UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM FORMAÇÃO PARA O MAGISTÉRIO SUPERIOR RICARDO MEDEIROS LAURENTINA ENDOMARKETING: COMUNICAÇÃO VOLTADA PARA O CLIENTE INTERNO CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 2 RICARDO MEDEIROS LAURENTINA ENDOMARKETING: COMUNICAÇÃO VOLTADA PARA O CLIENTE INTERNO Monografia apresentada à Diretoria de Pósgraduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, para a obtenção do título de especialista em Formação para o Magistério Superior. Orientador: Prof.(Dr, MSc). Dimas de Oliveira Estevam CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2009 3 DEDICATÓRIA Dedico essa monografia especialmente a meus pais, José e Carmen, que estão sempre ao meu lado me encorajando com suas orações, dando força para vencer todos os obstáculos. Ao meu orientador Professor Dimas que sempre esteve disponível em me ajudar. 4 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus, que me deu a oportunidade e condições de fazer uma Pós Graduação, agradeço a meus pais José e Carmem e também aos meus irmãos Cida, Leia, Ana e Reginaldo. Meu reconhecimento especial ao meu orientador sempre me professor acompanha Dimas, em que minhas pesquisas. Agradeço a todos os professores e também aos funcionários amigos, que aqui fiz. A todos, muito obrigada! 5 “Se todos os seus esforços forem vistos com indiferença, não desanimes, pois o sol no amanhecer do dia dá um espetáculo tão lindo enquanto que a maioria da platéia está dormindo.” (autor desconhecido) 6 RESUMO Se voltarmos um pouco ao passado e relembrar os cenários de mudanças vividos pelas empresas nas últimas décadas, é possível perceber a verdadeira origem do Endomarketing os motivos pelos quais, hoje, todos discutem suas técnicas e identificam espaços para a sua implementação. Todas as ações gerenciadas de marketing dirigidas ao publico interno (funcionários) das organizações ou empresas focadas no lucro, das organizações não lucrativas e governamentais e das do terceiro setor, observando condutas de responsabilidade comunitária e ambiental podem ser definidas como ações do Endomarketing. Essas ações têm o foco de alinhar, sintonizar e sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura organizacional de marketing da empresa ou organização, que visa e depende da ação para o mercado e a sociedade. O Endomarketing tem como objetivo facilitar e realizar trocas, construindo lealdade no relacionamento com o público interno, compartilhando os objetivos empresariais e sociais da organização, cativando para harmonizar e fortalecer essas relações e melhorando, assim, sua imagem e seu valor de mercado. Mais do que simplesmente informar, o Endomarketing serve para disciplinar a direção da empresa para determinadas atitudes de aproximação com o funcionário. Nesse contexto, a comunicação é tratada de forma bastante simples, como um processo pelo qual idéias e sentimentos são transmitidos de indivíduo para indivíduo dentro de um mesmo ambiente de trabalho. Palavras-chave: interna. Endomarketing, Marketing, Funcionários, Comunicação 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Conceitos centrais de Marketing......................................................17 Figura 2 – Mix de Marketing..............................................................................23 Figura 3 – Programa de Implantação do Endomarketing..................................32 Figura 4 – Atividade do Endomarketing.............................................................38 Figura 5 – Tipos de Treinamento empregados pelo Endomarketing.................39 Figura 6 – Fornecimento de apoio da Gerência à Continuidade do Programa.39 Figura 7 - Dez pontos para criação de um ambiente onde o funcionário é tratado como cliente preferencial.......................................................................42 Figura 8 - Critérios para um processo de Motivação.........................................48 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ISO 9000 – International Organization for Standardization 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................10 1.1 Tema de pesquisa........................................................................................10 1.2 Justificativa...................................................................................................11 1.3 Problema a ser pesquisado.........................................................................11 1.4 Objetivos.......................................................................................................12 1.4.1 Objetivo Geral...........................................................................................12 1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................12 1.5 Metodologia Utilizada...................................................................................12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................14 2.1 Uma breve noção de Marketing...................................................................14 2.1.1 A História do Marketing...........................................................................14 2.1.2 Definindo Marketing..................................................................................16 2.2 Endomarketing………..................................................................................23 2.2.1 A origem do Endomarketing…..................................................................23 2.2.2 Endomarketing e suas definições.............................................................25 2.2.3 O Endomarketing na visão da Administração...........................................26 3 IMPLANTAÇÃO DO ENDOMARKETING....................................................29 3.1 Atividades do Endomarketing......................................................................37 3.1.1 Informação e Motivação no Endomarketing.............................................43 3.1.2 Os desafios da Empresa para manter os funcionários motivados............45 3.1.3 Os resultados obtidos com a aplicação de um bom programa de Endomarketi.......................................................................................................46 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................50 5 REFERÊNCIAS............................................................................................52 10 INTRODUÇÃO 1.1 Tema de Pesquisa Está cada vez mais difícil saber como formatar a nova empresa, como orná-la mais ágil, criativa, informada, motivada e inovadora, para enfrentar as rápidas transformações que acontecem numa velocidade cada vez maior. Há pouco tempo atrás, as empresas utilizavam o planejamento estratégico que girava em torno de três elementos centrais: produto, marketing e gestão, o foco era estabelecido em termos de crescimento do volume de vendas. Todo plano de marketing obrigatoriamente estabelecia uma previsão de crescimento e, em particular, de volume para o ano seguinte. Para a grande maioria dos empresários o aumento no volume de vendas e uma maior participação no mercado já era o suficiente. Essa metodologia gerava a crença de que os funcionários das empresas eram substituíveis, e o revendedor era apenas uma razão social. A razão de ser da empresa era vender. Porém, este cenário mudou repentinamente e as grandes empresas passaram a trabalhar no vermelho, e muitas começaram a fechar, empresários de todo o mundo procuraram entender o que estaria acontecendo e o nome desta mudança foi denominada de globalização. O processo de globalização teve o seu efeito mais sentido na mudança da realidade no mundo em que vivemos. Com a globalização, as competências tradicionais se tornaram insuficientes para resolver os problemas resultantes dessas mudanças. Assim, surge a importância de se estudar o Endomarketing, pois a atitude das empresas, seus valores éticos, o envolvimento emocional dos funcionários que as compõem e a capacidade de agregar relações efetivas adquiriram muito mais peso no processo de desenvolvimento do que a simples qualidade industrial do produto, preço ou mesmo o índice de participação do mercado. Com isso, um dos principais motivos de realizar esta pesquisa é a tentativa de mostrar a importância do Endomarketing para as empresas, pois é ele que liberta o potencial contido nas pessoas que compõem o mundo interno de uma organização. 11 1.2 Justificativa A importância de estudar o Endomarketing reside nas grandes mudanças que impõem as organizações na atualidade. Para Brum (1998, p. 7) “está cada vez mais difícil saber como formatar a nova empresa, como torná-la mais ágil, criativa, informada, motivada e inovadora.” A realidade, quando muda, passa a ser regida por novas leis, consequentemente as respostas que funcionaram no passado não respondem mais as novas perguntas que o mercado apresenta. Problemas novos exigem respostas novas. Muitas das soluções que as empresas adotaram para resolver os problemas atuais de mercado não funcionam mais, simplesmente porque a realidade é outra. Até bem pouco tempo o concorrente estava bem próximo, era possível saber seu nome, endereço e talvez até seu método de produção. Hoje, o concorrente é o mundo. Tanto pode vir de lugares inesperados como de outros setores até então não considerados como concorrentes, facilitados pela nova tecnologia, mais barata e de livre acesso a todos. É realmente difícil saber como será a empresa do futuro, mas certamente os destinos das empresas passam por uma integração cada vez maior com seus colaboradores, bem como, relações mais abertas e transparentes, maior convivência entre pessoas diferentes, maior busca da motivação. É dentro deste contexto que o propósito deste estudo está baseado. A pesquisa visa demonstrar que é possível transformar as empresas em lugares melhores para se viver e trabalhar, tornando-os mais produtivos. O presente trabalho mostra também a necessidade das empresas se dedicarem a todos os seus públicos, alcançando um maior comprometimento de suas equipes em todos os setores, ressaltando ainda a comunicação interna como um poderoso recurso do Endomarketing. 