ASMA INFANTIL SOB A ÓPTICA MATERNA: UMA ABORDAGEM QUALITATIVA1 Sayonara Aquino de Almeida Tavares 2 Dárcia Pinheiro Nogueira 3 Samyra Rodrigues Maciel Medina Guimarães4 Caroline Soares Nobre5 Conceição de Maria de Albuquerque6 1.INTRODUÇÃO O sentido etimológico da palavra asma advém do grego "asthma", significa "sufocante", "arquejante", conhecida desde a Antigüidade, por acometer indivíduos de todas as idades, de diferentes níveis sociais e culturais, com graus variados de gravidade e freqüência, a asma é um problema de saúde pública, uma doença inflamatória crônica que se caracteriza por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e limitação variável ao fluxo aéreo, se manifesta por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã, ao despertar. Suas características clínicas resultam da interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e a manutenção da sintomatologia 1,2. A principal característica desta patologia é a inflamação brônquica, pois está presente em todos os pacientes asmáticos, inclusive naqueles com asma de início recente, nas formas leves da doença e mesmo entre os assintomáticos. Esta é considerada resultante da interação entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas, causadas por estímulos desencadeantes, como alérgicos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios3. De acordo com estudos internacionais, que abordaram a asma, focam na relação custo/afetividade favorável, utilizados durante os tratamentos recomendados para manejo da asma, com base na educação em saúde direcionada as mães que cuidam dos seus filhos portadores, associada ou não a terapêutica profilática, resultando em melhora clínica com redução de visitas as unidades de atendimento terciário. Sendo assim, a melhor forma de prevenção da asma está na promoção da saúde, pela identificação e a precaução aos agentes desencadeadores das crises asmáticas, sendo a maioria destas peculiares a cada criança4. Cerca de 10% da população mundial é afetada pela asma, configurando-a como um sério problema de Saúde Pública, tendo como característica importante sua extrema variabilidade, tanto de doente para doente, como em momentos diferentes no mesmo doente. Os mecanismos desencadeantes da asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos, esta é uma doença freqüente na infância, sendo comum que a primeira crise surja antes dos quatro anos de idade. O diagnóstico é mais difícil por que as crianças não sabem expressar o que estão sentindo e os chiados nessa idade podem sinalizar várias doenças. Em crianças pequenas, as vias respiratórias são estreitas e delicadas, estando mais sensíveis aos agressores do ambiente como alérgicos, vírus e bactérias. As doenças respiratórias, principalmente as causadas por vírus, são muito comuns na criança pequena sendo freqüentemente observada a presença de chiado no peito 5,6. No Brasil, ocorreram cerca de 330.000 internações por asma no ano de 2004, constituindo-se na terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Destas, a região Nordeste é responsável por 43,6%. Com relação a esta região, o Ceará é responsável por 15% das internações7. A fase três do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), que foi realizado em vinte e um centros de vinte cidades brasileiras, distribuídas nas cinco regiões do país, foi observada a prevalência média 24,3% de asma ativa entre escolares de 6 a 7 anos e 19% entre adolescentes de 13 a 14 anos. As taxas de prevalência de asma e doenças alérgicas mais elevadas foram observadas nos centros das Regiões Norte e Nordeste, exceção feita à de asma, que também foi observada na Região Sul8. Apesar do aumento no número de estudos sobre asma, tem-se averiguado que sua morbidade e mortalidade vêm aumentando nos últimos anos. Dentre os muitos argumentos levantados por pesquisadores, no sentido de se tentar explicar a elevação destas taxas, temse, de um lado, os que a associam à abordagem inadequada da asma pelos profissionais de saúde e pacientes, e, de outro, os que afirmam dever-se a: mudanças na atenção médica; mudanças no meio ambiente; e mudanças no indivíduo atípico9. A asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa. Em 1999 foi assumido um compromisso entre o Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Sociedade Brasileira de Clínica Médica e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estabelecendo diretrizes para a criação do Plano Nacional de Controle da Asma (PNCA). A partir de então, alguns programas de controle e atenção à asma foram criados, consolidados e expandidos, e esse esforço gerou experiências acumuladas de tratamento multiprofissional, melhor controle da doença, redução da morbidade e da procura a serviços de urgência10. No ano de 2001, após extensos debates, foi encaminhada