam consumir o seu tempo livre com o saber e não tinham a necessidade de trabalhar para garantir a própria sobrevivência. FONTE: Rainer Gonçalves Sousa - Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás – UFG http://www.escolakids.com/a-historia-das-escolas.htm 10 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar Os colégios religiosos (Idade Moderna) A escola institucionalizou-se de maneira mais complexa a partir do Renascimento e da Idade Moderna, quando passou a exigir o confinamento dos alunos em internatos, a separação por idades, a graduação em séries, a organização de currículos e o recurso dos manuais didáticos. (p. 112) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 11 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar Os colégios religiosos (Idade Moderna) Essas mudanças levaram também a uma maior produção teórica de pedagogos, no sentido de orientar a nova prática. Tratava-se de algo absolutamente novo, que bem definia o nascimento da escola, como conheceríamos daí para a frente. (p. 112) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 12 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar Os colégios religiosos (Idade Moderna) Qual o motivo dessa institucionalização? • Fortalecimento do Estado e das monarquias nacionais; • Urbanização crescente; • Ascenção da burguesia; • Revolução científica; • Racionalismo filosófico. (p. 113) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 13 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A pedagogia realista No século XVII, vários teóricos se preocuparam com a questão metodológica, o que se reflete nas indagações a respeito da pedagogia (...). (p. 114) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 14 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A pedagogia realista (...) João Amós Comênio (1592 – 1670), autor da obra Didática magna, para quem o ponto de partida da aprendizagem deve ser sempre o conhecido. Partir das próprias coisas, valorizar a experiência, educar os sentidos são passos de uma educação que se faz pela ação e voltada para a ação: “Só fazendo aprendemos a fazer” é um dos lemas de Comênio. (p. 114) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 15 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A pedagogia realista (...) Comênio inova quando defende a escola única, universal e a cargo do Estado. (...) valoriza o papel do professor como controlador do processo. (p. 114) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 16 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar A pedagogia realista Na linha dos principais críticos da velha tradição medieval, [o filósofo inglês John] Locke [1632-1704] lamentava a excessiva ênfase no ensino de latim e o descaso com a língua vernácula e o cálculo. Como representante dos interesses burgueses, considerava importante o estudo de contabilidade e de escrituração comercial, visando à preparação mais ampla para a vida prática. De acordo com a sua pedagogia realista, recusava a retórica e os excessos da lógica, propondo o estudo da história, geografia, geometria e ciências naturais. (p. 115) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 17 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar O impacto da Revolução Industrial A Revolução Industrial, iniciado no século XVIII, alterou em alguns aspectos as exigências da escola burguesa: à formação acadêmica predominantemente humanística contrapunha-se a necessidade de formação técnica especializada, além do estudo das ciências. Nos níveis superiores de escolarização, sentia-se a necessidade de transmissão dos conhecimentos das novas ciências, bem como o estímulo para as novas descobertas, a fim de que a tecnologia se desenvolvesse ainda mais. (p. 115) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 18 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar O impacto da Revolução Industrial Quanto ao ensino elementar, a exigência de ampliação da rede escolar tornou-se mais premente, uma vez que o operário das fábricas, mais do que o camponês, precisava pelo menos saber ler, escrever e contar. FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 19 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar E escola em nossos dias O século XX foi pródigo em teorias pedagógicas e projetos educacionais, na tentativa de superar a escola tradicional excessivamente rígida, magistrocêntrica e voltada para a memorização dos conteúdos. (p. 116) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 20 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar E escola em nossos dias Na primeira metade do século XX, intensificou-se a relação entre a pedagogia e as demais ciências, numa busca de métodos ativos e de educação integral, com especial atenção às necessidades do educando. Um exemplo foi a Escola Nova, que, na sua perspectiva de “escola redentora”, esperava alcançar a equalização das oportunidades pela democratização da educação. FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 21 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar E escola em nossos dias (...) orientações de inspiração positivista que reforçaram a burocracia escola, mecanizando o processo educacional e minimizando o papel do professor, tal como ocorreu com as reformas de cunho tecnicista, cuja tendência ainda persiste na organização dos grandes conglomerados escolares que recorrem ao ensino apostilado em que cada aula está de antemão determinada na sua duração e no conteúdo a ser transmitido. (p. 117) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 22 Capítulo 6 – Educação formal: a instituição escolar E escola em nossos dias Para outros, é importante que a escola incorpore modernos meios de comunicação de massa, visando à exploração de alta tecnologia no ensino. (...) Novidade que nos faz perguntar sobre o papel a ser exercido pelo professor de agora em diante. (...) Outra questão que se levanta a esse respeito é a do “analfabetismo digital”, ou seja, a exclusão de grande parte da população do acesso a esses equipamentos em um mundo cada vez mais digitalizado. (p. 118) FONTE: Filosofia da Educação (PLT) - Maria Lúcia de Arruda Aranha 23 Prof. Ms. Joel Sossai Coleti