143 Uma Macromolécula Capaz de Alterar o Resultado da CK-MB e Induzir ao Erro no Diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio Ana Cristina de Almeida Camarozano, Luís Miguel Gaspar Henriques São Paulo, SF Objetivo – Avaliar o valor diagnóstico da elevação da CK-MB no infarto agudo do miocárdio (MM), distinguir a relação existente entre creatino-fosfoquinase (CPK), CKMB e macro CK-BB (macromolécula formada por CKBB atípica ligada a imunoglobulina) e investigar a associação da macro-BB com neoplasias. Métodos - Foram estudados 105 pacientes, sendo 47 com neoplasias diversas, 8 com IAM e um grupo controle com 50 indivíduos sem doenças cardíacas ou oncológicas. Em todos os grupos foi dosada a CK-MB, CPK e macro CK-BB séricas. Resultados - Entre os pacientes com neoplasia, 12 (25,6%) apresentaram macro CK-BB no soro. Destes, 2 (16, 6%) tiveram aumento concomitante de CK-MB. Todos os casos positivos de macro CK-BB estavam associados a doença maligna. Conclusão - A CK-MB contínua sendo um marcador fidedigno no IAM, porém, quando esta isoenzima estiver elevada com CPK normal ou pouco aumentada, deve-se pesquisar a presença da macro CK-BB para descartar falso-positivos resultados. Constatou-se, ainda, que a presença da macro-BB pode estar relacionada à malignidade, principalmente com o carcinoma prostático. Palavras-chave: macro CK-MB, neoplasia, infarto do miocárdio A Macromolecule Capable of Modifying CK-MB Results and to Induce False Acute Myocardial Infarction Diagnosis Purpose - To evaluate the diagnostic value of CKMB in acute myocardial infarction, to differentiate the relation between creatine phosphokinase (CPK), CKMB and macro CK-BB (a macromolecule formed by an atypic CK-BB linked to an immunoglobulin) and to investigate the association of macro-BB with cancer. Methods - We studied 105 patients: 47 with various tumors; 8 with acute myocardial infarction and one control groupe with 50 persons without cardiac or oncologyc diseases. The CK-MB, CPK and macro CK-BB were measured in the serum of all patients and of the control group. Results - Among patients with cancer, 12 (25.6%) showed positive serum macro CK-BB. Two of them (16.6%) showed concomitant increase in CK-MB. All patients with increased serum macro CK-MB had malignant tumors. Conclusion - The CK-MB is a reliable test for the myocardial infarction, however, when this isozyme is increased in the presence of normal CPK value, it must be questioned the presence of macro CK-BB to avoid false positive results. The presence of macro CK-BB could be relationed with malignant disease, specially with carcinoma of the prostate. Key-words : macro CK-BB, tumor, myocardial infarction Arq Bras Cardiol, volume 66 (n°3), 143-147, 1996 O tecido muscular e cerebral contêm quantidades substanciais de creatina fosfato, a qual impede a rápida depleção de ATP e abastece os músculos com fosfato de alta energia13 . A creatina fosfato é formada a partir de ATP e creatina, quando o tecido muscular está relaxado e as demandas de ATP não são muito elevadas. A enzima catalizadora desta reação é creatina fosfoquinase (CPK)4. Em 1967 foi demonstrada a existência de três isoenzimas da creating quinase (CPK), a MM encontrada no Hospital Prof Edmundo Vasconcelos - São Paulo Correspondência: Ana Cristina A. Camarozano - Rua Eula Herper Bowden, 37 – 09740-46O - São Bernardo do Campo, SP Recebido para publicação em 7/8/95 Aceito em 8/11/95 músculo esquelético, a