testes 6ª série ensino fundamental

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PROFESSOR: Raphael Hadad
BANCO DE QUESTÕES - FILOSOFIA - 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - PARTE 1
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01- Tales de Mileto é tradicionalmente considerado o primeiro filósofo. Com ele, inaugurava-se um tipo de explicação sobre
a origem do mundo, que chamamos cosmologia. É característica principal da cosmologia:
(A) a tentativa de explicar racionalmente o surgimento do cosmos, baseando-se nos fenômenos naturais e sem
recorrer a supostas ações de forças sobrenaturais.
(B) a explicação sobre a origem de mundo a partir das ações combinadas dos deuses cultuados pela religiosidade
popular.
(C) a aceitação de todas as informações provenientes da tradição cultural na tentativa de justificar as regras sociais.
(D) a simples reprodução racional dos conteúdos criacionistas contidos na tradição mitológica oriental.
02- A cosmologia, tentativa de compreensão racional da natureza, está nas origens da atividade filosófica. Com
Parmênides (530-460 a.C.), surge uma nova área do saber filosófico, a ontologia, que é corretamente definida como:
(A) o estudo racional das relações entre os objetos naturais na composição mais ampla do cosmos.
(B) o estudo do ser humano em sua natureza mais profunda, abandonando-se, então, as preocupações cosmológicas.
(C) o estudo do ser, da essência última das coisas.
(D) o conhecimento sistemático da aparência dos seres.
03- A gnosiologia deve ser compreendida como:
(A) uma área da filosofia que se dedica a verificar a validade ou não dos conhecimentos filosóficos produzidos em
outras áreas.
(B) uma área do saber filosófico que reúne em si a ética, a política, a cosmologia e a ontologia.
(C) uma área da filosofia que estuda o próprio conhecimento, examinando sua fonte, suas condições e seus
limites.
(D) uma área da filosofia contemporânea que examina exclusivamente as bases do conhecimento científico.
04- O período socrático da filosofia antiga também é conhecido como:
(A) período antropológico, pois tanto Sócrates quanto os sofistas se dedicaram a temas referentes ao ser humano,
como a moral e a política.
(B) período mítico, porque há um total abandono da especulação racional em decorrência dos equívocos pré-socráticos.
(C) período cosmológico, porque as questões da natureza são reelaboradas de acordo com a razão.
(D) etapa ontológica, pois a especulação filosófica volta-se exclusivamente para o ser do mundo.
05- Sobre a atividade filosófica contemporânea, a única afirmação correta é:
(A) Muitas áreas antes incluídas na investigação filosófica se tornam áreas específicas do saber, como é o caso da
psicologia e da sociologia. Consolidam-se também outras áreas da atividade filosófica, como a filosofia da
linguagem e a filosofia da mente.
(B) Há um abandono dos temas humanos e um retorno às temáticas cosmológicas, agora, porém, contando-se com o
suporte das informações científicas para tanto.
(C) É marcada por um reinício absoluto, ou seja, há uma total recusa da tradição filosófica, o que se justifica pelos
resultados pouco convincentes dessa tradição, tanto no aspecto prático quanto no intelectual.
(D) Nota-se uma revalorização completa dos temas metafísicos medievais.
06- A ONU declarou 2009 o Ano Internacional da Astronomia pelos 400 anos do uso do telescópio nas investigações
astronômicas por Galileu Galilei. Essas investigações desencadearam descobertas e, por sua vez, uma nova maneira
de compreender os fenômenos naturais. Além de suas descobertas, Galileu também contribuiu para a posteridade ao
desenvolver o método experimental e a concepção de uma nova ciência física.
 Com base nas contribuições metodológicas de Galileu Galilei, é correto afirmar:
(A) A experiência espontânea e imediata da percepção dos sentidos desempenha, a partir de Galileu, um papel
metodológico, preponderante na nova ciência.
(B) A observação, a experimentação e a explicação dos fenômenos físicos da natureza desenvolvidos por Galileu
aprimoram o método lógico-dedutivo da filosofia aristotélica.
(C) A observação controlada dos fenômenos na forma de experimentação, segundo o método galileano, consiste em
interrogar metodicamente a natureza na linguagem matemática.