1.3 Problema a ser pesquisado De um modo geral, o Endomarketing pode ser considerado como um conjunto de ações utilizadas por uma empresa ou uma determinada gestão 12 para vender a sua própria imagem a funcionários e familiares, pois nos dias atuais o homem deve ser visto como o elemento principal de todo e qualquer processo de mudança e de modernização empresarial, uma vez que as mudanças, quando implementadas, esbarram em formas de trabalho tradicionais e conservadoras, capazes de desencadear um estresse organizacional que dificulta e impede o desenvolvimento pleno de qualquer atividade. Diante disso cabem as seguintes indagações: um programa de Endomarketing bem feito é capaz de tornar o funcionário um ser comprometido com a nova postura da empresa e com a modernidade? E nos dias atuais, como está sendo a comunicação interna entre “empregado” e “empregador”? 1.4 Objetivos 1.4.1Objetivo Geral Estudar a função do Endomarketing para as organizações e, como se desenvolve o processo de difusão da linguagem cultural própria e homogênea em toda a estrutura da empresa, para todos os seus funcionários, independente do nível hierárquico. 1.4.2 Objetivos Específicos Relatar uma revisão da literatura sobre Marketing e Endomarketing; Identificar como acontece a introdução do Endomarketing nas organizações; Analisar a importância de sua aplicação em todos os níveis das organizações. 1.5 Metodologia Utilizada O presente trabalho irá adotar uma metodologia de caráter bibliográfico, analisando a atitude das empresas no que diz respeito à Endomarketing, identificando como se dá à aplicação e a sua importância nas 13 organizações, seus valores éticos, o envolvimento emocional dos funcionários, buscando obter uma compreensão nos mecanismos que resultam na grande importância do Endomarketing para as empresas, visando à difusão de uma linguagem cultural própria e homogênea para todos os funcionários, independente do nível hierárquico. O estudo será realizado em três partes. A primeira é a parte introdutória, apresentando o tema, a justificativa, o problema a ser pesquisado e os objetivos da pesquisa. A segunda parte trata-se da fundamentação teórica, onde citará o marketing, fazendo uma breve revisão bibliográfica da história e de suas definições, em seguida, na terceira e última parte a pesquisa irá abordar o assunto principal, Endomarketing, identificando suas atividades, onde se dá sua aplicação e qual a sua importância, nesta etapa também falará da motivação dos funcionários nas organizações e os resultados obtidos com a aplicação de um bom programa de Endomarketing. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Nos dias atuais, o Endomarketing tem uma importância fundamental para as empresas, podendo ser definido como o conjunto de ações focadas no público interno e que tem como objetivo maior conscientizar funcionários e chefias para a importância do atendimento de excelência ao cliente. 2.1 Uma breve noção de Marketing O marketing há algumas décadas atrás era visto como uma forma de vendas, promoção, ou propaganda, gerando o resultado direto no faturamento das empresas, entretanto atualmente com a grande concorrência do mercado, as empresas passaram a investir pesado no marketing, atingindo o ponto principal de sua subsistência, o cliente. O marketing evoluiu muito nos últimos anos, com inúmeros livros publicados, cursos técnicos e superiores, pessoas se especializando no país e até no exterior, tudo para aperfeiçoar a área de vendas das empresas. 2.1.1 A História do Marketing Pode-se dizer que a história do marketing começou a milhares de anos atrás, onde mercadores viajantes vendiam e compravam bens pelo mundo todo. Aproximadamente no ano 2100 a.C., pessoas começaram a se especializar em diversos tipos de trabalhos e com isso, cidades começaram a se desenvolver, tornando-se cada vez maiores, desenvolvendo assim grandes mercados onde a sociedade se encontrava para fazer trocas de produtos. Segundo Costa, já na Idade Média, uma demanda maior de bens foi constituída à que se conhecia anteriormente, com esse crescimento do comércio começaram a ser instituídas as indústrias organizadas. Mesmo que os artesãos pudessem satisfazer as necessidades de suas cidades, com o comércio em plena expansão, o mercado solicitava uma grande diversidade de bens e uma maior variedade. A padronização, onde eram raras as opções (poucas variações de 15 utilidades, cores, tamanhos, sabores), trouxe consigo hábitos de novos consumos, mas aplicáveis às pessoas, ao mercado no seu mais amplo sentido, seja ele geográfico ou demográfico. Apesar dos novos processos produtivos e dos maciços investimentos em capitais, instalações e equipamentos, poucas eram as plantas industriais, e por conseqüência, ínfima a concorrência. As políticas governamentais de implantação de indústrias e preservação do seu crescimento, daquela época, estabeleciam disputas quase que apenas entre os produtores de um país ou continente e os mercados consumidores de outros. O ponto primordial, ou o norte das decisões, era o produto, que de tão básico, chegava aos mercados atendendo as demandas concentradas e já claramente definidas por alimentação, vestuário, higiene e outras assim igualmente essenciais. Os produtos que antes da Revolução Industrial eram objeto de encomendas, feitos sob medida, passaram a ser industrializados em série e estocados. Costa (1987, p. 15) afirma em relação a Revolução Industrial que [...] a Revolução Industrial que se caracterizou pela aplicação de novas tecnologias nos processos produtivos (em que processos mecânicos substituem as atividades artesanais) mudou o panorama da atividade comercial e, a par de reflexões comerciais, apresenta-se como resultados emergentes desta época de inovações tecnológicas. Enquanto os pesquisadores estudavam os mercados, os mercadores utilizavam-se de meras vias de distribuição e escoamento dos estoques. A ordem do dia era estabelecer regras e princípios de maior produtividade (mais máquinas, maior carga de trabalho), meios e vias de transporte (navios, trens e tropas) desde as fontes produtoras até os canais de distribuição (grandes entrepostos atacadistas e armazéns varejistas, surgindo assim os intermediários) aderindo então à maximização de lucros. Aos estudos acima elencados, chamavam-se de mercadologia, que se empenhava em elaborar pesquisas, estudar formas de vendas, meios de distribuição, desenvolver promoções e demais serviços agregados ao processo. Buscavam-se meios para produzir mais e mais, realizar o transporte 16 com maior rapidez, distribuir via intermediários por canais concentrados em grandes entrepostos e capitalizados em armazéns, para atender a mercados de consumo de massa. Já na primeira metade do século XX, notadamente até o fim da Segunda Guerra, pensadores ocidentais começaram a produzir os primeiros ensaios objetivando compreender o consumidor e seus hábitos de consumo, mas o foco ainda era o produto e como vendê-lo mais. No início da década de 1950, alguns fabricantes começaram a entender que não apenas vender o produto era preciso, mas sim mostrá-lo, enfocando a satisfação das pessoas. Com isso surgiu à era do Marketing, quando finalmente os fabricantes adotaram a filosofia de que deveriam examinar as necessidades e desejos do consumidor e então produzir para atender a tais necessidades. O pensamento era de que não apenas vender, ou empurrar o produto, mas sim oferecer um produto que trazendo a satisfação do consumidor, o mesmo repetisse a compra do produto. 2.1.2 Definindo Marketing Por muito tempo, várias pessoas pensavam em Marketing apenas como uma forma de venda e promoção, afirmavam que o Marketing era feito efetivamente para efetuar vendas. Marketing pode ser definido como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é determinada as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que os seus concorrentes. Conquistar e manter clientes, esse é o papel de marketing. (MINADEO, 1996, p. 1) Conforme o autor acima, na administração de uma empresa há quatro funções-chave: finanças, recursos humanos, produção e Marketing. Existem em todas as empresas, quaisquer que sejam sua organização, tamanho, recursos ou atividade final. Em pequenas empresas a mesma pessoa pode acumular mais de uma função. No entanto, são as funções básicas às quais podem ser resumidas todas as atividades da empresa. Nesse contexto, 17 Marketing é, portanto, uma das quatro áreas básicas de toda empresa, aquela voltada ao cliente, ao atendimento, à divulgação e comercialização dos produtos ou serviços da empresa. Já para Costa e Talarico (1996, p. 16) Marketing e “o conjunto de atividades empresariais que visa à satisfação das necessidades e dos desejos de um ou vários mercados, através da oferta de produtos, adquiridos por um processo de troca”. Outra definição que não poderia deixar de ser citada é a de Kotler (1998, p. 27) em que “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.” Kotler foi o primeiro a definir a palavra Marketing na era moderna, traduzindo tudo à satisfação das necessidades e desejos do cliente, e que, além disso, mostrou os sete conceitos centrais em forma de uma cadeia, em que cada conceito necessita do conceito anterior para ser formulado, como segue na figura 1 abaixo: CONCEITOS CENTRAIS DE MARKETING Necessidades desejos e demandas Empresas e Produtos consumidores (bens, serviços e idéias) potenciais Marketing Valor, custo e Mercados satisfação Relacionamentos Troca e e redes transações Figura 1: Conceitos centrais de marketing Fonte: Kotler (1998) 18 a) Necessidades, desejos e demandas Todo ser humano possui necessidades, desejos e demandas. Podendo ser entendidas como necessidades ser uma percepção da falta de algo ou estado de privação, desejos ser as necessidades características de uma região ou cultura e demandas ser conforme sua vontade e renda, produtos que tragam prazer ou satisfação na aquisição. b) Produtos (bens, serviços e idéias) A tradução própria deste item, nada mais é que, o conjunto das necessidades, desejos e demandas do ser humano, ou seja, é algo que possa ser vendido para satisfazer as pessoas sendo então uma oferta ou uma solução. c) Valor, custo e satisfação Na aquisição de um produto todos avaliam o valor que o produto trará para nossa satisfação, e também dependendo do custo, reavaliamos se estará ou não de acordo com nossa necessidade. d) Troca e Transações É um processo de se obter um objeto na qual se deseja, oferecendo outro objeto ou valor como retorno, ocorrido tal processo visualiza-se a transação. e) Relacionamentos e redes É um ato essencial para a boa comunicação entre a empresa e seus consumidores, distribuidores e fornecedores, entregando alta qualidade, bons serviços e preços competitivos, traduzindo em uma rede ou corrente. 