BB no tecido cerebral e a forma h~brida MB no músculo cardíaco 3. Foi demonstrada uma 4a enzima associada apenas à mitocôndria, que é imunologicamente distinta das formas MM e BB e não sofre hibridização com enzimas citoplasmáticas5. Normalmente, a atividade isoenzimática detectada no soro humano é de cerca de 96% para CK-MM e de 4% para a CKMB. O dímero BB é encontrado basicamente no cérebro, devendo estar ausente no sangue periférico de indivíduos normais. Contudo, uma forma atípica de BB pode ser liberada pelo trato gastrointestinal, próstata, bexiga, rins e útero, em casos de comprometimento maciço desses órgãos. Duas isoenzimas macromoleculares têm sido consideradas como causa de falso positivos para a CK-MB: macro CK tipo 1 e macro CK tipo 2. A tipo 1 é um complexo de Arq Bras Cardiol colume 66, (nº 3), 1996 144 CK-BB ou CK-MM ligado a IgG ou IgA. A macro CK tipo 2 é um complexo oligomérico de origem mitocondrial, e está associada a neoplasias 6, O presente estudo tem por finalidade estimar a elevação da CPK, CK-MB e macro CK-BB, nos grupos de pacientes com neoplasias diversas, com infarto agudo do miocárdio (IAM) e em indivíduos sadios, com o propósito de avaliar a falsa elevação da CK-MB às custas da macro CK e, também, de averiguar a relação desta com os diferentes grupos estudados. Métodos Foram estudados 105 pacientes, jovens e adultos, no período de junho a outubro/94. A tabela I mostra adistribuição por sexo e idade média nos diferentes grupos. O grupo de pacientes com neoplasia foi escolhido aleatoriamente, sendo que a maioria cursava com metástases à distância e todos com doença maligna estavam dentro da programação oncológica para tratamento cirúrgico, quimioterapia ou sob medidas de suporte para estágio final do câncer. Somente um paciente do grupo estava sob radioterapia. O 2° grupo foi constituído por indivíduos com IAM, considerando que a amostra do soro foi colhida até 48h após o início do quadro álgico e, ainda, com enzimas cardíacas elevadas. O grupo de indivíduos sadios, também escolhidos de forma aleatória, apresentava em comum a ausência de doenças cardíacas ou oncológicas prévias ou atuais. Este grupo continha 3 com hipertensão arterial sistêmica, 2 com hiperlipidemia, 1 gestante e 1 com doença de Addison. De todos foi coletada amostra única de sangue periférico, a qual foi centrifugada a 2.500 rpm por 10min, o soro foi estocado a 5°C até a análise. O método enzimático utilizado foi o CK-NAC Unitest AA e CK-MB NAC Unitest para as dosagens de CPK e CKMB respectivamente, ambos utilizando a luz ultravioleta para a determinação das isoenzimas através da análise por espectrofotometria. O 1° é um método puramente enzimático baseado na formação de NADPH na presença de hexoquinase e glicose-6P-desidrogenase. A dosagem da CK-MB utilize um anticorpo monoclonal antifração M do dímero da CK, que inibe tanto a isoenzima MM como a subunidade M da CK-MB. Partindo-se da premissa que o dímero BB praticamente inexiste no Tabela I - Distribuição dos grupes conforme amostra, sexo e media de idade Grupos Amostra Sexo Media de Idade Neoplasias Infarto agudo do miocárdio Sadios 47 (44,7%) 25M - 22F 55 anos 8 (7,6%) 50 (47,6%) 7M - 1F 16M - 34F 49 anos 41 anos Total 105 (100%) 48M - 57F - sangue periférico, a atividade enzimática residual será dosada pela subunidade B acoplada à subfração M neutralizada. A macro CK-BB (CK-BB atípica ligada a IgG predominantemente) não é inibida pelo