Principais defeitos congênitos em neonatos

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01/06/2015
Principais defeitos
congênitos em
neonatos
pecuários
Importância

Raros

Bezerros 1/500 nascidos; 1/100 rebanhos significantes

Perda econômica
PROF. ME. DIOGO GAUBEUR
O que é defeito congênito?

Morte embrionária, retorno ao cio, aborto

Mortalidade perinatal

Deficiências funcionais e subdesenvolvimento

Desvalorização de parentes
Frequência e tipo de defeitos

Anormalidades de estrutura, formação ou função

50% bezerros defeituosos

Pode acometer estrutura/função única ou todo um sistema ou
parte de vários sistemas

Bezerros: 0,5 a 3,0%

Diagnosticadas ao nascimento
Cordeiros: 1 a 3%


Causa
Potros: 5 a 6%; 10%


Genética

Ambiental: bactéria, vírus, plantas tóxicas, drogas, agentes físicos e
deficiências nutricionais

Associação
Natureza e efeito dos defeitos

Variam de pequenos à monstruosidades

Neonato defeituosos

Mecanismo etiológico

Embriogênese

Organogênese
sobrevivente adaptado

natimortos
SNC e musculoesquelético
+ afetados
Frequência e tipo de defeitos

Região central do RS

7132 materiais bovinos; 1964 – 2010

31 (0,4%) – defeitos congênitos – 53 tipos

SNC – 15 (28,3%)

Urogenital – 9 (17%)

Musculoesquelético – 8 (15,1%)

Disgetório – 8 (15,1%)

Cardiovascular – 5 (9,4%)

Linfático – 4 (7,5%)

Respiratório (2), tegumentar (1) e endócrino (1) – 4 (7,5%)
1
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Frequência e tipo de defeitos

Sertão do Estado de Pernambuco
Plantas tóxicas

Lupinus spp

Caprinos e ovinos

Teratógeno amodendrina

2003 a 2005

40 a 100 dias

Período crítico: organogênese

Artrogripose, associado ou não com torcicolo, escoliose ou cifose e
fenda palatina


Média ocorrência: 52,09%
Defeitos + encontrados

Flexão carpo metacárpica congênita

Fenda labialpalatina

Politelia

Desvio coluna vertebral

Prognatia e micrognatia
Etiologia
Plantas tóxicas

Não claramente definidas

Fatores ambientais e genéticos

Alcalóide ciclopamina

Vários animais – rebanho

Anormalidade facial, anoftalmia, e fenda palatina – 12 a 14o dia

Anamnese

Hipoplasia metacarpo/tarso – 25 a 36o dia

Distocia – desenvolvimento inadequado da pituitaria do feto
Pesquisa completa

Descrição do defeito com maior especificidade biológica

Exame manejo

Informações genéticas: raça, origem familiar, nascimento de
acometidos e normais.

Fatores ambientais

Padrão sazonal ou geográfico

Veratrum californicum
Plantas tóxicas

Oxytropis e Astragalus

Ovelha exposta
placentação tardia

Aborto

Membros tortos
toxina
unidade feto placentária
vascularização
2
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Plantas tóxicas

Mimosa tenuiflora – jurema-preta
Diarréia viral bovina
Nordeste brasileiro

Bovinos (100 a 150d) e ovinos

Segunda causa de morte perinatal em ovinos (23,34%) e quarta em
caprinos (7,62%)

Bovino com mais de 125 dias gestação

Bezerro normal, mas taxa morbidade e mortalidade

Aborto, mumificação, hipoplasia cerebelar, hidranencefalia, defeitos
oculares (catarata e neurite óptica), bragnatia, alopecia, aplasia de
timo, hipoplasia pulmonar e dismaturidade

Abundante, palatável e resistente a seca

Caatinga
Mimosa tenuiflora – jurema-preta
Infecções virais

Língua azul

Má formações

Orbivírus, transmitido pelo mosquito Culicoides (pólvora)

Ovinos

Aborto, natimortos, artrogripose, prognatismo e crânio em forma de
cúpula

Ovinos

Bovino



Artrogripose, fenda palatina, micrognatia, torcicolo, escoliose e hipoplasia
da língua
Caprinos