19 f) Mercados Normalmente a palavra mercado nos indica um lugar onde se pode comprar e vender algo ou alguma coisa, fisicamente falando, porém o termo mercado pode ser usado como os clientes potenciais de uma empresa. Um mercado consiste de todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaça essa necessidade ou desejo. (KOTLER, 1998 p. 31). g) Empresas e consumidores potenciais Consumidores potenciais são pessoas físicas ou jurídicas que de alguma forma comprarão os produtos da empresa, seja por necessidade ou por relacionamento. Conforme Kotler (1998), após completar os sete conceitos, visualizase o conceito de Marketing, que significa utilizar mercados para conseguir trocas e transações como propósito de satisfazer as necessidades e desejos dos indivíduos humanos. No mercado, são escalados diversos tipos de atividades, como pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, comunicação, canais de distribuição, de divulgação, de serviços, sendo tais, essenciais para a administração, gerenciamento e desenvolvimento de qualquer empresa, independente de seu porte ou atividade. Atualmente, o Marketing é uma ferramenta indispensável para aqueles que querem mostrar seus produtos e serviços e dizer que os seus são melhores que os do concorrente, assim, quem utilizar corretamente o Marketing sairá na frente. Como qualquer ferramenta de gerenciamento ou administração, o Marketing possui diversas variáveis, sendo algumas incontroláveis e outras controláveis, ou seja, algumas variáveis podem ser trabalhadas de acordo com o mercado e outras não. Assim, com o passar do tempo podem se tornar o grande sucesso ou fracasso de um determinado produto ou até o desempenho de uma empresa. 20 As variáveis incontroláveis por mérito externo não concedem ao profissional da área estipular ou configurar certas reações do mercado, já que tais variáveis são do âmbito externo da empresa. As principais variáveis incontroláveis são o ambiente político / legal, o ambiente social / cultural / demográfico, as variáveis econômicas, a concorrência, a tecnologia e outras variáveis, Kotler (1998). a) O ambiente político/legal Todos os dias pessoas são afetadas por mudanças governamentais, leis e medidas provisórias que são aprovadas e modificadas. Grande parte das atividades no país são regulamentadas, o que traz muitas dificuldades ao profissional de marketing para que possa atingir suas metas sem infringir tais regulamentações. b) O ambiente social/cultural/demográfico A sociedade se modifica com o passar dos anos, sendo que o profissional de marketing precisa estar atento a tais mudanças para que possa adequar suas estratégias de marketing ao cotidiano. As diferenças culturais afetam e muito um planejamento de marketing no que se diz respeito a compras, o que acontece também com o item geográfico. Pode-se tomar como exemplo em uma região onde prevalece o campo um fazendeiro certamente irá comprar uma camioneta utilitária ao invés de um carro social. c) As variáveis econômicas Com a economia do país oscilando entre altos e baixos, o planejamento de marketing é muito afetado, e principalmente importante, quando ocorrem as épocas de recessão, em que a queda do poder aquisitivo traz uma grande inibição ao consumo. d) A concorrência Este item não traz boas recordações devido à forma de manipulação 21 com que algumas empresas utilizam o marketing, sendo que saber lidar com a concorrência se torna ponto favorável para que uma empresa sobreviva. e) A tecnologia Atualmente este é um ponto determinante e que um profissional de marketing não pode atingi-lo, em função de que a informática a cada seis meses quase tudo se torna obsoleto. f) Outras variáveis Além das variáveis acima, as quais são consideradas como o macroambiente de marketing, composta pelas forcas principais, demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas e culturais, pode-se citar uma outra variável de muita importância que são as condições climáticas que afetam diversos setores da economia. As variáveis controláveis são do âmbito interno da empresa onde a mesma pode estipular ou configurar seus diversos setores para produzir a resposta desejada junto ao mercado-alvo. Consiste nas ações que a empresa pode fazer para direcionar a demanda de seu produto. As principais variáveis controláveis que não poderiam deixar de ser citadas são os famosos 4 P’s, produto, preço, praça e promoção, segundo Kotler (1998). a) Produto Esta variável é o centro das demais que se descreve posteriormente, assim a variável produto não existiria se as outras também não existissem. Pode-se dizer que produto é o objeto principal das relações de troca que se pode oferecer no mercado. Pode ser classificado em conveniência de uso freqüente e de especialidade. Cada produto possui quatro componentes básicos, são eles: marca, embalagem, serviço e qualidade. E todo produto possui um ciclo de vida, na qual se torna difícil informar quanto tempo levará para cada produto sair do 22 mercado. b) Preço Essa variável é imprescindível para quem quer vender seu produto e, muitas das decisões de compra são baseadas nessa variável. Os desejos das pessoas são ilimitados, mas os recursos para obtenção desses desejos são limitados. Nesta variável se tem muita influência as variáveis incontroláveis. c) Praça Variável muito importante na fase final de um planejamento de marketing, onde se faz necessário uma forma eficiente de conduzir os produtos até os consumidores finais. A não observação a esta variável poderá levar um plano de marketing ao fracasso, ou seja, os canais de distribuição do produto. d) Promoção O verdadeiro significado de promoção é comunicação, forma de se mostrar um produto, seja ela através de promoção de vendas, propagandas em rádio, televisão, venda pessoal, relações publicas e merchandising. A figura abaixo mostra o composto de marketing que traduzidos são os elementos que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos, ou seja, preço, produto, praça e promoção. 23 É o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de Marketing no Mercado-alvo Mix de Marketing g Produto Variedade Qualidade Design Características Nome da marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias Devoluções Mercado-alvo Mix de Marketing Praça Canais Coberturas Variedades Locais Estoques Transporte Preço Promoção Preço de lista Descontos Concessões Prazos Condições Promoção de vendas Publicidade Força de vendas Relações Públicas Marketing direto Figura 2 – Mix de Marketing Fonte: Kotler; Keller (2005 p. 17) 2.2 Endomarketing 2.2.1 A origem do Endomarketing Para Brum (1998, p 11), “Endo, provém do grego e quer dizer: ação interior ou movimento para dentro. Endomarketing é, portanto, marketing para dentro”. É a utilização de modernas ferramentas de marketing, porém, dirigidas ao público interno das organizações. São ações estruturais que visam a ação para o mercado. Se voltarmos um pouco ao passado e relembrar os cenários de mudanças vividos pelas empresas nas últimas décadas, é possível perceber a verdadeira origem do Endomarketing os motivos pelos quais, hoje, todos discutem suas técnicas e identificam espaços para a sua implementação. Segundo Brum (1998), já no início do século passado, existiam pessoas a discutir os fundamentos da qualidade. Conta-se que dois europeus, Elton Mayo e Walter Schewhart, embora trabalhassem juntos, tinham opiniões bastante diferentes para defini-la: Walter Schewhart, a qualidade era resultado de processos estatísticos e de todos os outros conceitos que norteiam a área 24 da variabilidade; para Elton Mayo, a lógica psíquica, ou seja, a psicológica era diferente da lógica pura, da lógica cartesiana, o que o levava a acreditar que qualidade nada mais era do que o resultado de pessoas felizes fazendo o seu trabalho. Isso nos mostra que os estudos sobre motivação e sobre a importância de espírito das pessoas para a execução perfeita de um determinado trabalho, não é algo recente. Conforme a autora, na década de 50, quando os americanos foram ao Japão ensinar aos técnicos japoneses aquilo que sabiam sobre metodologias estatísticas, os japoneses lhes retribuíram mostrando a importância do trabalho em grupo, da reunião de pessoas em torno de um mesmo objetivo. Nessa época, o Japão do pós-guerra era razoavelmente bom na indústria militar, mas péssimo na indústria civil. Exportava produtos ruins, por um preço bastante baixo. Um dos grandes fatores que contribuíram para a virada do Japão, já na década seguinte, foi exatamente a percepção de que a mudança somente se daria a partir do envolvimento das pessoas em círculos, os chamados círculos de controle da qualidade. Saul Faingaus Bekin, consultor empresarial, autor do termo “Endomarketing” registrado no INPI, desde 1995 ao falar da evolução, afirma que, inicialmente o Endomarketing ganhou espaço a partir da constatação das mudanças ocorridas no mercado, e responsáveis pela origem da economia baseada em serviços. Sobrepõem-se a esse fator a globalização, a crescente competição internacional e, dentro dela, o extraordinário crescimento do Japão, que chegou a superar na época os Estados Unidos em setores como o automobilístico, o de eletrônica e o de entretenimento, como sempre, as mudanças significativas são geradas pela necessidade, por uma nova fase histórica. Esse é o cenário em que ações de Endomarketing surgiram como uma necessidade inevitável, uma estratégia vital para a competição. Brum (1998, p 15), “a expressão, Total Quality Control vem da tradução inglesa da palavra japonesa Kanri que, para eles, não significa apenas controle. Significa, também, remover obstáculos”. Essa definição, além de curiosa, coincide com o principal objetivo do Endomarketing, que é fazer com que todos os funcionários tenham uma visão compartilhada sobre o negócio da empresa. 