anticorpo anti-M, nem quando colocada a 45°C durante 20min, pois a ligação à IgG confere resistência térmica ao complexo7 ; enquanto que a CPK e CK-MB são dosados numa temperatura de 37°C, desnaturando na temperatura da macro-CK. Os métodos utilizados consideram os valores normais da CPK até 180UI/L, de CK-MB até 10UI/L e macro CK ausente. A análise estatística foi realizada através do teste x2 de Pearson. Resultados A tabela II mostra as diferentes neoplasias investigadas e a dosagem de CPK, CK-MB e macro CK-BB em cada uma delas. Observamos que a macro CK-BB esteve presente em 12 dos 47 pacientes neoplásicos, a CK-MB elevou-se em 2 desse grupo que apresentavam no soro a macroCK. Na tabela III apresentamos os 13 tipos de neoplasias encontradas entre os 47 indivíduos desse grupo, analisando individualmente a elevação da CPK, CK-MB e macro CKBB. Dos 47 pacientes com neoplasias, 13 (27,6%) apresentaram aumento dos valores da CPK acima do normal (p<0,0 1), 2 (4,25 %) tiveram aumento da CK-MB acima do normal (p<0, 10) e 12 (25,6%) tiveram macro CK-BB presente no soro (p<0,01). Entre os pacientes com neoplasias, que tinham macro CK-BB no soro, 2 (16,6%) tinham também CK-MB elevada (p<0,05), 6 (50,0%) CPK acima do normal (p<0,05) e 1 (8,3%) apresentava elevação concomitante da CPK e da CKMB (p<0,05). Todos os pacientes que tinham macro CK-BB sérica apresentavam doença maligna. Um dos pacientes com presença de macro-CK apresentou altas taxas de CPK, devido à amostra ter sido colhida no pós-operatório de cirurgia de rotação de retalho em região cervical. Outra paciente com CPK bastante elevada era portadora de câncer de pulmão, em tratamento quimioterápico e não foi evidenciada a causa de tal aumento. Nenhum paciente do grupo de IAM apresentou macro CK-BB sérica (tab. IV). Como esperado, todos os infartados apresentaram CPK acima do normal, e também elevação dos níveis de CK-MB. Um dos pacientes com quadro clínico sugestivo de IAM não apresentou qualquer alteração enzimática, não se confirmando o diagnóstico, sendo portanto, excluído do grupo. Nenhum paciente do grupo de sadios apresentou macro CK-BB sérica, assim como a dosagem para CKMB não excedeu os limites normais. Seis indivíduos (12%) deste grupo apresentaram elevação isolada de CPK acima do valor normal. Não foi investigada a causa da alteração nesses casos. Arq Bras Cardiol colume 66, (nº 3), 1996 145 Tabela II - Tipos de neoplasias nos pacientes estudados e sues respectivas taxas plasmáticas de CPK, CK-MB e macro CK-BB, com ênfase para os resultados alterados Tipo de neoplasia CPK CK-MB Próstata Próstata Próstata Próstata Próstata Mama Mama Mama Mama Mama Mama Mama Mama Intestino Intestino Intestino Intestino Intestino Intestino Intestino Intestino Pulmão Pulmão Pulmão Pulmão Pulmão Pulmão Pulmão Cabeça e pescoço Cabeça e pescoço Cabeça e pescoço Cabeça e pescoço Cabeça e pescoço Estômago Estômago Estômago Estômago Pele Pele Linfoma de Hodgkin Linfoma de Hodgkin Leucemia Leucemia Pâncreas Esôfago Rim Midoma múltiplo 118 225 187 89 125 78 82 118 262 30 106 64 40 250 58 170 20 41 38 26 281 153 194 38 70 39 574 35 124 75 210 90 650 108 24 30 10 78 346 271 60 152 20 264 216 76 32 1 28 10 6 8 6 2 2 10 1 7 7 1 8 6 14 0 2 4 7 4 8 5 3 5 3 9 8 4 5 9 6 3 4 7 4 2 6 2 9 2 3 1 10 6 5 1 Tabela III - Número de casos de cada neoplasia e o número de casos de cada grupo que tiveram alteração enzimática Tumores N° Casos CPK CK-MB Macro CK-BB Intestino Mama Pulmão