SESSÃO POSTER P-867 TRANSPLANTE RENAL EM PACIENTES HIV POSITIVOS: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO DE SÃO PAULO. Luis Gustavo de Freitas Trindade,Marina Cristelli,Tainá de Sandes Freitas,Hélio Tedesco Silva Júnior,José Osmar Medina Pestana H. Rim e Hipertensão / UNIFESP,H. Rim e Hipertensão,H. Rim e Hipertensão,H. Rim e Hipertensão,H. Rim e Hipertensão Introdução: Diante do aumento da sobrevida dos pacientes infectados com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o transplante renal passou a ser uma alternativa de tratamento para a doença renal terminal nesta população. Porém, existem dúvidas em relação ao uso de imunossupressores em associação com anti-retrovirais. Objetivos: Descrever os desfechos clínicos dos pacientes HIV soropositivos transplantados no Hospital do Rim e Hipertensão. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, que avaliou os pacientes HIV soropositivos submetidos a transplante renal. Os dados foram coletados de prontuários médicos e banco de dados. Os desfechos analisados foram: sobrevida do paciente, sobrevida do enxerto, incidência de rejeição aguda e associação entre nível sanguíneo e dose da droga imunossupressora. Resultados: Desde sua fundação em set/98 até maio/12, foram realizados 8600 transplantes renais e destes, 14 pacientes eram HIV soropositivos. A idade média dos receptores foi de 43,4 anos com 57,1% de etnia negra e 71,4% homens. O tempo médio de diagnóstico da doença por HIV foi de 98,7 meses e de tratamento dialítico 54,4 meses. Um paciente com coinfecção por vírus da Hepatite C. Apenas dois receptores apresentavam painel de anticorpos reativos contra linfócitos > 20% e todos tinham doadores cadáveres, sendo 64,2% de critério expandido. A incidência de função tardia do enxerto foi de 69,2%. A incidência de rejeição aguda comprovada por biópsia foi de 46,1%. Do total, 8 pacientes completaram 12 meses de acompanhamento, 7 e 6 pacientes chegaram a 24 e 36 meses, respectivamente. A função renal média calculada (Cockroft-Gault) foi de 60,6 ml/min em 12 e 24 meses e 53,5 ml/min em 36 meses. As sobrevidas do paciente e do enxerto ao final de 3 anos foram 85,7% e 64,3%, respectivamente. As perdas do enxerto foram por trombose arterial e nefropatia crônica do enxerto (2). Um óbito ocorreu com rim funcionante por causa infecciosa e o outro por complicação pós-operatória. Ocorreram 3 alterações do esquema antiretroviral. Foram freqüentes as alterações das doses das medicações imunossupressoras, com redução expressiva das doses de inibidores de calcineurina e necessidade de troca de esquema em três pacientes. Conclusão: Os Resultados apontam o transplante renal como uma alternativa de tratamento para os pacientes HIV soropositivos. Os pacientes apresentaram sobrevida e função renal satisfatórias ao final do período analisado, apesar da grande incidência de rejeição aguda. 582 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-151 Repercussões Eletrocardiográficas Promovidas pela Hemodiálise Khodari AES,Faraco PR,Younes-Ibrahim M Renalle Consultoria e Serviços Medicos,Renalle Consultoria e Serviços Medicos,Renalle Consultoria e Serviços Medicos Introdução: A eletrocardiografia em pacientes com insuficiência renal crônica terminal (IRCT) tem especial interesse já que a doença cardiovascular é a principal causa de morbimortalidade, nesta população.Objetivo: estabelecer as repercussões eletrocardiográficas causadas pela hemodiálise (HD) nos pacientes portadores de IRCT. Casuística e Métodos: estudo transversal que incluiu 20 pacientes (15 homens e 5 mulheres, com idade 44 ± 12,5 anos) com IRCT de diversas etiologias. Foram realizados eletrocardiogramas (ECGs) antes e após a sessão de HD. Dados relativos à HD e ao estado clínico dos pacientes foram posteriormente comparados com as alterações eletrocardiográficas encontradas. Resultados: o peso seco estimado médio foi de 66,8±14,0 Kg. A ultrafiltração média de 3,0± 1,0 L. O percentual de redução de peso corporal foi de 4,8±2,4%. A frequência cardíaca (FC) apresentou média da variação de 2±8 bpm; A pressão arterial sistólica mostrou variação de -14,5 ± 25,9 mmHg (-8,7). A pressão arterial diastólica variou -3,2 ± 11,0 mmHg. O intervalo PQ apresentou variação média de -1,1 ± 19,6 ms; O intervalo QTc mostrou variação média de -5,20 ± 15,3 ms. A onda P exibiu variação de 0,4 ± 0,4 mm; a onda Q variou 4,0 ms. A onda R apresentou variação de 0,9 ± 5,1 mm; a onda S variou 5,6 ± 5,0 mm. O complexo QRS exibiu variação de 7,1 ± 5,1 mm e duração variando de 6,30 ± 5,6 ms. O ângulo do eixo QRS apresentou rotação média de 3,5 ± 8,1 graus. A onda T variou -2,0 ± 1,1 mm e o ângulo do eixo da onda T variou de -2,2 ± 26,5 graus. O índice Sokolow-Lyon mostrou amplitude média de 34,74 ± 14,5 mm antes da HD. Ocorreu amplificação do índice em 100% dos casos, com média de 9,41 ± 7,0 mm (28,1%). Ocorreu aumento do valor com positivação do critério Sokolow-Lyon em 20% dos casos, após a HD. Conclusão: Reproduzindo a literatura científica encontramos: aumento de amplitude e duração do complexo QRS, de amplitude da onda P e a redução de amplitude da onda T. As variações dos ângulos dos eixos das ondas P, complexos QRS e ondas T apresentaram expressiva variação, porém frequentemente não ocorreram de modo coordenado, num mesmo paciente. O critério para hipertrofia ventricular esquerda Sokolow-Lyon apresentou positivação em 20% dos pacientes após a HD, justificando-se este momento como o melhor momento para a realização do ECG nos pacientes com IRCT. 583 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-715 Tuberculose Renal: Relato de Caso e Revisão da Literatura Marcelo Rodrigues Bacci Faculdade de Medicina do ABC A tuberculose é doença endêmica do Brasil e responsável por cerca de 71000 novos casos de acordo com o último censo do DATASUS. Destes casos , uma pequena parcela corresponde a manifestações extrapulmonares da doença. Destas , a tuberculose do trato genitourinário é a mais comum. O Objetivo do relato é apresentar um caso de tuberculose renal em paciente do sexo feminino que por 4 anos teve diagnóstico de infecção do trato urinário sem investigação adequada. Uma paciente negra de 48 anos , foi encaminhada para avaliação com nefrologista por apresentar episódios recorrentes de infecção do trato urinário. A queixa principal era de disúria e de infecções mensais do trato urinário(sic). A paciente não apresentava antecedente positivo para doença renal ( litíase , glomerulopatias), não utilizava medicamentos de uso contínuo e não possuía histórico familiar positivo para doenças renais. Fazia acompanhamento com urologista para o tratamento das infecções com periodicidade mensal nos últimos 4 anos. Durante a investigação foi realizada cintilografia renal com DTPA e DMSA que evidenciaram rim direito excluso funcionalmente . Neste momento foi encaminhada ao nefrologista. Os parâmetros laboratoriais do momento da avaliação estão apresentados na Tabela 1. Não havia relato de perda ponderal , sintomas pulmonares e infecção pelo HIV. Não possuía resultado positivo em exame de urocultura e mesmo assim era tratada com antimicrobianos. Em decorrência dos dados apresentados , colheu-se bacterioscopia para bacilo álcool ácido resistente que confirmou a suspeita de tuberculose renal. A cultura para o Bacilo de Koch também mostrou-se positiva e o esquema tríplice antimicrobiano para tuberculose foi iniciado com melhora dos sintomas. O diagnóstico de pielonefrite crônica secundária a tuberculose renal resultando em rim direito excluso funcionalmente indicou a nefrectomia deste rim . O raciocínio empregado neste caso deve servir de rotina em todo paciente com infecção do trato urinário e com bacteriúria estéril . A pesquisa de BAAR é mandatória e com sua confirmação o inicío do tratamento antimicrobiano específico. A cultura de urina para o Bacilo de Koch é demorada e não deve retardar o início do mesmo. Coletas alternadas para a pesquisa de BAAR são rotineiramente utilizadas contudo basta um resultado positivo para confirmar a suspeita. 584 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-470 HIPERURICEMIA E VARIÁVEIS DE RISCO CARDOVASCULAR EM PACIENTES HIPERTENSOS DO PROGRAMA HIPERDIA SÃO LUÍS-MA SANTOS EJF,PORTELA LLC,SANTOS AM,SALGADO-FILHO NATALINO,SANTOS JSL HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) contribui significativamente para uma elevada mortalidade cardiovascular em todas as regiões do país (BLOCH et al., 2006). A hiperuricemia prediz a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca ou doença cardíaca coronária, eventos cerebrovasculares em pessoas com diabetes, e isquemia cardíaca na hipertensão (ZOCCALI et al., 2006). Objetivos: Avaliar a associação entre hiperuricemia, pressão arterial (PA), índices antropométricos, variáveis metabólicas e diminuição da filtração glomerular (FG) em população não hospitalar. CASUÍSTICA: Estudos epidemiológicos e evidências experimentais sugerem que o ácido úrico (AU) é um relevante fator de risco independente para doenças cardiovascular e renal, particularmente em pacientes com hipertensão ou diabetes. Métodos: Estudo analítico do tipo transversal com pacientes cadastrados no programa HiperDia, onde foram avaliados 325 indivíduos (75,7% mulheres), com idade mediana de 62 anos (28-85). Foram obtidos PA, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), dosagens de AU, glicose, perfil lipídico e creatinina (CR). A FG foi estimada pelo clearance de creatinina, considerou-se HAS, quando a PA ≥ 140x90 mmHg, sobrepeso/ obesidade (S/O) quando IMC ≥ 25 kg/m² e síndrome metabólica (SM) de acordo com a I Diretriz Brasileira de SM. Resultados: Houve diferença entre os grupos na distribuição por sexo, em relação ao sedentarismo, com prevalência do sexo feminino (p=0,027), e CC, onde as mulheres apresentaram uma percentual maior de risco muito elevado para doença cardiovascular (p<0,001). Pacientes com ácido úrico elevado apresentaram maiores níveis de triglicerídeos (p<0,001), níveis baixos de HDL-c (p=0,001), creatinina sérica alterada (p<0,001) e níveis de glicose elevados (p=0,002). A presença de síndrome metabólica foi prevalente nos indivíduos hiperuricêmicos (p<0,001) e houve uma prevalência maior de FG reduzida em indivíduos com níveis elevados de ácido úrico (p<0,001). Conclusões: Os Resultados fornecem algumas percepções sobre o possível papel da hiperuricemia como fator de risco para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares e a medição dos níveis séricos de ácido úrico contribui para a estratificação de risco para além do escore de doenças cardiovasculares que são usados atualmente. REFERÊNCIAS: BLOCH, K.V.; RODRIGUES, C.S.; FISZMAN, R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial – uma revisão crítica da literatura brasileira. Rev Bras Hipertens vol.13(2): 134-143, 2006. ZOCALLI, C.; et al. Uric Acid and Endothelial Dysfunction in Essential Hypertension. J Am Soc Nephrol 17: 1466–1471, 2006 585 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-672 DOENÇA RENAL POLICÍSTICA ASSOCIADA À PRÉ-ECLÂMPSIA Andrea Carvalho Guedes,Caroline de Almeida Monte,Fabricio Guimarães Bino Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO, Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO,Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO Introdução: A doença renal policística autossômica dominante ocorre em cerca de 1:400 a 1:1000 habitantes e é responsável por cerca de 5 % dos casos de insuficiência renal crônica. É uma doença caracterizada por múltiplos cistos renais bilaterais, que aumentam de tamanho levando a perda do parênquima renal e da função renal. A pré-eclâmpsia caracteriza-se pelo desenvolvimento de hipertensão arterial e proteinúria. Esta é um prenúncio da eclâmpsia e está relacionada com elevada mortalidade materna e fetal. Objetivos: Relatar um caso de doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) diagnosticada em 2008 em uma paciente que evoluiu com pré-eclâmpsia, acompanhada no Ambulatório de ensino Jamil Sabrá-Duque de Caxias-Rio de Janeiro. Além disso, realizar uma revisão literária sobre as patologias abordadas. Casuística e Métodos: Revisão de prontuário médico e da literatura. Relato: Paciente, 30 anos, feminina, portadora de DRPAD diagnosticada em 2008 através de ultrassonografia abdominal que revelaram rins policísticos e cistos hepáticos, confirmada por tomografia computadorizada, apresentava a função renal preservada (creatinina 0,5 mg/dl) e não possuía historia familiar de DRPAD. Estava em acompanhamento ambulatorial quando engravidou, primigesta permaneceu sem intercorrências até 24 semanas de gestação quando surgiram edema e hipertensão arterial (150x90 mmHg). Duas semanas após iniciar metildopa a paciente apresentava edema +++/4+ em membros inferiores e pressão arterial (PA): 120x80 mmHg. Os Resultados dos exames laboratoriais revelaramm EAS com proteína 2+; uréia= 40 mg/dL; creatinina= 1,1 mg/dL e proteinúria 4,06 g/24h. Apesar do controle adequado da PA a paciente evoluiu com morte fetal intrauterina ao completar 31 semanas de idade gestacional, sendo submetida à cesariana de urgência. Dois meses após apresenta-se normotensa (120x80 mmHg), sem edema e não está em uso de antihipertensivos. Exames demonstraram melhora da creatinina (0,6 mg/dl) e da proteinúria (380mg/24h). Conclusão: Pacientes gestantes portadoras de doença renal crônica possuem uma predisposição maior a adquirirem doença hipertensiva específica da gravidez. Este caso clínico foi relatado com o intuito de alertar a população feminina portadora de doença renal policística quanto à gravidez, a fim de incentivá-las a realizar um pré-natal adequado. E quanto aos médicos, estes também devem estar atentos a suscetibilidade destas pacientes adquirirem perda da função renal e pré-eclâmpsia. 586 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-188 Desnutricão Grave Associada ao Tumor Marron de Face: Relato de Caso Nestor Alejandro Sainz Rueda,Janaina Silva Martins Hospital Universitário Regional de Maringá,Universidade Estadual de Maringá Introdução: O tumor marrom, complicação que ocorre em menos de 5% dos pacientes com hiperparatiroidismo secundário se localiza normalmente em costelas,clavículas, vértebras, quadril e fêmur, sendo menos frequente na maxilar e mandíbula. No caso de invasão de palato pode gerar além de deformidade fascial, perda dental, sangramento local e ulceração secundária. Relatamos um caso de lesão tumoral gigante causadora de dificuldade mastigatória e obstrução de vias aéreas altas, levando a desnutrição grave e necessidade de traqueostomia. CASO: Paciente masculino, 42 anos, renal crônico há 08 anos, em programa regular de hemodiálise, atendido em ambulatório de distúrbios minerais e ósseos com queixa de dificuldade de mastigação e dispnéia progressiva. Relatava perda de 15 kilos de peso e de 10 cm de estatura nos últimos 12 meses. Negava fraturas ou dores intensas e estava recebendo pulso endovenoso de calcitriol e vitamina D inativa, além de quelante de fósforo (sevelamer), mantendo produto cálciox fósforo adequado, possivelmente pela dificuldade de alimentação e desnutrição. Os níveis de PTH intacto se mantinham acima de 2500 pg/mL e fosfatase alcalina acima 500 U/L nos últimos 12 meses. Ao exame mostrava grande massa calcificada (tumor marron) em face, acometendo mandíbula e maxilar, e com grande volume exteriorizado em palato, comprometendo ainda arcada dentária levando a “amolecimento” dos dentes. A inspeção nasal mostrava abaulamento de assoalho de narinas e cornagem respiratória. A tomografia computadorizada de face mostrou invasão de oro e nasofaringe, além de acometer toda mandíbula e maxilar. Após traqueostomia, o paciente foi submetido a paratireoidectomia com auto-implante, no pós-operatório evoluiu com grave distúrbio eletrolítico secundário a fome óssea, e veio a falecer 30 dias após a cirurgia por complicações decorrentes da dificuldade de extubação e pneumonia associada à ventilação mecânica, ambas relacionadas a desnutrição prévia. Conclusão: Embora de acometimento raro, o tumor marrom de segmento cefálico pode evoluir com grande repercussão clínica, independente do tamanho, merecendo tratamento particularizado com rápida intervenção nutricional, no sentido de manter condições clinicas para tratamento do hiperparatiroidismo. Por levar a disfunção mastigatória e ventilatória, é uma das raras indicações de ressecção tumoral após ou concomitante a paratireoidectomia. 587 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-374 No modelo de sobrecarga de adenina, o sistema NF- κB é ativado, e sua inibição atenua a inflamação e a perda de função renal Cristiene Okabe,Raquel Lerner Borges,Danilo Candido de Almeida,Camilla Fanelli,Flavia Gomes Machado,Simone da Costa Alarcon Arias,Grasiela P Barlette,Claudia Ramos de Sena,Vivian Lima Viana,Denise MAC Malheiros,Thales de Brito,Niels OS Camara,Roberto Zatz,Clarice Kazue Fujihara Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Instituto de Ciencias Biomedicas da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Instituto de Ciencias Biomedicas da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo O excesso de adenina na dieta (ADE) promove precipitação intratubular de cristais (Crys), levando à instalação de uma nefrite intersticial progressiva e perda da função renal. Demonstramos recentemente [PONE, 2011; 6:e29004] que a sobrecarga de ADE em camundongos knockout para TLR-2, -4, MyD88, ASC ou caspase-1 promove menos lesão renal do que quando administrado a camundongos WT, sugerindo um papel patogênico para a ativação de TLRs e inflamassomas nesse modelo. No presente estudo, investigamos se outro importante componente da imunidade inata, o sistema NF-kB, também exerce papel patogênico na nefropatia associada. Ratos Munich-Wistar machos e adultos foram divididos em 3 grupos: C (N=14): ração padrão; ADE (N=14): ADE na ração, 0,75% durante 1 semana e 0,50% durante 2 semanas; ADE+PDTC (N=15): ADE administrada como descrito anteriormente, associada ao inibidor do NF-kB, pirrolidina ditiocarbamato (PDTC), 120 mg/kg/dia na água do bebedouro. Após 3 semanas, a creatinina sérica (Scr, mg/dL), o volume glomerular (VG, 106μm3), a deposição de Crys/mm2, o número de granulomas (Gran/mm2), a proliferação celular tubulointersticial (PCNA+, células/mm2), a fração intersticial da córtex (%INT), a % da área cortical ocupada por colágeno (%COL) e o conteúdo renal de IKB quinase (IKK-α, SD) foram medidos. Média±EP, ap<0.05 vs. C, bp<0.05 vs. ADE Como esperado, ADE promoveu deposição de Crys e formação de Gran, em associação com hipotrofia glomerular, proliferação túbulo-intersticial, deposição intersticial de colágeno, insuficiência renal e aumento do conteúdo renal de IKK-α, indicando ativação do sistema NF-kB. O PDTC normalizou IKK-α, atenuando fortemente a fibrose e o declínio da função renal. Esses Resultados são consistentes com o conceito de que o sistema NF-kB é ativado pela precipitação intratubular de Crys e contribui, juntamente com outros mecanismos ligados à imunidade inata, para iniciar a intensa resposta inflamatória associada a esse modelo. FAPESP/CNPq. C ADE ADE+PDTC Scr 0.6±0.1 2.8±0.1a 1.5±0.2ab VG 0.9±0.1 0.6±0.1a 0.7±0.1a Crys 0±0 28±2a 25±2a Gran 0±0 7±1a 1±1ab PCNA+ 35±2 1187±112a 725±62ab 588 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 %INT 1±1 20±1a 9±1ab %COL 0,3±0,1 3,9±0,4a 2,0±0,2ab IKK-α 0,4±0,1 1,5±0,2a 0,6±0,1b SESSÃO POSTER P-103 INSTALAÇÃO DE CATETER DE TENCKHOFF POR PUNÇÃO ABDOMINAL: EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL FEDERAL DE BONSUCESSO Penedo BA,Christiani LF,Alves CCS,Andraus M,Reis A,Leite Jr M,Matuck T Hospital Federal de Bonsucesso, RJ,Hospital Federal de Bonsucesso, RJ,Hospital Federal de Bonsucesso, RJ,Hospital Federal de Bonsucesso, RJ,Hospital Federal de Bonsucesso, RJ,Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ,Hospital Federal de Bonsucesso, RJ Introdução: A indicação de terapia renal substitutiva pela Diálise Peritoneal pressupõe a necessidade da instalação de um acesso definitivo. Este acesso para realização de Diálise Peritoneal pode ser instalado por punção abdominal (PA) através de um trocater, geralmente realizada pelo Nefrologista, ou por intervenção cirúrgica, quer seja por laparoscopia ou laparotomia (LP). Com o aumento do número de médicos adeptos da Nefrologia Intervencionista, vem crescendo o número de pacientes cujo acesso peritoneal é confeccionado pelo próprio Nefrologista. Objetivo: Este estudo teve por Objetivo a avaliação de pacientes que foram submetidos à instalação de cateter de Tenckhoff no período de 2010 a 2012 no setor de Diálise Peritoneal do Hospital Federal de Bonsucesso, comparando ambos os Métodos de instalação. Casuística e Métodos: Obtivemos um total de 78 procedimentos, entre primeiro implante e reimplante, sendo 32 realizados por Nefrologista via PA e 46 realizados por equipe cirúrgica via LP. Todos os pacientes foram avaliados quanto à presença de alterações estruturais da parede abdominal e distúrbios da coagulação sanguínea. Resultados: Observamos o não funcionamento dos cateteres em 3,1% dos pacientes submetidos à PA e em 10,9% dos pacientes submetidos à LP. Peritonites relacionadas à instalação ocorreram em 6,3% das PAs e 10,9% das LPs. Não observamos nenhum episódio de infecção de orifício de saída com PA. Por outro lado, em 10,9% das LPs foi observada esta complicação. A migração do cateter foi observada em 9,4% nas PAs e 8,7% nas LPs. Conclusão: Estes dados sugerem que o implante de cateter de Tenckhoff via punção abdominal mostrou-se um método seguro e prático, com menor incidência de infecção de orifício de saída e peritonite relacionada à instalação, além de menos episódios de não funcionamento de cateter quando comparado ao método por laparotomia 589 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-844 Nova estratégia imunossupressora para receptores de transplante renal com doadores de critério expandido Mendes-Costa FP,Sandes-Freitas TV,Cristelli MP,Tedesco-Silva H,Medina-Pestana JO HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO Introdução: O uso de rins de doadores com critério expandido (DCE) está em ascensão na casuística de transplantes. No entanto, a estratégia de imunossupressão direcionada aos receptores de rim de doadores de critério expandido não está estabelecida. Objetivos: O estudo tem como propósito avaliar a incidência de rejeição aguda, sobrevida do enxerto renal e do paciente, além da incidência de complicações infecciosas e metabólicas pós-transplante. Metódos: Avaliação de 103 pacientes de baixo risco imunológico, porém alto risco de função retardada do enxerto nos quais a estratégia de imunossupressão utilizada foi: 1,5 mg/kg de thymoglobulina por quatro doses em dias alternados, prednisona e micofenolato de sódio, iniciando após fim da primeira semana o inibidor de calcineurina (3-5 ng/ml). Resultados: A idade média dos doadores foi 58,2 ± 7,3 anos, destes 84,5% eram DCE. O tempo médio de isquemia fria foi 24,9 ± 5,8 horas. Entre os receptores 68,9% eram do sexo masculino, de idade média 48,5 ± 11,1 anos, 94,3% (n=94) dos pacientes tinham sorologia para CMV positiva. A principal causa de doença renal terminal foi a indeterminada com 35,9% (n= 37) e 14,6 % (n=15) eram diabéticos. A média dos mismatch foi de 2,3 ± 1 e o painel de reatividade foi 3,9 ± 10,3 para classe I e 3,38 ± 10,9 para classe II. Após transplante 75,5 % (n=78) evoluíram com função retardada do enxerto. A incidência de rejeição aguda foi de 5,8 % (n=6), e os diagnósticos histológicos distribuíram-se conforme se segue: RAC IA (n=4) e RAC IB (n=2). A sobrevida média do enxerto em 6 meses foi de 85%, do paciente de 93,7 % e quando censorado óbito a sobrevida do enxerto foi de 91,5%. 68,9% dos pacientes apresentaram infecção por CMV, dentre os quais° 40,8% (n=29/71) tiveram recorrência da doença. A frequência de diabetes pós-transplante foi de 8,4% (n=7/83). A concentração média de tacrolimus foi de no primeiro mês de 6,9±3,1 ng/dl, no terceiro mês de 6,1 ±2,5 ng/dl e no sexto mês de 6,2 ± 2,3. ng/dl, no período do primeiro mês a dose média de prednisona foi de 18,7 ±6,5 mg. Conclusão: Este estudo exploratório mostrou que este esquema de imunossupressão foi eficiente na prevenção de eventos imunológicos. Porém apresentou alta incidência de infecção por CMV e recorrência desta complicação infecciosa. Necessitando de maior seguimento para entender melhor os Resultados desta estratégia 590 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-371 Modelo experimental de pré-eclâmpsia em ratos para estudar a síndrome da encefalopatia reversível posterior (PRES) Gadonski G,Marrone LCP,Laguna G,Poli-de-Figueiredo CE,Pinheiro da Costa BE,Diogo LP,Marrone ACH,Costa da Costa JC Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil Introdução: A Síndrome Encefalopatia Reversível Posterior (PRES) é uma entidade clinico-radiológica caracterizada por cefaléia, alteração do nível de consciência, crises convulsivas e alteração visual e está associado a um edema provavelmente vasogênico na substância branca encefálica, predominantemente nos lobos occipitais e parietais. A fisiopatogenia da PRES permanece desconhecida e não existe um modelo experimental de tal distúrbio. A PRES é uma das complicações da Pré-eclâmpsia e de patologias associadas a aumento agudo de pressão arterial podem desenvolver PRES. Objetivos: Avaliar o protocolo de Redução da Pressão de Perfusão Uterina (RUPP) em ratos como um modelo experimental para o estudo da PRES. Métodos: Ratos Wistar prenhes submetidos à redução da pressão de perfusão uterina (RUPP do inglês Reduced Uterine Pressure Perfusion), medida de pressão arterial invasiva e estudo anatomopatológico dos encéfalos dos animais após infusão venosa de azul de Evans 2% para avaliação da permeabilidade da barreira hemato-encefálica. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle (n=7), RUPP (n=7), Controle com medida de pressão arterial invasiva (MIBP, n=7) e RUPP com medida de pressão arterial invasiva (RUPP-MIBP, n= 7). Do dia 13 ao 15 de gestação os animais foram submetidos à redução da perfusão uterina com o uso de clips de prata nas artérias aorta abdominal e uterinas. No vigésimo dia, foi implantado cateter em artéria carótida direita para medida da pressão arterial média (PAM). No dia seguinte (21), foi registrada a PAM e infundido azul de Evans para avaliação anatomo-patológica da barreira hemato-encefálica. Resultados: Os animais submetidos ao modelo experimental proposto através do procedimento RUPP para mimetizar o PRES apresentaram alterações de permeabilidade da barreira hematoencefálica e elevação da pressão arterial média quando comparado aos animais controles. Observou-se a presença do corante no parênquima cerebral no espaço extracelular em 11 dos 14 cérebros dos animais RUPP e em nenhum dos animais controles. A pressão arterial média foi significativamente maior nos animais RUPP (102,5 mmHg vs 85,4 mmHg, p=0,002). Conclusão: Identificamos nos animais RUPP aumento de PAM e quebra da barreira hemato-encefálica e propomos que este possa ser utilizado como modelo experimental para o estudo da PRES, o que pode ser de fundamental importância para estudos posteriores que permitam uma melhor compreensão desta síndrome. 591 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-493 Dislipidemia e Lipotoxidade na Leptospirose humana Martins CA,Burth P,Castro Faria MV,Younes Ibrahim M Universidade do Estado do Rio de Janeiro,Universidade Federal Fluminense,Universidade do Estado do Rio de Janeiro,Universidade do Estado do Rio de Janeiro Introdução: A síndrome de Weil é complexa e está relacionada à ação da glicolipoproteína (GLP), que inibe a enzima Na,K-ATPase em diferentes tecidos. O princípio ativo da GLP é lipídico e indivíduos infectados apresentam dislipidemia e elevação dos níveis séricos de ácidos graxos livres (AGNE). O ácido oleico (AO) sérico apresenta correlação positiva com a gravidade do quadro clínico e com a inibição da enzima Na,K-ATPase in vitro. Estudamos aspectos da lipotoxicidade na Síndrome de Weil em pacientes hospitalizados, através da correlação sérica entre a relação molar AO:albumina.Objetivo: Avaliar o valor prognóstico dos níveis de AGNE circulantes e da relação AO:albumina no desfecho clínico da Síndrome de Weil. Casuística e Métodos: Estudo observacional com coorte transversal realizado com pacientes internados com síndrome de Weil. Foram obtidas 80 amostras séricas de 27 pacientes. Destes, 22 sobreviveram (G1) e 05 evoluíram para o óbito (G2). O nível sérico dos AGNE foi determinado através da cromatografia líquida de alta performance. O cálculo da relação molar AO:albumina foi realizado e expresso µM comparados numa mesma amostra. Utilizamos o teste de comparação múltipla Tukey-Kramer (ANOVA) e a Curva Roc para a avaliação da especificidade e sensibilidade da relação AO/albumina e como marcador prognóstico sendo significativo p < 0,05. Utilizamos Graph Pad Prism 2.1(Graph Pad Software Inc) e Graph Pad Instat 3. Resultados: Os valores referentes às relações molares AO/albumina, expressas através de suas médias ± erro padrão, verificadas evolutivamente no G1 (no inicio da internação hospitalar e ao final da mesma), foram significativamente diferentes daqueles apresentados pelo G2 e pelo Grupo Controle, nestes dois momentos. No periodo inicial de estado da doença os valores séricos de G1 e G2 foram semelhantes, com valores bastante elevados em relação ao controle. Ao final do período de internação, o G1 apresentou valores na relação sérica que foram similares aos do grupo controle. O mesmo não ocorreu no G2, em que os pacientes evoluiram para óbito e os valores da relação molar AO/albumina permaneceram elevados. A elaboração de uma curva Roc da relação molar AO/albumina dos G1 e G2, mostrou que esta pode ser uma boa ferramenta para utilização como marcador preditivo do prognóstico dos pacientes, com a área sobre a curva 0,8667. O valor de corte 0,705 foi associado com maior especificidade e sensibilidade prognóstica (80 e 100% respectivamente). Conclusão: A síndrome de Weil cursa com dislipidemia e alteração significativa da relação molar AO/albumina circulate. Nos pacientes que receberam alta hospitalar, houve recuperação da relação molar sérica AO/ albumina, cujos valores apresentados pelos dos pacientes curados foram semelhantes ao do grupo controle(G1). O resgate da relação molar ao longo da internação se correlacionou com um prognóstico favorável, o que não ocorreu com os pacientes que evoluíram para óbito(G2) e não apresentaram recuperação das relações molares circulantes destes dois marcadores bioquímicos. 592 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-107 LESÃO DE LINFÁTICO APÓS IMPLANTE DE CATETER DUPLO LÚMEN PARA HEMODIÁLISE EM VEIA JUGULAR INTERNA DIREITA: RELATO DE UM CASO Neves CQ,Oliveira CBL,Sette LHBC,Fernandes GV,Valente LM Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco Introdução: A punção de veia central é prática médica comum, especialmente como acesso para hemodiálise (HD). As complicações mais frequentes relacionadas à punção de veia profunda são pneumotórax, hemotórax, punção arterial e hematomas. A lesão linfática é uma complicação rara associada à cateterização de veia profunda, sendo que a lesão do ducto torácico secundária a punção venosa profunda é uma das lesões linfáticas mais comuns. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 31 anos, portador de doença renal crônica secundária a glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF). Foi admitido em síndrome urêmica e iniciou terapia dialítica após implante de cateter duplo lúmen (CDL) para HD em veia jugular interna direita (VJID). O procedimento foi realizado sem intercorrências. Cinco dias após, observou-se saída de liquido esbranquiçado no orifício de inserção do CDL e pelo lúmen arterial do cateter. A análise do líquido revelou dosagem de triglicerídeos no conteúdo do lúmen arterial do cateter de 733 mg/dL e no lúmen venoso de 120 mg/dL. A cultura da secreção e swab do orifício de inserção do cateter foram negativas. Diante dos Resultados e do aspecto da secreção acreditamos se tratar de linfa. O cateter apresentava fluxo e o paciente realizava sessões de HD sem intercorrências. Radiografia de tórax sem alterações. Foi procedida flebografia com injeção de contraste iodado no lúmen arterial, e não foi observada fístula linfática, nem alteração anatômica. Procedeu-se a retirada do CDL com implante em outro sítio. Discussão: Há publicação de lesão linfática após implante de cateter na veia subclávia direita associada à cateter tunelizado. Neste relato de caso, o implante do CDL não tunelizado foi na VJID, não foi encontrado o local da lesão e houve resolução completa após a retirada do cateter, semelhante ao observado em outros casos descritos. Conclusão: O caso relatado é um evento raro que pode ocorrer após punção venosa central. Não encontramos descrição na literatura dessa complicação relacionada ao implante de CDL não tunelizado na VJID. 593 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-56 EFEITO DE PUNÇÃO PRECOCE NA SOBREVIDA DE FÍSTULAS ARTÉRIO-VENOSAS - EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE HEMODIÁLISE DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PR Boselli Jr JR,Schneider CR,Mansano AMMF,Zanuto ACD,Matni AM,Delfino VDA,Mocelin AJ Instituto do Rim do Norte Pioneiro,Instituto do Rim do Norte Pioneiro,Instituto do Rim do Norte Pioneiro,Hospital Evangélico de Londrina,Instituto do Rim do Norte Pioneiro,Instituto do Rim do Norte Pioneiro,Instituto do Rim do Norte Pioneiro Introdução: o cuidado relacionado ao acesso vascular tem crescente importância na atenção ao paciente em hemodiálise por configurar causa importante de morbidade e Objetivo: avaliar o efeito da punção do acesso, com menos de 30 dias de confecção, na sobrevida da fístula artério-venosa Casuística e Métodos: foram estudados 149 acessos confeccionados nos pacientes em hemodiálise no Instituto do Rim do Norte Pioneiro durante o período de março de 2001 e outubro de 2010 Resultados: a sobrevida dos acessos puncionados antes de 30 dias foi de 28,4 meses enquanto que na punção após 30 dias foi 30,7 meses; quando censurado para óbito as sobrevidas foram, respectivamente, de 32,3 e 33,2 meses Conclusão: as sobrevidas observadas, aparentemente semelhantes, sugerem que puncionar acesso mais precocemente não causa prejuízo à sua sobrevida. 594 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-190 Efeitos da Leptina sobre a Microestrutura óssea de Mulheres em Hemodiálise Crônica Martins JS,Castro JH,Vogt BP,Oliveira RA,Jorgetti V,Caramori JT Departamento de Medicina, Universidade Estadual de Maringá-Pr,Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP,Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP,Departamento de Estatística, UNESP-Botucatu,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP Introdução: A leptina(Lep), age sobre os osteblastos, estimulando sua diferenciação e ação osteogênica. Estudos epidemiológicos apresentam relação entre baixo Indice de Massa Corporal (IMC) e osteoporose principalmente em mulheres menopausadas mas pouco se sabe sobre o efeito do IMC e Lep sobre a osteodistrofia renal. Objetivo: Avaliar em pacientes da hemodiálise(HD) associações da Lep, histomorfométria óssea e antropométria Casuística e Métodos: Estudo transversal, em centro universitário com 14 homens e 16 mulheres comparáveis em idade, tempo de diálise e valores de PTH. A Lep foi considerada no logaritimo natural (LN Lep) e corrigida para o IMC(Lep/IMC). Para comparações aplicou-se o teste de Mann-Whitney, correlação de Pearson e analise de regressão multivariada. Considerou-se p<0,05. Resultados: Caracteristicas quanto ao gênero na tabela Em mulheres houve correlação positiva entre LnLep e o número de traves ósseas(Tb.N; p=0,009 r-0,61) e negativa com separação de traves(Tb.Sp; p=0,01 r-0,58) que se mantiveram com a Lep/IMC e %G. Em modelo de regressão LnLep associou-se com os parâmetros estruturais com influencia significativa da Lep sobre a microarquitetura óssea(Tb.N e Tb.Sp) além da porcentagem de osteoblastos(Os.S/BS) e volume ósseo(BV/TV). Em homens, houve correlação inversa entre a %G, espessura e volume osteóide(p=0,01 r-0,765 e p=0,02 r-0,68, respectivamente). Conclusões: O reconhecimento do esqueleto como orgão endócrino, leva a rever conceitos da interrelação entre o metabolismo energético e doenças ósseas. Na DRC co-existem hiperleptinemia e tendência de redução de densidade óssea. Relatamos efeitos positivos da Lep sobre a microestrutura ósseas em mulheres de meia idade em HD crônica, mas não em homens onde a Lep ou a gordura corporal não influenciaram a microarquiterura óssea. Sugerimos a necessidade de saturação de receptores em osteoblastos e células progenitoras indiferenciadas por níveis elevados de Lep como os encontrado em mulheres, abrindo um novo horizonte de investigação terapeutica para a osteodistrofia renal. Idade(anos) Tempo de diálise (meses) Leptina sérica IMC Homa Indice# % Gordura Corporal (%G) PTH 25 H Vit D Homens(N=14) 55,36±16,56 66,21±49,6 25,38±59,81 24,50±4,82 3,59±5,78 23,66±10,59 1384±888 29,96±12,68 Mulheres(N=16) 55,78±10,64 65,88±55,5 153,4±293,1 27,02±6,80 4,36±6,81 35,69±8,08 1125±960,5 27,73±11,67 P 0,924 0,81 0,04* 0,41 0,81 0,007* 0,29 0,81 #homeostasis model assessment of insulin resistance = insulina jejum X glicose jejum/22.5 595 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-283 HIPERURICEMIA EM PACIENTES HIPERTENSOS: UM FATOR DE RISCO PARA DOENÇA RENAL? SANTOS EJF,PORTELA LLC,SANTOS AM,SALGADO-FILHO NATALINO,LAGES JS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS Introdução: Estudos epidemiológicos recentes e evidências experimentais sugerem um papel para ácido úrico, não apenas como um marcador de redução da função renal e independente fator de risco cardiovascular, mas também como um fator de risco causal para o desenvolvimento e progressão de insuficiência renal (OBERMAYR, 2008). Objetivos: Avaliar a relação da microalbuminúria com os níveis de acido úrico e outros parâmetros laboratoriais, características sociodemográficas e clínicas de pacientes hipertensos. CASUISTICA: A ocorrência de hiperuricemia, geralmente decorrente da diminuição da excreção fracional do ácido úrico pelos rins ao longo dos anos, gera um aumento da quantidade de ácido úrico no organismo, favorecendo a deposição de urato não só nas articulações, mas também em outros tecidos, principalmente nos rins, e no endotélio vascular (BASTOS, 2009). Métodos: Trata-se de estudo analítico, transversal com 226 pacientes cadastrados no HiperDia, não-diabéticos. Na Unidade de Saúde, foi realizada avaliação da pressão arterial, avaliação antropométrica e clínico-laboratorial. Para verificar a associação dos demais fatores com o a presença de microalbuminúria, foi utilizado um modelo de regressão logística. O Projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob Parecer nº. 312/2009. Resultados: Na amostra estudada, houve predomínio do sexo feminino (75.8%), com média de idade 61.20 ± 12.1 anos; 55.7% pertenciam às classes B e C; (57.7%) tinham mais de 8 anos de estudo; (17.2%) referiram-se brancos; (68.2%) eram não fumantes; (62.24) não consumiam bebida alcoólica e (75,5%) eram sedentários. Na análise univariada, o ácido úrico alterado foi associado à presença de microalbuminúria. Na análise multivariada, utilizando-se o Stepwise, confirmou-se o ácido úrico alterado como fator de risco (OR=9,24; IC=2,05-41,56) e a pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg também foi identificada como fator de risco (OR=3,36; IC=1,48-7,61). Conclusões: Os níveis pressóricos devem ser observados de perto em pacientes hipertensos, assim como a dosagem do ácido úrico deve ser pensada, visto que as associações demonstradas podem ser usadas no rastreio da doença renal nesse grupo de risco. REFERÊNCIAS: BASTOS, R.M.R.; et al. Hiperuricemia: um marcador para doença renal crônica pré-clínica? J Bras Nefrol 2009; 31(1): 32-8. OBERMAYR, R.P.; et al. Elevated Uric Acid Increases the Risk for Kidney Disease. J Am Soc Nephrol 19: 2407–2413, 2008. 596 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-205 Nefrolitíase e disfunção renal na Glicogenose tipo I – Relato de caso Castro LL,Pinto PHOM,Milagres R Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais,Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais,Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais Introdução: Litíase renal é uma condição comum, mas nem por isso simples, uma vez que envolve fatores ambientais e metabólicos, alterações anatômicas e predisposição genética. A Glicogenose tipo I é uma importante causa de distúrbios metabólicos, aumento de volume renal, hepatomegalia e nefrolitíase. Essa doença é de herança genética, padrão autossômico recessivo, e tem como causa a deficiência da enzima glicose-6-fosfatase, o que promove o acúmulo de glicogênio nos hepatócitos e células tubulares renais. Objetivo: relatar um caso e discutir o manejo de desordens metabólicas, nefrolitíase e complicações renais em pacientes portadores de Glicogenose tipo I. Método: revisão de prontuário e acompanhamento ambulatorial de paciente portadora de glicogenose tipo I. Relato do caso: BLS, 26 anos de idade, sexo feminino, foi diagnosticada com Glicogenose tipo I em 1990, e desde então, foi acompanhada em nosso serviço. Paciente não era aderente ao tratamento e, principalmente durante a infância, as recomendações dietéticas não foram corretamente seguidas. Durante o acompanhamento desenvolveu hepatomegalia progressiva, dislipidemia, hiperuricemia, hiperuricosúria, hipocitratúria e nefrolitiase. Também apresentou adenomas hepáticos, proteinúria persistente e hiperfiltração glomerular. Conclusão: a maioria das conseqüências renais em pacientes com glicogenose tipo I, como hiperuricosúria, hipocitratúria e nefrolitíase, podem ser evitadas com um controle ambulatorial adequado da doença. O monitoramento da função renal também é extremamente importante para permitir intervenções precoces com o Objetivo de impedir complicações como a glomerulosclerose segmentar e focal, comum em pacientes com hiperfiltração e proteinúria não controladas. 597 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-780 Teste do equilíbrio peritoneal e ganho de peso em diálise peritoneal Rocha SR,Pinheiro da Costa CE,Poli de Figueiredo CE,Figueiredo AE Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Porto Alegre, RS, Brasil.,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Porto Alegre, RS, Brasil.,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Porto Alegre, RS, Brasil.,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Porto Alegre, RS, Brasil. Introdução: Obesidade é um sério problema de saúde pública. Pacientes em diálise peritoneal apresentam significativo ganho de peso após o início da terapia. Fatores inerentes ao processo dialítico podem contribuir para o ganho de peso, e a glucose utilizada na solução de dialise é absorvida pelo peritônio. Objetivo: o Objetivo do presente estudo foi avaliar a relação entre aumento do peso corpóreo e a função de transporte de pequenos solutos pelo peritônio. Métodos: os registros de 50 pacientes maiores de 18 anos, que realizavam diálise peritoneal há no mínimo de 1 ano, foram revisados retrospectivamente. As alterações de peso foram registradas em intervalos trimestrais até completarem 1 ano de terapia e, posteriormente, foram comparados com as categorias de transporte peritoneal (pelo teste do equilíbrio peritoneal) às quais pertenciam os pacientes. Marcadores bioquímicos incluíram glicose, albumina e perfil lipídico avaliados no inicio e após 1 ano de terapia. Resultados: Foi detectado um efeito significativo do tempo na média de peso dos investigados, quanto realizada a análise de variância para Medidas Repetidas. A média final do IMC mostrou-se significativamente maior que a inicial (24.5 ± 4.7 vs 26,3 ± 4,9, P<0,001). A ocorrência de sobrepeso e obesidade aumentou de 40% inicial para 64% no final (p<0,001). Quando a variação do peso ao longo de primeiro ano de tratamento foi relacionada com as categorias do teste de equilíbrio peritoneal, não foram evidenciadas associações estatisticamente significativas. Conclusões: o presente estudo não demonstrou a existência de uma associação entre a categoria do transporte de pequenos solutos pelo peritônio, com as alterações de peso em pacientes em diálise peritoneal. A reconhecida natureza multifatorial da obesidade pode ser uma possível explicação para nossos achados. A taxa de absorção de glicose não parece ser responsável pelo ganho de peso. Estudos são necessários a fim de identificar quais são os fatores ligados a diálise peritoneal que teriam uma maior influência sobre as alterações observadas no estado nutricional e na composição corporal desta população de pacientes. 598 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-362 Efeito diurético, potencial antilitiásico e toxicidade aguda do extrato etanólico obtido das folhas de Piper aduncum e Piper amalago (PIPERACEAE) Novaes AS,Mota, JS,Arashiro, PS,Kassuya CAL,Barros ME Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados Introdução: No Brasil, existem várias plantas com propriedades diuréticas que são freqüentemente usadas na medicina tradicional. Dentre essas plantas, destacam-se Piper aduncum e Piper amalago, por pertecerem ao cerrado e serem usadas em diversas doenças. Contudo, a atividade diurética destas plantas não tem sido investigada em estudos cientificos. Objetivos: Este estudo visa avaliar os efeitos diuréticos e potencial antilitiásico de extrato etanólico de P. aduncum (EEPad) e extrato etanólico de P. amalago (EEPam) e também determinar a toxicidade aguda em ratos. Materiais e Métodos: Na atividade diurética, doses de EEPad e EEPam (125, 250 e 500 mg/kg) foram administrados por via oral em ratos Wistar machos (n = 5/grupo) e a excreção urinária foi medida em intervalos de tempo até 24 horas após administração de dose única. O efeito antilitiásico de EEPad e EEPam foi obtido em cristalização de oxalato de cálcio in vitro, e foi avaliado por turbidimetria e em microscopia. Além disso, a toxicidade aguda de EEPad e EEPam foi analisada com uma dose oral única de 2000 curva de peso corpóreo mg/kg. Resultados: Na atividade diurética, a administração oral de de 500 mg/kg de EEPad e todas as doses de EEPam, houve um aumento da excreção do volume urinário de forma significativa após 24h, quando comparado com o grupo de controle. No teste antilitiásico, EEPam, mas não EEPad, induziu um efeito inibitório sobre a cristalização de oxalato de cálcio. Nenhum sinal de toxicidade aguda foi evidenciado nos animais tratados com EEPam ou EEPad. Conclusões: Nossos Resultados mostraram que o extrato etanólico obtido das folhas de P. amalago possuiatividade diurética e natriurética e efeito antilitiásico in vitro. Os Resultados de P. aducum mostraram atividade diurética e natriurética. Por fim, nenhuma toxicidade aguda dos extractos foi evidenciado. Palavras-chave: Piper, atividade diurética, urolitíase, Piperaceae. 599 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-500 Necrose tubular aguda e insuficiência renal em pacientes com glomerulopatias não exsudativas ou proliferativas Maria Brandao Tavares,Maria da Conceição Chagas de Almeida,Reyla Tarita Cruz Martins,Ana Carolina Gil Pinho de Sousa,Reinaldo Martinelli,Washington Luis Conrado dos-Santos FIOCRUZ,FIOCRUZ,UFBA,UFBA,UFBA,FIOCRUZ Introdução: A insuficiência renal aguda é uma complicação frequente em pacientes com glomerulonefrite proliferativa ou crescêntica mas também tem sido relatada em pacientes com Síndrome Nefrótica sem alterações glomeulares que justifiquem a insuficiência renal. Objetivo: O Objetivo deste estudo é estimar a freqüência da necrose tubular aguda e sua correlação com insuficiência renal em pacientes com glomerulopatias não exsudativas ou proliferativas . Métodos: Biópsias renais de pacientes com glomerulopatia foram analisadas quanto à intensidade da necrose tubular aguda baseada na estimativa do percentual da área da cortical acometida e esses dados correlacionados com os dados clínicos e presença de insuficiência renal. Como evidência de necrose tubular aguda foi considerada dilatação tubular, adelgaçamento do epitélio tubular, cilindros celulares, edema intersticial, e marcadores morfológicos de regeneração epitelial (hipercromatismo nuclear, mitose e binucleação celular). Insuficiência renal foi considerada como dosagem de creatinina sérica > 1,2 mg/dl em crianças e mulheres, e > 1,5mg/dl em homens. Foram excluídos os casos nos quais a fibrose intersticial foi estimada em mais que 30% da cortical representada. Resultados: Foram analisadas 80 biópsias renais, a idade média foi 32 ± 18 anos. Síndrome nefrótica foi diagnosticada em 72 (90%) casos e os principais diagnósticos foram Alterações glomerulares mínimas (28,35% ) e Glomeruloeslerose segmentar e focal (26,33% ). A necrose tubular aguda foi observada em 60 (75%) pacientes e insuficiência renal foi diagnosticada em 28 (35%) casos. A freqüência de hipertensão arterial sistêmica foi maior no grupo com insuficiência renal (P=0,013 ) e estes apresentavam idade mais elevada (P=0,015). A intensidade de necrose tubular aguda foi maior nos pacientes com (29,1 ± 27,7) que nos pacientes sem insuficiência renal (5.4 ± 5.1, P<0,0001). A área sob a curva foi calculada através da construção de curva ROC para avaliar o desempenho da estimativa da necrose tubular no diagnóstico de insuficiência renal. A presença de necrose tubular estimada em > 10% teve alta especificidade para diagnóstico de insuficiência renal (96,2% IC 95% 86,8 – 99,5). Conclusão: A insuficiência renal no curso de glomerulopatias não exsudativas ou proliferativas tem forte associação com necrose tubular aguda. O comprometimento por necrose tubular de área cortical superior a 10% tem alta especificidade para o diagnóstico de insuficiência renal. 600 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-352 Atividade diurética, antilitiásica e toxicidade aguda do extrato etanólico de Piper glabratum (Piperaceae) Novaes AS,Mota JS,Arashiro PS,Arrigo JS,Kassuya CAL,Barros ME Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados Introdução: A comprovação científica e o resgate do conhecimento popular em plantas medicinais são essenciais para a população que faz esse uso da fitoterapia como fonte de cura. A região de Mato Grosso do Sul possui diversas espécies nativas do gênero Piper, sendo algumas dessas utilizadas medicinalmente pela população, sem nenhuma comprovação científica, o que se torna necessárias essa investigação. Objetivos: Com Objetivo de comprovar o conhecimento popular, este estudo teve por obejtivo investigar o efeito diurético e antilitiásico do extrato etanólico de Piper glabratum, assim como também, averiguar sua toxicidade aguda. Materiais e Métodos: Para atividade diurética, as doses do extrato etanólico (125, 250 e 500 mg/kg) foram administradas oralmente em ratos Wistar machos e a excreção urinária foi quantificada em intervalos de tempo até 24h após a administração da dose única. Para a avaliação antilitiásica foi induzido in vitro a precipitação de cristais de oxalato de cálcio (CaOx) por adição de oxalato de sódio 0.1M em um pool de urinas humanas (n=6), filtradas em filtro 0,22 µm na presença e ausência do extrato de Piper glabratum, em diferentes concentrações. Os cristais de oxalato de cálcio foram avaliados imediatamente após a cristalização por turbidimetria (630 nm) e contados em microscopia óptica. Além disso, a toxicidade aguda de EEPad e EEPam foi analisado com uma dose oral única de 2000 mg/kg do peso corporal. Resultados: Na atividade diurética, após a administração das doses da planta, o extrato de Piper glabratum produziu significante aumento no volume da excreção urinária em todas as concentrações (p < 0.001). Sobre a atividade antilitiásica, a cristalização in vitro na presença dos extratos de P. glabratum,na concetração de 1 mg/mL, foi observado um aumento da turbidez, devido a diminuição do tamanho e aumento na quantidade de cristais, comparados ao controle. Não foram observados sinais de toxicidade aguda nos animais. Conclusões: Nossos Resultados mostraram que o extrato etanólico obtido das folhas de P. glabratum possuiatividade diurética e natriurética e efeito antilitiásico in vitro. Além disso, não foram evidenciados sinais de toxicidade aguda. Palavras-chave: Piper, atividade diurética, urolitíase, Piperaceae. 601 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-562 Lesão renal aguda: Experiência em Hospital Universitário Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife – PE. Vasconcelos CAJ, Avelino MC, Lacerda TMS, Aguiar JEM, Coutinho Neto M, Gouveia EC, Gueiros JEB, Gueiros APS, Andrade AM. Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum em pacientes hospitalizados. Objetivos: Avaliar as características clínicas e laboratoriais, etiologia e evolução clínica de pacientes com LRA. Métodos: Foi realizada análise retrospectiva de 204 fichas de acompanhamento nefrológico, no período de julho de 2011 a maio de 2012. Os parâmetros analisados foram: idade, sexo, comorbidades, etiologia da LRA, necessidade de hemodiálise (HD), evolução (recuperação total, parcial, manutenção em HD e óbito), creatinina de base (CrB), creatinina da 1ª consulta (CrP) e diurese. Foram avaliados os fatores preditores da necessidade de HD e do óbito. Resultados: Os pacientes estão caracterizados na tabela abaixo. HD foi indicada em 30,9% do total de pacientes. Na análise univariada, diurese (OR 0,999; p=0,005) e CrP (OR 1,3; p=0,000) estiveram associadas com realização de HD e, em uma regressão, permaneceram como fatores independentes. A taxa geral de óbito foi de 31% e apenas 2 pacientes persistiram em HD. Os seguintes fatores se associaram à mortalidade: diurese (OR 0,999; p=0,044), necessidade de diálise (OR 7,3; p=0,000), presença de neoplasia (OR 2,5; p=0,004). Na análise multivariada, definiu-se como riscos independentes para o óbito a necessidade de diálise (OR 6,96; p=0,000) e a presença de neoplasia (OR 2,02; p=0,05). Conclusões: A chamada do nefrologista continua retardada, como observado pela CrP. Observou-se menor taxa de mortalidade geral e em ambiente de UTI, quando comparada com a literatura, e a presença de LRA não-oligúrica poderia ser uma explicação para este achado. Necessidade de diálise, diurese e comorbidades são prognósticos consolidados na LRA. Variáveis N de pacientes Idade (média ± dp)** Causas de LRA*** Pré-renal NTA Obstrutiva Parenquimatosa Evolução*** Total Parcial Óbito HD CrB CrP Diurese UTI 82 58,8 ± 17,7 15,2% 74,7% 3,8% 6,3% 28,7% 18,8% 52,5% 46,3% 1,19 ± 0,6 3,09 ± 2,3 950 ± 829 Oncologia 32 57,6 ± 16,8 10% 46,7% 43,3% 00 31,0% 41,4% 27,6% 25% 1,11 ± 0,4 3,97 ± 2,5 1454 ± 1376 Obstetrícia 19 28,2 ± 6,6 1% 26,3% 15,8% 36,8% 68,7% 31,3% 00 21% 1,06 ± 0,7 3,82 ± 3,3 1585 ± 1055 * p < 0,05; ** p < 0,001: UTI x obstetrícia;oncologia x obstetrícia; clínica x obstetrícia;*** p < 0,05 em todas as comparações das clínicas de origem sendo analisadas 2 a 2;**** p < 0,05 UTI versus obstetrícia, oncologia e clínica, assim como oncologia versus obstetrícia. 602 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Clínica e Cirurgia 71 58,9 ± 15,1 25,4% 46,3% 17,9% 10,4% 36,6% 45% 14% 18,3% 1,42 ± 0,8 3,42 ± 2,2 1243 ± 1040 p <0,001* <0,001* <0,001* <0,001* 0,15 0,3 0,12 SESSÃO POSTER P-738 SENTIMENTOS MATERNOS FRENTE À CRIANÇA SUBMETIDA À HEMODIÁLISE Araújo RPM,Zuntini KLCR,Silva WPP,Tavares MC,Pinto FM,Matias WH,Miranda AAD,Brito VS,Abreu RR,Maia CO,Moraes DF,MitreSAP,Albuquerque,CM, CampeloJNB Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Instituto do Rim,Universidade de Fortaleza,Universidade de Fortaleza Introdução: As crianças portadoras de Doença Renal Crônica Terminal (DRCT) precisam lidar com as incertezas da doença e com um tratamento doloroso, marcado por hospitalizações frequentes, infecções, e difíceis repercussões clínicas. A experiência de ter um filho doente é estressante para os pais, principalmente para aqueles que têm filhos com DRCT. Os principais sentimentos documentados dos pais são: fadiga crônica, estresse, ansiedade e depressão, na qual, podemos implicar a pior adaptação comportamental da criança com DRC, associadas a relatos paternos com pouco envolvimento com o tratamento (MARCIANO, 2009). Nesse contexto a família tem primordial papel na resposta da criança à doença, ao tratamento e consequentes alterações de personalidade que poderão advir desse processo. Relevante atuação dos profissionais da saúde no sentido de desenvolver estratégias de promoção da saúde direcionada de forma eficaz, ações na educação dos pais e familiares de crianças com DRC a fim de estabelecer condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento infantil saudável, além do bem-estar mental. Objetivo: averiguar o conhecimento das mães acerca da Doença Renal dos filhos e investigar os sentimentos das mães de crianças portadoras de Doença Renal quanto a adesão ao tratamento. Casuística e Métodos: Estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa. Realizado no setor de hemodiálise de uma Instituição de saúde em Fortaleza/Brasil. Participaram do estudo,10 mães de crianças portadoras de DRC, submetidas à hemodiálise. Os dados foram organizados e analisados de acordo com análise temática, emergindo as categorias: Noções acerca da patologia, Sentimentos maternos inerentes ao diagnostico de seu filho, Expectativa do Transplante. Resultados:Após a validação dos dados pelas entrevistas por meio do agrupamento, descrição, documentação e classificação das falas, foram identificados os núcleos temáticos, das categorias citada. As mães de filhos com DRC discorrem um estilo de vida crônico, marcado por limitações impostas pela enfermidade e, muito cedo, assumem maturidade em relação à doença. Conclusão: Ao meditar sobre o tema, oportunizou-se analisar o quanto as crianças são forçadas a amadurecer precocemente. Torna-se primordial, por parte dos profissionais de saúde, não proporcionar informações técnicas e desnudas de sentimentos, que não contemplam a distinção do ser humano. 603 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-353 Avaliação da atividade antimicrobiana de espécies Piper (PIPERACEAE) de ocorrência da região de Mato Grosso do Sul Novaes AS,Mota JS,Arashiro PS,Arrigo JS,Negrão FJ,Kassuya CAL,Barros ME Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados Introdução: As plantas medicinais englobam um essencial componente no sistema de saúde de comunidades no tratamento de infecções. A fitoterapia na terapêutica de infecções do trato urinário mostra uma alternativa simples e eficaz. Com base que existe utilização popular de espécies Piper em infecções urinárias, é necessário a investigação científica para comprovação do efeito, pois existem relatos em que a plantas possuem indicação popular, mas não possuem propriedades terapêuticas. Com isso, o uso prolongado dessas plantas, pode piorar a doença, comprometer o rim, e em casos extremos, levar à morte. Objetivos: Esse estudo investigou o efeito antimicrobiano dos extratos etanólicos de Piper aduncum, Piper amalago, Piper glabratum e Piper vicosanum. Materiais e Métodos: O teste de susceptibilidade microbiana foi realizado através do método de microdiluição em microplacas, para obtenção da concentração inibitória mínima (MIC), contra os seguintes microosganismos: Candida krusei, Candida albicans, Enterococus faecalis, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeuriginosa. Resultados: A MIC de cada espécie está representada na tabela 1. O extrato de P. vicosanum apresentou melhor desempenho em relação aos outros extratos, apresentando inibições de crescimento em todos os microrganismos testados. O extrato de P. aduncum apresentou maior efetividade frente a Pseudomonas aeruginosa com MIC de 0.15625 mg/mL. O extrato de P. amalago mostrou eficácia nos microrganismos Sthapylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, com a MIC de 0,625 mg/ mL, 0.0390625 mg/mL e 0.15625 mg/mL, respectivamente. Já o extrato de Piper glabratum, não foi capaz de inibir o crescimento das cepas nas concentrações testadas. Conclusões: Nossos Resultados mostraram que os extratos etanólicos obtidos das folhas de P. amalago, P. aduncum e P. vicosanum possuem efeito antimicrobiano in vitro. Palavras-chave: Piper, infecções urinárias, concentração inibitória mínima, Escherichia coli. Tabela 1 - Concentração inibitória mínima (MIC em mg/mL) dos extratos etanólicos de Piper testados contra bactérias Gram negativas, Gram positivas e fungos. Enterococus Klebsiella Sthapylococcus Escherichia Pseudomonas Extrato Candida krusei Candida albicans faecalis pneumoniae aureus coli aeruginosa P. vicosanum 0,625 < 0,0390625 < 0,0390625 0,15625 < 0,0390625 < 0,0390625 0,078125 P. aduncum 10 10 2.5 10 2,5 10 0.15625 P. glabratum >10 >10 >10 >10 >10 >10 >10 P. amalago 1,25 >10 >10 0,625 0,625 < 0,0390625 0,15625 604 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-47 Complicações em pacientes com insuficiência renal crônica durante as sessões de hemodiálise Oliveira DCL,Bucci DA,Di Luca DG,Mendes PB,Carraro-Eduardo, JC Hospital Universitário Antônio Pedro, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense Niterói Rio de Janeiro,Hospital Universitário Antônio Pedro, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense Niterói Rio de Janeiro,Hospital Universitário Antônio Pedro, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense Niterói Rio de Janeiro,Hospital Universitário Antônio Pedro, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense Niterói Rio de Janeiro,Hospital Universitário Antônio Pedro, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense Niterói Rio de Janeiro Introdução: Nas sessões de hemodiálise (HD), as complicações mais comuns são a hipotensão, as câimbras musculares, as náuseas, os vômitos, a cefaleia, dor torácica e hipoglicemia, sendo seus fatores de risco pouco abordados na literatura. Objetivos: Avaliar a presença de complicações durante as sessões de HD. Casuística e Métodos: Foram estudados 203 pacientes portadores de insuficiência renal crônica, submetidos à HD regular em duas clínicas distintas. A avaliação foi realizada com a aferição da glicemia capilar e dos sintomas dos pacientes antes do início da sessão, após a primeira, segunda, terceira e quarta hora de HD. A hipoglicemia foi definida como um valor glicêmico abaixo de 70 mg/dl. Foram incluídos os parâmetros: sexo, cor, presença de diabetes, uso de insulina, ingestão de alimentos, dialisato com ou sem glicose, tempo, e presença de hipoglicemia. Valores de p< 0,05 foram considerados significativos.Resultados: No grupo estudado, 53,7% eram homens, a média de idade foi de 53,6 ± 15 anos, 27,6% apresentavam diabetes tipo II e 74,4% hipertensão arterial sistêmica. Além disso, 66,6% dos pacientes utilizavam dialisato com glicose (100mg/dl) e o restante não. Dos 203 pacientes, 88 desenvolveram alguma complicação. Os pacientes não diabéticos, sem ingesta de alimento e sem uso de glicose no dialisato desenvolveram náusea (25% vs. 0%, P=0,002) e vômito (25% vs. 0%, P=0,002), do que os que não fizeram uso de glicose no dialisato. As pessoas não diabéticas com ingesta de alimento e sem uso de glicose no dialisato tiveram mais mal estar que as que não usaram glicose no dialisato (15,6% vs. 0%, P=0,042). As mulheres tiveram mais náusea (8,5% vs. 1,8%, P=0,028), vômito (4,3% vs. 0%, P=0,030) e mal estar (14,9% vs. 3,7%, P=0,005), do que homens. As pessoas pardas tiveram mais dor torácica que negros e brancos (10% vs. 5,1% e 0%, P=0,05). Já os pacientes que usam insulina tiveram mais calafrios que os que não usam (11,1% vs. 1,1%, P=0,015). Além disso, as pessoas que desenvolveram hipoglicemia na 3ª hora tiveram mais cefaléia (50% vs. 14,1%, P=0,045) e calafrios (25% vs. 1,5%, P=0,004), daquelas que não desenvolveram. Conclusões: No estudo em questão, as características relevantes para o desenvolvimento de algumas intercorrências foram composição do dialisato, sexo, cor, uso de insulina e hipoglicemia na 3a hora. Além disso, no grupo de pacientes pardos, do sexo feminino e que usam insulina parecem ser mais susceptíveis a esses eventos adversos. 