ao Ministério da Saúde a Carta de Salvador, onde se alertava para a urgência da implantação definitiva do PNCA. Houve um grande envolvimento governamental a partir de 2003, inicialmente com o financiamento de medicamentos para asma grave (portaria GM 1.318 e atualmente 2.577). A partir de 2005, houve a aquisição de medicamentos para asma leve e moderada (portaria GM 2.084), tendo os programas de asma como papel central no desenvolvimento desta política 11. O autor supracitado continua seu discurso referindo que as estratégias de saúde pública adotadas como saúde de família, acolhimento, humanização e agentes comunitários são utilizadas em apenas 41% dos programas, sendo estas fundamentais para uma maior captação dos pacientes asmáticos e um atendimento integral aos mesmos. Todos os pacientes com asma e seus familiares devem receber orientações sobre sua doença e noções de como eliminar ou controlar fatores desencadeantes, especialmente os domiciliares e ocupacionais. As diferenças entre tratamento broncodilatador sintomático e o de manutenção regular devem ser enfatizadas. O paciente deve entender a doença e seu tratamento. Em casos moderados e graves, o registro escrito da medicação consumida e sintomas podem auxiliar no melhor autocontrole e na condução médica. Todos os pacientes com asma persistente moderada ou grave devem ter um plano de ação escrito para uso em caso de exacerbações 12. O diagnóstico da asma deve ser baseado na anamnese, exame clínico e, sempre que possível, nas provas de função pulmonar e avaliação da alergia. A terapia deve focalizar de forma especial a redução da inflamação, onde a anamnese cuidadosa é importante para a identificação da exposição a alérgicos relacionados com a asma13. A apreciação dos programas brasileiros que apresentam experiência no manejo da asma demonstrou que os profissionais de enfermagem desempenham um importante papel nesta malha. O número deste, envolvidos com o tratamento da asma foi superior ao de médicos generalistas, inclusive na média de consultas/mês por programa 14. Ao analisarmos a ocorrência de asma em uma determinada população e seus agentes desencadeadores é um desafio, desde que não há ainda nem mesmo unanimidade quanto aos critérios diagnósticos utilizados. Sua dimensão, portanto, em uma comunidade, região ou país, pode ser analisado sobre várias ópticas, como a taxa de morbidade e a mortalidade, a prevalência, os números de hospitalizações decorrentes, e a gravidade da doença8. A ciência é responsável por todo o ciclo vital, daí o interesse pela temática (asma infantil), revelando a necessidade do envolvimento da família no cotidiano da criança, sendo essa a base para o seu desenvolvimento, assim promovendo a qualidade de vida desta. Para tanto, a pesquisa é uma estratégia indispensável para repensar e recriar a prática em saúde. A educação associada ao tratamento farmacológico constitui um dos pilares fundamentais no tratamento da asma. Ajuda o paciente e os familiares na aquisição de motivações, habilidades e confiança no tratamento, o que permite um impacto positivo na mudança ativa de comportamento frente à doença, e ajuda a estabelecer vida normal a essas pessoas15. Nosso interesse pela temática decorreu de vivencias durante as práticas emanadas da graduação em diversas disciplinas relacionadas a saúde da criança e em especial ao Estágio Supervisionado I. Em tais estágios presenciamos a aflição das mães com suas crianças asmáticas a procura de assistência em emergências hospitalares ou em ambulatórios de saúde publica. Outro aspecto que nos inquietávamos era a freqüência dos retornos das crianças com o mesmo quadro e constatamos que durante esses atendimentos os profissionais não se preocupavam em explicações quanto aos cuidados para com a criança. Assim, percebemos que um dos principais pilares da prevenção e controle da asma diz respeito ao processo educativo, realizado pela assistência de enfermagem considerando culturais e sociais em que o binômio mãe-filho está inserido. Diante desta temática, almejamos ampliar nossos horizontes, ao considerarmos a enfermagem como participante deste cenário, visto que ações educativas são imprescindíveis para o estabelecimento do cuidado à saúde, vindo este ampliar a visão biomédica e de corporeidade, buscando o indivíduo enquanto sujeito, assim como, atentar para a relevância da compreensão do ambiente que o rodeia e o homem neste contexto, buscando o estabelecimento da qualidade de vida. Para tanto, a pesquisa é uma estratégia indispensável para repensar e recriar a prática em saúde. Com todo esse questionamento em mente e a vontade de desenvolver um trabalho científico que respondesse a todas essas indagações foi o que motivou as autoras a perseguir esta temática. Considerando-se a asma como a mais importante alergia respiratória, observamos suas sérias implicações físicas, sociais e econômicas, as quais determinam sofrimento tanto ao portador como a seus familiares. Torna-se relevante o envolvimento de todos os níveis de atenção dos sistemas de saúde para o seu adequado manejo, valorizando a assistência prestada pelos diversos segmentos, através de políticas públicas eficazes que viabilizem o tratamento efetivo, de qualidade e centrado no indivíduo dentro de seu contexto social. 