(D) A verificação metodológica da verdade das leis científicas pelos experimentos aleatórios, defendida por Galileu,
fundamenta-se na concepção finalista do Universo.
(E) O método galileano reafirma o princípio de autoridade das interpretações teológico-bíblicas na definição do método
para alcançar a verdade física.
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07- Leia o seguinte texto de Adorno e Horkheimer:
O esclarecimento, porém, reconheceu as antigas potências no legado platônico e aristotélico da metafísica e
instaurou um processo contra a pretensão de verdade dos universais, acusando-a de superstição. Na autoridade dos
conceitos universais ele crê enxergar ainda o medo pelos demônios, cujas imagens eram o meio, de que se serviam os
homens, no ritual mágico, para tentar influenciar a natureza. Doravante, a matéria deve ser dominada sem o recurso
ilusório a forças soberanas ou imanentes, sem a ilusão de qualidades ocultas. O que não se submete ao critério da
calculabilidade e da utilidade torna-se suspeito para o esclarecimento.
(ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. Fragmentos filosóficos.
Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 21.)
 Com base no texto e no conceito de esclarecimento de Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
(A) O esclarecimento representa, em oposição ao modelo matemático, a base do conhecimento técnico-científico que
sustenta o modo de produção capitalista na viabilização da emancipação social.
(B) O esclarecimento demonstra o domínio substancial da razão sobre a natureza interna e externa e a realização da
emancipação social levada adiante pelo capitalismo.
(C) O esclarecimento compreende a realização romântica da racionalidade que acentuou, de forma intensa, a
interação harmônica entre homem e natureza.
(D) O esclarecimento abrange a racionalização das diversas formas e condições da vida humana com o objetivo de
tornar o ser humano mais feliz, quando da realização de práticas rituais e religiosas.
(E) O esclarecimento concebe o abandono gradual dos pressupostos metafísicos e a operacionalização do
conhecimento por meio da calculabilidade e da utilidade, redundando num modelo próprio de razão instrumental.
08“Agora que as paixões acalmaram, volto à proibição do fumo em ambientes fechados, aprovada pela Assembleia
Legislativa de São Paulo. Incrível como esse tema ainda gera discussões acaloradas. Como é possível considerar a
proibição de fumar nos lugares em que outras pessoas respiram uma afronta à liberdade individual? As evidências
científicas de que o fumante passivo também fuma são tantas e tão contundentes que os defensores do direito de
encher de fumaça restaurantes e demais espaços públicos só podem fazê-lo por duas razões: ignorância ou interesse
financeiro. Sinceramente, não consigo imaginar terceira alternativa’.
(VARELLA, Drauzio. “O fumo em lugares fechados”. Folha de S.Paulo, 25/04/2009.)
“Típico do espírito fascista é seu amor puritano pela ‘humanidade correta’ ao mesmo tempo em que detesta a
diversidade promíscua dos seres humanos. Por isso sua vocação para ideia de ‘higiene científica e política da vida’:
supressão de hábitos ‘irracionais’, criação de comportamentos ‘que agregam valor político, científico e social’. O
imperativo “seja saudável” pode adoecer uma pessoa. Na democracia o fascismo pode ser invisível como um vírus.
Quer um exemplo da contaminação? Votemos uma lei: mesmo em casa não se pode fumar. Afinal, como ficam os
pulmões dos vizinhos? Que tal uma campanha nas escolas para as crianças denunciarem seus pais fumantes?”
(PONDÉ, Luis Felipe. “O vírus fascista”. Folha de S.Paulo, 22/09/2008.)
 Confrontando o conteúdo dos dois textos, assinale a alternativa correta.
(A) Para os dois autores, é correta a existência de uma lei que proíbe o fumo em lugares fechados, pois ambos
baseiam-se em argumentos de natureza política e filosófica.
(B) O primeiro texto ampara-se em argumentos científicos, e o segundo, em argumentos de natureza política e
filosófica.
(C) Para o autor do segundo texto, o fascismo é um fenômeno superado da história, e por isso incompatível com
sociedades democráticas.
(D) Para o autor do segundo texto, argumentos de base científica prevalecem sobre argumentos de base política e
filosófica.
(E) Os dois textos apresentam visões contrastantes sobre a proibição do fumo, sendo que ambos baseiam seus
argumentos sob um ponto de vista científico.