605 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-510 Achados clínicos e histopatológicos de pacientes portadores de H1N1 com insuficiência renal aguda submetidos a biópsia renal Freitas AKE,Marques GL,Sevignani G,Gentili A,Soares MF,Nascimento,MM Serviço de Nefrologia - Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal do Paraná - (UFPR),Serviço de Nefrologia - Departamento de Clínica Médica Universidade Federal do Paraná - (UFPR),Serviço de Nefrologia - Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal do Paraná - (UFPR),Serviço de Nefrologia Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal do Paraná - (UFPR),Departamento de Patologia Médica – Universidade Federal do Paraná – (UFPR),Serviço de Nefrologia - Departamento de Clínica Médica - Universidade Federal do Paraná - (UFPR) Introdução: A pandemia de influenza A (H1N1) de 2009 foi primeiramente descrita em abril de 2009 e desde então muitos estudos surgiram sobre a apresentação da doença. Porém, dados referentes à incidência e impacto de insuficiência renal aguda (IRA) nesses pacientes, bem como à indicação de diálise em pacientes críticos continuam escassas.O Objetivo deste trabalho é descrever 6 casos de pacientes com H1N1, que desenvolveram IRA e realizaram biópsia renal, correlacionando os dados clínicos com os histopatológicos. Métodos: Foram incluídos seis pacientes do Hospital de Clínicas da UFPR com diagnóstico de H1N1 por PCR viral em 2009 e que evoluíram com IRA. Foi realizada a revisão dos seus prontuários e das lâminas da biópsia renal. Resultados: Foram biopsiados 6 pacientes, todos submetidos a dialise, sendo 3 do sexo masculino com idade média de 40±13 anos ,cretatinina sérica (4,7±1,6 mg/dL) , uréa ( 167±63mg/dL) , CPK 2771 (47-14350) UI/LTodos os casos estudados apresentaram dados clínicos e/ou laboratoriais de IRA, sendo que somente um não apresentou oligúria . À biópsia renal, as amostras possuíam 7-22 glomérulos. Alterações glomerulares não foram observadas, exceto um dos pacientes que apresentou glomerulosclerose nodular intercapilar.Todos os pacientes mostraram graus variáveis de alterações degenerativas vacuolares dos túbulos, com focos de oxalose em dois casos. Dois pacientes possuíam arteriosclerose em grau discreto a moderado e um apresentou microangiopatia trombótica. Conclusão: Pouco se sabe sobre a fisiopatologia da IRA em pacientes diagnosticados com H1N1. Porém, alguns relatos demonstraram a presença de necrose tubular aguda como um achado frequente, sendo que a maioria não apresentava dano glomerular e somente alguns apresentaram microangiopatia trombótica. Em nosso estudo, a alteração degenerativa vacuolar foi encontrada em todos os pacientes, além da presença de arteriosclerose, glomerulosclerose nodular intercapilar e microangiopatia trombótica em alguns. Entretanto, esses achados não são específicos de H1N1, reforçando a importância de estudos que esclareçam melhor a doença 606 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-405 CISTATINA C NA AVALIAÇÃO DE FUNÇÃO RENAL EM UM LEPROSÁRIO Maria Goretti Polito,Michelle Tiveron,Sílvia R Moreira,Sônia K Nishida,Gianna Mastroianni Kirsztajn UNIFESP Introdução: Lesões renais associadas à Hanseníase, segundo diversos estudos, evoluem para insuficiência renal crônica (IRC), associada sobretudo à amiloidose, condição que, entretanto, é raramente vista em alguns países e comum em outros. Objetivo: Avaliar a função renal com cistatina C em um grupo de pacientes com hanseníase internados em um leprosário. Metodologia: Trata-se de estudo prospectivo do tipo coorte para avaliação de função renal em 79 pacientes com Hanseníase, internados no Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta, de Goiânia-GO. Foram excluídos os pacientes portadores de diabetes mellitus. Resultados: A idade média era de 65 ± 13 anos, 57% do sexo masculino, 59% tinham ulcerações crônicas e 56% perda de extremidades. Creatinina sérica elevada ocorreu em 18% e a cistatina C em 36% dos casos; TFGe estimada pelo MDRD mostrou-se anormal em nos pacientes sem uso de talidomida (P=0,006) e nos portadores de úlceras neurotróficas crônicas (P=0,036). Esse grupo foi comparado com um controle de 48 pacientes com idade média similar, mostrando 53% de cistatina C elevada para 35% do controle (P<0,05). Conclusão: No presente estudo, alteração renal funcional detectada pela cistatina C mostrou-se útil como marcador num grupo de pacientes com perda de massa muscular, por diversas causas, em que creatinina sérica e MDRD podem não traduzir com a devida precisão a filtração glomerular. Além do mais, o tratamento adequado do estado reacional com ENL recorrente parece ter protegido esses pacientes de perdas funcionais renais severas e das alterações glomerulares observadas no passado. Por outro lado, a presença de úlceras neurotróficas crônicas, apesar de adequadamente tratadas, persiste como causa de alteração funcional renal nesses pacientes, porém sem as complicações frequentemente descritas em outros estudos, como a amiloidose sistêmica. 607 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-99 Inflamação e massa magra em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. Barros A,Pinheiro da Costa BE,Poli-de-Figueiredo CE,Antonello IC,d’Avila DO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS),Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Brasil Introdução: A doença renal crônica e a hemodiálise estão associadas a um estado inflamatório que predispõe a desnutrição. Desnutrição proteico-calórica é uma relevante e frequente complicação neste grupo, e fator de risco de morte. Objetivos: Relacionar o estado inflamatório com a massa magra corporal de pacientes em hemodiálise. Casuística e Métodos: Estudo transversal e observacional. Foram incluídos pacientes em hemodiálise há no mínimo três meses. A análise da composição corporal foi realizada por bioimpedância segmentar multi-frequência (InBody 520®). O estado nutricional associado à inflamação foi avaliado usando o instrumento que avalia o Escore Desnutrição-Inflamação (MIS). Resultados: A amostra foi constituída por 59 indivíduos (feminino = 30); idade: 58,7 ± 14,4 anos; tempo em hemodiálise: 24 (9-49) meses; peso seco: 67,0 ± 14,7 kg; Massa Magra: 29,7 ± 5,5 kg; proteína C-reativa ultrassensível (PCR-us): 8,6 (3,9 – 18,0) mg/L. Escore desnutrição-inflamação (MIS): 4 (2 – 6). Detectamos correlação significativa entre o escore MIS e a idade (r=0,350, p<0,01, Correlação de Spearman) e com o tempo em diálise: (r=0,320, p<0,05, Spearman). Inflamação avaliada pela PCR-us foi significativamente associada à massa magra (r=-0,283, p<0,05, Spearman). Conclusões: Quanto maior o tempo em tratamento dialítico e mais velho o paciente, pior o estado nutricional. Idade e tempo em hemodiálise associaram-se à inflamação subclínica. O estado inflamatório desempenha um efeito nocivo sobre a massa magra no paciente com doença renal crônica. 608 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-400 AVALIAÇÃO DE LESÃO RENAL NA HANSENÍASE EM DIFERENTES ESTÁGIOS DA DOENÇA Maria Goretti Polito,Michelle Tiveron,Sílvia R Moreira,Sônia K Nishida,Gianna Mastroianni Kirsztajn UNIFESP Introdução: Lesões renais associadas à Hanseníase, segundo diversos estudos, evoluem para insuficiência renal crônica (IRC), associada sobretudo à amiloidose, condição que, entretanto, é raramente vista em alguns países e comum em outros. Objetivo: Avaliar a função renal com cistatina C em um grupo de pacientes com hanseníase internados em um leprosário. Metodologia: Trata-se de estudo prospectivo do tipo coorte para avaliação de função renal em 79 pacientes com Hanseníase, internados no Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta, de Goiânia-GO. Foram excluídos os pacientes portadores de diabetes mellitus. Resultados: A idade média era de 65 ± 13 anos, 57% do sexo masculino, 59% tinham ulcerações crônicas e 56% perda de extremidades. Creatinina sérica elevada ocorreu em 18% e a cistatina C em 36% dos casos; TFGe estimada pelo MDRD mostrou-se anormal em nos pacientes sem uso de talidomida (P=0,006) e nos portadores de úlceras neurotróficas crônicas (P=0,036). Esse grupo foi comparado com um controle de 48 pacientes com idade média similar, mostrando 53% de cistatina C elevada para 35% do controle (P<0,05). Conclusão: No presente estudo, alteração renal funcional detectada pela cistatina C mostrou-se útil como marcador num grupo de pacientes com perda de massa muscular, por diversas causas, em que creatinina sérica e MDRD podem não traduzir com a devida precisão a filtração glomerular. Além do mais, o tratamento adequado do estado reacional com ENL recorrente parece ter protegido esses pacientes de perdas funcionais renais severas e das alterações glomerulares observadas no passado. Por outro lado, a presença de úlceras neurotróficas crônicas, apesar de adequadamente tratadas, persiste como causa de alteração funcional renal nesses pacientes, porém sem as complicações frequentemente descritas em outros estudos, como a amiloidose sistêmica. 609 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-155 Sódio Individualizado no Dialisato em Programa de Hemodiálise Carvalho RC,Barros FHS,Silveira RRL,Aguiar-Neto G,Kuwano AN,Carneiro DMQ,Alvares VRC,Jacobino MNB,Monteagudo PT,Laranja SMR,Marrocos,MSM Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,UNIFESP,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo,Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo Introdução: O ganho interdialítico e o estado de hidratação são preditivos de mortalidade geral e cardiovascular em pacientes em Hemodiálise (HD). Ambos estão relacionados com a Hipertensão Arterial da HD. A individualização do sódio (Na) do dialisato tem sido proposta como recurso para melhor adequação da ultrafiltração e do peso seco. Objetivos: Avaliação, ao longo de 1 ano, das alterações no ganho interdialítico e na pressão arterial em pacientes prevalentes em HD após a individualização do Na do dialisato. Casuística: Oito pacientes, sendo 5 homens e 3 mulheres, com idade média de 62,6 anos (26 – 89), tempo médio em diálise de 111, 3 meses (16 – 348). Dois pacientes com Diabetes Mellitus. Métodos: A determinação do Na individualizado do dialisato foi feita através da média de 3 valores do Na pré-diálise multiplicada por 0.95, como fator de correção para o Equilíbrio de Gibbs-Donan. Ao longo do ano, por 3 vezes a prescrição da condutividade foi confirmada. A média do ganho interdialítico e da pressão arterial foram avaliados nos meses 0, 4, 8 e 12. Todos os pacientes foram submetidos a programa de HD clássico de baixo fluxo utilizando capilar de triacetato de celulose. Os dados do ganho interdialítico foram transformados em escala logarítmica de base 10 (GID log10) para compensar a assimetria. Análise estatística realizada com o software SigmaPlot 11.0 Resultados: Conclusão: Após 12 meses de tratamento com Na individualizado, os pacientes acompanhados apresentaram média de ganho interdialítico menor em 562 ml. Este é um valor suficiente para determinar maior conforto nesta população, maior facilidade para adequação da ultrafiltração e do peso seco e redução da instabilidade hemodinâmica da HD. A redução do ganho interdialítico com Na individualizado é um fenômeno tardio, aqui observado após 8 meses, como apresentado na literatura. Em intervenção com grupo maior de pacientes talvez pudesse ser observada redução na pressão arterial. Tabela 1 - Ganho interdialítico e pressão arterial na HD padrão e com Na Individualizado. Na padrão Na individualizado Na individualizado Na individualizado mês 4 mês 8 mês 12 Média GID 2053 ml 2097 ml 1887 ml 1491 ml Média GID log10 0,288 0,307 0,261 0,153 * *P = 0,046 em relação ao Na padrão, (CI = 0,00318 - 0,268). Teste de Shapiro-Wilk. Não foram observadas diferenças significativas entre as médias das pressões pré-HD e pós-HD, sistólica e diastólica, e no número de anti-hipertensivos. 610 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-68 ESTABILIDADE DA HEMOGLOBINA ALVO DE PACIENTES HEMODIALISADOS EM USO REGULAR DE ERITROPOETINA HUMANA RECOMBINANTE. SANTOS, EJF,PORTELA, LLC,SANTOS, AM,SALGADO-FILHO, NATALINO,LAGES, JS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS Introdução: A maioria dos pacientes alcança os níveis recomendados de hemoglobina (Hb) com tratamento adequado com um medicamento estimulador da eritropoese (MEE), entretanto, seus valores hematimétricos, em geral, não se mantêm constantes dentro do intervalo alvo de 11 – 12 g/dL (LACSON, 2003). CASUÍSTICA: A definição da faixa ideal de Hb em pacientes hemodialisados leva em conta os benefícios e os potencias efeitos adversos (KEOW, 1991). Objetivo: O estudo foi avaliar a proporção de pacientes cujos níveis de Hb dentro da faixa alvo e constatar a variabilidade destes níveis ao longo do tempo em pacientes em hemodiálise. Métodos: Realizou-se um estudo, analítico prospectivo, por um período de seis meses, os padrões de variação foram segregados em seis grupos: Baixo (durante o estudo com nível baixo de Hb < 11.0 g/dL); No alvo (durante o estudo na faixa alvo de Hb, 11.0 – 12.5 g/dL); Alto (durante o estudo com nível alto de Hb > 12.5 g/ dL); BAHB - Baixa amplitude de variação com nível de Hb baixo (durante o estudo oscilando entre o baixo nível de Hb e a faixa alvo); BAHA - Baixa amplitude de variação com nível de Hb alto (durante o estudo oscilando entre a faixa alvo ou alto nível de Hb); AAV - Alta amplitude de variação (durante o estudo com níveis de Hb oscilando entre o alto nível, baixo nível e a faixa alvo de Hb). Resultados: A amostra final foi de 165 pacientes (50.34% do sexo masculino), a média de idade de 47.52±13.98 anos. O tempo de hemodiálise máximo de 354 meses e o mínimo de 7 meses, a principal doença de base foi hipertensão (37.41%) seguida de diabetes (24.46%). A dose semanal de eritropoietina (Epo) humana recombinante variou de aproximadamente 50 a 521 U/Kg/Sem, em 83% dos pacientes, observou-se a presença de oscilações dos níveis de absolutos de hemoglobina ao longo do tempo, sendo o padrão AAV foi o mais comum (44.90%), seguido do padrão BAHB (23.71%) e BAHA (14.29%). Os 17% restante conservaram a hemoglobina estável durante a pesquisa e o padrão que se sobressaiu foi o baixo 14.29%, seguido do alto (2.13%) e somente um paciente permaneceu toda a pesquisa na faixa alvo correspondendo a 0.68% da amostra. Conclusões: A variabilidade da hemoglobina é comum durante a terapia com Epo mostrando de encontrar parâmetros que possam influenciar positivamente a estabilidade dos níveis de hemoglobina dentro da faixa alvo. Referências: LACSON E JR, Et al,: Effect of variability in anemia management on hemoglobin oeutcomes in ESRD, 2003. KEOWN PA. Quality of life in end-stage renal disease patients during recombinant erythropoietin therapy. The Canadian erythropoietin study. 1991. 611 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-195 FATORES RELACIONADOS A SÍNDROME DA FOME ÓSSEA E AO FUNCIONAMENTO DO AUTO IMPLANTE DE TECIDO PARATIREOIDEANO APÓS PARATIREOIDECTOMIA EM PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO À DOENÇA RENAL CRÔNICA Roxana Albuquerque Camelo,Andréa E. M. Stinghen,Rosa M. A. Moysés,Vanda Jorgetti,Rodrigo Bueno de Oliveira HC-FMUSP São Paulo Brasil,UFPR Curitiba Brasil,HC-FMUSP São Paulo, Brasil,HC-FMUSP São Paulo Brasil,HC-FMUSP São Paulo Brasil Introdução: Hiperparatiroidismo secundário (HPS) é uma complicação frequente na doença renal crônica, sendo a paratireoidectomia total (PTx) com auto-implante (AI) uma opção de tratamento aos pacientes não responsivos ao tratamento clínico do HPS grave. A síndrome da fome óssea (SFO) pós-PTx é uma complicação metabólica comum nestes pacientes. Os fatores relacionados à SFO e ao funcionamento evolutivo do AI não estão bem estabelecidos. Objetivos: Identificar fatores preditores da SFO e associados a evolução do AI.Casuística e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, envolvendo pacientes com DRC-5D e HPS grave submetidos a PTx-AI. Os dados clínicos e laboratoriais foram analisados imediatamente antes da PTx e em média, após 5,8±0,8 meses.Resultados: As características clínicas e laboratoriais do estudo são descritas na Tabela 1. Todos pacientes desenvolveram SFO pós-PTX. Observou-se correlação positiva entre a duração da SFO e fosfatase alcalina (FA) basal (r=0,88, p<0,05), FA na alta hospitalar (r=0,78, p<0,05); o PTH basal não se correlacionou com a duração da SFO. Após 6 meses, não se observou correlação entre PTH sistêmico e a carga de cálcio e calcitriol cumulativas. Da mesma forma, a comparação de médias de carga de cálcio e calcitriol cumulativas entre os pacientes que evoluíram com hipo ou normoparatireoidismo não apresentou diferença significativa. A hipercalcemia durante a SFO foi observada em 28, 5,5 e 0% dos pacientes, respectivamente, nos meses 1, 3 e 6.Conclusões: A FA basal e na alta hospitalar foram correlacionadas com a duração da SFO; a carga cumulativa de cálcio e calcitriol não foram correlacionadas como status evolutivo do AI. Tabela 1 - Características clínicas e laboratoriais do estudo. N Idade (anos) Sexo (% homens) Pré-operatório Paratormônio (pg/ml) FA (U/l) Fósforo (mg/dl) Ca iônico (mg/dl) Ca total (mg/dl) Pós-operatório Duração da internação (dias) Duração da SFO (dias)# Carga de Ca cum.§ (gramas) 22 52±13 41 1.987±844 633±556 5,1±0,9 4,8±0,3 9,2±0,7 Tabela 1 - Continuação Carga de Ca cum.§ (gramas) Evolução do PTH sistêmico (n=20) 338±199 12(54) Hipoparatireoidismo [n(%)] 7±3 Euparatireoidismo [n(%)] 127±71 1.284±913 Carga de 1.034±567 Ca cum.§ Carga de 275±115 calcitirol cum.§ Carga de 1.070±940 Ca cum.§ Carga de 421±411 calcitriol cum.§ Ca: Cálcio; # Considerou-se término da SFO, níveis de FA normais; Ca cum.§: Ca elementar, cumulativo no 6 mês. 612 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 8(36) SESSÃO POSTER P-649 A busca da etiologia na Paralisia Periódica Hipocalêmica Familial: um trabalho ainda em andamento Holzmann HA,Rocha K,Cadore JG,Socachewsky LDA,Rolim AL,Silva MR,Carvalho M Hospital de Clínicas de Curitiba Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba Paraná,Laboratório de Endocrinologia Molecular, Universidade Federal de São Paulo SP,Laboratório de Endocrinologia Molecular, Universidade Federal de São Paulo SP,Hospital de Clínicas de Curitiba Paraná Introdução: A Paralisia Periódica Hipocalêmica Familial (PPHF) é um distúrbio genético que afeta os canais de sódio, potássio ou cálcio e que se expressa clinicamente por crises de paralisia flácida transitória. É uma doença potencialmente fatal se não tratada adequadamente e de difícil diagnóstico devido à clínica inespecífica. Objetivos: Relatar um caso de PPHF, com enfoque no diagnóstico, manejo e pesquisa das mutações mais frequentemente associadas. Relato do caso: Paciente masculino, de 41 anos de idade, com história de 5 anos de fraqueza muscular e mialgia, que poupava musculatura respiratória e da deglutição, periódica (freqüência média de 1 vez ao mês), com predomínio em MMIIs, que impedia a deambulação. Possuía história familiar de irmão falecido aos 15 anos em decorrência de distrofia muscular e dois tios paternos com história de paresia de MMIIs (sem conhecimento da causa). Na admissão, potássio sérico com várias dosagens entre 1,4-2,0 mEq/l, associado a hipofosfatemia (1,5 mg/dl) e elevação CK (269 UI). Após início da reposição parenteral e oral de potássio houve rápida melhora do quadro, com reversão total da sintomatologia em 24 horas. Dosagens de creatinina, cálcio, magnésio, cloro, bicarbonato, TSH e T4L normais e anti-TRab negativo. A eletroneuromiografia foi normal, teste isquêmico com ácido lático – normal e biópsia muscular com atrofia discreta de fibras musculares do tipo 1. Teste genético negativo para mutações nos genes SCN4A (Exon 12 e Exon 13) e CACNA1S (Exon 11 e Exon 30). Recebeu alta hospitalar em uso de cloreto de potássio 1800mg/dia. Conclusão: A PPHF é dividida em dois tipos (1 – mutação no canal de cálcio CACNA1S e 2 –mutação no canal de sódio SCN4A), de acordo com o gene envolvido. Mais de 80% dos casos de PPHF são devidas a mutações nestes genes. O mecanismo fisiopatológico exato de como estas mutações levam ao quadro clínico ainda não é conhecido em detalhe. Entretanto, a apresentação clínica é semelhante. No caso aqui relatado, a pesquisa das mutações foi negativa. Outros genes candidatos aguardam para serem testados. O diagnóstico molecular é importante para o aconselhamento genético e para a seleção de tratamento preventivo. 613 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-318 Peritonite esclerosante e encapsulante: relato de caso Ana Caroline de Melo e Barros,Fábio Hebert Borges Santos,Hans Stauber Kronit,Rodolfo Archanjo de Souza Emídio,Antônio Brito Hospital Regional de Sobradinho,Hospital Regional de Sobradinho,Hospital Regional de Sobradinho,Hospital Regional de Sobradinho,Hospital Regional de Sobradinho Introdução: A diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC) é uma modalidade terapêutica satisfatória para o tratamento a longo prazo de Insuficiência Renal Crônica (IRC). A principal complicação da diálise peritoneal (DP) é a peritonite, sendo a Peritonite esclerosante e encapsulante (PEE) sua forma mais temida, pela gravidade do quadro e alta morbi-mortalidade associada a ele (43,5%-78%). Objetivo: Relatar o caso de uma paciente portadora de IRC em DP, internada no Hospital Regional de Sobradinho (HRS), com quadro de PEE. Casuística e Métodos: Paciente de 46 anos, portadora de retardo mental de etiologia desconhecida e IRC de provável causa hipertensiva em DPAC há 12 anos. Interna no HRS, com quadro de edema generalizado, hipertensão refratária a medicação (em uso de 5 classes de antihipertensivos, incluindo atenolol), constipação, massa em flanco esquerdo e dor abdominal importante. Internação prévia há 15 dias para tratamento de peritonite, sem agente identificado. Exames de admissão mostram anemia ferropriva grave, leucocitose com desvio, piora de escórias nitrogenadas, Rx compatível com pseudo-obstrução intestinal e TC de abdome com contraste mostrando extensas áreas de calcificação peritoneal e encapsulamento de alças intestinais. A paciente foi transferida para hemodiálise, recebeu reposição venosa de ferro, antibioticoterapia intra-peritoneal e venosa com lavagem da cavidade, retirada de cateter de Tenckhoff e transfusão sanguínea. Após medidas, apresentou melhora clínica sem necessidade de imunossupressão ou intervenção cirúrgica. Resultado e Conclusões: A PEE é uma complicação rara da DP que consiste em fibrose peritoneal e encapsulamento de alças intestinais e resulta em redução da ultra-filtração, retenção líquida e edema generalizado. Relaciona-se com o tempo de diálise, episódios repetidos de peritonite, uso de acetato no dialisato, reação a agentes externos (cateter) e uso de beta-bloqueadores. Apesar de incomum, deve estar entre os diagnósticos diferenciais das peritonites relacionadas à DP e suscitar medidas profiláticas (uso de icodextrina, seguimento com CA 125 ou TC de abdome de controle dentre outras). 614 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-861 Surto de pneumonia por Pneumocystis jirovecii em receptores de transplante renal NETO EAC,SANDES-FREITAS TV,PONZIO VS,FRANCO MF,TEDESCO-SILVA H,MEDINA-PESTANA JO HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL,HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÂO/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/BRASIL Introdução: Pneumocystis jirovecii é um fungo patogênico oportunista que causa pneumonia (PJP) em indivíduos imunocomprometidos. A incidência é de até 15% em receptores de transplantes de órgãos sólidos que não recebem profilaxia. Vários surtos têm sido relatados recentemente, a maioria em centros onde a profilaxia não é realizada de forma rotineira. Objetivo: Descrever um surto de PJP em um centro brasileiro que realiza quimioprofilaxia com sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP) por pelo menos 6 meses após o transplante(Tx). Métodos: Descrevemos dados epidemiológicos, características clínicas e desfechos de um surto de PJP ocorrido em um único centro entre junho/11 e maio/12. Dados foram coletados retrospectivamente dos prontuários médicos. Em todos os casos, a PJP foi diagnosticada por biópsia pulmonar transbrônquica ou a céu aberto. Resultados: Desde 1998, mais de 8.000 Tx foram realizados e menos de 10 casos de PJP foram relatados em nosso centro. Entre junho/11 a maio/12, 22 casos de PJP foram diagnosticados. A idade média dos pacientes foi de 42 anos, 13 do sexo masculino, 19 receberam Tx de doador falecido (15 rins e quatro rim-pâncreas). O tempo médio de Tx no momento do diagnóstico foi de 26 meses e a média do clearance de creatinina anterior à internação foi 41ml/min. Quinze pacientes (68%) estavam recebendo micofenolato mofetil, 7 (32%) haviam recebido pulsoterapia com metilprednisolona nos últimos 6 meses e 10(46%) receberam anticorpos depletores de linfócitos desde o Tx. Exceto por um paciente que tinha alergia a SMZ-TMP, todos os pacientes receberam profilaxia para PJP (média de 9 meses). A apresentação clínica consistiu de dispneia (91%), hipoxemia (86%), tosse (91%) e febre (77%). Infiltrado em vidro fosco foi o padrão radiológico predominante(91%). No momento da admissão, 19(86%) pacientes tiveram linfopenia e 13(59%) tinham insuficiência renal, dos quais 10(46%) necessitaram de diálise. O tratamento foi iniciado 4 dias após a admissão. A maior parte dos pacientes 21(96%) necessitou de internação em unidade de terapia intensiva, 14(64%) de ventilação mecânica e 6 pacientes(27%) foram a óbito. Conclusão: A PJP mostrou-se uma infecção grave e tardia após o Tx, acometendo pacientes que receberam profilaxia adequada durante os primeiros meses após o Tx. Os pacientes sob maior imunossupressão, aqueles com linfopenia e insuficiência renal são provavelmente mais suscetíveis à infecção tardia e devem ser considerado para a profilaxia prolongada. 615 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-608 Avaliação de uma mínima intervensão fisioterapêutica em pacientes dialíticos: Estudo Piloto COLUCCI M,HAYASHI LY,COLUCCI DBB,BITTAR L,KURODA S,PEREIRA KCJ Centro Universitário São Camilo – São Paulo – SP,Centro Universitário São Camilo – São Paulo – SP,Hospital Israelita Albert Einstein,Centro Universitário São Camilo – São Paulo – SP,Centro Universitário São Camilo – São Paulo – SP,Centro Universitário São Camilo – São Paulo – SP Introdução:Pacientes em hemodiálise apresentam baixa tolerância ao exercício e descondicionamento,relacionados à atrofia muscular,miopatia e má nutrição.Para tanto, estudos demonstram que um programa de exercícios à estes pacientes contribui para melhora da capacidade de exercício e qualidade de vida.Porém,em sua grande maioria,os trabalhos relatam um mínimo de 2 intervenções semanais,não sendo encontradas publicações que tratem apenas de um único atendimento semanal durante a hemodiálise.Objetivo:Avaliar os Resultados de uma intervenção semanal de treinamento com fortalecimento muscular durante a hemodiálise, no período de um ano em pacientes durante as sessões de hemodiálise devido à insuficiência renal crônica terminal no Hospital Geral de Carapicuíba.Metodologia:Estudo piloto prospectivo com Grupo Intervenção (GI) o qual foram realizadas sessões de fisioterapia 1 vez por semana e Grupo Controle (GC) o qual não receberam tratamento fisioterapeutico.As sessões eram realizadas nas primeiras 2 horas de diálise e caracterizavam-se por exercícios de fortalecimento de MMII e MMSS (membro sem fístula),com força avaliada e tendo resistência progressivamente aumentada de acordo com o relato do paciente,bem como alongamentos de cadeia posterio de MMII,antero-interna de ombro e respiratória.Foram avaliados as características demográficas dos pacientes,distancia caminhada no teste de caminhada de 6 minutos (TC) e qualidade de vida por meio do questionário SF-36.Análise estatística:os dados foram expressos em média de desvio padrão e foi aplicado o Teste T não pareado para análise dos dados entre os dois grupos, pré e pós treinamento.Resultados:O estudo foi realizado com 8 pacientes pacientes divididos em grupo intervenção (4) e grupo controle (4).As características do grupo fisioterapia e controle foram semelhantes,idade (52,5 ± 9 vs 59,5 ± 5 anos; p=0,2);Peso (75,2 ± 9 vs 74 ± 4 kg; p=0,8),Distância caminhada 6 minutos (TC6) (398 ± 86 vs 402 ± 104 metros; p=0,8).Não houve diferença entre os grupos no questionário SF-36 na avaliação inicial. Após o treinamento houve um aumento de 16% no TC6 (429 ± 161 vs 363 ± 84 m; p=0,4).Houve aumento da qualidade de vida em 7 dos 8 domínios do SF-36 no grupo intervenção em comparação com o grupo controle.Conclusão:Não foram encontradas diferenças estatísticas entre a evolução dos grupos,justificando-se possivelmente pelo reduzido n amostral,porém observou-se melhora do GI em todos aspectos clínicos ao avaliarmos o TC e o SF-36. 616 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-379 Prevalência de infecção urinária diagnosticada através do uso de tira reagente na comunidade frequentadora de três escolas estaduais do município de Vassouras – RJ Ricardo Baumgarten,Jessica Filippi Martins,Juliana Ferreira Bezerra de Azevedo,Ramon Sotto de Castro Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro,Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro,Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro,Universidade Severino Sombra Rio de Janeiro Introdução: O trato urinário é um dos locais mais comuns para infecções bacterianas, particularmente em mulheres. As infecções urinárias podem ser definidas como infecções das estruturas do aparelho urinário que ocorrem, em geral, como consequência da presença ou colonização de bactérias veiculadas pela urina. A Infecção do trato urinário implica no comprometimento da bexiga (cistite), dos rins (pielonefrite) ou de ambos. Estas infecções geralmente causam disúria, urgência, frequência da micção e (em caso de comprometimento renal) dor no flanco e febre; mas também podem ser silenciosas (bacteriúria assintomática). É uma doença extremamente comum, ocorrendo em todas as idades, do neonato ao idoso. O exame de urina irá fornecer, quando associado à anamnese e ao quadro clínico, os dados que praticamente confirmam o diagnóstico de infecção do trato urinário: presença de piúria (leucocitúria), de hematúria e de bacteriúria. Os valores encontrados são, habitualmente, proporcionais à intensidade da infecção. Objetivos: Fazer um levantamento da leucocitúria, correlacionando-a com a clínica para infecção urinária em estudantes de três colégios da rede estadual da cidade de Vassouras-RJ. Materiais e Métodos: Foram realizadas 374 entrevistas com a comunidade frequentadora de três colégios da rede estadual da cidade de Vassouras-RJ, com preenchimento de questionário elaborado pelos membros da liga de nefrologia da Universidade Severino Sombra, com posterior exame de urina por meio de tira reagente, seguindo as recomendações do fabricante. Sendo a coleta de urina de jato intermediário em recipiente estéril. Foram incluídos os estudantes, pais e funcionários das escolas com idades compreendidas entre 0 e 75 anos e excluíram-se os questionários que não tiveram os dados preenchidos adequadamente. Resultados: Dos 374 pacientes analisados, 166 eram do sexo masculino e 208 do sexo feminino. 46 relatavam ardência ou dor ao urinar, sendo 13 do sexo masculino e 31 do sexo feminino. Desses apenas 10 apresentaram piúria, sendo todas do sexo feminino, e desses apenas 4 apresentavam nitritos positivo. 46 paciente apresentam piúria sem apresentar queixas de dor e ardência ao urinar, sendo 4 do sexo masculino e 42 do sexo feminino. Conclusão: Os dados obtidos estão de acordo com dados apresentados pela literatura, sendo o sexo feminino o mais acometido pela infecção urinaria sintomática e também pela bacteriúria assintomática. 617 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-301 O uso da microalbuminúria para determinação de casos subclínicos de Doença Renal em indivíduos atendidos pela Estratégia da Saúde da Família na Região Leste de Goiânia NAGHETTINI AV,ROCHA MS,BATISTA SRR,PEREIRA ERS,FONSECA TB,LEÃO GT,QUEIROZ AP Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Introdução:A detecção precoce da Doença Renal Crônica é essencial para prevenção ou retardo da sua evolução, que em estágio inicial tem tratamento mais efetivo. Porém, seu inicío é assintomático, evoluindo durante anos e sendo diagnosticada tardiamente. Nesse contexto, a microalbuminúria se destaca como um marcador para a detecção de casos subclínicos de doença renal na população em geral, pois quanto maior a excreção de albumina, maior o risco. Objetivos: Avaliar a presença de microalbuminúria e sua relação com fatores de risco para doença renal entre pessoas atendidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) na região leste de Goiânia. Casuística e Métodos: A avaliação foi realizada por estratégia quantitativa, através de um questionário e visita do laboratório escolhido. Foram coletados dados demográficos e antropométricos e os exames laboratoriais foram dosagem de albuminúria e creatinina em urina noturna. Consideramos como microalbuminúria a razão albumina/creatinina ³30mg/g e ≤300mg/g, e de creatinina ³1mg/dL como anormalidade. Para hipertensão, consideramos pressão sistólica ≥140mmHg e/ou pressão diastólica ≥ 90mmHg. IMC<25 (normal), 25<IMC<30 (sobrepeso) e IMC>30 (obeso). Circunferência da cintura aumentada: 80cm<CC<88cm para mulheres e 94cm<CC<102cm para homens (adiposidade abdominal aumentada) e CC ³102cm para homens e ³88cm para mulheres (obesidade abdominal). Resultados e Conclusões: Foram avaliados 454 indivíduos: 164 homens (36,12%) e 281 mulheres (61,89%) entre 19 e 96 anos, média de 42,4 anos e desvio padrão 15,41. 222 tiveram a razão albuminúria/creatinina avaliada: média 27,80mg/g, desvio padrão 37,30, máximo de 353mg/g e mínimo de 2mg/g, elevada em 19,36% dos pacientes (42 com microalbuminúria e 1 com proteinúria). 235 tiveram creatinina dosada: média 0,86mg/g, desvio padrão 0,41, máximo de 3,33mg/dL e mínimo 0,32mg/dL, estando elevada em 14,46% dos pacientes (34 pessoas). De 453 pacientes avaliados, 44,37% (201 pessoas) tem IMC elevado, sendo 14,42% com microalbuminúria e 0,49% com macroalbuminúria. 442 tiveram sua CC medida, estando aumentada em 46,38% (205 pessoas): 16,09% com microalbuminúria e 0,48% com macroalbuminúria. 449 tiveram a pressão aferida: 22,71% (102 pessoas) são hipertensos, sendo que 15,68% apresentaram microalbuminúria, e 0,98%, macroalbuminúria. Observou-se, portanto, presença significativa de microalbuminúria nos pacientes com IMC e/ou CC acima do normal e também nos hipertensos. 618 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-376 O papel da via triptofano-quinurenina nos desfechos relacionados ao efeito hipotensor do alpiste (Phalaris canariensis) em ratos hipertensos Passos CS, Carvalho LN,Pontes Jr RB,Campos Jr RR,Boim MA Disciplina de Nefrologia - UNIFESP - São Paulo,Disciplina de Nefrologia - UNIFESP - São Paulo,Disciplina de Fisiologia Cardiovascular - UNIFESP - São Paulo,Disciplina de Fisiologia Cardiovascular- UNIFESP - São Paulo,Disciplina de Nefrologia - UNIFESP - São Paulo Introdução: Demonstramos previamente que o extrato aquoso (EA) do alpiste (Phalaris canariensis -Pc) induziu redução da pressão arterial em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). O Pc constitui fonte considerável de triptofano, que pode ser metabolizado pela via da quinurenina formando compostos vasodilatadores. O Objetivo deste estudo foi avaliar os possíveis mecanismos envolvidos no efeito hipotensor do Pc incluindo a via da quinurenina e a atividade nervosa simpática (agudamente). Método: foram utilizados ratos SHR adultos. Os animais foram divididos em grupos controle (recebendo água) e tratados agudamente com EAPc (400 mg / kg, v.o.). A artéria femoral foi canulada e exteriorizada. Após a recuperação os animais receberam tratamento do EAPc combinado com triptofano e/ou com o inibidor da via da IDO,1methyl-D-triptofano (1-MT, 50 mg kg-1, i.p.). Os animais receberam a infusão em bolus de hexametônio (30 mg/kg, iv) para avaliação do tônus vasomotor simpático. Resultados: A administração do EAPc induziu redução da PAM (mmHg) semelhante ao triptofano (174±4 vs 157±6) e (176±3 vs 161±1) respectivamente, p <0,05. Em relação ao efeito do EAPc no tônus vasomotor simpático, a resposta à administração do bloqueio ganglionar agudo por hexametônio foi significativamente maior em grupo não tratado (96 ± 8 mm Hg, basal de 164 ± 3 mm Hg), em comparação com o grupo tratado com EAPc (78 ± 13 mm Hg, basal de 164 ± 6 mm Hg). Discussão: A inibição do metabolismo do triptofano para quinurenina, impediu o efeito hipotensor do EAPc. O EAPc reduziu significantemente a simpatoexcitação. Conclusões: O metabolismo do triptofano via IDO, pode ser um dos mediadores potenciais do efeito hipotensor do alpiste. 619 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-176 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DO ESTIGMA DA Zea Mays (MILHO) NA LITÍASE URINÁRIA Mirian de Godoy Sato,Antônio Silva Novaes,Jucicléia da Silva Arrigo,Jonas da Silva Mota,Marcio Eduardo de Barros Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Federal da Grande Dourados,Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,Universidade Federal da Grande Dourados Introdução: As plantas medicinais são utilizadas desde os tempos pré-históricos para aliviar o sofrimento ou lesões e continuam a ser amplamente utilizadas até os dias atuais. De acordo com a sabedoria popular, o estigma do Zea mays é utilizado para tratar desordens do trato urinário, e a infusão do chá obtida do estigma é a forma mais popular de sua utilização. Este estudo avaliou o efeito do extrato etanólico do estigma desta planta na formação de cálculos utilizando a técnica de cristalização in vitro.Objetivos: O Objetivo do estudo foi avaliar o efeito anti-litiásico do extrato etanólico do estigma do Zea mays através da cristalização do oxalato de cálcio in vitro e qualificar e quantificar os cristais formados em concentrações diferentes do extrato.Casuística e Métodos: A cristalização do oxalato de cálcio na urina foi induzida em seis voluntários sem história de infecção do trato urinário, na presença ou ausência do extrato nas concentrações de 0,0625; 0250; 0.500, 1.000 e 5.000 mg/mL de urina através da adição de 50uL de oxalato de cálcio, 0,1 mol/L por mL de urina. Os cristais foram analisados quantitativa e qualitativa imediatamente ao processo de cristalização por turbidimetria e microscopia óptica. Resultados: A cristalização in vitro na presença do extrato de Zea mays nas concentrações de 0,0625 e 1,000 mg/mL induziu um aumento significativo no índice de turbidez com média de 2,45 e 2,03 respectivamente, em comparação com a cristalização do controle com média de 1,20. Uma maior concentração do extrato aumentou significativamente a quantidade de cristais apresentando nas concentrações de 0,0625; 0250; 0.500, 1.000 e 5.000 mg/mL de urina a média de 2713,5; 2665,5; 3413,5 e 3529,5 cristais respectivamente quando comparado com o grupo de controle com 2021,5 em média. Conclusões: Esta análise preliminar mostrou um efeito positivo do extrato de Zea mays diminuindo o crescimento dos cristais formado, assim, aumentando a turbidez, desta forma cristais menores teriam maior facilidade de serem eliminados pelo trato urinário. No entanto, para afirmar que o extrato etanólico de estigmas de Zea mays tem um potencial antilitiliásico, é necessário mais estudos para confirmarem os dados obtidos. 620 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P- 814 Divertículo de Meckel perfurado em doador vivo de rim pós-nefrectomia para doação. Sebben, S,Noleto, C.E.,Silva, VC,Guterres, J.,Kruger, F.S.,Rost, C. A.,Cicogna, P.E.,Luz-Filho, H.A.,Vieira, J. A.,Deboni, L.M.,Vieira, M.A.,Garcia, C.E. Hospital Municipal São José, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Hospital Municipal São José, Joinville, SC,Fundação PróRim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Fundação Pró-Rim, Joinville, SC,Hospital Municipal São José, Joinville, SC Introdução: A cirurgia vídeolaparoscópica (VDL) constitui forma de acesso essencial para diversas cirurgias abdominais. Entretanto várias são as complicações relacionadas com a técnica, estas relacionadas à inserção da agulha e/ou trocater na cavidade peritonial, a manipulação dos instrumentos utilizados durante a cirurgia e a criação e manutenção do pneumoperitônio. As lesões mais significativas são as intestinais e as vasculares, por trazerem conseqüências graves ao paciente. A incidência de Divertículo de Meckel na população sem abdome agudo está em torno de 1 a 3%. Objetivos: Relatar caso de doador renal submetido a nefrectomia videolaparoscópica (VDL) a direita (D) para doação que evoluiu com quadro de abdome agudo pós operatório secundária a complicação de doença inflamatória intestinal desconhecida pelo mesmo. Materiais e Métodos: Revisão do prontuário do paciente. Revisão bibliográfica sobre o tema. Relato de caso: V.S., masculino, 40 anos, submetido a nefrectomia VDL a D para doação renal de transplante inter-vivos não relacionado no dia 03 de dezembro de 2010, procedimento realizado sem intercorrência. No segundo pós-operatório, paciente ainda em íleo, apresentou quadro clínico de dor abdominal difusa com irritação peritoneal, febre, taquicardia, leucocitose com desvio, compatível com abdome agudo, confirmado através da presença de pneumoperitôneo em exames radiológicos complementares. Encaminhado ao centro cirúrgico, submetido a laparotomia exploradora, onde diagnosticou-se divertículo em delgado com perfuração inflamatória espontânea não relacionada com o procedimento laparoscópico, realizado ressecção com enterorrafia local. Anatomopatológico confirmou suspeita de divertículo de Meckel com perfuração inflamatória. Paciente permaneceu internado para antibioticoterapia com boa evolução clínica e alta hospitalar em 12 dias. Conclusão: A principal suspeita diagnóstica em casos de abdome agudo após realização de cirurgias laparoscópicas é lesão de vísceras decorrentes do procedimento cirúrgico. Muitos são os diagnósticos diferencias nestes casos devendo ser sempre levado em consideração a possibilidade de complicação de alguma doença prévia ao procedimento cirúrgico inicial. 621 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-399 AVALIAÇÃO DA GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA APÓS O TRANSPLANTE RENAL Gianna Mastroianni Kirsztajn,José Osmar Medina Pestana,Tainá Veras de Sandes Freitas,Juliana Busato Mansur,Deborah de Alencar,Diogo Buarque,Marcello Franco UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP Introdução: A prevalência de proteinúria após um ano de transplante renal (TxR) varia de 11 – 45%; entre os fatores envolvidos estão glomerulonefrite prévia, hipertensão arterial sistêmica (HAS) entre outros. A relevância desse achado fica evidente quando se observa que a taxa de falência do enxerto renal dos pacientes com proteinúria é o dobro daquela dos não-proteinúricos. Entre as causas de proteinúria, destaca-se a glomerulopatia membranosa (GNM), cuja prevalência é variável em pacientes transplantadose e se associa com diminuição da sobrevida do enxerto renal.Objetivo: Avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais de pacientes com GNM após o TxR.Métodos:Análise de prontuário de 15 pacientes com diagnóstico histológico de GNM seguidos em ambulatório de TxR.Resultados: A idade média dos pacientes foi de 42,8 anos (23 – 71), 73% do sexo masculino, com tempo médio de transplante de 50 meses (2 – 144). A maioria recebeu o enxerto de doador vivo (DV), sendo que 45% foram HLA tipo I.Cinquenta e três por cento tinham doença de base definida e destes 37,5% apresentavam GNM; os demais diagnósticos foram Diabetes mellitus (DM), hanseníase e lúpus eritematoso sistêmico. O tempo em hemodiálise variou de 3 a 34 meses e 2 pacientes realizaram o TxR preemptivo.Quando iniciada a investigação de síndrome nefrótica,a proteinúria de 24 horas (P24h) média foi de 4,2g e a creatinina sérica (Crs)1,64mg/dl. As comorbidades observadas foram HAS, DM e dislipidemia, que ocorreram respectivamente em 93, 27 e 54% dos pacientes. Os esquemas terapêuticos mais utilizados para tratamento da proteinúria foram renoproteção com bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina (66,6%), pulsoterapias mensais com metilprednisolona (MP, 46,6%) EV, ciclofosfamida VO (26,6%) e prednisona 0,5 mg/kg/dia VO (53,3%). A P24h média ao final do tratamento foi de 1,8 g e a Crs 1,75 mg/dl. Dois pacientes fizeram o esquema de Ponticelli completo; um deles apresentou redução da P24h de 3,9 para 0,46g e manteve função renal estável, e o outro não respondeu ao esquema.Conclusão: A GNM pós-Tx foi diagnosticada em média após 4 anos de Tx, em indivíduos com mais de 40 anos,HAS, com proteinúria nefrótica e déficit de filtração glomerular.O acompanhamento desse grupo permitirá definir as melhores opções terapêuticas e sua influência no prognóstico.É interessante notar que 37,5% dos casos tinham GNM recorrente com boa resposta às intervenções terapêuticas e melhora ou manutenção da função renal. 622 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-526 CLASSIFICAÇÃO RIFLE COMO CRITÉRIO DE GRAVIDADE DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA ASSOCIADA À MALÁRIA Brandao JAG,Malanda JOC,Romão Junior JE Clinica Multiperfil,Clinica Multiperfil,Hospital Beneficência Portuguesa - SP Introdução: A classificação RIFLE estratifica a gravidade da injúria renal aguda (IRA), mas sua capacidade de previsão não foi analisada em uma grande população de pacientes internados com malária. Objetivos: Examinar a incidência de IRA, a robustez dos critérios RIFLE e sua relação com necessidade de hemodiálise, a duração da permanência hospitalar e mortalidade em pacientes com IRA e malária, especialmente a necessidade de tratamento dialítico. Métodos: Análise de dados coletados de pacientes admitidos com malária, no período Janeiro a Junho de 2011. Resultados: Entre 2.172 pacientes internados durante o período de estudo, 695 tinha diagnóstico primário de malária, atendiam aos critérios de inclusão e 86 (12,4%) desenvolveram IRA. IRA em maláricos foi mais freqüente em pacientes chineses do que em negros (p=0,001, RR=0,1555, 95% CI=1,189-2,033) ou em brancos (p=0,001, RR=1,500, 95% CI=1,132-1,989). De acordo com o RIFLE, IRA já foi diagnosticada na admissão em 75 pacientes (classificados como R=36%, I=24% e F=40%). Durante toda a internação, o RIFLE máximo detectou 86 (12,4%) pacientes com IRA por malária (R em 31%, L em 22% e F em 47%). O período de internação (7,3±7,4 vs. 5,1±3,0 dias; t=4,996, p<0,0001), e a mortalidade foram maiores (22,1% vs. 2,5%; χ2=58.263, p<0,0001 e RR=95% CI=1,394-2,976) em pacientes que desenvolveram IRA do que naqueles sem IRA. Dezenove (22%) pacientes com IRA e malária necessitaram de hemodiálise, sendo 42% em pacientes com classe F, 23% em classe I e nenhum deles da classe R e categoria não-IRA (na admissão e máximo RIFLE). Pacientes com malária e sem IRA tiveram mortalidade de 2,5%, enquanto que a mortalidade em pacientes com classe R, I e F do RIFLE foi 11,1%, 23,1% e 30,3%, respectivamente. A média do tempo de internação dos 86 pacientes com IRA foi 7,3±7,4 dias (1 a 56 dias), sendo mais longo quanto maior a gravidade da IRA pelo RIFLE: 6,1±4,1, 6,5±6,6 e 9,0±9,7 dias. Aumento da severidade da IRA definido por qualquer categoria RIFLE foi associado com uma maior mortalidade do paciente. Pacientes com IRA definida pelo RIFLE máximo classe R, classe I e classe F tinham risco ajustado para mortalidade hospitalar significativamente mais elevados (11%, 23% e 30%, respectivamente), comparado com 2,5% para os pacientes com malária e sem IRA (χ2=74,8; p<0,0001, OR: R=1,58, I=2,54 e F= 3,22). Conclusão: Em uma coorte relativamente grande de pacientes com malária falciparum, o critério RIFLE identificou e classificou 12,5% de todos os pacientes com malária como tendo IRA, sendo robusto para prever a necessidade de diálise (de grande importância em países onde há grande dificuldade de acesso à terapia dialítica), a duração da internação e a letalidade hospitalar bruta. Os Resultados do presente estudo suportam a utilização dos critérios RIFLE em prever necessidades e Resultados da IRA por malária. 623 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-436 PERFIL ANÁTOMO-CLÍNICO DA AMILOIDOSE RENAL NO BRASIL Maria Goretti Polito, Luiz Antônio Moura,Gianna Mastroianni Kirsztajn UNIFESP Introdução: A amiloidose renal é uma doença resultante da deposição de proteína fibrilar no rim. O rim é geralmente envolvido nas formas primária (AL) e secundária (AA) da amiloidose e tal lesão confere um prognóstico adverso a esses pacientes. Objetivo: Estabelecer a freqüência relativa e caracterizar, dos pontos de vista clínico, laboratorial e histológico, as amiloidoses renais AA e AL, numa população brasileira. Materiais e Métodos: Avaliamos retrospectivamente as informações de 9.617 biópsias renais do nosso Serviço de Patologia Renal (que é referência para todo o país), analisadas pelo mesmo patologista, de janeiro de 1993 a setembro de 2007. Resultados: De todos os pacientes, 99 eram portadores de amiloidose renal. Desses, 69 pacientes apresentavam amiloidose AL (primária, 69,7%), 11 amiloidose AA (secundária, 11,1%) e 15 pacientes apresentavam deposição de amilóide A e cadeia leve (amiloidose AL/H, 15,1%). Em 4 pacientes, o tipo de amiloidose permaneceu não determinada (4,0%). A média de idade foi 56,1 ± 14,4 anos para a amiloidose AL, 47 ± 21,5 anos para a amiloidose AA e 61,6 ± 10,7 anos para a amiloidose AL/H. O sexo masculino prevaleceu na AL (75%) e na AL/H (73,33%), e o feminino na AA (54%). A principal manifestação clínica do envolvimento renal foi representada pela síndrome nefrótica em 70,9% dos casos de AL e 85% de AA. Conclusão: Em levantamento de 9.617 biópsias renais provenientes de todas as regiões do Brasil, a amiloidose renal foi diagnosticada em 1,2% dos casos de doenças renais em rim nativo cujas biópsias foram avaliadas, ao longo de 15 anos, em nosso serviço. Sua prevalência foi relativamente baixa, à semelhança do que ocorre em outros países em desenvolvimento como a Índia (1,4%) e a Tchecoslováquia (2,2%). A apresentação como síndrome nefrótica predominou de forma expressiva sobre as demais. 624 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-114 Mudança de via de administração de eritropoietina subcutânea para endovenosa em uma unidade de hemodiálise. Guilherme Martins Casimiro,Nathalia Rampini de Queiroz,Wande Liparizi Filho,Josiane Mendes Hospital da PUC-Campinas,Hospital da PUC-Campinas,Hospital da PUC-Campinas,Hospital da PUC-Campinas Introdução: O uso de eritropoietina (EPO) nos pacientes em hemodiálise é ferramenta fundamental para o controle da anemia decorrente da insuficiência renal crônica. Em diversos países a administração endovenosa (EV) é difundida e utilizada na prática cotidiana, o que traz maior conforto aos pacientes. Entretanto, na realidade brasileira, ainda não faz parte do dia-a-dia das clínicas de hemodiálise. Objetivos: Esse trabalho visa demonstrar a relação entre os valores de hemoglobina (Hb) e a dose de eritropoietina após conversão da aplicação subcutânea(SC) para EV no serviço de hemodiálise do Hospital e Maternidade Celso Pierro (PUC-Campinas), bem como a dose da eritropoietina e a hemoglobina dos pacientes 8 meses após a conversão. Casuística e Métodos: Foram avaliados 78 pacientes em hemodiálise entre julho de 2011 e junho de 2012, sendo excluídos todos aqueles pacientes que apresentaram infecção de acesso, sangramentos importantes, estiveram em trânsito em outras clínicas, ou foram submetidos a cirurgias no período, restando portanto, 64 pacientes na amostra real avaliada. Foi feita a média aritmética dos valores de hemoglobina e dose de EPO nos 3 meses anteriores à mudança e nos 3 meses seguintes a mudança, além dos valores médios da hemoglobina e dose da eritropoietina em junho de 2012, 8 meses após a conversão. Resultados: O valor médio da hemoglobina nos 64 pacientes avaliados nos três meses anteriores a conversão era de 12,34mg/dl , sendo que nos 3 meses seguintes houve uma queda para 9,39 mg/dl . A dose média de EPO usada era de 1,73 ampolas de 4000U por semana antes da mudança, sendo que nos 3 meses seguintes a dose média necessária de EPO foi de 1,97 ampolas por semana, um aumento da dose de 13%, além de uma queda na Hb média de 23% nos 3 primeiros meses após a conversão. Entretanto, no seguimento após 8 meses da conversão, a Hb média dos pacientes foi de 11,6 mg/dl, com uma dose média de EPO de 2,31 ampolas por semana por paciente. Avaliando individualmente cada paciente, 31 apresentaram queda do Hb após a conversão (48%), 30 pacientes mantiveram Hb estável (46%), sendo considerada estável variação menor que um ponto no valor da hemoglobina, e três pacientes apresentaram aumento no valor da Hb (0,4%). Conclusão: Após conversão da EPO para via EV houve, a principio, queda significativa nos valores de Hb, além da necessidade do aumento da dose. Entretanto avaliando oito meses após a conversão, o valor de Hb médio dos pacientes voltou a uma faixa próxima a inicial, porém a dose necessária de EPO foi significativamente maior que a dose usada por via subcutânea (33%), porém com melhora importante do conforto do paciente, sendo, portanto, essa a via de administração utilizada em nosso serviço atualmente. 625 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-732 NEFROPATIA POR IgA: PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA Parizi; ACG,Cruz; TM,Takase; HM,Lisboa; RR,Moura; MR,Soriano; BN,Damasceno; EB,Hatanaka; EF,Cançado; MAP,Carvalhaes; JTA,Leão; FV,Santos; TF,Tanaka; MAB,Aguiar; LB,Franco; M Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp,Unifesp, Introdução: A doença de Berger ou nefropatia por imunoglobulina A (NIgA) é a glomerulonefrite (GN) primária mais frequente no mundo. Contudo, sua prevalência tem diferenças geográficas, provavelmente decorrentes de programas de investigação específicos para o diagnóstico de GN. Objetivos: Descrever perfil dos pacientes atendidos em nosso ambulatório num período de 6 anos. Métodos: Estudo observacional descritivo com avaliação clínica e laboratorial de 12 pacientes com diagnóstico de NIgA estabelecidos por biópsia renal com demonstração, à imunofluorescência, de depósitos de imunoglobulina A no mesângio glomerular. Seguimento em nosso ambulatório de nefrologia pediátrica no período de janeiro de 2004 à junho de 2011. Resultados: Observou-se que 58% dos pacientes tiveram a primeira manifestação da doença durante a adolescência. Houve predomínio do sexo masculino (67%). Apresentavam história prévia de infecção 67%. As manifestações evidenciadas foram: edema e hipertensão arterial (HA) em 27,2% cada, hematúria macroscópica em 100%, proteinúria nefrótica em 16,6% e elevação transitória da creatinina, 16,6%. O padrão anatomopatológico (AP) identificado nas biópsias mostrou: lesão glomerular mínima em 3 pacientes e proliferação mesangial em 9, associado à esclerose glomerular (5), cilindros hemáticos (1), nefrite túbulo-intersticial (1), sinais de cronicidade túbulo-intersticiais (2) e crescentes celulares (1). Insuficiência renal crônica terminal ocorreu no paciente que manifestou edema, HA, hematúria macroscópica, má resposta clínica e laboratorial e presença de esclerose glomerular com proliferação, crescentes e alterações túbulo-intersticiais no AP. Conclusão: Evidenciamos que na NIgA o sexo e a idade não são fatores determinantes do prognóstico da doença. A maioria das crianças apresenta recidiva da hematúria macroscópica/ proteinúria transitória, e em 20% dos pacientes ocorreu HA. Em 15% dos casos foi evidenciada elevação transitória da creatinina. Os achados histopatológicos de pior prognóstico correspondem à esclerose glomerular com proliferação, presença de crescentes e alterações túbilo-intersticiais. As formas de apresentação clínica e o padrão AP mostraram relação importante com a evolução da doença. 626 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-424 Lúpus Eritematoso Sistêmico Associado à Glomerulonefrite Crescêntica com Depósitos Lineares de IgG RIBEIRO LL,CADAVAL RAM,FREITAS BZP,MOURA LA PUC-SP,PUC-SP,PUC-SP, Introdução: O acometimento renal no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é comum, podendo chegar a mais de 75% dos casos de LES. Existem vários tipos histopatológicos de nefrite lúpica, mais comumente mediados por imunocomplexos e identificados pelo padrão granular à imunofluorescência. A nefrite lúpica classe IV é o padrão histopatológico mais comum e mais severo das cinco classes. Descrição do caso: R.R.F.O., sexo feminino, branca, 27 anos de idade refere que há quatro anos surgiram manchas eritematosas na face, artrite em mãos, febre diária e edema de membros inferiores. Foi diagnósticado LES de acordo com o Colégio Americano de Reumatologia. Fez uso de prednisona, difosfato de cloroquina e azatioprina por dois anos. Houve remissão do LES e da nefrite lúpica. Há um ano parou de tomar os medicamentos por decisão própria sem surgimento de manifestação clínica. Há dois meses começou apresentar edema em membros inferiores e há um mês anasarca. O volume urinário diminuiu, a urina ficou de aspecto turva e espumosa. Com o surgimento de proteinúria nefrótica e perda progressiva da função renal realizamos biópsia renal. Resultado do estudo histopatológico: glomerulonefrite proliferativa endocapilar segmentar com esclerose parcial, sinéquias e crescentes fibrocelulares (3/6), fibrose intersticial moderada e nefrite túbulo-intersticial multifocal. Depósitos lineares de IgG na imunofluorescência direta. A dosagem do anticorpo antimembrana basal foi negativa. Foi submetida a pulso terapia com metilprednisolona e ciclofosfamida e sessões de plasmaférese por duas semanas. Não houve recuperação da função renal e necessitando a paciente entrar em programa de hemodiálise.Conclusão: Sendo a paciente lúpica, esperava-se que o resultado histopatológico fosse compatível com nefrite lúpica classe IV. Os achados histopatológicos, glomerulonefrite crescêntica e imunofluorescência com depósitos lineares de IgG ao longo dos capilares glomerulares, são característicos de doença de anticorpo antimembrana basal. Não foi possível identificar o anticorpo antimembrana basal no rim e sua pesquisa no plasma foi negativa. O padrão de imunofluorescência linear pode estar presente em diversas doenças ANCA associadas, tal como no LES. Esta ocorrência demonstra a importância do diagnóstico histopatológico na escolha do esquema terapêutica. 