REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE – SC Como proceder para seleção dos problemas para a elaboração das Linhas de Cuidados Método CENDES-OPS: Magnitude: tamanho do problema. Transcendência: importância política, cultural e técnica que é dada ao problema considerado. Vulnerabilidade: existência de conhecimento e recursos materiais para enfrentar o problema. Custos: quanto custa, em termos de recursos financeiros, para enfrentar o problema. A pontuação a ser utilizada pode ser de 1 a 3, sendo que o 1 significa uma baixa magnitude, transcendência, vulnerabilidade e um alto custo e o 3 uma alta magnitude, transcendência, vulnerabilidade e um baixo custo e o 2 é uma situação intermediária para magnitude, transcendência e vulnerabilidade. Diferentemente dos demais critérios, os custos são apresentados na ordem inversa, onde um alto custo financeiro receberia baixa pontuação e na situação contrária, um baixo custo seria melhor pontuado. LISTAGEM DE PROBLEMAS DE SAÚDE A PARTIR DO DIAGNÓSTICO DO PLANO ESTADUAL DE SAÚDE MAGN. TRANS. VULNER. LINHAS DE CUIDADOS EM SAÚDE HAS E DM CUSTOS TOTAL 1 Acompanhando a tendência observada no país, Santa Catarina vem apresentado um aumento dos óbitos por doenças crônico-degenrativas. Juntas, as doenças do aparelho circulatório e as neoplasias são responsáveis por mais da metade das mortes dos catarinenses e estão intrinsecamente relacionadas ao estilo de vida e aos hábitos sociais e culturais considerados importantes fatores de risco para o aparecimento dessas patologias. Entre as doenças crônicas, merecem destaque por sua magnitude e vulnerabilidade a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças respiratórias, as neoplasias de traquéia, brônquios e pulmão e de mama e colo de útero entre as mulheres. O controle e a redução da morbimortalidade por essas doenças dependem de uma articulação inter e intra-setorial. O diabetes mellitus é responsável por 80% das mortes por doenças endócrinas tendo maior incidência entre as mulheres. A Principal causa de óbito no estado de SC são as doenças do aparelho circulatório, que contribuem com 1/3 do total de óbitos, sendo também importante causa de internação hospitalar no Estado, destacando-se a Insuficiência Cardíaca. Os principais fatores causais estão associados à hipertensão arterial, fumo e alta taxa de colesterol, entre outros. 1 LINHAS DE CUIDADOS EM SAÚDE SAÚDE DO IDOSO As mortes relacionadas ao aparelho respiratório, especialmente as relacionadas a doenças crônicas (DBPOC, enfisema e pneumonias), tem uma importância maior na população maior de 60 anos, estando entre as principais causas de internação hospitalar. AIDS AIDS é a principal causa de óbito entre as doenças infecciosas e parasitárias (42%) nas regiões Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. Aumento da incidência de AIDS entre mulheres a partir do ano de 2000, superando a média nacional. Alta taxa de incidência de AIDS em SC Hepatite B e C Alta prevalência de Hepatite B e C no Estado de Santa Catarina Tuberculose Alta prevalência de Tuberculose no Estado de Santa Catarina Saúde da Criança O aumento de casos de doenças diarréicas agudas pode ser atribuído em parte à intensificação do programa de Monitoramento do evento. No entanto, este é um problema que requer a adoção imediata de ações preventivas. Aumento do número de casos de varicela nos anos de 2003 e 2004 com a agravante da não disponibilidade de vacina na rotina. Elevadas taxas de morbi-mortalidade em menores de 5 anos por causas evitáveis. As infecções respiratórias agudas, as diarréias e a desnutrição constituem importantes causas de internação hospitalar entre crianças menores de 5 anos e ainda são responsáveis por mortes nestas faixas etárias. A mortalidade infantil no Estado ainda pode ser reduzida e o componente neonatal representa maior parcela das mortes menores de 1 ano. Alto percentual de óbitos por causas mal definidas em menores de 1 ano. Saúde da Mulher Das mortes femininas por neoplasias, ainda prevalece o câncer de mama e de colo de útero, sendo responsáveis por 18% dos óbitos femininos. O coeficiente de mortalidade materna é elevado nas macrorregiões Sul e Extremo Oeste. Insuficiente oferta de consultas pré-natais em quantidade e qualidade. Aumento da Gravidez na adolescência. Entre os indicadores de saúde não pactuados pela maioria dos municípios destaca-se o percentual de óbitos de mulheres em idade fértil,ocasionando a sub enumeração dos óbitos maternos. Precária estrutura assistencial e inexistência de ações e políticas em relação a violência contra mulheres e crianças. O percentual de cesáreas no Estado é alto e com tendência crescente. Santa Catarina excede 24,4% das cesarianas realizadas no país. MAGN. TRANS. VULNER. CUSTOS TOTAL 7 3 4 10 8 6 2 LINHAS DE CUIDADOS EM SAÚDE Saúde do Trabalhador Presença de atividades econômicas de alto risco para saúde dos trabalhadores e falta de processo de alimentação cadastral das atividades de maior risco em todas as Macrorregiões. Alto percentual de óbitos por acidentes de trabalho em faixa etária jovem, com destaque para mortes em crianças e adolescentes no Extremo e Meio Oeste, Planalto Norte e Vale do Itajaí. Alto índice de perdas prematuras na faixa etária produtiva por acidentes de trânsito e outros acidentes incluindo acidentes de trabalho. Alto percentual de registro de ignorado no campo referente ao acidente de trabalho da Declaração de Óbito. Incremento de registros nas CATs dos acidentes de trabalho com destaque para macros Sul, Planalto Serrano, Nordeste e Planalto Norte Altos índices percentuais de doenças do trabalho relacionadas ao sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Falta de sistema de notificação dos agravos relacionados ao trabalho de trabalhadores informais, do setor público, dos autônomos e especiais. Falta de fluxo sistemático de informações entre os Centros Referência em Saúde do Trabalhador Regionais e Estadual. Falta de capacitação da rede básica e Pronto Atendimento hospitalar para suspeitar e diagnosticar os agravos relacionados ao trabalho. Saúde Mental Incremento de transtornos mentais e comportamentais devido o uso de álcool e substância psicoativas. Insuficiência de recursos materiais e financeiros. Carência de recursos humanos e existência de contratos de trabalho temporários. Despreparo no atendimento aos usuários dos serviços de saúde. Falta de comunicação entre os serviços da rede de assistência e de protocolos que orientem as equipes de saúde mental quanto aos procedimentos adequados. Concentração de leitos psiquiátricos, na Grande Florianópolis. Inexistência de leitos especializados em psiquiatria para tratamento de crianças e adolescentes, bem como tratamento específico para mulheres em todo Estado. Saúde do Adulto/ homen Altas taxas de morbi-mortalidade por acidentes e violência em especial no sexo masculino. Saúde Bucal O indicador média mensal de procedimentos odontológicos coletivos em saúde bucal na população até 14 anos não atingiram 70% da meta pactuada pelo Estado. Precariedade nas informações epidemiológicas e nos indicadores de avaliação da atenção Descumprimento das leis federal e estadual sobre a obrigatoriedade de fluoretação das águas de abastecimento público em especial Baixa cobertura dos procedimentos coletivos odontológicos, Déficit na oferta da atenção básica e nas ações especializadas em especial nas macrorregiões: Planalto Norte, Meio Oeste, Vale do Itajaí e Sul. MAGN. TRANS. VULNER. CUSTOS TOTAL 9 5 10 2 3