Verminoses em Ovinos e Caprinos - PET

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Verminoses em
Ovinos e Caprinos
Recomenda-se vermifugar periodicamente
todos os caprinos da propriedade, a fim de
evitar que animais não medicados venham a
contaminar os pastos com os ovos dos vermes
presentes nas suas fezes. Pesquisas realizadas
sobre o controle da verminose ressaltam a
necessidade
de
se
realizar
cinco
vermifugações por ano, sendo três no período
seco e duas no período chuvoso (Amarante,
2005 ).
Na época seca há poucas condições de
sobrevivência das larvas dos vermes nas
pastagens. A vermifugação, nesse período,
reduz a infecção no animal e evita que o
mesmo fique com uma carga muito grande
de vermes na época das chuvas. Deve-se ter
o cuidado em calcular a dose do
medicamento, já que uma dose abaixo das
necessidades do animal, além de não
controlar os vermes, causa também a
resistência
destes
aos
produtos
antihelminticos (Krychak-Furtado, 2006; Amarante,
2005)
4 Universidade Federal Rural da Amazônia Pró-­‐Reitoria de Ensino Programa Educação tutorial em Medicina Veterinária www.petvet.ufra.edu.br Alan Diego Moura de Farias Ana Carla Oliveira Ferreira Caroline Teixeira do Espirito Santo Walberson Dias da Silva Rinaldo Batista Viana “Verminoses em caprinos e ovinos” Publicação PETVet , ANO 1, n. 13, 2014 (Distribuição gratuita) Disponível também no site. Realização: Grupo PET de Medicina Veterinária/UFRA Alan Diego Moura de Farias Alef Rodrigo Prata Moreira Ana Carla Oliveira Ferreira Ana Claudete Serra da Silva Átila Carvalho Guerreiro Caio Cesar Rocha Mendes Apoio: Danielle Cristina Cruz Góes Elen Júlia Pimentel da Rocha Gabriel Sousa Furtado da Silva Henrique Piram Rocha Joévelyn Jacqueline da Silva Priscila Del Aguila da Silva Samantha Silva da Silva Verena Maciel da Costa Walberson Dias da Silva Rinaldo Batista Viana Contato [email protected] 5 As espécies de maior ocorrência nas regiões
norte
são:
Haemonchus
contortus,
Trichostrongylus colubriformis, e Moniezia spp.
O estado sanitário dos animais, associado à
ausência ou ao do uso inadequado de
tecnologias, constitui uma importante causa
de baixa produção e rentabilidade dos
rebanhos. Estas falhas no manejo sanitário
muitas vezes são sinônimos de verminoses.
A verminose é uma doença causada por
helmintos
ou
vermes
que
vivem,
principalmente, no abomaso e intestino dos
animais, podendo atacar todo o rebanho.
Quando acometidos pelos vermes, os
caprinos se tornam fracos, magros, com pelos
arrepiados, apresentando diarreia, edema
submandibular (papada) e anemia. Na
maioria das vezes, os ruminantes com
infecções
helmínticas
não
apresentam
sintomas aparentes, pois apresentam a forma
assintomática da doença. Nesse caso o
problema se agrava pois os animais sofrem de
um mal imperceptível ao olho do produtor
mas que interfere na sua produtividade
(Melo,1977; Bianchin & Gomes, 1982; Braga &
Honer, 1982; Fernandes et al., 2004).
Os principais prejuízos da verminose são:
diminuição dos índices de parição, diminuição
do crescimento dos animais, diminuição da
produção de leite e aumento do número de
mortes no rebanho.
1 Algumas espécies deste género alojam-se no
abomaso. O Trichostrongylus danifica a
mucosa intestinal dos hospedeiros, o que
pode provocar enterites, gastrites, diarreia,
fecalomas, debilidade geral, perda de apetite
e peso (Iarle et al., 2003; Rocha et al., 2007).
O Haemonchus é um nematoda pequeno e
filiforme, hematófago e responsáveis por
perdas na produtividade de seus hospedeiros
definitivos. Habita o abomaso de ovinos,
caprinos e bovinos. É encontrado em quase
todos os países do globo e causa uma
doença
conhecida
como
hemoncose
(Krychak-Furtado, 2006).
O Trichostrongylus é um parasito do intestino
delgado, estão presentes praticamente em
todas as criações de ovinos. Estes vermes
lesam a mucosa intestinal provocando
exsudação de proteínas séricas para a luz
intestinal (Iarle et al., 2003).
3 2 A Moniezia spp é um parasito achatado em
forma de fita segmentada, representam
cestodos longos, com dois metros ou mais de
comprimento, possui ventosas em suas
extremidades que lhe confere adesão ao
organismo do hospedeiro. Geralmente são
pouco
patogênicas
causando
apenas
síndromes de má absorção, diarreias,
constipação, emagrecimento e obstrução
intestinal em quadros de infecção maciça
(Maule et al., 1991; Ahid et al., 2008)
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