627 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-332 Projeto soRIMdo: Programa de prevenção de Doença Renal no município de Rio Preto da Eva, Amazonas (AM) Brandão, HCS,Carvalho, LF,Silva, ACS,Petruccelli, KCS,Schramm, AMM,Brandão. ARJ,Petrucio, WS,Lindenberg, AB,Tavares, ARS,Azevêdo, SRG,Couceiro, KN,Pereira, LS,Silva, WTS Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas, Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é atualmente um significante problema médico e de saúde pública no Brasil, cuja evolução muito se deve à falta de informações sobre prevenção em doenças renais por parte da população, como também à dificuldade de acesso aos meios diagnósticos de doença renal.Objetivos: Rastrear na população do município de Rio Preto da Eva/AM doença renal ainda em fase assintomática, bem como informar a população sobre prevenção e encaminhar para avaliação mais apurada os pacientes já com algum grau de doença.Casuística e Métodos: Estudo observacional baseado na realização de mutirões de atendimento à população no município de Rio Preto da Eva, localizado a 78 km de Manaus, capital do estado do Amazonas. Foram distribuídos panfletos e folders com informações a cerca da prevenção de doença renal. Concomitantemente a esta distribuição, foram feitos os atendimentos que incluíram entrevistas com o preenchimento de questionário que mostra os pacientes com risco aumentado de desenvolver doença renal, avaliação das amostras de urina através do teste Dipstick e verificação da glicemia capilar, pressão arterial, peso e altura dos pacientes. Ao final da coleta desses dados, os pacientes foram atendidos por uma médica nefrologista e aqueles que apresentaram alteração no teste Dipstick foram encaminhados ao serviço especializado em Nefrologia em Manaus para melhor avaliação. Resultados: No total, 57 pessoas foram atendidas, sendo 66,6% mulheres e 33,3 % homens. A idade média dos pacientes atendidos foi 46,5 anos. A presença de hipertensão e diabetes ocorreu em 33,3% e 15,7% da população total, respectivamente. A análise dos testes de urina mostrou que 43,8% estavam normais e 56,2% apresentaram-se alterados. As alterações urinárias encontradas foram: 43,8% de proteinúria, 3,5% de hematúria, 5,2% de glicosúria e 22,8% de leucocitúria. Conclusão: Hipertensão e diabetes foram prevalentes nesta amostra, Além disso, verificou-se uma porcentagem alta de pacientes já com algum grau de doença renal, uma vez que proteinúria foi encontrada em mais de 40% dos entrevistados. 628 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-850 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE RENAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Teixeira BP,Figueiredo JB,Costa FB,Medeiros IN,Studart MMMQ,Filho PMO,Barcelos FL,Sebba GJ,Gatto GC,Silva EVC,Filho RM,Moura FJD,Veiga JPR Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília, Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília, Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília Introdução A DRC (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função renal. Em fases avançadas, o transplante renal é uma opção terapêutica indicada na reabilitação destes pacientes. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico relacionando idade, sexo, tipo de doador, tempo de seguimento e etiologia da DRC dos pacientes submetidos ao transplante renal no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Casuística e Métodos: Estudo do tipo descritivo retrospectivo. Os dados foram obtidos por revisão dos prontuários dos pacientes submetidos ao transplante renal no HUB de setembro de 2006 a junho de 2012. Resultados: De um total de 95 pacientes transplantados em nosso serviço, 69 (73%) eram do sexo masculino. A média de idade é de 38 anos, com idade mínima de 14 e máxima de 65 anos. Quanto ao tipo do doador, 48% foram de Doadores Vivos Relacionados e 52% de Doadores Falecidos. O tempo de seguimento médio foi de 02 anos. O receptor em seguimento há mais tempo em nosso serviço tem 5 anos e 7 meses de pós-transplante. Quanto à etiologia da DRC, os pacientes tiveram os seguintes diagnósticos: 19 pacientes (20%) com glomerulopatia, 13 (15%) com Hipertensão Arterial Sistêmica, 4 pacientes com Diabetes Mellitus, outros 4 com Doença Policística Renal e 2 pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico.53 casos não tiveram a causa da insuficiência renal estabelecida. Conclusões: Em nosso serviço, a maioria dos pacientes transplantados é do sexo masculino, a média de idade foi de 38 anos. Aproximadamente 50% dos transplantes realizados foram com doadores vivos. Em 2010 iniciou-se inscrição em lista para transplante com doadores falecidos. A partir de então, o número de transplantes com este tipo de doador vem crescendo gradativamente. Em 2009, 17% dos transplantes realizados foram com doadores falecidos. Já em 2011 os doadores falecidos representaram 56% do total. Atualmente o HUB é responsável por aproximadamente 50% dos pacientes ativos no cadastro técnico único no Distrito Federal. Quanto à etiologia, a doença de maior prevalência para a IRCT foi representada pelo grupo das Glomerulopatias. Chamou atenção a baixa incidência de pacientes com nefropatia de etiologia diabética. O número elevado de pacientes sem causa estabelecida sugere que uma boa parte da população está tendo acesso a um acompanhamento especializado somente em fases avançadas da doença renal, onde pouco pode ser feito pelo doente. 629 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-237 Avaliação de parâmetros de qualidade de fístulas arteriovenosas em pacientes sob tratamento de insuficiência renal crônica. Débora Pavan Agnesini,Marcus Vinicius Cunha,Dr. Tufik José Magalhães Geleilete Centro Universitário Barão de Mauá Ribeirão Preto SP,Centro Universitário Barão de Mauá Ribeirão Preto SP,Centro Universitário Barão de Mauá, INTR - instituto renal de Ribeirão Preto SP A doença renal crônica é um problema de saúde pública mundial e é hoje reconhecida como uma condição comum que está associada a risco aumentado de doença cardiovascular e insuficiência renal crônica terminal. Ao se perceber problemas com a fistula arteriovenosa (FAV), medidas diagnósticas e terapêuticas devem ser instituídas para preservar o acesso vascular ou providenciar a confecção de novo acesso, preservando o paciente. Este presente trabalho tem por Objetivo avaliar a qualidade das fístulas arteriovenosas de pacientes em hemodiálise, em um serviço privado de Ribeirão Preto SP, através da avaliação objetiva da pressão venosa, do fluxo sanguíneo médio e da avaliação objetiva e subjetiva dos técnicos que as puncionam e suas possíveis complicações ao longo de 2011. Foi realizado um questionário com os funcionários do INTR - “Instituto Renal” em Ribeirão, Preto, responsáveis pelo acompanhamento prático diário nos pacientes em hemodiálise acerca da avaliação física mensal da FAV, um questionário com os pacientes acerca da avaliação clínica mensal da FAV, bem como a coleta dos valores de Pressão Venosa ,Volume de Sangue total dialisado bem como Resultados bioquímicos mensais, afim de avaliar as possíveis complicações em fistulas arteriovenosas. Ao encerrar a análise dos dados verifica-se que todos os Objetivos propostos no estudo foram alcançados, trazendo informações importantes no cuidado das FAVs em pacientes em hemodiálise. Foram entrevistados e analisados 33 pacientes do INTR. Em todos os 33 pacientes analisados neste período 9 apresentaram complicações nas FAVs, sendo 7 com trombose da fistula sendo necessária a confecção de uma nova fistula e 2 pacientes tiveram quadro infeccioso. Nos 33 pacientes estudados, o volume se sangue total manteve uma media normal, porém 3 pacientes apresentaram uma variação no valor na pressão venosa necessitando de alguma intervenção para normalização da fístula. Neste estudo, das 33 FAVs acompanhadas, 8 tiveram complicações sendo que a trombose foi a dominante, todas as FAVs que trombosaram tiveram que ser realizadas novamente. Apesar das complicações existirem, a FAV é considerada o melhor tipo de acesso vascular para hemodiálise. As complicações das fistulas arteriovenosas, além de difíceis muitas vezes determinam internações e novas passagens de cateter. As taxas de complicações dos pacientes submetidos à confecção de fistula arteriovenosa no INTR foram semelhantes aos dados encontrados na literatura nacional. 630 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-460 CONHECIMENTO SOBRE PRESSÃO ARTERIAL E O VALOR RECOMENDADO DESSA EM PACIENTES COM HISTÓRIA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDO NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO Débora Pavan Agnesini,Marcus Vinicius Cunha,Dr. Tufik José Magalhães Geleilete Centro Universitário Barão de Mauá Ribeirão Preto SP; Santa casa de Misericórdia de Ribeirão Preto,Centro Universitário Barão de Mauá Ribeirão Preto SP ; Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto,Centro Universitário Barão de Mauá Ribeirão Preto e Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto, SP A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um fator de risco para doenças que se exteriorizam, predominantemente, por acometimento isquêmico cardíaco e cerebral. A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle e é considerado um dos principais fatores de risco. A mortalidade por doença cardiovascular aumenta com a elevação da pressão arterial (PA) a partir de 115/75 mmHg. Este trabalho teve por Objetivo avaliar o conhecimento dos pacientes com história de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC) sobre PA e o valor recomendado dessa. Os pacientes em estudo foram atendidos na Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto ao longo de 2011. Para realizar esse trabalho utilizou-se de um formulário com questões de múltipla escolha para coletar informações sobre o conhecimento da população em estudo sobre PA. O número de participantes foi de 120 pacientes. Esses foram divididos em 3 grupos. O 1º grupo, com 25 pacientes, era formado por analfabetos, o 2º, com 76 pacientes com primeiro grau incompleto e completo e o 3º grupo, com 19 pacientes com o segundo grau incompleto, completo e nível superior. No 1º grupo, 92% tinham conhecimento do valor da sua PA. Desses, 82,60% referiu ter aferido a PA pelo menos uma vez por mês, 8,69% referiu ter aferido a PA de 3 em 3 meses, 4,34% referiu ter aferido a PA de 6 em 6 meses e 4,34% nega ter aferido a PA no ultimo ano. No 2º grupo, 81,57% tinham conhecimento do valor da sua PA. Desses, 59,67% referiu ter aferido a PA pelo menos uma vez por mês, 16,12% referiu ter aferido a PA de 3 em 3 meses, 12,90% referiu ter aferido a PA de 6 em 6 meses e 11,29% nega ter aferido a PA no ultimo ano. No 3º grupo, 84,21 % tinham conhecimento do valor da sua PA. Desses, 68,75% referiu ter aferido a PA pelo menos uma vez por mês, 6,26% referiu ter aferido a PA de 3 em 3 meses e 6,25% referiu ter aferido a PA de 6 em 6 meses. Dos pacientes do 1º grupo que tinham conhecimento do valor da sua PA, 8,69% consideraram um valor normal para PA acima de 120/80 mmHg. Dos pacientes do 2º grupo 6,55% consideraram acima de 120/80 mmHg. Dos pacientes do 3º grupo 12,5% consideraram acima de 120/80 mmHg. Por fim, a maioria dos pacientes dos 3 grupos mostraram uma preocupação em aferir a pressão arterial pelo menos uma vez por mês. Isso provavelmente ocorra devido a necessidade vista pela população estudada em manter valores adequados para pressão arterial e assim evitar agravos decorrentes oriundos da hipertensão. 631 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-507 Síndrome Hemolítico – Urêmica pós parto: Relato de Caso Lindenberg AB Petrucio, WS Petruccelli, KCS Schramm, AMM Brandão, ARJ Azevedo, SRG Pereira, LS Silva, WTS Tavares, ARS Brandão, HCS Couceiro KDN Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade Federal do Amazonas Amazonas Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas, Introdução: A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) apresenta-se como um grupo heterogêneo de desordens caracterizadas por anemia hemolítica microangiopática, plaquetopenia e insuficiência renal (IR) aguda. Ocorre comumente na primeira infância, grávidas, puérperas ou em pacientes submetidos à quimioterapia. Objetivo: Descrever um caso de uma paciente diagnosticada com SHU submetida à conduta com hemodiálise (HD) em um serviço particular na cidade de Manaus – AM. Relato de Caso:Paciente do sexo feminino, 27 anos, apresentou, no 5º dia pós-parto, astenia, mal estar geral, epigastralgia e náuseas. Evoluiu com piora da dor e com dispneia aos médios esforços. No 22º dia pós-parto realizou endoscopia digestiva alta, mostrando gastrite enantematosa. Houve nos dias seguintes progressão do desconforto respiratório e oligúria. Deu entrada na emergência de um hospital particular, sendo recebida com dispnéia (FR=32irpm), apresentava-se hipocorada (3+/4+) e edema de membros inferiores. Ao exame, ausculta com estertores bolhosos pulmonares difusos, bulhas cardíacas hipofonéticas e exame tocoginecológico sem alterações. Apresentava anemia (Hg= 10,9g/dl e Ht=30,20%), leucocitose (27.500 leucócitos, à custa de segmentados), e 293.000 plaquetas. Os demais exames demonstraram: uréia 317mg/dl; creatinina 21,0mg/dl; bilirrubina total, direta e indireta normais; AST 26,0U/L; ALT 46,0U/L. Dentre os exames de imagem, a radiografia de tórax mostrava quadro compatível de congestão pulmonar bilateral, ecocardiografia com acinesia de parede medial inferior, ântero-septal, ínfero-septal e inferior, fração de ejeção de ventrículo esquerdo 19% , congestão venosa sistêmica e a ecografia abdominal total compatível com nefropatia parenquimatosa bilateral. A paciente evolui com melhora clínica após HD, porém, posteriormente, apresentou plaquetopenia. Foi então realizada biópsia renal compatível com diagnóstico de SHU. Associado à HD foi realizado também plasmaférese em dias alternados por uma semana. Após melhora clínica e laboratorial (creatinina 5,0mg/dl e uréia 162mg/dl), paciente recebeu alta hospitalar e continua em tratamento com HD convencional em dias alternados. Conclusão: É importante que a equipe médica esteja atenta a quadros clínicos atípicos e diagnósticos sindrômicos para assim oferecer ao paciente a possibilidade de um diagnóstico e tratamento intervencionista precoce, aumentando assim a sobrevida dos mesmos e minimizando as chances de sequelas graves, como a IR crônica. 632 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-532 Effect of the appliance of bone marrow mesenchymal stem cells (MSC) in rats with acute kidney injury (AKI) due to sepsis Joelma Santina Christo,Luciana Aparecida Reis,Paulo Gustavo Maciel Lopes,Nestor Schor UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP, Nephrology1,Divisions. UNIFESP/ EPM, São Paulo, Brazil. Introduction: Sepsis is one of the most commonly related causes of death in ICUs around the world. Among these patients, the major renal issue related to increased mortality is the acute kidney injury (AKI), affecting up to 30% of septic patients in ICUs. Recent studies suggest that ischemic tubular epithelial injury, the main pathophysiological mechanism of the AKI due to sepsis, can be prevented or repaired by the therapy with mesenchymal stem cells derived from bone marrow. This study aims to evaluate this effect. Methods: The BMSC were characterized for FACS analysis and then, differentiation into adipocytes and osteocytes. After, the cells were cultured and used 4th passages for all experiment. The female Wistar rats received E.coli (109) renal puncture (E.coli group) or PBS (CTL) in a single dose intrarenal (N=06). After 24, 48, 72 hours the female rats received i.v BMSC (1X106cells) or injection, 1 doses. Then, blood and 24, 48 and 72 hours urine were collected for urea and creatinine. Results: After 24 hours was observed increased of creatinine and urea in E.coli group when compared to CTL (1.3 ± 0,1 vs. 0.9±0,1 mg/dl p<0.05) and urea (92.1± 0.2 vs. 40.6±0.1 mg/dl p<0.05). The E.coli+BMSC groups, observed a decrease Creatinine and Urea serum after 24 hours (0.8±0.3 and 76.1±0.1 mg/dl p<0.05) after 48 hours (0.9±0.2 and 46.5±0.2 mg/dl p<0.05) and after 72 hours (1.0±0.2 and 58.0±0.1 mg/dl p<0.05). Conclusion: Cell therapy with MSC is a promising treatment of AKI due to sepsis, particularly due to its repairing effect with rapid onset when administered soon after the disease detection. The following of the study is justifyed, particularly with regard to better understanding of the repairment potential at the previously designated points Grants from: FAPESP, CAPES, CNPq and FOR. 633 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-331 Projeto soRIMdo – Incidência de patologia renal assintomática na cidade de Manacapuru, Amazonas (AM) Petrucio, WS,Lindenberg, AB,Petruccelli, KCS,Schramm, AMM,Brandão, ARJ,Azevedo, SRG,Pereira, LS,Silva, WTS,Tavares, ARS,Brandão, HCS,Couceiro, KN Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: É conhecido atualmente que cerca de um em cada 10 adultos é portador de doença renal crônica (DRC). Em muitos casos o diagnóstico precoce e o tratamento da doença nas suas fases iniciais podem ajudar a prevenir que a doença progrida para fases mais avançadas, inclusive com a necessidade de terapia renal substitutiva (TRS). Objetivos: Identificação de patologia renal crônica assintomática na cidade de Manacapuru, estado do Amazonas e posterior acompanhamento ambulatorial destes pacientes. Casuística e Métodos: Recebemosos pacientes sob demanda espontânea, em um único dia. Foi aplicado um questionário dirigido aos principais sintomas e sinais da patologia renal e seus fatores de risco. Os presentes foram então submetidos à exame de urina (Dipstick test), teste de glicemia, avaliação antropométrica, nutricional e, uma vez tendo sido documentadas alterações sugestivas da patologia em questão, os pacientes foram encaminhados ao ambulatório especializado. Resultados: Foram atendidos 196 pacientes, sendo que destes, 50 (25,51%) eram do sexo masculino e 146 (74,49%) do sexo feminino. No questionário, a dor lombar foi o sintoma mais relatado pelos pacientes com 69,38% (136), seguido pela artralgia com 67,85 (133). O sintoma de estrangúria foi um sintoma relatado por 29 pacientes (58%) do sexo masculino. Nos antecedentes médicos pessoais, a infecção do trato urinário foi item confirmado por 136 entrevistados (69,38%), seguido da malária com 40,81% (80). 83 pacientes (42,34%) do total tinham diagnóstico de hipertensão e 21,42% (42) de diabetes mellitus (DM). Houve ligeira prevalência maior do tabagismo (34,18%) com relação ao etilismo (21,42%). Com relação ao Dipstick test, foram encontrados 91 pacientes (46,42%) com pelo menos 1+ de proteinúria e pelo menos 1+ de glicosúria em 47 testes (23,97%). Com relação à glicemia capilar, 23 pacientes (11,73%) estavam com glicemia superior a 200mg/dl, onde neste último, encontramos valores de até 437mg/dl. Por fim, aferiu-se a pressão arterial, 26 (13,26%) classificaram-se como limítrofe, 15 (7,65%) como hipertensão estágio 1, 14 (7,14%) pacientes no estágio 2 e 16 (8,16%) pacientes no estágio 3. Conclusão: Verificou-se uma porcentagem alta de pacientes já com algum grau de doença renal, uma vez que proteinúria foi encontrada em mais de 46,32% dos entrevistados. O diagnóstico precoce da DRC aliadas ao tratamento das suas complicações e comorbidades são estratégias fundamentais no manuseio adequado dessa patologia. 634 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-138 PREVALÊNCIA DE ANEMIA E FATORES ASSOCIADOS EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS HEMODIALISADOS SANTOS EJF,PORTELA LLC,SANTOS AM,SALGADO-FILHO N, LAGES JS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS Introdução: Os pacientes com anemia apresentam fadiga, redução na capacidade de realizar exercícios, redução da libido e função cognitiva (SCHRIER, 2007). Nos pacientes com doença renal Crõnica DRC, a anemia contribui para morbimortalidade, reduzindo a qualidade de vida destes pacientes (EBBEN, 2006). Objetivos: Determinar a prevalência e identificar os fatores associados à anemia em pacientes hemodialisados.CASUISTICA: A anemia é considerada como importante fator de risco para hipertrofia ventricular e para o aumento da morbimortalidade cardiovascular (FOLEY, 2006). Métodos: Trata-se de um estudo analítico longitudinal. A coleta de dados ocorreu no período de 6 meses, a Anemia é definida como nível de hemoglobina inferior a 11 g/dL, o nível de hemoglobina alvo a ser considerado neste estudo é de 11 a 12g/dL. Para estimar os fatores de risco foi utilizado um modelos de regressão longitudinal uni e multivariado. Resultados: A amostra identificada foi de 147 pacientes (50,34% do sexo masculino), a média de idade foi de 47,52 ±13,98 anos, em relação às co-morbidades, 87.76% dos entrevistados possuíam hipertensão, 32.41% eram diabéticos e 28,4% eram hipertensos e diabéticos. Foram identificados como fatores protetores para anemia; a idade, o HCM e a contagem de hemácias, sendo que a cada acréscimo de um ano na idade a probabilidade de estar anêmico diminui 2,8%, o aumento em uma unidade HCM a essa probabilidade diminui 82.6% e a acréscimo de uma hemácia na contagem diminui a prevalência de anemia em cerca de 0.001%. A dosagem da PCR e a dose de EPO foram identificados como fatores que aumentam o risco de estar anêmico, com o acréscimo de uma unidade na PCR dosada o risco eleva-se em 0.46% e a cada acréscimo de uma unidade medida, a Dose mensal de Eritropoetina (U/KG) eleva a probabilidade de estar anêmica em 0.006 %. Conclusões: A anemia é evento comum, a Identificação desses parâmetros associados ao estado anêmico podem ser avaliadas na prática clínica, de modo que ajudem esses pacientes a atingirem níveis de hemoglobina adequados. REFERÊNCIAS:EBBEN, J P, Et al. Hemoglobin level variability: associations with comorbidity, intercurrent events, and hospitalizations. C. J. American Society of Nephrology, 2006. FOLEY, Robert N. Do we know the correct hemoglobin target for anemic patients with chronic kidney disease? Clinical Journal of the American Society of Nephrology, v. 1, p.678-684, 2006. SCHRIER, Stanley L. Anemia of chronic disease (anemia of chronic inflammation). Disponível em: <http://www. uptodate.com> Acesso em: 03 ago. 2007. Tabela 1. Prevalência mesal dos níveis de hemoglobina dos pacientes em hemodiálise estudados (N=147) Hemoglobina (g/dl) 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês > 12,5 (%) 26,71 26,71 19,86 25,34 17,81 12,33 11 - 12,5 (%) 28,77 32,19 28,08 37,67 26,71 27,44 < 11 (%) 44,52 41,10 52,05 36,99 55,48 60,27 635 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-365 Expressão de Hamartina e Tuberina em Modelo in vitro de Tubulogênese Crysthiane Saveriano Rubião,Luiz Fernando Onuchic,Luciana Amaral Haddad Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo O complexo da esclerose tuberosa é causado por mutações em um de dois genes, TSC1 ou TSC2, que codificam, respectivamente, hamartina e tuberina. Tais proteínas formam um complexo macromolecular citosólico, capaz de regular proliferação, diferenciação, crescimento e migração celular. Neste estudo avaliamos os efeitos de componentes da matriz extracelular e de HGF, EGF, bFGF e PDGF sobre o processo de tubulogênese in vitro, assim como o perfil de expressão de hamartina e tuberina em células IMCD, sob cultivo bi (2D) e tridimensional (3D). Em culturas utilizando colágeno I, o uso dos fatores de crescimento citados se acompanhou da formação de estruturas alongadas após 2 dias in vitro (DIV). HGF e PDGF se associaram a um número menor de ramificações por estrutura que o controle apenas com meio de cultura completo (3,13±1,18 e 3,24±2,43, respectivamente, vs 4,76±2,52; p<0,005 e p<0,01). Não observamos diferença entre bFGF ou EGF e o controle. As estruturas alongadas formadas entre 7 e 11 DIV não foram sugestivas de formação luminal. Em Matrigel 3D, HGF induziu a formação de estruturas ramificadas e aglomerados celulares após 4 DIV. Resultados preliminares com um sistema 3D alternativo empregando Matrigel/colágeno I, HGF e células IMCD sugerem a formação de estruturas tubulares com lúmen bem delimitado. Análises por imunofluorescência em sistema 2D revelaram marcação citoplasmática difusa e granular para hamartina, e um padrão citoplasmático, difuso, denso e granular para tuberina, consistentes com colocalização citoplasmática das duas proteínas. Em sistema 3D, a tuberina acompanhou-se de marcação citoplasmática, difusa e granular, enquanto a hamartina se associou a expressão subcelular compatível com polaridade em algumas preparações. Análise por western blotting revelou maior expressão quantitativa para tuberina que para hamartina no sistema 2D. Nossos Resultados demonstram expressão de tuberina e hamartina em células IMCD no modelo empregado e revelam aspectos específicos de seus perfis de expressão subcelular. O cultivo em 3D de tais células permite mimetizar condições in vivo de tubulogênese, condições aparentemente atingidas em nossos experimentos em curso. A Conclusão das análises morfológicas de tais estruturas, assim como dos perfis de expressão de marcadores de polaridade celular, permitirá a Conclusão das análises de expressão de tuberina e hamartina neste modelo de tubulogênese em diferentes níveis, assim como da interação entre tais moléculas. 636 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-589 The bone marrow-derived mesenquimal stem cells (BMSC) repair the acute kidney injury (AKI) induced by acyclovir. Joelma Santina Christo,Douglas Rene de Alencar,Luciana Aparecida Reis,Nestor Schor UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP, Nephrology1 UNIFESP/ EPM, São Paulo, Brazil. Introduction: The Acyclovir is an antiviral drug used to treat herpes simplex type 1 and 2 and varicella zoster. This drug is widely distributed in all body tissues, being very high in the kidneys, which may induce nephrotoxicity characterized by an acute injury, with the expected increase in creatinine and urea resulting from the reduction, glomerular filtration and its anatomical substrate pathological acute tubular necrosis. Several groups have reported the contribution BMSC in repair processes employing different animal models. The aim of this study was to investigate if the BMSC can attenuate tubular damage in this sepse model acute renal injury. Methods: The BMSC were characterized for FACS analysis and then, differentiation into adipocytes and osteocytes. After, the cells were cultured and used 4th passages for all experiment. The female Wistar rats received acyclovir (80mg/Kg/BW) (Acyclovir group) or water (CTL) in a dose intraperitoneally (N=10) during 5 days. After 48, 72 hours, the female rats received iv BMSC (1X106cells). Then, blood and 24 hours blood were collected for urea (U), creatinine (Cr) evaluations. The animals were sacrificed and kidneys were perfused and removed for histology. It was observed that Cr increased in acyclovir group (1.7± 0.1 mg/dl) and U (174.5±0.2 mg/dl p<0.05) when compared to CTL (0.7±0.01cr and U 56.0±0.1 mg/dl p<0.05) after 5 days of treatment with acyclovir. The Acyclovir+BMSC groups, observed a decrease Cr and U serum after 48 hours (Cr 1.3±0.1 Acyclovir vs Acyclovir+ BMSC 0.9±0.2 and U 143.5±0.2 vs Acyclovir+ BMSC 89.2±0.2 P< 0.05), 72 hours ( Cr 1.7±0.1 Acyclovir vs Acyclovir+ BMSC 1.0±0.11 and U 174.5±0.2 Acyclovir vs Acyclovir+ BMSC 112.9±0.01 P< 0.05) when compared to in acyclovir groups. After 5 days of treatment with acyclovir was observed glomerular congestion, cell damage, tubular dilation and pyknotic nuclei. The acyclovir+BMSC after 48 and 72 hours, histological analysis was observed glomerulos and tubule changed less with dilation of the lumem and less cell.Conclusion: These results strongly suggest that BMSC minimize AKI induced by acyclovir. . This protocol can be a potential tool for treatment of this disease with impressive high morbid- mortality.Grants from: FAPESP, CAPES, CNPq and FOR. 637 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-456 Associação entre IMC e HAS: importância da prevenção e tratamento da obesidade para controle da pressão arterial Figueiredo BB,Silva MC,Freitas MM,Raslan MP,Freire ES,Sarkis DJ,Novaes MLO,Vitoretti AV,Lemos TL,Bastos MG,Marinho VT,Machado AL,Pereira PML, Knop AL, Oliveira MTL Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Rio de Janeiro,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: A obesidade é um fator de risco independente para a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Considerando-se a necessidade da adoção de medidas terapêuticas não-farmacológicas anti-hipertensivas, é primordial a prevenção e tratamento da obesidade como meio de diminuição dos níveis pressóricos na população. Objetivos: Associar obesidade e prevalência de HAS através da determinação do percentual de hipertensos por faixa de Índice de Massa Corporal (IMC). Casuística e Métodos: Estudo transversal com amostra aleatória simples com um grupo de 188 pacientes, com idade mínima de 18 anos, que foram abordados pelo projeto Cuidar da Liga Pré-Renal da Universidade Federal de Juiz de Fora, no ano de 2011. Os dados foram coletados a partir de visitas domiciliares realizadas por acadêmicos dos diversos cursos da área da saúde. Os participantes foram avaliados quanto ao IMC e foi realizada uma entrevista na qual se abordava, dentre outros fatores, história pessoal de hipertensão arterial. Resultados: Na amostra observada verificou-se 66,89% de pessoas acima do peso (sendo 42,21% com sobrepeso e 24,68% obesos). A pesquisa também permitiu a constatação de que em faixas etárias mais elevadas, tem-se uma maior frequência de indivíduos com IMC insatisfatório. A média da idade de pessoas com sobrepeso é de 51,62 anos; de obesos é de 46,74 anos; enquanto que abaixo do peso é de apenas 23,33 anos. Por fim, destaca-se a relação entre obesidade e a prevalência de HAS. Em indivíduos abaixo do peso, não há hipertensos; pessoas com IMC normal, 18,75% são hipertensos; na faixa do sobrepeso, há 55,38% de indivíduos com HAS; e entre os obesos, 50% são hipertensos (sendo: obesidade tipo I, 37,04% de hipertensos; obesidade tipo II, 77,77% de hipertensos; obesidade tipo III, 100% de hipertensos). Conclusão: A análise dos dados deste estudo ratifica a informação de que a hipertensão arterial é mais prevalente em indivíduos acima do peso (sobrepeso e obesos). Com isso, a prevenção e o controle da obesidade adquirem destaque, e, assim, profissionais de saúde, aliados aos pacientes, podem intervir com o intuito de fazer um diagnóstico precoce da HAS, evitando sua progressão e consequentes complicações. 638 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-35 Avaliação funcional pulmonar de pacientes em hemodiálise em um centro de diálise da cidade de Manaus, Amazonas (AM) Brandão HCS,Silva ACS,Adorno AB,Cardoso MSL,Petrucio WS,Lindenberg AB,Petruccelli KCS,Schramm AMM,Brandão ARJ,Azevêdo SRG,Tavares ARS,Pereira LS,Silva WTS,Couceiro KN Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição caracterizada pela perda da capacidade de manutenção da homeostase pelos rins. O tratamento consiste na terapia de substituição, que possui 2 modalidades principais, a hemodiálise (HD) e a diálise peritoneal. O sistema respiratório é afetado tanto pela doença quanto pelo seu tratamento. Várias alterações respiratórias são descritas, como fraqueza muscular, distúrbios da mecânica respiratória, redução da capacidade de difusão pulmonar e edema pulmonar. Alterações espirométricas consistem principalmente em distúrbios respiratórios restritivos de leve intensidade. Complicações também são freqüentes, como fibrose pulmonar e pleural, calcificação pulmonar e derrame pleural. Objetivo:Analisar as repercussões da HD na função respiratória em um grupo de pacientes portadores de IRC em tratamento com HD na em uma clínica especializada em nefrologia na cidade de Manaus, Amazonas. Casuística e Métodos: Estudo transversal e qualitativo, no qual foi aplicado um questionário para avaliação das causas da falência renal e tempo de HD. Foram também realizadas espirometrias e medidas da saturação de oxigênio pré e pós HD para caracterização de possível distúrbio respiratório. Na comparação das proporções foi calculado o qui-quadrado de Pearson e na comparação das médias o teste de Student. Resultados:Do total de pacientes estudados (n=30), 46,9% eram do sexo masculino e 53,1% do sexo feminino, com media de idade de 36,4 ± 13,3. Quanto ao tempo de tratamento dialítico, observou-se que o mesmo variou com uma mediana de 6,5 anos. Foi constatado que as principais causas IRC nesses pacientes foram hipertensão arterial sistêmica (15,6%), e IRC de causa não especificada (28,1%). A análise dos dados espirométricos mostrou que houve melhora da função pulmonar pré e pós HD, evidenciado pelo aumento de 15,7% na percentagem de laudos normais após a sessão. Os dados obtidos da oximetria mostraram uma diferença de 0,69% na saturação de oxigênio antes e após HD. Conclusão: Portanto, não houve diferença estatística significativa na saturação de oxigênio, visto que os valores pré e pós HD mostraram-se semelhantes. Além disso, verificou-se que a HD além de exercer suas funções próprias, ainda exerce benefícios para a função pulmonar, evidenciada pela melhora das variáveis e dos dados espirométricos após uma sessão. 639 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-743 Tratamento com diurético tiazídico melhora a densidade mineral óssea de crianças com Hipercalciúria Idiopática? Penido MGMG,Tavares MS,de Paula MGP,Marinho LL,Araújo IL,Silva IM,Milanez LA,Costa AJLF,Machado EG Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte Introdução: Até a presente data não existem evidências científicas sobre a necessidade de terapia anticalciúrica, sua natureza ou duração em crianças com hipercalciúria idiopática (IH). Objetivo: Especular se diurético tiazídico tem papel benéfico sobre a massa óssea de crianças com IH. Casuística e Métodos: Foram acompanhadas 40 crianças com IH (62,5% masculinos), com idade media de10,5 ± 3,5 anos, com uma mediana de tempo de acompanhamento de 6,0 anos (4,5-8,3). Abordagem inicial consistiu de modificações dietéticas durante 4 meses (ingestão elevada de líquidos, ingestão normal de cálcio, proteína, sódio e potássio). Em caso de não normalização da excreção de cálcio, citrato de potássio foi iniciado (0,5-1,0 mEq/kg/dia), juntamente com as medidas dietéticas durante 2 meses. O tratamento com diurético tiazídico era iniciado (0,5-1,0 mg/kg/dia), combinado com citrato de potássio, se não houvesse normalização dos níveis de calciúria após 2 meses de tratamento apenas com o citrato de potássio, e/ou se os sintomas persistissem. O tratamento com citrato de potássio ou com citrato de potássio e tiazídico foi mantido por pelo menos um ano. Densitometria óssea inicial (DO) foi realizada quando o paciente iniciou o tratamento com citrato de potássio, e DO final foi realizada no final do seguimento. Nove pacientes tomaram citrato de potássio isoladamente (G1) e 31 receberam tiazídico e citrato de potássio (G2). Resultados: Não houve diferenças no escore Z do índice de massa corpórea, na idade e nos parâmetros bioquímicos entre G1 e G2 antes e após o tratamento. O escore Z da densidade mineral óssea (DMO) da coluna lombar (L1-L4) aumentou significativamente após o tratamento em G2 (de -1,7 para -1,4; p=0,04) e não houve melhora no G1 (de -1,3 para -1,6; p=0,16). Foi utilizado o U-teste de Mann-Whitney. Conclusões: Nossos Resultados apontam para um efeito benéfico dos tiazídicos na DMO de crianças com IH. Com base nesses Resultados, podemos especular se os tiazídicos têm papel sobre a massa óssea e se o balanço positivo estável de cálcio pode ter impacto na aquisição do pico máximo de massa óssea. Estudos prospectivos controlados e randomizados são necessários para verificar se o tratamento com tiazídicos em crianças com IH impedirá o comprometimento da massa óssea na idade adulta. 640 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-149 Qualidade de vida e disfunção sexual de pacientes masculinos diabéticos e não diabéticos com doença renal crônica submetidos à hemodiálise. Bernardes TP,Ramos YS,Borges ERC,Moura FJD,Gatto GC,Filho PMO, Barcelos FL,Silva EVC,Sebba GJ,Teixeira BP,Costa FB,Medeiros IN,Studart MMMQ,Barbosa ML,Silva MAM,Santos ES,Vieira MG,Veiga JPR Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília Introdução. Pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise apresentam redução da qualidade de vida e alta prevalência de disfunção erétil em decorrência de inúmeros fatores próprios da DRC, das drogas utilizadas e da diálise associada. A diabete melito com suas diversas complicações, incluindo as neurológicas, adiciona mais fatores que podem agravar a qualidade de vida e a disfunção sexual nesse grupo de pacientes. Objetivos. Comparar, em estudo transversal, a qualidade de vida e a disfunção sexual de pacientes masculinos, diabéticos e não diabéticos, em hemodiálise no Serviço de Nefrologia do Hospital Universitário de Brasília, DF. Casuística e Métodos. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética da Instituição. Foram selecionados 58 pacientes masculinos em hemodiálise há mais de um ano, diabéticos (n=11) e não diabéticos (n=47) que assinaram consentimento livre e esclarecido concordando em participar da pesquisa. Foram aplicados os questionários SF-36 e o Índice Internacional de Disfunção Erétil (IIDE). Os exames laboratoriais colhidos no mês de aplicação dos questionários foram obtidos dos prontuários médicos dos pacientes. Os pacientes selecionados estavam estáveis, sem comorbidades agudas e, no período do estudo, estavam recebendo eritropoetina, hidróxido de ferro, quelantes de fósforo e calcitriol conforme a prescrição médica. A maior parte dos pacientes estava em uso de bloqueadores de enzima de conversão ou bloqueador AT1 e/ou bloqueadores de canal de cálcio. Seis pacientes do grupo não diabético estavam em uso de betabloqueadores. Resultados. A idade, os domínios do SF-36, as concentrações séricas da hemoglobina, albumina, ferritina, proteína c reativa, paratormônio, produto cálcio x fósforo e o Ktve não foram significativamente diferentes entre os diabéticos e não diabéticos (p>0.05). No IIDE, a pontuação dos quesitos, representados como média (Intervalo de confiança da média), a saber, a função erétil 20,53(18,51-22,55) versus 12,00(5,36-18,63) p=0,0015; Satisfação com a relação sexual 9,97(8,90-11,05) versus 6,60(2,84-10,36) p=0,0174; e o Total 51,66(47,02-56,30) versus 35,70(20,38-51,02) p= 0,0087 foi significativamente maior nos não diabéticos (teste t). Conclusões. Em pacientes com DRC submetidos ao procedimento de hemodiálise crônica a disfunção sexual avaliada pelo IIDE foi maior nos diabéticos, sendo indicativo do possível papel da diabete melito no agravamento da disfunção erétil nesse grupo de pacientes. 641 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-596 A NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE: UMA QUESTÃO DE COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA? - IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS E SOCIAIS A NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE: UMA QUESTÃO DE COMPREENSÃO DIAGNÓSTICA? - IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS E SOCIAIS ELISA AIRES LEITE,CLAUDIA DE OLIVEIRA PEREIRA CLINEF - RJ,CLINEF - RJ Introdução: No acompanhamento de pacientes submetidos à tratamento de hemodiálise aparecem repetições nos padrões de conduta daqueles que não seguem adequadamente as recomendações da equipe, causando um comprometimento na estabilização do paciente. O que os leva a apresentar um comportamento incompatível à prevenção de complicações, mesmo sabendo dos riscos que isso acarretaria? Este trabalho busca abordar a falta de adesão ao tratamento e sua relação com o entendimento diagnóstico. As hipóteses seriam: dificuldade de compreensão diagnóstica ou resistência de aceitação da doença. Objetivos: Situar as implicações do grau de entendimento diagnóstico e sua relação com a não adesão de alguns pacientes ao tratamento de hemodiálise.Casuística e MÉTODO: Aplicação de pesquisa qualitativa em 30 pacientes portadores de insuficiência renal crônica e em tratamento de hemodiálise, encaminhados para o serviço social e de psicologia por apresentar um padrão de excesso de faltas constatado por três meses consecutivos. Foram avaliados por atendimentos individuais no serviço social e de psicologia da CLINEF – Clínica de Nefrologia Santa Tereza LTDA, no período de janeiro de 2011 a abril de 2011. Os critérios de avaliação abordavam o grau de entendimento do diagnóstico, e informações sobre a doença e o tratamento. Resultados: A pesquisa foi dividida em duas etapas; identificação e motivação. Os Resultados obtidos dividiram os pacientes em três grupos. 1- pacientes que declaram ter bom conhecimento da doença e do tratamento. 2- os que optam não ter nenhum tipo de informação da doença e tratamento. 3- os que têm dificuldade de entendimento sobre o que se trata a doença. Após a primeira etapa, as entrevistas abordaram as motivações psicológicas e sociais dos pacientes. Dentre as causas; a distância entre clínica e residência, e a dificuldade de aceitação da doença. Conclusão: Após a primeira etapa do trabalho onde os pacientes relatam objetivamente sua compreensão diagnóstica, passam a discorrem a respeito da sua relação subjetiva com o tratamento. Foi constatado que os pacientes que se recusam a saber o que é o tratamento, tem uma dificuldade maior de se desvincular de desculpas externas para sua não adesão ao tratamento. Apesar de não ser o fator principal para a aderência, um entendimento maior do que é a doença permite ao sujeito elaborar uma diferente maneira de saber lidar com seu novo lugar subjetivo. 642 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-164 Tuberculose em pacientes dialíticos: série de casos diagnosticados em um centro de Hemodiálise em Salvador-BA Gama LL,Viana AA,Brandão OMMS,Ataide SC Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia Salvador BA,Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia, Salvador BA,Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia, Salvador BA,Hospital Universitário Professor Edgard Santos, Universidade Federal da Bahia, Salvador BA Pacientes em hemodiálise têm risco aumentado para o desenvolvimento de tuberculose (TB) ativa, uma vez infectados pelo M. tuberculosis. Este risco é seis a 25 vezes maior que o da população geral. No ano de 2011 foram diagnosticados três casos de TB na unidade de hemodiálise do HUPES (Hospital Universitário Prof. Edgar Santos) em Salvador-BA. O primeiro tratava-se de TB pulmonar em paciente de 60 anos, com febre, tosse produtiva, Rx de tórax com cavitação em ápice e baciloscopia no escarro positiva. Dois novos casos foram diagnosticados em seqüência, um de TB ganglionar e outro pleural. Os três foram tratados com esquemas alternativos para TB por nove meses. A partir desses casos, realizou-se triagem de todos os pacientes do centro de hemodiálise (total de 28), com reação de Mantoux (PPD) e radiografia de tórax. Nenhuma radiografia mostrou alteração sugestiva de TB, quatro dos pacientes apresentaram PPD forte reator (>10 mm), dois deles foram tratados com Isoniazida por seis meses para TB latente. Os outros dois possuíam PPD forte reator, atribuído a TB extra-pulmonar, previamente tratada. Em acordo com a literatura, a apresentação clinica da TB ativa nesta população é freqüentemente atípica, e com envolvimento extra-pulmonar. Não foi possível inferir se houve relação de contágio entre os casos, diante da ausência de testes de triagem prévios negativos e de culturas com identificação da mesma cepa. Os casos de TB extra-pulmonar, possivelmente resultaram da reativação de TB latente, comum nestes pacientes. É importante ressaltar que o screnning com PPD para TB latente em imunossupressos apresenta alta taxa de falso negativo, dificultando o diagnóstico. No Brasil, não há rotina para a utilização de testes mais específicos como os IGRAs (gamma interferon release assays). Uremia é comumente associada a anorexia, fadiga e desnutrição, sintomas inespecíficos, que podem sobrepor-se aos sintomas iniciais da TB, retardando a sua suspeita e tratamento. Os nefrologistas que atuam em serviços de hemodiálise devem estar atentos, não só aos casos sintomáticos respiratórios, quanto as enfermidades inexplicadas com combinação de febre prolongada e anorexia, perda ponderal, linfoadenomegalias, hepatomegalia, ascite ou derrame pleural, a fim de minimizar o risco de diagnóstico tardio e disseminação entre pacientes e funcionários. 643 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-626 INSERÇÃO DO FARMACÊUTICO NO AMBULATÓRIO MULTIPROFISSIONAL DE PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA SANTOS EJF,PORTELA LLC,FONTENELE AMM,SALGADO-FILHO N HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS,HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO SÃO LUIS Introdução: No contexto da atenção farmacêutica, o cuidado farmacêutico é a mudança de ênfase/foco do medicamento para o indivíduo. O cuidado farmacêutico inclui: (1) a identificação de uma necessidade social, (2) o enfoque centrado no paciente, (3) a identificação, resolução e prevenção dos problemas da terapêutica farmacológica (Cipolle e col. 2006). O seguimento Farmacoterapêutico é delineado por ações sistemáticas da busca e resolução de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), Em 2002 foi publicado, no 2º Consenso de Granada, resultante das discussões de pesquisadores em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada, que o problema relacionado com medicamento é definido como um problema de saúde vinculado com a farmacoterapia, que interfere ou pode interferir nos Resultados esperados de saúde desse paciente. CASUÍSTICA: A atenção farmacêutica é um passo importante para a adesão ao medicamento e resolução dos PRM nos grupos de risco para desenvolver Doneça Renal Crônica Objetivo: Relatar a experiência do farmacêutico no ambulatório multiprofissional de Prevenção da Doença Renal Crônica(DRC). Métodos: Os pacientes hipertensos ou diabéticos assistidos pelo ambulatório de prevenção de Doenças Renais são encaminhados ao farmacêutico após o atendimento médico. Resultados: Durante o seguimento as prescrições são revistas e as dúvidas sobre posologia e terapêuticas são discutidas. Constantemente são identificados problemas relacionados ao medicamento, sendo a falta de acesso a medicação o mais relatado, em uma ação conjunta com os profissionais médicos tem-se enfatizado que a automedicação traz muitos malefícios, principalmente em relação ao uso abusivo de antiinflamatórios não esteróides. O paciente é devidamente orientado sobre o uso de fitoterápicos e seus potencias riscos a saúde. Conclusões: A inserção do profissional farmacêutico é um passo importante para a promoção do uso racional e efetivo da farmacoterapia, a Atenção Farmacêutica é uma ferramenta que deve ser usada na obtenção de melhores Resultados clínicos na prevenção da DRC.REFERÊNCIAS : COMITE DE CONSENSO. Segundo Consenso de Granada sobre Problemas Relacionados com medicamentos. Granada, v.43, n.3-4, p. 179-187, 2002: CIPOLLE, R. J. Et al. Um novo exercício profissional. In: CIPOLLE, R. J.; STRAND, L. M.; MORLEY, P. C. O exercício do cuidado farmacêutico. Tradução de Denise Borges Bittar. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2006. 396 p 644 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-571 Perfil dos pacientes com injuria renal aguda em terapia intensiva na cidade de Manaus, Amazonas (AM), no ano de 2011. Brandão HCS,Duarte ACC,Lindenberg AB,Petrucio WS,Petruccelli KCS,Schramm AMM,Brandão ARJ,Azevêdo SRG,Tavares ARS,Pereira LS,Silva WTS, Correa SA,Couceiro KN Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas,Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição bastante frequente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), estando bastante associada à mortalidade intra-hospitalar. Objetivos: Delimitar o prognóstico dos pacientes, etiologia da internação, modalidade de tratamento hemodialítico realizado, presença de comorbidades ou doença renal prévia. Métodos: Revisão de prontuários e preenchimento de fichas cadastrais. Resultados: Dos pacientes analisados, 60% eram do sexo masculino. A média de idade ficou em 64,1 ± 17,9 anos, sendo que a faixa mais frequente foi de 60 a 69 anos. Com relação ao prognóstico, 60,4% dos pacientes foram a óbito, 19,5% cronificaram, 19,5% recuperaram a função renal e 1% foi transferido. A principal etiologia da internação foi a infecção (38%), seguida de sepse (33,2%), pós-operatório de cirurgia abdominal (9,2%) e pós-operatório de cirurgia cardíaca (8,7%). A modalidade de tratamento mais indicada foi a hemodiálise (HD) intermitente (77,7%), seguida de HD prolongada (17,7%) e HD contínua (4,6%). Quanto às comorbidades, 41,3% apresentavam hipertensão arterial, 33,2% diabetes, 11% doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 9,8% alguma neoplasia. A média do número de diálises foi de 8, sendo que a faixa mais frequente foi de 4 a 9 diálises. Conclusão: A IRA apresenta um grande problema na UTI, pois a maior parte dos pacientes apresenta prognóstico sombrio evoluindo para o óbito ou cronificação. A etiologia mais frequente em nosso serviço foi de origem infecciosa, correspondendo aos dados nacionais. O ideal ainda é prevenir a IRA, adotando-se medidas que preservem ou minimizem os danos renais no manejo desses pacientes críticos. 645 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-338 Resultados PRELIMINARES DO ESTUDO CLÍNICO PILOTO QUE COMPARA A DOSAGEM DA CREATININA EM PAPEL FILTRO COM O MÉTODO PADRÃO EM VOLUNTÁRIOS SILVA A. C. A,GÓMEZ J. F. B,GRACIANO M. L Hospital de Clínicas Niterói,Instituto Vital Brazil,Universidade Federal Fluminense As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de morte no mundo. Foram responsáveis por 63% dos 57 milhões de óbitos que ocorridos em 2008. A maioria desses óbitos – 36 milhões – foi devido às doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas. Mais de 9 milhões destas mortes ocorreram em pessoas abaixo de 60 anos. Esses óbitos considerados precoces ocorrem mais nos países de baixa e média renda como o Brasil. A doença renal crônica (DRC) ainda não faz parte do grupo principal das DCNT por ser considerada pela Organização Mundial de Saúde uma complicação das doenças cardiovasculares (DCV) e do diabetes. Entretanto, a elevada prevalência da DRC tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, a sua capacidade de aumentar o risco cardiovascular, diálise e morte, torna a DRC um problema mundial de saúde. Ações custo efetivas de prevenção e intervenção, como a melhoria da atenção à saúde, combate os fatores de risco reversíveis e diagnóstico precoce, permitem reduzir o impacto das DCNT. Visando facilitar o diagnóstico, JF Bencomo desenvolveu uma técnica inovadora para dosagem da creatinina que utiliza uma gota de sangue coletada em papel filtro. Três triagens populacionais já foram realizadas em grupos de 177, 688 e 113 pessoas. Os achados de creatininas elevadas por este teste foram respectivamente de 2,25, 3,05 e 11,5%. Um estudo piloto de validação comparando este teste com o método tradicional ainda não foi realizado. Assim, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina/Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense, foi iniciado em abril de 2012 o recrutamento de voluntários no Hospital de Clínicas Niterói para comparar a dosagem da creatinina em papel filtro com o método colorimétrico realizado pelo laboratório que atende ao hospital. Os voluntários são pessoas com um ou mais fatores de risco para doença cardiovascular (hipertensão arterial, diabetes, sobrepeso ou obeso, parente com DRC e idade acima de 50 anos). A coleta do sangue em papel filtro está sendo dosada no Laboratório Biomarc do Instituto Vital Brazil. O sangue para dosagem por método colorimétrico é coletado por venóclise e dosado no Laboratório Sérgio Franco. Os Resultados preliminares serão apresentados. 646 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-745 Urolitíase em crianças brasileiras e americanas: semelhanças e diferenças Penido MGMG,Tavares MS,Alon US,de Paula MGP,Freitas JN,Dorim DDR,Duarte NFV,Bilman V Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,Children’s Mercy Hospital Kansas City, Missouri, US,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte Introdução: Atualmente, a incidência e prevalência da urolitíase pediátrica estão aumentando. Objetivos: Devido à variabilidade na frequência de fatores etiológicos que causam a urolitíase pediátrica em diferentes partes do mundo, este estudo foi realizado para comparar as semelhanças e diferenças entre crianças brasileiras e americanas com este diagnóstico. Casuística e Métodos: Analisou-se os dados de 190 crianças brasileiras e 222 crianças americanas no momento do diagnóstico, obtidos de bancos de dados, acompanhadas de Janeiro de 1999 a Dezembro de 2010, no Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, MG e no Children’s Mercy Hospital em Kansas City, MO. Dados clínicos: idade ao diagnóstico, gênero, índice de massa corpórea (IMC) e técnica de imagem usada (ultrassonografia - US e tomografia computadorizada - TC). Urinas de 24h foram analisadas para volume, creatinina, cálcio, ácido úrico, citrato e oxalato. Sangue foi analizado para creatinina. eletrólitos e minerais. As avaliações foram realizadas pelo menos um mes após expulsão do cálculo e as crianças estavam em sua dieta habitual. Resultados: Conclusões: Houve maior prevalência de sobrepeso entre crianças americanas, entretanto, em nenhuma das duas populações a obesidade foi “per se” mais freqüente em pacientes com urolitíase em comparação com a população geral. Hipercalciúria e hiperuricosúria foram mais freqüente nas crianças brasileiras. No entanto, “oligúria”, hipercalciúria e relação cálcio/citrato alta foram as principais causas de urolitíase em ambas as populações. US foi a técnica de imagem preferida para diagnóstico, excluindo a possibilidade de utilização mais frequente da TC como razão para aumento da incidência da urolitíase pediátrica. Embora tenha sido observado diferenças entre as duas populações (provavelmente devido a diferenças geográficas, demográficas e nutricionais), as etiologias da urolitíase foram bastante semelhantes em ambas, justificando estudos colaborativos para enfrentar o problema. Gênero masculino Idade ao diagnóstico (anos) Escore Z IMC Sobrepeso (Escore Z>2) Técnica de imagem (US/TC) Volume urina (<1,0ml/kg/dia) Hipercalciúria (>4,0mg/kg/dia) Relação cálcio/citrato (>0,33) Hipocitratúria (<180mg/g creatinina) Hiperuricosúria (corrigido pelo RFG) Hiperoxalúria absortiva idiopática Cistinúria Sem anormalidades Crianças brasileiras (n=190) 51% 8,2±3,2 0,01 2% 98%/2% 49% 69% 41% 9,5% 9,5% 1,6% 1,0% 13% Crianças americanas (n=222) 48% 11,8±3,8 0,36 15% 73%/27% 63% 47% 54% 10% 6,4% 1,4% 0,5% 9,0% 647 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 p 0,001 0,00001 SESSÃO POSTER P-127 Osteodistrofia mamária em pacientes com doença renal crônica em terapia renal substutiva em um centro de diálise da cidade de Manaus, Amazonas (AM) Brandão HCS,Duarte ACC, Petrucio WS, Lindenberg AB, Petruccelli, KCS, Schramm AMM, Brandão ARJ, Azevêdo SRG, Tavares ARS, Pereira LS, Silva WTS, Couceiro, KN, Correa, SA Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas, Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) produz alterações metabólicas em diversos sistemas. Dessas alterações, a osteodistrofia é uma das mais precoces e freqüentes. Esta apresenta incidência elevada, instalação precoce e alta morbidade nas fases mais avançadas da IRC. Objetivos: Avaliar a presença de calcificações mamárias em pacientes do sexo feminino com IRC submetidas a terapia renal substutiva (TRS) em um centro de diálise da cidade de Manaus, AM. Seu melhor conhecimento possibilitará melhores medidas profiláticas para minimizar esse grave problema dos pacientes urêmicos. A doença óssea é devida, principalmente, aos efeitos do hiperparatireoidismo secundário, que em fase avançada pode produzir calcificações extra-ósseas. Casuística e metodologia: Foram selecionadas 40 pacientes do sexo feminino com IRC em tratamento com terapia renal substutiva em um centro de diálise da cidade de Manaus. Essas pacientes foram submetidadas a mamografia bilateral e exames bioquímicos (cálcio, fósforo, paratormônio). Resultados: Observou-se que 100% das pacientes apresentavam calcificação mamária, dessas 95%, estavam na classe 2 de BI-RADS (calcificações mamárias de caráter benigno). Além disso, observou-se que quanto maior a idade e o tempo dialítico, mais numerosas eram as calcificações. Conclusão: a calcificação mamária apresenta alta incidência nas mulheres em diálise. São necessaries estudos comparativos entre mulheres com DRC e sem DRC, acompanhamento adequado a essas pacientes, visto que os pacientes com DRC apresentam um maior risco para desenvolver neoplasia. 648 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-219 A importância dos testes de glicemia e proteinúria para a detecção precoce e tratamento de doença renal crônica Freitas MM,Figueiredo BB,Silva MC,Raslan MP,Freire ES,Sarkis DJ,Novaes MLO,Vitoretti AV,Lemos TL,Bastos MG,Marinho VT,Machado AL, Salgado LR,Goretti NC,Mendes JO,Cerqueira ANM,Gouvêa RPF Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Rio de Janeiro,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Sabe-se que o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é um dos principais fatores de risco para a Doença Renal Crônica (DRC). Desta forma, torna-se necessário a identificação precoce e tratamento do DM2, a fim de que se tomem medidas preventivas que garantam menor agravamento dessa afecção, bem como surgimento e progressão da DRC.Objetivos: Relacionar os valores glicêmicos entre pacientes com diagnóstico prévio ou não de DM2 e os valores da proteinúria coletados. Casuística e Método: Através de um estudo transversal com amostra aleatória simples, observou-se um grupo de 121 pacientes que procuraram orientações em um serviço de saúde composto por equipe multidisciplinar, em 11/03/2010, na cidade de Juiz de Fora-MG. Os participantes responderam a um questionário geral com dados sobre idade, história familiar e pessoal de hipertensão arterial, DM, doença cardiovascular e renal; realizou-se o teste de uroanálise em fita de imersão e de glicemia capilar; além da avaliação do peso, altura, circunferência abdominal e índice de massa corporal. Resultados: A média de idade dos 121 pacientes observados foi de 43,32, com desvio-padrão de 16,43. Dentre os 121, 111 não eram diabéticos previamente diagnosticados, sendo que 89,19% não apresentaram proteinúria; 2,7% apresentaram proteinúria 1(uma) cruz; 6,31% apresentaram proteinúria duas cruzes; e 1,80% apresentaram proteinúria três cruzes. Entre os que eram diagnosticados como diabéticos (10), 90% não apresentaram proteinúria e 10% apresentaram proteinúria duas cruzes. Entre os pacientes não diabéticos o valor da média de glicemia foi de 97,63mg/dL com desvio-padrão de 22,49; dentre os diabéticos, a média foi de 168mg/dL com desvio-padrão 106,98. Conclusão: Observa-se prevalência de pacientes diabéticos condizente com a definida nacionalmente, sugerindo a necessidade de atenção e cuidado voltados para essa comorbidade. Contudo, neste estudo não é possível estabelecer relação entre proteinúria e DM2, o que pode ser atribuído ao fato da amostra de diabéticos ser pequena. Vale ressaltar que não foi levado em consideração o subdiagnóstico do DM2. 649 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-281 Frequência de Doença Renal Crônica em indivíduos com sobrepeso ou obesidade em famílias atendidas pela Estratégia da Saúde da Família na Região Leste de Goiânia FONSECA TB,BATISTA SRR,NAGHETTINI AV,SANTOS KF,QUEIROZ AP,ROCHA MS,OLIVEIRA CCJ Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás,Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás Goiás Introdução: Nas duas últimas décadas, a prevalência de obesidade tem aumentado de forma preocupante em todo o mundo. Essa epidemia tem sido acompanhada por uma grande elevação no número de casos de Doença Renal Crônica (DRC). A obesidade cursa com alterações hemodinâmicas renais às quais, geralmente, se superpõem comorbidades como o diabete mellito e a hipertensão arterial, consideradas duas das causas mais frequentes de DRC. Objetivos: Avaliar a prevalência de alteração de função renal em pacientes com sobrepeso ou obesidade na população atendida pela Estratégia da Saúde da família (ESF) da região leste de Goiânia.Casuística e Métodos: A avaliação foi realizada por estratégia quantitativa através de questionário que continha dados demográficos, antropométricos e aspectos sobre antecedentes pessoais e familiares sobre diabetes mellitus, doença renal. Calculou-se IMC (Peso/Altura²) e Circunferência de Cintura (CC). Para a classificação do IMC e da CC foram utilizados os valores propostos por WHO (1997): IMC<25 (normal), 25<IMC<30 (sobrepeso) e IMC>30 (obeso); CC entre 80cm e 88cm para mulheres e entre 94cm e 102cm para homens (adiposidade abdominal aumentada), CC maior que 88cm para mulheres e maior que 102cm para homens (obesidade abdominal). Amostras de urina e sangue dos entrevistados foram coletadas e levadas ao laboratório, onde houve uma avaliação do nível de creatinina sérica e microalbuminúria dos pacientes.Resultados e Conclusões: 453 pessoas foram entrevistas e responderam ao questionário. O IMC dos entrevistados variou de 10,24 a 43,80 com média de 24,74 e desvio padrão de 5,85. 