V Colóquio de Estágios de Psicologia da Fead Hanadoki – Tempo de Florir - Bráulio Bittencourt Braulio Vasques Bittencourt é formado em ciências econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Cursou o mestrado em Economia, no Japão, o que lhe permitiu estudar, in loco, origami, caligrafia japonesa e estética zen-budista. É autodidata e suas obras são uma profusão de cores intensas. Nos dias 11 e 12 de junho de 2010 foi realizado o V Colóquio de Estágios em Psicologia da FEAD, o qual abordou o tema: O compromisso social do psicólogo. Nessa ocasião, os alunos refletiram acerca da própria prática e produziram resumos de apresentação dos seus trabalhos. Segue abaixo uma amostra dos trabalhos apresentados. O LUTO AO ADOECER COM PACIENTES EM REABILITAÇÃO FÍSICA ELIAS. S. M. A. / FEAD; MACIEL. S. C. / FEAD; CALDAS. K. P. / FEAD; SILVA. O. L. P. / FEAD; FONTANA. S. / FEAD; CARVALHO. F. S. / FEAD Palavras-chave: Psicologia Hospitalar, Luto, Adoecimento, Perda. Resumo: O Estágio Supervisionado Específico I, realizado no Hospital Paulo de Tarso, tem por objetivo compreender o campo de atuação da psicologia hospitalar e a importância de um levantamento de demanda inicial na instituição. Procuramos desenvolver propostas de trabalho, juntamente com a equipe de psicologia da instituição, a partir de um enfoque psicossocial. O Hospital Paulo de Tarso trabalha com pacientes que se encontram em fase de reabilitação física por diversas situações de adoecimento tais como AVC, acidente com arma de fogo, acidentes de trânsito, doenças degenerativas neurológicas, etc. A metodologia utilizada foi baseada no trabalho de intervenção psicossocial descrito por BAREMBLIT (1996). Iniciamos com o reconhecimento do campo de trabalho, levantamento de demanda para posteriores intervenções na instituição. As intervenções propostas foram Acompanhamento Terapêutico (AT) e oficinas terapêuticas. Neste contexto hospitalar observamos durante o AT as reações dos pacientes diante da ruptura do seu estado de saúde e das consequentes sequelas físicas e psicológicas. O paciente vivencia um período de luto por essas perdas e transformações, uma fase de redefinição de metas, valores e objetivos de vida, sendo necessário um tempo para que haja a reestruturação do indivíduo e de sua família, assim como a superação dessa fase, com a possibilidade de encontrar um novo estado de saúde (CANGUILHEM, 2006) diferente do anterior e, possivelmente, com aceitações de algumas sequelas físicas. Observamos ao longo do estágio que, durante o AT aos pacientes em reabilitação física, a complexidade dos estágios do processo de luto, descritos por KUBLER-ROSS (2008), junto aos pacientes e seus familiares, faz com que a atenção que esses recebem da equipe multidisciplinar, durante o tratamento, ajude em sua eficácia. Infelizmente, mesmo com o trabalho conjunto de toda a equipe de saúde, muitos pacientes permanecem com sequelas físicas, o que interfere em suas relações psicossociais. Percebemos a importância do tratamento psicológico para minimizar essas perdas e para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. HUMANIZAÇÃO NO CONTEXTO HOSPITALAR ANJOS, M.S. dos/FEAD; BORGES, K.F./FEAD; CAMILO, A./ FEAD; GODINHO, C./FEAD; GONÇALVES, J./FEAD; LUIZ, A./ FEAD; PALAVRAS-CHAVE: Terapêutico. Humanização Hospitalar, Psicologia Hospitalar, Acompanhamento Resumo: O trabalho apresentado é resultado da experiência de estágio dos alunos no contexto da psicologia hospitalar, como atividade prática da disciplina de Estágio Supervisionado Específico I, do oitavo período do curso de Psicologia. No período de março a junho de 2010, oferecemos um trabalho de Acompanhamento Terapêutico (AT) aos pacientes no Hospital Paulo de Tarso. O hospital tem como foco a reabilitação, além da especialidade em geriatria e cuidados paliativos. O estágio buscou compreender o campo de atuação da psicologia hospitalar e a importância de um levantamento de demanda inicial na instituição, além de desenvolver propostas de trabalho, juntamente com a equipe de psicologia da instituição, com um enfoque psicossocial. Para a prática de estágio no hospital foram adotados os princípios de humanização hospitalar, descritos por