Próstata Cab/pescoço Estômago Pele L.Hodgkin Leucemia Pancreas Esôfago Rim Mieloma 8(17,0%) 8(17,0%) 7(14,0%) 5 (10,6%) 5 (10,6%) 4 (8,5%) 2 (4,2%) 2 (4,2%) 2 (4,2%) 1(2,1%) 1(2,1%) 1(2,1%) 1(2,1%) 2(25,0%) 1(12,5%) 2(28,5%) 2 (40,0%) 2 (40,0%) 1(50,0%) 1(50,%) 1 (100%) 1 (100%) - 1(1,2%) 1(20,0%) - 2 (25,0%) 2 (25,0%) 2 (28,5%) 5 (100%) 1 (20,0%) - Total 47 (100%) 13 (27,6%) 2 (4,25%) 12 (25,6%) Macro CK-BB 12 60 65 12 12 0 0 30 8 0 0 0 0 82 0 70 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 2 0 0 0 0 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Discussão Há cerca de 20 anos, a dosagem de CK-MB vem sendo utilizada como principal método para confirmação ou exclusão de IAM. Como a CK-MB pode ser estimada indiretamente pela atividade da CK-B no soro (devido à inibição da subunidade M por anticorpos anti-M), a leitura da CK-B poderia representar a CK-BB ou a macro CK. Sabendo-se que as duas últimas praticamente inexistem no sangue periférico8-10, a atividade da CK-B é utilizada para determinar a atividade da CK-MB “ . O fato da CK-BB comum estar aumentada em determinadas neoplasias malignas, tem sido relatado por vários Tabela IV - Resultados laboratoriais das enzimas dosadas até 48h após início o quadro de IAM IAM Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 Caso 5 Caso 6 Caso 7 Caso 8 CPK (IU/1) CK-MB (IU/I) Macro CK-BB 840 1058 810 5020 1192 2807 954 444 28 30 15 101 35 60 16 14 - autores 5,6,10,12-18 . Porém, estudos comprovam que esta isoenzima também pode se elevar em resposta a esteróides sexuais19, atividade da vitamina D e seus metabólicos20, estrogênios e PTH 21, GH glicorticóides 19 , isquemia e reperfusão hepática22,23 , uropatia obstrutiva e azotemia10. Esses dados fazem com que essa isoenzima perca características importantes como marcador tumoral, pois pode estar alterada em situações outras que não neoplásicas. No entanto, ao longo dos anos foram detectadas formas de isoenzimas CK atípicas e, subseqüentemente, dois tipos de macro CK foram descritos: tipo 1 (citoplasmático) que é a CK-MM ou CK-BB ligada à IgA ou IgG; e a tipo 2, que é forma mitocondrial, liberada em situações de lesão tecidual específicas. Ambas podem produzir falsas elevações da CKMB e a tipo 2 parece estar associada à doença maligna. Foram esses complexos que nos chamaram à atenção, uma vez que podem ester significativamente relacionados à neoplasia maligna e, ainda, podem alterar os resultados da CK-MB, causando dúvidas no diagnóstico de IAM. Talvez seja esta, a principal causa da elevação da CK-MB em pacientes não infartados, ao invés da síndrome de instabilidade coronariana. Pereira e col9 consideraram a elevação da CK-MB em 0,5 a 3% dos pacientes, devido à presença de macro CK-BB. Apresentaram em seus estudos, 4 casos onde a elevação de CK-MB causou dúvida no diagnóstico de IAM, sendo que Arq Bras Cardiol colume 66, (nº 3), 1996 146 um paciente apresentava neoplasia maligna de mama. Yuu e col descreveram 3 casos de CK ligada à imunoglobulina, resultado em falso-positivos para a CKMB, citando que essa macro-CK poderia atuar como imunocomplexo circulante. Todos os pacientes estudados por eles apresentavam tumores malignos7. Resultados similares foram demonstrados por Dickey e col 24; seus casos investigados além de terem elevação da CK-MB e de possuírem algum tipo de câncer, tiveram, concomitantemente, precordialgia com alterações discretas no eletrocardiograma (sem diagnóstico de