28% dos pacientes foram considerados sobrepesos (127 pessoas) e 18,54% foram considerados obesos (84 pessoas). A CC variou de 47cm a 129cm com média de 83,64 e desvio padrão de 15,67, sendo que 11 pessoas não tiveram sua CC coletada. 20,13% dos pacientes apresentaram adiposidade abdominal aumentada (89 pessoas) e 29,86% apresentaram obesidade adbominal (132 pessoas). 60,62% dos sobrepesos realizaram exame de urina, sendo que em 18,18% houve alteração no nível de creatinina e 11,68% apresentaram microalbuminúria. 51,19% dos obesos realizaram o exame de urina, sendo que em 11,62% houve alteração no nível de creatinina, 13,95% apresentaram microalbuminúria e 2,32% apresentaram proteinúria. Observou-se, dessa maneira, uma alta prevalência de alteração na função renal dos pacientes com sobrepeso ou obesidade. 650 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-409 Disfunção renal em pacientes com infecções por HIV, HCV e HBV Manueli Universidade Federal de São Paulo Objetivos: Avaliar a frequência e quais são as principais alterações urinárias em pacientes HIV, HCV e HBV positivos e eventuais fatores a elas associados. Avaliar a função de filtração glomerular e a natureza do acometimento renal. Materiais e Métodos: Participaram do estudo indivíduos de ambos os sexos portadores de HIV, HCV e/ou HBV em acompanhamento no ambulatório de Infectologia da Escola Paulista de Medicina (EPM), com atendimento predominante de pacientes HIV positivos. Os pacientes foram incluídos no estudo de forma aleatória, conforme a sua procura pelo ambulatório, e entrevistados seguindo questionário próprio do estudo. Foi feito um levantamento dos prontuários dos pacientes entrevistados. Todos os pacientes foram submetidos aos seguintes exames: urina I, proteinúria em amostra isolada e razão proteína/ creatinina. Resultados: Dos 85 pacientes avaliados (44 do sexo masculino, com 22 a 71 anos e idade), 52,9% eram monoinfectados pelo HIV, 24,7% monoinfectados pelo HCV, 16,5% coinfectados por HIV e HCV ou HBV, 5,9% pelo HBV. Quanto à raça/cor 44,7% eram pardos, 40% brancos e 15,3% negros. Em relação ao estado civil 38,8% solteiros, 31,8% casados, 11,8% separados, 9,4%viúvos e 8,2% amasiados. As queixas urinárias referidas pelos pacientes no questionário foram: espuma na urina 16,5%, disúria 10,6%, hematúria 7,1%, polaciúria 3,5%. Hipercolesterolemia estava presente como antecedente patológico em 27,1%, hipertrigliceridemia em 24,7%, hipertensão arterial sistêmica em 21,2%, diabetes mellitus em 9,4% e doenças glomerulares 1,2%. Na análise de urina, proteinúria esteve ausente (menor que 0,05g/l) em 81,2% e maior que 0,3g/l foi detectada em 17,9%, chegando a 1,4g/l; leucócitos variaram de 2 a 12/ campo; hemácias, 2 a >100/campo (130.000/ml), sendo 15,2% acima de 10/campo e com dismorfismo eritrocitário em 38,46% destes. Cristais estavam presentes em 14,3%. A relação proteína/ creatinina variou de 0,0 a 1,4g/g, com 17,85% acima de 0,05g/g. Os níveis de RBP urinária variaram de 0,01 a 25 mg/L, com 12% elevados (acima de 0,4 mg/l). A menor carga viral variou de 0,0 a 5,26 cópias/ml e a maior de 2,65 a 6,32 cópias/ml. O menor CD4 de cada paciente variou de 0,0 a 843 células/ml e o maior de 147 a 1755 células/ml. A carga viral encontrada no prontuário, durante o período em que cada paciente apresentou a maior creatinina sérica, variou de 1,92 a 6,32 cópias/ml e o CD4 variou de 6 a 1165 células/ml. Conclusão: Alterações urinárias não foram achados particularmente comuns nos pacientes com HIV, HCV e/ou HBV estudados, destacando-se proteinúria em 18% e hematúria em 15%. Lesão tubular demonstrada por níveis urinários elevados de RBP foi detectada em 12%. 651 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-680 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ Monteiro A.C.C,Vasconcelos J.M,Pereira T.A.S, Sousa C.M.V,Amaral Y.S,Cruz Neto M.F,Gaspar P.L, Junior G. B. S ,Araújo S. M.H.A, E. F. Daher Universidade Federal do Ceara,Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara, Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara, Universidade Federal do Ceara Ceara,Universidade Federal do Ceara Ceara Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma das comorbidades mais associadas ao desenvolvimento de Doença Renal Crônica (DRC) no Brasil e no mundo. Muitas populações ainda não têm a epidemiologia do DM esclarecida, necessitando de mais estudos nessa área. A sobrevida maior dos pacientes diabéticos nos dias atuais contribui para que o DM tenha um papel cada vez mais relevante na patogenia da DRC. O DM tipo II é muito mais prevalente que o tipo I e instala-se lentamente, sendo necessário seu diagnóstico precoce para evitar o descontrole glicêmico por muito tempo e o consequente desenvolvimento de DRC. Objetivos: Identificar a prevalência de DM entre a população geral de alguns municípios do Estado do Ceará selecionados pelas campanhas de prevenção da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) – Regional Ceará, para melhor orientar a respeito de prevenção e tratamento da DM e sua associação com a DRC. Casuística e Métodos: Obtenção de dados de glicemia capilar coletados pela Liga de Prevenção da Doença Renal (LPDR) da Universidade Federal do Ceará durante as campanhas “Rim Saudável”, realizada no estado do Ceará entre 2009 e 2012 nas cidades de Fortaleza, Amontada, Guaramiranga e Itarema. Resultados: Foram avaliados 2251 indivíduos, com média de idade de 49,29±16,00 anos, sendo 1051 homens (46,69%) e 1200 mulheres (53,31%). Em relação ao histórico familiar e doença prévia, 277 indivíduos referiram ser diabéticos previamente (12,3%), e 1109 relataram histórico familiar de DM (46,5%). Das medições de glicemia foram obtidos os seguintes Resultados: 117 indivíduos (5,1%) apresentaram resultado maior que 200 mg/dL, das quais 89 declaravam já serem diabéticas; 424 indivíduos (18,8%) apresentaram glicemia entre 125 mg/dL e 200 mg/dL; e 1710 (75,9%) apresentaram resultado menor que 125 mg/dL. Conclusões: Observamos a preocupante prevalência de DM na população geral, fato alarmante para os profissionais de saúde. Outro dado importante é a ocorrência de indivíduos já diagnosticados, mas com glicemia descontrolada, evidenciando um mau controle da doença e o risco de DRC, e de casos não diagnosticados. Nesse cenário, a orientação dos diabéticos acerca das comorbidades da doença é cada vez mais importante. Apoio: CNPq. 652 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-84 Gravidez bem sucedida em paciente com insuficiência renal crônica (IRC) na cidade de Manaus, Amazonas: Relato de Caso Brandão HCS,Santos S,Petrucio WS,Lindenberg AB,Petruccelli KCS,Schramm AMM,Brandão ARJ,Azevêdo SRG,Tavares ARS, Pereira LS, Silva WTS, Couceiro KN, Correa SA Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas,Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas Introdução: A gravidez é um desafio para as mulheres com doença renal e principalmente as que se encontram em programa de terapia renal substitutiva. A melhoria impressionante na assistência materno-fetal, eficiência da diálise, freqüência e terapia de suporte permitiu que pacientes renais crônicas em diálise pudessem engravidar. Objetivo: Descrever um caso de uma paciente portadora de DRC dialítica da cidade de Manaus que engravidou e evidenciar o desafio que as mesmas devem superar para conceber a gravidez. Relato de Caso: Paciente de 38 anos, sexo feminino, parda, portadora de insuficiência renal crônica em terapia hemodialítica há 20 anos, sem função renal residual. Na história patológica pregressa relatava aborto espontâneo aos 22 anos, ciclos menstruais regulares, hipertensão arterial sistêmica e paratireoidectomia prévia. O diagnóstico de gravidez foi feito através da ultrassonografia que apresentou feto vivo com 25 semanas, Desde então, iniciou hemodiálise diária (seis sessões por semana), duração de 4h cada sessão. A paciente foi submetida a cesariana com 34 semanas de gestação devido sofrimento fetal agudo. O recémnascido apresentou apgar 7/9, aproximadamente 2.160g, estatura de 42 cm e perímetro cefálico de 30cm, tendo permanecido na UTI neonatal por 27 dias devido ao quadro de icterícia neonatal compatível a eritroblastose fetal e submetido a sessões de fototerapia e exsanguineotransfusão. Apresentou concomitantemente quadro séptico- foco pulmonar tratado com antibioticoterapia intravenosa. Posteriormente recebeu alta da unidade de terapia intensiva e encontra-se saudável até o presente momento, sendo acompanhado pela equipe de nefrologia. Conclusão: A gravidez é um desafio para as mulheres com doença renal, e isso é especialmente verdadeiro para pacientes em diálise, no entanto a melhoria no tratamento hemodialítico vem modificando a evolução da gravidez nessa população. Os dados variam muito de cada centro, entretanto estima- se que a taxa de sucesso de gestação ocorra entre 79 a 81% de mulheres em hemodiálise e os principais fatores que contribuem são o aumento do tempo e da frequência da hemodiálise, suplementação de eritropoietina, ferro, vitaminas, suporte nutricional adequado, manejo obstétrico e neonatal mais qualificado. 653 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-181 Calciúria, citratúria e relação cálcio/citrato urinário em indivíduos com e sem nefrolitíase Carvalho M,Holzmann HA,Klem FB,Lorencetti PG Hospital de Clínicas de Curitiba, Universidade Federal do Paraná Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba, Universidade Federal do Paraná Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba, Universidade Federal do Paraná Paraná,Hospital de Clínicas de Curitiba, Universidade Federal do Paraná Paraná Introdução: A nefrolitíase é uma afecção caracterizada por massas cristalinas que se formam no trato urinário. Há diversos fatores envolvidos em sua patogênese, como baixo volume urinário, hiperoxalúria, hiperuricosúria, hipocitratúria e hipercalciúria, sendo este o mais prevalente. A dosagem na urina de 24 horas destes fatores nem sempre consegue diferenciar com clareza indivíduos sem calculose urinária e portadores de nefrolitíase. A relação entre cálcio e citrato (índice cálcio/citrato) foi proposta como um bom parâmetro para a distinção entre estes grupos. Objetivos: Avaliar a taxa de excreção de cálcio e citrato e o índice cálcio/citrato na diferenciação entre indivíduos sem história de calculose urinária e pacientes com história atual ou pregressa de nefrolitíase. Casuística e Métodos: Foram selecionados pacientes em acompanhamento em ambulatório especializado em nefrolitíase, entre dezembro de 2011 a maio de 2012. Foram analisados: sexo, idade, peso, altura, IMC, pressão arterial no momento da consulta, dosagem sérica de cálcio e creatinina, exames de urina de 24 horas com análise dos principais elementos envolvidos na litogênese. Foram estudados 55 indivíduos, 38 mulheres e 17 homens. Trinta e dois indivíduos sem história prévia de cálculos urinários foram selecionados como grupo controle, 21 mulheres e 11 homens. Resultados: Não houve diferença nos parâmetros demográficos entre os grupos. Dos portadores de nefrolitíase, 21,3% apresentavam hipocitratúria(<320 mg/dia) e 18,5% possuíam hipercalciúria (maior que 250 mg/dia em mulheres e 300 mg/dia em homens). Nos indivíduos sem litíase, hipocitratúria foi encontrada em 17% e hipercalciúria em 15% (qui-quadrado= NS para as comparações). Não houve diferença significativa entre a citratúria (542±381,3 vs. 631,3±361 mg/dia, p=0,33) e a calciúria (150,7±107,3 vs. 170,2±99,2 mg/dia, p=0,42) dos controles e pacientes, respectivamente. Houve relação significativa entre calciúria e citratúria nos portadores de nefrolitíase (r= 0,421, p < 0,001). Quando analisada por gênero, esta relação foi positiva apenas no grupo de homens com nefrolitíase (r = 0,743, p = 0,006). Conclusões: Nesta amostra de pacientes, não houve diferença significativa entre a calciúria e a citratúria entre o grupo controle e o grupo nefrolitíase. A relação entre o cálcio e o citrato pode ajudar na diferenciação entre estes dois grupos, principalmente entre os indivíduos do sexo masculino. 654 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-502 Perfil dos pacientes com injuria renal aguda em terapia intensiva na cidade de Manaus, Amazonas (AM), no ano de 2011 Brandão HCS,Duarte ACC,Petrucio WS,Lindenberg AB,Petruccelli KCS,Schramm AMM,Brandão ARJ,Azevêdo SRG,Tavares ARS,Pereira LS,Silva WTS,Couceiro KN,Correa SA Universidade Federal do Amazonas,Amazonas,Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas,Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade Federal do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Faculdade Metropolitana de Manaus Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Centro de Doenças Renais, Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas Introdução: A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição bastante frequente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), estando bastante associada à mortalidade intra-hospitalar. Objetivos: Delimitar o prognóstico dos pacientes, etiologia da internação, modalidade de tratamento hemodialítico realizado, presença de comorbidades ou doença renal prévia. Métodos: Revisão de prontuários e preenchimento de fichas cadastrais. Resultados: Dos pacientes analisados, 60% eram do sexo masculino. A média de idade ficou em 64,1 ± 17,9 anos, sendo que a faixa mais frequente foi de 60 a 69 anos. Com relação ao prognóstico, 60,4% dos pacientes foram a óbito, 19,5% cronificaram, 19,5% recuperaram a função renal e 1% foi transferida. A principal etiologia da internação foi a infecção (38%), seguida de sepse (33,2%), pós-operatório de cirurgia abdominal (9,2%) e pós-operatório de cirurgia cardíaca (8,7%). A modalidade de tratamento mais indicada foi a hemodiálise (HD) intermitente (77,7%), seguida de HD prolongada (17,7%) e HD contínua (4,6%). Quanto às comorbidades, 41,3% apresentavam hipertensão arterial, 33,2% diabetes, 11% doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 9,8% alguma neoplasia. A média do número de diálises foi de 8, sendo que a faixa mais frequente foi de 4 a 9 diálises. Conclusão: A IRA apresenta um grande problema na UTI, pois a maior parte dos pacientes apresenta prognóstico sombrio evoluindo para o óbito ou cronificação. A etiologia mais frequente em nosso serviço foi de origem infecciosa, correspondendo aos dados nacionais. O ideal ainda é prevenir a IRA, adotando-se medidas que preservem ou minimizem os danos renais no manejo desses pacientes críticos. 655 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-268 Espessura média intimal como preditor de evento cardiovascular na insuficiência renal crônica Marcos AG,Canziani MEF,Lemos MM,Watanabe R Disciplina de Nefrologia Universidade Federal de São Paulo,Disciplina de Nefrologia Universidade Federal de São Paulo,Disciplina de Nefrologia Universidade Federal de São Paulo,Disciplina de Nefrologia Universidade Federal de São Paulo Introdução: A doença cardiovascular é a principal causa de óbito na doença renal crônica(DRC), mesmo nos estágios mais iniciais. Dentre as alterações da DRC, destaca-se a aterosclerose, lesão vascular que pode ser avaliada através da espessura media intimal (EMI). Alguns estudos relatam uma associação entre aumento da EMI e uma maior prevalência de eventos cardiovasculares e óbito. O Objetivo desse estudo foi avaliar a associação da EMI com a ocorrência de eventos cardiovasculares e mortalidade em pacientes com DRC em fase não-dialítica. Métodos: Trata-se de uma análise pos hoc de um estudo que avaliou 117 pacientes com DRC, com seguimento de 2 anos (57 ± 11,2 anos; 61% do sexo masculino, 23% diabéticos, 96% hipertensos). Os pacientes realizaram exames laboratoriais, tomografia computadorizada com múltiplos detectores e ultrassonografia carotídea. Resultados: A mediana da EMI foi de 0,6mm (0,47 - 0,72). Houve uma tendência a maior EMI nos estágios mais avançados da DRC (p = 0,09). Uma maior porcentagem de pacientes com valores da EMI acima da mediana foi observada nos estágios mais avançados da DRC (p = 0,03). Através da analise da curva ROC demostrou-se que a EMI > 0,6mm esteve relacionada com a presença de calcificação coronariana (CAC) sendo área sob a curva de 0,73 (p = 0,05). Não foi observada relação entre EMI e a ocorrência de óbito. (p = 0,29). Durante o estudo 20 pacientes iniciaram tratamento dialítico, 9 pacientes perderam o seguimento e 1 paciente realizou transplante renal. Ocorreram 15 eventos cardiovasculares e 4 óbitos neste período. Conclusão: Não foi observada relação da EMI com mortalidade e evento cardiovascular, apenas a relação da EMI com CAC, sendo que CAC é um marcador de mortalidade cardiovascular. Portanto acreditamos que um estudo com maior números de pacientes e com um seguimento mais prolongado seja necessário. 656 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-716 Tuberculose Renal: Relato de Caso Marcos AG,Gelmetti AP,Leite G,Rodrigues MM Hospital de Transplantes Euryclides Zerbini, Hospital de Transplantes Euryclides Zerbini, Hospital de Transplantes Euryclides Zerbini, Hospital de Transplantes Euryclides Zerbini RHHB, 57 anos, feminina, natural do Chile, procedente de Cotia. HPMA: História de perda de 10 quilos em 1 ano, sem outras queixas, procura o nosso serviço para início de diálise. Refere uso crônico de antiinflamatório não hormonal (AINH) por artralgia. AP: DM e HAS diagnosticados há 3 meses, hipotireoidismo, internação há 3 meses por infecção do trato urinário e broncopneumonia necessitando de hemodiálise por doença renal crônica descompensada. Desconhecia antecedentes familiares. EF: A paciente se apresentava descorada (++/4+), com desnutrição moderada e escara sacral rasa, sem sinais de infecção. Os exames de admissão revelavam: creatinina 6,8 mg/dl; ureia 140 mg/dl; potássio 8,8 mg/dl; hemoglobina 6,7 mg/dl ; hematócrito 21,6%; leucócitos 9200/mm3; proteína C reativa 343 mg/dl, urina I com proteinúria (+), leucocitúria (3000/campo) e hematúria (8000/campo). Evolução: iniciou hemodiálise, apresentou pico febril diário a partir do segundo dia de internação, sendo isolado Clostridium difficile, na coprocultura , Klebsiella pneumoniae em urocultura e Staphilococcus coagulase negativo em hemocultura. Após tratadas as devidas infecções, a paciente mantinha o quadro febril, com perda de peso e adinamia importante. Coletadas novas culturas, que se mostraram negativas, sendo iniciada investigação para neoplasia e endocardite, com Resultados negativos. Foi indicada pesquisa para tuberculose no líquido pleural (pesquisa de BAAR negativa),PPD 3mm, 5 amostras de urina também negativas para BAAR. Tomografia de pulmão com linfonodos de até 0,7cm em cadeias paratraqueais, linfonodos calcificados em cadeias para-aórticas, derrame pleural bilateral, parênquima pulmonar com espessamento dos septos interlobulares bilaterais e nódulo calcificado residual no segmento anterior do lobo superior esquerdo, medindo 0,5cm. A tomografia de abdome não apresentava alterações renais. Optado pela realização de biópsia renal que revelou tuberculose miliar caracterizada por granulomas multifocais epitelióides com necrose caseosa. Padrão histopatológico de disseminação miliar com positividade para Ziehl. Importante grau de lesões crônicas esclerosantes, túbulo-intersticiais e vasculares. Imunofluorescência negativa. Iniciado esquema para tuberculose, paciente evolui afebril apos 3 dias, e no momento mantém hemodiálise com melhora do estado geral, e ganho de peso progressivo. 657 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-367 Hipertensão requer formação de cistos renais e está associada com aumento da expressão intrarrenal de componentes do sistema renina-angiotensina em camundongos com deficiência do gene Pkd1 Fonseca JM,Bastos AP,Amaral AG,Sousa MF,Souza LE,Malheiros DM,Piontek K,Irigoyen MC,Watnick TJ,Onuchic LF Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Universidade Federal de Goiás,Instituto do Coração, Universidade de São Paulo,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,Johns Hopkins University,Instituto do Coração, Universidade de São Paulo,Johns Hopkins University,Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) é a doença renal monogênica mais comum. A hipertensão arterial constitui-se em uma manifestação clássica da doença, sendo detectada na maior parte dos pacientes antes do declínio da função renal. Ao combinar um alelo floxed Pkd1 com um transgene nestina/ Cre, obtivemos camundongos císticos machos (CI) com TFG preservada na idade de 10-13 semanas, os quais foram comparados a seus controles não císticos (NC) e a uma linhagem haploinsuficiente para Pkd1 (HT) sem cistos renais na idade avaliada. Camundongos CI apresentaram pressão arterial média (PAM) mais alta que NC (150,3±3,9 vs 136,1±3,4 mmHg; p<0,01), o que não foi observado entre animais HT e seus controles selvagens (131,0±4,3 e 127,5±3,0 mmHg, respectivamente). A uréia sérica (SU) mostrou-se ligeiramente mais alta no grupo CI comparado a NC [56,3 (55,9-59,7) vs 52,9 mg/dL (52,4-53,6); p<0,01], enquanto a creatinina sérica apresentou-se ligeiramente mais baixa em CI [0,32 (0,30-0,34) vs 0,36 mg/dL (0,35-0,38); p<0,01]. A fração de excreção de Na+ (FENa) foi mais baixa nos animais CI que NC (0,60±0,05% vs 0,74±0,09%; p<0,001). Não detectamos diferença de renina plasmática e aldosterona sérica entre esses grupos, mas observamos tendência a valores mais altos para vasopressina plasmática em CI (711,6±647,3 vs 263,0±373,5 pg/mL; p=0,11). Análises por RT-PCR em animais com 18 semanas revelaram maior expressão gênica de angiotensinogênio em rins CI comparados a NC (1,71±0,65 vs 1,07±0,43 UA; p<0,05), diferença não observada para renina e ECA. Ensaios imunoistoquímicos revelaram marcação positiva para ECA e receptor AT1 (AT1R) em epitélio cístico de rins CI. Análises para Ki-67 e TUNEL revelaram maiores taxas de proliferação e apoptose em rins CI comparados a NC [17% (9-35) vs 5% (1-9); p<0,05; e 16% (14-30) vs 0,0% (0,0-4,6); p<0,001, respectivamente]. HAS presente em camundongos CI e ausente em HT sugere que cistos renais sejam determinantes na patogênese da hipertensão associada à DRPAD. A diminuição da FENa e a tênue elevação de SU em CI, por sua vez, apóiam o modelo de áreas de compressão vascular por cistos e redução da perfusão renal na DRPAD. A maior expressão gênica de angiotensinogênio em rins císticos, por fim, associada à expressão de ECA e AT1R em epitélio cístico, é consistente com um papel significativo do sistema renina-angiotensina intrarrenal na gênese da HAS na DRPAD e sugere que a expansão cística seja determinante para sua ativação. 658 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-220 A relevância do teste uroanálise para diagnóstico precoce de afecções renais: baixo custo e facilidade de manuseio Figueiredo BB,Silva MC,Freitas MM,Raslan MP,Freire ES,Sarkis DJ,Novaes MLO,Vitoretti AV,Lemos TL,Bastos MG,Marinho VT,Machado AL,Póvoa AG,Andrade M,Gabriel TT, Campos CM,Silva LS Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Rio de Janeiro,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora,Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Sabe-se que a proteinúria consiste no principal marcador de lesão renal e prognóstico da Doença Renal Crônica, a qual é atualmente considerada problema de saúde pública devido à elevada incidência, além de ser responsável por queda em qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce, através de exames de baixo custo e fácil manuseio, é fundamental para melhor prognóstico, bem como para a redução da necessidade de tratamentos mais complexos e onerosos, como a diálise. Objetivos: Avaliar a prevalência de proteinúria na amostra populacional do estudo. Discriminar a distribuição de proteinúria levando em consideração sexo, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus. Casuística e Método: Análise estatística da prevalência de proteinúria nos pacientes com diagnóstico prévio ou não de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica, em uma amostra aleatória simples oriunda das campanhas do Dia Mundial do Rim realizadas em 2010 e em 2011 por uma equipe multidisciplinar da Liga Acadêmica Pré-Renal de Universidade Federal de Juiz de Fora. Amostra consistiu em 210 pessoas submetidas a questionário geral com dados sobre idade, história familiar e pessoal de HAS, DM, doença cardiovascular e renal, além da realização do teste de uroanálise. Resultados: A média de idade dos 210 pacientes observados foi 47,50 anos. Dentre os 210 pacientes, apenas 209 informaram sobre diagnóstico prévio ou não de DM; 193 não eram diabéticos, dos quais 175 (90,67%) não apresentaram proteinúria; 4 (2,07%) apresentaram proteinúria uma cruz; 12 (6,22%) apresentaram proteinúria duas cruzes e 2 (1,04%) apresentaram proteinúria três cruzes. Dentre os 16 pacientes diagnosticados com DM, 15 (93,25%) não apresentaram proteinúria e 1 (6,25%) apresentou proteinúria duas cruzes. Em Relação à HAS, dos 210 pacientes, 155 eram não hipertensos, sendo que 144 (92,90%) não apresentaram proteinúria; 2 (1,29%) apresentaram proteinúria uma cruz e 9 (5,81%) apresentaram proteinúria duas cruzes. Dentre os 55 hipertensos, 47 (85,65%) não apresentaram proteinúria; 2 (3,64%) apresentaram proteinúria uma cruz; 4 (7,27%) proteinúria duas cruzes e 2 (3,64%) proteinúria três cruzes. Conclusão: Através dos dados analisados não é possível depreender prevalência de proteinúria nos grupos de diabéticos e hipertensos. Devido ao tamanho da amostra e ao viés de seleção inerente à pesquisa, seria relevante a realização de estudos mais amplos e abrangentes para corroboração dos dados ora apresentados. 659 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-752 Avaliação do conhecimento a respeito do fósforo e fosfatemia em pacientes e acompanhantes de um setor de Hemodiálise pediátrica Rocha LR,Mendes L,Rogow CA,Manfredi SR Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP,Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP,Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP,Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP O controle do fósforo sérico é um desafio em pacientes pediátricos com doença renal crônica em hemodiálise, devido às particularidades da alimentação infantil. A aplicação de materiais educativos poderia contribuir para uma melhor adesão às propostas nutricionais e ao tratamento. Assim, o Objetivo desse estudo foi avaliar o impacto de um programa de educação nutricional sobre o conhecimento a respeito do fósforo e sobre a fosfatemia de pacientes pediátricos em hemodiálise. Métodos: Foram incluídos 9 pacientes (7 meninos/2 meninas, idade = 10 (1-16) anos, tempo em diálise = 11 (2-28) meses) que estavam em um programa de hemodiálise na Unidade de Diálise pediátrica do Hospital Infantil Darcy Vargas no período de abril a junho de 2012. O material educativo incluiu um questionário de avaliação de conhecimentos específicos sobre fósforo que continha 5 questões de múltipla escolha. Foi atribuído um score de 0 a 10 para a avaliação do conhecimento. O questionário foi aplicado aos pacientes e seus acompanhantes em dois momentos, no mês anterior à aplicação de uma palestra educativa sobre fósforo e uso correto de medicamentos quelantes e no mês após a aplicação da palestra. Foram dosadas as concentrações séricas de fósforo pré-diálise no mesmo momento da aplicação dos questionários. Resultados: No início do programa, 2 pacientes apresentavam hipofosfatemia, 4 apresentavam fósforo sérico dentro dos valores de normalidade (fósforo sérico 4,0 – 7,0 mg/dL) e 3 estavam hiperfosfatêmicos. Após a aplicação do programa observamos que os pacientes que apresentavam fósforo baixo passaram a apresentar valores dentro da normalidade. Enquanto que dos 3 pacientes que apresentavam hiperfosfatemia, 2 regularizaram os níveis séricos. Aqueles com valores de normalidade permaneceram nesta faixa. Quando analisamos o nível de conhecimento avaliado pelo questionário sobre o fósforo observamos um aumento significativo após a aplicação do programa (score pré-palestra 5,8 ±5,6; pós-palestra 8,1± 0,9; p<0,01). Conclusão: Podemos concluir que apesar de uma amostra pequena, a educação nutricional junto aos pacientes e familiares se mostrou efetiva em relação ao conhecimento a respeito do fósforo com reflexo positivo em relação à fosfatemia através de mudanças adotadas na dieta. 660 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-450 RELATO DE CASO: NEFROPATIA DA C1Q Ribeiro ACO,Queiroz AA,Abreu PAP,Souza AFP,Abreu APP,Paschoalin SRKP,Silva PRT,Silva CAB Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim Introdução: A nefropatia da C1q é caracterizada por proliferação mesangial associada com depósitos mesangiais predominantes de C1q na microscopia de imunofluorescência (IF), sem evidências de lúpus eritematoso sistêmico. Era considerada como um subgrupo de GESF primária, no entanto, devido variabilidade na sintomatologia, histopatologia, resposta terapêutica, e prognóstico, pode ser uma combinação de vários grupos de doenças, em vez de uma única entidade, associando-se com doença de lesões mínimas, GESF, ou GN proliferativa. Paciente: 19 anos, sexo masculino, encaminhado para biópsia renal devido síndrome nefrótica iniciada há dois anos, refratária a tratamento empírico com corticóide em baixas doses, porém em uso irregular. Referia leve melhora do edema após inicio da terapia, porém com exames ainda evidenciando proteinúria nefrótica. Negava fatores precipitantes ou outras particularidades. Pressão arterial se manteve normal em todo o período. Em uso de estatina e prednisona na dose de 20 mg/dia. Negava antecedentes patológicos na família. Ao exame físico: corado, anictérico, T: 36ºC, FC: 74 bpm, PA: 120x80 mmHg, eupnéico. Sem outras alterações cardiovasculares ou respiratórias. Abdome sem alterações. Sem edemas. Últimos exames antes da biópsia: creatinina: 0,9 mg/dL; sódio: 142 mEq/L; potássio: 4,4 mEq/L; uréia: 25 mg/dL; hemoglobina 18,3 g/L; albumina: 3,7 g/dL; proteinúria: 1,1 g/24h; clearance de creatinina: 107,4 ml/min. Lipidograma normal. Urina tipo I: proteínas +; 3 leucócitos pc; 2 hemácias pc. Sorologias negativas para HIV, hepatites B e C. FAN e VDRL não reagentes. Ultrassonografia de aparelho urinário sem alterações. Biópsia renal percutânea: 23 glomérulos com morfologia preservada. Alças glomerulares delicadas e sem espessamento. Os vasos, túbulos e interstício não demonstraram alterações. O estudo de IF revelou depósitos de C1q com padrão granular em mesângio. Microscopia eletrônica (ME) não disponível. Diagnóstico: nefropatia por C1q com padrão de GESF não amostrado. Após o diagnóstico, foi iniciado tratamento com prednisona na dose de 01 mg/kg, porém ainda não houve retorno ambulatorial para avaliar resposta terapêutica. Discussão: Descrevemos aqui um caso de nefropatia da C1q com provável padrão de doença de lesões mínimas, não confirmado devido indisponibilidade da ME. Tratamento proposto ainda sem evidências de resposta. Ainda sem retorno ambulatorial até o momento. 661 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-73 Experiência de uma Unidade de Hemodiálise Pediátrica com acessos vasculares Rogow CA,Maia M,Cruz NA,Brito MM Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP,Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP,Hospital Infantil Darcy Vargas,Hospital Infantil Darcy Vargas-Hospital do Rim e Hipertensão/UNIFESP Introdução: É fundamental a manutenção de acesso vascular em crianças com doença renal crônica terminal (DRCT) em hemodiálise (HD) para a sobrevida do paciente. Há dificuldades na preservação do acesso mais utilizado, o cateter venoso central (CVC), com muitas complicações nesta faixa etária. Objetivos: Descrever as complicações relacionadas ao CVC de longa permanência de pacientes em HD do Hospital Infantil Darcy Vargas (HIDV).Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo de 29 pacientes, avaliados de 01/09/2009 a 31/05/2012; foram excluídos casos de HD aguda ou idade >18 anos. Analisamos, além de etiologia da DRCT e idade do paciente, a vida média e as intercorrências infecciosas e não infecciosas do CVC, incluindo as que levaram às trocas de acesso, exceto quando houve troca de cateter de curta por longa permanência.Resultados: Foram 29 pacientes, de 0-18 anos no início do programa (média 96 meses), com maioria do sexo masculino (68,9%), sendo a etiologia predominante as malformações do trato urinário (68,9%). Em 16 pacientes (55,1%) foi utilizada diálise peritoneal prévia. O tempo médio de permanência na Unidade foi de 11,2 meses. Em 26 pacientes (89,6%), o sítio do CVC foi a veia jugular interna direita (VJID). Houve 1 óbito, 4 transferências, 2 casos estão em tratamento conservador e 10 receberam transplante renal; os demais 12 pacientes (41,3%) permanecem em HD. A taxa de infecção relacionada ao cateter foi de 2,3/paciente; o patógeno mais freqüente, o gênero Staphylococcus (49,2%) e o tratamento mais utilizado, a vancomicina. O número de trocas de acesso por paciente foi em média de 1,82 e as principais causas: disfunção (54,7%), extrusão de cuff (18,8%), avulsão ou perda da integridade do CVC (16,9%) e infecção (9,4%). Conclusões: Como outros centros, a maioria das crianças com DRCT está em HD e utilizando o CVC, com a vantagem de uso imediato. As desvantagens são vida média curta, que varia de 4-10,6 meses¹ na literatura e em nosso serviço de 3,1 meses, trombose, infecção e disfunção. Segundo outros autores, a maior causa de troca é infecção, porém em nossa casuística foi disfunção, mesmo utilizando a VJID conforme recomendação do KDOQI4. Em 8 pacientes houve mais de duas trocas, por idade < 1 ano (n=4), distúrbio hematológico ou dificuldade anatômica do caso. Conclui-se ser de extrema importância além da escolha de sítio de inserção, tratamento das complicações relacionadas ao mesmo precocemente, para melhor sobrevida do CVC e do paciente. Bibliografia: 1. Chand DH, Valentini RP, Kamil E. Hemodialysis vascular Access options in pediatrics: considerations for patients and practitioners. Pediatr Nephrol 2009; 24: 1121-1128. 2. Vanholder R, Canaud B, Fluck R, Jadoul M, Labriola L, Marti-Monros A, Tordoir J, Van Biesen W.. Diagnosis, prevention and treatment of haemodialysis catheter-related bloodstream infections (CRBSI): a position statement of European Renal Best Practice (ERBP). NDT Plus 2010; 3: 234-246. 3. Eisenstein I, Tarabeih M, Magen D, Pollack S, Kassis I, Ofer A, Engel A, Zelikovic I. Low infection rates and prolonged survival times of hemodialysis catheters in infants and children. Clin J Am Soc Nephrol 2011; 6: 793-798. 4. National Kidney Foundation-Dialysis Outcomes Quality Initiative (1997) NKF-DOQI clinical practice guidelines for vascular access. Am J Kidney Dis 30:S150–S191 662 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-273 ETIOLOGIA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA: PREVALÊNCIA ENCONTRADA EM UMA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE NO INTERIOR DA BAHIA Souza MGO,Jesus RS,Facina VB,Araújo AR,Francischinni SM,Moura Jr. JA,Paschoalin EL,Paschoalin SRKP,Souza LO,Boaventura SA Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) caracteriza-se por uma síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Sua etiologia pode estar associada às doenças primárias dos rins, doenças sistêmicas que acometem os rins e/ou às doenças do trato urinário. Dados do censo brasileiro de diálise da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que, em 2011, as grandes desencadeadoras da DRC foram as doenças sistêmicas que acometem os rins, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), (35,1%) e o Diabetes Mellitos (DM), (28,4%); seguidas das doenças primárias dos rins, glomerulonefrite crônica (11,4%) e rins policísticos (3,8%). O censo mostrou ainda que 66,9% dos pacientes em diálise tinham idade entre 19 e 64 anos, sendo a maioria do sexo masculino e realizando o tratamento em instituições cuja fonte pagadora era o Sistema Único de Saúde (SUS). Conhecer as causas da DRC permite um melhor planejamento da assistência prestada a esses pacientes, colaborando na melhoria da qualidade de vida dos mesmos. Objetivo: Verificar a prevalência das principais causas de DRC apresentada por pacientes de uma clínica de hemodiálise no interior da Bahia. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo realizado em uma clínica de hemodiálise na cidade de Feira de Santana-BA, cuja fonte pagadora é o SUS. As informações levantadas versam sobre a caracterização dos pacientes e a etiologia da DRC. A coleta de dados foi feita a partir do banco de dados da instituição. Resultados: Foram observados os prontuários de 313 pacientes, sendo 179 (57%) do gênero masculino e 134 (43%) do gênero feminino. Houve uma prevalência de Doença Renal Crônica Não Especificada (DRCNE) como doença de base, com 84 (46,9%) dos homens e 62 (46,3%) de mulheres, seguido de Síndrome Nefrítica com 40 (22,3%) em homens e 25 (18,5%) em mulheres. A hipertensão só apareceu como causa primária em 3° lugar para homens, 23(12,3%), e em 2° lugar para mulheres com 23 (17,3%). Outras doenças como Glomerulonefrite Crônica, Lupus, Rins Policísticos, etc., aparecem em proporções bem menores. Conclusão: A hipertensão e o diabetes, que aparecem no censo acima citado, como principais causas da perda de função renal, em populações que ingressam na diálise por emergências, acabam sendo consideradas mais como consequência que causa, tendo em vista que as investigações mais precisas, como biopsia ou outros exames complementares, raramente conseguem ser feitas naquele momento. 663 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-583 Síndrome Cardio-Renal- Tipo 1 e Anemia em Pacientes Admitidos em Unidade de Terapia Intensiva MIGUEL ANGELO DE GOES,PATRICIA TASCHMER GOLDENSTEIN,PRISCILA LIGEIRO GONCALVES ESPER,RICARDO C. C. SESSO,EDISON LUIZ MANDIA SAMPAIO,PAULA ORLANDI,PAULA FREIRE DOS SANTOS,PAULO SÉRGICO LUCONI,CLAUDIO SANTIAGO MELARAGNO Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo ÚnicaClínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante,Grupo Única- Clínica Paulista Nefrologia Diálise e Transplante Introdução: Anemia é frequente nos pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI) portadores de insuficiência cardíaca. As causas de anemia nestes pacientes são multifatoriais como: hemodiluição, ferropriva e insuficiência renal. Objetivo: O Objetivo do estudo é avaliar se anemia está presente na admissão da UTI nos pacientes com síndrome cardio-renal tipo 1 (SCR1).Materiais e Métodos: Estudamos 24 pacientes, sendo sexo Feminino (37,5%) e Masculino (62,5%) admitidos na UTI do Hospital São Camilo-Santana portadores de insuficiência cardíaca descompensada num período de 5 meses. Observamos a função renal pela diurese e nível sérico de uréia e creatinina. Anemia foi determinada pela concentração de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht). A recuperação da função renal foi observada num período de até 30 dias após a admissão na UTI. A análise estatística foi realizada pelo teste T de Student e qui-quadrado para as comparações. Utilizamos também correlações de Spearman. P<0,05.Resultados: Os Resultados obtidos foram que 14 (58,3%) pacientes com insuficiência cardíaca apresentaram SCR1. Observamos maiores níveis séricos de uréia (143+76; 68+24; p=0,005) e creatinina (4,7+3,3; 1,8+0,43; p=0,009) e menores concentrações de Hb (8,7+0,97; 11,8+6,8; p<0,001) e Ht (27+3; 35+2; p<0,001) nos pacientes do grupo SCR1 do que no outro grupo de pacientes com insuficiência cardíaca e que não apresentaram SCR1, respectivamente. A diurese foi menor no grupo SCR1 do que no outro grupo (206+147; 882+377; p<0,001). Observamos correlações positivas entre anemia e SCR1 (rho=0,82; p<0,001) e entre anemia e a utilização de eritropoetina recombinante humana (rho=-0,49; p=0,01). Observando os 24 pacientes com insuficiência cardíaca, seis recuperaram a função renal em pelo menos 50% num período de 30 dias. Observamos correlação negativa entre anemia e a recuperação da função renal (rho=-0,47; p=0,02) após 30 dias de seguimento.Conclusão: A anemia está correlacionada com a síndrome cardio-renal tipo 1 e com piora na recuperação da função renal nos pacientes admitidos em UTI por insuficiência cardíaca descompensada. 664 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-116 NÍVEIS SÉRICOS DE VANCOMICINA DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE CRÔNICA: UM PROTOCOLO INADEQUADO? Isoppo CS,Thiesen FV,Poli-de-Figueiredo CE,Conti A,Ferraz S,Pacheco JA,Farina VA,Siebel AL,de Castro EO,Borges FP,Gottardi B,Mello KF,Zeferino ASA,Wiltuschnig RCM,Zeferino ASA,Lorenzi FG,Pimentel J,Barreiro F,Escouto D,d’Avila DO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre Brasil.,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Porto Alegre Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasi, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre, Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).Porto Alegre, Brasil. Introdução: A Vancomicina é um antimicrobiano de uso frequente em pacientes em hemodiálise (HD). Há, ainda, dificuldade em determinar a dose ideal e a melhor forma de administração. Fatores como volume de distribuição, peso molecular, solubilidade e ligação às proteínas plasmáticas são relevantes quanto à remoção do fármaco durante o processo dialítico.Objetivo: Verificar se o protocolo de administração de Vancomicina com dose inicial de 20mg/kg, seguida de 10mg/kg a cada HD, é adequado para manter nível sérico entre 15 e 20mg/mL. Casuística e MÉTODO: Pacientes adultos, em HD, que utilizaram vancomicina para tratamento. Conforme vancocinemia, faixas de ajuste de dose foram estabelecidas na tentativa de manter níveis séricos adequados. Vancocinemia determinada por turbidimetria (VITROS 5.1 FS Fusion; Johnson & Johnson). Coletas realizadas 30 minutos antes de cada dose de manutenção de Vancomicina (vale) e um valor de vancocinemia na primeira dose, 30 minutos após a sessão de diálise (pico). Com níveis entre 10 e 20mg/mL manteve-se a dose de 10mg/Kg; níveis entre 5 e 10mg/mL ajustamento para 15mg/Kg; abaixo de 5mg/Kg administrou-se 20mg/Kg; entre 20 e 30mg/mL, reduziu-se para 5mg/Kg e acima de 30mg/mL não se administrou a dose subsequente. Resultados: Os primeiros Resultados demonstram que, mesmo com ajuste das doses, os pacientes permanecem com nível sérico de Vancomicina abaixo do esperado (Tabela 1). Conclusões: O nível sérico não se manteve na faixa terapêutica esperada. O ajuste de dose pelo peso seco, com avaliação em cada HD e monitoramento de níveis séricos de Vancomicina pode ser o mais adequado. Estudos adicionais, permitindo melhor avaliação da cinética da Vancomicina em HD serão realizados, para alcançar melhor recomendação no uso deste fármaco. Tabela 1 - Níveis séricos iniciais (mg/mL) obtidos, seguindo o protocolo (n=7). Paciente Peso (Kg) Idade(a) Sexo Membrana Pico a 103 59 M HF80S 20,4 b 62 47 F FX100 32,7 c 59 51 M FX100 17,8 d 83 58 F 20,4 e 70,5 32 M HDF100 20,1 f 61 58 M HDF100 18,4 g 57 55 F FH80S 22,8 Vale1 8,8 9,9 5 5 9,7 6 5,7 Vale2 9,8 5 5 5 5,2 665 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Vale3 12,4 9,5 14,7 5,7 5 Vale4 10,6 16,8 Vale5 13,4 Vale6 13,1 Vale7 8,1 SESSÃO POSTER P-457 AVALIAÇÃO DE NÍVEIS PRESSÓRICOS EM EVENTO DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ NA CIDADE DE MANDAGUARI –PR Ramos BX,Barbosa FP,Dos Santos LG,Nishiyama P,Carolino IR,Safar PHM,Yamada SS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA,UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PARANA Introdução: A detecção inicial de portadores de Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o tratamento adequado são fundamentais para a prevenção de suas complicações. Objetivo: Detectar pessoas com níveis pressóricos (NP) elevados em uma população aleatória e orientá-las a procurar assistência médica. Realizar campanha de prevenção da IRC através de material ilustrativo da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Casuística e Métodos: Foi avaliada a população que freqüentou a Feira de saúde na 7ª Corrida Rústica de Mandaguari – PR. Após obtermos o consentimento livre e esclarecido, os participantes responderam um questionário epidemiológico de perguntas fechadas. Em seguida foram aferidos os NP seguindo a técnica recomendada pela VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Realizaram-se 3 medidas consecutivas e a média aritmética das medidas foi utilizada para a analise e classificação do indivíduo. Considerou-se elevados NP maiores que 139x89 mmHg. Resultados: Foram avaliadas 84 pessoas, dos quais 38 eram mulheres (45,23%). A média de idade foi de 49,33 anos, variando de 11 a 81 anos. 31% dos participantes (26) se referiram como hipertensos e 73% deles (19) faziam uso de medição. Dos previamente hipertensos 15 não tinham seu níveis pressóricos controlados (57,69%). 24,13% dos que se declararam não hipertensos apresentavam NP elevados (14). Conclusão: A prevalência de NP elevados foi de 47,61% nos participantes. 52,63% dos hipertensos se mantinham com NP elevados apesar do tratamento .24,13% dessa população não sabiam ter seus NP elevados,. Considerações finais: A HAS é uma doença prevalente,silenciosa,com baixa taxa de controle ,é fator de risco para Doença Renal Crônica e doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral,porém,a HAS é um fator de risco modificável.Por isso, é importante o diagnóstico precoce,o tratamento adequado e as campanhas de prevenção. 666 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-416 GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA: UMA SÉRIE DE CASOS Valença, ACEP,Neves, MCNR,Sette, LHBC,Fernandes, GV,Cavalcante, MAGM,Valente, LM Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco,Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco Introdução: Glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) é um síndrome caracterizada por declínio rápido da função renal ao longo de dia ou semanas, geralmente associada a manifestações de síndrome nefrítica aguda. Objetivo: Descrever uma série de casos de pacientes com diagnóstico clínico de GNRP acompanhados pelo serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). Métodos: Foram revisados prontuários de pacientes com diagnóstico de GNRP acompanhados pela Nefrologia no HC-UFPE de Janeiro/2011 a Março/2012. Foram incluídos no estudo os pacientes que apresentaram síndrome clínica de perda rápida de função renal associada à hematúria e que foram submetidos à biópsia renal. Resultados: Foram encontrados oito pacientes com diagnóstico clínico de GNRP. A proporção entre os sexos foi semelhante, a média de idade foi de 35 anos (15-58 anos) e houve predomínio de não-brancos (62,5%). Dentre os 8 pacientes, 5 apresentavam o diagnóstico de lupus eritematoso sistêmico (LES) e os demais sem patologia associada. As médias de proteinúria de 24h e Creatinina foram de 6g/dia e 2,6g/dL, respectivamente. Os diagnósticos histológicos foram nefrite lúpica classe IV (5), Glomerulonefrite membranoproliferativa (2) e vasculite (1). Crescentes foram encontradas em 6 (75%) pacientes. Todos foram submetidos à pulsoterapia com metilprednisolona 1g por 3 dias. O tempo médio de acompanhamento foi de 7,4 meses. Cinco (62%) pacientes necessitaram de terapia renal substitutiva (TRS), dos quais 2 evoluíram sem recuperação da função renal. Conclusão: Os Resultados encontrados nesta série de casos são semelhantes aos encontrados na literatura, onde há predomínio de nefrite lúpica proliferativa e uma grande proporção de pacientes que necessitam de TRS. 667 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-769 PESQUISA DE CAMPO EM NUTRIÇÃO E HEMODIÁLISE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Souza MGO,Jesus RS,Facina VB,Araújo AR,Francischinni SM,Moura Jr. JA,Paschoalin EL,Paschoalin SRKP,Boaventura SA Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Universidade Federal do Recôncavo Baiano Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise Bahia Introdução: A pesquisa de campo tem sua importância reconhecida por permitir a produção de conhecimento a partir da realização de atividades fora dos espaços internos da Universidade. Tal vivência constitui-se em requisito fundamental para a formação acadêmica do discente, uma vez que permite ao mesmo aprimorar seus conhecimentos e produzir novos saberes que contribuem para a melhor atuação e formação profissional. A pesquisa de campo desenvolvida no curso de nutrição é de notável importância, uma vez que permite a obtenção de conhecimento capaz de subsidiar as tomadas decisões frente às situações vivenciadas. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas por duas discentes do curso de nutrição da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia durante uma pesquisa de campo. Casuística e Métodos: A pesquisa de campo ocorreu em uma clínica de hemodiálise da cidade de Feira de Santana-BA entre os meses de abril de maio de 2012 e fez parte do trabalho de Conclusão de curso (TCC) das discentes. O Objetivo do TCC foi avaliar o perfil antropométrico e alimentar de pacientes em hemodiálise, para isto as discentes entraram em contato com os pacientes em dois momentos, na aplicação de questionários e na avaliação antropométrica. Resultados: Durante as entrevistas algumas dificuldades se apresentaram tanto para os pacientes quanto para as discentes. Pelos pacientes pode-se ressaltar a pouca capacidade de entendimento, a carência afetiva e a indisposição física; já por parte das discentes destaca-se a dificuldade encontrada em adequar termos técnicos à linguagem coloquial, a pouca experiência em conduzir da entrevista de forma objetiva e a sensação de impotência diante das dificuldades vivenciadas e relatadas pelos pacientes. Todas as situações supracitadas culminaram em uma necessidade maior de tempo para realização das entrevistas e na percepção, tanto por parte dos funcionários da clinica quanto das discentes, de que o profissional da saúde não deve se ater somente à teoria. Conclusão: Conclui-se que a experiência em pesquisa de campo é fundamental para a formação acadêmica, pois permite maior ampliação do conhecimento, desenvolvimento de habilidades técnicas, assim como criticidade frente à realidade experienciada. O acompanhamento da rotina de uma clínica de hemodiálise mostra uma realidade desconhecida, surpreendente, enriquecedora e, ao mesmo tempo, triste, na qual é possível se deparar com as mais distintas formas de enfrentamento não só da doença como da vida. 668 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-455 Acompanhamento clínico na Doença Hipertensiva Gestacional Hentschke MH,Basso J,Brentano V,Barros A,Vieira MR,Mattos SG,Schneider S,d’Avila DO,Poli-de-Figueiredo CE,Pinheiro da Costa BE,Gadonski G Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS – Brasil Introdução: A hipertensão é o terceiro principal fator de risco associado à mortalidade mundial (OMS). Em 2006 a taxa de mortalidade materna foi de 55,1 para cada 100 mil nascidos vivos, mas devido a subnotificações estaria próximo de 77,2 óbitos. Em Porto Alegre as principais causas de morte materna são: patologias clínicas no período gravídico-puerperal, SIDA, Doença Hipertensiva Gestacional (DHG), infecção puerperal, doenças cardiovasculares e aborto. A DHG divide-se em: pré-eclâmpsia/eclâmpsia (PE), PE sobreposta (PES), Hipertensão gestacional (HG) e Hipertensão crônica (HC). A classe da DHG é definida após a 12ª semana do parto. Classifica-se como Síndrome de PE (SPE) as pacientes que não se sabe o diagnóstico definitivo. Objetivos: mostrar a importância do acompanhamento clínico puerperal em pacientes com DHG. Casuística e Métodos: Pacientes com DHG atendidas pelo setor de obstetrícia do Hospital São Lucas/PUCRS. Após consentimento foi coletado material biológico para análise laboratorial e dado encaminhamento para o ambulatório de DHG, a fim de acompanhar a evolução e possíveis desfechos da doença. Resultados: 249 pacientes foram atendidas, totalizando 1167 consultas. A partir da 12ª semana pós parto as pacientes foram classificadas pelo diagnóstico específico. Foram excluídas pacientes com diagnóstico de gestação normal ou aquelas em que os dados de proteinúria não estavam presentes. A distribuição das gestantes foi: HC: 72 (29%); HG: 25 (10%); PES: 74 (30%); PE: 63 (27%); Eclâmpsia: 3 (1%); HELLP: 5 (2%) e SPE: 3 (1%). Conclusões: Observa-se que a ocorrência de gestantes com PES foi semelhante à de PE, dado que reforça a importância do acompanhamento clínico dessas pacientes no pós–parto. O seguimento clínico dessas pacientes é de grande importância para que desfechos relacionados à doença cardiovascular possam ser evitados ou minimizados, através da prevenção/diagnóstico precoce, bem como outras patologias (nefropatia, retinopatia e cardiopatia hipertensiva). Essas medidas podem levar à queda da morbimortalidade, especialmente nesse grupo de pacientes que têm aumento no risco de desenvolverem hipertensão crônica, acidente vascular cerebral e doença isquêmica coronariana, além de maiores chances de complicações em novas gestações. 669 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-451 RELATO DE CASO: NEFROPATIA DA IgM Moura Neto JA,Dantas LGG,Paschoalin RP,Fonseca FS,Moura Junior JA,Paschoalin NP,Silva CAB Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim Introdução: Depósitos de IgM à microscopia de imunofluorescência (IF) podem ser encontrados em pacientes com doença de lesões mínimas (DLM), glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF), e glomerulonefrite proliferativa mesangial. No entanto, muitos especialistas acreditam que a nefropatia da IgM é uma entidade distinta, caracterizada por proliferação mesangial e depósitos mesangiais predominantes de IgM. DLM associada à presença desses depósitos representa um pior prognóstico, com baixas taxas de resposta à terapia imunossupressora.Paciente: 17 anos, sexo feminino, com história de edema há três anos associado à artralgia. Encaminhada pelo reumatologista com suspeita diagnóstica de lúpus eritematoso sistêmico. Não houve confirmação diagnóstica. Usou empiricamente corticóide em baixas doses durante dois anos com melhora parcial do edema. A proteinúria manteve-se em níveis nefróticos. Antecedentes pessoais: correção de CIA há nove anos. Sem antecedentes patológicos na família. Ao exame físico: corada, anictérica, afebril, peso: 76 kg; FC: 64 bpm; normotensa; eupneica. Sem outras alterações cardiovasculares ou respiratórias. Abdome sem anormalidades. Edema +/4+ em mmii. Últimos exames antes da biópsia renal: hemoglobina (Hb): 12,1 g/L; urina tipo I: proteínas 1+; 03 leucócitos pc. Sódio: 139 mEq/L; potássio: 4,1 mEq/L; uréia: 10 mg/dL; creatinina (Cr): 0,5 mg/dL; albumina: 2,5 g/dL; proteinúria: 2,7 g/24h. Lipidograma normal. Frações do complemento normais. ANCA negativo. FAN + (padrão nuclear pontilhado 1:80); anti DNA não reagente; anti Sm NR; anti Ro NR.. Biópsia renal: 17 glomérulos com mínima hipercelularidade mesangial. Alças capilares sem espessamento. Vasos, túbulos e interstício sem alterações. Estudo de IF demonstrou depósitos de IgM com padrão granular em mesângio. Proposto tratamento com ciclosporina 4 mg/Kg (125mg 12/12h). Paciente retornou após dois meses do tratamento com PA 100x60 mmHg, edema de mmii (+/4+). Referiu hipertricose, sem outras queixas associadas. Exames: Hb: 11,6 g/L; Cr: 0,6 mg/dL; proteinúria: 2,9 g/24h. Discussão: Descrevemos aqui um caso de glomerulopatia da IgM em uma paciente de 17 anos com quadro de proteinúria de longa data, com proposta terapêutica de cliclosporina, sem evidências de melhora após dois meses do tratamento. 670 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-464 Distúrbios Metabólicos na Doença Hipertensiva Gestacional Hentschke MR,Barros A,Pizzutti L,Brentano V,d’Avila DO,Antonello IC,Pinheiro da Costa BE,Poli-de-Figueiredo CE,Gadonski G Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil,Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS – Brasil Introdução: A prevalência mundial de obesidade vem aumentando. Pesquisas avaliando gestantes obesas têm permitido uma melhor compreensão de complicações perinatais. Sabe-se que a gestante obesa e dislipidêmica apresenta maior risco para desfechos cardiovasculares, bem como aumento de complicações fetais. O índice de massa corporal (IMC) está ligado a doenças cardiovasculares e metabólicas: diabetes (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e dislipidemia. Esses fatores estão associados a maior incidência de Doença Hipertensiva Gestacional (DHG). Objetivo: Analisar o perfil metabólico das puérperas que desenvolveram DHG. Casuística e Métodos: Estudo observacional, prospectivo. A amostra foi composta por puérperas que desenvolveram DHG e permaneceram em acompanhamento ambulatorial. Foram incluídas 249 puérperas atendidas entre Agosto de 2003 e Dezembro de 2010, idade: 30,6 + 7,3 anos. A IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose foi usada como base para classificar dislipidemia: HDL-C baixo; Hipertrigliceridemia isolada; Hipercolesterolemia isolada; Hiperlipidemia mista (LDL-C > 160 mg/dL e TG >150 mg/dL) e HDL-C baixo associado a Hiperlipidemia mista. As pacientes foram atendidas conforme protocolos padronizados. Resultados: IMC foi usado para classificação nutricional das pacientes (Gunatilake, 2011). 232 pacientes foram assim classificadas: 1 paciente baixo peso (0,4%); 52 peso normal (22,4%); 65 sobrepeso (18,5%); 43 obesidade grau I (18,5%) e 39 obesidade grau II (16,8%). Para a classificação de dislipidemia, foram analisados dados de 119 pacientes que possuíam exames de perfil lipídico. Destas, 77 apresentaram um dos quatro tipos de dislipidemia, o equivalente a 64,7% do total. O HDL-C baixo foi responsável por 68,8% dos casos e a Hipertrigliceridemia isolada por 14,3% dos casos de dislipidemia.Conclusão: Observa-se que o IMC de 49% das pacientes foi elevado. O perfil lipídico mostrou que mais da metade da amostra possuía algum tipo de dislipidemia, sendo a maior parte decorrente do HDL-C baixo, seguido pela hipertrigliceridemia isolada. Assim, as mesmas necessitam de acompanhamento clínico, tanto para manejo de dislipidemia e obesidade, quanto para orientações referentes aos desfechos cardiovasculares e riscos maternos e perinatais. 671 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-584 Síndrome hemolítica urêmica. Apresentação de caso com evolução favorável. Barcelos FL,Figueiredo JB,Gatto GC,Filho PMO,Moura FJD,Teixeira BP,Ponte AG,Guimarães ALN,Silva EVC,Sebba GJ,Costa FB,Medeiros IN,Studart MMMQ,Veiga JPR Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília,Hospital Universitário de Brasília,Universidade de Brasília Introdução: A síndrome hemolítica urêmica (SHU) é um tipo de microangiopatia trombótica (MAT) definida pela plaquetopenia, anemia hemolítica e insuficiência renal aguda (IRA) que é classificada em típica (relacionada à diarréia) e atípica (associada a mutações genéticas e defeitos adquiridos do complemento).Objetivo: Discutir relato de jovem com diarréia sanguinolenta com progressão para IRA e anemia hemolítica revertida com infusão de plasma fresco congelado(PFC). Relato de Caso Paciente com 16 anos foi admitida no serviço com diarréia sanguinolenta com 05 dias de evolução em uso de ciprofloxacin e metronidazol há 01dia. Apresentava anemia, esquizócitos, IRA oligúrica refratária à reposição volêmica, plaquetopenia, aumento de LDH e redução de haptoglobina. Durante a internação, evoluiu com choque séptico, distensão abdominal associado a sinais de distensão colônica na rotina de abdome agudo. Diante disso, foi suspensa a dieta oral, iniciada antibioticoterapia de amplo espectro e suporte em terapia intensiva com terapia renal substitutiva(TRS). Iniciou-se, pela gravidade clínica, infusão PFC (20ml/kg) e metilprednisolona (25mg 6/6h). A resposta terapêutica foi avaliada pelos níveis de LDH, esquizócitos e plaquetas. Houve melhora progressiva com suspensão de TRS após 01 semana e recuperação completa da função renal após 20 dias de tratamento. Discussão: Neste relato destaca-se a gravidade do quadro e a dificuldade na diferenciação de uma diarréia infecciosa complicada com megacólon, choque séptico e coagulação disseminada de uma SHU desencadeada por colite hemorrágica. Nesse caso, há sinais de MAT, plaquetopenia(9mil), RNI-1,5, relação TTPA 1,14 com provas reumatológicas negativas. Os fatores de confusão foram o curto tempo de latência entre o inicio da diarréia e o da SHU e os sinais de colite complicada com megacólon. A paciente estava em uso de ciprofloxacin que piora a evolução clínica pela síntese e liberação de toxinas pela Escherichia coli O157. Além disso, é descrito o megacólon tóxico decorrente de infecções por E.coli O157 somado à SHU. O último foi revertido com colectomia e ileostomia, TRS e corticóide. Pela evolução favorável do atual caso, optou-se por não realizar retossigmoidospia e biópsia renal pelos riscos e benefícios inerentes aos mesmos. Conclusão: É importante a identificação precoce da doença, a instituição da terapêutica adequada e a implantação de Métodos microbiológicos para o correto diagnóstico. 