25 O Endomarketing é uma decorrência da necessidade de motivar pessoas para os programas de mudança que começaram a ser implantados, desde a década de 50, no mundo inteiro. Daí até o momento atual, as empresas tiveram tempo para encontrar as mais diversas maneiras de se comunicar com o publico interno, dando origem às técnicas hoje utilizadas. (BRUM, 1998, p.15). No Brasil, a partir do momento que os conceitos da qualidade passaram a ser trabalhados, houve uma dificuldade muito grande das empresas em perceber que todo e qualquer processo educativo e de mudança exige um processo acelerado de comunicação. O que aconteceu na maior parte das empresas foi um desabamento na pirâmide organizacional em relação ao grau de comprometimento das pessoas com os programas. Sabe-se que ainda hoje o envolvimento maior se dá na parte de cima da pirâmide (alta direção e gerências). A base da pirâmide (supervisores e funcionários comuns) continua tendo um envolvimento menor, a não ser que a empresa coloque a sua disposição as informações de que necessita para o engajamento total. 2.2.2 Endomarketing e suas definições Bekin (2004), diz que o Endomarketing pode ser definido como: “ações gerenciadas de marketing dirigidas ao publico interno (funcionários) das organizações ou empresas focadas no lucro, das organizações não lucrativas e governamentais e das do terceiro setor, observando condutas de responsabilidade comunitária e ambiental”. É um processo cujo foco é alinhar, sintonizar e sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura organizacional de marketing da empresa ou organização, que visa e depende da ação para o mercado e a sociedade. Tem como objetivo facilitar e realizar trocas, construindo lealdade no relacionamento com o público interno, compartilhando os objetivos empresariais e sociais da organização, cativando e cultivando para harmonizar e fortalecer essas relações e melhorando, assim, sua imagem e seu valor de mercado. Bekin (2004), relata ainda que o Endomarketing tem como sua principal finalidade promover entre os funcionários e os departamentos os valores destinados a servir o cliente ou, dependendo do caso, o consumidor. Essa noção de cliente, por sua vez, transfere-se para o tratamento dado aos 26 funcionários comprometidos de modo integral com os objetivos da empresa. O comprometimento implica a adesão aos valores e objetivos da empresa por meio do Endomarketing e pressupõe o trabalho em equipe, em um contexto marcado pela cooperação e pela integração dos vários setores da organização. Vale apena dizer também, de modo preliminar, que o Endomarketing trabalha apoiado no instrumental fornecido pelo próprio marketing. Cerqueira (2005, p. 1) ao citar Endomarketing, destaca que [...] a palavra em si significa marketing para dentro, o que se torna muito vago devido à abrangência do marketing. De forma genérica, os sistemas de Endomarketing consistem num conjunto de processos, projetos ou veículos de comunicação integrada que permite a venda, a consolidação de uma nova imagem para dentro da empresa. Conforme o autor os sistemas de Endomarketing visam à difusão de uma linguagem cultural própria e homogênea em toda a empresa, para todos os seus funcionários, independente de nível hierárquico. A base dessa linguagem é um conjunto de valores estabelecidos por eles próprios e aceitos como necessários e bons para regular a relação das pessoas entre si e com a própria organização. Esses valores serão os paradigmas do comportamento individual e coletivo na busca de melhores índices de produtividade e qualidade em tudo que se faça. 2.2.3 O Endomarketing na visão da administração Sorio (2006), relata que o Endomarketing é uma das mais novas áreas da administração e busca adaptar estratégias e elementos do marketing tradicional, normalmente utilizado no meio externo às empresas, para uso no ambiente interno das corporações. Segundo o autor é uma área diretamente ligada à de comunicação interna, que alia técnicas de marketing a conceitos de recursos humanos. Quem nunca ouviu falar que antes de vender um produto para seus clientes, as empresas precisam convencer seus funcionários a comprá-lo? O Endomarketing surge como elemento de ligação entre o cliente, o produto e o 27 empregado. E "vender" o produto para o funcionário passa a ser tão importante quanto para o cliente. Significa torná-lo aliado no negócio, responsável pelo sucesso da corporação e igualmente preocupado com o seu desempenho. A comunicação empresarial assume cada vez mais uma intensidade global, nos compelindo a gerar e repassar informações de nível corporativo para os diversos públicos com que a empresa se relaciona, a começar pela imprensa, passando pela comunidade, clientes, demais parceiros da cadeia produtiva e da própria organização empresarial, principalmente funcionários. Ao nos lançarmos em busca de referenciais globais de qualidade – como certificação ISO 9000, por exemplo – nos damos conta da importância do envolvimento dos funcionários nesses processos. E aí a comunicação interna é convidada a desenvolver mecanismos que agilizem e tornem possível essa integração dos funcionários com as mudanças que estão acontecendo dentro das empresas. Tudo isso nos faz repensar a atividade de comunicação empresarial mais especificamente voltada para o público interno, com uma pergunta bastante simples, cuja resposta pode não ser tão fácil de obter: nossos funcionários estão felizes? Altruísmos à parte, isto acaba se refletindo no clima organizacional e na qualidade dos produtos e serviços da empresa. Em vez de meras ferramentas para as empresas atingirem seus objetivos, a comunicação interna também pode e deve se propor a ajudar as pessoas a se sentirem mais felizes em seu ambiente de trabalho onde, em tese, passam pelo menos um terço de suas vidas . (SORIO, 2006, p. 148). As pessoas nas organizações possuem necessidades muito específicas e são atingidas pela comunicação de maneira direcionada, mais explícita do que normalmente acontece com o consumidor comum. Se imaginarmos que as organizações são aglomerações humanas, com interesses comuns e também divergentes, eis a complexidade que reveste a administração de pessoas e o conseqüente direcionamento do Endomarketing para a obtenção dos resultados esperados. A opinião do público interno tem grande influência nas opiniões e perspectivas do público externo, do consumidor em geral. Partindo desse princípio, as empresas cada vez mais têm investido no Endomarketing como uma estratégia de Recursos Humanos. 28 O Endomarketing existe para atrair e reter seu primeiro cliente: o cliente interno, obtendo significativos resultados para as empresas e, também, atraindo e retendo clientes externos. Afinal, funcionários insatisfeitos com as condições de trabalho e com os próprios produtos lançados, irão fazer uma contra-propaganda cada vez que multiplicam fora da empresa a sensação de descontentamento que os dominam. E, caso estejam satisfeitos com a empresa, poderão "vendê-la" para o cliente externo. Essa atitude estratégica visa dar aos funcionários uma noção da importância de um serviço orientado para atender aos clientes, fazendo-os ter a capacidade de responder qualquer dúvida que surja dentro da companhia, e isso inclui envolvimento, comprometimento, valorização e, principalmente, qualificação do funcionário, visando assumir responsabilidades e iniciativas, conhecendo todas as rotinas de serviço da empresa onde atuam. Afinal, uma informação errada dada ao cliente externo ou uma imagem negativa pode comprometer todo o desenvolvimento de um projeto. O funcionário deve saber a importância do lugar onde trabalha e da sua própria importância, pois só assim ele poderá ter um bom ambiente de trabalho e equipe. O Endomarketing é um elemento indispensável para o sucesso de qualquer empresa. A confiança do público, tanto o interno como o externo, é uma conseqüência do Endomarketing. Pode-se imaginar o quanto o Endomarketing é importante para o crescimento dos negócios nesse cenário. E o quanto representará para as empresas que souberem estruturar seus planos de abordagem aos empregados, visando à máxima qualidade do produto-atendimento oferecido aos seus mercados. 29 3 IMPLANTAÇÃO DO ENDOMARKETING Mais do que simplesmente informar, o Endomarketing serve para disciplinar a direção da empresa para determinadas atitudes de aproximação com o funcionário. Nesse contexto, a comunicação é tratada de forma bastante simples, como um processo pelo qual idéias e sentimentos são transmitidos de indivíduo para indivíduo dentro de um mesmo ambiente de trabalho. Brum (1998), diz que, de todos os instrumentos de avaliação para dirigentes de empresas, nenhum é mais drástico, mais radical e mais condenador do que a avaliação que fazem de si mesmos. Nos últimos tempos, eles tiveram que aprender a conviver rapidamente com os desafios da abertura de mercado, da globalização, da competitividade mundial, da qualidade total e de tantas novas tecnologias, o que os levou a deixar de lado hábitos saudáveis, como circular pela área interna da empresa ou cumprimentar pessoalmente os funcionários. Apesar de a liderança ser uma qualidade nata, existem treinamentos e exercícios de disciplina que permitam a empresários e executivos desenvolver habilidades de relacionamento e passar a serem considerados “homens de comunicação interna”. (BRUM, 1998, p. 72). Segundo o autor, o Endomarketing não prevê apenas instrumentos de informação que sejam palpáveis. No momento em que um dirigente de empresa coloca todos os funcionários num auditório e fala com eles utilizando a técnica “olho-no-olho”, está tendo uma atitude de Endomarketing que vale tanto ou mais que um boletim informativo. As pessoas que ocupam cargos de direção nas empresas devem, portanto, se disciplinar para as atividades de comunicação interna, realizando reuniões, ministrando palestras, participando de festas e atividades interativas. Bekin (2004), revela que a linha de comunicação deve estabelecer um amplo sistema de informação capaz de dar subsídios para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. Do gerente ao servente, todos