Mota, Martins e Véras (2006), que serviram como norte para dar suporte ao trabalho de AT e às atividades organizadas em grupo, como as oficinas terapêuticas. A humanização envolve um trabalho com a participação da equipe de saúde, em que se prioriza um envolvimento e uma interação com o paciente, e se busca valorizar o sujeito em sua particularidade, valorizando sua história de vida. Observamos, dentro do contexto hospitalar, que humanizar um ambiente ainda é um desafio, onde todos devem fazer sua parte, se organizando, criando espaços de discussão para desenvolver formas de tornar a convivência melhor em um local de tanto sofrimento. Neste contexto, pudemos observar a fragilidade humana e constatamos que existe uma mecanização da prática por parte de alguns profissionais, além da dificuldade destes em desenvolver um trabalho realmente humanizado. A humanização ainda se mostra uma prática a ser alcançada no ambiente hospitalar, um espaço onde esta deveria ser praticada por todos os profissionais envolvidos no processo de respeito à dignidade e, principalmente, à privacidade dos pacientes, uma vez que a relação paciente-equipe de saúde muitas vezes se torna invasiva, dependendo do grau de fragilidade e dependência desse paciente. O OLHAR DA PSICOLOGIA FRENTE AO IDOSO QUE SOFRE COM O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Autores: BARBOSA, N. R/FEAD; GUIMARÃES, T. S/FEAD; SANTOS, J. A/FEAD; SANTOS, D. J/FEAD; SILVA, A. T/FEAD. Palavras-chave: Envelhecimento, Idoso, Papel do Psicólogo Resumo: A partir da experiência de acompanhantes terapêuticos de idosos num ambiente hospitalar, percebemos tamanha fragilidade desses sujeitos diante das perdas e limitações que sofrem diante do processo de envelhecimento e adoecimento. O idoso hospitalizado se apresenta necessitado de atitudes de consideração, respeito, acolhimento, isto é, de ser reconhecido na sua singularidade e cidadania. Destaca-se, nesse contexto, o papel do psicólogo na equipe interdisciplinar, trabalhando de forma a acompanhar a passagem do idoso por esse processo de envelhecimento, ajudando-o a incluir o envelhecimento como um processo natural do ciclo vital e, desse modo, ampliando a consciência do que está vivenciando, para assim poder se adaptar melhor a esse processo. É de suma importância que a equipe de saúde se sensibilize nesse processo vivencial do envelhecer, a fim de que passem a considerar o idoso como um ser de possibilidades, que está em constante crescimento pessoal. Quando os idosos percebem que seus desejos e saberes, construídos durante sua trajetória de vida, são valorizados, escutados e respeitados, eles têm a oportunidade de criar novos significados para sua história de vida. Dialogando sobre o processo de envelhecimento e a morte, surge a possibilidade de uma maior compreensão do homem em suas dimensões sociais, culturais, psicológicas e espirituais. ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO APLICADO À REABILITAÇÃO DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) E TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) HASTENREITER, F./FEAD; BORBA, A. A. de/FEAD; BRUNO, R. F./FEAD; SANTIAGO, D. R./FEAD; DIAS, M. R. da C./FEAD. PALAVRAS-CHAVE: Acompanhamento Terapêutico, Reabilitação, AVC, TRM. RESUMO Este trabalho é fruto da experiência dos autores em um hospital para reabilitação de pacientes que sofreram de AVC e TRM e outras enfermidades. Desenvolvemos, junto aos pacientes, uma prática pautada pelo Acompanhamento Terapêutico (AT). O AT tem sua origem ligada à clínica da Saúde Mental, atrelado aos movimentos da Reforma Psiquiátrica. O acompanhante terapêutico surgiu na década de 70, na Argentina, em substituição à designação inicial de “amigo qualificado”. Essa mudança terminológica acentua o caráter terapêutico do acompanhante e seu papel como integrante do tratamento psicoterapêutico (ALVARENGA, 2006). Mauer e Resnizky (1987), relatando sobre a experiência argentina dessa prática, ressaltam algumas funções do acompanhante terapêutico tais como: conter o paciente; oferecer-se como modelo de identificação; emprestar o “ego”; perceber, reforçar e desenvolver a capacidade criativa do paciente; informar sobre o mundo objetivo do