672 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-291 INSUFICIÊNCIA RENAL EM PACIENTE COM PROLAPSO UTERINO GRAU III PASCUOTTE F,RIBEIRO MCN,TOKUDA BM,LIMA EQ HOSPITAL DE BASE - FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP,HOSPITAL DE BASE - FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP,HOSPITAL DE BASE - FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP,HOSPITAL DE BASE - FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP Introdução: Prolapso uterino é a descida do útero pelo canal vaginal devido ao enfraquecimento de estruturas abdominais de sustentação por aumento da pressão intra-abdominal, déficit de estrógenos, multíparas com partos vaginais ou pós-menopausa. Ocorrem uropatia obstrutiva, calculose e infecção do trato urinário em 3040% das pacientes com prolapso uterino. Insuficiência renal crônica secundária é incomum e subdiagnosticada, pois há dificuldades no acompanhamento preventivo ginecológico. Objetivo: Relatar caso de insuficiência renal crônica e ureterohidronefrose em paciente com prolapso uterino. Casuística/Método: M.L.S.A., 83 anos, feminina, branca, doméstica, natural e procedente de José Bonifácio-SP, católica, casada, multípara, sem comorbidades conhecidas, foi admitida em janeiro/2012 com tonturas, vômitos, sonolência e dispnéia há 1 dia. Exame físico: regular estado geral, normotensa, normocárdica, freqüência respiratória=26 ipm, afebril, Glasgow=13; roncos pulmonares e sibilos difusos; edema de membros 2+/4+. Inspeção genital com prolapso uterino grau III (quase todo o útero era externo à vulva). Hemoglobina=12,1, leucócitos=13.150–segmentados=82%, proteína C reativa=6,57; pH=7,19/pCO2=24/pO2=93/HCO3-=8,8; Na+=151 mEq/L, Uréia (Ur)=208 mg/dL, Creatinina (Cr)=8,6 mg/dL), cálcio total=8,4 mEq/L, fósforo=7 mEq/L. Urina I, potássio e magnésio séricos normais. Rx de tórax: aumento da área cardíaca e infiltrado peri-hilar bilateral. Ultrassonografia: aumento da ecogenicidade do parênquima renal e dilatação ureteropielocaliciar bilaterais, sem visualização de fator causal. Iniciou-se tratamento com Cefepime (pneumonia) e passagem de sonda vesical, com boa diurese (Ur=136; Cr=3,1). A paciente não apresentava condições clínicas para correção do prolapso. Urocultura positiva para Escherichia coli (sensível à Cefepime). Houve melhora de função renal (Cr=2,0; Ur=88), distúrbios (Na+=142; K+=3,6; pH=7,39/HCO3-=17) e leucocitose. No entanto, reiniciaram-se picos febris. Urocultura de controle positiva para Enterobacter spp, sensível à Piperacilina+Tazobactam, havendo substituição do antibiótico. Porém, a paciente faleceu no final de janeiro/2012. Resultado/Conclusão: Desenvolvimento de insuficiência renal crônica e ureterohidronefrose por prolapso uterino são incomuns, ocorrendo em mulheres com baixas escolaridade e renda familiar, acesso restrito a meios de informação e programas de saúde, acarretando subdiagnóstico e retardo no tratamento de tais patologias. 673 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-392 ANÁLISE DO PADRÃO HISTOLÓGICO DE BIÓPSIAS RENAIS EM UM ÚNICO SERVIÇO DE NEFROLOGIA E DA RELAÇÃO ENTRE FIBROSE INTERSTICIAL E ACHADOS GLOMERULARES Zica DS,Alvarenga AS,Pereira GMJ,Oliveira AA,Machado FACF,Galo KM,Silva IF,Maciel OS,Araújo SA,Castro S Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Introdução: A biópsia renal constitui um instrumento fundamental para o diagnóstico e prognóstico de diversas patologias, mas a maioria dos serviços não dispõem de registro sistemático dos Resultados das análises histológicas. Por este motivo realizamos o levantamento do padrão histológico desta instituição. Objetivos: analisar a frequência dos diagnósticos histológicos e relacionar os achados glomerulares, túbulo-intersticiais e vasculares. Casuística e Métodos: Foram analisados os laudos de 138 biópsias realizadas entre janeiro e dezembro de 2011, avaliados com relação ao número de glomérulos na amostra e as alterações histológicas presentes, além do diagnóstico histológico e etiológico, quando possível. Foi realizada ainda correlação entre a fibrose túbulo-intersticial dividida em ausente/discreta e moderada/grave com os achados glomerulares e vasculares. Os dados foram analizados utilizando-se os testes de Mann Whitney e Exato de Fisher. Resultados: Foram analisados 138 biópsias, 51,4% foram do sexo feminino. A média de glomérulos presentes foi de 21 (variando de 1 a 86). Os diagnósticos histológicos encontrados foram: GESF 19,5% sendo 7,2% da forma colapsante; glomerulonefrite membranosa 13,7%, proliferativa difusa 10,1%; proliferativa focal 5%, Glomérulos normais totalizaram 26%; doença de depósito glomerular 7%, mesangiocapilar 1,4%; Microangiopatia trombótica 0,7%. Nefrite túbulo-intersticial 8,7% e necrose tubular aguda 2,2%. Glomerulonefrite crescêntica estava presente em 5,1%. Os principais diagnósticos etiológicos foram nefrite lúpica (18,8%); nefropatia IgA (8,7%), nefropatia diabética (5,8%); GNDA (1,5%); amiloidose 0,7%. Uma vez que sabidamente o prognóstico das doenças renais tem relação com o grau de fibrose túbulo-intersticial foi avaliada a associação desta com os achados glomerulares e vasculares. A fibrose túbulo-intersticial moderada/grave esteve significativamente associada a glomeruloesclerose global (p<0,0001), glomeruloesclerose segmentar e hiperplasia vascular. Não houve relação estatisticamente significante com percentual de crescentes, proliferação ou expansão de matriz mesangial. Conclusão: O presente estudo descreve os principais achados histológicos presentes em biópsias renais realizadas nesta instituição. A fibrose intersticial esteve associada de forma estatisticamente significativa com a presença de esclerose glomerular global e segmentar além de alterações vasculares. 674 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-708 Síndrome de Churg Strauss em paciente idosa e sem pródromo alérgico: relato de caso. Karina Zoghbi,Scheila do Socorro Vasconcelos Ávila da Costa,José Miguel Alves Júnior,Ana Paula Azevedo Banhos,Laiane Moraes Dias,Sandra Michele da C. de A. Cavalcante,Vania Maria Pimentel Lucas,Rafaela de Castro Oliveira Pereira Braga UFPA,UEPA,UEPA,Hospital Saúde da Mulher – Belém-PA Introdução: a síndrome de Churg Strauss (SCS) é uma vasculite de médios e pequenos vasos, ANCA relacionada, com idade média do diagnóstico aos 40 anos, sendo incomum em pacientes acima de 65 anos. Sua patogênese é desconhecida, 40-60% dos pacientes com SCS apresentam ANCA positivo. Os órgãos mais acometidos são pulmão e pele, além dos sistemas renal, gastrointestinal, cardiológico, neurológico. Objetivos: relatar um caso de SCS em paciente fora da idade média de diagnóstico, na ausência de pródromo de atopia, rinite alérgica ou asma. Casuística: um caso. Métodos: descrição da anamnese, exame físico e exames complementares. Resultados: MMNS, feminina, 68 anos, admitida com história de dispnéia, edema de membros inferiores, hematêmese, redução do volume urinário, elevação das escórias nitrogenadas. Ao exame físico, presença de “rush” em abdome e membros inferiores, além de algumas úlceras nesta última topografia. Indicado hemodiálise. Antecedentes: hipertensão arterial sistêmica, obesidade e doença ulcerosa péptica. Laboratório inicial: Ur 140, Creat 2,28. Hematúria 80-100 hemácias/campo. Proteinúria 24h = 444mg/dl. Sorologias hepatites, HIV, FAN, cANCA e pANCA negativos. Complementos normais. USG de aparelho urinário com rins de tamanho e ecogenicidade preservados. EDA: gastrite de corpo e antro erosiva de leve intensidade. Evoluiu durante internação com sibilância de difícil manejo, afastado componente de volume, descompensação cardíaca e infecção, associado a tosse com escarro hemoptóico e eosinofilia > 10% no sangue periférico. TC de tórax: opacidades em vidro fosco em ambos os pulmões. Diante de sibilância, eosinofilia e infiltrado pulmonar migratório, critérios para SCS pela American College of Reumatology (ACR), além do comprometimento da pele, rins e trato digestivo, paciente foi submetida pulsoterapia com metiprednisolona 1g/dia por 3 dias, desaparecendo por completo o “rush”, a sibilância e os escarros hemoptóicos, assim como teve queda acentuada proteína C reativa e melhora da função renal e suspensão da necessidade dialítica. A biópsia renal mostrou glomerulonefrite proliferativa endo e extracapilar com crescentes focais (8/15), com atrofia túbulo-intersticial de 10%. Conclusões: paciente teve diagnóstico de SCS baseado nos critérios clínicos da ACR, complementado pela biópsia renal. 675 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-282 FUNCIONALIDADE FAMILIAR E SUPORTE SOCIAL DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE Natalia Fernanda Braido,Simone Márcia da Silva,Fabiana de Souza Orlandi UFSCar,UFSCar,UFSCar, Serviço de Nefrologia de São Carlos, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos. Introdução: O aumento da população idosa é considerado um fenômeno mundial, e no país em desenvolvimento como o Brasil, a transição demográfica ocorre de forma radical e bastante acelerada. Doenças próprias do envelhecimento ganham maior expressão no conjunto da sociedade, dentre elas estão às doenças crônicas, e uma prevalente é a Insuficiência Renal Crônica (IRC). Diante dessa doença e com a sua forma de tratamento, os pacientes sofrem mudanças na forma de viver, alterações físicas, psicológicas e sociais e nas formas de enfrentamento da pessoa e da sua própria família. Para que esse sofrimento possa ser amenizado, é necessário a presença das redes de apoio, particularmente a da família, porque essa permite que o paciente enfrente com coragem e esperança os sintomas da patologia. Objetivos: Avaliar a funcionalidade familiar e o suporte social, por meio do APGAR de Família e Escala de Suporte Social. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado no Serviço de Nefrologia de São Carlos. A amostra foi constituída de 80 sujeitos. Foram utilizados na coleta de dados: Instrumentos de Caracterização dos Sujeitos, APGAR de Família e Escala de Suporte Social. Todos os preceitos éticos foram respeitados. Resultados: Dos 80 sujeitos, a maioria era do sexo masculino, com idade média de 54,30 anos (±14,27) e escolaridade média de 3,29 anos (±1,73). Com relação ao tratamento hemodialítico, o tempo médio foi de 3,60 anos (±4,14). Com relação à funcionalidade familiar, a maioria dos sujeitos apresentou boa funcionalidade (n=66), em contraposição à pacientes com moderada e elevada disfunção familiar, respectivamente. Quanto ao Suporte Social, verifica-se o escore médio obtido foi de 3,80 (±0,64) para o Suporte Social instrumental e a pontuação média de 3,98 (±0,76) para o Suporte Social emocional. Conclusões: O que predominou no APGAR de Família foi à boa funcionalidade familiar, e em relação à Escala de Suporte Social, a média maior foi obtida através da análise do Suporte Social Emocional. Os achados do presente estudo vão ao encontro dos dados da literatura uma vez que os Resultados condizem com os Objetivos dos instrumentos, que é avaliar a estrutura e a funcionalidade familiar e o suporte social do adulto e do idoso renal crônico. 676 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-86 HEMODIÁLISE EM PACIENTE COM ERRO INATO DO METABOLISMO POR DEFICIÊNCIA DE ARGINASE: SITUAÇÃO ATÍPICA DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA Leonardo Horácio de Brito,Luciana Alves,Danielle Amaro,Victor Jordão,Ronaldo Roberto Bérgamo,Renata Conessa,Eva Helena Leandrini,Henrique Gitti Ragognete,Luiza Pinto Simões,Marcella Laferreira,Daniel Rinaldi,Carolina Nunes de Oliveira Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC,Faculdade de Medicina do ABC Introdução: A deficiência de arginase é uma doença autossômica recessiva ligada ao cromossomo X, e constitui um erro inato do metabolismo do grupo das doenças do ciclo da uréia (DCU). Resumo: T.M., 15 anos, apresentou quadro de convulsão, com primeiras manifestações aos 5 anos de idade, sem demais sinais ou sintomas clínicos. Com o aumento da amônia iniciou episódios mais frequentes de convulsão. Na admissão, revelou Uréia de 4mg/dL e creatinina de 0,2mg/dL, com amonemia de 345mg/dL. Foi realizada hemodiálise para redução dos níveis de amonia, com retorno a níveis basais em torno de 70mg/dL. Paciente evoluindo com melhora dos sintomas e controle dos níveis de amônia com tratamento farmacológico e dieta hipoproteica suplementada com aminoácidos. Objetivo: Comparação evolutiva do quadro do paciente com a descrição atual na literatura, assim como uma revisão da fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Metodo: Revisão de prontuário de paciente. Discussão: As doenças do ciclo da ureia são o resultado do déficit enzimático de uma das enzimas que compõem a via metabólica de excreção do azoto. A apresentação clínica destas doenças pode ocorrer no período neonatal, durante a infância ou mesmo na adolescência ou idade adulta. A estimative de vida destes pacientes é de cerca de 5 anos. O tratamento nutricional baseia-se na implementação de uma dieta restrita em proteína natural e suplementada com uma mistura de amino- ácidos essenciais. É fundamental a avaliação do estado nutricional destes pacientes, pois podem ocorrer repercussões negativas no crescimento e desenvolvimento. Conclusão: Existem ao menos 2 categorias de deficiência de arginase. O impacto clínico deste distúrbio é severo, sendo portanto fundamental o diagnóstico precoce e controle da amoniemia visando evitar crises e melhor prognóstico neurológico. A hemodiálise nos casos agudos é uma das terapias de escolha. 677 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-472 Indígenas residentes na zona urbana de Manaus têm menos risco para doenças cardiovasculares do que os brancos e afrodescendentes Toledo NN,Martin LC,Matos MM,Gilsirene S,Mianbourg EMT,Franco RJS Universidade Federal do Amazonas-UFAM,Faculdade de Medicina Botucatu-UNESP,Universidade Federal do Amazonas-UFAM,Universidade Federal do AmazonasUFAM,Universidade Federal do Amazonas-UFAM,Faculdade de Medicina Botucatu-UNE Introdução. Sabe-se da a > prevalência de hipertensão arterial (HÁ), e piora no perfil de risco cardiovascular (CV) global que ocorre com a migração de populações isoladas para zonas urbanas. A HA é considerada um dos principais riscos para doença CV no mundo. Objetivo: avaliar a prevalência de HA e risco CV de indígenas habitantes da periferia de Manaus e compará-lo aos brancos e afrodescendentes (Afrod) do mesmo local. Casuística e Métodos. Foram avaliados 78 indígenas e comparados com 113 controles não indígenas (24 brancos e 89 Afrod). Foram avaliados clinica e laboratorialmente. Os indígenas foram referência. As variáveis que apresentaram diferença estatística entre esses grupos compuseram análise de regressão logística. Resultados. A média idade 42 ± 15,9 anos, 53 mulheres. Moradores de Manaus há 18±11 anos. A pressão arterial foi de 116±12.4 x 76±9,2 mm Hg. A prevalência de HA foi de 7,7% e diabetes foi de 2.6% e o IMC de 26 ± 3.9 Kg/m2. Os indígenas apresentaram < frequência de HA e diabetes, < IMC e níveis de triglicerídeos, > frequência de atividades física vigorosa e uso de álcool, comparado aos não indígenas. Essas variáveis compuseram modelo de regressão logística utilizando como variável desfecho a presença de HA. O risco relativo da presença de HA foi semelhante para brancos e indígena e > para os Afrod, mesmo no modelo ajustado, como segue na tabela abaixo: Conclusão: Indígenas habitantes há longo tempo em Manaus apresenta baixa prevalência de HA, porém o risco relativo desta doença foi semelhante a dos brancos quando ajustada para os fatores de confusão. O risco relativo de HA dos Afrod foi superior ao das demais etnias mesmo no modelo ajustado Sexo Masculino ïndigena (referência) Afrodescendente Branco Diabetes + Álcool Atividade Física Intensa IMC Kg/m2 Triglicérides (mg/dL) P 0,372 0,030 0,946 0,938 0,298 0,183 0,904 0,317 Risco Relativo 1,549 3,173 0,942 0,952 0,480 0,482 1,006 1,002 IC 95% Superior 0,592 1,118 0,166 0,277 0,121 0,164 0,917 0,998 678 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 IC 95% Inferior 4,053 9,009 5,338 3,270 1,913 1,411 1,103 1.005 SESSÃO POSTER P-809 DESFECHOS CLÍNICOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL DOADOR FALECIDO SUBMETIDOS OU NÃO À TERAPIA DE INDUÇÃO COM BASILIXIMAB/ TIMOGLOBULINA Zica DS,Pereira GMJ,Pereira AB,Alvarenga AS,Nascimento IMSM,Paulo TA Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte,Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte O transplante renal é o tratamento de escolha no que se refere à sobrevida dos pacientes com doença renal crônica terminal. Terapias de indução são usualmente utilizadas em receptores sensibilizados contra antígenos HLA, retransplantes e pacientes com risco de apresentar função tardia do enxerto (FTE). Objetivo: Comparar os desfechos do transplante renal doador falecido em pacientes que receberam indução com basiliximab ou timoglobulina e os que não necessitaram indução. Casuística e Métodos: Coorte prospectiva de 109 pacientes transplantados renais de doador falecido no período de abril de 2007 a maio de 2011, separados em dois grupos, os que receberam indução com basiliximab ou timoglobulina (36) e os que não receberam indução (73) à época do transplante, acompanhados até março de 2012. Foram comparados em relação às características de base no momento do transplante e aos desfechos clínicos. Foram utilizados Teste exato de Fisher, T-teste, Teste Mann Whitney e curvas de Kaplan-Meier comparadas por Mantel-Cox. Resultados: Com relação às características de base, o grupo de pacientes induzidos apresentava de forma significativa maior tempo de isquemia fria (18,7 x 14,5 horas) e maior número de indivíduos com indicação de prioridade para transplante (16,6% x 0%). Não houve diferença em relação a idade, gênero e diagnóstico de diabetes. Durante o período de acompanhamento, os pacientes não induzidos apresentaram menor incidência de FTE (RR 0,66), de infecção por CMV (RR 0,67) e menor taxa de mortalidade (RR 0,52). Não houve diferença em relação a número de episódios de rejeição aguda, ocorrência de complicações cirúrgicas e perda do enxerto. Em relação aos níveis séricos de creatinina, no primeiro mês eles foram significativamente maiores no grupo induzido (2,5 mg/dl x 1,7 mg/dl), mas sem diferença com um ano de transplante (1,8 mg/dl x 1,3 mg/dl). Conclusão: Nesta coorte o grupo de pacientes que necessitaram terapia de indução apresentou no momento do transplante maior tempo de isquemia fria e indicação de transplante prioritário. Durante o acompanhamento os pacientes induzidos apresentaram com significância estatística maior incidência de FTE, infecção por CMV e maior taxa de mortalidade. Não houve diferença entre os grupos em relação à creatinina após 1 ano de transplante. Introdução: 679 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-670 Cystatin C, kidney function and cardiovascular risk factors in primary hypertension. João Victor Leal Salgado,Ana Karina França,Elisângela Milhomem dos Santos,Nayra Anielly Cabral,Elane Viana Hortegal,José de Ribamar Oliveira Lima,Alcione Miranda dos Santos,Natalino Salgado Filho Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão Objective: To investigate the clinical usefulness of serum cystatin C (Scys) and cystatin C based equation for the prevention of chronic kidney disease in primary hypertensive patients, and correlate these markers with risk factors for cardiovascular disease. Methods: A cross-sectional study was performed in 199 middle aged adults at basic health unit. Kidney function assessment included measurements of serum creatinine (Scr) and Scys levels, 24-h microalbuminuria (MA), as well as glomerular filtration rate (GFR) through Larsson and MDRD study equations. Bland-Altman plot analysis was used to calculate the agreement between equations. Results: High levels of Scys were found in 22% of the patients, even with normal values of GFR estimated by MDRD study equation. Systolic blood pressure and MA correlated better with Scys than Scr, but there was no correlation between Scys and diastolic blood pressure. Gender, age ≥60 yrs, MA and uric acid were significantly associated with high Scys levels. After multivariate analysis , only age ≥60 yrs (RR=6.4; p <0.001) and males (RR=3.0; p =0.006) remained associated with high Scys levels. Conclusions: Cystatin C can be used as a screening marker for both detecting mild declines of renal function and preventing the risk for cardiovascular events in hypertensive subjects with presumably normal renal function. 680 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-678 Estimativa de Excreção Urinária do Sódio e Uréia a partir de Amostras de Urina Isoladas em Sujeitos Saudáveis - Estudo-Piloto René Scalet dos Santos Neto,Mayara Redana,Pedro Froldi Vieira,Raphael Paris Rosan,Bruno Francisco Dias,Teresa Garcia Koehler,Miguel Carlos Riella PUCPR,Fundação Pró-Renal,PUCPR,PUCPR,PUCPR,Fundação Pró-Renal,PUCPR Introdução: A avaliação da excreção de sódio e uréia através de amostras urinárias de 24 horas é laboriosa e sujeita a dificuldades de execução técnica por parte do paciente. A amostra isolada é considerada de fácil execução e conveniente ao paciente, sendo considerada uma alternativa para a avaliação de excreção urinária.Objetivos: Realizar a estimativa de excreção de sódio e uréia urinários em sujeitos saudáveis através de uma amostra isolada e estabelecer uma faixa de avaliação em comparação ao exame de urina de 24 horas.Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo transversal, em que foram avaliados 9 sujeitos saudáveis dentro do estudo piloto. Foram coletadas amostras urinárias isoladas matutinas e vespertinas, além da avaliação de 24 horas, sendo realizadas 3 amostragens em períodos diferentes. Foram avaliados: sódio, uréia e creatinina urinários. Para a comparação de cada avaliação isolada com a avaliação de 24 horas, foi considerado o teste t de Student para amostras pareadas. A correlação entre as avaliações isoladas com a avaliação de 24 horas, foi avaliada estimando-se o coeficiente de correlação de Pearson. Valores de p<0,05 indicaram significância estatística. Os dados foram analisados com o programa computacional Statistica v.8.0.Resultados: Para cada uma das coletas parciais (1ª da manhã e fim de tarde), testou-se a hipótese nula de que a média da coleta é igual à média da coleta de 24h, versus a hipótese alternativa de médias diferentes. A mediana da amostra de relação uréia/creatinina foi de 13,2 para a amostra matutina, 13,8 para a amostra vespertina e 15,7 para a amostra de 24h (p=0,005 para amostra matinal x 24h e p=0,040 para vespertina x 24h). A mediana da amostra de relação sódio/creatinina foi de 1,0 para a amostra matutina, 1,0 para a amostra vespertina e 1,4 para a amostra de 24h (p=0,029 para a amostra matinal x 24h e p=0,538 para amostra vespertina x 24h). Conclusões: As amostras isoladas de sódio subestimam os valores de 24h, sendo que o valor matutino apresenta certa relevância estatística. As amostras isoladas de uréia também subestimam os valores de amostras de 24h, sendo que a amostra vespertina apresenta relevância estatística comparada à amostra matinal. Há necessidade de coleta de maior número de amostras para inferir qual período do dia se correlaciona melhor com a amostra de 24h. 681 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-462 Diabetes e Hipertensão Arterial Sistêmica entre indígenas que residem na cidade Toledo NN,Almeida GS,Martin LC,Mainbourg EMT,Franco RJS Universidade Federal do Amazonas-UFAM,Universidade Federal do Amazonas-UFAM,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Universidade Federal do AmazonasUFAM,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Introdução: Dados do Ministério da Saúde revelam que há 23.000.000 pessoas no país são portadoras de Diabetes e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Considerada importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, a HAS é responsável por 40% das mortes por acidente vascular cerebral, 25% das mortes por doença arterial coronariana e quando associada à diabetes, representa cerca de 50% dos casos de insuficiência renal terminal. Deste modo, a principal relevância do diagnóstico e controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, doença renal crônica e doença arterial periférica. Objetivo: Avaliar os fatores de risco para HAS e Diabetes em um grupo de indígenas que residem em Manaus. Método: Trata-se de um estudo transversal, representativo dos principais grupos étnicos e de não indígenas vizinhos dos mesmos, que residem na cidade de Manaus. Foram realizadas medidas antropométricas e da pressão arterial e avaliação dos índices glicêmicos. Análise estatística empregou o teste do Qui-quadrado e o nível de significãncia foi atribuído quando p ≤ 0,05. Resultados: Dentre os participantes do estudo 35 eram indígenas da etnia Sateré Mawé e 43 das etnias do alto Rio Negro. O grupo comparativo de não indígenas, foram 43 vizinhos dos indígenas Sateré Mawé e 70 vizinhos dos indígenas do alto Rio Negro. Índice de Massa Corporal (IMC) >25 mas < 30 foi classificado como sobrepeso e ≥ 30 obesidade identificados em (54,4%) dos indígenas, significativamente menor que (78,8%) dos não-indígenas. A medida da Relação Cintura Quadril e circunferência do pescoço foi semelhate entre os dois grupos independente do sexo. A frequência da medida da pressão arterial acima de 130/85 mmHg foi significativamente menor nos indígenas (19,2%) comparado aos não-indígenas (41%). A frequência da glicemia de jejum menor que 126 mg/dl teve têndencia de ser menor nos indígenas (2,6%) comparado aos não indígenas. Conclusão: Os dados apontam que o grupo de indígenas encontra-se sob menor isco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares do que a população não indígena, por apresentar menor grau de obesidade, menor frequência de hipertensão e de diabetes. A menor frequencia de excesso de peso deve ter protegido os índígenas de desenvolverem hipertensão e diabetes. Seria importante identificar quais fatores ambientais e/ou genéticos que poderiam estar influenciando nessa proteção 682 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-104 INTERNAÇÕES HOSPITALARES DE PACIENTES SUBMETIDOS A SERVIÇO DE HEMODIÁLISE NO NORTE DE MINAS Caires MMA, Santos JMM FUNORTE, Montes Claros-MG,FUNORTE, Montes Claros-MG Resumo: Introdução: A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) revela que o Brasil tem mais de 85 mil pacientes com doença renal crônica em sua maioria (90%) mantida em programa de hemodiálise. No tratamento dialítico, as comorbidades dos pacientes são elevadas e relacionadas às doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, anemia, susceptibilidade à infecção, entre outras. Objetivo: O presente estudo teve como Objetivo geral conhecer a incidência de internações hospitalares associada à infecção de pacientes em processo dialítico. Metodologia: Tratou-se de estudo descritivo com base em pesquisa documental e retrospectiva. O estudo foi realizado em uma instituição de saúde da cidade de Brasília de Minas (Norte de Minas Gerais). A coleta de dados baseou-se em prontuários de pacientes submetidos a processo dialítico nos últimos dois anos. As etapas do projeto foram aprovadas pelo CEP/SOEBRAS protocolo nº 0387/10. Resultados: Um total de 104 prontuários foi analisado, sendo que 59 (56,73%) pertenciam a pacientes do sexo masculino, dentro da faixa etária entre 15-25 anos (3 pacientes, 5,08%), entre 26-35 anos ( 2 pacientes, 3,38%), entre 36-45 anos ( 11 pacientes, 18,64%), entre 46-55 anos ( 9 pacientes, 15,25%) e maiores de 55 anos ( 34 pacientes, 57,62%) . Um total de 16 (15,38% dos casos) internações, devido a infecção, foi observado no grupo de prontuários avaliados. Discussão: Com base nos dados do estudo é possível sugerir que mesmo a amostra sendo reduzida a incidência de internações devido a processos infecciosos ainda é relevante. Outra observação importante é a deficiência de registros de dados nos prontuários avaliados. Conclusão: Entende-se que são necessárias medidas educativas voltadas para o profissional de saúde com o intuito de melhorar a assistência ao paciente dialítico e estabelecer estratégias de prevenção e tratamento e melhora de qualidade de vida do paciente em hemodiálise. Palavras-chave: Internação, Hemodiálise, Assistência em saúde 683 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-822 Evolução do pós-operatório imediato e no primeiro mês de pacientes pediátricos submetidos a transplante renal em Unidade de Terapia Intensiva em um Hospital Terciário Pediátrico de São Paulo. Padovan FL,Menezes AL,Pinto GCC,Couto SB,Macedo ACL,Metran CC,Silva JDM,Henriques LS,Watanabe A,Vaisbich MH,Delgado AF,Schvartsman BGS Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP,Instituto da Criança - HCFMUSP Introdução: O transplante renal melhora a sobrevida e qualidade de vida da criança com insuficiência renal crônica (IRC). A evolução no pós-operatório é pouco descrita em pediatria e seu melhor conhecimento permite melhor prevenção e planejamento terapêutico. Objetivos: Avaliar evolução pós-operatória na Unidade de Terapia Intensiva e no primeiro mês de 33 transplantes renais (32 pacientes) através das variáveis: tempo de isquemia fria, PRISM, ventilação mecânica, droga vasoativa, imunossupressor de indução, infecção, complicações cirúrgicas, necessidade de diálise, clearance de creatinina, diurese, tempo de internação e mortalidade. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo realizado em hospital terciário pediátrico de São Paulo, com análise das variáveis citadas, em transplantes realizados de Julho 2008 a Março de 2012, pelo método de Fisher. Resultados: As causas de IRC nos 32 pacientes (mediana da idade 9,1 anos) foram: uropatia-19, glomerulopatia-3, tubulopatia-2, outras-7. A mediana do tempo de isquemia fria foi 20 horas. O escore PRISM resultou em mediana de 1,3% (0,2-6,2%). A mediana de FiO₂ máxima foi 30% (21-60%) e do tempo de ventilação mecânica foi um dia. Drogas vasoativas foram usadas em 18/33 (mediana de um dia) e hipotensores intravenosos em 4/33 transplantes. Indução de imunossupressão com timoglobulina foi realizada em 10/33 transplantes (alto risco para rejeição) e com basiliximabe no restante. As infecções foram: relacionadas a cateter-4, infecção urinária-2, peritonite-2 e sepse-1. As complicações cirúrgicas foram: sangramento-4, trombose e enxertectomia-3 e fístula urinária-1. Cinco de 32 pacientes dialisaram, sendo a hemodiafiltração contínua a mais utilizada. As medianas do clearance de creatinina e diurese no 1° pós-operatório foram 20ml/min/1,73m2 e 3,6ml/kg/h, e ao final de 30 dias 90ml/min/1,73m2 e 3,7ml/kg/h, respectivamente. A mediana do tempo de internação em UTI foi 4 dias (2-23 dias), com mediana de internação total 15 dias (5-45 dias). Houve um óbito por sepse (3%). Não houve diferença estatística entre pacientes acima e abaixo de 20 Kg nas variáveis: escore PRISM, ventilação mecânica, complicações, tempo de internação em UTI e hospitalar. Conclusão: Os pacientes apresentaram boa evolução no primeiro mês após transplante renal, com curta permanência em UTI, apesar do uso elevado de drogas vasoativas. A sobrevida do paciente foi de 97% e do enxerto de 91% no período estudado. O peso abaixo de 20 kgs não influenciou a morbidade 684 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-730 Hipertensao arterial e disturbios miccionais em pacientes com sindrome de Williams-Beurens Furusawa EA, Honjo RS, Lanetzki CS, Dutra RL, Kulikowski LD,Kim CA, Schvartsman BGS Nefrologia Pediatrica do Instituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Genetica do Instituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universi do do Hosptital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Nefrologia Pediatrica do Instituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Lim 36-Instituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Lim 3-Laboratorio de patologia do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Genetica do nstituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,Nefrologia Pediatrica do Instituto da Crianca do Hospital da Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo Introdução: A síndrome de Williams-Beurens (SWB) é causada por uma microdeleção na região 7q11.23 e caracterizada por dismorfismos faciais típicos, deficiência intelectual, anormalidades renais e auditivas e cardiopatia, principalmente estenose supra-valvar aórtica (ESVA). As alterações renais ocorrem em 18% dos pacientes e incluem ectopia renal, hidronefrose, hipoplasia ou agenesia renal, refluxo vésicoureteral, distúrbios miccionais e nefrocalcinose. A hipertensão arterial (HA) é um achado comum nesses pacientes, podendo ser secundária à estenose da artéria renal. Objetivo: Descrever os principais achados clínicos de pacientes com SWB com microdeleção 7q11.23, enfatizando a HA e os distúrbios miccionais Metodos: Foram avaliados 65 pacientes (40 do sexo masculino), com idades entre 2 e 59 anos (mediana de 14 anos), com características físicas sugestivas de SWB, seguidos na unidade de Nefrologia e de Genética do Instituto da Criança do HCFMUSP. A técnica de Multiplex Ligation Dependent Probe Amplification ®(MLPA®) foi usada com kit específico para SWB (MRC Holland) contendo sondas dos genes ELN, CLIP2, TBL2< STX1A, LIMK1, RFC2, FZD9 e FKBP6. As sondas foram hibridadas ao DNA e os fragmentos ligados foram amplificados por PCR e analisados com software específico. A avaliação clínica incluiu pesquisa de distúrbios miccionais e investigação de HA.Resultados: A deleção de 1.55 e 1.83 Mb da região 7q11.23 foi detectada em 55/65 ( 84,6 %) pacientes. Os achados clínicos nestes 55 pacientes foram: fácies típica (98,2%), atraso de desenvolvimento neuropsicomotor (98,2%), comportamento hipersociável (94,5%), hiperacusia (94,5%), e cardiopatia (81,8%). Dentre os pacientes com cardiopatia, 42,2% apresentaram ESVA, 26,7% estenose pulmonar e 31,1% outras cardiopatias isoladas ou em associação. A HA foi detectada em 20 pacientes (36,4%), com idade entre 4 e 23 anos, sendo que 4/20 pacientes apresentaram estenose de artérias renais e 3/20 foram submetidos a cirurgia de revascularização. As queixas geniturinárias estavam presentes em 47/55 pacientes, principalmente urgência miccional e enurese noturna.Conclusões: A técnica de MLPA foi eficaz na detecção da microdeleção na região 7q11.23, possibilitando a confirmação diagnostica de SWB. A HA foi um achado importante nas crianças com SWB ocorrendo na infância. Ressaltamos a importância da medida da pressão arterial em crianças com SWB para o diagnostico precoce da hipertensão arterial. 685 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-293 Melhora da capacidade aeróbica diminui a rigidez arterial, hipertrofia miocárdica e inflamação em pacientes com doença renal crônica Silva VRO,Shiraishi FG,Stringuetta-Belik F,Franco RJS, Hueb JC, Gonçalves RS, Martin LC Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Pacientes com doença renal crônica (DRC) geralmente apresentam intolerância ao exercício, rigidez arterial e hipertrofia cardíaca, fatores associados a um mau prognóstico. A hipótese deste estudo foi provar o efeito benéfico de um programa de exercício em pacientes com DRC. Os pacientes foram selecionados no ambulatório de DRC em tratamento conservador. A avaliação se iniciou com a realização de teste ergométrico, com protocolo de Bruce realizado em esteira ergométrica, para excluir os pacientes com doença arterial coronariana e estratificar a capacidade aeróbica por meio do VO2max estimado obtido. Foi avaliada pressão arterial central e rigidez arterial com o aparelho Sphygmocor e realizado Eco Doppler para a mensuração de diâmetros arteriais e de massa cardíaca. Foram coletados também exames laboratoriais completos para estabelecer o grau de insuficiência renal e inflamação. Os pacientes foram incluídos em um programa de exercícios que consistia em aquecimento, treinamento aeróbico e de força muscular por cerca de uma hora e trinta minutos, três vezes por semana, durante quatro meses. Todas as avaliações foram repetidas após o fim do programa de treinamento. Teste “t” de Student foi aplicado e os Resultados foram apresentados como média ± DP. Os Resultados mostraram uma melhora na capacidade aeróbica (p = 0,009), acompanhada pela diminuição da rigidez arterial (p=0,04) e hipertrofia cardíaca (p=0,044), com menor estado inflamatório (p=0,035) e tendência a diminuição da espessura de carótida (p=0,07). Em Conclusão, constatou-se que um programa de treinamento físico tem efeito benéfico em pacientes com DRC. Além disso, pela primeira vez, foi documentada a regressão da hipertrofia cardíaca com protocolo de treinamento físico na DRC. FAPESP 2010/11755-4; FAPESP 2009/02060-5; CNPQ 70/2008. 686 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-245 Avaliação dos fatores de risco para desenvolvimento de Doença Renal Crônica em adultos atendidos pela Estratégia Saúde da Família na Região Leste de Goiânia, Goiás. Oliveira CCJ,Prado AP,Braga AKP,Naghettini AV,Pereira ERS,Ganzaroli VA,Andrade GB,Pinto FKMS,Pedroso JHV Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Nutrição UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG,Faculdade de Medicina UFG Introdução: No Brasil, a incidência de novos pacientes de Doença Renal Crônica (DRC) cresce cerca de 8% ao ano e estima-se que existam mais de 1,2 milhão de brasileiros com a enfermidade. Conhecendo essa alta incidência da doença e a falta de estudos sobre sua epidemiologia, percebe-se a necessidade de buscar e analisar seus fatores de risco. Objetivo: Avaliar a prevalência da DRC e a presença dos seus fatores de risco em nível individual e familiar em adultos acima de 18 anos atendidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) na Região Leste de Goiânia. Casuística e Métodos: Foi feito um estudo transversal de base populacional, através da entrevista de indivíduos atendidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) em 4 microrregiões da Região Leste de Goiânia, avaliando os indivíduos acima de 18 anos. Os dados pesquisados foram: história familiar e/ou pessoal de Diabetes Mellitus (DM), obesidade e hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença renal pregressa (DRP), peso (kg), estatura (cm), circunferência abdominal (cm), pressão arterial (mmHg), creatinina, microalbuminuria e determinação do clearance de creatinina. Resultados: Na amostra estudada, de 455 indivíduos entrevistados, 338 pertenciam à faixa etária de interesse. Entre esses, a média de idade foi de 42,4 anos (±12,6), e 108 (31,95%) eram do sexo masculino. Em relação aos fatores de risco, 30 (8,9%) referiram história pessoal de DM, 160 (47,3%) referiram DRP, 92 (27,2%) apresentavam história familiar de obesidade. A avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC) identificou 201 (59,5%) indivíduos com sobrepeso, sendo desses, 79 (23,4%) obesos. 102 (30,17%) indivíduos apresentaram hipertensão arterial casual. Identificamos microalbuminúria (mcg/mg) média de 18,0 (±11,0), com 23/169 casos (13,6%) com alteração. Quanto ao clearance de creatinina, obteve-se valor médio de 105,2 (±26,5) em mulheres, com 10/110 (9,1%) casos de alteração; e 101,9 (±30,84) em homens, com 7/46 (15,2%) casos de alteração. Entre os indivíduos com alterações nos exames laboratoriais, 55,9% apresentava sobrepeso ou obesidade e 23,5% apresentou hipertensão casual. Conclusão: Os fatores de risco para a DRC foram amplamente encontrados nos indivíduos entrevistados, pois dentre os Resultados alterados, grande parte apresentou um ou mais fatores de risco, especialmente sobrepeso/obesidade e hipertensão casual, o que ressalta a importância da identificação e tratamento desses fatores na população para prevenir a DRC. 687 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-468 Hipertensão Maligna como causa de Abdome Agudo Vascular Nihei CH,Teofilo LT,Araujo RMM,Costa CMM,Giannotti MA,Iriya K,Mion-Junior D,Silva GV Nefrologia HCFMUSP SP,Nefrologia HCFMUSP SP,Nefrologia HCFMUSP SP,Patologia HCFMUSP SP,Patologia HCFMUSP SP,Patologia HCFMUSP SP,Nefrologia HCFMUSP SP,Nefrologia HCFMUSP SP Introdução: Hipertensão Maligna é caracterizada por elevação aguda e grave da pressão arterial associada a complicações em órgãos-alvos:insuficiência renal, encefalopatia hipertensiva, insuficiência cardíaca e hemorragia retiniana associada a papiledema. No entanto,raramente está associada a isquemia intestinal . Relato de Caso: Paciente feminina, branca, 22 anos, com diagnóstico de hipertensão há 4anos, sem seguimento médico.Apresentava dois meses de quadro abdominal com náuseas, vômitos e emagrecimento de 12kg, sem alterações do hábito intestinal, sem febre. Procurou Pronto Socorro emagrecida (35kg/ IMC 13kg/m²), PA=210X140mmHg FC=110bpm. Restante do exame físico inalterado, exceto por dor abdominal difusa sem descompressão brusca. Exames laboratoriais iniciais:anemia (Hb:7.2g/dl), leucocitose (17850/mm3), plaquetas normais (514.000/m3); insuficiência renal (Cr 1,40 mg/dl, Uréia 44mg/dl), urina normal (pH5,0/Densidade 1015 /Glicose e Proteína ausente/ leucócitos 28mil/ml /eritrócitos 3mil/ml), aumento discreto de desidrogenase láctica (949 U/l-normal até 618) e bilirrubina indireta (1,10mg/dl– normal até 0,6). No entanto, após o quarto dia de internação, evoluiu com piora da dor abdominal, descompressão brusca positiva, aumento da PA e rebaixamento do nível de consciência.Foi submetida a Laparotomia Exploradora que evidenciou isquemia difusa do intestino delgado, submetida a enterectomia,24 horas após foi realizada revisão da cavidade com necessidade de ampliação da ressecção e Colectomia Direita. Anatomo-patológico da peça revelou alterações vasculares compatíveis com Hipertensão Maligna: necrose isquêmica segmentar e arteríolas com esclerose em fase maligna. Foi realizada investigação de causas secundárias de hipertensão porém sem identificar doença subjacente. Angio-TC sem alterações de adrenais ,ultrassom Doppler com fluxo normal de artérias renais, rins de tamanho e ecogenicidade normais; Ecocardiograma com hipertrofia concêntrica moderada (Septo:15mm;Parede posterior:15mm). Aldosterona/APR:3,92, catecolominas no sangue e urina normais; Triagem para trombofilias negativa: anticoagulante lúpico, anticardiolipina,proteína C, S, antitrombina III, mutação fator V de Leiden; Pesquisa de Auto imunidade complemento, FAN, antiDNA, ANCA, toda negativa.Conclusão: Embora as lesões da hipertensão maligna sejam mais comuns em retina,coração,cérebro e rim, pode ocorrer acometimento de outros órgãos, como o intestino delgado e grosso. 688 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-797 CARACTERIZAÇÃO DA TRANSIÇÃO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL EM CÉLULAS ENDOTELIAIS ISOLADAS DO CORDÃO UMBILICAL HUMANO INDUZIDA POR TGF-β Origassa CST,Salvador FA,Carrasco FB,Nogueira E,Almeida CD,Moraes MR,Pacheco-Silva A,Camara NOS Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo,Universidade Federal de São Paulo A incidência de nefropatias crônicas progressivas tem crescido consideravelmente nas últimas décadas. A fibrose túbulo-intersticial é um evento marcante da doença renal crônica e considerado um importante preditor de disfunção renal. O tecido fibroso é causado pelo acúmulo de fibroblastos, miofibroblastos e matriz extracelular. Apesar das controvérsias existentes, miofibroblastos podem ser derivados dos fibroblastos residentes e os fibroblastos podem ser derivados de células epiteliais renais. Recentemente, outro fator foi adicionado a este complexo sistema: os fibroblastos podem também ser derivados de células endoteliais pelo processo de transição do endotélio mesenquimal (TEndM). A TEndM renal é um processo em que as células do endotélio perdem as características fenotípicas endoteliais e adquiri novas, que são características das células mesenquimais, proporcionando uma fonte rica e renovável de miofibroblastos. Foi demonstrado na transição do epitélio mesenquimal que a heme oxigenase-1 (HO-1), enzima endógena quando em níveis elevados pode suprimir a lesão renal, mesmo após a instalação efetiva da fibrose renal sendo capaz de reverter a doença, responsável por inibir à infiltração de células inflamatórias, devido a sua ação antioxidante, anti-inflamatória e anti-apoptótica. Este estudo teve como Objetivo isolar células endoteliais do cordão umbilical humano, detectar a presença dos marcadores CD105, CD31, CD45 e CD34 na superfície celular das células endoteliais para confirmar o fenótipo celular, utilizando a técnica de imunofiuorescência e citometria de fluxo, e induzir a transição do endotélio mesenquimal por TGF-beta, a partir das células mesenquimais derivadas da TEndM podemos analisar a expressão da HO-1 por PCR em tempo real e expressão de moléculas reacionadas com as vias de sinalização Wnt, NFAT, NFkB, Mapk e Akt. Os Resultados caracterizam o processo de TEndM em modelo de lesão renal crônica in vitro, mostrando a cascata de sinalização responsável pela ativação. O PCR em tempo real apresentou uma expressão alta da heme oxigenase-1 na indução da TEndM pelo TGF-beta. Uma vez que esse processo não está claramente descrito na literatura sua caracterização se faz importante para o desenvolvimento terapêutico em doenças renais. 689 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-533 ENVOLVIMENTO RENAL EM PACIENTES COM A SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDIO (SAAF) Gabriela Studart Galdino,Ana Patrícia Freitas Vieira,Andreza Liara Machado de Oliveira Guedes,Maria Regina Melo da Justa Feijão,Dana Cortes Feitosa,Rafael Sucupira,Geraldo Bezerra da Silva Junior,Elizabeth De Francesco Daher Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade de Fortaleza; Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará Introdução: A síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAAF) é caracterizada por eventos trombóticos associados à presença do anticorpo antifosfolipidio, podendo acometer diversos sistemas, sendo o acometimento renal um dos mais importantes. Objetivos: Investigar o envolvimento renal em pacientes com SAAF. Casuística e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo com 48 pacientes com diagnóstico confirmado de SAAF acompanhados pelo HEMOCE em Fortaleza, Ceará, no período de 2010 a 2011. Foram avaliadas as características clínicas, laboratoriais e a evolução da doença. Para a análise estatística utilizou-se o software SPSS versão 16.0, sendo considerados dados estatisticamente significativos valores de p<0,05. Resultados: A média de idade dos pacientes estudados foi 40,71 ± 11,85 anos, sendo a maioria do sexo feminino 40 (83,3%). Os sinais vitais revelaram que a média da PAS foi 130,33 ± 22,5 mmHg, PAD 86,2 ± 15,2 mmHg, pulso 82,92 ± 19,6 bpm e a FR foi de 18,46 ± 2,15 rpm. Os principais exames laboratoriais mostraram Hb 11,9 ± 2,05mg/dL, Ht 35,9 ± 5,8%, Cr 2,09 ± 2,8, Ur 61,8 ± 48,7mg/dL, Acido Úrico 4,46 ± 1,7 mg/dL, TAP 38,9 ± 24,5s,TTPA 2,24 ± 57,5s, Na 139,7 ± 3,4mEq/L, K 4,66 ± 0,53mEq/L, Ca 5,6 ± 3,6mEq/L. Plaquetopenia (<150.000) foi observada em 18 (38,3%) dos pacientes. Comparando pacientes com Cr≥1,3mg/dL e Cr< 1,3 mg/dL, observou-se nos pacientes com Cr≥1,3mg/dL maiores níveis de ácido úrico (8,53±1,29 vs. 4,5±2,21mg/dL, p=0,016), baixos níveis de sódio (132,6±3,4 vs. 136,1±2,15mEq/L, p=0,023) e menores valores de TTPA (26,69±4,74 vs. 40,1±14,7s, p= 0,002). Conclusões: Importantes alterações renais podem ser observadas em pacientes com SAAF. Os fatores associados ao desenvolvimento de lesão renal foram hiperuricemia, hiponatremia e baixos níveis de TTPA. 690 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-321 Prevalência da Doença Renal Crônica em uma População Urbana no sul do Brasil Piccoli AP,Nascimento MM,Riella MC Fundação Pró-Renal Paraná,Fundação Pró-Renal Paraná,Pontifícia Universidade Catolica do Paraná Paraná Introdução: A incidência e prevalência da doença renal crônica (DRC) vem crescendo nos últimos anos de maneira progressiva. Em vista disto, medidas preventivas que possam detectar as fases iniciais desta doença e estabelecer estratégias de intervenção se tornam cada vez mais necessárias. Objetivo: O Objetivo deste estudo é determinar a prevalência de Doença Renal Crônica através da Taxa de Filtração Glomerular estimada realizado em uma população urbana de uma cidade brasileira. Métodos: De Janeiro de 2008 a Dezembro de 2010 um total de 5216 indivíduos residentes na cidade de Campo Largo (Paraná) foram submetidas a um screening para detecção de doença renal crônica. Todos os participantes foram avaliados quanto a dados demográficos, diagnóstico de hipertensão arterial (HAS), diabetes melitus (DM), análise do índice de massa corporal (IMC), proteinúria e função renal pela análise da creatinina sérica e cálculo da taxa de filtração glomerular através da fórmula MDRD-EPI. Resultados: Dos 5216 indivíduos avaliados, 64% eram mulheres, a idade média foi de 45(±15, 18 – 87 anos) e mais de 90% da raça branca. O índice de massa corpórea média foi de 27kg/m2(± 5,0). A creatinina média foi de 0,89mg/dl no sexo masculino e 0,83mg/dl no sexo feminino. Proteinúria foi observada em 6,0% da população avaliada, e mais prevalente em indivíduos diabéticos (22 versus 6% - (ChiSquare 6,6; p< 0,001). Os níveis séricos de creatinina se mostraram significativamente maiores nos pacientes com HAS (0,92x0,88mg/dl – ChiSquare 5,7; p < 0,02). A prevalência de hipertensão foi muito superior nos indivíduos diabéticos que na nos não diabéticos (83x17% - ChiSquare 105; p˂ 0,001). Segue classificação dos 5216 indivíduos avaliados para Doença Renal Crônica através da Taxa de Filtração Glomerular Estimada. Conclusões: Programas preventivos de detecção precoce de DRC devem ser instituídos principalmente para populações de risco (hipertensos e diabéticos) e constituem programa de saúde pública no que diz respeito a ações que diminuam a incidência de DRC em nossa população. 691 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-297 NÍVEIS SÉRICOS DE 25-0H VITAMINA D EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE Albuquerque MNC,Freitas ACP,Gouveia EC,Silva JRC,Tavares-Souza AP,Lopes LMV,Neiva Coelho S,Sette L,Oliveira CBL,Albuquerque FN,Lampropulos J,Pereira Filho R Hospital Barão de Lucena Recife PE,Hospital Barão de Lucena Recife PE,Hospital Barão de Lucena Recife PE,Hospital Barão de Lucena Recife PE,Hospital Barão de Lucena Recife PE,Hospital das Clinicas da UFPE,Hospital das Clínicas da UFPE,Hospital das Clínicas da UFPE,Hospital das Clínicas da UFPE,Yale School of Medicine CT - EUA,Yale School of Medicine - CT - EUA,Hospital Barão de Lucena Recife PE Introdução: Estudos observacionais sugerem um papel importante da vitamina D (Vit D) em pacientes com doença renal crônica (DRC). Há diferenças fisiológicas entre as forma ativa (1,25-VitD) e inativa (25-vitD). Dados sobre níveis de Vit D em pacientes em hemodiálise (HD) ainda são escassos, sobretudo no Nordeste do Brasil, região com níveis elevados e constantes de radiação solar. Objetivo: O Objetivo deste trabalho é descrever os níveis séricos de Vit D nos pacientes em HD em um serviço público de HD localizado em Recife – PE e verificar a relação entre os níveis de Vit D, PTH, duplo produto cálcio e fósforo e fosfatase alcalina. Métodos: Estudo transversal nos pacientes em HD em tratamento no Hospital Barão de Lucena em Recife. Foram coletadas amostras de sangue, e enviadas para laboratório conveniado. Conforme o método empregado para a dosagem, considerou-se nível sérico de 25-OH Vit D deficiente se menor do que 20ng/ml, entre 20 ng/ml e 30 ng/ml como insuficientes e acima de 30 como suficiente. Os dados foram representados pela média ± desvio padrão. Regressão linear simples foi usada para avaliar as associações entre níveis de Vit. D e demais variáveis. Resultados: Foram avaliados 53 pacientes com média de idade de 57 ± 11 anos e 54% foram do sexo masculino. O índice de massa corpórea foi 24 kg/m2 ± 4. A maioria dos pacientes era não-branco. O nível sérico médio de Vit D foi de 28 ± 11 ng/mL . Deficiência de Vit D foi constatada em 19 % dos casos, insuficiência em 34% e suficiência em 47% dos pacientes avaliados. Não foi evidenciada associação entre níveis de Vit D e do PTH (R2=0.003), produto Ca x PO4 (R2=0.01) ou da fosfatase alcalina (R2 = 0.03). Conclusão: Pacientes renais crônicos em HD, residentes em cidade com baixa latitude e com alta e constante incidência de radiação solar, apresentaram prevalência elevada de carência de Vit D. 692 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-723 Avaliação da Taxa de Filtração Glomerular em crianças e adolescentes portadores de infecção pelo HIV Leão FVF,Succi RC,Carvalhaes JTA,Machado DM,Cançado MAP,Gouvea AB,Santos TF,Bononi F,Aguiar LCB,Beltrão S,Tanaka MAB UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP Introdução: As complicações renais da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e ao longo do tratamento com drogas antiretrovirais são uma das maiores preocupações que surgiram com o aumento da sobrevida das crianças e adultos jovens. Óbito devido à falência renal vem aumentando de menos de 1% para 5% e se tornando uma importante causa de mortalidade nos indivíduos infectados no período perinatal. O comprometimento da função renal caracterizada pela diminuição na taxa de filtração glomerular (TFG) ocorre em 3% dos pacientes adultos em um período de dois a três anos de seguimento e está associado com o grau de imunodeficiência e aos fatores de risco tradicionais para lesão renal. Objetivo: avaliar prospectivamente a taxa de filtração glomerular em uma coorte de crianças e adolescentes infectadas pelo HIV acompanhada num serviço de referência na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Metodologia e casuística: avaliação clinica da função renal através da TFG estimada pela fórmula de Schwartz em uma coorte de 115 crianças e adolescentes infectados pelo HIV seguidos em um ambulatório de referência com intervalo médio de seis meses entre as avaliações. Resultados: Foram observados 115 pacientes, 50,4% do sexo masculino com idade média de 12,6 anos (1,5a-19,5a), 12/115 afrodescendentes com transmissão vertical em 106/115 pacientes. A maioria dos pacientes foi considerada eutróficos e apresentavam manifestações clínicas e imunológicas da infecção pelo HIV de moderada a grave (B/C e 2/3 respectivamente). Recebia terapia antirretroviral combinada 101/115 dos pacientes. A carga viral foi detectável em 65/115 dos pacientes com log10 médio=3,47 (±1,04). A contagem de células TCD4+ foi normal (≥500cél/mm3) em 79/115. Dos 115 pacientes 108 (93,9%) apresentavam hiperfiltração glomerular com média de TFG=161ml/min/1,73m2 (±27) e TFG=163ml/min/1,73m2(±32) no segundo momento . Nenhum paciente apresentou TFG≤60ml/min/1,73m2 e não houve correlação com a classificação da infecção pelo HIV e com o uso da TARV. Conclusão: A hiperfiltração glomerular pode ser a primeira alteração da função renal em crianças e adolescentes infectados pelo HIV e sugerimos sua avaliação rotineira. 693 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-604 Atuação da Psiconefrologia no Brasil Kelly Cristina Wengrat,Bruna Paes de Barros UNIGRAN,UNIGRAN Introdução: Psicólogos têm atuado nos centros de Nefrologia de todo o Brasil, em serviços de pesquisa, assistência e eventos científicos. Não há trabalhos publicados que retratem a atuação destes profissionais no Brasil. Objetivos: retratar a atuação de psicólogos nos serviços de Nefrologia do Brasil. Casuística e Métodos: Este estudo contempla um trabalho de Conclusão de curso superior em Psicologia, de modo que serão contatados, por meio eletrônico, 700 serviços de Nefrologia (Centros e Associações) cadastrados na Sociedade Brasileira de Nefrologia. Primeiramente as instituições estão sendo contatadas para a autorização da participação do psicólogo (se assim houver), solicitando o email do profissional psicólogo, para que então, o termo de consentimento livre e esclarecido seja enviado, e somente após o aceite do profissional é que o questionário sobre a atuação profissional em Nefrologia será enviado. De posse dos questionários respondidos até 30 de julho (conforme cronograma do estudo), daremos inicio a tabulação e tratamento estatístico dos dados. Emails padrão estão sendo enviados em lotes de 25 instituições diariamente, de modo que a caixa de entrada do email do autor não fique sobrecarregada e para organização dos dados. Resultados: Os convites estão sendo enviados para os serviços. Como o cronograma deste estudo dá prazo para os profissionais responderem até o dia 30 de julho, nossos dados são preliminares. Dos 25 serviços convidados, até o momento, 9 concordaram em participar do estudo. Conclusões: A atuação de psicólogos nos serviços de Nefrologia é uma realidade, sobretudo pela inserção do atendimento multiprofissional em saúde. Como o estudo está em andamento, respeitando o cronograma acadêmico, os primeiros ainda são preliminares. Deste modo, para que os Resultados finais não fiquem comprometidos, a Conclusão só poderá ser realizada após o tratamento estatístico dos dados. 694 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-82 Função Sexual e Qualidade de Vida em Pacientes portadores de Doença Renal Crônica tratados por Hemodiálise dos Santos MS,Valle LJ,Madeira LC,Paslowski JR,Tornatore AR,Reges AS,Nunes MH,Uliano G,Barcellos FC,Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL Introdução: A disfunção sexual atinge um elevado percentual dos pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) tratados por diálise, é subdiagnosticada, e pode acarretar ou marcar pior qualidade de vida. Objetivos: Avaliar a prevalência e fatores associados à ocorrência de atividade sexual e a disfunção sexual, além de suas relações com qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL), em uma amostra de pacientes portadores de DRC tratados por hemodiálise. Casuística: 83 pacientes adultos tratados por hemodiálise há mais de três meses em hospital universitário brasileiro. Métodos: Estudo transversal com levantamento de dados demográficos, clínicos, laboratoriais, nutricionais e avaliação de HRQoL através do questionário KDQOL-SF. Para análise da ocorrência de atividade sexual e da qualidade subjetiva da função sexual foram utilizadas questões do KDQOL-SF. A análise estatística foi realizada através de regressão logística e linear com uso do pacote STATA 10.0. Resultados: A amostra foi composta por 64% de indivíduos de sexo masculino, 71% brancos, 30% diabéticos, com média de idade de 61,6±1,9 anos e tempo de diálise de 31,4±3 meses. 39% da amostra relatou ausência de atividade sexual no último mês. A presença de atividade sexual esteve associada a melhores escores nas escalas Lista de Problemas e Sintomas, Papel Profissional e Função Social, em análise ajustada. Entre os pacientes com atividade sexual no último mês, 45% relatou função sexual normal, o que esteve associado, na análise bivariada, a sexo masculino, idade mais jovem, ausência de diabete, menor tempo em hemodiálise, situação de bem nutrido e melhor Funcionamento Físico. Em modelo multivariado com variáveis demográficas e clínicas, a associação permaneceu significativa somente para idade. Após a inclusão das variáveis de HRQoL, a associação da função sexual com idade foi perdida, permanecendo a associação com Funcionamento Físico.Conclusões: Cerca de 60% da amostra relatou vida sexual ativa, e cerca de metade desse grupo refere algum grau de disfunção sexual. Os pacientes sem atividade sexual relataram uma maior percepção subjetiva de sinais e sintomas relacionados à diálise e pior qualidade de vida em seus aspectos sociais, mesmo após análise ajustada. A disfunção sexual, na presente amostra, não esteve associada a pior HRQoL emocional, mas esteve associada a pior HRQoL física (Funcionamento Físico), o que parece mediar a associação entre idade e disfunção sexual. 695 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-540 Fatores de risco e prevalência de insuficiência renal aguda em UTI de um hospital privado de Teresina (Piauí ) LUCIANO MIRANDA SÁ FILHO,JONAS MOURA DE ARAÚJO,AVELAR ALVES DA SILVA,ANDRESSA ALVES DE ANDRADE SILVA FACID - FALCULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL,FACID - FALCULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL,UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIUAI,FACID - FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL A insuficiência renal aguda (IRA) é definida como perda da função renal de maneira súbita e potencialmente reversível independentemente da etiologia ou mecanismos, provocando acúmulo de escórias nitrogenadas, acompanhada ou não da diminuição da diurese. A IRA é mais comum em paciente hospitalizado. Apresenta elevada morbi-mortalidade e elevado custo financeiro ao sistema de saúde. Quando presente, a IRA tem evolução desfavorável em aproximadamente 5% dos pacientes admitidos em hospital geral e cerca 30% das admissões nas UTIs. Objetivo: Verificar os fatores de risco e prevalência de IRA na UTI de um hospital geral. Métodos e casuística: Trata-se um estudo retrospectivo, transversal, dados coletados da análise de 487 prontuários de pacientes internados na UTI de um hospital privado, no período entre janeiro de 2009 a dezembro de 2010 que desenvolveram IRA durante internação. Resultado: Cerca de 20% (92/487) dos pacientes admitidos na UTI tiveram IRA. A maioria (55,9%) era do gênero masculino. Sepses foi responsável pela internação da maioria (17%) dos pacientes na UTI. Neste estudo, os fatores de risco mais comumente associados à IRA foram: choque hipovolêmico, choque séptico e drogas nefrotóxicas. Tiveram evolução para óbito aproximadamente 23% dos pacientes. Conclusão: a Insuficiência Renal Aguda apresentou uma elevada mortalidade apesar dos recentes avanços nas medidas de prevenção e terapêuticas empregadas nas UTIs e as causas pré-renais foram os principais fatores de risco para IRA nesta população estudada. Palavras-chaves: Insuficiência renal aguda; Prevalência; UTI; Fatores de riscos. 