Conheça avanços tecnológicos que beneficiam a Ortopedia

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GLOBO CIÊNCIA
20/07/2013 06h45- Atualizado em 20/07/2013 06h57
Conheça avanços tecnológicos que
beneficiam a Ortopedia
Células-tronco e materiais usados em próteses são
alvos de pesquisas
Laboratório de Terapia Celular do Instituto Nacional de Traumatologia e
Ortopedia (Foto: Divulgação/Into)
Milhões de pessoas em todo o mundo têm dificuldades sérias para se movimentar.
Deficiências, desgaste de partes do corpo, acidentes, doenças e diversos outros fatores
podem prejudicar a realização de tarefas simples do dia a dia e causar dores constantes.
A aliança entre tecnologia e Ortopedia tem sido fundamental para melhorar, ao menos
um destes problemas: o da locomoção. As próteses ainda são muito utilizadas e há
diversas pesquisas na área. No entanto, outros tratamentos - alguns deles
complementares - vêm sendo desenvolvidos.
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Na maior parte das cirurgias, as próteses utilizadas são de tamanho padrão. Segundo o
vice-diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) João Matheus
Guimarães, durante a cirurgia é fundamental que haja muitas opções, para que os
médicos possam escolher a que se encaixe perfeitamente na região operada. "Muitas
vezes isso pode ser um problema em hospitais públicos, que nem sempre contam com
os recursos necessários", ressalta.
Além do tamanho, o material é outro aspecto fundamental nas próteses. “Hoje, os mais
utilizados para superfícies de contato são as cerâmicas, mais resistentes e que desgastam
menos os ossos”, explica João Matheus.
As cerâmicas são mais caras que o aço, por exemplo, mas, em compensação, diminuem
a necessidade de revisões, o que torna o processo mais barato em longo prazo. Este é
um dos grandes problemas envolvendo próteses. Conforme o uso, é preciso fazer ajustes
para compensar o desgaste dos ossos e o encaixe voltar a ser perfeito. É aí entra a
necessidade de um banco de tecidos musculoesqueléticos, que possam ser utilizados
para fazer reposição nestes casos.
O Into possui o único banco de tecidos desse tipo totalmente público do país. Mas não
basta apenas fazer o transplante. Os ossos passam por processos que incluem o
congelamento. Isso faz com que sobre apenas a estrutura mineral, sem qualquer célula,
o que, por um lado, elimina o risco de rejeição, mas, por outro, pode levar o organismo
do receptor a reabsorver parte do osso.
Neste sentido, o Into desenvolve estudos para permitir a “celularização” dos tecidos
doados a partir da medula do paciente que fará a cirurgia, o que permite a melhoria da
recepção do novo osso. A instituição também trabalha com tratamento a partir de
células-tronco para a consolidação de fraturas.
Segundo João, também vêm sendo realizadas pesquisas envolvendo o tântalo, um metal
cujas propriedades são parecidas com as dos ossos, para o preenchimento de regiões
desgastadas.
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