09- A proposta de emenda à Constituição Brasileira 19/2010, de autoria do senador Cristovam Buarque, prevê a inclusão
no artigo 6º da Constituição, entre os direitos sociais, da “busca à felicidade”. Segundo o texto da justificativa da
proposta, “há felicidade coletiva quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade,
ou seja, justamente os direitos sociais — uma sociedade mais feliz é uma sociedade mais bem desenvolvida, em que
todos tenham acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, dentre
outros”.
 Uma possível crítica à inclusão da busca da felicidade no texto constitucional é:
(A) provocará imediatamente uma onda de processos judiciais contra a União, da parte de cidadãos deprimidos e que
se sintam destituídos do novo direito.
(B) será ineficaz, dada a incapacidade do Estado brasileiro em assegurar os serviços públicos básicos mencionados.
(C) é redundante, pois as condições que o Estado pode fornecer para a felicidade do indivíduo já estão explícitas nos
direitos assegurados neste mesmo artigo e em outros.
(D) fere a liberdade (de ser infeliz por opção, inclusive), pois é uma intromissão do poder político em assunto da esfera
estritamente particular.
(E) faz parte de um programa ideológico do Estado brasileiro para desviar a atenção da população em relação às
mazelas econômicas e políticas.
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10A cultura aparece aqui como a antítese de um projeto colonialista de estabilização, uma vez que os povos a
utilizam não apenas para marcar sua identidade, como para retomar o controle do próprio destino. Foi assim que
certos intelectuais burgueses alemães, destituídos de poder enquanto classe e de união enquanto nação,
responderam aos apóstolos iluministas de uma “civilização” universal (sem esquecer a ameaça anglo-francesa de
dominação industrial) — através da celebração das Kulturen indígenas de sua nação.
SAHLINS, Marshall. O "pessimismo sentimental" e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um "objeto"
em via de extinção (parte I). Mana: Estudos de Antropologia Social. Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, abr. 1997, p. 46.
 Algumas vezes acompanhado do adjetivo “tradicional”, o novo uso que se faz do termo cultura por sociedades ao
redor do planeta tem como consequência:
(A) o enfraquecimento desses povos, incapazes de adquirir em definitivo a cultura europeia e, portanto, segregados
dos circuitos de informação e poder necessários a seu cotidiano.
(B) o apego ao modelo alemão de folclore, o que contribui para enrijecer as tradições e impedir a dinâmica da
propagação cultural.
(C) a adaptação gradual das culturas tradicionais ao estilo de vida europeu (especialmente aquele de raiz alemã).
(D) o fortalecimento de tradições locais em face à tentativa de homogeneização da economia e indústria cultural
globais.
(E) a objetificação da cultura, que passa a ser vista como mais um produto escamoteado ao redor do globo pelos
capitalistas.
11- Na teoria social, trabalho precário (ou “precarizado”) é definido como aquele que se dá por contratos temporários ou
verbais, possibilidade de demissão ou rescisão a qualquer momento, salários sujeitos a grande variação, em condições
insalubres ou perigosas (sem a devida compensação financeira), falta de registro em carteira e acesso a benefícios,
ausência de treinamento e período de adaptação, além de não estar submetido a qualquer órgão de classe (sindicato).
Este tipo de trabalho vem crescendo muito no mundo contemporâneo.
 Com base na definição, são exemplos de trabalhos precarizados:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
secretárias e auxiliares administrativos, sem treinamento prévio para a função e sem benefícios definidos.
bombeiros e policiais militares, que se arriscam diariamente em seu trabalho e não possuem sindicato.
advogados e consultores financeiros, que não possuem contratante permanente.
técnicos de laboratório químico, sujeitos a variados graus de insalubridade e jornadas prolongadas.
operários da construção civil, contratados normalmente por empreitada e sem boas instalações de trabalho.
GABARITO
01- (A)
02- (C)
03- (C)
04- (A)
05- (A)
06- (C)
07- (E)
08- (B)
09- (C)
10- (D)
11- (E)
MCS/1406/BANCODEQUESTOES/FILOSOFIA/FIOSOFIA - 2a SERIE – ENSINO MEDIO – 1a ETAPA – 2013 – RAPHAEL HADAD - PARTE 1.DOC
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