infarto). Venta e col25 mostraram que a preferência do método para a dosagem da macro CK-BB seria o imunoquímico ou o uso de anticorpos anti IgG e anti-BB no soro antes da eletroforese, uma vez que nesta, o macrocomplexo pode salientar a banda da CK-MB. Já Hulting e col26 descrevem que em técnicas como a cromatografia e a imunoinibição podem ocorrer interferências nos resultados da isoenzima CK. A isoenzima CK-MB atuando como marcador de escolha na injúria miocárdica chegou a ser questionada por Adams III e col27 que citou a troponina 1 como um marcador mais específico. A presença da falsa elevação da CK-MB fica confirmada pela manutenção de seus níveis aumentados ao longo do tempo e pelo fato da macro CK não ser inativada pelo aquecimento do soro. Este estudo foi feito através do método imunoquímico e mostrou que a CK-MB encontrou-se elevada em 4,25% dos casos com neoplasia, estando dentro da normalidade no grupo sadio e, como esperado, elevada em 100% dos casos de IAM. Evidenciou-se assim, que a CK-MB continua sendo um marcador fidedigno para o IAM e sua elevação fora dessa situação tem um valor pouco significativo, podendo ser falseada em reduzido número de casos, como descrito por outros autores9,24,26-29. Observou-se que os falsos resultados se deram às custas da presença da macro CK-BB no soro; porém, nesses casos a CPK total estava dentro dos valores normais ou ligeiramente aumentada. Assim, sugerimos dosagem de macro CK-BB em pacientes com CK-MB elevada de modo desproporcional à CK total, na vigência ou não de precordialgia associada, uma vez que a presença desta macromolécula pode indicar neoplasia maligna. Este estudo indica ainda, apossibilidade da macro CKMB atuar como marcador tumoral, principalmente para o carcinoma de próstata. Referências Bioch Biophys Res Commun 1990;173:337-45. 12. Carney DN, Zweig MH, Ihde DC. Cohen MH, Makuch RW, Gazdar AF - Elevated serum creatine kinase BB levels in patients with small cell lung cancer. Cancer Res Commun 1990; 173:351-7. 11 DeLuca M, Hall N, Rice R, Kaplan - Creatine kinase isoenzymes in human tumors. Bioch Biophys Res Commun 1981;99:189-95. 14. Feld RD, Witte DL - Presence of creatine kinase BB isoenzyme in some patients with prostatic carcinoma. Clin Chem 1977;23:1930-2. 15. Gazdar AF, Zweig MH, Carney DN, Steirteghen AC, Baylin SB, Minna JD Levels of creatine kinase and the BB isoenzyme in lung cancer specimes and cultures. Cancer Res 1981;41:2773-7. 16. Ishiguro Y, Kato K, Akatsuka H, Ito T - The diagnostic and prognostic value of pretreatment serum creatine kinase BB level in patients with neuroblastoma.Cancer l990;65:2014-19. 17. Takashi M, Zhu Y, Hasegawa S, Kata K - Serum creatine kinase B subunit in patients with renal cell carcinoma. Urol Int 1992;48:144-8. 18. Thompson RJ, Rubery ED, Jones HM - Radioimmunoassay of serum creatine kinase-BB as a tumor marker in breast cancer. Lancet 1980; ii:673-5. 19. Smjen D, Weisman Y, Harell A, Berger E, Kaye AM - Direct and sex steroids of creatine kinase activity and DNA synthesis in rat bone. Proc Nath Acad Sci 1989;86:3361-5. 20. Binderman I, Harel S, Earon Y et al - Acute stimulation of creatine kinase activity by vitamin D metabolities in the developing cerebellum. Bioch Biophys Acta 1988;972;9-16. 21. Snjem D, Zor U, Kaye A, Harell A, Binderman I - Parathyroid hormone inductionn of creatine kinase activity and DNA synthesis in mimicked by phospholipase C, diacylglycerol and phorbol ester. Bioch Biophy Acta 1989;931:21523. 