paciente; representar o terapeuta; servir como catalizador das relações familiares. O objetivo deste trabalho é afirmar a importância do AT, ampliando essa prática a outros contextos. O AT é uma ferramenta de grande importância no processo de reabilitação, que ajuda os pacientes a se implicarem no seu tratamento junto à equipe de saúde. Inicialmente, fizemos o reconhecimento de campo, realizando em seguida o levantamento das demandas no hospital. Posteriormente, cada autor foi direcionado a um paciente, buscando a aceitação deste na proposta do AT, bem como estabelecer a empatia do acompanhante em relação ao paciente. Cada um atendeu pelo menos 1 (um) paciente durante a internação, totalizando 5 (cinco) pacientes, sendo 3 (três) com AVC e 2 (dois) com TRM. O AT, aplicado no contexto deste estudo, mostrou ser uma prática terapêutica eficiente e de grande valor para a recuperação da autoestima e do engajamento no tratamento e reabilitação, conscientizando o paciente sobre a importância do tratamento junto aos profissionais que compõem a equipe de saúde. PSICÓLOGO HOSPITALAR: ADEQUAÇÃO E ÉTICA Autores: BARBOSA, I. A/FEAD; FERREIRA, G/FEAD; VIANA, A. R/FEAD; SOARES, L. E/FEAD; Palavras-chave: Humanização, Acompanhantes, Hospitalização Resumo: A partir da vivência proporcionada a nós, alunos do 8° período no estágio específico no Hospital Paulo de Tarso, percebemos nesse cenário uma demanda de acompanhamento psicológico não só dos pacientes hospitalizados na instituição, como também de seus familiares e acompanhantes mais próximos. Sabe-se que o processo de hospitalização traz consigo a necessidade de reestruturação da vida. Faz-se importante, nesse contexto, o papel do acompanhante terapêutico, atuando como ego auxiliar, isto é, como continente das angústias do paciente e do familiar que o acompanha, a partir do momento em que acolhe, escuta, contém a dor do outro e devolve-a de forma isenta de carga afetiva, possibilitando, enfim, a resignificação das feridas psíquicas provocadas pelas perdas atravessadas por eles. A escuta caracteriza-se pelo respeito ao sofrimento do outro, que é único, num espaço onde possa falar de si, de suas dificuldades, do cuidado com o outro e consigo. A prática da psicologia no contexto hospitalar, por sua vez, se adéqua às particularidades desse ambiente, diferenciado do setting criado no consultório. Trabalha-se em um contexto pautado na interdisciplinaridade, constituída por médicos, fisiatras, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, enfermeiros, fonoaudiólogos, nutricionistas, entre outros. Enfim, constatamos a importância da prática do acompanhante terapêutico nesse contexto, contemplando o envolvimento com a equipe interdisciplinar, como também a criação de demandas entre os familiares, que também adoecem. ACOLHIMENTO E COMPROMISSO SOCIAL: DUAS PRÁTICAS POSSÍVEIS? Autores: ROCHA. D.V/FEAD; BARBOSA. K.M/FEAD; KODAMA. T/FEAD; SANTIAGO, V.M/FEAD Apresentadores: BARBOSA, K.M/FEAD; SANTIAGO, V.M/FEAD Palavras-chave: Acolhimento, Compromisso social, Estágio, Prática Resumo: A partir da nossa experiência de estágio em um hospital psiquiátrico, buscamos questionar a existência ou não de um compromisso social em nossa prática. Baseando-nos no estudo das concepções de acolhimento e compromisso social, entendemos que estes conceitos estão muito atrelados a uma postura ética por parte do profissional, que implica em ouvir o usuário em suas queixas, bem como compreendê-lo não só enquanto um sujeito de desejo, mas enquanto um ser que se constitui a partir de suas relações sociais. Através de uma escuta ativa pautada pela psicanálise, buscamos este entendimento dos conteúdos manifestos e latentes do paciente estabelecendo também, desta forma, uma relação de confiança e respeito entre entrevistador e entrevistado. Pensando a prática de estágio a partir destas noções de acolhimento e compromisso social, percebemos que há, por nossa parte, o desenvolvimento de um trabalho em que através da escuta ativa e desinstitucionalizada dos pacientes, procuramos compreendê-los em sua totalidade, de forma a acolher aquilo que eles trazem da ordem do dito e do não dito. Porém, tal reflexão não nos permite afirmar se há ou não como