precisam de informação sobre expectativas do cliente. O que a publicidade está prometendo aos clientes, sobre rotinas de serviços etc. Mas todo esse 30 esforço de informação pode se perder, por melhor que seja a campanha, se a informação não se transformar em diálogo, em troca. Em suma, a linha de atitude tem de acompanhar todo esse esforço de informação. A atitude, a cultura organizacional, é que predispõe à comunicação, e só a partir da existência desse clima de comunicação, de diálogo é que as campanhas de informação podem atingir seu objetivo. Ainda segundo Bekin, o teor da comunicação precisa ser mantido em várias frentes. A primeira é para o público interno; só assim teremos uma comunicação saudável com o mercado. Se a empresa mantiver um bom nível de comunicação com o público interno, certamente obterá uma comunicação melhor ainda com seus diversos públicos externos. É bom lembrar que, hoje, a expectativa das pessoas em relação à empresa na qual trabalham envolve muito mais do que um bom salário. Todos querem trabalhar numa organização que tenha um nome que abra portas, que seja conhecida no mercado, que seja respeitada. Todos querem representar uma marca que, pelos produtos e serviços que oferece e pela forma com que se relaciona com a comunidade, seja motivo de orgulho. Todos querem trabalhar para quem conhecem. Por isso, os empresários devem se deixar conhecer. Cerqueira (2005), cita que o homem está conscientizado de que não é um fator qualquer da produção, mas sim o fator principal do processo produtivo. Ele busca pela maior percepção de suas necessidades, a satisfação não de só de suas carências de ordem material, tais como dinheiro, alimentação, vestuário, etc., mas principalmente, a satisfação de suas necessidades motivacionais no campo psicológico, na qual sua alto-estima precisa ser valorizada através de seu reconhecimento como ser produtivo e capaz. É indispensável ser olhado como gente, pois tem a mesma natureza igualitária de todos, quer sejam gerentes, engenheiros ou diretores. Para implantar ou aplicar o Endomarketing é necessário um conjunto de instrumentos, os quais podem ser divididos em dois níveis: primeiro o de diagnóstico e em segundo o de um programa de ação. Diagnóstico: guie a ação do Endomarketing. Este requer, por um lado, a análise do ambiente interno da organização: avaliação do desempenho global, do desempenho de setores, do nível de integração entre os setores, da 31 relação com os consumidores e das expectativas destes. Programa de ação: este requer o perfil do funcionário, avaliação do seu desempenho, avaliação do potencial e das limitações de cada um, a imagem que tem da empresa, avaliação do nível de motivação existente, avaliação das expectativas e aspirações dos funcionários, avaliação das necessidades de treinamento, avaliação do espírito de equipe existente e dos fatores que podem inibi-lo, nível de conhecimento que tem da empresa, de seus objetivos, de seus produtos e planos. Para dar certo, o Endomarketing, requer um sistema formal de acompanhamento, adverte Cerqueira (1999). Diante da impossibilidade de avaliação do prazo para assimilação de projetos de Endomarketing deve-se evitar a pressa e a improvisação. Por isso recomenda o planejamento de etapas para um período que considera longo, por exemplo, três anos. Divergindo um pouco quanto ao conceito de curto e longo prazo, Brum (1998), apresenta um pensamento semelhante ao afirmar que no planejamento de um programa de Endomarketing deve-se ter em mente o curto prazo. Como a informação provém de decisões e fatos diários, requer um planejamento estrutural, conceitual e criativo, mas inviabiliza o planejamento de conteúdo. O planejamento pode ser feito para um, dois ou três anos, de acordo com os objetivos almejados. O diagrama da figura 3 a seguir, mostra o programa de implantação do Endomarketing, mediante suas etapas. 32 PROGRAMA DE INPLANTAÇÃO DO ENDOMARKETING PRIMEIRO NÍVEL: DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO A DIAGNÓSTICO B Avaliação do Ambiente Interno Perfil dos Funcionários / / Avaliação dos Setores Imagem da Empresa Nível de Integração entre setores Nível de Motivação Expectativas e Aspirações Relação com os consumidores Necessidades de Treinamento Espírito de Equipe Potencial dos Funcionários Conhecimento dos objetivos da empresa AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO GLOBAL Figura 3: Programa de Implantação do Endomarketing Fonte: (BEKIN, 1995, p.44). A implantação/aplicação de um programa de Endomarketing exige um detalhado diagnóstico prévio. Uma avaliação cuidadosa e sistemática do ambiente interno da empresa, apontando os pontos fortes e os pontos fracos, sob o ponto de vista do ambiente interno e o cultural. Um programa para ser eficiente deverá se ajustar à realidade da empresa, atuando especificamente nos pontos mais vulneráveis. De acordo com o diagnóstico obtido podem surgir três tipos de situações internas: 1ª situação: Surge quando se descobre que a empresa carece de uma consciência estratégica voltada para o atendimento ao cliente como prioridade para a conquista do mercado. Nesta situação criar-se-á uma nova mentalidade dentro da empresa: a noção de marketing deve estar presente em todos os setores, na consciência e na prática de todos os funcionários. Introduzindo a 33 noção do funcionário como cliente, de seu envolvimento, da integração dos setores, do resultado em equipe. 2ª situação: Ocorre quando, apesar de já criada dentro da empresa a mentalidade de uma cultura de serviço, torna-se necessário um novo processo para manter essa cultura. Trata-se de fazer com que os valores da cultura de serviço possam se integrar ao cotidiano da empresa, de torná-la efetiva. 3ª situação: A mentalidade de serviço já foi criada e é mantida, já se integrou ao cotidiano da empresa, e a todas as atividades e setores. Muito importante para o sucesso das situações acima é ter sempre duas linhas de ação, as quais possibilitam uma avaliação rápida e precisa: atitude e comunicação. A linha de ação de atitude é aquela que inclui as ações que visam dar ao funcionário consciência da importância estratégica de um serviço orientado para atender o cliente. Inclui o envolvimento, o comprometimento, a valorização e qualificação do funcionário para que ele possa assumir responsabilidades e iniciativas dentro da empresa. Estas iniciativas têm que fazer parte de um processo contínuo, tornando-se eficazes e contribuindo para uma maior competitividade da empresa no mercado. A linha da comunicação deve estabelecer um amplo sistema de informações capaz de dar subsídios para que todos possam cumprir suas tarefas com eficiência. Todos – do gerente ao auxiliar – precisam de informações sobre expectativas do cliente, o que a publicidade está prometendo aos clientes, sobre rotinas de serviços, etc. Mas doto este esforço de informação pode se perder, por melhor que seja a campanha, se não houver feedback, se a informação não se transformar em diálogo, em troca. A atitude, a cultura organizacional, é que predispõe à comunicação e só a partir da existência deste clima de comunicação, de diálogo, é que as campanhas de informação podem atingir seu objetivo. Um programa de aplicação do Endomarketing deverá contemplar essencialmente os seguintes pontos: Treinamento sob a ótica de educação e desenvolvimento; Comprometimento e recompensa; Sistema de informação e rede de comunicação interna; Segmentação do mercado de clientes internos; 34 Cenários para novos produtos, serviços e campanhas publicitárias. Estes pontos deverão ser vistos de uma nova perspectiva, a da cultura organizacional voltada para o atendimento ao cliente, orientada por uma noção de excelência no serviço e valorização daqueles que prestam o serviço, os funcionários. A seguir teremos uma descrição rápida sobre estes pontos. Treinamento sob a ótica da educação e do desenvolvimento: Aqui o treinamento deixa de ser o condicionamento de alguém a fazer aquilo de determinada maneira e passará a ser qualificado como educação, transmissão não só de uma determinada técnica, mas, também de valores necessários a todo o trabalho em equipe que implicam a possibilidade de desenvolvimento profissional e humano. Neste treinamento deverá haver sempre uma componente de atitude, de envolvimento do funcionário, podendo assim, um programa de integração constituir uma atitude importante, proporcionando o conhecimento da empresa e dando motivação ao novo empregado, ao novo cliente interno da empresa. Este programa de integração deverá tratar de fazer com que o funcionário não se limite a saber o que tem de fazer e como fazer, mas saiba também porque está fazendo e para quem está fazendo determinada coisa. O treinamento precisa ser percebido como um momento ótimo para o envolvimento do funcionário, para valorizá-lo como pessoa e comprometê-lo com os objetivos da empresa, com seus valores e planos. A visão do treinamento precisa ser sempre estratégica, no sentido de ser considerada e tratada como um investimento com retorno garantido em termos de qualidade, excelência e dedicação. Comprometimento e recompensa: Os processos ou programas de motivação e valorização devem aprofundar ao máximo três expectativas básicas: 1) Reconhecimento pelo trabalho que fazem; 2) Ter sua importância como indivíduo reconhecida dentro da empresa; 3) Uma remuneração adequada. Num sentido mais abrangente, a motivação deve contribuir para a maior coesão da empresa, para um desenvolvimento harmonioso de suas 35 atividades. Quando a motivação alcança um nível de excelência obtemos harmonia e eficiência. Por outro lado, quando as pessoas não estão suficientemente motivadas, mas mesmo assim procuram dar conta do recado, pode-se dizer que elas estão se esforçando. Mas o esforço ainda não é a eficiência. A eficiência está acima do esforço, está ligada a uma cultura organizacional totalmente motivada e coesa. A motivação é um processo global que tem como objetivo final comprometer o funcionário com as causas e objetivos da empresa para integrálo à cultura organizacional. Todo processo de motivação forma uma sequência constituída pelas seguintes etapas: estímulo, esforço, desempenho, valorização, recompensa, satisfação