2. OBJETIVOS Conhecer a percepção materna acerca da vivência com o filho portador de asma. Avaliar o conhecimento das mães sobre do tratamento da asma infantil. Identificar os sentimentos das mães que acompanham o cotidiano do filho com asma. 3. CAMINHAR METODOLÓGICO: 3.1 Natureza do Estudo: Estudo exploratório com abordagem qualitativa, compreende-se um problema da perspectiva dos sujeitos que o vivenciam, ou seja, parte da vida diária, sua satisfação, desapontamentos, surpresas e outras emoções, sentimentos e desejos16. A proposta qualitativa atenta-se ao contexto social no qual o evento ocorre, onde a pesquisa surge no em que se torna consciência de um problema e se sente impelido a buscar uma solução. É uma atividade voltada para solução de problemas, mediante o emprego de processos científicos. O valor da investigação científica está na satisfação da curiosidade, ao efetivar o desejo de conhecer17. A pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis 18. 3.2 Cenário da pesquisa: A pesquisa ocorreu na Unidade Sanitária César Cals de Oliveira, pertencente à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará - SESA, esta unidade foi construída e equipada no Governo do coronel Cesar Cals, inaugurada em 27 de março de 1972, cujo secretário de saúde era o Dr. Lúcio G. Alcântara. Tal unidade é composta por profissionais de saúde de várias especialidades que integram equipes do programa Saúde da Família, utilizado como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um importante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Desenvolve os mais variados programas de saúde, dentre as quais destacamos o serviço do programa de asma que assiste a clientela de todos os bairros da regional VI do município de Fortaleza – Ceará. A coordenação da instituição foi informada do interesse dos autores na realização da pesquisa por meio de um oficio assinado assim permitido a sua efetivação. 3.3 Informantes do estudo As informantes foram mães de crianças asmáticas de zero até onze anos e onze meses (doze anos incompletos), que integram juntamente com seus filhos do grupo de crianças asmáticas. Os critérios de inclusão da pesquisa foram as mães que seu (a) filho (a) estejam cadastrados no programa de asma infantil da instituição, considerando a faixa etária citada, como também aceitar em participar do estudo de modo espontâneo. Já os de exclusão foram aquelas mães que se recusam a participar das entrevistas, ou que tenham algum distúrbio neurológico. Aquelas informantes que optaram em participar da pesquisa assinaram um termo de consentimento livre esclarecido, onde foram garantido o anonimato, o ressarcimento de perda ou danos físicos e morais, ressaltando que em nenhum momento foram lesados financeiramente. 3.4 Coleta de Dados: O primeiro contato das pesquisadoras com as participantes aconteceu na sala de acolhimento por meio da observação não participante consistindo na primeira técnica utilizada. A coleta de dados ocorreu nos meses de abril a maio de 2009. A segunda técnica de coleta, foi por meio de uma entrevista semi estruturada junto às participantes, baseada nas questões norteadoras: “Qual o seu entendimento sobre a asma infantil? Com relação ao programa de crianças asmáticas o qual seu filho participa quais os benefícios para ele (benefícios para a criança)? O que você aprendeu de cuidados para melhorar a doença do seu filho nestas consultas?” A entrevista é a técnica em que o entrevistador está presente junto ao informante e formula questões relativas ao seu problema 16. Foi utilizado como recurso para registro das informações, o gravador, onde foram transcritos na íntegra todas as falas das entrevistadas para a confiabilidade e fidedignidade dos relatos. Determinou-se o uso de letras “M” na identificação das informantes como recurso de resguardar suas identidades mantendo-as em anonimato e a numeração de acordo com a ordem das entrevistas. 