resultado desta prática um compromisso social entendido enquanto algo capaz de promover uma mudança na qualidade de vida do sujeito, uma vez que nos atemos a um único atendimento e não chegamos a acompanhar nem o período de hospitalização destes pacientes e nem tão pouco o processo de ressocialização dos mesmos. Desta forma, deixamos esta questão sem respostas prontas, visando uma reflexão sobre a possibilidade ou não de um resultado positivo no processo de modificação da realidade dos pacientes, a partir da nossa prática de acolhimento. COMPROMISSO SOCIAL DO PSICÓLOGO NA EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE HUMANIZAÇÃO DO TRATAMENTO EM SAÚDE MENTAL. CARVALHO, C. C./FEAD; TOLEDO, M. A. V./FEAD; FIALHO, R. T./FEAD; COSTA, S.C.S./FEAD Palavra Chave: Saúde Mental, Compromisso Social, Psicólogo, Humanização, Hospital Resumo: Comparando as formas de tratamento da loucura no passado com os procedimentos atuais percebemos a importância do psicólogo no processo de humanização destas práticas, ressaltando o compromisso social de garantir a cidadania ao portador de sofrimento mental. Constatamos que conceitos como anormalidade, periculosidade, incapacidade e irresponsabilidade vão sendo substituídos por ações como desospitalização, multidisciplinaridade, psicoterapias, terapia ocupacional e humanização do tratamento farmacológico. A partir da Reforma Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial, estratégias diferenciadas de tratamento foram desenvolvidas objetivando o resgate da cidadania do louco. A introdução definitiva da Psicologia no campo da saúde mental trouxe novos dispositivos de assistência e um olhar humanizador sobre o indivíduo. O internamento psiquiátrico atual e o acompanhamento psicoterápico dos portadores de sofrimento mental representam o compromisso social do psicólogo que busca com a sua postura as articulações necessárias para permanência e ampliação da cidadania, respeito e inclusão deste paciente na sociedade. O ESPAÇO DA CRIANÇA E O COMPROMISSO SOCIAL DO PSICÓLOGO NA CRECHE Autores: ALMEIDA, L. L. S./FEAD; COSTA, E. N.G./FEAD; GUIMARÃES, M. F./FEAD; PEREIRA, C. S./FEAD; SOARES, L.K. S./FEAD Palavras-chaves: Compromisso social, Desenvolvimento, Infância. RESUMO: O artigo apresenta o relato de experiências desenvolvidas por alunos do oitavo período do curso de psicologia da faculdade FEAD, como parte do Estágio Supervisionado Específico I: processos clínicos, políticas públicas e direitos humanos, realizado na instituição Centro Infantil Berenice Catão de Magalhães Pinto. Esta instituição é destinada à educação de crianças de 0 a 6 anos, e possui 123 crianças no total. É de responsabilidade da S.S.V.P. (Sociedade São Vicente de Paulo) e localiza-se na região leste de Belo Horizonte – MG. O estágio teve como o objetivo auxiliar na promoção do desenvolvimento infantil e se desenvolveu em dois momentos: no primeiro, foram realizadas observações das ações das crianças durante sua rotina no Centro Infantil. No segundo momento, tiveram início as intervenções para a estimulação dos aspectos do desenvolvimento que se mostraram, ao longo das observações, mais prementes. As intervenções realizadas com este grupo de estagiários foram dirigidas às crianças da faixa-etária de 0 a 3 anos, por meio do planejamento e execução de atividades lúdicas, fundamentadas nos estudos da psicologia sobre o desenvolvimento humano e sobre psicomotricidade. Desta forma, as condições proporcionadas através das situações lúdicas, favoreceram a interação, a manifestação da linguagem e da motricidade das crianças. Foi possível, por meio deste trabalho, inferir que o psicólogo possui o compromisso de buscar construir um espaço de produção de novos conhecimentos e ações transformadoras para a sociedade. O PSICÓLOGO NA CRECHE: UM OLHAR SOBRE O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ALMEIDA, L.C.M.V.; CAVALCANTE, G.F.; GRANATO, V.L.O.; SANTIAGO, C.M.; SILVA, M.F. Palavras-chaves: compromisso social, desenvolvimento, infância. Resumo: Na disciplina Estágio Supervisionado Específico I: processos clínicos, políticas públicas e direitos humanos, do curso de Psicologia, da Faculdade FEAD, no 8º período, nos foi apresentada