696 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-847 Papel renoprotetor da Bradicinina pós transplante renal. Carlos Eduardo Neves Amorim,Eliana Nogueira,Kikume Osaki,Sandro Soares,Niels Câmara,Ronaldo de Carvalho Araujo UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP A importância do sistema calicreína cinina e renina angiotensina na fisiologia renal já e consenso na literatura científica, porém, poucos trabalhos visaram sua interação pós-transplante renal. Nosso trabalho visou verifica-los através da genotipagem dos polimorfismos inserção/deleção e +9/-9 relacionados com a expressão de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e da expressão do Receptor B2 de Cininas respectivamente, de 263 pacientes transplantados renais. Os Resultados demográficos obtidos demonstraram aumento da frequência do alelo D (alta atividade da ECA) como também para o alelo +9 (menor expressão do receptor B2) nesses pacientes em relação ao controle. Verificamos também maior frequência do mesmo alelo ligado aos altos índices de creatinina plasmática, como no sétimo dia pós-transplante onde encontramos um percentual muito elevado de indivíduos com o genótipo DD, inviabilizando a alta hospitalar comum nesse período, aumentando tanto o custo do tratamento pós-transplante como o risco de infecção. Concomitantemente os indivíduos DD se mostraram mais associados tanto com os índices de rejeição (NCE) como com a perda do enxerto. Portanto, podemos concluir que pela interação bioquímica dos sistemas estudados na fisiopatologia renal podemos sugerir que os altos níveis de ECA, o consequente aumento nos níveis de Angiotensina II, a possível mediação do receptor B1 e o aumento na degradação de bradicinina sejam, senão o motivo principal, um dos motivos pelos quais esse paciente com genótipo DD apresente esse prognóstico tão desfavorável pós-transplante renal. 697 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-299 O papel da capacidade aeróbica na rigidez arterial e proteína c-reativa em pacientes renais crônicos em tratamento conservador Silva VRO,Shiraishi FG,Stringuetta-Belik F,Martin LC,Gonçalves RS,Hueb JC,Franco RJS Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP,Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP A doença renal crônica (DRC) está associada à maior rigidez arterial (RA) que acarreta em elevado risco cardiovascular. O persistente estado inflamatório, comum na DRC, leva à produção de muitas citocinas inflamatórias, dentre elas a Proteína C-reativa (PCR). O Objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre capacidade aeróbica, RA e estado inflamatório em pacientes com DRC em tratamento conservador. Foram avaliados clinicamente e laboratorialmente 26 pacientes com DRC em tratamento conservador nos estágios de II a IV. Foi realizado teste ergométrico com protocolo de Bruce para avaliação da capacidade aeróbica desses pacientes com o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) estimado. Foram avaliados índices de RA, como a velocidade da onda de pulso (VOP), pressão arterial central (PAC), pressão de pulso (PP) e augmentation index (AIx), com o aparelho Sphygmocor. Foi mensurada a espessura da camada íntima-média das carótidas direita e esquerda por ultrassonografia. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a mediana do VO2máx, Grupo I (GI) formado por pacientes com valores abaixo da mediana e Grupo II (GII) com valores acima da mediana. Para a comparação entre os grupos utilizou o teste “t” e os dados foram apresentados como média ± desvio-padrão, com significância estatística de p≤0,05. A mediana do VO2max utilizada para a divisão dos grupos foi 24,7 ml/kg/min. O GI apresentou valor médio de VO2máx de 21,2±3,2 ml/kg/min (n=13) e GII de 32,5±5,9 ml/kg/min (n=13). A melhor capacidade aeróbica foi associada à menor PP (p=0,03), menores valores de PCR (p=0,02) e maior concentração de hemoglobina sérica (p=0,04). Em modelo de regressão múltipla o principal determinante do estado inflamatório nesses pacientes foi o VO2max (p=0,01). Em Conclusão, a melhor capacidade aeróbica resultou em menor estado inflamatório sistêmico, assim como menor RA em renais crônicos em tratamento conservador. Desfecho que sugere que o treinamento físico regular pode trazer benefícios a longo prazo sobre o sistema cardiovascular desses pacientes. FAPESP 2009/02060-5; 2010/11755-4. 698 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-761 EVOLUÇÃO DE ASPECTOS NUTRICIONAIS E METABÓLICOS DURANTE O PRIMEIRO ANO DE TRANSPLANTE RENAL Rafaela Siviero Caron Lienert,Carlos Eduardo Poli de Figueiredo,Ana Elizabeth Prado Lima Figueiredo PUCRS,PUCRS,PUCRS Introdução: O transplante renal (TR) é uma alternativa de terapia renal substitutiva (TRS) para pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio terminal que apresenta vantagens significativas em relação aos outros Métodos dialíticos. O TR promove a redução da toxicidade urêmica, melhorando o estado clínico e possibilitando a utilização de uma dieta menos restritiva. Porém, o TR não é livre de complicações nutricionais, as quais vão desde o pré-operatório ao pós-operatório tardio. Devido a isso, é necessário conhecermos o paciente em questão, avaliar adequadamente seu estado nutricional e os riscos que ele apresenta antes do transplante, e, junto à equipe envolvida, planejarmos ações que visam o sucesso da terapia e a diminuição das comorbidades associadas a ela. Objetivo: Avaliar as alterações de peso e de marcadores bioquímicos em uma amostra de pacientes após TR. Metodologia: Através de um estudo retrospectivo, observacional e descritivo, desenvolvido na Unidade de Nefrologia de um hospital universitário de Porto Alegre, foram avaliados registros de antropometria e marcadores bioquímicos feitos em prontuário de 41 adultos submetidos a TR durante um ano após o procedimento, a partir do TR (T0), aos 3 meses (T3) e 1 ano após o procedimento (12). Resultados: Valores de Índice de Massa Corporal (IMC) foram estatisticamente diferentes em To e T12 (23,60±4,73 vs. 25,31±4,96, P < 0.001) e T3 (P <0.05). Antes dos TR foi encontrado 8,82% de obesidade e após 1 ano 17,65%. A média de ganho de peso foi 8,3% durante o primeiro ano após TR. Foi observado que 5 (14%) dos receptores apresentaram perda ou manutenção do peso pré-TR e 32 (87%) apresentaram algum grau de ganho de peso. As dosagens de colesterol séricas mostraram-se significativamente reduzidas quando comparadas o primeiro e o segundo semestres pós-TR (P =0.041). Os níveis de glicose começaram a reduzir significantemente em T9 (P < 0.05) e mantiveram-se em queda até T12 (P = 0.039). Os demais marcadores bioquímicos avaliados não mostraram diferença significativa durante o período analisado. Conclusão: Os Resultados mostram que há aumento de peso após o primeiro ano após TR, modificando a classificação do IMC dos pacientes. Mais estudos são necessários para entendermos os mecanismos envolvidos neste ganho de peso e nas mudanças metabólicas após TR para buscarmos estratégias efetivas no manejo nutricional, a fim de promover benefícios a esta população. 699 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-659 AVALIAÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS ATENDIDOS EM UNIDADES BÁSICAS DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS – MA Pestana RMC,Santos AM Universidade Federal do Maranhão,Universidade Federal do Maranhão Introdução:As diretrizes de nefrologia recomendam a estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) para avaliar a função renal, utilizando equações que incluam a creatinina sérica como as desenvolvidas no estudo MDRD e no CKD-EPI. No entanto, essas equações apresentam discordâncias dependendo da população em estudo. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo transversal, com 128 pacientes, acompanhados em duas Unidades de Saúde do município de São Luís – MA, cujo Objetivo foi a avaliação, em pacientes diabéticos, do desempenho das equações MDRD e CKD-EPI em relação ao Clearence de Creatinina. Foram obtidos dados demográficos, antropométricos e laboratoriais. A taxa de filtração glomerular foi avaliada pelo Clearence de Creatinina, dosado em urina de 24 horas (ClCr) e estimada pelas equações MDRD e CKD-EPI. Para comparar as equações com ClCr, foi usado o teste de Wilcoxon. Para identificação dos fatores associados com filtração glomerular (FG) reduzida, foi utilizado o modelo de regressão logístiva, com nível significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 128 pacientes com média de idade 62,30 (± 10,53) anos, 74,22% do sexo feminino. O valor da TFG medida pelo ClCr foi de 98,87 (± 36,25) mL/min/1,73m². Quando estimada pela equação MDRD essa taxa foi de 85,89 (± 25,42) mL/min/1,73m² e pela CKD-EPI de 80,50 (± 21,39) mL/min/1,73m². Observou-se ainda, um nível médio de creatinina sérica de 0,89 (± 0,45) mg/dL. Quando avaliamos a concordância da equação MDRD com o Clearence de Creatinina, o valor do coeficiente kappa foi de 0,44. Entre a equação CKD-EPI e o ClCr, esse coeficiente foi de 0,43. Estiveram estatisticamente associadas à FG reduzida, as variáveis ácido úrico; para ClCr (p=0,0028), MDRD (p=0,041) e CKD-EPI (p=0,031) e idade igual ou superior a 65 anos; para as equações MDRD (p=0,016) e CKD-EPI (p=0,010). Conclusão:Dessa forma, as equações MDRD e CKD-EPI disponíveis para estimar a FG, apresentam discreta concordância com o Clearence de Creatinina. Desperta-se a importância do estudo e validação de marcadores de função renal mais sensíveis e específicos para grupos de risco, como em diabéticos. 700 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-756 CORRELAÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB), E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC), COMO MEDIDA ANTROPOMÉTRICA PARA COMPOR O PROTOCOLO DE AVALIAÇAO NUTRICIONAL DE PACIENTES EM DIÁLISE Astréa Ramos de Araújo, Sara Moreira Francischini, Sarita Amaral Boaventura, José Andrade Moura Jr., Edson Luis Paschoalin, Sandra Regina K. Pereira Paschoalin Clínica Senhor do Bonfim - Hemodiálise,Clínica Senhor do Bonfim - Hemodiálise,FAN-Faculdade Nobre de Feira de Santana,Clínica Senhor do Bonfim Hemodiálise,Clínica Senhor do Bonfim - Hemodiálise,Clínica senhor do Bonfim - Hemodiálise Introdução: Os indivíduos que se submetem à hemodiálise apresentam significante prevalência de desnutrição, que pode variar de leve a moderada e grave. A causa da desnutrição é multifatorial e inclui ingestão alimentar deficiente, distúrbios hormonais e gastrointestinais, restrições dietéticas, entre outras. A avaliação antropométrica é parte importante do diagnóstico nutricional a classificação de sobrepeso usando o Índice de Massa Corporal (IMC), chegou a ser citada por alguns autores como protetora para pacientes em diálise. De baixo custo e de maior sensibilidade, quando comparada ao IMC, a Circunferência Muscular do Braço (CMB), mostrou maior sensibilidade por avaliar principalmente as reservas musculares. Objetivos: Correlacionar os Resultados de avaliação antropométricas, obtidos por CMB e IMC, em pacientes dialisados. Casuística e Métodos: Observou-se 279 pacientes com DRC em hemodiálise pelo serviço de Nutrição e Dietética da Clínica Senhor do Bonfim Matriz. Foram coletados dados de antropometria (peso, altura, circunferência do braço e prega cutânea tricipital) além de informação do prontuário relacionada a idade. As medidas de altura foram feitas por estadiômetro de parede ou por estimativa usando a fórmula de Chunlea 1985 para pacientes cadeirantes. A CMB foi medida utilizando adipômetreo modelo Lange. Todas as medidas foram realizadas maia hora após a sessão de diálise, na 3a diálise da semana, seguindo o protocolo do serviço. Resultados: No gênero masculino, o total de desnutridos entre graves, moderados e leves, somam 76%, sendo a predominância para os graves com 61%, usando-se a CMB; já a avaliação com base no IMC mostrou, que os os indivíduos abaixo da normalidade para o mesmo gênero, somaram apenas 5,1%, havendo um percentual total de 27,6% considerados acima do peso normal. Conclusão: A CMB é um método de baixo custo e fácil aplicação, que demonstrou maior importante sensibilidade, podendo ser adotado como rotina na composição dos protocolos de avaliação nutricional em pacientes submetidos à diálise. 701 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-544 Fatores relacionados ao óbito em pacientes críticos em UTI na cidade de Pelotas/RS Ana Claudia Hise Ferrari,Luciana Jorge Valle,Martina Heller,Vanessa Arrué,Kamylla Schaidhauer,Thiago Henrique Lopes,Maria Cristina Gonzales Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas ,Universidade Católica de Pelotas – UCPEL, RS Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é definida como uma abrupta e sustentada queda da função renal e está relacionada a pacientes gravemente doentes em unidades de tratamento intensivo (UTI). Sua prevalência varia de 1,45% a 25,9% e sua mortalidade hospitalar corresponde a 60,3%. Por isso, é considerada fator prognóstico independente para a mortalidade de pacientes críticos em UTI. Objetivo: Neste estudo nosso Objetivo foi demonstrar quais fatores se relacionam com o óbito em pacientes críticos em UTI na cidade de Pelotas/RS. Metodologia: Estudo longitudinal prospectivo com 224 pacientes gravemente enfermos internados nas UTIs do Hospital São Francisco de Paula e da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, na cidade de Pelotas/RS. Foram incluídos pacientes que evoluíram com perda de pelo menos 25% da DCE inicial e maiores de 18 anos. Foram excluídos: transplantados renais, obesos mórbidos, doença renal crônica e/ou em diálise. Após o diagnostico da IRA (critério RIFLE), foi feito acompanhamento diário de variáveis consideradas pela literatura como importantes fatores no desenvolvimento da IRA até ao óbito ou alta hospitalar. Resultados: Neste estudo, o tempo de internação < 1 dia até a UTI, o tempo total de internação hospitalar < 13 dias, a etiologia isquêmica da IRA, o tempo de duração da IRA < 3 dias, o número de falência de 2 ou mais órgãos máximo e no diagnóstico, a presença e o choque séptico, o uso de droga vasoativa, o uso da ventilação mecânica, a necessidade de terapia substitutiva renal e a presença de hemoglobina menor que 9mg/dl estão associados com o óbito. 702 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-3 Ação do ácido nicotínico sobre a sereção e expressão de adiponectina e leptina em adipócitos 3T3-L1 submetidos à hipóxia Nakamichi R,Prates ME,Quinto MBR,Batista CM,Zanella MT UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP,UNIFESP Introdução: A obesidade tem sido considerada como a maior contribuinte para morbidade e mortalidade global e está vinculada a níveis epidêmicos de doença cardiovascular (DCV). A leptina e adiponectina estão implicados na gênese da obesidade. Estudos demonstram o envolvimento da hipóxia nas alterações das atividades celulares, resultando em uma redução na produção de adiponectina e elevando os níveis de leptina. O ácido nicotínico (NA) tem impacto favorável na prevenção cardiovascular e pode trazer benefícios adicionais na população de pacientes obesos, reduzindo os níveis séricos de leptina e elevando a adiponectina. Objetivo: Investigar o impacto do ácido nicotínico sobre a expressão e secreção de adipocinas em adipócitos antes e depois de hipóxia. Materiais e Métodos: Adipócitos foram tratados com AN por 24h e induzidos à hipóxia em diferentes períodos 4, 8 e 12h. Os níveis de leptina e adiponectina em sobrenadante celular foram avaliados através da técnica de imunoensaio enzimático. A análise de suas expressões foi realizada através do método de PCR em tempo real. Resultados: Nossos Resultados demonstraram uma redução na secreção de leptina em adipócitos tratados com AN em comparação a produção espontânea e um aumento de sua secreção associado aos diferentes períodos de privação de oxigênio. Adipócitos submetidos a 8 e 12 horas de hipóxia demonstraram um aumento nos níveis de leptina em comparação a secreção espontânea e uma diminuição em células tratadas com AN comparado com células submetidas a 12 horas de hipóxia. O AN aumentou a secreção de adiponectina quando comparado à secreção espontânea. O pré-tratamento elevou os níveis de adiponectina durante hipóxia. Foi demonstrado um aumento da expressão de RNAm em adipócitos tratados com AN em comparação a expressão espontânea, mas não exerceu efeitos na expressão de leptina. Em todos os períodos de hipóxia, houve um aumento na expressão de leptina e uma redução na expressão de adiponectina. Conclusão: O pré-tratamento com ácido nicotínico atenuou a secreção de leptina em condições basais e de privação de oxigênio. A secreção e expressão de adiponectina aumentaram com o tratamento de ácido nicotínico. A extrapolação deste benefício para o cenário clínico ainda não é patente e deverá ser motivo de estudos futuros. 703 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-577 Relato de caso: insuficiência renal aguda associada à sindrome hemolítico-urêmica atípica Paschoalin EL,Paschoalin SRKP,Sento-Sé ICM,Ribeiro ACO,Abreu APP,Fonseca FS,Paschoalin RP,Paschoalin NP,Queiroz AA,Silva CAB Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim Introdução: A síndrome hemolítico-urêmica (SHU) é conhecida pela tríade de anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda (IRA). É uma das principais causas de IRA em crianças. É uma doença sistêmica, podendo afetar o sistema nervoso central. Classificada em típica ou atípica. A SHU atípica é rara, sendo responsável por apenas 10% dos casos em crianças. É uma desordem heterogênea, com diferentes apresentações clínicas, associada à ausência de diarréia por Escherichia coli produtora de shiga toxina Paciente: 14 anos, masculino, deu entrada no hospital devido oligúria associada a vômitos, sem resposta a reposição volêmica. Evoluiu com rebaixamento de nível de consciência após poucas horas, progredindo para convulsões generalizadas, sendo levado para UTI. Três dias antes do quadro foi submetido à cirurgia de fimose sem intercorrências. Sem outros fatores precipitantes. Sem antecedentes patológicos na família. EF à admissão em UTI: corado, hidratado, anictérico, T: 36ºC, peso: 34 kg, FC: 112 bpm, PA: 110 x 80 mmHg, em ventilação mecânica. Anúrico. Exames admissionais: Hb: 12,2 g/L; GB: 11400/mm³; plaq 166.000/ml; potássio: 4,4 mEq/L; uréia: 76 mg/dL; creatinina (Cr): 5,1 mg/dL; albumina: 2,5 g/dL; DHL: 667 U/L (207-414). CPK e bilirrubinas normais. Ultrassonografia de aparelho urinário com doppler: aumento da ecogenicidade renal bilateral com características de natureza aguda. Indicada terapia dialítica (CVVHDF), que foi realizada durante 48 horas ininterruptas. Apresentou diurese após três dias de internação. Exames sequenciais com tendência a anemia e plaquetopenia, com valores mínimos de 7,7 g/L e 114.000/mL, respectivamente; e também aumento das bilirrubinas, principalmente da fração indireta. Exames colhidos 07 dias depois do início do quadro: haptoglobina: 210 mg/dL (16-200); C3: 139 mg/dL (90-180); C4: 34 mg/dL (10-40); presença de poiquilocitose com raros esquizócitos em sangue periférico. Evoluiu bem e teve alta hospitalar após 10 dias, assintomático. Exames: Hb 8,8 g/L; GB 3900/mm³; plaq 543.000/ mL; Cr 0,5 mg/dL; U 27 mg/dL. Após 30 dias, apresentava-se assintomático. Exames: Hb 12,1 g/L; Cr 0,6 mg/dL; U 21 mg/dL; urina tipo I normal; proteinúria 70 mg/24h; ClCr 108 ml/min. Discussão: Descrevemos aqui um caso de IRA associada à SHU atípica em um paciente de 14 anos, com necessidade de terapia dialítica lenta durante 02 dias. O mesmo apresentou boa evolução, com recuperação total da função renal após 10 dias. 704 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-178 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE Ca, P, FOSFATASE ALCALINA E PTH DE PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NO HUUFMA Azevedo F.S.,Matias K.S.M.,Silva M.S.B.,Silva N.F.,Ribeiro J.V.F.,Oliveira A.C.C.M.,Deus A.J.S.,Pinheiro L.S.,Lages J.S.,Filho N.S.,Bui D.S.S.,Brito D.J.A. Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão,São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São LuísMA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São LuísMA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão São Luís-MA Introdução: Pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC) podem cursar com distúrbios na homeostase do cálcio (Ca), fósforo (P), vitamina D e paratormônio (PTH), durante os diferentes estágios da disfunção renal, especialmente quando a taxa de filtração glomerular é inferior a 60mL/min/1,73m², levando a uma série de alterações ósseas e calcificação de tecidos moles, denominadas de Distúrbios Mineral e Ósseo (DMO), sendo que tais alterações são mais pronunciadas em pacientes submetidos a tratamento dialítico. Objetivos: Analisar os níveis de P, Ca, Fosfatase Alcalina e PTH de pacientes com DRC em hemodiálise e a relação destes níveis com os índices de adequação ao tratamento dialítico (Kt/V e TRU). Casuística e Métodos: Estudo transversal, realizado em junho de 2012, na Unidade de diálise do HUPD, através de dados coletados nos prontuários dos pacientes submetidos à hemodiálise. O critério de inclusão foi a dosagem do PTH no referido mês. A construção do banco de dados e a análise estatística foram feitas através do Microsoft Office Excel® 2007. Resultados: Foi analisada uma amostra de 124 pacientes (86,7% do total). A média de idade foi de 45,7 anos (variação de 6 a 94), sendo 51,6% (64) eram do sexo masculino. Na análise do PTH, 39,5% (49) dos pacientes tinham PTH entre 150-300 (normal); 25,8% (32) menor que 150 (baixo) e 34,6% (43) maior que 300 (alto) (Tabela 1). A média do PTH do grupo “alto” foi 762pg/ mL, sendo que 19 pacientes apresentavam valores superiores a 600. Entre os pacientes com PTH superior a 300, apenas 5% (2) apresentavam Kt/V inferior a 1,4 e a média da TRU foi 73,4. Nos pacientes adinâmicos, 6,3% (3) tinham Kt/V < 1,4 e média do PRU foi 73. Foi verificada também a presença de hiperfosfatemia em 53,2% (66) dos pacientes, dentre os quais apenas 5,1% (3) tinham Kt/V baixo. A média do produto Ca x P, de acordo com o valor do PTH foi 38,7 (PTH <150), 46,3 (PTH 150-300) e 55,3 (PTH>300). Conclusão: A maioria dos pacientes apresentou alteração dos níveis de PTH, predominando o grupo com níveis elevados. Pacientes com PTH elevado apresentaram maiores níveis de fosfatase alcalina, em relação aos demais grupos, o que pode ser um indicador laboratorial de doença óssea de alto turnover. Chama atenção o fato de nenhum paciente com PTH baixo apresentar cálcio sérico total elevado, tal fato levanta a discussão para a necessidade de serem adotadas outras medidas para investigação do balanço de cálcio nos pacientes em diálise, em virtude do alto risco para calcificação de tecidos moles, o que aumenta a mortalidade cardiovascular neste grupo. 705 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-545 Fatores socioeconômicos relacionados com a mortalidade em pacientes críticos com Insuficiência Renal Aguda em UTI na cidade de Pelotas/RS Ana Claudia Hise Ferrari,Luciana Jorge Valle,Thiago Henrique Lopes,Martina Heller,Vanessa Arrué,Kamylla Schaidhauer,Maria Cristina Gonzales Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas,Universidade Católica de Pelotas; Universidade Católica de Pelotas – UCPEL, RS Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é uma abrupta e sustentada queda de função renal, sendo relacionada a pacientes gravemente doentes em unidades de tratamento intensivo (UTI). Sua prevalência varia de 1,45% a 25,9% e a mortalidade hospitalar mantém-se elevada. Objetivo: Neste estudo, nosso Objetivo é verificar a relação entre os fatores socioeconômicos e a mortalidade de pacientes com IRA internados em UTI na cidade de Pelotas/RS. Metodologia: É um estudo longitudinal prospectivo com 224 pacientes gravemente enfermos internados nas UTIs do Hospital São Francisco de Paula e da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas na cidade de Pelotas/RS. Os pacientes com função renal normal foram monitorizados diariamente através da Taxa de Filtração Glomerular até a ocorrência da redução de pelo menos 25% da DCE inicial (critério RIFLE). Neste momento, após o consentimento dos familiares, foi realizada a coleta de dados socioeconômicos. Resultados: Entre os 224 pacientes selecionados, a maioria era de cor branca, do sexo masculino, que viviam sem companheiro, maiores de 60 anos, fumantes, pertencentes às classes A/B e apresentando diagnóstico de hipertensão. Dentre os fatores demográficos, apenas cor não branca e classe econômica D/E se correlacionaram significativamente com o óbito. 706 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-345 A NEFRECTOMIA PARCIAL RETARDA O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO DE LIQUIDOS EM RATOS ACORDADOS Santos TB,Fiuza RF,Gomes FJ,Medeiros JCC,Freire IA,Silva PAF,Ribeiro FGA,Graça JRV,Salles-Junior LD Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Universidade Federal do Ceará-Faculdade de Medicina-Campus Sobral,Santa Casa de Misericórdia de Sobral,Santa Casa de Misericórdia de Sobral Introdução: A ideia corrente sobre a homeodinâmica dos líquidos corporais é de que ela seja garantida pela interação funcional exclusiva dos sistemas cardiovascular e renal. Atualmente, evidências clínicas e experimentais sugerem que o trato gastrintestinal (TGI) ajusta seu padrão motor e absortivo após variações agudas da volemia. Embora a insuficiência renal parcial ou total promovam variações dos volumes corporais circulantes, poucos estudos apontam a relação entre a insuficiência renal e o funcionamento do trato gastrintestinal.Objetivos: Neste trabalho estudamos o efeito da nefrectomia parcial 5/6 sobre a motilidade gastrintestinal (esvaziamento gástrico (EG) e trânsito gastrintestinal (GI) de líquidos). Métodos: Foram utilizados 24 ratos Wistar, machos (180-220g) que sofreram nefrectomia parcial 5/6 em duas etapas (0 e 7 dias) ou falsa operação (FO). Após 3d ou 7d pós-operatório, com os animais sob jejum de 24h com livre acesso à água, 1,5ml da refeição teste (vermelho fenol 0,5mg/ml-glicose 5%) foram administrados por gavagem. Decorridos 10min, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical, seguidos da exérese das vísceras abdominais para determinação da taxa de EG e trânsito GI. Monitoramos os parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial-PA, venosa central-PVC, frequência cardíaca-FC e volume sanguíneo-VS) e ainda concentrações bioquímicas plasmáticas (Ur, Cr, Na+, K+ e Cl-). Resultados: A nefrectomia parcial 5/6 não modificou o EG ou trânsito GI, nem os parâmetros hemodinâmicos ou bioquímicos ao longo de 3 dias pós-nefrectomia, porém após 7 dias pós-nefrectomia houve aumento da retenção gástrica (55%) e retardo do trânsito GI, bem como aumento da PA, PVC, FC e do VS. A nefrectomia parcial não modificou os parâmetros bioquímicos plasmáticos. Conclusão: Observamos que houve retardo do EG e do trânsito GI de líquidos, assim como aumento dos parâmetros hemodinâmicos nos ratos nefrectomizados parcialmente logo no período inicial de insufiência renal, mesmo sem azotemia (Fenômeno relacionado aos níveis volêmicos dos animais). Portanto, o trato gastrintestinal conseguiu ajustar o seu padrão motor aos desequilíbrios crônicos da volemia. 707 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-326 Prevalência de pacientes com proteinúria sem diagnóstico de doença renal crônica no Dia Mundial do Rim no município de Pelotas/RS. dos Santos MS,Madeira LM,Valle LJ,Paslowski JR,Lemos RL,dos Santos CT,Ferreira MF,Barcellos FC,Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL,Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL Introdução: A doença renal crônica (DRC) constitui hoje um importante problema de saúde pública. Sua incidência vem aumentando devido a maior sobrevida de pacientes portadores de doenças crônicas, como diabetes (DM) e hipertensão (HAS), alcançando a proporção de 10 milhões de brasileiros. Sabe-se que a DRC em seus estágios iniciais é frequentemente assintomática, logo diversos pacientes que poderiam evitar a progressão de tal patologia, nem sequer sabem-se portadores da mesma. Portanto, preconiza-se que o enfoque da DRC seja na prevenção das complicações e adequado manejo dos fatores de risco. Assim, é necessário reconhecer as atuais proporções dessa epidemia, para que se possa atuar de forma satisfatória direcionando os cuidados em saúde a esses pacientes. Objetivo: O Objetivo do presente estudo é reafirmar a importância do rastreio de DRC na população, principalmente portadora dos principais fatores de risco (HAS e DM) visto que se trata de uma doença silenciosa em sua fase incipiente. CASUÍSTICA: 264 pessoas adultas que se submeteram a responder um questionário no centro da cidade de Pelotas/RS. Métodos: Estudo transversal realizado no dia 08/03/2012 no centro da cidade de Pelotas/RS através da aplicação do questionário da sociedade brasileira de Nefrologia e realização de dipstick, caso houvessem fatores de risco para DRC, durante o dia mundial do rim realizado pela Liga acadêmica de Nefrologia UCPel. Resultados: Considerando que apenas 60 pessoas tinham conhecimento de sua doença renal, a prevalência de pessoas que não se sabiam portadores de DRC e apresentavam proteinúria ao dipstick foi de 17,64% (36 pessoas em 204). DISCUSSÃO: O presente estudo visa demonstrar como a DRC pode ser diagnosticada por Métodos de baixo custo, que evitam consequências trágicas e gastos exorbitantes tanto ao portador quanto ao Estado que financia a terapia dialítica. É importante salientar que diversas vezes percebe-se negligência às diretrizes atuais de pesquisa de DRC, a despeito da relevância de caracterizar a cronicidade da doença. Avaliar adequadamente a função renal é imprescindível para a realização do diagnóstico e da escolha do tratamento ideal para DRC. A prevalência encontrada em nosso estudo explicita a atual preocupação dada a esse assunto, já que estamos atuando de forma insatisfatória na investigação de pacientes portadores de DRC ainda em estágios iniciais, momento ideal para intervirmos por uma vida mais saudável. 708 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-233 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM AMBULATÓRIO DE DOENÇA RENAL CRÔNICA DE SÃO LUÍS – MA Oliveira A.C.C.M.,Deus A.J.S.,Pinheiro L.S.,Ribeiro J.V.F,.Silva N.F.,Silva M.S.B.,Matias K.S.M.,Azevedo F.S.,Lages J.S.,Filho N.S.,Brito D.J.A.,Bui D.S.S. Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA,Hospital Universitário Presidente Dutra (HUPD), Universidade Federal do Maranhão, São Luís-MA Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada um problema global de saúde pública, pela elevada morbi-mortalidade relacionada a esta patologia. O diagnóstico precoce da redução da taxa de filtração glomerular (TFG) pode prevenir e/ou retardar os desfechos indesejados relacionados à DRC, permitindo a adoção de medidas nefro e cardioprotetoras. Objetivos: Avaliar a TFG de pacientes acompanhados em um ambulatório de tratamento conservador da DRC e a presença de alterações clinico-laboratoriais associadas. Metodologia: Estudo transversal, em que foi analisado o primeiro atendimento de 71 pacientes no Centro de Prevenção de Doenças Renais do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Os dados clínicos dos pacientes foram transcritos em ficha-padrão, a partir dos prontuários. As informações coletadas foram referentes aos dados clínicos e laboratoriais. A análise estatística foi realizada no programa Epi Info. 3.5.1. Resultados Foram avaliados 71 pacientes, com uma média de idade de 51.3 ±16 anos (13-84 anos), sendo 54.9% (39) do sexo feminino. Dos pacientes, 59.7% (40) eram previamente hipertensos e 38.1% (24) diabéticos. A média da PA sistólica foi de 159.6 ±37.4 mmHg e a média diastólica foi de 96.3 ±20.65. Dentre os 77.1% (54) dos pacientes que apresentaram PA elevada, 53.7% (29) encontravam-se no estágio 3 da HAS. A média de creatinina sérica na população foi de 1.70 ±1.80 mg/dl (variação de 0.4-13.2). A média da TFG calculada pela fórmula de Crockoft-Gault foi de 68.37 ±44.72 mL/min/1,73m2, sendo que 8.5% (6) tinham valores inferiores a 15mL/min/1,73m². Já a média da TFG calculada pela fórmula do estudo CKD-EPI foi de 66.06 ±36.47 mL/min/1,73m2, com 7.1% (5) dos pacientes apresentando TFG <15mL/min/1,73m². Dos pacientes que possuíam resultado de exames laboratoriais na primeira consulta, 74.1% (20) apresentavam proteinúria de 24h elevada, com valor médio de 708.84 ±1047.25 mg (variação de 32-4639). Em relação ao lipidograma, 54.3% (25) dos pacientes apresentavam CT elevado (>200), sendo a média de 206 ±58.74 mg/dl (90-376); 59.5% (25) apresentavam LDL elevado (>100), sendo a média de 124.62 ±52.35 mg/dl (40-263); 41.5% (17) apresentavam HDL baixo (> 40 para homens e > 50 para mulheres), sendo a média de 46.30 ±15.40 mg/dl (27-108); e 42.2% (19) apresentavam TG elevado (>150), sendo a média de 106.64 ±78.05 mg/dl. Conclusão: Observou-se que a média da creatinina sérica estava elevada na primeira consulta, associada a níveis pressóricos acima dos recomendados para estes pacientes. A presença marcante de proteinúria de 24h e dislipidemia, neste grupo, são fatores desfavoráveis para a evolução da função renal e estão associadas com aumento do risco cardiovascular. 709 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-255 Cystatin C, kidney function and cardiovascular risk factors in primary hypertension. João Victor Leal Salgado,Ana Karina Teixeira da Cunha França,Elisângela Milhomem dos Santos,Nayra Anielly Cabral,Elane Viana Hortegal,José de Ribamar Oliveira Lima,Alcione Miranda dos Santos,Natalino Salgado Filho Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão,Federal University of Maranhão Background: Although serum cystatin C is superior to serum creatinine as a marker of renal function, its clinical use is still limited. Objective: To investigate the clinical usefulness of serum cystatin C and cystatin C based equation for the prevention of chronic kidney disease in primary hypertensive patients, and correlate these markers with risk factors for cardiovascular disease. Methods: A cross-sectional study was performed in 199 middle aged adults at basic health unit. Kidney function assessment included measurements of serum creatinine and serum cystatin C levels, 24-h microalbuminuria (MA), as well as glomerular filtration rate (GFR) through Larsson and Modification of Diet in Renal Disease Study (MDRD) equations. Bland-Altman plot analysis was used to calculate the agreement between equations. Results: High levels of serum cystatin C were found in 22% of the patients, even with normal values of GFR estimated by MDRD study equation. Systolic blood pressure and MA correlated better with serum cystatin C than serum creatinine, but there was no correlation between serum cystatin C and diastolic blood pressure. Gender, age ≥60 yrs, MA and uric acid were significantly associated with high serum cystatin C levels. After multivariate analysis , only age ≥60 yrs (RR=6.4; p <0.001) and males (RR=3.0; p =0.006) remained associated with high serum cystatin C levels. Conclusions: Cystatin C can be used as a screening marker for both detecting mild declines of renal function and preventing the risk for cardiovascular events in hypertensive subjects with presumably normal renal function. 710 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-514 ANTICOAGULAÇÃO REGIONAL COM CITRATO (ARC) EM HEMODIÁLISE VENOVENOSA CONTÍNUA (HDVVC) EM PACIENTES COM CÂNCER E INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Costa e Silva VT,Bezerra JS,Hung J,Palomba H,Costalonga E,Hajjar LA,Oliveira APL,Oikawa L,Soares CM,Yu L,Burdmann EA Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Unidade de Terapia Intensiva, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo Brasil Introdução: Observa-se nos últimos anos um aumento no número de pacientes com câncer admitidos em UTI, muitos deles evoluindo com IRA e necessidade de terapia renal substitutiva. O perfil de segurança da ARC nunca foi avaliado nesse grupo de pacientes. Objetivos: Avaliar a segurança e a eficiência da ARC em HDVVC em pacientes oncológicos com IRA internados em UTI. Casuística e Métódos: Avaliamos prospectivamente todas as sessões de HDVVC realizadas nos pacientes com IRA e câncer internados na UTI do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. Foi utilizada máquina Diapact (BBraun) com hemofiltro de polissulfona. Resultados: Realizaram-se 9303 horas de terapia em HDVVC (319 filtros) em 152 pacientes. As características dos pacientes foram: idade 60 ± 15 anos, 60% do sexo masculino, 71,5% em uso de droga vasoativa e 45% com necessidade de ventilação mecânica. A maioria dos pacientes (76,3%) tinha neoplasia sólida (trato urinário 26,6%, trato gastrointestinal 21,1% e sistema ginecológico 9,9%), dos quais 35,7% com doença metastática (DM). Os fatores etiológicos mais comumente relacionados à IRA foram: sepsis (71,1%), uropatia obstrutiva (25,7%), cirurgias (18,4%) e quimioterapia (QT)(29,6%). A mortalidade hospitalar foi de 80%. O acesso venoso foi cateter temporário de triplo lúmen (11Fr, Arrow) em 97% (70% veias femorais e 27% veias jugulares internas). O fluxo de sangue foi de 180 (150 -180) ml/min e a dose de citrato foi de 20,4 mmol/hr. A dose de diálise foi de 29 (21 – 31) ml/Kg/hr. O calcio iônico sistêmico (CaiS) foi de 4.35 (4.10 – 4.70) mg/dL e hipocalcemia (CaiS < 4.0 mg/dL) foi observada em 19% dos procedimentos. Obteve-se perfil metabólico satisfatório: Na 142 (138 – 147) mEq/L; K 4,00 (3,70 – 4,50) mEq/L; bicarbonato 25,2 (21,9 – 29,3) mEq/L. A relação cálcio total sistêmico (CaT)/CaiS foi de 1,88 (1,75 – 2,04). A relação CaT/CaiS e o bicarbonato foram similares entre os pacientes com INR acima ou abaixo de 2,0. A meia vida do filtro foi de 24 (11 – 43) h, apesar de cálcio iônico pós-filtro de 1,63 (1,4 – 1,9) mg/dL. Conclusões: A ARC foi um método seguro de anticoagulação para HDVVC nesse grupo de pacientes com câncer e IRA. 711 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-459 BRA e IECA ainda subutilizados em pacientes hipertensos com proteinúria? Subsídios para uma reflexão Cavalcante N.D.,Trindade V.C.,Sousa C.M.V.,Martiniano L.V.M.,Lima J.B.,Dias B.H.M.,Girão M.M.V.,Silva Junior G.B.,Daher E.F.,Araújo S.M.H.A. Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará,Universidade Federal do Ceará Ceará Introdução: A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no Brasil é de 30%. Esta patologia associa-se freqüentemente a alterações funcionais ou estruturais em órgãos-alvo, sendo o rim um deles. A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão, perda progressiva e irreversível da função renal. A HAS está entre as duas primeiras causas de DRC no mundo. Algumas variáveis clínicas avaliadas em hipertensos podem ser utilizadas como instrumento preditivo relacionadas à evolução para DRC. Ao lado do controle pressórico, a proteinúria é a principal delas. O uso de hipotensores, como os Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e os Bloqueadores do Receptor de Angiotensina (BRA), assumem um importante papel na estratégia de diminuir os níveis de proteinúria e a progressão para DRC. Objetivos: Identificar a quantidade de hipertensos com proteinúria que não fazem uso de BRA/IECA para controle da pressão arterial (PA), tendo em vista não só esse controle, mas também seu efeito antiproteinúrico. CASUÍSTICAS E Métodos: De 2009 a 2012, foram realizadas campanhas de rastreamento de HAS no Ceará, efetuando-se aferição da PA, glicemia, circunferência abdominal, cálculo do IMC, análise da proteinúria através da fita reagente, distribuição de panfletos informativos e orientação individual com ênfase nos pacientes hipertensos com proteinúria. De acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, foi considerada PA não controlada níveis pressóricos ≥140/90mmHg. Resultados: Dentre os 1003 indivíduos avaliados para proteinúria, 375 autoreferiram HAS. A média da PA sistólica nesse grupo de hipertensos foi de 141,8±19,9mmHg e da PA diastólica, 87,4±12,3mmHg. Entre os hipertensos, a proteinúria esteve presente em 33,1% (n=124), destes, 62 (50%) não estavam em uso de BRA/IECA para o controle da PA. Nesse mesmo grupo de hipertensos, PA não controlada foi observada em 63,5% dos indivíduos (n=238). Dos 628 pacientes que não autoreferiram HAS, 172 (27,4%) apresentaram níveis de PA elevados. Nesses indivíduos, proteinúria foi observada em 25% (n=43). Conclusões: Os dados mostram que a HAS é subdiagnosticada e mal controlada em um grande número de pacientes. Os Resultados também evidenciam que a prevalência de proteinúria, importante fator de progressão da DRC, em pacientes hipertensos é bastante elevada, sugerindo que medidas terapêuticas com drogas sabidamente eficazes e disponíveis na rede pública de saúde para o controle da proteinúria estão sendo subutilizadas. 712 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-695 Nefropatia Obstrutiva na Emergência Hissa PNG,Feitosa TNQ,Thereza BMF,Mendes CCP,Sousa ARO,Daher EF,Libório AB Hospital Geral de Fortaleza Introdução: A nefropatia obstrutiva (NO) é causa importante de Lesão Renal Aguda (LRA), podendo evoluir para cronificação. Os fatores envolvidos na recuperação da função renal ainda não são totalmente conhecidos. O Objetivo desse trabalho foi avaliar os fatores associados com a cronificação da lesão renal em pacientes com NO. Métodos: Foram avaliados pacientes na emergência de um centro de referência com diagnóstico de NO, confirmado por exame de imagem, submetidos à desobstrução urinária. O Clearance de creatinina (ClCr) foi estimado pelo MDRD. Resultados: Foram avaliados 84 pacientes (73% homens) em um período de 6 meses, com idade média de 64.820 anos. Obstrução neoplásica foi identificada em 34% dos pacientes. As principais comorbidades foram hipertensão em 36% e Diabetes Mellitus em 21% dos casos. O período médio de internação foi 5 dias. Durante a internação, a diálise foi necessária em 48% dos casos e a mortalidade foi de 10.8%. Causa de obstrução neoplásica (OR: 3,5 IC95%: 1.2-9.8, p<0.05) e necessidade dialítica durante internação (OR: 10.5 IC95%: 3.6-34.8, p<0.01) foram associados à mortalidade. Recuperação da função renal (ClCr >30mL/min/1,73m2) foi encontrada em 43% dos pacientes. Pacientes com recuperação da função renal eram mais jovens (58.826,1 vs. 70.932,3anos, p=0.01) e tinham causas não neoplásicas como causa da obstrução mais frequente (79 vs. 60%, p=0.03). Apesar de necessitarem de diálise em igual proporção (40.7 vs. 45%, p=ns), aqueles que apresentaram recuperação da função renal realizaram menos sessões dialíticas (1.1 vs. 2.7 sessões, p=0.006). Não foram identificadas diferenças na Cr admissional (8.65.5 vs. 7.65.1, p=0.3), entretanto a uréia foi maior no grupo com recuperação da função renal (18688 vs. 13975, p=0.04). Grau de dilatação e tamanho cortical não foram associados à recuperação da função renal. Conclusões: A NO possui elevada mortalidade, principalmente nos pacientes com causas neoplásicas. Recuperação da função renal durante a internação hospitalar ocorre em menos da metade dos casos, estando associado à idade e a etiologia da obstrução. Achado importante, fatores de gravidade da LRA na admissão não estão associados à recuperação da função renal como evidenciou-se pela igual necessidade dialítica e similares níveis de Cr na admissão. Sugere-se que a uréia mais elevada nos que apresentaram recuperação da função renal seja associado a menor prevalência de neoplasia nesse grupo e consequente maior massa muscular. 713 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-656 ASSOCIAÇÃO ENTRE DISFUNÇÃO RENAL E HAPLÓTIPOS DA ßS-HEMOGLOBINA EM PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME Lilianne Brito Silva Rocha,Geraldo Bezerra da Silva Juniot,Elizabeth De Francesco Daher,Hermano Alexandre Lima Rocha,Romélia Pinheiro Gonçalves Universidade Federal do Ceará,Universidade de Fortaleza; Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará Introdução: A doença falciforme (DF) é a principal doença hereditária hematológica, sendo o acometimento renal uma das principais complicações crônicas da doença. Objetivos: Investigar a associação entre disfunção renal e haplótipos específicos da hemoglobin S (HbS) na DF. Casuística e Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo de 84 pacientes com DF acompanhados no ambulatório de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio – UFC. Foram obtidos os haplótipos de 75 pacientes, porque o restante apresentou problemas no teste ou haviam recebido transfusão sanguínea recente, e destes, 18 aceitaram realizar testes de concentração e acidificação urinárias. Resultados: A media de idade era de 33±13 anos, sendo 64,2% do sexo feminino. A taxa de filtração glomerular (TFG) era normal em 25 casos (30%). TFG<60mL/min foi encontrada em 7 casos (8%) e >120mL/min em 52 casos (62%). Déficit de concentração urinária foi encontrado em todos os pacientes que fizeram o teste, e déficit de acidificação em 22%. Não houve diferença significativa na comparação dos testes de função renal de acordo com os haplótipos encontrados (Bantu/Bantu e Benin/Benin). Quando comparados os pacientes agrupados nos haplótipos “Central African Republic” (CAR) e não-CAR observou-se que a maior frequência de TFG entre 60 e 120mL/min estava no grupo CAR. Conclusões: Não foi observada associação significativa entre a função renal e os haplótipos encontrados, provavelmente pela baixa frequência de haplótipos diferentes do Bantu/Bantu e Benin/Benin, que são conhecidos pela gravidade moderada de seus fenótipos. Houve alta prevalência de disfunção renal (8% dos casos com TFG<60mL/min) e alterações tubulares. 714 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-635 PRÁTICAS EDUCATIVAS PARA DIMINUIÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS EM UNIDADE DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA DOS TRABALHADORES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM. Silva AG,Valentim MA,Ferreira KM,Ribeiro GFT,Cesar RF,Ferreira DMC,Pinto PS,Barezzi MB Nefroclin Minas Gerais,Nefroclin Minas Gerais,Universidade Federal de Juiz de Fora Minas Gerais,Nefroclin Minas Gerais,Nefroclin Minas Gerais,Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais,Nefroclin, Minas Gerais,Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais Introdução: O presente estudo esta voltado à abordagem da diminuição dos riscos ocupacionais em unidade de terapia renal substitutiva (UTRS), pois prevê situações ou eventos que poderão ocasionar perdas e danos, baseado em conhecimento prévio ou estimado. A equipe de enfermagem em UTRS está exposta a diversos riscos: biológicos, químicos, físicos, ergonômicos, o que reflete no seu exercício do cuidado que presta a sua clientela e a sua própria saúde; sendo necessário que a equipe esteja consciente quanto a medidas de proteção e segurança para a qualificação da assistência. Objetivo: Identificar riscos ocupacionais, estabelecer práticas educativas na qualificação da equipe de enfermagem e apresentar as principais causas de acidente de trabalho.MÉTODO: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de cunho qualitativo descritivo que analisou as publicações em periódicos de enfermagem no período de 1998 a 2011, dentre 20 textos destacamos 12 publicações utilizando os descritores riscos ocupacionais, diálise renal e enfermagem nas bases de dados Lilac, Medline, Birene.RESULTADO: Ao identificar os riscos ocupacionais para os profissionais desta modalidade de assistência apresentaram-se como mais frequentes as lesões perfuro-cortantes seguidos de ferimentos que comprometem o sistema orteoarticular, advindos principalmente de contusões e torções, e as lesões que comprometem a coluna vertebral. Através deste estudo evidenciamos que o cuidar para segurança do trabalhador deve priorizar práticas educativas, sendo de fundamental importância a sensibilização dos empregadores e empregados para que haja diminuição dos riscos ocupacionais. Conclusão: Os riscos ocupacionais existentes em uma UTRS vivenciados pela equipe na prestação de uma assistência de qualidade ao paciente renal crônico devem focar na diminuição destes para melhores condições de trabalho e vida; evitando danos físicos, matérias e psíquicos a todos. Isto significa uma mudança cultural da instituição, no sentido de valorizar mais os trabalhadores que a compõem, dando-lhe subsídios para um trabalho digno, que satisfaça a necessidade do cliente e do trabalhador. 715 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-412 ESTUDO PROSPECTIVO DE ALTERAÇÕES URINÁRIAS EM GRÁVIDAS HIPERTENSAS Silva GS Jr, Passos MT, Pereira AR, Nishida SK, Moreira SR, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) Introdução: A hipertensão arterial crônica gestacional (HAC) corresponde a pressão arterial acima de 140x90 mmHg identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana. A identificação de proteinúria significativa é importante na tomada de decisões clínicas, devido ao risco de sobreposição com pré-eclâmpsia. Objetivos: Descrever o perfil das pacientes e avaliar a ocorrência de alterações urinárias. METODOLOGIA: Avaliação do perfil de 162 gestantes com HAC acompanhadas no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia, pelo grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM, de Jan/08 a Mai/12, submetidas a avaliação clínica e exames de Urina 1(120) e Rel Prot/Creat(RPC) em amostra isolada de urina(115). Resultados: A idade média das pacientes foi de 33,7 anos. Avaliando cor/raça, 58,7% eram pardas, 26,5% brancas e 14,8% negras; 14,1% eram primigestas, 61,9% tiveram múltiplas gestações (> ou = a 3) e o restante era secundigesta. Antecedente de pré-eclâmpsia ocorreu em 16%. Na primeira consulta com o grupo de Nefrites, a idade gestacional variou de 7-39 semanas. A HA foi identificada na gestação em 16,6% dos casos e 83,4% já sabiam ser hipertensas. Hipertensão < 1ano, ocorreu em 20,7%; 52,7% > ou = 5 anos e 26,6% > ou = a 10 anos. O pH urinário variou de 5,0 a 9,0, sendo em 7 casos acima de 7,0. A densidade variou de 1005 a 1030, e em 4 casos estava < 1010. As proteinúrias variaram de 0,13 a 5,8 g/L, sendo 16 casos com valores alterados (13,3%). A glicosúria estava elevada em 5 casos e variou de 414 a 2619 mg/L. A leucocitúria apresentou 72 Resultados alterados, sendo 5 casos > 100.000/ml. A hematúria foi detectada em 18 casos, sendo 5 casos associados a leucocitúria> 100.000/ml, 6 casos com hematúria > ou = 10.000/ml e 4 casos com dismorfismo eritrocitário positivo. A RPC em amostra isolada estava alterada em 16 casos e variou de 0,09 a 6,44. Conclusão: Do grupo de gestantes avaliadas, a maioria já sabia ser hipertensa, tinha hipertensão primária e não tinha antecedente de pré-eclâmpsia. Devido à relevância da sobreposição de pré-eclâmpsia e HAC, com o aumento do risco de morbimortalidade materno-fetal, é extremamente importante a detecção precoce de proteinúria (aqui presente em 13,3%), para rápida mudança de conduta e seguimento mais próximo. As repercussões das outras alterações urinárias encontradas só poderão ser estabelecidas através de um acompanhamento de longo prazo. 716 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-51 DEPRESSÃO MAIOR E RISCO DE SUICÍDIO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Duarte DB, De-Melo-Neto VL, Oliveira SBA, Araújo DL, Silva LM, Pinheiro ME, Nardi AE Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Depressão é uma condição psiquiátrica conhecida por ser comum em pacientes em hemodiálise (HD) e diminuir sua taxa de sobrevida. Ainda assim, trata-se de transtorno subdiagnosticado em serviços de hemodiálise. Por ser uma condição tratável que pode modificar a evolução do doente renal crônico, é importante ser adequadamente investigada nesses serviços. Objetivo: Investigar a prevalência de depressão e o risco de suicídio em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise em Alagoas. Casuística e Métodos: Estudo transversal com 71 pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC) em programa regular de hemodiálise de 3 serviços da cidade de Maceió-AL. O diagnóstico de depressão maior e a investigação do risco de suicídio foram realizados através da aplicação do MINI 5.0.0. (Mini InternationalNeuropsychiatric Interview), de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV-TR). A gravidade dos sintomas depressivos foi avaliada pela aplicação do Inventário de Depressão de Beck (BDI). A Descrição de características clínicas e demográficas foi obtida através de questionário semi-estruturado preparado para este estudo. A correlação entre depressão, risco de suicídio, escores do BDI e achados demográficos, clínicos e laboratoriais foi realizada através do programa estatístico SPSS 16.0, utilizando-se os testes t de Student, chi-quadrado ou Correlação de Pearson, considerando-se significativos os Resultados com valor de p ≤ 0,05. Resultados: A média de idade da amostra foi de 44,5 ±14,1 anos. A maioria era do sexo masculino (54,9%), católica (56,3%), casada ou com união estável (57,5%) e ganhava até um salário mínimo (54,9%). A média de escolaridade foi de 6,9 ± 4,2 anos de estudo. A média do BDI foi de 9,61 ± 6,48. 22,5% apresentavam episódio atual de depressão maior e 22,5% apresentavam algum risco de suicídio, sendo que 11,3% risco elevado. Escores mais elevados no BDI, episódio depressivo atual com características melancólicas e risco de suicídio correlacionaram-se com níveis mais baixos de hemoglobina (p=0,02, 0,01 e 0,02, respectivamente). Maior BDI também se correlacionou com problemas com acesso vascular para HD (p<0,01) e com o diagnóstico de depressão (p<0,01). Maior risco de suicídio correlacionou-se com maior escolaridade (p=0,02), não estar exercendo atividade remunerada (p=0,006), renda mais baixa (p=0,05) e idade mais baixa (36,8 ± 13,7 vs 46,7 ± 13,5, p=0,01). Conclusões: Pacientes renais crônicos,em hemodiálise são uma população com alta prevalência de depressão e elevado risco de suicídio. Especialmente aqueles com maior escolaridade e problemas sociais e financeiros, com idade mais baixa e que apresentam níveis mais baixos de hemoglobina. 717 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-488 CUIDADO HUMANIZADO EM HEMODIÁLISE: PERSPECTIVA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM Nayanna Sales da Silva, Maria José Carvalho Santos, Karla Gardenea Pereira Serra Borges HUUFMA, Maranhão, HUUFMA, Maranhão, HUUFMA, Maranhão Introdução: A enfermagem aliada a uma equipe multiprofissional está diretamente relacionada à saúde e a prática do cuidado, devendo minimizar os efeitos ocasionados pela instalação do processo doença. O cliente deve estar inserido a um ambiente terapêutico que promova recuperação, e a enfermagem como agente direto do cuidado além de conhecimento técnico e científico, deve desempenhar o relacionamento interpessoal, atrelada a uma motivação humana, principalmente o cuidado humanizado, associada a técnicas prestadas nos serviços dos centros de hemodiálise. Objetivos: Refletir a experiência de residentes de enfermagem em Nefrologia e em Clínico-Cirúrgica em um centro de hemodiálise sobre a visão de humanização. Casuística e Métodos: Foi utilizado para coleta de dados um instrumento estruturado em cinco questões descritivas onde se abordou assuntos inerentes à prática do cuidado humanizado no treinamento em serviço ocorrido entre março a maio de 2012. Fizeram parte 02 residentes de enfermagem em nefrologia e 02 residentes de enfermagem em clínico-cirúrgica de um Hospital Universitário de São Luís-MA, a entrevista foi executada no mês de maio. Resultados: No que se refere ao conceito do cuidado humanizado foi unânime a resposta de que o mesmo está relacionado a prestação de atendimento integral e holístico. O processo de comunicação na prestação adequada de assistência foi referido por todas as entrevistadas, destas, três acreditam ser relevante o envolvimento com o histórico de vida do paciente para suprir a integralidade no atendimento. As reações dos pacientes perante a instalação do processo do doença, segundo as entrevistadas, foram: revolta, negação, depressão, carência, incapacidade e dependência. Quando questionadas com relação a necessidade de colocar em prática a assistência humanizada, a totalidade foi coerente em afirmar que o serviço estudado deve sempre promover e melhorar o atendimento. E com relação a importância do cuidado versus a técnica, todas concordaram que ambos são de extrema importância, e que devem ser colocados legitimamente em prática. Conclusão: Conscientes dos benefícios oportunizados do cuidado humanizado, para o relacionamento interpessoal, deve-se preconizar aos profissionais a prática de humanizar o serviço, aliada a educação continuada. Deve-se traçar como perfil nos centros de hemodiálise a assistência integral baseada em princípios éticos, onde se considera a dualidade: saúde e enfermidade. 718 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-642 Relato de caso: importância da abordagem multidisciplinar na aceitação e adesão ao tratamento em paciente jovem com doença renal crônica Collo APV, Collo ACPV, Brum EP Universidade Positivo, Paraná, Universidade Positivo, Paraná, Hospital da Cruz Vermelha, Paraná Introdução: A doença renal crônica (DRC) é definida como comprometimento prolongado e irreversível da função renal, cursando com azotemia devido à diminuição significativa da taxa de filtração glomerular. As causas de DRC incluem são nefropatia diabética, nefroesclerose hipertensiva, glomerulonefrites, nefropatia por refluxo e outras doenças renais congênitas dentre outras. Sendo assim, é menos frequente jovens e adolescentes com DRC, porém, ela pode acometer essa população que deve receber cuidados adequados para que seja oferecida uma melhor qualidade de vida. Objetivos: Evidenciar a importância do cuidado multidisciplinar em pacientes com DRC, principalmente em relação a pacientes jovens portadores dessa doença. Casuística e Métodos: Os Objetivos desse trabalho serão alcançados através de um relato de caso sobre um paciente de 21 anos, do sexo masculino, admitido no Hospital da Cruz Vermelha - PR em estado comatoso com quadro de uremia, anasarca, acidose metabólica, anemia e hipertensão. Tinha uma história de pregressa de mielomeningocele e bexiga neurogênica. Aos 14 anos iniciou acompanhamento com uma equipe de nefrologia devido a infecções do trato urinário de repetição. Após 1 ano, interrompeu o acompanhamento. Devido a sequelas do seu problema congênito, o paciente não tinha condições de deambular adequadamente, e por não aceitar utilizar uma cadeira de rodas, arrastava-se, evoluindo com osteomielite nos pés, tendo que ser submetido à amputação de ambos os pés. Diante deste quadro, foi realizada uma abordagem multidisciplinar do paciente. Resultados: A equipe médica iniciou hemodiálise, tratamento da anemia e da hiperpotassemia, cistostomia e pesquisa de osteodistrofia renal. A enfermagem atuou na preservação do membro superior em que será confeccionada fístula arterio-venosa e nos cuidados com o cateter de diálise. A fisioterapia realizou reforço da musculatura dos membros inferiores, preparando o paciente para utilização de próteses. A nutrição fez adequação da dieta e a farmácia clínica ajustou as doses dos medicamentos. A avaliação psicológica revelou uma aceitação da DRC, porém, inaceitação do uso de cadeira de rodas. A principal motivação para adesão ao tratamento era a colocação de prótese possibilitando o aos estudos. Conclusão: É necessária a existência de equipes multidisciplinares para abordagem de pacientes com DRC, pois além de oferecer uma melhor qualidade de vida, a adesão do paciente ao tratamento é melhor, tornando-o mais efetivo. 