3.5 Análise dos Dados A análise dos dados foi realizada após a transcrição na íntegra de todos os relatos das entrevistas. Posteriormente todo esse material foi realizado diversas leituras flutuantes e aprofundadas, onde os dados foram or ganizados, em grupos temáticos e em seguida em categorias empíricas e fundamentadas na literatura relacionada que aborda a temática em estudo. Sendo que, a categorização dos dados, foi à última etapa do processo de análise sendo fundamentada nas principais informações e opiniões emitidas pela entrevistada. A forma de organizar os dados pondera as respostas dos sujeitos da pesquisa, a fim de que possam ser adequadamente analisadas, fazendo-se necessário, a isto, organização, dos dados mediante seu agrupamento em certo número de categoria temática. Ao finalizar esta etapa, far-se-á seleção das falas consideradas mais significativas, as quais autenticarão as conclusões e atribuições dos significados das mesmas 19. Característica importante da metodologia qualitativa é consistir na heterodoxia no momento da análise dos dados. A variedade de material obtido qualitativamente exigirá do pesquisador uma capacidade integrativa e analítica que, por sua vez, depende do desenvolvimento de uma capacidade criadora e intuitiva. A técnica de análise dos dados será análise temática, que dá uma ênfase na avaliação qualitativa dos dados18. 3.6 Aspectos Éticos A pesquisa foi submetida à análise do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Atenta-se, portanto ao que preconiza a Resolução n° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde20, que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos, sendo respeitados os aspectos éticos e legais, onde foram incorporados os principais princípios éticos: a beneficência; o respeito à dignidade humana (autonomia), a justiça e a eqüidade. Assim, foi mantido sigilo dos informantes sob os dados pessoais, como nome do (a) cliente entrevistado (a). Este, por sua vez, pôde recusar-se a ser entrevistado (a) ou interromper o processo de pesquisa a qualquer momento. O presente estudo foi submetido à apreciação do comitê de ética em pesquisa da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Sendo aprovado sob o protocolo nº: 017/2009. 4. ANÁLISE DOS DADOS 4.1 Conhecendo as informantes Foram entrevistadas vinte mães dentre as quais doze declaram ser casadas, duas separadas e seis solteiras. Quanto à ocupação oito declaram ser do lar, uma manicure, uma vendedora, uma auxiliar de serviços gerais, duas professoras, uma salgadeira, uma diarista, uma zeladora, uma costureira, uma comerciante, uma secretária e uma sacoleira. Em relação à renda familiar treze ganham entre um salário mínimo até dois, uma cinco salários mínimos, e quatro ganham renda inferior a um salário mínimo, uma ganha seiscentos reais e uma ganha mil e quatrocentos reais. Quanto ao nível de instrução escolar todas são alfabetizadas, e uma concluiu o ensino superior. Indagadas sobre a história obstétrica duas referiram serem primiparas, seis declararam serem duiparas e as demais são multíparas. Quanto à quantidade de filhos vivos quatro declararam ter somente um filho vivo, seis possuem dois filhos vivos, cinco têm três filhos vivos, três afirmam quatro filhos vivos e duas com sete filhos vivos. Destaca-se que alguns dados foram colhidos com relação aos seus filhos que participam do programa de crianças asmáticas dentre eles treze são do sexo masculino e nove do sexo feminino,. Com relação ao tipo de parto das mesmas, dez destas foram cesáreas e doze foram normais. No tocante ao grau de instrução destas crianças todas estão cursando o ensino fundamental. Quando interrogada sobre a necessidade de internamento ao nascer dos filhos, nove declararam que foi preciso esse internação e onze referiram que não houve a necessidade. Em relação a pratica de esportes treze das crianças não praticam, e o restante das mesmas desenvolvem práticas tais como capoeira, dança, natação, balé e MotoCross. 4.2 Categorizações: No primeiro questionamento da entrevista semi-estruturada pesquisou-se sobre o entendimento materno acerca da patologia onde surgiram dois grupos temáticos de categorias que serão descritos a seguir. Consciência da patologia Nesta grupo percebeu-se que seis mães demonstram conhecer a forma como a asma afeta a saúde da criança, abordando a sintomatologia apresentada, nas orientações realizadas pela equipe, e a os anseios causados ao longo do tratamento, o que podemos destaca- se os relatos a seguir: “É uma doença complicada e difícil de ser tratada e deixa a criança cansada. Essa doença só com o tempo é que pode ficar melhor, eu acho que não tem cura, a gente tem que aprender a conviver com a asma muito complicada [...]” (M04) “Segundo a médica, a gente recebeu orientações que é uma doença séria que e prejudica a criança, quando a criança tem contato com as coisas que causam alergia, atingi os pulmões, aí eles se contraem ficando pouco ar para a criança, ela fica sempre cansada e vem aquela tosse típica da alergia que atrapalha muito [...]” (M07) “A asma que eu acompanhei com o meu filho é o entupimento dos brônquios ele passava super mal ficava com muita falta de ar e isso me deixava muito angustiada, Tinha várias crises, já ficou internado com oxigênio eu ficava muito preocupada e angustiada, a primeira vez foi com um mês e dez dias passei cinco dias com ele internado no oxigênio direto [...]”