22. Malnick SDH, Bass DD, KAYE AM - Creatine kinase BB: a response marker in liver and other organs. Hepatology 1994;19:261. 23. Vadaubourdolle M, Chazouilleres O. Poupon R et al - Creatine kinase-BB: a marker of liver sinusoidal damage in ischemia-reperfusion. Hepatology 1993; 7:423-8. 1. Mayes PA - Bioenérgetica. In: Murray RK. Granner DK, Mayes PA. Rodwell VW - Harper Bioquímica – 6ª ed. São Paulo: Atheneu 1990;97. 2. Bessman SP, Geiger PJ - Transport of energy in muscle: the phosphory locreatine shuttle. Science 1981:211:448-52. 3. Walliman T, Wyss M, Brdiczka D, Nicolay K, Eppenberger HM - Intracellular compartimentation structure and function of creatine kinase isoenzymes in tissues with high and fluctuanting energy circuit for cellular energy homeostasis. BiochemJ 1992:281:21-40. 4. Rodwell VW - Proteínas contráteis e estruturais. In: Murray RK, Granner DK, Mayes PA, Rodwell VW - Harper Bioquímica, 6ª ed. São Paulo: Atheneu 1990;630. 5. Brosnan MJ, Raman SP, Chen L, Roretsky AP - Altering creatine kinase isoenzyme in transgenic mouse muscle by overexpression of the B subunit. AmJ Physiol 1988;264:C151-C60. 6. RoguljicA, SafwanT, Separovic V - Creatine kinase-BB activity in malignant tumors and in sera from patients with malignant diseases. Tumori 1989;75:53741. 7. Yuu H. Ishizawa S. Takagi Y. Gomi K, Senju O. Ishii T - Macro creatinine kinase: a study on CK-linked immunoglobulin. Clin Chem 1980;26:1816-20. 8. Mathieu M, Steghens JP, Horder M, Moss DW, Colinet E, Profilis C - A referate preparation of creatine kinase BB isoenzyme. Clin Chem 1993:39:18948. 9. Pereira MB, Korkes H. Schubsky V et al - Elevação da CK-MB na ausência de lesão miocárdica - macro CK-BB - proposta para roteiro de diagnóstico diferencial a propósito de 4 casos representativos. Rev Bras Medic 1992; 49:648-50. 10. Homburger HA, MillerSA, Jacob GL - Radioimmunoassay of creatine kinase B - isoenzyme in serum of patients with azotemia, obstructive uropathy, or carcinoma of the prostate bladder Clin Chem 1980;26:1820-1. 11. Chida K, Tsunenaga M, Kasahara K et al - Purification and identification of creatine phosphokinase B as a substrate of protein kinase C in mouse skin vivo. Agradecimentos Aos Drs Dilson Lessa Lobo Santos e Airma Cutrim pelas sugestões apresentadas e ao Dr Giuseppe Arminio pela colaboração. Arq Bras Cardiol colume 66, (nº 3), 1996 24. Dickey W. Carson CA, Andrews WJ, Crowe PF - Apparent elevation of serum CKMB not due to acute myocardial infarchion. BrJ Clin Pathol 1992;46:14950. 25. Venta R. Cechini BG, Geigo SA et al - Serum creatine kinase M B after acute myocardial infarction in a patient with IgA CK-BB complex. Clin Chem 1994;40:160-1. 26. HultingJ, Waldenlind L, Onica D, Wallinder H - Creatine kinase MB mass concentration versus creatine kinase-B activity for the detection of acute myocardial infarction in patients with slightly elevated total creatine hnase activity in 147 serum.J Intern Medic 1994;235:211-6. 27. Adams III JE, Abendschein DR, Jaffe AS - Biochemical markers of myocardial injury. Is MB creatine kinase the choice for the 1990s? Circulation 1993;80:75063. 28. Heudier P. Taillan B. Soummer AM, Garnier G. Dujardin P -Adenocarcinome prostatique avec isoenzyme MB de la créatinine phosphokinase faussement élevée. Press Med 1993;22:1235-6. 29. Muthy VV - Identification of false-positive CK-MB activity in a elderly patient. Am J Pathol 1993;99:97-100.