HISTÓRIA - 2o ANO MÓDULO 06 A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA: ECONOMIA Como pode cair no enem (UFF) O Convênio de Taubaté, em 1906, inaugurou a primeira política de valorização do café. Considere tal política e analise as ocorrências enumeradas a seguir: I) manutenção dos lucros em todo o setor cafeeiro nacional e seu reinvestimento na própria cafeicultura; II) descompasso entre os padrões de desempenho da cafeicultura nas distintas regiões produtoras do centro-sul do país; III) manutenção dos lucros da cafeicultura paulista e diversificação agrícola das demais regiões produtoras de café; IV) fortalecimento do Partido Republicano fluminense e mineiro. Dentre essas ocorrências, as que são consequências da política mencionada estão indicadas por: a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) III e IV Fixação 1) (UNESP) É necessário que recusemos trabalhar também de noite, porque isso é vergonhoso e desumano. Em muitas partes, os homens conseguiram a jornada de oito horas, já desde 1856; e nós, que somos do ‘sexo frágil’, temos que trabalhar dezesseis horas!... Como se pode estudar ou simplesmente ler um livro, quando se vai para o trabalho às 7 da manhã e se volta para casa às 11 horas da noite? (Manifesto das costureiras, São Paulo, 1907. Citado por RODRIGUES, Edgard, Socialismo e sindicalismo no Brasil) a) Apresente uma característica da indústria paulista do início do século XX. b) Estabeleça relações entre a cafeicultura e o início do desenvolvimento da indústria paulista. Fixação 2) A política de valorização do café, implementada no decorrer da República Velha, atendia aos interesses dos cafeicultores. Para tanto, utilizava os seguintes instrumentos: a) investimentos na produção e desvalorização cambial; b) compra e queima do excedente produzido e desvalorização cambial; c) compra e queima do excedente produzido e investimentos na produção; d) financiamentos para modernização tecnológica e investimentos na produção; e) compra e queima do excedente produzido e financiamentos para modernização tecnológica. Fixação F 3) (UFF) O fato de a hegemonia da agroexportação cafeeira coexistir, durante a República4 Velha, o desenvolvimento industrial no sudeste do Brasil é considerado, por alguns autores,f como uma expressiva contradição da economia e da sociedade brasileiras no período. r Explique por que essa contradição é aparente, através da análise de duas situações geradasd pela mencionada coexistência de atividades. t r n a a p a f Fixação 4) (UFF) O quadro mostra a situação da malha ferroviária brasileira e indica as desigualdades regionais observadas na economia do país, decorridos vinte anos da República. BRASIL - Malha ferroviária - 1907 Região Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Total Malha Ferroviária (km) 212,596 3.613,952 11.019,954 2.758,715 – 17.605,217 Assinale a opção que apresenta um comentário correto e coerente com as informações referentes ao início do século XX fornecidas na tabela acima. a) Na Região Sul, a pecuária e a produção agrícola eram desenvolvidas, exclusivamente, por imigrantes e encontravam-se em completo abandono. Isso justifica a menor incidência de ferrovias no sul do país. b) A tecnologia ferroviária esteve ausente da Região Norte, em função da total inexistência de produtos para exportação. c) A expansão da cafeicultura no estado do Rio de Janeiro, devido à incorporação de terras virgens para o plantio do produto, determinou a concentração da malha ferroviária na Região Sudeste. d) O boom da expansão cafeeira sobre o Oeste paulista explica a concentração de ferrovias construídas na Região Sudeste. e) A agroindústria açucareira e a produção algodoeira do Nordeste viviam um momento de apogeu inaugurado pelo início do novo século, mas, o escoamento desses produtos era dificultado pela ausência de ferrovias na região. Fixação 5) (PUC) Analise com atenção o quadro a seguir. Custo de vida, salários e produção industrial no Brasil Ano Custo Salários Produção 1914 100 100 100 1915 108 100 118 1916 116 101 140 1917 128 107 197 1918 144 117 171 1919 148 123 209 1920 163 146 198 (SIMONSEN, R.C. A Evolução Industrial do Brasil apud IANNI, O., 1975, P.62. ) Tomando como referência os dados do quadro e o contexto da época, é correto afirmar, EXCETO: a) a partir de 1914, as condições de vida dos trabalhadores pioraram bastante, aumentando os movimentos grevistas; b) a produção industrial apresentou uma sen-F sível queda, de 1914 a 1918, devido à redução das exportações em função da guerra; 6 c) entre os anos de 1919 e 1920, houve umas elevação no custo de vida e dos salários ena quanto que a produção industrial apresentou N uma queda; b d) apesar da expansão industrial, o custo de vida, entre 1914 e 1916, elevou-se 16%, en-c quanto os salários subiram apenas 1%; d e) durante o período da Primeira Grandee Guerra, observa-se um gradativo aumento doe custo de vida. Fixação 6) (FUVEST) Sobre a economia brasileira durante a Primeira República, é possível destacar os seguintes elementos: a) exportações dirigidas aos mercados europeus e asiáticos e crescimento da pecuária no Nordeste; b) investimentos britânicos no setor de serviços e produção de bens primários para a exportação; c) protecionismo alfandegário para estimular a indústria e notável ampliação do mercado interno; d) aplicação de capital estrangeiro na indústria e consolidação do café como único produto de exportação; e) integração regional e plano federal de defesa da comercialização da borracha na Amazônia. Proposto 1) (FGV) O acerto do Funding Loan, entre o presidente Campos Sales e a Casa Rothschild, representou para a