(M15) “É uma doença causada por bactérias, fungos, no caso dele foi constatado que a asma dele foi causada por bronquite alérgica, foi feito vários exames alérgicos e constatou que ele é alérgico a fungos e ácaros [...]” (M18) A asma afeta tanto o portador quanto sua família ao restringir sua participação em diversas atividades pela decorrência direta da indisposição que a doença provoca como também o absenteísmo do paciente ou de seus familiares ao trabalho ou à escola, comprometendo o orçamento doméstico, pelo fato da restrição progressiva da capacidade funcional pulmonar durante a evolução natural da doença, o que, por sua vez, dificulta ainda mais a inserção do paciente no mercado de trabalho e na vida social. As doenças do aparelho respiratório apresentam alta incidência no Brasil, a asma, dentre estas, tem se destacado nas últimas décadas pelo aumento nos índices de morbidade e mortalidade, sendo popularmente reconhecida como falta de ar, também ao longo das falas surgem significados não baseados em teorias científicas, mas aparentemente relatados na categoria a seguir. Conhecimento aparente Nesta categoria percebemos que quatorze mães demonstra conhecer a patologia, como complicada, difícil de ser tratada, com a possibilidade de não ter cura, destacadas nos discursos de: “Eu acho que é uma doença dos pulmões e vem mais de família de geração, atingi o coração e deixa a criança sem fôlego e causa cansaço, com essa doença a criança não é saudável [...]” (M02) “É uma doença que deixa a criança que atingi os pulmões e deixa a criança com tosse, cansada afeta os pulmões e que pode causar muitas coisas piores, até a morte. Eu já vi uma criança morrer com essa doença [...]” (M06) “Eu entendi pouco porque a segunda consulta ela me ensinou muita coisa, porque ela disse que é uma doença que não tem cura, o remédio alivia e pega de um parente que é de contato com a asma e na minha família não tem ninguém que tem contato com a asma e nem na dele. Foi à médica que falou que pega [...]” (M16) “A asma é aquela doença que deixa a criança cansada não consegue respirar direito, o bichinho não dormia direito, quando ele gripava passava a noite com ele sentado numa cadeira porque ela não conseguia com ele sentado numa cadeira porque ele não conseguia dormir de jeito nenhum. Eu ficava muito angustiada porque a gente olhava pro peitinho dele e aquela barriguinha subindo e descendo eu pensava que ele ia desfalecer, que ele ia morrer com falta de ar[...]”(M19) Tendo um profundo impacto na criança, nas suas famílias e na sociedade, pelo fato do grande número mães de crianças asmáticas recorrendo aos serviços de emergência como local regular de consultas, e o elevado número de internações. Este tipo de atendimento, não é considerado adequado, levando a falhas no tratamento e no controle da doença 21. O conhecimento aparente da patologia pela mãe acaba por revelar as diferentes formas de intervenções adequadas ou não para o prognóstico da patologia, causando medo quanto a evolução da doença para o óbito. O segundo questionamento versou sobre as mudanças percebidas pelas mães em suas vidas, após seu filho ser inserido no programa de asma, surgindo as categorias a seguir: Benefícios quanto aos gastos com medicamentos Elegemos os relatos de doze destas mães que fazem emergir a categoria abaixo representada pela fala de quatro mães, principalmente quanto aos gastos com medicamentos durante o tratamento da criança no discurso de: “Melhorou muito, recebo os medicamentos que antes eu tinha que comprar e agora recebo de graça, são remédios caros e é muito difícil comprar porque eu não posso. Antes eu me preocupava muito, passava de noites sem dormir quando ele estava em crises e agora não, tudo melhorou, e eu estou bem mais tranqüila [...]” (M04) “Para mim foi muito bom, quando cheguei aqui neste posto com meu filho fomos muito bem recebidos, recebo os remédios que nem sempre tenho dinheiro para comprar e agradeço muito a Deus por ter conseguido este tratamento de graça. Eu mim preocupava muito e agora melhorou muito [...]” (M09) “Eu me sinto bem mais aliviada, agora que ele ta tomando a medicação e assim para uma mãe só em ver seu filho bem à gente fica bem mais aliviada mesmo, também com o programa do posto a gente recebe toda a medicação e isso pra gente que é de família humilde é uma ajuda valiosa [...]” (M15) “Os remédios é muito caro, é duzentos reais e eu não tenho condições e aliviou muito depois que ele começou a tomar o remédio todos dois porque quando eles tinha as crises eu ia direto para o hospital e dessa vez eles teve e não foi para o hospital ficaram bom em casa[...]”