e comprometimento. Ignorar qualquer uma destas etapas prejudicará o processo de motivação uma vez que formam um encadeamento necessário e seqüencial. Alguns critérios são necessários para criar-se um processo de motivação: => Prioridade para a motivação do grupo de trabalho, com chamamento à parceria, à cooperação e à lealdade; => Valorização do indivíduo dentro do seu grupo; => Integração baseada nos valores e objetivos da empresa; => Reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados; => Recompensa e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos; => Criação de um ambiente de integração dentro da empresa; => Envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões; => Estimulo à iniciativa e à atitude criativa; => Delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida; => Remuneração adequada. A motivação para ser positiva e com resultados abrangentes deve ser grupal. Porém sempre que se fala em grupo necessariamente aparece a figura do líder, líder este que deverá trabalhar com o grupo e para o grupo, tendo perfil democrático, dividindo as responsabilidades, delegando poderes, dialogando e ouvindo a todos. Sistema de informação e a rede de comunicação interna: A comunicação 36 é o processo que envolve troca de informação, ou seja, comunicação é informação com feedback. A conversa, a troca de opiniões, deve prevalecer, pois todos trabalham juntos para uma empresa só e o resultado positivo da empresa será também o resultado positivo de cada um, assim, o trabalho da empresa é nosso trabalho. A comunicação requer que, quando alguém esteja falando o outro seja capaz de ouvi-lo, ou, quando o funcionário esteja com seu superior, este se revele disposto a ouvi-lo, a identificar o ponto de vista que está sendo exposto, a levá-lo em consideração e decidir o que fazer. Ressaltado a importância da comunicação, cita-se abaixo dez itens que mostram a criação de um ambiente onde o funcionário é tratado como um cliente preferencial: 1) A alta direção da empresa está emprenhada no trabalho orientado para o cliente e para a valorização dos funcionários. 2) A gerencia está comprometida com esta visão e possui capacidade de liderança, transmitindo aos funcionários responsabilidades, vontade de participação e capacidade de iniciativa. 3) O conhecimento é disseminado por todos os setores da empresa tanto no sentido de integrar seus diversos setores quanto no de estimular o potencial do indivíduo. 4) Os funcionários conhecem os objetivos da empresa voltada para o cliente e conhecem suas responsabilidades dentro desta linha de atuação. 5) Os funcionários conhecem suas tarefas, sentem-se motivados e estão envolvidos em um trabalho de equipe que dá margem à iniciativa individual. 6) Os treinamentos são realizados constantemente, quer no que diz respeito a aspectos técnicos, quer no que diz respeito ao reforço de valores e atitudes. 7) Os processos de avaliação são transparentes, informando corretamente seu principal interessado, o funcionário. 8) Há um permanente processo de informação e comunicação configurando o livre acesso à informação e à capacidade de todos. 9) O processo de comunicação tem o modelo da “mão dupla”, permitindo que todos os funcionários revelem suas necessidades e expectativas. 10) O atendimento as expectativas e necessidades dos funcionários, a partir 37 de critérios claros e dentro dos objetivos da empresa gera um ambiente de confiança mútua e alta eficiência. A segmentação do mercado de clientes internos: trata-se de uma técnica de marketing para formar grupos homogêneos de consumidores dentro de um mercado muito vasto e heterogêneo. No Endomarketing esta técnica é trabalhada agrupando segmentos homogêneos de clientes internos, ou seja, de funcionários, segundo suas necessidades, expectativas, comprometimentos. Estes segmentos precisam ser mensurados, ter seu potencial identificado. Alguns critérios são usados para definir tais segmentos: idade, religião, origem urbana ou rural, renda familiar, nível de escolaridade e expectativas profissionais. Isto faz-se necessário para dirigir mensagens específicas a estes segmentos, para comunicar-se adequadamente com eles, realizar treinamentos, para satisfaz-lo de maneira eficiente, adequada. Assim pode-se mensurar também as respostas destes segmentos, usando o processo correto de comunicação, cobrando o esforço, a dedicação, o talento dos colaboradores. Cenários para novos produtos, serviços e campanha publicitária: o “cenário” é mais uma daquelas técnicas de marketing que, aplicadas ao Endomarketing traduzem uma oportunidade fabulosa para envolver e comprometer os funcionários. Esta relação com os produtos acaba proporcionando um clima rico de sugestões de melhoramentos, um verdadeiro brainstorming criativo, muito estimulante e com respostas altamente positivas para a avaliação do produto. A mesma coisa acontece com as campanhas publicitárias, onde quanto mais envolvidos estiverem os funcionários, mais positivos serão os resultados, além de criar-se mais um daqueles momentos de verdade no relacionamento empresa/cliente interno. 3.1 Atividades do Endomarketing Todas as ações visando a maior aproximação entre empresa e funcionário, do programa mais complexo à ação mais simples, pertencem ao contexto do Endomarketing, afirma Brum (1998). Em oposição, certas atitudes, 38 como a não vinculação da recompensa ao desempenho, deixar de fazer um elogio, sonegar informações sobre o negócio, ameaçar e coagir para a consecução de tarefas, não cumprir com o prometido, apego excessivo a normas ao tratar com funcionários, esquecendo-se que são pessoas, conduzem ao distanciamento entre empresa e funcionário, além de ser nocivos a qualquer programa de gestão. O programa de Endomarketing, dado às ligações internas que suas atividades mantêm entre si, possui um caráter sistêmico. Dentro deste enfoque, Grönroos (1995), apresenta o Endomarketing como uma filosofia de gestão de recursos humanos e uma forma sistemática de desenvolver e ressaltar uma cultura de serviços. Por isso, praticamente qualquer função ou atividade que tenha um impacto, sobre a consciência para serviços e para clientes por parte dos empregados pode ser nele incluída. A figura 4 lista algumas: ATIVIDADES DO ENDOMARKETING Treinamento e desenvolvimento; Apoio da gerência e comunicação interativa interna; Comunicação de massa e apoio de informações; Ferramentas de administração de pessoal e gestão de recursos humanos; Comunicação externa de massa; Pesquisa de mercado; Segmentação de mercado. Figura 4: Atividades do Endomarketing Fonte: Grönroos (1995, p. 290-295). O treinamento é em geral um componente básico de um programa de Endomarketing a figura 5 mostra os tipos principais: 39 TIPOS DE TREINAMENTO EMPREGADOS PELO ENDOMARKETING Desenvolvimento de uma visão holística de como funciona uma estratégia para serviços e qual o papel de cada indivíduo em relação aos outros indivíduos, funções dentro da empresa e clientes; Desenvolvimento e reforço de atitudes favoráveis em relação a uma estratégia para serviços ao desempenho do marketing interativo; Desenvolvimento e reforço das habilidades de comunicação, vendas e serviços entre os empregados. Figura 5: Tipos de treinamento empregados pelo Endomarketing Fonte: Grönroos (1995, p.291). Conforme Gronroos (1995), o apoio da gerência e comunicação interativa interna é de suma importância para que haja a continuidade do programa. Só através da liderança se consegue inspirar as pessoas a agir em função das metas da empresa. FORNECIMENTO DE APOIO DA GERÊNCIA À CONTINUIDADE DO PROGRAMA A figura 6 mostra diversas maneiras como esse apoio pode ser Continuidade ao programa formal de treinamento por meio de ações fornecido. gerenciais cotidianas; Estímulo contínuo aos subordinados, incorporado à rotina diária da gerência; Participação dos subordinados no planejamento e nas decisões; Diálogo com os subordinados, dando abertura para que nas relações formais e informais informação e comunicação fluam nos dois sentidos; Estabelecimento de um ambiente interno aberto e estimulante. Figura 6: Fornecimento de apoio da gerência à continuidade do programa Fonte: Grönroos (1995, p. 291). A criação de um ambiente de interação dentro da empresa faz parte de um processo de motivação, explica Bekin (1995), para obtê-lo requer-se o apoio de um sistema de informação e uma rede de comunicação. O ambiente de interação ideal significa pessoas informadas sobre a empresa onde trabalham, voltadas para um trabalho de equipe baseado na comunicação e que permite o desenvolvimento do potencial individual do funcionário. 40 Pinto (1993, p. 27), define comunicação como, o processo de interação que resulta na construção de um significado comum entre dois seres vivos. Para que isso aconteça, Brum, (1998) recomenda que o processo de transmissão da informação oficial seja agilizado para que não ocorra à entropia da informação que é a distorção que ocorre pela transmissão boca-a-boca por meio das relações informais e boatos. Nesse processo, a informação vai se espalhando e sendo deturpada. A solução para bloquear a entropia da informação que gera uma opinião interna negativa e oposta aos objetivos empresariais, é a implantação de canais oficiais de comunicação. Estes canais devem atuar de modo a transmitir com agilidade a informação oficial, evitando os efeitos da entropia. O melhor exemplo é uma conversa, uma troca de opiniões. O trabalho não é meu nem é seu, é nosso, e o nosso trabalho é para uma empresa que precisa que trabalhemos juntos. Para trabalhar, temos de buscar pontos de acordo. Algumas dicas rumo a esse objetivo são dadas por Pinto (1993, p. 27), por meio dos sub fundamentos da comunicação: a) A linguagem apropriada facilita as relações; b) Ouvir tende a ser mais produtivo do que falar; c) É mais produtivo argumentar os referenciais que contestar o interlocutor; d) A objetividade facilita a obtenção do acordo; e) A expressão corporal tende a comunicar mais que a linguagem verbal. A maioria das empresas informa, mas não se comunica. A comunicação requer que, quando alguém esteja falando, o outro seja capaz de ouvi-lo, ou quando o funcionário esteja falando com seu gerente, este se revele disposto