Artrogripose, estenose intestinal e micrognatia
Bovino

Artrogripose, cegueira e atresia anal

Menos comum
Infecções virais



Plantas tóxicas

Infecções virais
Vírus do Akabane

35 a 45 dias: porencefalia

50 a 80 dias: morte fetal ou natimortos

60 a 120 dias: natimortos
Fármacos

Benzimidazóis

Austrália – incidência 100%

Mosquito

14 a 24 dias de gestação - Ovinos

Bovinos, ovinos e caprinos

Aborto

Ovinos – 28 a 48 dias

Anormalidades esqueléticas

Aborto, mumificação, prematuro, artrogripose, hidranencefalia

Hemivértebras, vértebras fundidas, espinha bífida, escoliose

Surtos: padrão sazonal e geográfico

Anormalidades renal

Rim ectópico e agenesia renal

Anormalidades vasculares

Albendazole
3
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Fármacos

Griseofulvina – Equino
Fatores de risco

Biotecnologias

2 mês de gestação

FIV e TE

Síndrome da microftalmia, bragnatia e palatoqueilosquise

Crias grandes, bezerros fracos e alterações cromossômicas

Associação significativa

Bezerros

FIV e persistência de úraco; p=0,0133

IA e hérnia umbilical; p=0,0001
Fatores físicos

Palpação retal

Entre 35 e 40 dias de gestação

Machos mais susceptíveis

Atresia intestinal atresia de cólon
Fatores de risco

Hipertermia

Ovelhas experimental

42 °C

18 a 25 dias: distúrbio SNC e membros, artrogripose

30 a 80 dias: crescimento retardado
Deficiência nutricional

Iodo



mortalidade neonatal, prolonga gestação em ovinos e equinos, recémnascido fraco
Cobre

Ataxia enzoótica – ovinos

Morte em uma semana

Déficts neurológicos – desmielinização distrófica da substância branca
Manganês

Crias fracas, pequenas, paralíticas ou deformadas

Condrodistrofia e deformidade nos membros
4
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Fatores genéticos

Causa

Genes mutantes

Anormalidade cromossômica

Manifestam com diferente frequência em cada tipo de grupo familiar
que recebeu o gene mutante

Pai

Herança mendeliana simples

Mapeamento genético
Filho
Sistema cardiovascular

Principais defeitos
congênitos
Sistema cardiovascular



Defeito do septo ventricular – DSV

Abertura na porção membranosa entre VD e VE

Cardiopatia mais comum em bezerros

Geralmente os animais sobrevivem por anos

Variam em função de sua extensão e localização
DSV

Falha no fechamento do septo

Sangue VE VD

fluxo na circulação pulmonar

Retorno venoso VE e AE

Sobrecarga no LE Insuficiência cardíaca esquerda
Sistema cardiovascular

Diagnóstico

Tratamento


Sinais, raio-x, ecocardiografia
Não realiza
Sinais clínicos

Se pequeno: expectativa de vida normal

Graves: intolerância ao exercíco, anorexia, letargia, fraqueza,
subdesenvolvimento, dispnéia, taquipnéia, cianose, sopro
Morte súbita
5
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Persistência do ducto arterioso

Fechamento ocorre entre o primeiro e quinto dia de vida



Olho

Causa desconhecida
Sangue Aorta Art. Pulmonar

Intolerância a exercícios e cansaço

Sopro tipo maquinaria
Cirurgia
Entrópio

Sinais clínicos

Blefaroespasmo, fotofobia, prurido ocular, ceratoconjuntivite

Tratamento

Cirurgia

Plicatura – 2 ou 3 pontos

Prevenção

Não utilizar para reprodução

4 a 80% rebanho ovino
Olho


Anoftalmia e microftalmia congênita

Unilateral

Secreção ocular

Secundário ao entrópio
Bilateral

Causa intra útero

BVD 75 a 105 dias: degeneração nervo óptico, catarata e nistagmo

Todas as raças

Hereford: + distrofia muscular e hidrocefalia

Jerseys, Guernseys e Holandesa: + dça cardíaca e anormalidades
esqueléticas
Olho

Entrópio

Mais comum

Inversão ou dobramento da pálpebra

Provoca irritação da córnea e da conjuntiva

Congênito ou primário

Bilateral

Pálpebras inferiores
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Olho

Sistema digestório
Prováveis causas

Alteração cromossômica

Efeito teratogênico

Abamectina



Sinais clínicos

Aumento de volume abdominal, aumento de volume na região
perianal e tenesmo

Raio – x contrastado
Cirurgia

Sistema digestório


Atresia anal
Isolada ou associada com disrafismo espinhal, agenesia sacral ou
coccígea, fístula reto-vaginal, agenesia renal, rins policísticos,
criptoruidismo e dupilcação de escroto
Eliminar animal do rebanho
Sistema nervoso