719 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-92 IMPACTO DO REUSO DE DIALISADORES NOS MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E INFLAMATÓRIOS EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE Carla Barbosa Muraro Furlan, Rosilene Motta Elias, Denise Frediani, Francisco Garcia Soriano, Abensur H Faculdade de Medicina de São Paulo, Faculdade de Medicina de São Paulo, Faculdade de Medicina de São Paulo, Faculdade de Medicina de São Paulo, Faculdade de Medicina de São Paulo A reutilização de dialisadores é uma prática comum nos Estados Unidos e nas unidades de diálise do Brasil, mas foi abandonado em vários países da Europa. A mortalidade relacionada à reutilização ainda é controversa. Procuramos avaliar marcadores indiretos de estresse oxidativo e inflamatórios em pacientes submetidos ou não a reutilização de dialisadores, para avaliar a influência destas práticas no maior estresse oxidativo encontrado em pacientes em hemodiálise. Também tivemos como Objetivo avaliar um possível efeito protetor da N-acetilcisteína (NAC) em pacientes com reutilização de dialisadores. Foram estudados 30 pacientes em hemodiálise, que passaram por períodos de 6 semanas com reuso de dialisadores (período 1), seguidos por período com uso único de dialisadores (período 2), voltaram a realizar hemodiálise com reuso de dialisadores por 6 semanas (período 3), e, finalmente, um último período com reuso e N-acetilcisteína, na dose de 1200 mg/dia (período 4). Foram coletadas amostras de sangue no final de cada período para a determinação de superóxido dismutase (SOD), glutationa (GSH), reagentes do ácido tiobarbitúrico (TBARS), Interleucina 6 (IL6), proteína C reativa ultrassensível (PCRu). Resultados: Encontramos aumento de TBARS associado ao uso único de dialisadores. A análise dos períodos foi realizada utilizando-se ANOVA para medidas repetidas, com p=0.002. Os outros parâmetros não mostraram diferença significativa. Conclusões: Estes dados sugerem que a reutilização de dialisadores não prejudica o paciente, quando comparado ao uso único, em relação ao estresse oxidativo. Não obtivemos benefício adicional com a utilização de N-acetilcisteína durante o período de reuso de dialisadores. Variáveis (Média ±DP) TBARS nmol / ml GSH µM/L SOD U/mL IL 6 pg/dL PCR u mg/L Albumina g/dL KT/V standard Fe sérico mg / dL Ferritina ng / mL Reuso 7,27±5,47 0,43±0,78 1,71±0,07 6,50± 4,95 3,69±3,43 4,24±0,29 1,47±0,31 65,03±22,61 645,5±358,6 Uso único 11,24±4,95 0,64±1,69 1,72±0,09 9,37± 10,94 6,60±8,15 4,21±0,31 1,39± 0,21 63,48±23,79 571,5±483,7 Reuso 9,90±6,45 0,83±2,11 1,73±0,09 6,87±5,99 5,26±6,95 4,25±0,33 1,37±0,21 62,72±29,72 559,3±440,0 720 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Reuso+ NAC 7,12±4,99 0,92±2,35 1,69±0,10 8,93±8,57 5,01±6,38 4,14±0,20 1,38±0,26 60,21±19,01 598,8±468,9 P value 0,002 0,243 0,227 0,053 0,136 0,069 0,108 0,775 0,271 SESSÃO POSTER P-162 TRANSTORNOS DO SONO EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE De-Melo-Neto VL, Duarte DB, Araújo DL, Oliveira SBA, Guimarães ACC, Pinheiro ME, Nardi AE Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Alterações do sono são condições comuns em pacientes renais crônicos, que podem prejudicar seu quadro cognitivo e evolução, podendo se associar a aumento da gravidade do quadro clínico. Objetivo: investigar transtornos do sono, especialmente insônia, em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise (HD) em Alagoas. Casuística e Métodos: Estudo transversal com 71 pacientes de 3 serviços de hemodiálise da cidade de Maceió-AL. Aplicação do Inventário de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP), além de questionário semi-estruturado preparado para este estudo para coleta de dados demográficos, clínicos e laboratoriais. Correlação entre os Resultados da IQSP com dados demográficos e clínico/laboratoriais da amostra em questão. Análise estatística foi realizada com o programa SPSS 16.0. Para os testes de correlação foram utilizados os testes t de Student, chi-quadrado e Coeficiente de Correlação de Pearson. Resultados: A média de idade da amostra foi de 44,5 ± 14,1anos. A maioria era do sexo masculino (54,9%), católica (56,3%), casada ou com união estável (57,5%) e ganhava até um salário mínimo (54,9%). A média de escolaridade foi de 6,9 ± 4,2 anos de estudo. A média do IQSP foi de 6,97 ± 3,83. 63,4% apresentavam problemas de sono, conforme análise do IQSP. Maiores escores na IQSP correlacionaram-se com níveis mais baixos de hemoglobina (p=0,02). Conclusão: Transtornos de sono são muito prevalentes em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise, correlacionando-se com quadros de anemia. 721 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-411 ESTUDO PROSPECTIVO DE ALTERAÇÕES RENAIS EM GRÁVIDAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA Silva GS Jr, Passos MT, Pereira AR, Nishida SK, Moreira SR, Sass N, Mastroianni-Kirsztajn G UNIFESP/EPM, UNIFESP/EPM,UNIFESP/EPM, UNIFESP/EPM, UNIFESP/EPM, Departamento de Ginecologia-Obstetrícia da UNIFESP, São Paulo-SP, Setor de Glomerulopatias da UNIFESP, São Paulo-SP Introdução: A alteração da função renal na hipertensão arterial crônica gestacional (HAC) está relacionada com o aumento da freqüência de HA superposta com pré-eclâmpsia. Marcadores de fitração glomerular como a Cistatina C e Creatinina séricas podem ser utilizados para o diagnóstico precoce de doença renal crônica (DRC). Objetivos: Avaliar a ocorrência de alterações de função renal na HAC. METODOLOGIA: Avaliação do perfil de 162 gestantes com HAC (pressão arterial acima de 140x90 mmHg identificada previamente à gestação ou até a 20ª semana), acompanhadas no ambulatório de Ginecologia-Obstetrícia, pelo grupo de Nefrites da UNIFESP-EPM, de Jan/08 a Mai/12 e submetidas a dosagem sérica de Creatinina (117) e cistatina C (102). Resultados: A idade média foi de 33,7 anos; somente 41,9% tinham >35 anos. Avaliando cor/raça, 58,7% eram pardas, 26,5% brancas e 14,8% negras; 14,1% eram primigestas, 61,9% tiveram múltiplas gestações (> ou = a 3) e o restante era secundigesta. Antecedente de pré-eclâmpsia ocorreu em 16%. Na primeira consulta com o grupo de Nefrites, a idade gestacional variou de 7-39 semanas. A HA foi identificada na gestação em 16,6% dos casos. Hipertensão foi considerado primária em 96,2% dos casos e no restante secundária. Quando sabiam informar o tempo de HA (95%), 20,7% tinham hipertensão < 1ano, 52,7% > ou = 5 anos e 26,6% > ou = a 10 anos. Os níveis de cistatina C variaram de 0,54 a 2,22 mg/ L. Casos de cistatina C elevada foram 14. A idade variou de 25 a 40 anos e a idade gestacional de 19 a 38 semanas; 3 primigestas, 3 secundigestas e 6 multigestas; 1 caso com antecedente de pré-eclâmpsia e 1 caso com eclâmpsia prévia; 3 com HAS > ou = 10 anos, com 2 casos detectados na gestação. Quatro casos tinham nefropatia previamente conhecida e 10 não. Comparando a Cistatina C com os valores de Creatinina, 4 valores de Creatinina estavam acima de 0,6 mg/ dL(Ref:<0,6 mg/dl). Conclusão: Na população estudada, houve maior prevalência de HAC de 21 a 51 anos, em pardas, com múltiplas gestações; a grande maioria já sabia ser hipertensa e tinha hipertensão primária, sem antecedente de pré-eclâmpsia. Devido à relevância da sobreposição da doença hipertensiva gestacional e HAC, associado a DRC, acarretando aumento do risco de morbimortalidade materno-fetal, é extremamente importante a detecção precoce da alteração da função renal. Neste estudo, 13,7% das gestantes tinham Cistatina C elevada, traduzindo déficit de filtração glomerular. 722 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-307 PERFIL BIOPSICOSSOCIAL DO PACIENTE NÃO ADERENTE AO TRATAMENTO DIALÍTICO Adriana Menezes Loyo Rosas, Adele Távora Said Varela, Paulo Caminha de Carvalho Junior, Camilla Neves Jacinto, Sonia Maria Holanda Almeida Araújo PRONEFRON, PRONEFRON, UFC, UFC, UFC Introdução: A má adesão à terapia dialítica representa um problema recorrente entre os pacientes em diálise crônica, possivelmente devido à natureza incurável da doença, a perspectiva de sobrevida limitada, ao regime de tratamento, a relação com a equipe profissional e aos fatores socioeconômicos. O absenteísmo a diálise pode impactar na baixa adequação da diálise, controle volêmico insuficiente, má adesão à prescrição medicamentosa, e às recomendações nutricionais, podendo contribuir para um maior aumento da morbimortalidade. Objetivo: O Objetivo deste trabalho foi conhecer e comparar parâmetros clínicos e biopsicossociais entre pacientes aderentes e não aderentes ao tratamento hemodialítico. Casuística e Métodos: Foram incluídos 84 pacientes em diálise crônica distribuídos em três clinicas de Fortaleza, cada sessão de hemodiálise tem a duração de quatro horas. Os pacientes foram classificados em três grupos: grupo 1(G1) – foram incluídos neste grupo pacientes faltosos, classificados dessa forma por não compareceram a uma sessão de diálise por mês por três meses consecutivos; grupo 2 (G2) – consistindo de pacientes que realizam regularmente quatro sessões semanais; e grupo 3 (G3) – os que realizam três sessões de diálise semanais. Foram analisados Resultados de exames laboratoriais, bem como aplicados o Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e o Inventário de Depressão de Beck (BDI), os pacientes que obtiveram escore maior ou igual a 16 foram considerados depressivos. Resultados: Dos 84 pacientes em diálise, 64,2% são do sexo masculino, com idade média de G1, G2, e G3 51,93±18,37, 50,25±14,41, e 45,61±14,55 respectivamente. A renda familiar mais baixa em salários mínimos foi observada no G1 1,29±0,62, G2 2,04±1,40 e G3 2,08±1,95. O tempo em diálise em meses foi maior no G2 87,96±79,12, G1 63,93±80,49 e G3 45,11±55,36. O PTH obtido teve diferença significativa (P < 0.05) o G1 foi 601,89±383,19, do G2 556,56±584,12 e do G3 705,62±797,88. Quanto ao kt/v, o G2 com 1,29±0,47 obteve o menor resultado, G1 1,55±0,51 e G3 1,35±0,58. Em relação à depressão, o G2 teve média significativamente maior (P < 0.05) onde 32,14% foram considerados deprimidos comparando com o G1 3,57% e G3 com 14,28%. Constatou-se diferença significativa nos diversos domínios do SF 36, sendo que G1 obteve maior média (P < 0.05) nos Resultados da capacidade funcional com 77,68±24,06, aspectos sociais 91,52±15,23 e aspectos emocionais 79,75±31,88, enquanto G2 obteve 64,64±32,99, 79,91±29,14 e 70,23±40,92 e G3 65,54±30,80, 84,37±24,67 e 65,47±43,96. Quanto à vitalidade e saúde mental G3 obteve melhores Resultados 73,75±17,46 e 82,43±17,86, enquanto G1 71,21±23,98, 77,57±21,92 e para G2 68,21±24,50 e 74,00±26,28 respectivamente. Conclusões: Os pacientes não aderentes têm uma auto avaliação positiva quanto ao seu desempenho nas suas atividades diárias, e que suas condições emocionais e sociais parecem não interferir nestas atividades. A renda familiar foi a mais baixa comparada aos outros grupos. Desta forma, os dados apontaram que a percepção dos pacientes assintomáticos e psicologicamente estáveis interfere na adesão ao tratamento dialítico. Isto evidencia a necessidade da educação em saúde frente aos riscos da não adesão. 723 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-106 INVESTIGAÇÃO DOS ESCORES DE QUALIDADE DE VIDA PELO SF-36 EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE EM ALAGOAS De-Melo-Neto VL, Duarte DB, Araújo DL, Oliveira SBA, Silva LM, Pinheiro ME, Nardi AE Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Escores de qualidade de vida podem se correlacionar com depressão, problemas cardiovasculares e inflamação em pacientes em hemodiálise (HD). Piores escores costumam se correlacionar com pior sobrevida desses pacientes. Objetivo: Investigar os níveis de qualidade de vida nos renais crônicos submetidos à hemodiálise em Alagoas e comparar com dados demográficos, clínicos e laboratoriais. Métodos: Estudo transversal com 71 pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise em Alagoas. Aplicação do questionário genérico de qualidade de vida SF-36. Investigação de dados clínicos através de entrevista semi-estruturada preparada especialmente para esse estudo. Resultados: A média de idade da amostra foi de 44,5 ± 14,1 anos. A maioria era do sexo masculino (54,9%), católica (56,3%), casada ou com união estável (57,5%) e ganhava até um salário mínimo (54,9%). A média de escolaridade foi de 6,8 ± 4,2 anos de estudo. As médias dos escores dos domínios de qualidade de vida investigados foram os seguintes: capacidade funcional: 55,9 ± 30,5; aspectos físicos: 28,5 ± 43,4; dor: 69 ± 30,4; estado geral: 47,9 ± 21,2; vitalidade: 63,3 ± 22,1; aspectos sociais: 75,8 ± 30,2; aspectos emocionais: 47,4 ± 49,1; saúde mental: 68 ± 22,3. Níveis mais baixos de hemoglobina correlacionaram-se com piores escores no estado geral, nos aspectos emocionais e na saúde mental, mas não com aspectos físicos ou capacidade funcional. Maiores níveis de fósforo correlacionaram-se com maiores escores de dor, enquanto menores escores de albumina com piores escores de aspectos físicos. Dificuldade de acesso vascular para HD apresentou correlação com pior capacidade funcional, pior saúde mental, dor, piores aspectos sociais, menor vitalidade e pior estado geral. Conclusão: Há uma grande correlação entre níveis mais baixos de hemoglobina, problemas de acesso vascular para HD e pior qualidade de vida em pacientes renais crônicos em hemodiálise. 724 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-221 A SUPEREXPRESSÃO DA HEME OXIGENASE-1 PODE INIBIR A TRANSIÇÃO DO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL? Origassa CST, Cândido DA, Felizardo RJF, Pereira RL, Hiyane M, Cenedeze MA, Nogueira E, Maculan FD, Silva MB, Moraes MR, Pacheco-Silva A, Aguiar CF, Oliveira VA, Naka E, Camara NOS Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo A fibrose túbulo-intersticial é um evento marcante da doença renal crônica e considerado um importante preditor de disfunção renal. A fibrose é resultante do acúmulo de fibroblastos, miofibroblastos e matriz extracelular. Apesar das controvérsias existentes, miofibroblastos podem ser derivados dos fibroblastos residentes e de células epiteliais renais. Recentemente, outro fator foi adicionado a este complexo sistema: os fibroblastos podem também ser derivados de células endoteliais pelo processo de transição do endotélio mesenquimal (TEndM). A TEndM renal é um processo em que as células do endotélio perdem as características fenotípicas endoteliais e adquiri novas, que são características das células mesenquimais, proporcionando uma fonte rica e renovável de miofibroblastos. A heme oxigenase-1 (HO-1) pode suprimir a disfunção renal, mesmo após a instalação efetiva da fibrose renal. Este estudo teve como Objetivo estabelecer a transição endotélio mesenquimal induzida por TGF-b (10ng/mL), e mostrar que a HO-1 pode revertê-la. A TEndM foi analisada pela expressão de marcadores de superfície celular como a-SMA, FSP1 e vimentina. Após o tratamento com TGF-b1 verificamos que houve diferença significativa na expressão de marcadores a-SMA (p < 0.0001) e FSP1 (p <0.05) de células mesenquimais pela TEndM das Huvecs, para a expressão gênica da vimentina houve um aumento de 5 vezes em relação ao controle. Na TEndM a expressão da HO-1 está baixa resultado de estresse celular e/ou injúria tecidual. Numa forma de induzir a expressão de HO-1, as Huvecs foram tratadas com hemin nas concentrações 1uM, 5uM, 10uM e 20uM durante 6 horas, resultando na superexpressão da HO-1 (P < 0.0024). Quando há um aumento da expressão HO-1 após um quadro de fibrose renal crônica, este pode ser revertido, talvez pela capacidade de ser antioxidante, antiinflamatória e anti-apoptótica, pois a inflamação é um dos principais componentes da progressão da função renal crônica. Dados do nosso laboratório mostram que a expressão da HO-1, pode suprimir a lesão renal crônica, mesmo após a instalação efetiva da fibrose, sendo capaz de reverter à cicatriz tecidual ao inibir a infiltração de células inflamatórias, sendo assim a amplificação da HO-1 pode ser uma ferramenta molecular para identificar a progressão da doença renal crônica. Este trabalho é financiado pela FAPESP (2010/02024-6). 725 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-264 DRC ENTRE TABAGISTAS ATENDIDOS NUM AMBULATÓRIO DE ALTO RISCO CARDIOVASCULAR Barezzi MB, Campos TS, Ferreira MA, Mansur HN, Galil AGS, Richter K, Cupertino AP, Ronzani TM, Basto MG Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Universidade do Kansas, Kansas, Universidade do Kansas, Kansas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais Introdução: O tabagismo é considerado fator de risco cardiovascular independente, fator de risco para doença renal crônica (DRC) e para maior perda de função renal em hipertensos, sendo uma das maiores causas evitáveis de morte prematura no mundo. Objetivos: Estratificar população tabagista quanto à presença ou não de DRC e verificar características quanto a outros fatores de risco cardiovasculares, comorbidades, controle pressórico e glicêmico, em pacientes atendidos em ambulatório de alto risco cardiovascular. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo, avaliando pacientes atendidos no Centro HIPERDIA de Juiz de Fora/ MG, encaminhados devido à hipertensão arterial (HAS), diabetes mellitus (DM) descompensados ou com complicações DRC, atendidos no período de julho/ 2010 a agosto/2011. Como DRC foi estabelecido valores de filtração glomerular (FG) em ml/min, menores de 60 ml/min, estimada pelo MDRD. Como valores anormais, definimos o que se segue: pressão arterial sistólica (PAS) > 135 mmHg; pressão de pulso (PP) 53 mmHg; glicemia jejum > 100 mg/dL. Resultados: Entre os 2123 pacientes no período, detectamos 8,85% (n=188) deles sendo tabagistas. Dentre estes, foi possível o cálculo da FG em 157 pacientes, com 55,84±10,21 anos e 44,7%, masculinos. Foram encaminhados para o serviço como portadores de DRC, 23,4% da amostra, porém a detectamos em 53,5% deles. A seguir, discriminamos o grupo em DRC presente, DRC ausente e p valor, respectivamente. Presença de HAS associada: 94%/ 75,3%/0,06; DM: 47,6%/ 53,4%/0,46; sedentários, 67,95%/ 79,55%/ 0,14; uso de álcool: 20,2%34,2%/0,04; acidente vascular cerebral (AVC) prévio: 13,1%/ 2,7%/ 0,02; infarto agudo do miocárdio (IAM): 9,5%/ 5,5%/ 0,35; doença vascular periférica (DVP): 8,3%/ 2,7%/0,03; idosos: 39,3%/ 23,3%/ 0,06; índice de massa corporal: 26,44±6,11/28,55±6,03/ 0,06; PAS anormal: 59,5%/ 42,5%/ 0,07; glicemia anormal: 52,4%/ 60,31%/ 0,02. Conclusão: Nesta coorte de tabagistas, detectamos uma maior prevalência de DRC em relação ao que foi encaminhado para o centro. Nos renais crônicos observamos significantemente, maior prevalência de AVC, DVP e maior pressão de pulso; tendência de serem mais idosos e com maiores médias sistólicas. Intervir no tabagismo nesta população torna-se tarefa prioritária, assim como o incentivo efetivo e mandatório para detecção precoce de DRC. 726 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-579 REVERSÃO DE LESÃO RENAL AGUDA APÓS CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE SÍNDROME DE BUDD CHIARI Piruzeli MLB, Siqueira HS, Koga CE, Damasceno AM, Oliveira Filho PF, Balda CA UNIFESP - EPM, UNIFESP - EPM, UNIFESP - EPM, UNIFESP - EPM, UNIFESP - EPM,UNIFESP – EPM Sabe-se que a Síndrome de Budd Chiari (SBC), trombose venosa que afeta a drenagem do fígado para a veia cava, é causa de ascite. Há relatos na literatura de lesão renal aguda (LRA) associada a essa síndrome em casos de Hemoglobinúria Paroxística Noturna, Síndromes Mieloproliferativas, Colagenoses e Trombofilias; relatamos um caso de LRA submetido a terapia renal substitutiva (TRS) transitoriamente, com recuperação da função renal normal após procedimento para correção da SBC. AFL, 38 anos, com diagnósticos prévios de Hepatite C não cirrótica, tratada com ribavirina e interferon, e SBC com trombo venoso no seguimento intra hepático da veia cava inferior. Para caracterização da doença havia biópsia com hepatopatia crônica, dilatação sinusoidal e fibrose na zona 3, abril de 2012. Endoscopia digestiva alta mostrava gastropatia hipertensiva leve, 1 cordão varicoso fino e 3 cordões varicosos médios, feita profilaxia primária de sangramento com ligadura elástica. Paciente internada para avaliar terapêutica de ascite secundária a SBC e Síndrome de Hipertensão Portal. Inicialmente tratada com paracenteses de alívio e expansão volêmica com albumina, sem resposta. Avaliada pela Nefrologia devido a diminuição do débito urinário e piora da função renal, sem desidratação ou infecção. Diagnosticada LRA com variação da creatinina de 0,88 para 1,09 e com piora progressiva até 1,65mg/dL. O exame de urina não mostrava proteinúria, leucocitúria ou hematúria. Foi proposta TRS devido à oligoanúria. Para investigação de causas da LRA feita medida indireta da pressão intra abdominal sem aumento, ultrassonografia com rins de tamanho, forma e contornos normais (RD 11,3cm e RE 9,8cm com espessura de parênquima de 1,3 e 1,4cm), não feita pesquisa de fluxo de artérias renais devido à ascite; ecocardiograma com função ventricular preservada. Planejada a recanalização do seguimento venoso obstruído por radiointervenção. Posteriormente à intervenção, diagnosticada sepse grave com pneumonia e infecção do trato urinário nosocomiais, isolada Klebsiella pneumoniae sensível a carbapenêmicos, sua função renal piorou considerando-se clearance de creatinina menor que 10ml/min e maior valor absoluto 3,88mg/dL. Recebeu alta com recuperação da função renal e da diurese, com creatinina 1,09mg/dL e clearance estimado maior que 60ml/min/1,73m2, considerando a intervenção determinante para a melhora foi possivelmente a recanalização e a diminuição da congestão passiva venosa renal determinada pela SBC. 727 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-161 TRAÇOS DE ANSIEDADE EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE EM ALAGOAS De-Melo-Neto VL, Duarte DB, Ribeiro MZD, Oliveira SBA, Araújo DL, Pinheiro ME, Nardi AE Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Transtornos de ansiedade são condições psiquiátricas comuns em algumas condições médicas. Pode prejudicar a qualidade do sono e de vida de seus portadores, piorando seu bem-estar. Objetivo: Investigar o nível de ansiedade em pacientes portadores de doença renal crônica submetidos à hemodiálise (HD) em Alagoas. Métodos: Estudo transversal com 71 pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC) em programa regular de hemodiálise de três serviços da cidade de Maceió-AL. Aplicação do Inventário de Estado e Traço Ansioso de Spielberger (IDATE) nesses pacientes. Foram pesquisadas correlações dos escores de ansiedade com características demográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes investigados, através do programa estatístico SPSS 16.0. Resultados: A média de idade da amostra foi de 44,5 ± 14,1 anos. A maioria era do sexo masculino (54,9%), católica (56,3%), casada ou com união estável (57,5%) e ganhava até um salário mínimo (54,9%). A média de escolaridade foi de 6,9 ± 4,2 anos de estudo. A média de ansiedade-estado foi de 32,9 ± 8,3 e de ansiedade-traço 34,8 ± 9,6. Escores mais elevados de ansiedade-traço correlacionaram-se com gênero feminino (37,3 ± 10,3 vs 32,8 ± 8,6, p=0,04), problemas relacionados a acesso vascular para HD (38,8 ± 9,9 vs 32,5 ± 8,7, p=0,007) e níveis mais baixos de hemoglobina (p=0,01). Conclusão: as mulheres com doença renal crônica submetidas à hemodiálise apresentam traços de ansiedade crônica mais intensos que os homens. Os pacientes com maior ansiedade crônica apresentam mais problemas com acesso vascular para HD e níveis mais baixos de hemoglobina. 728 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-637 Projeto CUIDAR: Promoção de saúde através de uma equipe multidisciplinar da Liga de Prevenção das Doenças Renais da Universidade Federal de Juiz de Fora, visando a detecção precoce dos fatores de risco para Doença Renal Crônica e de lesão renal Figueiredo BB, Silva MC, Freitas MM, Raslan MP, Freire ES, Sarkis DJ, Novaes MLO, Vitoretti AV, Lemos TL, Bastos MG, Marinho VT, Machado AL, Gonçalves TR, Nazarino JÁ Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Rio de Janeiro, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) não só aumenta o risco de perda da função renal, como da ocorrência de eventos/doenças cardiovasculares (DCV). A possibilidade de prevenção leva à necessidade do diagnóstico precoce dos fatores de risco e da presença de algum grau de lesão renal. Neste sentido, a Liga Acadêmica de Prevenção das Doenças Renais da Universidade Federal de Juiz de Fora (PRERENAL) tem como um de seus projetos de extensão o Cuidar, baseado nos princípios do projeto PREVINA-SE, no qual equipes multiprofissionais realizam triagem dos moradores de um bairro em Juiz de Fora. Os dados coletados são compilados e os pacientes com fatores de risco e proteinúria identificada pelas fitas reagentes são encaminhados para seguimento do rastreio e posterior tratamento, se necessário. Objetivos: Expor o trabalho desenvolvido pelos acadêmicos da PRERENAL. Analisar dados coletados, relacionando a idade e a presença de fatores de risco para DRC, a saber, Diabets Melitos (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), e de proteinúria, principal indicativo de lesão renal. Casuística e Método: Os acadêmicos são divididos em grupos, responsáveis por uma rua no Bairro Santos Dumont. A população é abordada em sua residência e submetida a questionário com perguntas sobre idade, HAS, DM ou DCV, tabagismo, atividade física e uso de medicamentos. No exame físico, afere-se a pressão arterial, realiza-se o teste de glicemia capilar e uroanálise. Os dados analisados neste trabalho foram coletados durante todo o ano de 2011 e a idade é referente ao mesmo. Os viéses de aferição são controlados através do treinamento da equipe; os de informação, através da aleatorização da amostra. Resultados: A equipe PRERENAL compilou dados de 157 moradores, com cobertura parcial do bairro. Analisando os dados a um nível de confiança de 95%, é possível definir média de idade (MI) superior entre os hipertensos (56,38) com desvio-padrão (DP) de 12,85, em comparação aos não hipertensos cuja MI foi de 40,98 com DP de 14,27; assim como entre os diabéticos (MI de 62, 38 e DP de 8,15) e os não diabéticos (MI de 45,38 e DP de 15,29). Concernente à proteinúria, não foi possível traçar perfil para média de idade e as categorias analisadas. Conclusão: O trabalho desenvolvido pela PRERENAL, ainda que incipiente, foi capaz de abordar um grupo relevante e os dados compilados evidenciam relação entre idade e fatores de risco para DRC e a importância do rastreio para diagnóstico precoce e prevenção da mesma. 729 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-339 SALA DE ESPERA: ESTRATÉGIA PARA O AUTO-CUIDADO DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS Ivo GP, Costa ALC, Raimundo DR, Cunha LP, Silva FVC Hospital Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um problema impactante nos planos individual e coletivo. Para enfrenta-la é necessário desenvolver estratégias facilitadoras da comunicação entre equipe e usuários do serviço. As atividades de grupo de sala de espera são um instrumento de educação em saúde através da troca de conhecimento entre pessoas que vivenciam situações semelhantes e que possuem como mediadores os profissionais da saúde3. Objetivo: Descrever a experiência dos residentes de enfermagem de uma Unidade Docente Assistencial que utilizam a dinâmica da sala de espera como estratégia de educação na assistência aos portadores de doença renal crônica, enfatizando o auto cuidado os pacientes que aguardam consulta com a equipe multiprofissional no ambulatório de tratamento conservador. Casuísticas e Métodos: Atividades educativas em grupo são frequentemente utilizadas em serviços básicos de saúde, mas a experiência mostra benefícios em unidades de cuidados especializados. Para tal é necessário habilidades no manejo de saberes e relação com o outro. As atividades são desenvolvidas no período que antecede o atendimento e englobam orientações quanto a funcionamento dos rins, doença renal crônica e promoção da saúde; a ação contribui para sedimentar a formação do residente de enfermagem principalmente no campo da especialidade. Trata-se de um relato de experiência onde se utilizou a sala de espera como estratégia para o auto cuidado. Resultados e Conclusão: Embora a clientela da sala de espera não se conheça, a atividade promove um processo participativo com troca de experiências comuns, maneiras de cuidado com o corpo, aflições, suas doenças, qualidade do atendimento na instituição e vida cotidiana. Os profissionais de saúde inseridos em treinamento no serviço na modalidade de residência devem lançar mão de estratégias tradicionalmente utilizadas na atenção básica. Práticas educativas em grupo de sala de espera tem se mostrado benéficas para residentes e principalmente para os usuários na medida em que desenvolvem a capacidade de comunicação e favorecem a interação profissional e usuário do serviço. 730 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-632 PERFIL DE TABAGISTAS QUANTO AO GÊNERO EM AMBULATÓRIO DE ALTO RISCO CARDIOVASCULAR Barezzi MB, Campos TS, Ferreira MA, Mansur HN, Galil AGS, Richter K, Cupertino AP, Ronzani TM, Basto MG Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Universidade do Kansas, Kansas, Universidade do Kansas, Kansas, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais Introdução: Estudos demonstram que o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC) são os principais causadores de mortalidade em mulheres adultas no Brasil, assim como o tabagismo é considerado a principal causa de IAM. O risco aumenta com a somação de comorbidades e com o aumento do número de cigarros fumados/ dia. Objetivos: Estratificar população tabagista quanto ao gênero masculino e feminino e avaliar características de cada subgrupo quanto a outros fatores de risco cardiovasculares, comorbidades, controle pressórico, glicêmico e função renal, em pacientes atendidos de ambulatório. Métodos: Estudo observacional de coorte retrospectivo, avaliando pacientes atendidos no Centro HIPERDIA de Juiz de Fora/MG, encaminhados devido à hipertensão arterial (HAS), diabetes mellitus (DM) descompensados ou com complicações de doença renal crônica (DRC), atendidos entre julho/ 2010 a agosto/2011. Resultados: Entre os 2123 pacientes atendidos no período, detectamos que 8,85% (n = 188). Os dados colhidos prontuários desta coorte, apresentava idade de 55,84±10,21 anos. Ao dividir o grupo quanto ao gênero, observamos que 55,30% dos tabagistas eram do sexo feminino. A seguir, expomos as características encontradas na avaliação seguindo respectivamente dados quanto ao sexo feminino, masculino e p valor. HAS: 78,8%/ 85,7%/ 0,5; DM: 51,9%/ 52,4%/ 0,53; DRC: 21,2%/ 26,2%; sedentarismo: 78,8%/ 60,7%/0,01; uso de álcool associado: 21,2%/32,1%/0,06; IAM (IAM): 3,8%/ 11,9%/ 0,03; doença vascular periférica (DVP): 3,8%/ 10,7%/ 0,05; índice de massa corporal: 29,19±6,24/ 26,44±6,11/ 0,01; pressão arterial sistólica (mmHg): 141,62±32,06/ 138,32±23,11/0,41; glicemias anormais (níveis acima de 100 mg/dL em jejum): 56,7%/ 47,6%/ 0,06; filtração glomerular (ml/min): 60,37±25,97/ 59,44±22,59. Conclusão: Nesta coorte de tabagistas hipertensos, diabéticos e renais crônicos, observamos que as pacientes do sexo feminino eram mais sedentárias, mais obesas e com tendência a maiores níveis glicêmicos; enquanto os tabagistas masculinos apresentaram significativamente maior prevalência de IAM e DVP, além de uma tendência a um maior consumo de álcool. Reconhecer estas peculiaridades quanto ao gênero fortalece formas de abordagem mais personalizadas e intervenções mais efetivas nesta população. 731 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-631 PERFIL DE TABAGISTAS ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE ALTO RISCO CARDIOVASCULAR Barezzi MB, Campos TS, Ferreira MA, Mansur HN, Cruvinel E, Galil AGS, Richter K, Cupertino AP, Basto MG, Oliveira AF, Ronzani TM Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Universidade do Kansas, Kansas, Universidade do Kansas, Kansas, Centro Hiperdia de Juiz de Fora/ NIEPEN, Minas Gerais, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais Introdução: O tabagismo é considerado um problema de saúde pública, gerando prejuízos em várias áreas, inclusive na causa ou agravamento de diversas doenças crônicas. As complicações relativas à hipertensão arterial sistêmica(HAS), diabetes mellitus(DM) e doença renal crônica(DRC) estão diretamente associadas ao consumo de tabaco. Portanto, intervenções para a cessação do consumo de tabaco são recomendadas nesta população. Objetivos: Estimar a prevalência de uso de tabaco e de problemas associados entre tabagistas atendidos no Centro HIPERDIA de Juiz de Fora. Métodos: O cenário do estudo foi o Centro HIPERDIA de Atenção Secundária em HAS e DM, com extensão específica em Juiz de Fora, para renais crônicos. Estudo retrospectivo, de corte transversal, com amostra definida por critério temporal de 02/08/2010 à 31/07/2011. A coleta de dados baseou-se em dados basais de 1ª e 2ª consultas contidos nos prontuários dos pacientes como: diagnóstico para encaminhamento, história familiar, sedentarismo, uso de álcool, doenças de órgão-alvo, idade, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (PA), glicemia de jejum, filtração glomerular (FG), número de cigarro/dia, e tempo de uso do tabaco. Resultados: Entre os 2123 pacientes do período, foram detectados 8,85% (n=188) tabagistas. Dentre estes, foi possível observar que em média faziam um uso de 14,13±12,49 cigarros/dia e um tempo de uso de 33,25±14,12 anos. A seguir, expomos as características encontradas seguindo respectivamente os dados quanto à média, desvio-padrão ou porcentagem. Presença de diagnóstico de HAS:154(81,9%), DM: 98(52,5%), DRC:44(23,4%); história familiar de HAS:70,2%, de DM:52,4%, de DRC:16%; sedentarismo:133(70,7%); uso de álcool associado: 49(21,1%); insuficiência cardíaca(IC):12(6,4%); acidente vascular cerebral(AVC):13 (6,9%); infarto agudo do miocárdio(IAM): 14(7,4%); doença vascular periférica (DVP): 13(6,9%); idade: 55,84±10,21 anos; IMC: 26,46±4,61 kg/m²; PA sistólica > 130/ PA diastólica > 85 (anormais): 100(46,8%)/ 88(46,8%) mmHg; glicemia jejum:152,51±84,29 mg/dL; DRC(FG < 60 ml/min): 84 (44,7%). Conclusão: Foi possível estimar a prevalência do público-alvo e levantar ponderações de grande relevância. Tornou-se de fundamental importância o estudo mais aprofundado sobre essa questão em nosso meio, de modo que auxilia na assistência integral, melhora a oferta de ações para o tratamento dos usuários, sensibiliza os profissionais, e garante melhoria na qualidade de vida dos sujeitos. 732 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-380 PREVALÊNCIA DE PROTEINÚRIA EM ESTUDANTES DA REDE ESTADUAL DA CIDADE DE VASSOURASRJ AVALIADOS POR MEIO DE TIRA REAGENTE Vivian Mara Royo Mora, Dario Dias da Costa, Jorge Pimentel Amaral, Thaís dos Santos Bomfim Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra Introdução: O exame de urina proporciona informações sobre patologias renais e do trato urinário, bem como sobre algumas moléstias extra-renais. Além disso, permite uma avaliação da função renal e fornece indícios sobre a etiologia da disfunção. Usualmente é feita por meio de tira reagente que tem baixo custo, é rápido, apresenta facilidade na coleta de urina e da realização, sendo, portanto, considerada exame rotina. A dosagem de proteinúria é considerada marcador sensível não apenas de lesão renal, mas também de doenças cardiovasculares de um modo geral, o que lhe confere papel de destaque como instrumento diagnóstico. É um fator de risco para progressão da doença renal crônica, bem como para morbimortalidade cardiovascular. A ocorrência de uma ou mais cruzes de proteinúria determina a necessidade de quantificação, que pode ser feita em amostra urinária isolada (relação proteína/creatinina) ou na urina de 24 horas. Objetivo: Fazer o levantamento da prevalência de proteinúria em estudantes de três colégios da rede estadual da cidade de Vassouras-RJ. Métodos: Foram realizadas 374 entrevistas com estudantes de três colégios da rede estadual da cidade de Vassouras-RJ, com preenchimento de questionário elaborado pelos membros da liga de nefrologia da Universidade Severino Sombra, com posterior exame de urina por meio de tira reagente, seguindo as recomendações do fabricante. Sendo a coleta de urina de jato intermediário em recipiente estéril. Foram incluídos os estudantes com idades compreendidas entre 0 e 20 anos e excluíram-se os questionários que não tiveram os dados preenchidos adequadamente. Resultados: Dos 288 (77,0%) questionários válidos no levantamento, 68 (23,61%) estavam compreendidos na faixa etária de 5 a 10 anos e 220 (76,39%) de 11 a 20 anos. Dos estudantes com idade entre 5 e 10 anos 56 (82,35%) apresentaram proteinúria negativa e 12 (17,65%) apresentaram proteinúria positiva sendo quantificada de 1+ em 4+. Dos estudantes na faixa etária de 11 a 20 anos, 197 (89,55%) apresentaram proteinúria negativa, 19 (8,64%) apresentaram proteinúria de 1+ em 4+; 3 (1,36%) apresentaram proteinúria de 2+, e 1 (0,45%) apresentou proteinúria de 3+. Conclusão: Conseguiu-se estabelecer a prevalência de proteinúria na população estudada num total de 35 (12,15%) casos positivos, independente da quantificação, valor este que se aproxima dos dados apresentados em outros estudos que estabelecem uma prevalência aproximada de 2 a 11% na pesquisa de rotina. 733 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-284 HIPÓXIA CAUSA A TRANSIÇÃO ENDOTÉLIO MESENQUIMAL EM CÉLULAS ENDOTELIAIS ISOLADAS DO CORDÃO UMBILICAL HUMANO Origassa CST, Cândido DA, Felizardo RJF, Pereira RL, Hiyane M, Cenedeze MA, Nogueira E, Silva MB, Moraes MR, Pacheco-Silva A, Aguiar CF, Naka E, Camara NOS Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, Universidade de São Paulo A hipóxia é um evento marcante da doença renal crônica e considerado um importante preditor de disfunção renal. No nível celular a hipóxia causa, inicialmente, perda da fosforilação oxidativa e da produção de ATP pelas mitocôndrias, ou seja, inicialmente a hipóxia impede a célula de usar seu principal meio de obtenção de energia. A ausência de energia levará a uma série de mudanças metabólicas e morfológicas na célula. Apesar das controvérsias existentes, miofibroblastos podem ser derivados dos fibroblastos residentes e os fibroblastos podem ser derivados de células epiteliais renais. Recentemente, outro fator foi adicionado a este complexo sistema: os fibroblastos podem também ser derivados de células endoteliais pelo processo de transição do endotélio mesenquimal (TEndM). A TEndM renal é um processo em que as células do endotélio perdem as características fenotípicas endoteliais e adquiri novas, que são características das células mesenquimais, proporcionando uma fonte rica e renovável de miofibroblastos. Foi demonstrado na transição do epitélio mesenquimal que a heme oxigenase-1 (HO-1), enzima endógena quando em níveis elevados pode suprimir a lesão renal, mesmo após a instalação efetiva da fibrose renal sendo capaz de reverter a doença, responsável por inibir à infiltração de células inflamatórias, devido a sua ação antioxidante, antiinflamatória e anti-apoptótica. Este estudo teve como Objetivo isolar células endoteliais do cordão umbilical humano, detectar a presença dos marcadores CD105, CD31, CD45 e CD34 na superfície celular das células endoteliais para confirmar o fenótipo celular, utilizando a técnica de imunofiuorescência e citometria de fluxo, a partir das células mesenquimais derivadas da TEndM podemos analisar a expressão da HO-1 por PCR em tempo real e expressão de moléculas reacionadas com as vias de sinalização Wnt, NFkB, Mapk e Akt. Os Resultados caracterizam o processo de TEndM em modelo de lesão renal crônica in vitro, mostrando a cascata de sinalização responsável pela ativação. O PCR em tempo real apresentou uma expressão alta da heme oxigenase-1 na indução da TEndM pelo TGF-beta. Uma vez que esse processo não está claramente descrito na literatura sua caracterização se faz importante para o desenvolvimento terapêutico em doenças renais. 734 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-124 O RELACIONAMENTO DO ENFERMEIRO RESIDENTE COM O CLIENTE HEMODIALÍTICO Nayanna Sales da Silva, Maria José Carvalho Santos, Karla Gardenea Pereira Serra Borges HUUFMA, Maranhão, HUUFMA, Maranhão, HUUFMA, Maranhão Resumo: Este estudo refere-se ao preparo emocional adquirido pelos enfermeiros residentes em nefrologia de um Hospital Universitário de São Luís-MA para atuarem junto ao cliente hemodialítico. Teve como Objetivos a descrição das vivencias dos mesmos assistirem a essa clientela e discussão das estratégias utilizadas para prestarem assistência. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, na qual os dados foram analisados com base nos conceitos de pitta e viscott. Em seu estudo pitta estabelese associações entre as caracteristicas do processo de trabalho e sofrimento psíquico vivenciado por funcionários que trabalham em instituições hospitalares. viscott trata da comprensão dos sentimentos, sua naturesa o que siguinificam, como entende-los e usá-los. os procedimentos adotados foram a entrevista semi-estruturada e a observação sistemática, enfocando o cotidiano dos enfermeiros residentes em nefrologia e a suas reações frente à assistência prestada. Na análise dos depoimentos, constataram-se as estratégias e reações do residente frente à assistência ao cliente submetido a hemodiálise, bem como a ansiedade gerada pelo convívio com a cronicidade e morte. Conclui-se que os sentimentos expressos demonstram a importância da discussão dos temas, como compreender e lidar com os clientes e o preparo para lidar com a cronicidade. 735 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-213 PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AO DISTÚRBIO MINERAL E ÓSSEO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE Camandaroba CP Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) tem avançado e crescido em todo o mundo, sendo as doenças carviovasculares a maior causa de morbidade e mortalidade nesta população,podendo acarretar no distúrbio mineral e ósseo (DMO) secundário à doença renal crônica. Deste modo, o Objetivo do estudo foi avaliar através de parâmetros clínicos e laboratoriais, a prevalência e os fatores associados ao distúrbio mineral e ósseo em pacientes submetidos à hemodiálise. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo de coorte, retrospectivo de 164 prontuários de pacientes que realizavam tratamento de hemodiálise em uma clínica da cidade de Feira de Santana-Ba, onde foram analisados os parâmetros clinicos: idade, sexo, tempo de diálise, tabagismo e diabetes, e os laboratoriais: fósforo, cálcio, relação cálcio x fósforo, paratormônio (PTH) e fosfatase alcalina. Para avaliar a presença de associação entre variáveis clínicas e laboratoriais foi utilizado o teste t de Student, e o coeficiente de correlação de Pearson, para a associação do tempo de hemodiálise e variáveis dependentes. Resultados: Mediante as características laboratoriais e clínicas a média de tempo de hemodiálise foi de 35,7 (± 40,6) meses, com idade média de 47,9 (± 15,4) anos, com a população predominantemente do sexo masculino (65%). Do total de pacientes 26% eram diabéticos e um percentual de 4% de tabagistas. Conclusão: Foi observado que a maioria da população analisada pertencia ao sexo masculino, favorecendo ao aumento da prevalência de mortalidade destes quando comparados ao sexo feminino. Dentre as características laboratoriais o PTH apresentou elevação constante, com representação significativa quanto ao tempo de hemodiálise e as variáveis PTH, cálcio e a relação do cálcio e fóssforo, podendo corresponder a um mecanismo compensatório para a manutenção da homeostase mineral do cálcio e do fósforo, bem como progressão da insuficiência renal precedendo a hiperfosfatemia. Os mecanismos subjacentes ao aumento da mortalidade, morbidade e doença cardiovascular associada a distúrbios no metabolismo mineral são inconclusivos, sendo relevante o diagnóstico do Distúrbio Mineral e Ósseo na DRC através da detecção de calcificação extra-óssea utilizando a biópsia óssea, intervenções terapéuticas, monitoramento dos sinais e sintomas, salientando a necessidade de promover pesquisas de alta qualidade nesta área. 736 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-378 PREVALÊNCIA DE HEMATÚRIA NA POPULAÇÃO INFANTO JUVENIL E ADULTA DA REDE ESCOLAR PÚBLICA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE VASSOURAS-RJ Jorge Pimentel Amaral, Maria Clara Menezes Monteiro, Érick Teles Brasileiro Matos da Silva, Vivian Mara Royo Mota Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra Introdução: A hematúria é definida como a presença de células sanguíneas na urina, podendo ser classificada em microscópica, quando há duas ou mais hemácias por campo de grande aumento na microscopia, ou macroscópica, quando há sangramento aparente e uma contagem superior a 106 hemácias/mL. Sua presença é um forte indicador de lesão renal, sendo o exame simples de urina com uso de tira reagente, uma forma de detectá-la; a prevalência varia de acordo com a população em estudo e esse achado pode ser transitório, o que exige um segundo exame para confirmação; deve-se ainda, distinguir entre hematúria glomerular e não glomerular, confirmado através da pesquisa de cilindros hemáticos ou dismorfismo eritrocitário. Objetivos: Avaliar a prevalência de hematúria na população infantil, juvenil e adulta da rede escolar pública estadual do município de Vassouras-RJ, por meio do exame simples com fita reagente. Orientar, em caso de alterações, a procura de um médico para melhor avaliação, e a importância da prevenção de doenças renais. Materiais e método: Foram realizadas três feiras de saúde em três colégios da rede pública estadual de Vassouras-RJ, onde 374 pessoas foram atendidas, com preenchimento de questionário, com posterior exame de simples de urina por meio de tira reagente, seguindo as recomendações do fabricante. A urina coletada foi de jato intermediário em recipiente estéril. Foram incluídos os estudantes, pais, professores e funcionários das escolas com idades compreendidas entre 5 e 75 anos e excluíram-se os questionários que não tiveram exame de urina realizados. Resultados: Dos 374 entrevistados, 20 apresentaram hematúria, correspondendo a 5,34%. Sendo 8 do sexo masculino e 12 do sexo feminino. Nos alunos com idade entre 5-10 anos, foram observadas 7 alterações, sendo 3 no sexo masculino e 4 no feminino, onde 3 encontrava-se no período menstrual no dia do exame. Nos indivíduos com idade entre 11-20 anos, foram encontrados 12 alterações, 5 no sexo masculino e 7 no feminino, com 4 relacionada ao período menstrual. Em maiores que 60 anos foi encontrado apenas 1 alteração no sexo masculino. Conclusão: A realização de exames simples de urina é de fundamental importância para detecção precoce de doenças renais, uma vez que muitas são assintomáticas no início. A hematúria é um forte indicador de lesão renal e deve ser investigada periodicamente; sendo os dados da população estudada, de acordo com a literatura. 737 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-160 TESTE DE FITA REAGENTE COMO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE LESÃO RENAL EM PACIENTES COM PROTEINÚRIA ASSINTOMÁTICA Francielle Laís dos Santos Pereira, Dario Dias da Costa, João Paulo Canaan, Arnaldo Patricio Neto, Vivian Mara Royo Mota, Thaís dos Santos Bomfim Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra Introdução: A presença de proteinúria é um achado indicativo de comprometimento renal. Está presente no estágio inicial da doença renal antes que o comprometimento da função poder ser detectado. A perda de função renal é diretamente relacionada à quantidade de proteinúria. Sendo a DRC uma condição cujo desenvolvimento e ocorrência não podem ser completamente evitados por medidas higieno-dietéticas ou tratamentos medicamentosos, a melhor forma de redução dos danos é o diagnóstico precoce. Este, por sua vez, não pode depender de sintomas, visto que, na maior parte dos casos, a sintomatologia é discreta, inexistente ou tardia. Por tudo isso, ganha destaque a pesquisa de proteinúria (ou albuminúria) como instrumento para diagnóstico precoce e consequente prevenção secundária. O primeiro passo é pesquisar a proteinúria com fita reagente numa amostra urinária isolada. A ocorrência de uma ou mais cruzes de proteinúria determina a necessidade de quantificação, que pode ser feita em amostra urinária isolada (relação proteína/creatinina) ou na urina de 24 horas. Objetivo: Demonstrar a efetividade do teste de fita reagente como procedimento de diagnóstico precoce de lesão renal em pacientes com proteinúria assintomáticos. Metodologia: Acadêmicos da liga de nefrologia da Universidade Severino Sombra desenvolvem e aplicaram questionário em alunos de três colégios da rede estadual da cidade do Vassouras-RJ. Posteriormente, realizou-se exame de urina, que foi coletada por meio de jato intermediário, com teste de fita reagente, seguindo as recomendações do respectivo fabricante. Ao total foram preenchidos 374 questionários, sendo que para nosso estudo foram excluídas as fichas que não tiveram seus dados preenchidos adequadamente. Resultado: Das 229 (61,23%) fichas validadas, 45 (19,65%) estavam compreendidas na faixa etária de 0 a 10 anos e 184 (80,35%) na faixa etária de 11 a 20 anos. Obtivemos um total de 24 (10,48%) proteinúrias positivas, independente de sua quantificação, sendo destas, 16 (66,67%) assintomáticos. Os casos de proteinúria assintomáticas positivas foram encaminhados para o serviço de saúde para maior investigação dos achados. Conclusão: Apesar da baixa porcentagem de proteinúria encontrada, vê-se que o teste da fita reagente, por sua simplicidade, baixo custo e facilidade na obtenção da amostra para análise, é considerado exame de rotina e pode ser um exame para o diagnóstico precoce de lesão renal em pacientes assintomáticos. 738 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-266 ELECTROACUPUNCTURE AND MOXIBUSTION MODULATED SYSTEMIC AND RENAL RENINANGIOTENSIN SYSTEM (RAS) AND ATTENUATED THE PROGRESSION OF RENAL DISEASE Zaira Palomino Jara, Fernanda Barrinha Fernandes, Dulce Elena Casarini, Nestor Schor, Anaflávia Oliveira Freire, Vicente de Paulo Castro Teixeira Unifesp, Unifesp, Unifesp, Unifesp, Unifesp, Unifesp INTRODUCTION AND AIMS: Systemic and renal RAS are pivotal for the development of renal disease. Traditional Chinese Medicine (TCM) has been increasingly recognized as an effective therapeutic in several fields of medicine. Among its therapeutic strategies are eletroacupuncture (EA) and moxibustion (MO). The aim of this study was to investigate the effects of EA and MO on RAS in an experimental model of hypertensive and progressive renal disease. METHODS: Male wistar rats were submitted to 5/6 nephrectomy (5/6 nx), divided in three groups and studied along eight weeks. Control (NX): only 5/6 nx; Sham-EA-MO (NX-AS): 5/6 nx and twice weekly 20 min EA-MO session in sham-points; and EA-MO (NX-AM): 5/6 nx and twice weekly 20 min EA-MO session in three real acupuncture points. We measured 24h-proteinuria, mean arterial blood pressure (MAP), plasma and renal Ang I, Ang II and Ang1-7 and plasma renin activity. The statistical significance of the results was evaluated by ANOVA followed by Tukey test. Values were expressed as mean ± SD. RESULTS:CONCLUSIONS: The acupuncuture-treated group presented significant improvement in all measured functional parameters. EA and MO modulated RAS leading to higher production of systemic and renal Ang1-7. Since A1-7 is protective against endothelial dysfunction and has vasodilatory and antifibrotic effects, our findings suggest that it could be contribute to the improvement of the progression of renal disease in this model. Parameters 24h-proteinuria (mg/24h) final SBP (mmHg) final MAP (mmHg) Plasma Ang I (ng/mL) Plasma Ang II (ng/mL) Plasma Ang 1-7 (ng/mL) Renal Ang I (ng/g) Renal Ang II (ng/g) Renal Ang 1-7 (ng/g) (ng/g) Plasma Renin Activity (pmol/h) NX 187.2± 25.1 188.7± 15.2 190.3± 12.8 50.4± 13.5 58.7 ± 19.9 4.2 ± 2 26.6± 9.2 8.8 ± 4.1 12.4 ± 3.2 22.9 ± 7.2 NX-AS NX-AM 179.5± 46.8 68.4± 15.1 * 176.7± 15.2 127.4± 9.4 * 182.7 ± 14.8 125.3 ± 19.8 * 24.9 ± 6.6 88.1± 21.6 # 22.5 ± 6.2 22.5 ± 6.2 # 5.9 ± 1.3 15.8 ± 7.2 * 20.1 ± 5.9 21.4 ± 4.7 19.1 ± 5.4 14.2 ± 4.7 7.9 ± 2.1 43.3 ± 9.4 * 40.1 ± 0.9 29.8 ± 4.6 * * (p=<0,05) vs NX and NX-AS; # (p=<0,05) vs NX-AS 739 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-209 OS DISTÚRBIOS DO METABOLISMO MINERAL SÃO PREDITORES DE SOBREVIDA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE? Luciene Pereira Magalhães, Luciene Machado dos Reis, Fellype de Carvalho Barreto, Wagner Vasques Dominguez, Fabiana Giorgeti Graciolli, Rosa Maria Affonso Moyses, Vanda Jorgetti Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade Nove de Julho, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo Introdução e Objetivos: A taxa de mortalidade nos pacientes em diálise é 7 vezes maior que a da população geral e no primeiro ano de diálise cerca de 21,8% dos pacientes vão a óbito. Além dos fatores de risco tradicionais, os distúrbios do metabolismo mineral também contribuem para aumentar a mortalidade e têm sido muito estudados nos últimos anos. O Objetivo do estudo foi comparar as características clinicas, exames bioquímicos (hemoglobina, hematócrito, creatinina, colesterol total e frações, triglicerídeos, PCR, albumina, cálcio iônico, fósforo, PTH, 25-OH-vitamina D e FGF-23) de pacientes admitidos em diálise no mesmo período que foram a óbito e sobreviveram após 1 ano de hemodiálise. Métodos: Trezentos e oitenta e sete pacientes foram admitidos para diálise de urgência com as seguintes características: 60% homens; 51(37-63) anos de idade, 35% diabéticos, 32% com hipertensão arterial, 45% com dislipidemia, 20%tabagistas e 24% com doença cardiovascular. Resultados: Ao final de 1 ano, 48 pacientes faleceram (12%) e as principais diferenças entre os que foram a óbito e os que sobreviveram foram: fósforo (5,6 vs 6,7 mg/dL); Colesterol total (134vs 175 mg/dL); triglicérides (122 vs 149 mg/dL); FGF-23 (1019 vs1870 pg/mL). A prevalência de hipovitaminose D foi de 89% e semelhante nos dois grupos. Conclusão: Nosso estudo não demonstrou que os distúrbios do metabolismo mineral foram determinantes de maior mortalidade nos pacientes prevalentes em diálise. 740 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-478 RECRUTAMENTO DE INDIVÍDUOS COM PRÉ-HIPERTENSÃO OU HIPERTENSÃO ESTÁGIO I POR UM CENTRO DE PESQUISA DO ESTUDO PREVER Silva RS, Guwzinski AG, Traesel MC, Oliveira CSA, Gadonski G, Kroth LV, Lienert RSC, Fuchs SC, Fuchs FD, d’Avila DO, Poli de Figueiredo CE, Pesquisadores do Estudo PREVER Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UFRGS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, Centro de Pesquisa Clínica – Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS, ESTUDO PREVER Introdução: O Estudo Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Pacientes com Pré-Hipertensão e Hipertensão Arterial (PREVER) é projeto multicêntrico brasileiro de pesquisa clínica, proposto após iniciativa dos Ministérios de Ciência e Tecnologia e da Saúde do Brasil. Foi idealizado e é coordenado pelo grupo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com a participação de 24 instituições. O financiamento foi obtido no EDITAL MCT/FINEP/MS/SCTIE/DECIT – FNS e CT-SAÚDE PESQUISA CLÍNICA. O estudo é composto por dois ensaios clínicos randomizados, que investiga se o tratamento medicamentoso de indivíduos com pré-hipertensão reduz a incidência de hipertensão arterial com boa tolerabilidade (PREVER 1) e avalia se há superioridade da associação de Clortalidona com Amilorida ou de Losartana no controle dos níveis pressóricos de pacientes com hipertensão arterial em estágio I (PREVER 2). Objetivo: O Objetivo do presente relato é descrever a experiência de um dos centros participantes no Estudo Prever no recrutamento de pacientes. Metodologia: A estratégia utilizada para o recrutamento foi realizar campanhas de medição da pressão arterial em diferentes cenários públicos com movimento de pessoas como o hospital, a universidade, o supermercado Carrefour, e em parque da cidade durante a Campanha da Semana do Rim. Em uma ocasião divulgamos chamada em jornal. A pressão casual era medida com o voluntário sentado, e orientações sobre os níveis pressóricos e sobre o estudo eram fornecidas. Apenas o registro da medida da pressão arterial era feito. Aqueles que procuraram o Centro de Pesquisa com interesse em participar do estudo recebiam orientações e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As informações apresentadas são apenas da fase de recrutamento inicial. Os níveis de pressão artéria foram classificados conforme o sétimo relatório do Joint National Committee on Prevention,Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. Resultados: A medida casual da pressão arterial foi realizada em 2585 indivíduos. O nível de pressão arterial estava dentro de níveis considerados normais (PAS <120 mmHg e PAD < 80 mmHg) em apenas 530 (20,5%) sujeitos. Níveis de pressão arterial compatíveis com pré-hipertensão (PAS entre 120-139 mmHg e/ou PAD 80-89 mmHg) em 937 (36,2%). Níveis de pressão arterial compatíveis com hipertensão estágio I (PAS entre 140-159 mmHg e/ou PAD 90-99 mmHg) ou 2 (PAS ≥160 mmHg e/ou PAD ≥100 mmHg) foram detectados em 632 (24,5%) e 486 (18,8%) indivíduos, respectivamente. Conclusão: Os dados apresentados apenas representam uma observação dos níveis de pressão arterial obtidos em campanha em ambientes públicos com alta circulação de pessoas. A pressão arterial casual, neste público, estava acima de níveis considerados ideais em uma parcela importante dos voluntários. Hipertensão arterial é problema de saúde pública com impacto médico e social. Campanhas com medida da pressão arterial podem auxiliar na detecção de indivíduos com níveis pressóricos não controlados e melhorar o conhecimento da população sobre esta condição. 741 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-482 ACUTE KIDNEY INJURY AMONG LOW-INCOME PATIENTS ADMITTED TO AN INTENSIVE CARE UNIT IN BRAZIL Geraldo Bezerra da Silva Junior, Ana Patrícia Freitas Vieira, Juliana Barbosa Sobral, Denislene S. Eduardo, Francisco Valtenor A. Lima Junior, Gunter Gerson, Elizabeth De Francesco Daher University of Fortaleza; Federal University of Ceara, Federal University of Ceara, Federal University of Ceara, Federal University of Ceara, Federal University of Ceara, Federal University of Ceara, Federal University of Ceara Introduction: Acute kidney injury (AKI) is common among critically ill patients, occurring in 36% to 76% of intensive care units (ICU) admissions, depending on the definition used for AKI. It is associated with substantial increase in morbidity and mortality. Aims: The aim of this study was to investigate the epidemiology, causes and outcome of AKI in a low-income population admitted to an ICU in Brazil. Material and Methods: A retrospective study was conducted with low-income patients admitted to the ICU of the Walter Cantidio University Hospital, Federal University of Ceara, Fortaleza city, Northeast Brazil, a public teaching hospital, between January 2000 and December 2007, with confirmed diagnosis of AKI. AKI was defined according to the RIFLE classification. The causes of AKI were investigated, as well as patients’ outcome and the factors associated with increased mortality. Statistical analysis was done through the program SPSS version 10.0. Results: A total of 208 patients were included in the study, with an average age of 52.4 +/- 20.3 years (range 14-95 years), and 60% were male. The causes of AKI were sepsis (50%), hypovolemia (24.5%), infectious diseases, including leptospirosis, HIV, tetanus, dengue and visceral leishmaniasis (7.7%), glomerulonephritis and vasculitis (7.0%), drugs nephrotoxicity (5.8%) and others (5%). According to the RIFLE classification, patients were classified in “Risk” (20%), “Injury” (21%) and “Failure” (59%). Death occurred in 145 cases (69.7%). The causes of death were septic shock (40%), multiple organ failure (28%), hypovolemic shock (11%) and respiratory insufficiency (6.2%). Non-survivors had lower hemoglobin (9.4 +/- 2.3g/dL vs. 10 +/- 2.8g/dL, p=0.001), hematocrit (28 +/- 6.9% vs. 32 +/- 8.3%, p=0.001), arterial pH (7.31 +/- 0.13 vs. 7.37 +/- 0.09, p=0.001), HCO3 (16 +/- 5.3mEq/L vs. 20 +/- 9.4mEq/L, p=0.0001), systolic blood pressure (89 +/- 24mmHg vs. 110 +/- 29mmHg, p=0.0001) and prolonged prothrombin time (46 +/- 24% vs. 61 +/- 26%, p=0.04). Death was higher among patients with sepsis (88.5%), when compared with patients without sepsis (51.5%), p<0.0001. There was a significant association between the RIFLE classification and mortality, which increased according to the worse classifications. Mortality was 54.8% in “Risk” patients, 56.8% in “Injury” and 81.5% in “Failure” (p=0.0001). Conclusions: AKI is a common complication in critically ill low-income patients. The majority of patients presented severe AKI, classified and RIFLE “Failure”. Mortality was high (almost 70%) and it was associated with AKI severity (RIFLE classification “Failure”), sepsis, hypotension, and laboratory abnormalities, including anemia, metabolic acidosis and coagulation disturbances. 