(M16) A gravidade da apresentação clínica inicial e a resposta ao tratamento com broncodilatadores beta2-agonistas inalatórios definirão qual a melhor indicação para o tratamento da crise asmática, caso a evolução não seja satisfatória é encaminhado ao departamento de emergência ou no pronto-socorro . Quanto mais rápido e eficiente ocorrer à intervenção da crise asmática pode alterar favoravelmente o desfecho desta situação clínica, de forma a se fazer necessário a sua abordagem sistematizada e diferenciada pelos serviços de emergência22. O tratamento para a criança asmática surge nesta categoria como de alto custo para as mães, não correspondendo a renda mensal familiar, o que diretamente afeta a qualidade da assistência prestada, incentivando as recidivas das crises. Além deste benefício identificado pela informante, surge os que ela diretamente identifica para a criança, na categoria a seguir. Dando continuidade ao segundo questionamento, surge a segunda categoria: Mudou muito, porque ela só vivia internada Nesta categoria oito informantes citam os benefícios encontrados , tanto para estas, quanto para a criança, principalmente quanto à assistência hospitalar que existia no cotidiano destes durante as crises, relatadas nas homilias a seguir: “Mudou muita coisa, porque eu só vivia com ele no hospital, ele tinha umas crises muito fortes e tinha que sair de madrugada as pressas e depois de participar desse programa de asma aqui no posto, melhorou bastante, então antes eu não conseguia dormir direito durante as crises dele e agora estou conseguindo dormir[...]”(M01) “Para mim mudou muita coisa, antes do tratamento eu só vivia no hospital com ele, e depois que comecei o tratamento aqui no posto ficou uma criança saudável e principalmente que tem as medicações gratuitas e isso facilita bastante, são muito caros e é difícil para a gente comprar [...]” (M03) “Melhorou agora que estou dormindo, antes do tratamento aqui no posto, ele só vivia doente e tinha que ir sempre para o hospital e também os remédios que recebo aqui é muito bom, porque eu não podia comprar [...]” (M05) “Melhorou bastante, porque antes do tratamento aqui no posto eu só vivia com ele nas emergências dos hospitais e agora facilitou muito, eu não tinha tranqüilidade e me preocupava muito, e agora que ele não tem mais crises, estou bem mais sossegada. E também facilitou muito o lado financeiro, não compro mais os medicamentos que são muito caros [...]”(M10) A crise de asma surge por meio de diferentes formas que induzem inflamação nas vias aéreas, provocando o broncoespasmo. Os mecanismos que vão desencadear este processo variam de pessoa para pessoa e de momento para momento na história da doença, cujos agentes que mais contribuem para estas crises são identificados na prática clínica como os alérgenos inalatórios, infecção viral das vias aéreas, poluentes atmosféricos, exercício físico, mudanças climáticas, alimentos, aditivos, drogas e estresse emocional. Como podemos perceber a crise asmática surge a qualquer momento, dependendo do agente o qual a criança está diretamente ligada, para desencadear este processo, e conseqüentemente a internação hospitalar. No terceiro questionamento da entrevista semi estruturada as informantes foram inquiridas sobre benefícios observados em seus filhos, essa questão fez surgir as seguintes categorias: Ele está se alimentando melhor Neste grupo temático salientamos uma melhoria na qualidade alimentar onde sete destas citam o hábito alimentar do filho como melhora aparente para as crises asmáticas que antes existiam. Estas opiniões vem relatadas por três informantes: “Melhorou muito, ele não anda mais cansado como antes do tratamento, era bem magrinho e após iniciar o tratamento aqui no posto com a doutora ele está se alimentando melhor e ficou mais gordinho, pode brincar e participar da escola sem faltar às aulas [...]” (M02) “Para ela melhorar, porque ela não comia direito, não dormia, só vivia cansada e era bem magrinha. Depois do tratamento ela está comendo melhor, dorme bem e não tem mais tantas crises e consigo tratar mesmo em casa com os medicamentos que a doutora dá, está dando tudo certo graças a Deus. Tenho muita fé em deus que ela melhorar [...]” (M06) “Ele agora tem uma vida ativa porque ele corre, brinca e não se cansa mais, hoje ele pratica esporte, dorme direito, e muitas coisas melhoraram mesmo, tanto para ele como para mim [...]” (M10) Um estudo feito por Cohen, Weller e Cohen que ao longo de seus estudos, observaram crianças alérgicas que apresentavam retardo no crescimento, manifestando-se inicialmente por perda de peso, e que, com a persistência dos sintomas, podiam ter sua estatura e maturidade óssea comprometidas. Confirmando seus achados, oito