Miotonia congênita/ Síndrome do caprino desfalecido

Bovinos, ovinos e caprinos

Hereditária; autossômica dominante

Hereditariedade

Contração muscular tetânica quando o animal é assutado

Septo membranoso pode fechar completamente o ducto anal


Palpação retal – diagnóstico de prenhez
Bloqueio da movimentação normal do cloreto nas membranas das
fibras musculares

Humanos; caprino modelo experimental
4 tipos

Reto normal e estenose anal

Ânus imperfurado e reto distal que termina em fundo cego

Fundo cego no reto proximal e presença de ânus desenvolvido

Fundo cego no reto proximal e ausência de ânus desenvolvido
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Sistema nervoso

Ataxia enzoótica

Deficiência de cobre

Cordeiros e cabritos

Natimortos

Fracos, podem morrer em uma semana

Após nascimento: 2 semanas e 3 meses
Sistema reprodutor

Criptorquidismo

Classificação

Comum em equinos

Valgus ><

Ovinos – 1% machos Merino

Varus <>

Comportamento de garanhão

Uni (+ comum) ou bilateral

QM, Percheron, Mestiços e SRD

Inguinal ou abdominal

Palpação

Cirurgia
Sistema esquelético

Desvio angular dos membros
Fenda palatina/ palatosquise
Desvio angular dos membros

Localização

Etiologia desconhecida

Carpo

Pode ocorrer de forma isolada

Tarso

Geralmente associada a artrogripose

Metacarpo

Charolês e Hereford

Metatarso

Lupinus – bovinos;

Veratrum – ovinos

Mimosa tenuiflora

Pour on Acatex® (Fluazuron) e mebendazole

Surto 4 animais; Marcolongo-Pereira et al., 2010
8
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Desvio angular dos membros


Diagnóstico

Sinais clínicos

Raio-x
Tratamento

Conservativo

Cirúrgico

Talas, ferradura, massagem, restrição de movimento (baia)

Acelerar o crescimento

Inibir o crescimento
Sistema muscular

Artrogripose – “Articulação torta”
Deformidade flexora

Contratura tendínea
Rigidez ou movimentação restrita permanente de múltiplas
articulações com alterações de postura e função do membro

Tipo – depende

Local

+ MT que MP

Região

Bovinos, ovinos, caprinos e equinos

Causa

Distocia

Congênita

Geralmente associado à sinais SNC

Teratogênico

Posicionamento uterino


Predisposição


Sistema muscular

Artrogripose
Adquirida
Distocia
Deformidade flexora

Articulação interfalangeana distal

Menos frequente como causa congênita

Hereditária

Charolês, Shorthorn, Piemontês, Simental

Encastelado, apoio em pinça

Merino e Corriedale

TFDP – traciona a falange

Murrah

Consanguinidade

Emboletado – TFDS

Teratogênico

Bilateral ou 4 membros – resolução espontânea

Vírus Akabane ou língua azul

Boleto projetado dorsalmente

Ingestão Lupinus, Astragalus

Carbendazole e parabendazole

Articulação metacarpo falangeana
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Hérnia umbilical

Genética ou ambiental

Todas as raças – equinos

Umbigo

2 artéria, 1 veia e úraco

Constituintes


Anel – tecido fibroso

Saco – tecido que reveste a hérnia

Conteúdo
Diagnóstico

Sinais clínicos, palpação, auscultação, raio-x e US

Tratamento

Revulsivos

Cirúrgico - herniorrafia
Deformidade flexora



Articulação do carpo

Frequente

Prognóstico reservado

Mais de uma estrutura envolvida
Tratamento

Conservativo

Talas PVC, ferraduras

Oxitetracilina cristalina IV – 3g diluído 250 a 500 mL SF ou Glicose 5%; ate
3 aplicações em dias alternados
Cirúrgico
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Hérnia inguino escrotal

Congênita

Hereditária

Todas espécies

Menos grave e menos complicada

Equinos

Encarceramento/ estrangulamento

Castrar o lado da hérnia
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