a proposta de realizar observações e posteriormente intervenções no Centro Infantil Berenice Catão de Magalhães Pinto, que trabalha com crianças de 0 a 6 anos em período integral, situada na regional leste de Belo Horizonte. O objetivo do estágio é estudar o desenvolvimento infantil e realizar atividades que e estimulem este desenvolvimento, sobre a perspectiva dos processos clínicos, políticas públicas e direitos humanos. A metodologia utilizada foi a priori, a observação das demandas especificas de cada turma. Posteriormente, desenvolvemos um plano de ação através da supervisão e, em seguida, realizamos as atividades de intervenção com as crianças. Obtivemos, então, resultados positivos acerca do desenvolvimento infantil. As crianças passaram a se comportar com menos agressividade e de forma mais organizada. Foram identificadas alterações de linguagem em algumas crianças e o fato foi encaminhado para a coordenação do Centro Infantil. Outra demanda identificada foi a má qualidade de interação entre o grupo, o que foi trabalhado através das intervenções. Ressaltamos, então, a importância do saber psicológico na instituição de ensino quanto ao compromisso social, já que o profissional de psicologia consegue realizar uma leitura específica da subjetividade das crianças e, assim, auxiliar na construção de estratégias juntamente com as educadoras para promover o desenvolvimento infantil. A IMPORTÂNCIA DO NPA NUMA PERSPECTIVA SOCIAL SILVA, A./FEAD; CARNEIRO, C./FEAD; RRIBEIRO, D./FEAD; SANTOS, L.P./FEAD; MESQUITA, M. H./FEAD; MARIANI, G./FEAD; SONALY, K/FEAD; ARAÚJO, P./FEAD; FÁTIMA, R./FEAD; MACEDO, R./FEAD; CRISTINA, T./FEAD Resumo: Na instituição de ensino Fead (Faculdade de Estudos Administrativos) existe uma clínica social que possui dois projetos, denominados NPA (Núcleo de Psicologia Aplicada) e NAP (Núcleo de Apoio Psicológico). Esses projetos têm como finalidade o atendimento de pessoas, mas cada um deles possui objetivos diferentes e específicos. O NAP está voltado para um atendimento mais centrado em um atendimento interno. E o NPA se dedica ao atendimento externo. O objetivo do nosso trabalho é clarificar a missão do NPA e fazer uma articulação deste com o compromisso social. Perpassando por um período histórico da psicologia, iremos perceber que as pessoas que tinham acesso aos seus serviços eram pessoas dotadas de riquezas. Paulatinamente, isto foi se modificando. Mas qual foi o fator primordial para tal mudança? Podemos dizer que isto se deve pelo fato da inserção do psicólogo no âmbito social. O psicólogo lança um olhar que se direciona para algo além da clínica clássica, surgindo, assim, um psicólogo engajado com um compromisso social. Mas o que significaria esta palavra? Para tentar esclarecer começaremos a fazer uma articulação com o NPA. Como já fora dito, o NPA é uma clínica social que faz atendimentos a todos os tipos de faixa etária, de crianças a idosos. Qualquer pessoa pode ser atendida no NPA. Podemos dizer que isto é ter compromisso social, mas ainda há muito que ser feito. Por exemplo, o público alvo seriam aquelas pessoas que não são possuidoras de pagar um atendimento psicoterapêutico. Entretanto, percebemos, através do questionário sócio-econômico, que algumas pessoas possuem a oportunidade de contribuir, mesmo que seja com um valor simbólico. Diante disso, surgem alguns questionamentos: Qual o motivo deste acontecimento? Qual será o público alvo e o público atendido? Será que a divulgação abarca além da região Central de Belo Horizonte, onde está localizada a clínica? Talvez seja preciso trabalhar outras formas de divulgação para a mudança dessa situação. Pensar em Compromisso Social é pensar em projetos que possam, de alguma forma, ser alcançados por um sujeito ou mesmo por uma sociedade, a fim de que se desenvolvam, produzindo uma vida melhor. Apesar de alguns impasses encontrados no NPA, não podemos deixar de citar que a clínica, ao longo desde período, conseguiu ajudar significativamente a vida de dezenas de pessoas, através da escuta, através da ética demonstrada pelo psicólogo, através de sua implicação com o tratamento, etc. Podemos dizer que todos estes aspectos são constituídos por compromisso social.