O aluno deficiente auditivo usuário do sistema de frequência

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O aluno deficiente auditivo usuário do sistema de frequência modulada:
avaliação dos professores.
Sílvia Mara Maeda Zlatic, Eliane Maria Carrit Delgado Pinheiro, Marília, Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, fonoaudiologia, [email protected], FAPESP.
Palavras Chave: deficiente auditivo, escola.
Introdução
A portaria Nº 1.274, de 25 de junho de 2013,
determina que o Sistema Único de Saúde (SUS),
oferte o sistema de frequência modulada (FM) aos
alunos deficientes auditivos usuários de aparelho de
amplificação sonora individual (AASI) e/ou implante
coclear (IC), matriculados no Ensino Fundamental I
ou II ou no Ensino Médio.
Objetivos
Descrever a utilização do sistema FM utilizado por
alunos
deficientes
auditivos,
segundo
os
professores.
Material e Métodos
Este estudo é uma parte do projeto de pesquisa que
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(processo nº 47078915.0.0000.5406). Participaram
10 professores, das áreas de humanas, exatas e
biológicas, de quatro estudantes deficientes
auditivos usuários do sistema FM, que apresentam
perda auditiva sensorioneural e estão matriculados
na rede pública de ensino. Dois alunos (A1 e A2)
frequentam o Fundamental I e apresentam perda
auditiva sensorioneural de grau severa e profunda,
respectivamente, sendo que o A1 é usuário do AASI
e o A2 do IC. Dois alunos (A3 e A4) frequentam o
Fundamental II e apresentam perda auditiva
sensorioneural de grau moderada e profunda,
respectivamente, sendo que o A3 usa AASI e o A4
IC. A utilização do sistema FM foi analisado com o
instrumento Listening Inventory for Education Revised (LIFE-R) (ANDERSON; SMALDINO;
SPANGLER, 2011). A primeira parte desse
instrumento se refere a situação de escuta, é feita
uma caracterização de
acordo
com os
critérios propostos pelos mesmos autores: “Não tem
dificuldades de escuta ou apresenta raramente” (75
a 67 pontos), “ocasionalmente tem dificuldades de
escuta” (66 a 52 pontos), “Às vezes tem dificuldades
de escuta” (51 a 37 pontos), “Muitas vezes ou
regularmente tem dificuldades de escuta” (36 a 22
pontos) e “Quase sempre tem dificuldades de
escuta” (21 a 15 pontos). A segunda parte se refere
a estratégia de escuta utilizadas pelo aluno e os
valores obtidos são em porcentagem que
demonstram o quanto são utilizadas as estratégias
específicas para o aluno escutar.
Resultados e Discussão
XXVIII Congresso de Iniciação Científica
As respostas foram distintas de acordo com a
disciplina ministrada, utilizando o sistema FM. O
participante A1, na situação de escuta, obteve o
resultado indicando que “ocasionalmente tem
dificuldades de escuta” e apresentou pontuação de
35% nas estratégias de escuta. O participante A2
obteve o resultados indicando que “às vezes tem
dificuldades de escuta” e apresentou pontuação
57,5% no uso de estratégias de escuta. O
participante A3 obteve os seguintes resultados: em
artes “não tem dificuldades de escuta ou apresenta
raramente”, em matemática “ocasionalmente tem
dificuldades de escuta”, em língua portuguesa “às
vezes tem dificuldades de escuta”. As porcentagens
referentes a utilização de estratégias para o aluno
escutar
foram,
70%,
67,5%
e
37,5%,
respectivamente.
O participante A4 obteve os
seguintes resultados: em ciências, geografia e
educação física “ocasionalmente tem dificuldades
de escuta em suas aulas”, em matemática “às vezes
tem dificuldades de escuta” e em artes “não tem
dificuldades de escuta ou apresenta raramente”. As
porcentagens referentes a utilização de estratégias
para o aluno escutar foram, 72,5% pelos
professores de ciência e geografia, 57,5% pelos
professores de matemática e educação física e
97,5% pelo professor de artes. Os resultados
demonstram que há uma variabilidade nas
respostas dos professores dos diferentes níveis e
disciplinas, sendo que, os alunos que obtiveram
escores que demonstram maior facilidade de ouvir
com o sistema FM, tiveram a porcentagem de
utilização de estratégias também maiores. Isso
evidência a necessidade de não apena o acesso
aos sons da fala estarem garantidos, pela
tecnologia, como também a compreensão do
conteúdo com diferentes estratégias.
Conclusões
Os resultados demonstram a efetividade do recurso
tecnológico, sistema FM, para o acesso aos sons de
fala, no contexto escolar.
Nota-se também a
relação escores da situação de escuta e a
porcentagem de estratégias.
Agradecimentos
Aos professores e à FAPESP pelo suporte.
____________________
1
Anderson, K. L.; Smaldino, J. J.; Spangler, C. Listening Inventory For
Education - Revised (L.I.F.E.-R.): student appraisal of listening
difficulty: before-life questions for students. 2011.
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