economia brasileira: a) as condições necessárias para o primeiro investimento industrial do país; b) uma reacomodação da dívida brasileira com os EUA, que permitiu subsidiar por mais alguns anos os cafeicultores paulistas; c) um novo empréstimo e a suspensão da amortização do débito até 1911; d) o fim do ciclo de dependência em relação aos banqueiros ingleses, com o perdão da dívida e a amortização dos juros até 1930; e) uma política deflacionária que estabilizou o país pelas décadas seguintes. Proposto 2) Leia o discurso do deputado Victor Silveira, na sessão de 8 de agosto de 1914, no Congresso Nacional. Nós estamos comercialmente isolados do velho mundo; não sabemos quanto tempo permanecerá a aflição desta catástrofe que lá se desenrola; não sabemos quando os nossos produtos voltarão a ser cotados e recebidos por esses mercados, quando estes tornarão a se normalizar; mas o certo é que os dois principais produtos da nossa exportação se encontram nesse momento sem cotação e, absolutamente, sem possibilidades de exportação. (Documentos Parlamentares. Política Econômica: Valorização do café. Rio de Janeiro: Jornal do Commércio, 1915. v. 2. p. 358.) O deputado mostrava, no discurso, sua preocupação com a situação econômica que passava o Brasil naquele contexto histórico. O deputado, quando menciona as expressões “catástrofe” e os “dois principais produtos da nossa exportação”, refere-se à: a) Queda da Bolsa de Nova Iorque e ao café e borracha; b) Guerra Civil na Itália e na Alemanha e ao café e açúcar; c) Guerra Civil na Itália e na Alemanha e ao café e algodão; d) Primeira Guerra Mundial e ao café e algodão; e) Primeira Guerra Mundial e ao café e borracha. Proposto 3) O processo de industrialização brasileira, esboçado na Primeira República, caracterizou-se por uma estreita dependência com a economia cafeeira porque: a) os governos republicanos, controlados pela oligarquia do café, estabeleciam medidas de proteção à indústria nacional; b) atenuava o endividamento do Estado brasileiro com o capitalismo internacional, favorecendo os investimentos públicos; c) a monocultura do café consolidou a exploração da mão de obra escrava, garantindo a formação de capital para a indústria; d) a política de proteção do preço do café através da desvalorização cambial incentivava a economia de substituição de importações; e) a economia do período não dependia do afluxo de capitais internacionais, trabalhando com um grau reduzido de endividamento externo. Proposto 4) (FUVEST) Em 1872, a cidade de São Paulo possuía 31.385 habitantes. Em 1920, havia 579.033 pessoas na capital. Explique esse extraordinário crescimento no período. o - Proposto 5) (UFRJ) O mil e novecentos foi, em Manaus, (...) época de um esplendor artístico em desproporção com a paisagem agrestemente tropical que rodeava a um tanto postiça capital do Amazonas. Já Manaus tivera, com efeito, bonde elétrico, praças asfaltadas, porto eletrificado — tudo antes de outros Estados. O Teatro Amazonas já era o mais belo e o mais imponente teatro de todas as Américas. (FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1959, tomo 2, p. 408 e 411.) Nas últimas décadas do século XIX e no início do século XX, o surgimento do pneumático e o desenvolvimento da indústria automobilística fizeram crescer a demanda internacional pela borracha. Nesta mesma época, o Brasil detinha praticamente 100% do mercado mundial do produto, desfrutando, assim, de uma situação privilegiada no mercado internacional. Cartão postal da vista panorâmica de Manaus, c.1900 Tendo por base o texto de Gilberto Freyre, explique uma consequência interna à Amazônia da expansão da atividade seringueira. Proposto 6) (UERJ) O futuro crescimento intelectual vai irradiar de São Paulo (...) O século XVI pertenceu a Pernambuco, o XVII à Bahia, o XVIII a Minas Gerais, o XIX ao Rio de Janeiro, o século XX é o século de São Paulo. (LIMA. A.A. ln: MARTINS, W. História da Inteligência brasileira. São Paulo: Edusp, 1978.) Os dados sobre o período de 1872-1920 podem indicar que o aumento da influência intelectual da cidade de São Paulo, apontada pelo autor do texto, acompanhou a aceleração do seu crescimento demográfico em relação ao da capital do país. A explicação para tal aceleração pode ser encontrada no processo de: -a) formação de uma nova elite paulista de origem imigrante; b) afluxo de trabalhadores oriundos da crise da economia açucareira; c) decadência da capital associada aos interesses das elites comerciais; d) desenvolvimento dos setores urbanos ligados à economia cafeeira. Proposto 7) (PUC) Sobre o processo de industrialização do Brasil, no período conhecido como República Velha (1889 a 1930), sabe-se que: a) com o declínio da cafeicultura, atividade econômica mais expressiva do país durante quase todo o século XIX, os centros urbanos investiram maciçamente na criação de fábricas; b) a despeito da política de incentivo à industrialização, adotada pelo Governo, o Brasil só conseguiu um desenvolvimento tecnológico autônomo ao final da década de 1930; c) a concentração de capitais e a mão de obra, proveniente dos movimentos migratórios, fez com que os centros urbanos do Nordeste se destacassem na implantação do sistema fabril; d) dentre os trabalhadores, era significativo o número de operários imigrantes nas fábricas de São Paulo e do Rio de Janeiro; e) os direitos garantidos aos trabalhadores urbanos pela Consolidação das Leis Trabalhistas justificaram o fluxo migratório para as cidades industrializadas. Proposto 8) (FUVEST) Qual a situação econômica do Brasil quando Campos Sales assumiu a Presidência? Que medidas adotou frente a esta situação? z