OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE ESTRESSE

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OS EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO
POR EPILEPSIA NO CÉREBRO
Nível: Trabalho de Conclusão de Curso
Autor: Gabriel da Silva Souza ([email protected])
Orientador: Aderbal Silva Aguiar Jr. ([email protected])
Resumo
As espécies reativas de oxigênio (EROs) implicam na patogênese de várias
desordens neurológicas, inclusive a epilepsia. O tratamento farmacológico da
epilepsia é voltado para o controle de convulsões, sendo alternativas meramente
paliativas. Assim, buscam-se estratégias terapêuticas que também atuem no
processo neurodegenerativo desta patologia, como por exemplo, o exercício. Este
estudo teve como meta geral analisar os efeitos da atividade física sobre dano
oxidativo induzido por epilepsia no cérebro de camundongos, tendo como objetivos
específicos: verificar níveis de oxidação de lipídios no hipocampo, identificar níveis
de oxidação de proteínas no hipocampo, analisar níveis da enzima citrato sintase no
músculo sóleo e verificar atividade motora e memória olfativa. Os camundongos
foram separados em 4 grupos, com 7 camundongos em cada grupo (grupo sham,
epilepsia, sham exercício, epilepsia exercício). O tempo de treinamento foi de 8
semanas com acesso livre a roda de correr. Os camundongos foram induzidos à
epilepsia através de polimicrogiria. Foi realizada análise da enzima cintrato sintase
no músculo sóleo, teste de campo aberto e de discriminação olfatória e verificação
dos níveis de lipoperoxidação e carbonilação no hipocampo. Verificou-se que: 8
semanas foram suficientes para treinar os camundongos; a epilepsia não leva a
déficits motores; a epilepsia causa prejuízos significativos à memória olfativa dos
animais e 8 semanas de exercício foram suficientes para reverter os mesmos; os
níveis de lipoperoxidação mostraram-se elevados no grupo epilepsia, sendo
diminuídos após 8 semanas de exercício, mas sem conseguir voltar a normalidade;
os níveis de carbonilação mostraram-se diminuídos no grupo epilepsia exercício,
quando comparados ao grupo epilepsia. Comprovou-se que a atividade física
diminuiu o dano oxidativo no cérebro gerado pela epilepsia e reverteu os prejuízos
causados pela epilepsia à memória olfativa dos camundongos. Assim, demonstrouse que o exercício pode ser uma das estratégias terapêuticas que atuam no
processo neurodegenerativo gerado pela epilepsia.
Palavras-chave: Epilepsia. Estresse oxidativo. Atividade física.
Data da defesa: 26/11/2007.
Banca examinadora: Aderbal Silva Aguiar Jr., Ester Meire Costa G. Blasius,
Fernando Soldi.
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