a ouvi-lo, a identificar o ponto de vista que está sendo expresso, a levá-lo em consideração e decidir o que fazer. Ser capaz de ouvir com atenção é o reconhecimento concreto, a hora da verdade da valorização do indivíduo. Os veículos que compõe o sistema de informações empresarial transmitem a informação, porém isso não é o suficiente, falta o complemento da informação, dado pela comunicação, pelo feedback que cria 41 o diálogo. Este pensamento é compartilhado por Chappel e Read (1973, p.2), para eles “as políticas da organização devem oferecer orientação geral: a formação sensata da política depende de um bom sistema duplo de comunicação”. A informação deve fluir nos dois sentidos, da administração para as equipes e os trabalhadores e também o contrário. Cabe ressaltar um exemplo bastante ilustrativo da importância da comunicação, citado por Bekin (1995). Uma empresa de São Paulo resolveu coletar as reclamações e reivindicações de seus funcionários. Eram milhares. Depois de processar e agregar as reclamações em tópicos claros, os pesquisadores descobriram que elas se resumiam a apenas trinta. Desse total, quase 90% decorriam da falta de informação e comunicação. E só 10% referiam-se a problemas substantivos. Resumindo, nove em cada dez motivos de insatisfação podiam ser eliminados com diálogo, com comunicação efetiva. A partir disso é relevante demonstrar os dez pontos necessários para a criação de um ambiente onde o funcionário é tratado como um cliente preferencial. Figura 7. Ferramentas de administração de pessoal e gestão de recursos humanos são empregadas com a finalidade de atrair, contratar e manter empregados que tenham um perfil adequado aos objetivos da empresa. Dentre essas ferramentas figuram: descrição dos cargos; procedimentos de recrutamento; plano de carreira; salário; prêmios e benefícios indiretos; outras ferramentas de administração de pessoas que sejam úteis na conquista das metas do Endomarketing (GRÖNROOS, 1995). Tal atitude além de ser mais produtiva, resulta na redução da necessidade de treinamento e melhores resultados são obtidos. 42 DEZ PONTOS PARA CRIAÇÃO DE UM AMBIENTE ONDE O FUNCIONÁRIO É TRATADO COMO CLIENTE PREFERENCIAL 1. A alta direção da empresa está empenhada no trabalho orientado para o cliente e a valorização dos funcionários. 2. A gerência está comprometida com esta visão e possui capacidade de liderança, transmitindo aos funcionários responsabilidade, vontade de participação e capacidade de iniciativa. 3. O conhecimento é disseminado por todos os setores da empresa tanto no sentido de integrar seus diversos setores quanto no de estimular o potencial do indivíduo. 4. Os funcionários conhecem os objetivos da empresa voltada para o cliente e conhecem suas responsabilidades dentro desta linha de atuação. 5. Os funcionários conhecem suas tarefas, sentem-se motivados e estão envolvidos. 6. Os treinamentos são realizados constantemente, quer no que diz respeito a aspectos técnicos, quer no que diz respeito ao reforço de valores e atitudes. 7. Os processos de avaliação são transparentes, informando corretamente seu principal interessado: o funcionário. 8. Há um permanente processo de informação e comunicação, configurando o livre acesso à informação e à capacitação de todos. 9. O processo de comunicação tem o modelo da mão dupla, permitindo que os funcionários revelem suas necessidades e expectativas. 10. O atendimento às expectativas e necessidades dos funcionários a partir de critérios claros e dentro dos objetivos da empresa gera um ambiente de confiança mútua e alta eficiência. Figura 7: Dez pontos para criação de um ambiente onde o funcionário é tratado como cliente preferencial. Fonte: Bekin (1995, p.81-82) Antes de iniciar uma campanha de comunicação externa de massa, os efeitos internos que esta possa produzir devem ser considerados. Por isso os empregados formam um público alvo para campanhas publicitárias, 43 atividades de relações públicas e outros meios de comunicação de massa. Um aspecto a ser ressaltado é a pesquisa (GRÖNROOS, 1995). A pesquisa de mercado é útil no diagnóstico de atitudes de comprometimento com o marketing interativo e a presença de uma cultura de serviços. Entende-se, portanto, que para facilitar o atingimento dos objetivos do Endomarketing, faz-se a segmentação do mercado interno da empresa. Assim, são formados grupos homogêneos de consumidores dentro de um mercado vasto e heterogêneo. Vários critérios podem ser empregados na definição dos segmentos, entre estes, figuram dados como idade, religião, origem urbana ou rural, renda familiar, nível de escolaridade e expectativas profissionais. Pode-se citar, entre os produtos que tem sua adequação assegurada em conseqüência da segmentação, o envio de mensagens específicas, realização de treinamentos, satisfazendo com eficiência cada segmento de acordo com sua necessidade. É preciso verificar a relação custo benefício e cobrar o preço justo em troca do produto, isto é, o esforço, a dedicação, o talento (BEKIN, 1995). 3.1.1 Informação e Motivação no Endomarketing Existem muitas formas de se motivar funcionários, como, por exemplo, reconhecer publicamente um trabalho bem-feito, verificar se o funcionário possui as melhores ferramentas para realizar o trabalho que lhe foi atribuído, usar o desempenho como base para uma promoção, enfatizar o compromisso da empresa com a manutenção do emprego, proporcionar a participação nos lucros e, até mesmo, remunerar as pessoas de forma competitiva, ou seja, em função do talento de cada um. No entanto muitas dessas decisões podem representar custos para a empresa ou estarem em desacordo com a sua política de gestão. Conforme Brum (1998), neste caso, motivação torna-se decorrente de procedimentos bem mais simples, como dar aos funcionários as informações necessárias para a realização de um bom trabalho, cumprimentálo pessoalmente por uma tarefa bem feita, enviar-lhe uma mensagem escrita elogiando o seu desempenho, solicitar suas idéias, mostrando o quanto são 44 importantes para a empresa, envolvê-lo nas questões e decisões relacionadas com o seu trabalho e com a sua área de atuação, etc. Da mesma forma, atitudes desatentas, como oferecer a mesma recompensa, todos os anos, independente do desempenho individual, não ser específico ou oportuno ao fazer um elogio, não fornecer informações sobre os negócios, usar de ameaças e coações para que uma tarefa seja realizada, não cumprir as promessas feitas e tratar os funcionários de forma burocrática e não como pessoas, são técnicas de afastamento empresa-funcionário e prejudicam qualquer programa de gestão. O mérito da empresa deve estar em descobrir com os próprios funcionários sobre aquilo que os motiva. Para isso, é importante lembrar sempre da velha “pirâmide de Maslow”, que nos mostra os diferentes estágios relacionados às necessidades do homem. Através dela, é possível perceber que aquilo que motiva um funcionário comum, localizado na base da pirâmide, está relacionado às necessidades de segurança e sociais, quando o que motiva um executivo, que ocupa uma posição mais acima na pirâmide, provavelmente está relacionado com ego, estima e auto-realização. (BRUM, 1998, p. 29). Para Cerqueira (2005, p. 131), o Endomarketing trabalha com o desenvolvimento de estímulos motivacionais no campo da motivação psicológica. Entretanto, quando a cultura avança em comprometimento através dos incentivos psicológicos, torna-se necessário incrementar estímulos ligados a motivação material, ou seja, prêmios, gratificações, e outros. No entanto, a introdução de estímulos motivacionais materiais, buscando aumentar o nível de produtividade, melhorar a qualidade, etc., é muito arriscada, pois dinheiro e prêmios são motivadores de curta duração, estes, ao perder ou ao não receber mais, advém à desmotivação e efeitos contrários. Inclusive esses projetos são chamados de projetos avançados, porque não podem ser implantados sem que o nível cultural tenha evoluído significativamente no campo do comprometimento, através de estímulos de conscientização ligados a motivação psicológica. Isto quer dizer que os níveis de produtividade, de qualidade, de zelo, de limpeza, de ordem, de disciplina consciente, etc., terão que ter atingido patamares aceitáveis, para que tenhamos a pretensão de desenvolvê-los e aperfeiçoá-los ainda mais. Brum (1998), relata ainda que o melhor caminho para a motivação é 45 a capacidade que algumas empresas têm de passar aos seus funcionários mensagens inspiradoras e serem coerentes ao fazer isso. Essas empresas costumam desenvolver recursos que ajudam o funcionário a adotar uma atitude positiva em relação à própria vida e em relação à empresa na qual trabalha. Alguns desses recursos são programas destinados a ajudá-los a melhorar sua educação, programas liberais de folgas e férias. Bonificação em função do desempenho, festas e outros acontecimentos que estejam de acordo com a sua natureza social. Além disso, é bem mais fácil desenvolver amor e confiança nos funcionários quando existe um ambiente de lealdade profissional. As festas e os acontecimentos sociais são, portanto, de grande importância para que as pessoas sejam encorajadas a conhecer uns aos outros e a conviver em situações fora do ambiente de trabalho. É igualmente fácil motivar funcionários quando a direção da empresa serve-lhes como exemplo pessoal e/ou profissional. 