anos mais tarde, em um grupo de crianças asmáticas e outras não, concluindo que a alergia ativa era a causa do retardo do crescimento e que este poderia ser revertido com o controle da mesma23. A alimentação saudável previne o surgimento de qualquer patologia, neste trabalho citamos a asma, e as melhoras encontradas pelas mães, em relação ao hábito alimentar dos filhos. Dando prosseguimento ainda ao terceiro questionamento surge a importância da prática de esporte adquirido pela mãe da criança asmática ao participar do programa emergindo na categoria a seguir: Pratica esporte e não se cansa mais Nesta categoria encontramos relatos de treze mães que citam a prática de esporte como forma de favorecer a saúde do filho asmático, evitando as possíveis crises, descritas nas três falas a seguir: “No caso dele, não podia jogar de bola e se o Sol estivesse quente ele não podia sair, porque a quentura fazia com que ele tossisse e dessa tose já causava cansaço. E então depois do tratamento, ele já participa de jogo de bola, pratica esporte e não tem mais problema de se cansar. Se aparece alguns sintomas de alergia ou tosse, com os remédios que ele toma já combate, eu posso dizer que ele está cem por cento melhor [...]” (M03) “Melhorou a saúde dela que só vivia cansada, não dormia direito, não conseguia fechar a boca dormindo, e ela não tinha o sono de uma criança saudável. Antes de iniciar o tratamento da asma ela só vivia com pneumonia e internada no hospital, era um problema sério. Então mudou muito, graças a Deus, foi uma benção esse tratamento [...]” (M04) “Melhorou porque o esporte que ele gosta é o MotoCross e o pai apóia muito e ele tava impossibilitado de fazer entendeu? Tem campeonato e ele já melhorou cem por cento conseguiu ser liberado devido às medicações o acompanhamento dele [...]” (M18) Apesar dos diversos desencadeantes das crises asmáticas, o exercício físico é um dos fatores precipitantes mais comuns, sendo a dispnéia vivenciada pelo paciente asmático durante o exercício ou o receio em vivenciá-la é responsável por afastá-lo da prática de esportes e das atividades físicas em grupo. Assim, os asmáticos tendem a ser menos ativos, devido às restrições físicas, emocionais e sociais impostas pela doença, gerando estados de depressão, isolamento social, baixa auto-estima e falta de motivação24. A prática de esportes é interessante, pois coloca a criança a vivenciar sua infância como qualquer outra em sua idade, interferindo assim diretamente na sua relação social saudável. Quando inquiridas no quarto questionamento sobre quais cuidados elas tomam em relação a prevenir as crises asmáticas nota-se o aparecimento de duas novas categorias: Eu aprendi como limpar a casa à maneira certa Nesta categoria evidencia se a vivência de quatorze mães que citam as orientações feitas pelos profissionais do posto no que diz respeito de como evitar as crises mantendo o ambiente domiciliar limpo, observa-se os relatos nas quatro falas a seguir: “[...] eu aprendi que não se deve usar perfumes, evitar coisas mofadas, lavar as roupas deles sem amaciante e com sabão de coco, trocar sempre as roupas de cama, deixar a casa sempre aberta para circular vento, passar pano úmido nas coisas, no chão e não usar desinfetante, então nada com cheiro forte, evitar produtos que causam alergia e não pode criar animais [...]” (M01) “[...] a doutora ensinou muita coisa que eu não sabia, tem que ter muito cuidado com o lugar que ela fica, não ter nada de pelúcia no quarto dela, passar pano molhado no chão e nos móveis e evitar passar pano seco para a poeira não ficar circulando, então melhorou muito depois dos cuidados. Aprendi o que ela deve comer, não dar alimento com corante, ela mesma já entende o que deve ou não comer, ela escuta o que a doutora diz [...]”(M04) “Eu aprendi como fazer o manuseio da limpeza da casa, alimentos que ela não pode comer, os alimentos que ela deve comer para se beneficiar, os produtos que não pode ser usado nela, não deve criar animais, evitar contato com fumaça de cigarro. Eu passei a agir consciente diante do problema, fez muito a difernça e melhorou muito a vida da família toda onde eu fiquei mais por dentro do problema e sei agir no momento de crises [...]”