3.1.2 Os desafios da empresa para manter os funcionários motivados Mais do que simplesmente informar através de canais e instrumentos oficiais de comunicação interna, que não possam ser distorcidos, a empresa precisa mexer com a emoção das pessoas, produzindo a energia necessária para que todos busquem versões oficiais sobre os fatos e defendam a empresa em qualquer situação. Mais do que isso, a empresa precisa tratar o funcionário como um aliado em seus projetos, sonhos e previsões. O desafio da empresa é, portanto, impedir que esse processo aconteça, antecipando-se aos fatos causadores da desmotivação. Motivar funcionários tornou-se uma grande indústria de fitas, filmes, palestras, seminários, consultorias, assessorias e outros tipos de abordagens e orientações. Contudo, os empresários devem estar muito mais preocupados em “não desmotivar” o funcionário do que “motivar”. As pessoas, em sua maioria, estão motivadas quando começam a trabalhar numa empresa. Apesar do nervosismo habitual, tudo, neste momento, está ligado a sentimentos positivos. A desmotivação chega com o passar dos dias, meses ou anos, sempre relacionadas a fatores emocionais, como desvalorização, deslealdade, 46 descomprometimento e, muitas vezes, situações de humilhação da empresa para com o funcionário. É raro a desmotivação estar ligada a aspectos materiais, quando se pergunta sobre como motivar funcionários, a resposta pode parecer muito simples: aumentando salários. Existem empresários que acreditam que nada motiva mais do que o dinheiro. (BRUM, 1998, P.32) Segundo o autor, o dinheiro pode ser um excelente fator de motivação, mas não é tudo. É da informação o papel principal nesse processo. Bekin (2004), ao falar de empresa motivada e perfeita, cita como exemplo as Escolas de Samba. Teoricamente é impossível juntar dez mil pessoas do Morro da Mangueira, com baixo nível de escolaridade e sem dinheiro, e desenvolver pesquisas históricas, figurinos, coreógrafos, caros alegóricos, organizar a logística do desfile e colocar a escola na avenida no horário preciso, com as pessoas, carros, músicos, balés funcionando cronometradamente sem nenhum ensaio coletivo anterior. Teoricamente é impossível, mas eles conseguem fazer todos os anos, e o que permite isso possível é a atitude e principalmente a motivação das pessoas que compõem a escola, as quais, aliás, fazem todo o trabalho de graça, porém com muito amor e carinho. 3.1.3 Os Resultados obtidos com a aplicação de um bom programa de Endomarketing Não compreender o que é a empresa, por que ela existe, como sobrevive, quais são seus objetivos, suas estratégias, metas e resultados acaba em não-comprometimento. E ausência de comprometimento pode ser mais negativo dos sentimentos por parte do público interno, quando uma empresa deseja sobreviver e crescer no mercado que atua. As observações acima não deixam dúvidas quanto à importância de os empresários criarem em suas empresas programas internos tão completos em nível de informação e motivação, que nenhum funcionário possa sentir-se fora do processo. 47 Como resultados que podem ser obtidos de um bom programa de Endomarketing completo podem ser citados quatro: Postura Interativa: significa sintonia entre empresa e funcionários, com iniciativa no estabelecimento de contatos, manutenção de uma relação próxima e amigável, observação de reações e doação de atenção entre as duas partes. Transparência: trabalha a clareza na ação de comunicação interna através de colocações objetivas e diretas, uso de uma linguagem clara e compreensível e preocupação com a correta assimilação de mensagem. Democracia: que estimula a participação e o consenso através de compartilhamento de decisões e informações e demonstração de real interesse pela opinião das pessoas. Foco: orienta a empresa para resultados através de organização e planejamento de ações a partir da definição de metas a serem perseguidas, priorização de assuntos relevantes e de uma ampla visão sobre os contextos interno e externo da empresa. Pode parecer exagero dizer que o principal resultado que as empresas obtêm de um bom programa de Endomarketing é fazer com que as pessoas sejam felizes no seu ambiente de trabalho. Não se trata de espírito caridoso com os funcionários. Investir em um bom clima organizacional aumenta a produtividade, agiliza as decisões e baixa a rotatividade de pessoal. (BRUM. 1998, p. 168). As organizações que conseguirem chegar aos resultados propostos, serão menos máquina e mais sentimento, menos estrutura e mais ambiente, menos burocracia e mais processo. A empresa que tiver essa visão conseguirá operar dentro da lógica das pessoas que nela trabalham e, a partir dessa lógica, poderá ver o mundo de outra forma, afinal não é só o lucro que interessa, mas a felicidade das pessoas também. Para atingir o objetivo do Endomarketing de estabelecer um processo permanente de motivação do funcionário, é preciso tratá-lo como cliente, conferindo-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa. 48 A figura 8 apresenta alguns critérios capazes de integrar um processo de motivação (BEKIN, 1995). CRITÉRIOS PARA UM PROCESSO DE MOTIVAÇÃO > Prioridade para a motivação do grupo de trabalho, com chamamento à parceria, à cooperação e à lealdade; > Valorização do indivíduo dentro do grupo; > Integração baseada nos valores e objetivos da empresa; > Reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados; > Recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos; > Criação de um ambiente de interação dentro da empresa; > Envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões; > Delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida; > Remuneração adequada. Figura 8: Critérios para um processo de motivação Fonte: Bekin (1995, p. 70). Concordando com essas idéias, Faria e Suasuna (1982, p.120), explicam como a comunicação pode auxiliar nesse processo: Para o administrador a comunicação é o instrumento usado para realizar a descentralização que aumenta a capacidade operacional, através de bem elaborada delegação de autoridade e atribuições. A comunicação também permite, por meio das vias horizontais, que o administrador alcance a coordenação de esforços capaz de proporcionar a imprescindível sinergia e o controle, por meio de comunicações feitas por relatórios e gráficos da infra para a superestrutura. (FARIA E SUASUNA 1982, p. 120) A prioridade dada ao grupo deve ser um critério firmemente estabelecido, porque só ele pode dar coesão interna à empresa. Não se pode esperar um bom nível de desempenho numa empresa em que a motivação está presente apenas em parte das pessoas ou determinados setores. É preciso tomar logo uma providência para unir o grupo, para motivar a todos. Mas, a valorização do indivíduo deve resultar da função que exerce dentro do grupo. Seu desempenho está necessariamente ligado à sua atitude cooperativa. Daí a importância dos valores compartilhados como fator de integração e cooperação (BEKIN, 1995). 49 O bom líder integra-se e trabalha para o grupo, por meio das atitudes de dividir responsabilidades, delegar poderes, dialogar e ouvir mostra seu perfil democrático. Sua liderança, portanto, é coerente com os valores de cooperação enfatizados pelo Endomarketing. Este é o tipo de liderança encontrado nas melhores empresas. 50 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nunca se tem feito tanto pelo Marketing e pelo Endomarketing como na atualidade, porém, ainda é pouco em relação à gama de benefícios que estes podem oferecer. Com tantas dificuldades para tornar a empresa cada vez mais informada, atualizada e principalmente motivada para poder enfrentar as rápidas transformações será necessário utilizar destas ferramentas gerenciadoras, que serão capazes de entender mais e melhor o público alvo, seja ele cliente externo ou cliente interno, uma vez que são estes que fazem as empresas. Atender por atender muitas fazem, ou melhor, todos atendem, portanto, conquistar e reter para si clientes potenciais muito poucas empresas conseguem. Tornou-se necessário, não apenas atender, mas sim entender os clientes e esta missão de entender é reservada ao cliente interno, daí a enorme responsabilidade das empresas em valorizarem, estimularem e criar talentos próprios capazes de não apenas mantê-los e sim fazê-los crescer. O Endomarketing deve fazer com que as pessoas o mesmo que o marketing deve fazer em relação ao produto, antecipar tendências e ser próativo. Eles devem que fazer parte do negócio, viabilizando as estratégias para poder enfrentar as rápidas transformações. Essa é a visão focada e o grande diferencial do negócio de Endomarketing: obter vantagem competitiva por meio das pessoas, gerindo com as pessoas e não gerindo as pessoas. Para isso, a empresa deve saber que o seu maior aliado para atingir seus objetivos são seus funcionários. Daí a necessidade da utilização do Endomarketing, ajudando e capacitando ainda mais seus colaboradores. A empresa deverá ter bem claro as potencialidades dos funcionários, tanto como clientes externos à organização (divulgadores da sua imagem) como quanto clientes internos, sendo esses o foco principal das ações do Endomarketing, desenvolvendo em cada profissional, dentro de uma estrutura organizacional uma forma de atuação multidisciplinar que venha interagir construtivamente e qualitativamente para com a empresa. Pois pra contar com 51 um grupo produtivo e eficiente é preciso primeiro proporcionar felicidades a essas pessoas. 52 5 REFERÊNCIAS BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: Como praticá-lo com sucesso. São Pulo: Prentice Hall, 2004. 186 p. BRETZKE, Mirim. Marketing de Relacionamento e Competição em Tempo Real com CRM (Customer Relationship Managemenet). São Paulo: Atlas, 2000. BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing como estratégia de gestão. São Paulo: L&PM , 1998. 180 p. CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: Educação e cultura para a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2005. 161 p. COSTA, Antonio R.; TALARICO, Edson de Gomes. Marketing Promocional: Descobrindo os segredos dos Mercados. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1996. 270 p. FERNANDES, Adelsi da Graça F. Comunicação Interna na Empresa – Um Grande Desafio. Revista Imes, São Paulo: V.16, n.47, p. 13-18. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 536 p GRÖNROOS, Christian, Marketing gerenciamento e serviços: a competição por serviços na hora da verdade. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus. 378 p. GUMMESSON, Evert. Marketing de relacionamento total: Gerenciamento de marketing, estratégia de relacionamento e abordagens de CRM para economia de rede. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 323 p. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998. 725 p. MINADEO, Roberto. 1000 perguntas marketing. 1 ed. Rio de Janeiro: Thex, 1996. 334 p. SORIO, Waschington, O que é Endomarketing. São Paulo, novembro de 2006. Disponível em: <http://www.waschingtonsorio.com.br. >. Acesso em 03/07/2009