(M07) “Foi à enfermeira que disse para ter muito cuidado com eles, para não ter contato com animais, lavar as roupas deles todo final de semana, as redes, colcha de cama, para eles não dormir somente no colchão da cama, ter muito cuidado com as máscaras deles viver sempre na geladeira [...]” (M16) Existe a necessidade de adaptar a casa, como retirada de tapetes, plantas, cortinas e animais domésticos, pois a higiene doméstica é medida de educação preventiva, adequando o ambiente para melhor qualidade de vida da criança com asma25.Destaca-se que durante as consultas vislumbrou-se as mais variadas formas de se evitar as crises asmáticas, como a limpeza da casa e a lavagem da roupa de forma correta. Dando seqüência ao quarto questionamento surge a necessidade que a mãe encontra em estabelecer uma dieta saudável para o filho, emergindo a categoria a seguir. Aprendi o que ela deve comer Nesta categoria, seis mães citam o que elas não devem oferecer para as crianças em sua dieta alimentar, reconhecendo que alguns ingredientes dos alimentos induzem a crise asmática, que surge nas quatro homílias a seguir: “Aprendi o que ela deve comer não dar alimento com corante, ela mesma já entende o que deve ou não comer, ela escuta o que a doutora diz [...]” (M04) “Tem a orientação da médica, da enfermeira, da auxiliar dela e assim elas instruíram quanto a alimentação, pois eu não sabia que alimentos tipo xilitos, Danone, isso ajudava a criança ter asma pelos conservantes. Eu poderia até ta dando e a criança continuar tendo as crises e eu poderia até dar os remédios e as crises recidivando [...]” (M13) “Ter cuidado com aquelas besteiras de comer: xilitos, biscoitos recheados e dar os remédios todo dia [...]” (M19) “Tem uns alimentos que tem corante que é para evitar [...]” (M20) A possibilidade de modificação da qualidade de vida, através das várias intervenções, tem levado à ampliação dos objetivos do tratamento das doenças pulmonares para além da melhora da função do órgão, procurando atuar também na recuperação dos prejuízos funcionais que têm importância indiscutível para o bem-estar dos pacientes26. A mudança para a qualidade de vida do paciente surge através da necessidade encontrada no intervalo de uma crise para outra. É notória que a redução de hábitos alimentares, que estimulem as crises asmáticas, traz benefícios para a qualidade de vida da criança. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao realizar esta pesquisa pretendeu-se conhecer a percepção materna acerca da vivência com o filho portador de asma, como também avaliar o conhecimento das mães sobre do tratamento da asma infantil e identificar os sentimentos das mães que acompanham o cotidiano do filho com asma. Após o término da análise de dados coletados, verificou-se que uma grande quantidade das mães desconhece a patologia, apresentando apenas um conhecimento aparente desta. Acreditam que esta afeta a saúde da criança, abordando a sintomatologia apresentada, sobretudo pelas orientações realizadas pela equipe, e a os anseios causados ao longo do tratamento. Analisou-se a vivência díade mãe-filho, que convive com a asma infantil, conhecendo seus anseios, dúvidas e benefícios encontrados por estarem participando de um programa de acompanhamento do cliente portador de asma, onde neste recebem orientações dos mais variados profissionais da área de saúde, encaminhamentos para outros serviços, como também o recebimento dos medicamentos, os benefícios encontrados por ela mencionados, como também para a criança, como a prática de esportes, a mudança para hábitos alimentares saudáveis, e o conseqüente ganho de peso. A qualidade do serviço prestado por todos os profissionais de saúde desta unidade, em muito favorece ao bom atendimento da clientela, ao dedicarem seu tempo em compreender e auxiliar mães que ao longo do tratamento de seus filhos portadores de asma, surgem necessitando não só de medicamento ou reuniões em grupo, mas de uma conversa, uma orientação individual, ou simplesmente alguns minutos do seu corrido tempo de trabalho para conversar sobre sua vida. Espera-se com este estudo favorecer a pesquisa no campo de asma, especialmente no cliente infantil, pela sua dependência do acompanhamento familiar, conscientizando as mães quanto às melhorias encontradas após inserir seu filho em um programa de asma, através de programas que visem esta assistência, para a melhoria do serviço prestado. Conhecer como a população visualiza o programa de asma, sobretudo pelas orientações fornecidas pelos profissionais que o integra, como exemplo a enfermeira, que visa além de outros aspectos à promoção e educação da saúde. Observou-se que muitas das participantes relacionam a importância do trabalho da enfermeira na Unidade Sanitária encontra-se correlacionado a função de assessora do médico ao longo da coleta de dados. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Ferrari PF, Rosário FNA, Ribas LFO, Callefe LG. Freqüência de asma em escolares de Curitiba-projeto ISAAC (Internacional Study of Asthma and Allergies in Childhood).J. Pediatr (Rio J.). 1998; 74(4); 299-305. 2) Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. Jornal de Pneumologia. v.28 (Supl 1); 2002. ISSN 0102-3586. 3) Kumar RK, Understanding airway wall remodelation in asthma: a basis for improvement in therapy? 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