742 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-484 ACUTE KIDNEY INJURY IN PATIENTS WITH ACUTE PANCREATITIS – A RETROSPECTIVE STUDY OF 47 CASES IN FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL Geraldo Bezerra da Silva Junior, Nubyhélia Maria Negreiro de Carvalho, Itálita Farias Linhares, Pedro Ernesto Bezerra Lima, Elizabeth De Francesco Daher University of Fortaleza; Federal University of Ceara, University of Fortaleza, University of Fortaleza, University of Fortaleza, University of Fortaleza Introduction and Aims: The prevalence of acute kidney injury (AKI) in patients with acute pancreatitis is not well established, as well as its risk factors. The aim of this study is to investigate the occurrence of AKI in a cohort of patients admitted to a tertiary hospital with acute pancreatitis. Methods: This is a cross-sectional study including all patients admitted with acute pancreatitis in the General Hospital of Fortaleza, Northeast Brazil. Clinical and laboratory features were studied. AKI was defined according to the RIFLE criteria. Statistical analysis was done with the program GraphPad/Prism 5, and p value<0.05 was considered significant. Results: A total of 47 patients were studied, with mean age of 48.6±18.8 years, and 24 (51%) were female. The mean length of hospital stay was 25.6±16.8 days. Regarding the etiology, there were 25 (53.1%) due to billiary disease, 17 (36.1%) due to alcohol intake, 2 (4.2%) after cholangiopancreatography, 1 (2.2%) auto-immune, 1 (2.2%) idiopathic e 1 (2.2%) medicamentous. Admission to intensive care unit was necessary for 18 cases (38.2%). The mean levels of amylase was 851±739IU/mL, creatinine 1.3±1.1mg/dL, urea 43±37mg/dL, with maximum levels of creatinine 2.0±1.8mg/dL and urea 66±53mg/dL. AKI was found in 23 cases (49%), being classified as “Risk” (22%), “Injury” (35%) and “Failure” (43%). Hemodialysis was required for 6 patients (26%) and death occurred in 3 cases (13%). There was no death among patients without AKI. The comparison between survivors and nonsurvivors showed higher levels of urea and creatinine among nonsurvivors. The comparison between patients with and withour AKI showed a tendency for a higher age among AKI patients (48.7±21 vs. 38.7±14 years, p=0.06) and higher length of hospital stay (30±18 vs. 21±14 days, p=0.06). Complete renal function recovery was observed in 18 cases (78.2%) at the time of hospital discharge. Conclusions: AKI is a frequent complication among patients with acute pancreatitis (49% of cases), which is associated with a higher mortality. Possible risk factors for death are higher time of hospital stay, advanced age and higher levels of creatinine (i.e. worse RIFLE classification). It is important to early recognize AKI in this group of patients in order to adopt measures to try to decrease mortality. Financial Support: Fundação Edson Queiroz. 743 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-192 EFICIÊNCIA DO CINACALCETE NO TRATAMENTO DO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO SEVERO (HPTSSEV) EM PACIENTES COM INDICAÇÃO DE PARATIREOIDECTOMIA Guedes FL, Lima RSA, Silva LBB, Silva OM, Polido DA, Lobato ETV, Dantas M, Costa JAC, Romão E, Coelho EB, Lucca LJ Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP Introdução O HPTS atinge +50% dos pacientes com doença renal crônica em terapia renal substitutiva. A paratireoidectomia (PTX) é o desfecho final do HPTS sem controle (severo), e pouco disponível. O uso de cinacalcete (CNCT) no HPTSSev não tem sido demonstrado na literatura. Objetivo Observar a eficiência do CNCT no tratamento do HPTSSev de pacientes em HD. Casuística e Métodos: Pacientes em hemodiálise (HD) sem uso prévio da droga foram selecionados e usaram cinacalcete com dose inicial de 30mg, aumentada a cada 15 dias até 180mg/dia. Foram avaliados a cada 15 dias: cálcio iônico(CaI), cálcio total(CaT), fósforo(P), dose de CNCT, eventos adversos(EA); a cada 30 dias: paratormônio(PTH), fosfatase alcalina total(FAT), [Ca] banho de HD e consumo de quelantes de fósforo(QF). Avaliado ainda a % de pacientes que atingiram a meta K/DOQI para P(3,5-5,5mg/dL), CaT(8,5-9,5mg/dL) e PTH(150-300pg/mL), e % redução do PTH. Resultados 31 pacientes foram observados por até 10meses; 17 homens, idade média 48,35+14,61 anos; 26 brancos, 4 negros e 1 amarelo; tempo médio de HD 102,29+51,83 meses; todos com indicação de PTX e 2 já submetidos a PTX prévia. Resultados como média+DP nos T0, T90, T180 e T300 - CaT 9,90+1,07, 9,85+1,50, 8,97+1,78 e 8,85+0,07mg/dL; CaI 1,21+0,17, 1,16+0,15, 1,05+0,1 e 1,05+0mmol/L; P 6,26+1,81, 5,31+1,56, 4,78+0,691 e 4,1+0mmol/L; FAT 1090,89+976,23, 1574,23+1647,44, 1498,71+1035,89 e 357+0U/L; PTH - 1833,32+735,78, 1418,57+801,49, 544,71+338,19 e 678+407,86pg/mL; dose de CNCT 0+0, 3,52+1,26, 3,92+1,55 e 3,67+1,53mg/dia; uso de carbonato de cálcio (CaCO3) 10,34%, 44%, 53,33% e 100%; [Ca] no banho T0 2,73+0,40 e T300 3,5+0mg/dL; eventos adversos: náuseas 38,71%, vômitos 28,51%, dispepsia 12,9%, diarréia 9,68%, mialgia, prurido, rinofaringite e câimbras 3,23%, outros 12,90%; redução de PTH de 63,02%; meta K/DOQI para PTH 19,35%; CaT e P 100%. Conclusões O CNCT mostrou-se satisfatório no controle do HPTSSev. A redução de 63,02% do PTH sugere que é viável utilizar a droga no HPTSSev, mesmo que não se atinja as metas K/DOQI (apenas 19,35%). O controle do CaT e P mostrou-se adequado. Existe a possibilidade de que o CNCT possa reduzir muito a PTX, e ainda que os pacientes possam não ser excluídos dela no futuro, espera-se que a histologia óssea se apresente bastante melhor à época, com consequente, menos riscos e fome óssea. 744 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-182 CINACALCETE NO TRATAMENTO DO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO PERSISTENTE (HPTSP) PÓS-TRANSPLANTE RENAL (TXR) Silva LBB, Lima RSA, Guedes FL, Silva OM, Polido DA, Lobato ETV, Dantas M, Costa JAC, Romão E, Coelho EB, Lucca LJ Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP,Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão Preto/SP Introdução: O HPTSP pós TxR atinge entre 30-50% dos pacientes. A paratireoidectomia é indicada devido ao risco de redução do tempo de sobrevida e calcificação do enxerto, agravamento da osteoporose, calculose renal e descontrole metabólico do cálcio, fósforo e PTH levando a maior morbidade e mortalidade cardiovascular por agravamento da calcificação vascular. Sabe-se que +50% dos pacientes submetidos ao TxR apresentam doença óssea adinâmica(DOA). A experiência em nosso meio com cinacalcete(CNCT) para tratamento do HPTSP em transplantados renais é ausente, e na literatura bastante restrito. Objetivo Observar a eficiência do CNCT no controle do HPTSP pós TxR. Casuística e Métodos: Pacientes transplantados renal foram selecionados e sob consentimento usaram CNCT com dose inicial de 30mg, aumentada a cada 15 dias até 180mg/dia. Foram avaliados a cada 15 dias: cálcio iônico(CaI), cálcio total(CaT), fósforo(P), dose de CNCT, eventos adversos(EA); a cada 30 dias: paratormônio(PTH), fosfatase alcalina total(FAT), consumo de quelantes de fósforo(QF). Avaliado ainda a % de pacientes que atingiram a meta K/DOQI para P(2,5-4,5mg/dL), CaT(8,5-10,5mg/dL) e PTH(12-67pg/mL), e % redução do PTH; creatinina sérica no início do tratamento. Resultados 6 pacientes foram observados por até 6 meses; 3 homens com idade média de 51,50+9,93anos; 6 brancos; tempo médio de TxR 110+92,77meses; 1 já submetido a PTX prévia; creatinina sérica média de 2,33+1,64mg/dL. Resultados como média+DP nos T0, T90, T180 - CaT 10,6+1,52, 10,15+1,34 e 8,60+0,92mg/dL; CaI 1,24+0,03, 1,19+0,19 e 1,07+0,1mmol/L; P 3,28+0,28, 3,80+0,14 e 4,40+0,78mmol/L; FAT 225+80,58, 363,80+338,60 e 189+18,19U/L; PTH - 167,17+51,75, 75,67+74,01 e 89+0pg/mL; dose de CNCT 0+0, 1,67+0,62 e 1,33+0,58mg/dia; uso de carbonato de cálcio (CaCO3) 0%, 16,66% e 16,66%; eventos adversos: náuseas, vômitos, rinofaringite e tonturas 16,66%; redução de PTH de 46,77%; meta K/DOQI para PTH 50%; CaT e P 100%. Conclusões O CNCT mostrou-se satisfatório no controle do HPTSP pós TxR, podendo evitar a indicação de PTX, bem como uma possível indicação de redução dos riscos, morbidade e mortalidade cardiovascular. As complicações que podem resultar da PTX incluem a hipocalcemia refratária ao tratamento e a DOA, a qual já costuma acometer metade destes pacientes, podendo agravar ainda mais o risco de fraturas e calcificações vasculares. Mais estudos necessitam ser conduzidos para melhores evidências de tratamento. 745 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-836 INFECÇÃO POR ENTEROBACTERIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASE EM TRANSPLANTE RENAL Pestana JOM, Tedesco-Silva H, Ponzio V, Freitas TVS, Basso G, Cristelli MP Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP,Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP,Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP, Hospital do Rim e Hipertensão UNIFESP,Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP, Hospital do Rim e Hipertensão - UNIFESP Introdução: O recente surgimento de cepas de Enterobacteriaceae produtoras de carbapenemases (KPC) se associa a elevados índices de falha terapêutica e mortalidade. Objetivos: Estudar o impacto destas infecções na população submetida a transplante renal. Casuística e Métodos: Coorte retrospectiva analisou dados dos 34 pacientes transplantados renais que desenvolveram infecção por KPC, do primeiro caso (18/11/2009) até 18/05/2012. KPC isolados foram identificados utilizando testes de susceptibilidade em difusão de disco e confirmados através de testes moleculares. Resultados: Dos pacientes, 62% pertenciam ao sexo masculino, idade média de 49 anos, alta prevalência de Diabetes Mellitus (29%). Eram, em sua maioria, receptores de doador falecido (DF, 82%), submetidos a indução de imunossupressão (44% com anticorpos anti-IL2, 29% com Thymoglobulina), em uso de Tacrolimo e Micofenolato (62%), com função retardada do enxerto renal (79% dos pacientes DF; duração média de 20 dias). Infecção foi adquirida na internação do transplante (53%), principalmente nos 30 primeiros dias (47%). Uso de dispositivos invasivos foi freqüente (71%) – sonda vesical de demora (58%) e acesso venoso central (46%), e se associou aos principais sítios de infecção: infecção do trato urinário (59%) e infecção da corrente sanguínea (29%). Foram isolados Klebsiella ssp e, a partir de abril de 2012, Enterobacter aerogenes (2 casos). Houve positividade da hemocultura em 44% dos casos. Choque séptico e insuficiência renal aguda foram comuns (50% e 62%, respectivamente). O principal esquema terapêutico utilizado foi associação de Polimixina B e Tigecilina (64%, por, em média, 23 dias). O uso de Amicacina esteve restrito a 14% dos casos, geralmente após esquema anterior (4/5 casos). O desenvolvimento da infecção esteve associado a longo tempo de internação (em média, 30 dias), alta mortalidade (59%) e alto índice de perda do enxerto renal (42% dos sobreviventes). Conclusões: A infecção por (KPC) é uma realidade entre os transplantados, não se restringe a apenas uma espécie de organismo, exige emprego de antimicrobianos nefrotóxicos e se associa a desfecho fatal. Os pacientes mais suscetíveis são aqueles submetidos a maior grau de imunossupressão e invasibilidade. São fundamentais o desenvolvimento e a aplicação de estratégias de seleção dos receptores, monitorização da imunossupressão, assistência multiprofissional e vigilância infecciosa. 746 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-731 LACTENTES FEBRIS: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA (BA) E INFECÇÃO URINÁRIA (IU) FEBRIL Oliveira AP, Goldraich NP, Piva JP, Guimarães JR, Pires MR Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS As novas Diretrizes da Academia Americana de Pediatria classificam lactentes febris com urocultura positiva em 2 grupos, conforme os testes para leucócitos (L) e nitrito (N) na fita-teste (FT), com implicações no manejo: a) positivos (L e/ou N): IU; b) negativos: BA.Objetivo: Em lactentes febris, determinar as prevalências de IU e BA e as diferentes combinações de L e N na FT; comparar a bacteriologia da IU e da BA. Material e Método: Estudados 214 lactentes (idade média: 0,68+0,48 anos; 113 F; 101 M) com febre >38oC, atendidos na Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Definiu-se IU como FT com L e BA: FT sem L. A FT e a urocultura foram da mesma amostra de urina, colhida, em todos, por punção suprapúbica (PSP). Nível de significância: p<0,05. Resultados: L estavam presentes em 179/214 (84%) e N, em 106/210 (50%). Usando o critério de L na FT, BA ocorreu em 16%. IU foi mais comum em meninas que BA. Não houve diferenças entre BA e IU quanto às idades, nem quanto a bacteriologia (Tabela 1). Combinações (L e N) na FT (n=210) estão na Tabela 2. Conclusão: Em lactentes febris com urocultura positiva, colhida por PSP, baseados na L da FT, a prevalência de BA é 16%. IU é mais comum em meninas, mas IU e BA não diferem, na sua ocorrência, quanto às idades, nem quanto a bacteriologia. 747 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-736 PREVALÊNCIA E SENSIBILIDADE DAS BACTÉRIAS NA INFECÇÃO URINÁRIA FEBRIL (IU) COMUNITÁRIA EM LACTENTES ATENDIDOS NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA DO HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE: ESTUDO LONGITUDINAL Oliveira AP, Goldraich NP, Piva JP, Guimarães JR, Pires MR Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Nefrologia Pediátrica, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS Há necessidade de início imediato de antibioticoterapia empírica em lactentes com IU febril pelo risco de cicatriz renal. Dados de sensibilidade da literatura não são válidos localmente. Objetivo: Descrever prevalência e sensibilidade de germes responsáveis por IU febril comunitária em lactentes e sua variação longitudinal. Material e Método: Estudo observacional, retrospectivo dos registros de lactentes com IU febril comunitária, atendidos na Emergência Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre nos anos de 2000, 2003 e 2006. Critérios de inclusão: febre ≥ 38oC ; primeira urocultura positiva por punção suprapúbica de cada paciente. Nível de significância estabelecido: p< 0,05. Resultados: 299 uroculturas (idade média: 0,68 ± 0,48 anos; 169 F; 130 M). A prevalência e sensibilidade dos germes estão apresentados longitudinalmente nas Tabelas 1 e 2. Quanto às bactérias, não houve diferença significativa na idade, considerando as faixas de 0-3, 4-6, 7-12 e 13-24 meses; houve diferença quanto ao sexo: Escherichia coli foi mais freqüente em meninas e Proteus e Enterobacter em meninos. A sensibilidade da Escherichia coli Tabela 1 - Bacteriologia da infecção urinária e da bacteriúria assintomática conforme resultado da fita teste Leucócitos Germe Total positivo=iu negativo=ba N % N % Escherichia coli 147 86 25 14 172 Klebsiella pneumoniae 11 79 3 21 14 Proteus sp 10 83 2 17 12 Enterobacter sp 6 75 2 25 8 Miscelânea 5 63 3 37 8 Total 179 35 Tabela 2 - Fita-teste conforme sexo e idade dos lactentes 214 Fita - teste N % Leucócitos+ nitrito + 94 45 Leucócitos+ nitrito - 81 38 Leucócitos- nitrito + 12 6 Leucócitos nitrito - 23 11 * média + desvio-padrão 748 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Número idade (anos)* Fem Masc 53 41 0,83 + 0,48 0,46 + 0,47 44 37 0,81 + 0,89 0,51 + 0,48 6 6 0,42 + 0,24 0,38 + 0,38 6 17 0,73 + 0,44 0,61 + 0,52 SESSÃO POSTER mostrou uma diminuição significativa não linear à cefalotina, mantendo-se inalterada em relação aos demais antimicrobianos no período 2000-2006. Conclusão: A sensibilidade local atualizada do perfil bacteriano precisa estar disponível para o tratamento empírico precoce de lactentes com IU febril. Mesmo em períodos curtos de tempo, pode haver variação significativa no padrão de sensibilidade, interferindo na decisão terapêutica. Tabela 1. Prevalência de germes na infecção urinária febril comunitária em lactentes 2000 2003 2006 Germe Total n % n % n % Escherichia coli 79 80 88 82 71 77 238 Proteus sp 11 11 6 6 6 7 23 Klebsiella pneumoniae 2 2 6 6 8 9 16 Enterobacter sp 4 4 4 3 3 3 11 Miscelânea 3 3 4 3 4 4 11 Total 99 108 92 299 Tabela 2. Sensibilidade da Escherichia coli na infecção urinária febril comunitária em lactentes 2000 (n=79) 2003 (n=88) 2006 (n=71) Antimicrobianos nt1 Sensível % nt1 Sensível % nt1 Sensível % Ácido nalidíxico 79 97,5 63 98 71 98,5 Ampicilina 79 38 87 34 71 34 Cefalotina 61 75 85 38 70 41 Gentamicina 67 97 83 93 70 94 Nitrofurantoína 76 99,5 86 93 71 92 Sulfa - tm 78 42 86 40 71 51 nt1= germes testados 749 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-863 TRANSPLANTADOS RENAIS EM TRATAMENTO COM CINACALCETE ANTES DO TRANSPLANTE APRESENTAM MENOS CALCIFICAÇÕES DO ENXERTO QUE OS NÃO TRATADOS Paschoalin RP, Campistol JM, Sole M, Sanchéz-Escuredo A, Durán CE, Barros X, Torregrosa JV Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España.,Servicio de Nefrologia y Trasplante Renal, Hospital Clinic de Barcelona, Barcelona, España. Introdução: Foi descrito recentemente que pacientes submetidos a transplante renal (TR) que estavam em tratamento com cinacalcete no momento do transplante poderiam apresentar maior risco de calcificações do enxerto depois do TR. Objetivo: Avaliar se os receptores de enxerto renal que estavam em tratamento com cinacalcete no momento do transplante apresentam maior risco de calcificações do enxerto aos 3 e 12 meses após o TR comparado com pacientes que não haviam recebido cinacalcete antes. Material e Método: Estudo observacional, retrospectivo, de um único centro, realizado no período entre Janeiro 2009 e Março 2011. Pacientes receptores de TR foram submetidos a biópsia renal (BR) de protocolo aos 3 e/ou 12 meses depois TR. Foram realizadas 347 BR (198 aos 3 meses e 149 aos 12 meses) em 224 pacientes (149 homens) sendo que 125 pacientes tinham BR aos 3 e 12 meses. No momento da biopsia, a imunossupressão era: aos 3 meses (ICN: 148; mTOR: 31; ICN + mTOR: 19) e 12 meses (ICN: 112; mTOR: 34; ICN + mTOR: 3). Idade média dos pacientes era 49 +/- 12.8 anos. De todos os pacientes, 43 (19,1%) estavam em tratamento com cinacalcete no momento do TR. Dose média de cinacalcete no momento do transplante renal era de 46.4 + 28.3 mg/dia. Resultados: No estudo de microscopia óptica foi encontrado calcificações intratubulares ou em parênquima renal em 4.9% das biópsias. Dessas biópsias, apenas um paciente estava recebendo cinacalcete (dose de 120mg/dia) no momento do TR. Os demais pacientes com calcificações não haviam sido tratados com cincacalcete. No momento da BR aos 3 e 12 meses, no grupo com cinacalcete pre-TR, a calcemia e PTHi foram significativamente maiores (* p<0.05), enquanto que o fósforo sérico foi menor, embora sem significância estatística. A função renal se manteve estável (Tabela). Não houveram diferenças significativas na creatinina, cálcio sérico, fósforo sérico e PTHi entre os pacientes com calcificações vs não calcificações. Conclusão: Os pacientes aos que se retira o tratamento com cinacalcete no momento do TR apresentam menos calcificações do enxerto que os que nunca haviam sido tratados com cinacalcete. Variáveis Creatinina (mg/dL) Cálcio (mg/dL) * Fósforo (mg/dL) PTHi (pg/mL) * 3 meses (n = 37) 1,52 +/- 0,6 10,25 +/- 0,72 2,81 +/- 0,86 255,38 +/- 155 Cinacalcete NÃO Cinacalcete 12 meses (n = 28) 1,32 +/- 0,35 10,32 +/- 0,74 3,14 +/- 0,55 282,47 +/- 175,51 3 meses (n = 160) 1,44 +/- 0,48 9,69 +/- 0,56 3,05 +/- 0,69 170,4 +/- 105,41 750 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 12 meses (n = 115) 1,39 +/- 0,39 9,80 +/- 0,52 3,30 +/- 0,57 158,54 +/- 114,04 SESSÃO POSTER P-366 GQ-16, UM NOVO AGONISTA PARCIAL DE PPARγ, REPRIME A PROLIFERAÇÃO CELULAR E O PROMOTOR DO TNF alfa EM CÉLULAS MESANGIAIS HUMANAS Neves FAR, Pitta IR, Galdino AL, Coelho MS, Lourenco CL, Daher M, Amato AA, Góes Martini AG Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF,Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inovação Farmacêutica, Universidade Federal de Permanbuco, Recife, PE,Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inovação Farmacêutica, Universidade Federal de Permanbuco, Recife, PE,Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF,Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF,Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF,Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF,Laboratório de Farmacologia Molecular, Faculade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF Introdução: As células mesangiais (CM) participam do controle da filtração glomerular, da depuração de substâncias e produção de matriz extracelular. A proliferação das CMs e aumento de matriz-extracelular está associado à fisiopatogenia das glomerulopatias. Sabe-se o fator de necrose tumoral-a (TNF-a) induz proliferação das CM e que as tiazolidinedionas (TZDs), agonistas dos receptores proliferadores peroxisomais ativados gama (PPARγ), utilizados no tratamento do diabete melito, melhoram a resistência à insulina e são eficazes na prevenção da progressão de doença renal em diferentes modelos experimentais. Esta proteção parece ser secundária ao efeito anti-inflamatória das TZDs. Infelizmente, estes ligantes também apresentam efeitos colaterais indesejáveis, tais como ganho de peso, edema e cardiotoxicidade. Nós desenvolvemos um novo agonista parcial de PPARγ, GQ-16 que apresenta atividade anti-diabética semelhante a outras TZDs, mas sem induzir ganho de peso ou edema. Objetivo -Investigar o efeito do GQ-16 na atividade transcripcional do promotor do TNF-α, na a proliferação de células mesangiais humanas. Métodos: Células mesangiais humanas foram incubadas a 37°C em DMEM com soro fetal bovino a 10%, tratadas com TNF-α (10 ng/mL) e GQ-16 (1µM to 50 µM) ou PIO e ROSI a 1 µM. Realizamos ensaios de incorporação de timidina tritiada para avaliar a proliferação das células mesangiais. Ensaios de gene reporter foram também realizados, utilizando-se o promoter do TNF-α humano (fragmento de -125 a -82), sob controle da luciferase, e sua atividade medida em um luminômetro. Os dados foram analisados por one-way ANOVA. Resultados: Em células mesangiais, GQ-16 reduziu significativamente a proliferação celular induzida pelo TNF-α, em um padrão de curva dose resposta (1µM -32%; 10µM -35% e 50 µM -52%). Estes Resultados foram similares a pioglitazona (10µM -39%) e rosiglitazona (10µM -35%). O GQ-16 também reduziu significativamente a atividade transcripcional do promotor do TNF-α em um padrão de curva dose resposta. O IC50 do GQ-16 (91,98 nM) foi 26 vezes maior que ROSI (3,46 nM), mas nas concentrações mais elevadas, esta resposta foi comparável a rosiglitazona. Conclusões: Estes Resultados sugerem que em células mesangiais humanas, GQ-16 exerce um efeito antiproliferativo e reprime a atividade transcripcional do promotor do TNF-α, sugerindo um efeito antinflamatório similar a rosiglitazona e pioglitazona. 751 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-495 EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE OS DADOS DISPONÍVEIS Santos RP PUCPR Introdução: Constituída como um grande problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a Doença Renal Crônica (DCR) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível da função renal por, no mínimo, três meses. Nesse sentido, pode-se afirmar que a DRC habitualmente é precedida de injúria renal aguda. Objetivos: Identificar o atual panorama epidemiológico da DRC no Brasil, a partir dos dados disponíveis. Métodos: Com a pretensão de realizar uma investigação atualizada executou-se uma busca ativa diretamente no censo anual de diálise realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), com referência aos anos de 2010 e 2011. Outrossim, foram realizadas análise de dados constantes em sites afins e produções científicas com data de publicação a partir do ano de 2010. Resultados: A análise dos dados apresentados pela SBN nos revelou uma ligeira queda na estimativa de pacientes renais crônicos em tratamento dialítico no ano de 2011, se comparado ao ano imediatamente anterior. Com isso, o número total estimado de pacientes em programa de diálise que no ano de 2010 era de 92.091 em 2011 passou para 91.314, uma queda ínfima de menos de um por cento. De um total de 643 unidades de diálise cadastradas na SBN em 2011, 353 responderam ao questionário anual aplicado pela Sociedade. Já em 2010, havia 638 centros cadastrados, dos quais 340 responderam ao questionário. Com relação à idade dos pacientes notou-se prevalência da faixa etária compreendida entre 19 a 64 anos, com um leve predomínio do gênero masculino. No que tange à doença de base, hipertensão e diabetes mellitus aparecem no topo, totalizando mais de 50% do total tanto em 2010 como em 2011. Por fim, a análise sobre a fonte pagadora responsável por custear o tratamento dos pacientes em programa dialítico nos anos apurados constatou que, mais de 80% desses pacientes tinham seu tratamento bancado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: Apesar de muitos esforços já terem sido empreendidos na luta para a prevenção das injúrias renais, ainda há muito trabalho a ser feito, haja vista que a doença possui alta taxa de morbimortalidade. Além disso, os custos gerados pelo tratamento são altamente onerosos aos cofres públicos. Dessa forma, a educação continuada em massa – realizada por equipe multiprofissional de saúde – objetiva a orientação da comunidade geral a fim de promover o diagnóstico precoce e melhorar o prognóstico. Palavras-chave: Injúria renal. Doença renal crônica. Epidemiologia. 752 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-251 CONHECIMENTO DE INDIVÍDUOS DE UM BAIRRO CARENTE DE ARAÇOIABA DA SERRA SOBRE FUNÇÃO RENAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM SEUS FILHOS Ferreira FT, Rodrigues CIS, Almeida FA, Rodrigues RS Liga de Nefrologia e Hipertensão da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,Liga de Nefrologia e Hipertensão da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,Liga de Nefrologia e Hipertensão da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,Liga de Nefrologia e Hipertensão da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Introdução:A hipertensão arterial (HA) em crianças varia entre 1% a 13%. A etiologia secundária deve ser considerada, mas não afastar HA primária, principalmente em crianças obesas. Segundo as VI Diretrizes Brasileiras de HA, a medida da pressão arterial (PA) deve ser realizada após os 3 anos de idade, anualmente, como parte do atendimento pediátrico. A doença renal crônica (DRC) tem crescido substancialmente no Brasil e tem na HA a sua principal causa, diagnosticada tardiamente com frequência. No entanto, a população não possui conhecimento sobre DRC e como fazer para preveni-la. Objetivos:Analisar o conhecimento de uma amostra da população de um bairro carente sobre DRC, função renal e HA em seus filhos. Casuística e Métodos:Os dados foram obtidos através de mutirão de saúde voluntário, Projeto ABC Criança, atividade extensionista da PUC-SP, realizada em um bairro de Araçoiaba da Serra-SP. Aplicamos questionários com os responsáveis pelas crianças, contendo 8 questões sobre hábitos alimentares; realização de exames de creatinina e urina, bem como o conhecimento dos motivos de sua realização; presença de histórico familiar de HA, diabetes mellitus (DM) e doença renal. Resultados:70 responsáveis, com idade média de 33 anos, responderam o questionário. A renda familiar média foi de R$ 1.126,74. Quanto aos hábitos alimentares, 95,7% das crianças se alimentavam, no mínimo, 3 x/semana de frituras e salgadinhos. Apenas 4,3% das crianças tiveram sua PA aferida em consulta. 52,8% já haviam realizado exame de urina e 4,28% creatinina, mas não sabiam o motivo. Apenas 2,85% dos entrevistados ouviram falar sobre o significado da creatinina. Na história familiar, 18,6% apresentaram antecedentes de HA e 10% de DM, 14,28% afirmam ter doente renal na família, sendo 60% portadores de nefrolitíase. Conclusões:Concluímos que os entrevistados desconheciam a creatinina e seu significado, mesmo aqueles com familiares hipertensos e diabéticos. Apenas 4,3% das crianças tiveram sua PA aferida, embora seja uma recomendação de diretrizes. A má qualidade na alimentação pode predispor à obesidade, importante fator de risco para HA e DRC. É importante educar para o conhecimento da DRC. 753 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-713 INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO E PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM FAMILIARES DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO DIALÍTICO Dantas PP, Bortolai P, Fuzissima AN, Bonifácio LPD, Banzato JP, Morais JA, Oliveira MC, Silva FT, Martins T, Souza RA, Caramori JCT, Silva VS, Garijo RG, Bucuvic EM, Bonani PA, Farat JG, Akita J Liga Acadêmica do Rim e Hipertensão Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP,Liga Academica do Rim e Hipertensao Arterial da Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP Introdução: A associação entre Doença Renal Crônica Terminal e história familiar de nefropatia foi demonstrada por estudos, como realizado nos EUA, onde a prevalência de Doença Renal(DR) referida por pacientes em Terapia Renal Substitutiva(TRS) em seus familiares foi de 26%, quando comparada a 11% da população geral. Apesar de bem estabelecido o risco de familiares de pacientes em TRS de desenvolver DR, pouco se sabe sobre a prevalência de Doença Renal Crônica(DRC) nessa população e sua caracterização. Objetivos: Estabelecer o perfil dos familiares (primeiro e segundo grau) de pacientes em TRS e a prevalência de DR. Casuística e Métodos: NaP ara campanha de prevenção de DRCa ser no Dia Mundial do Rim 2012, foram convidados familiares dos 130 pacientes em TRS de um hospital universitário do interior de São Pauloo HC-UNESP, como proposta de uma Liga Acadêmica, para mensurar peso, altura, pressão arterial(PA), creatinina, hemoglicoteste e exame de Urina tipo I. Ainda, foi solicitado que respondessem ao formulário de detecção de DRC, da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Caracterizou-se a amostra segundo índice de massa corpórea(IMC), taxa de filtração glomerular(TFG) e prevalências de diabetes mellitus(DM), hipertensão arterial(HA) ,e número de fatores de risco para DRC. Resultados: O comparecimento para investigação de DRC foi de 36% dos familiares, resultando naDa amostra de 5185 pacientesindivíduos. E, encontramos 6(8,2311,76%) diabéticos, 1220(23,523%) hipertensos, 2613(3025,5949%) com IMC≥30. Quanto a TFG(ml/min), ;7042(82,35%) com TFG apresentavam acima de 90, 915(17,65%) entre 60 e 89 e nenhum abaixo de 60. A média da PA foi de 123/79mmHg e doe IMC, 28,6958. Identificamos 8420(39,22%98,82%) indivíduos com dois ou mais fatores de risco, quando considerado: história pessoal ou familiar de HA, DM, doença renalidade acima de 60 anos e doença cardiovascular e o tabagismo, obesidade e história familiar de DR. Conclusão: O resultado difere de estudos realizados nos EUA em população em risco de desenvolver DRC, na qual a prevalência foi de 14% de pesquisados com TFG<60, o que pode estar relacionado ao interesse e dificuldade destes em comparecer a um centro universitário para investigação, resultando em amostra pouco representativa. Contudo, as prevalências de HA(23,52%), documentados pelo Ministério da Saúde. Já qQuanto à prevalência de DM(9,43%) e obesidade(52,83%) foram apresentaram valores semelhantes aos já documentadosa dados d. o Ministério da Saúde, respectivamente, 24,4%, 9,5% e 48%. Triar populações alvo de DR pode identificar número significativo de pessoas com DRC, aumentar a consciência desta, e melhorar a saúde do comportamento dos interessados em diminuir suas chances de DRC. 754 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-483 ACUTE KIDNEY INJURY DUE TO SNAKEBITES IN FORTALEZA, CEARÁ, BRAZIL Juliana Barbosa Lima, Polianna Lemos Moura Moreira Albuquerque, Caroline Barbosa Lima, Elizabeth De Francesco Daher, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Maria do Socorro Batista Veras, Hermano Alexandre Lima Rocha, Ana Patrícia Freitas Vieira, Camilla Neves Jacinto Hospital Geral de Fortaleza, Instituto Dr. José Frota, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará Introduction: Snakebites represents an important Public Health problem in Brazil and Latin America. Acute kidney injury (AKI) is a frequent complication of these accidents. Objectives: To investigate the occurrence of AKI in victims of snakebites. Investigar a ocorrência de LRA em pacientes vítimas de picadas de cobras. Methods: A retrospective study was conducted with all patients admitted to a tertiary emergency hospital in Fortaleza, Ceará, Brazil between January 2003 and December 2010. A comparison between patients with and without AKI was done. Results: A total of 254 patients were included, with a mean age of 34±20 years, being 82% males. The majority of them (85.4%) were from rural areas. AKI was found in 32 (12.5%) of cases. The main snake genus was Bothrops sp (83%). The mean age of patients with AKI was higher than non-AKI patients (42±20 vs. 34±20 years, p=0.03). The time between the accident and the admission was also higher among AKI patients (27±28 vs. 14±16 hours, p=0.0004), as well as the time between the accident and the administration of antiofidic sera (27±25 vs. 13±14 hours, p=0.0001) and the length of hospital stay (12.5±11.1 vs. 3.2±2.2 days, p=0.0001). Hyponatremia (Na<135mEq/L) was more frequent in the AKI group (18.7% vs. 0.9%, p=0.0001). AKI was predominantly oliguric (46.8%), with a mean maximum creatinine of 4.7±3.1mg/dL. Hemodialysis was required for 34.3% of cases, and complete renal function recovery was observed in 19 (59%) of cases. There was no death among the studied patients. Conclusions: AKI is an important complication of snakebites, being characterized by a severe course, with non-recovery of renal function in approximately 40% of cases. The delay in the administration of antiofidic sera is one of the main responsible for the development of AKI, and efforts should be done to provide early management of cases. 755 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-506 SEVERE ACUTE KIDNEY INJURY DUE TO LOXOCELISM: A CASE REPORT Elizabeth De Francesco Daher, Geraldo Bezerra da Silva Junior, Rosa Maria Araújo Freitas, Maria do Socorro Batista Veras, Ciro Ferreira, Polianna Lemos Moura Moreira Albuquerque Universidade Federal do Ceará, Universidade de Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, Instituto Dr. José Frota, Instituto Dr. José Frota, Universidade Federal Fluminense, Instituto Dr. José Frota, Universidade Federal do Ceará Introduction and Aims: There are three main spider species in Brazil which causes human accidents: L. gaucho, L. laeta, L. intermedia. Viscerocutaneous necrotic lesions caused by loxocelism are frequently reported in Latin America and Africa. The venom has necrotic action and hemolytic, vasculytic and coagulating properties. Loxocelism can cause malaise, hematuria, hemolytic anemia, jaundice, coluria, fever, obtundation and acute kidney injury (AKI). AKI in these cases is associated with high mortality. Methods: We describe a case of loxocelism leading to severe AKI in a young patient admitted to a tertiary emergency hospital in Fortaleza, Ceara, Brazil. Results: A 43 years old man was admitted with a large cutaneous and subcutaneous lesion in the thorax, associated with intense thoracic pain with burn sensation. He reported one episode of bloody secretion next to his ear when he had wake up, probably due to loxocelism. At physical examination he was in good general state, Glasgow 15, with no respiratory abnormality, with low degree fever. The laboratory tests at admission showed Ur 213mg/dL, Cr 6.8mg/dL (RIFLE “Failure”), Na 123mEq/L, K 5.2mEq/L, Ca 6.6mg/dL, Hb 7.6g/dL, Ht 23.6%, white blood count 46430/mm3, platelets 37000/mm3, albumin 1.7g/dL. He presented important generalized edema due to severe hypoalbuminemia, which improved after furosemide administration. He became clinically stable during all hospital stay. Ciprofloxacin and metronidazole were started due to secondary infection in the extensive cutaneous wound. Hemodialysis was required, with important renal function improvement. At hospital discharge he still had a mild renal function decrease (Ur 83mg/dL, Cr 3.4mg/dL), RIFLE “Injury”. Conclusions: The case presented here illustrates the occurrence of severe AKI that was adequately managed, but that persisted at the time of hospital discharge. AKI is an important complication of loxocelism, which should be promptly recognized and properly treated in order to decrease mortality. 756 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-486 Anemia e insuficiência renal crônica Andréia Batista Bialeski, Luciana Rosa, Bruna Pescador Mendonça, Maria Teresa Brasil Zanini, Karina Gubis Zimmermann, Luciane Bisognin Comin, Júlio Márcio Rocha, Celso Lufchitz, Rozenir Ramos, Flavio Irigon Bollick, Morgana Borba Salvador, Mariana Freitas Comin, Pricila Claumann Westphal, Susana Pereira, Luciane Taschetto, Jorge Antonio Fagundes, Rosane Maria dos Santos Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRG, Rio Grande do Sul,Escola Superior de Criciúma – ESUCRI, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina Introdução: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo transversal prospectivo, desenvolvido em uma clínica de hemodiálise de um município do sul de Santa Catarina, com 58 pacientes portadores de insuficiência renal crônica. Objetivo: Identificar o perfil e os fatores contribuintes para anemia na doença renal crônica, apresentado pelos pacientes submetidos à hemodiálise. Material e Métodos: A busca dos dados se deu através da aplicação de questionários e pesquisa aos prontuários. Para a análise dos dados foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Inc, Chicago) versão 17.0 para o Windows. Resultados: O grupo de pacientes com DRC e anemia apresentou Resultados importantes que caracterizam essa condição como a prevalência da patologia de base onde a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM) continuam presentes. A busca pelo nível ideal dos parâmetros laboratoriais referentes à condição da anemia ainda continua sendo uma luta travada dentro do campo pesquisado, no qual se busca obter valores próximos aos preconizados pelas diretrizes internacionais. Os fatores contribuintes da anemia na DRC apresentaram-se presentes nos Resultados obtidos com correlações importantes de alguns deles. Conclusão: A pesquisa proporcionou compreender que a anemia ainda é uma complicação na DRC muito presente em pacientes em terapia renal substitutiva e merece especial atenção por parte da equipe multiprofissional sendo o enfermeiro a peça fundamental no manejo e sistematização da assistência ao paciente com DRC. 757 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-504 RELAÇÕES FAMILIARES E DOENÇA RENAL CRÔNICA Bruna Pescador Mendonça, Luciana Rosa, Andréia Batista Bialeski, Maria Teresa Brasil Zanini, Karina Gubis Zimmermann, Júlio Márcio Rocha, Celso Lufchitz, Rozenir Ramos, Flavio Irigon Bollick, Morgana Borba Salvador, Mariana Freitas Comin, Pricila Claumann Westphal, Susana Pereira, Luciane Taschetto, Jorge Antonio Fagundes, Rosane Maria dos Santos, Eliane Pinheiro de Moraes Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Escola Superior De Criciúma – Esucri, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul - Ufrg, Rio Grande Do Sul Introdução: O paciente com doença renal crônica (DRC) passa por grandes mudanças no contexto ao qual se encontra inserido, tais como vida social, trabalho, hábitos alimentares, relacionamento familiar e conjugal que acarretam alterações tanto na integridade física quanto na emocional. Objetivo: Compreender as facilidades e dificuldades vivenciadas pelo portador de insuficiência renal crônica após o inicio do tratamento hemodialítico no seu relacionamento familiar. Material e Métodos: Pesquisa exploratório-descritiva de abordagem qualitativa. Os dados foram coletados em uma clínica de hemodiálise na cidade de Criciúma – Santa Catarina - Brasil, entre setembro e outubro de 2010, através de entrevista estruturada com perguntas abertas a seis pacientes. Resultados: Os sujeitos mostraram mais facilidades do que dificuldades, por tornarem-se vistos por seus familiares. Conclusão: Percebe-se então que os profissionais de enfermagem envolvidos neste processo necessitam criar Métodos assistenciais que englobem a família no processo de cuidado ofertado nas clinicas de hemodiálise. 758 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-497 INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO Susana Pereira, Bruna Pescador Mendonça, Luciana Rosa, Andréia Batista Bialeski, Maria Teresa Brasil Zanini, Karina Gubis Zimmermann, Júlio Márcio Rocha, Celso Lufchitz, Rozenir Ramos, Flavio Irigon Bollick, Morgana Borba Salvador, Mariana Freitas Comin, Pricila Claumann Westphal, Luciane Taschetto, Jorge Antonio Fagundes, Rosane Maria dos Santos, Everlei Hobold Escola Superior De Criciúma – Esucri, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul - Ufrg, Rio Grande Do Sul, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Escola Superior De Criciúma – Esucri, Santa Catarina Introdução: A incontinência urinária (IU) de esforço é caracterizada pela perda urinária, quando a pressão intravesical excede a pressão uretral máxima na ausência de contração do músculo detrusor. É comum ocorrer em situações como tosse, espirro, levantar peso e exercícios físicos. Objetivo: Identificar as restrições causadas pela IU feminina e sua interferência no manejo da qualidade de vida. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, sendo que a coleta de dados ocorreu no período de agosto a setembro de 2011. Utilizou-se como instrumento para coleta, a entrevista semi-estruturada, realizada com dez (10) pacientes portadoras de IU feminina. Resultados: A IU afeta de maneira significativa a vida da mulher incontinente em seus vários aspectos bio-psico-social, bem como profissional, físico e sexual. A falta de conhecimento quanto aos tipos de tratamento para a IU também foram bastante pertinente sendo um importante fator a ser considerado na qualidade de vida destas mulheres. Conclusão: O estudo permitiu a identificação dos transtornos na qualidade de vida em consequência da IU e demonstrou que estes fatores encontrados podem ser minimizados principalmente com a busca do conhecimento da patologia bem como apoio das políticas públicas que incentivem o sistema de informação com a construção de grupos de apoio as mulheres portadoras de UI, sendo o enfermeiro peça fundamental neste contexto. 759 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-481 A INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE NO COTIDIANO DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS Morgana Borba Salvador, Flavio Irigon Bollick, Rozenir Ramos, Celso Lufchitz, Júlio Márcio Rocha, Luciane Bisognin Ceretta, Karina Gubis Zimmermann, Maria Teresa Brasil Zanini, Andréia Batista Bialeski, Luciana Rosa, Bruna Pescador Mendonça, Mariana Freitas Comin, Pricila Claumann Westphal, Franciele Maragno, Luciane Taschetto, Jorge Antonio Fagundes, Rosane Maria dos Santos,Susana Pereira Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul - UFRG, Rio Grande Do Sul, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina Introdução: A doença renal reduz acentuadamente o funcionamento físico e profissional e a percepção da própria saúde tem um impacto negativo sobre os níveis de energia e vitalidade, o que pode reduzir ou limitar as interações sociais e causar problemas relacionados à saúde mental.Objetivo: Identificar a influência do tratamento de hemodiálise no cotidiano dos pacientes renais crônicos. Métodos: Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada em uma clínica de nefrologia no estado de Santa Catarina. Os dados foram obtidos através de entrevista semi-estruturada. Participaram dez pacientes em tratamento hemodialitico. Resultados: Predominou gênero masculino, faixa etária entre 60-70 anos, ensino fundamental incompleto e cor: caucasiana. Quanto à análise geral, os fatores que mais sofrem influência são: alimentação e ingesta hídrica, lazer e realização de atividades diárias. Houve relatos sobre as reações adversas, incapacidade total ou parcial para o trabalho, dificuldades em relação ao transporte e locomoção e tempo disponibilizado às sessões de hemodiálise como fatores limitantes. Conclusão: A enfermagem é relevante na identificação de tais influências, buscando juntamente à equipe de saúde, pacientes e familiares, a elaboração, planejamento e execução de ações e atividades que possam oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes renais crônicos. 760 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-505 RISCOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SEM AVALIAÇÃO PRÉVIA DA FUNÇÃO RENAL RELATO DE CASO Castro LL, Pinto PHOM, Milagres R Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais Introdução: O uso de suplementos proteicos é extremamente comum atualmente e realizado, muitas vezes, sem nenhuma supervisão médica. Dessa maneira pode levar a complicações graves, sobretudo prejuízo da função renal. Objetivo: Discutir o risco de comprometimento renal pelo uso de suplementos e sobrecarga proteica, em indivíduos aparentemente saudáveis e, no nosso caso específico, de hipotonia renal bilateral. Método: relato de caso de paciente atualmente em acompanhamento no Ambulatório de Nefrologia do nosso serviço. Relato do caso: JRR, 22anos, aparentemente saudável, frequentador de academia de musculação fez uso, durante meses, de suplementação de creatina, entre outros elementos não identificados. Iniciou há cerca de 6 meses quadro de ansiedade, cefaleias esporádicas, eventual elevação da pressão arterial, “picos pressóricos” (PA=160/100mmHg), creatinina plasmática e testosterona elevados (creatinina= 1,78mg/dl) e densidade urinária reduzida (1015), sem outras alterações no sedimento urinário, além de função tireoidiana normal. Optamos por interromper o uso dos suplementos entre outras substancias não identificadas. O paciente, foi então, submetido a ampla propedêutica para hipertensão arterial secundaria, com Resultados negativos e MAPA sem alterações relevantes. Nessa avaliação verificou-se comprometimento da função renal e sinais de hipotonia renal bilateral à cintilografia renal dinâmica. Nesse período a creatinina sérica apresentou redução, a depuração de creatinina estabilizou em torno de 80mL/min, porém os níveis pressóricos embora mais baixos, apresentam ainda eventuais picos de 150 / 94mmHg. Conclusão: o caso ilustra um quadro de injúria renal aguda desencadeada por uso de suplementos proteicos. Os dados apresentados na literatura a respeito da sobrecarga proteica e uso de suplementos em relação à função renal são controversos. Estudos a longo prazo, com desenho e metodologia apurados, são necessários tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes com disfunção renal. 761 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-487 CONHECIMENTO DE PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 COM RELAÇÃO A DETERIORIZAÇÃO RENAL Andreia Batista Bialeski, Romulo Cesra Pizzolatti, Ana Paula Chaise, Luciana Rosa, Magada Tessman Chwalm, Luciane Bisognin Comin, Luis Alves Vidal de Miranda, Maria Teresa Brasil Zanini, Karina Cardoso Gubis Zimerman, Luis Gumercindo Ramos, Silvana Borgert, Zoraide Rocha, Luciane Taschetto, Jorge Antonio Fagundes, Susana Pereira, Celso Lufchitz, Mariana Freitas Comin, Morgana Borba Salvador, Pricila Claumann Westphal, Rosane Maria dos Santos Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Unesc,Esucri,Unesc,Unesc,Unesc,UFRG,Unesc Introdução: O desconhecimento sobre o Diabetes Mellitus do tipo 2 pode levar portadores deste agravo ao déficit no autocuidado e ao tratamento dialítico. Objetivo: Identificar o conhecimento dos portadores de Diabetes Mellitus do tipo 2, cadastrados na Estratégia da Saúde da Família de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um município do sul de Santa Catarina, com relação a deteriorização renal. Material e Métodos: Trata-se de um estudo, com abordagem qualiquantitativa do tipo descritivo-exploratório. Os dados quantitativos foram armazenados em planilha eletrônica sendo a análise estatística apresentada na forma de frequência e percentual. Os dados qualitativos foram coletados sob a forma de entrevista estruturada. Resultados: Percebeu-se que os entrevistados não relacionam a patologia diabetes como conseqüência de futura complicação em relação a deteriorização dos seus rins, por isso ações de autocuidado fundamentadas na manutenção do estado saudável do indivíduo proporciona o aparecimento tardio de doenças correlatas ao diabetes. O déficit de cuidado demonstrado pela amostra, as falhas de informação, a não aderência ao plano terapêutico e o não comprometimento com o tratamento facilita complicações potenciais relacionadas ao diabetes. Conclusão: A pesquisa proporcionou compreender que é de suma importância enfatizar a necessidade da educação em saúde com paciente portadores de Diabete Mellitus do tipo 2 acompanhados na UBS para diminuir os índices de encaminhamentos para os serviços de terapia renal. Também ficou evidente a necessidade de aprimoramento e qualificação dos profissionais, para que estes possam acompanhar a evolução tecnológica e, fundamentar-se nos princípios de humanização, necessários no âmbito das instituições de saúde. 762 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-494 EFEITO GENOTÓXICO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE ÁCIDO METILMALÔNICO ASSOCIADA À INSUFICIÊNCIA RENAL EM RIM DE RATOS JOVENS Luciana Rosa, Larissa Alves, Liliane Borges Rodrigues, Daniela Dimer Leffa, Gustavo da Costa Ferreira, Emilio Luiz Streck, Vanessa Moraes de Andrade, Patrícia Fernanda Schuck, Adriani Paganini Damiani Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina Introdução: O ácido metilmalônico (MMA) se acumula em tecidos e fluidos biológicos de pacientes afetados pela acidemia metilmalônica. Os principais achados clínicos desses pacientes são insuficiência renal e sintomas neurológicos severos. Considerando que o mecanismo patológico subjacente à lesão renal ainda não foram plenamente compreendidos, no presente trabalho avaliou-se o nível de danos ao DNA em rim de ratos que receberam administração aguda de MMA, na presença ou ausência de insuficiência renal aguda. Material e Métodos: Foi realizado um estudo experimental com ratos Wistar machos de 30 dias de vida (6 animais por grupo). Os animais receberam uma única injeção intraperitoneal de gentamicina (insuficiência renal) e três injeções de MMA (com intervalo de 11 h entre as injeções) e foram mortos 1 h depois da última injeção de MMA. Os animais do grupo controle receberam salina no mesmo volume. O dano ao DNA foi analisado pelo ensaio cometa. Resultados: Observou-se que tanto a administração de MMA quanto a de gentamicina isoladamente ocasionou dano ao DNA em rim, como evidenciado pelo aumento nos valores de índice e frequência de dano. Além disso, o dano ao DNA foi significativamente maior no grupo que recebeu uma combinação de gentamicina e MMA, em comparação à administração isolada destas substâncias. Conclusões: Nossos Resultados sugerem que danos ao DNA podem, ao menos em parte, contribuir para as alterações renais encontradas em pacientes afetados por acidemia metilmalônica. 763 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-498 INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DO ÁCIDO METILMALÔNICO SOBRE AS ATIVIDADES DAS ENZIMAS ACETILCOLINESTERASE E SUCCINATO DESIDROGENASE EM CÓRTEX CEREBRAL DE RATOS JOVENS SUBMETIDOS A UM MODELO ANIMAL DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Luciana Rosa, Luciane Taschetto, Patrícia Fernanda Schuck, Emilio Luiz Streck, Gustavo da Costa Ferreira, Alexandra Ioppi Zugno, Fernanda Malgarin, Daniele Guilhermano Machado, Mariana Bittencourt de Oliveira Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina Introdução: A acidemia metilmalônica é caracterizada pelo acúmulo tecidual de ácido metilmalônico (MMA),devido a deficiência na atividade da enzima L-metilmalonil-CoAmutase. A prevalência dessa doença é estimada em 1:48.000 nascidos vivos e suas principais manifestações clínicas são dano neurológico einsuficiência renal crônica.No presente trabalho, o Objetivo foi avaliar a atividade das enzimas acetilcolinesterase e succinato desidrogenase em córtex cerebral de ratos submetidos a um modelo experimental de insuficiência renal aguda induzida por gentamicina (GM).Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo experimental com ratos Wistar machos de 30 dias de vida,divididos em 4 grupos: MMA (uma injeção de salina e 3 injeções de MMA 1,67µmol/g); GM(uma injeção de gentamicina 70 mg/kg e 3 injeções de salina); GM+MMA (uma injeção de gentamicina 70 mg/kg e 3 injeções de MMA 1,67 µmol/g); controle (4 injeções de salina). Os animais receberam uma injeção intraperitoneal de salina ou GM e, após uma hora, três injeções subcutâneas de MMA ou salina, com um intervalo de 11 horas entre cada administração. Uma hora após a última injeção os animais foram mortos por decapitação. O córtex cerebral foi isolado e homogeneizado e a atividade das enzimas acetilcolinesterase e succinato desidrogenase foram medidas. Resultados: Observamos uma diminuição significativa da atividade da enzima acetilcolinesterase no córtex cerebral dos animais que receberam administração isolada de MMA. A administração isolada de GM ou de MMA+GM não alterou a atividade dessa enzima. A atividade da enzima succinato desidrogenase não foi alterada em nenhum dos grupos experimentais. Conclusão: Os Resultados apresentados neste trabalho mostram que altas concentrações de MMA causam diminuição da atividade da enzima acetilcolinesterase, sugerindo que alterações em sinapses colinérgicas possam estar envolvidas na fisiopatologia do dano cerebral encontrado em pacientes afetados pela acidemia metilmalônica. 764 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-489 DANO OXIDATIVO RENAL INDUZIDO PELA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE ÁCIDO METILMALÔNICO EM RATOS JOVENS Maria Tereza Brasil Zanini, Luciana Rosa, Larissa Alves, Liliane Borges Rodrigues, Francine Felisberto, Fabrícia Petronilho, Gustavo da Costa Ferreira, Felipe Dal Pizzol, Emilio Luiz Streck, Patrícia Fernanda Schuck Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina, Universidade Do Extremo Sul Catarinense, Santa Catarina Introdução: Altas concentrações de ácido metilmalônico (MMA) ocorrem em tecidos e fluidos biológicos de pacientes afetados pela acidemia metilmalônica, uma doença caracterizada por severa insuficiência renal. Os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pelo dano renal encontrado nos pacientes afetados pela acidemia metilmalônica ainda são pouco conhecidos. Portanto, o presente trabalho investigou o efeito da administração aguda de MMA em parâmetros do estresse oxidativo em rim de ratos jovens. Material e Métodos: Foi realizado um estudo experimental com ratos Wistar machos de 30 dias de vida (8 animais por grupo). Os animais receberam três injeções subcutâneas de MMA (1,67 umol/g; intervalo de 11 h entre as injeções) e foram mortos 1 h após a última injeção de MMA. Os animais do grupo controle receberam salina no mesmo volume. Resultados: Observamos que a administração aguda de MMA aumentou os níveis de TBA-RS e o conteúdo de carbonilas em homogeneizados de rim de ratos. Por outro lado, os níveis de glutationa reduzida, o conteúdo de sulfidrila e as atividades das enzimas glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase não foram afetadas pela administração de MMA. Conclusões: Nossos Resultados demonstram que a administração aguda de MMA induz estresse oxidativo em rim, sugerindo que o dano oxidativo possa estar envolvido na fisiopatologia do dano renal encontrado em pacientes afetados pela acidemia metilmalônica. 765 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-137 PREVALÊNCIA DA NÃO ADERÊNCIA À DIETA DOS PACIENTES EM HEMODIÁLISE CONVENCIONAL Moura DQ,Garcez AS, Paschoalin SRKP, Abreu PAP, Paschoalin VP, Vilas Boas IP,Presídio SP, Moura Neto JA, Dantas LGG Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim Introdução: A hemodiálise (HD) exige do paciente com doença renal crônica (DRC) mudança de hábitos alimentares, sendo a aderência as orientações nutricionais e restrição hídrica necessárias para sucesso do tratamento. Objetivo: Descrever a prevalência de não aderência à dieta e identificar possíveis variáveis sócio-demográficos e características clínicas associadas ao comportamento de não aderência, para uma abordagem mais específica ao grupo de pacientes não aderentes, objetivando evitar desfechos desfavoráveis. MÉTODO: Estudo de corte transversal, analítico, realizado com 251 pacientes em hemodiálise convencional. Parâmetros de não aderência avaliados: ganho ponderal interdialítico (GPID), níveis séricos de potássio (K) e de fósforo (PO4), sendo considerado não aderente o paciente que apresentasse: GPID superior a 5,7% do peso seco, K >6,0 mEq/L ou PO4>7,5 md/dL. Resultados: Hipercalemia foi encontrada em 34% (IC 95% 0.28-0.40), hiperfosfatemia em 4% (IC 95% 0.01-0.06) e GPID excessivo em 8% (IC 95% 0.05-0.11), maior correlação foi identificada entre a ocorrência de hipercalemia e hiperfosfatemia (OR 7,36; IC 95% 1,49-36,25; p<0,008). O mais forte preditor para um GPID excessivo foi o estado solteiro, para hiperfosfatemia foi dosagem de paratormônio maior que 1000ng/L e para hipercalemia foi diurese residual menor ou igual a 100 mL/dia. Os pacientes com maior GPID foram os mais jovens, com idade entre 18 e 39 anos (p=0,032), não casados ou sem companheiras (p =0,013), em hemodiálise há mais tempo (p=0,001), com KTV > 1,3 (p = 0,015) e IMC < 25kg/m2 (p <0,001). Conclusão: A não aderência às recomendações nutricionais é variável conforme o parâmetro considerado, sendo mais freqüente a hipercalemia. Existe uma alta correlação entre hipercalemia e hiperfosfatemia, que podem significar não seguimento de restrições alimentares distintas e, portanto um padrão de comportamento do doente frente as limitações impostas pela DRC. Nossos achados sugerem que fatores sócio-demográficos podem estar relacionados ao comportamento de não aderência. 766 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-524 CIRURGIA CARDÍACA E INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA: FATORES INDICATIVOS DE RISCO Enio Marcio Maia Guerra, Juliana R Mauad, FM Junqueira, IC Paliares, João Carlos Pereira Filho, Cibele I Saad Rodrigues, Fernando A Almeida, Ricardo AM Cadadval, Ronaldo D’Avila Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP, Faculdade de Medicina-PUCSP A insuficiência renal aguda (IRA) é uma complicação relevante do ponto de vista prognóstico e altamente prevalente em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (CC), estimando-se que ocorra em mais de 30% destes procedimentos, dependendo da definição utilizada. Em nossa região as cirurgias cardíacas pelo SUS são realizadas exclusivamente no Hospital Escola. O presente estudo Objetivou estabelecer a incidência de IRAentre estes pacientes, identificando possíveis fatores de risco. Para tanto, acompanhamos prospectivamente todos os pacientes submetidos a CC a partir de Fev/2012, com levantamento de dados antropométricos, bioquímicos e comorbidades. A presença de IRA foi definida de acordo com a classificação AKIN – AcuteKidneyInjury Network (aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl, ou aumento acima de 50% em seu valor basal nas primeiras 48 horas). O escore de IRA, idealizado por Thakar (JASN, 2005), foi aplicado a todos os pacientes. O projeto foi aprovado pelo CEP. Os Resultados são apresentados como Média±DP. Analisamos 65 pacientes, predominantemente homens (58%) brancos (82%), com média de idade 60,3±11,8 anos e IMC 27,7±5,7 Kg/m2. As comorbidades mais frequentes foram o diabetes (29%) e insuficiência cardíaca (14%). Revascularização miocárdica (RV) foi realizada em 74%, seguida pela troca de válvula (20%). O valor basal de creatinina foi 1,2±1,0 mg/dl (clearance MDRD de 83,6±27,1 ml/min), com variação pré-pós cirurgia de 0,4±0,8 mg/dl. O tempo de circulação extracorpórea (CEC) foi 72,7±28,3 min. A IRA ocorreu em 25 pacientes (38%), predominantemente entre o sexo masculino (84%; RR=1,976),com IMC mais baixo comparativamente àqueles que não desenvolveram IRA (25,7±3,9 vs. 28,9±6,3Kg/ m2; p=0,02) e menores valores de albumina plasmática (3,6±0,6 vs. 4,0±0,6 mg/dl; p=0,005). Não observamos diferenças com relação ao escore de IRA entre os dois grupos (3,5±1,8 vs. 3,0±1,4), bem como no tempo de CEC (70,1±20,4 vs. 74,6±32,7 min). O pequeno número de pacientes prejudicou algumas correlações: IRA vs. idade (p=0,08) e creatinina pré-cirurgia no grupo IRA vs. não IRA (p=0,05). Conclusões: A incidência de IRA nesta população foi semelhante à relatada na literatura; o escore de Thakar não mostrou poder discriminatório neste grupo de pacientes; o critério de elevação de 0,3 mg/dl na creatinina, como estabelecido pelo AKIN, guarda significativa correlação (r=-0,58; p<0,0001) com o diagnóstico de IRA. PIBIC/CEPE. 767 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-290 INFLAMAÇÃO, DIABETES E DOENÇA RENAL CRÔNICA: O PAPEL DA CAPACIDADE AERÓBICA Shiraishi FG, Silva VRO, Stringuetta-Belik F, Martin LC, Hueb JC, Gonçalves RS, Franco RJS Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP O estado inflamatório persistente é comum no diabetes e na doença renal crônica (DRC). Estes pacientes apresentam intolerância ao exercício e aumento da rigidez arterial. Exercício aeróbico de longo prazo tem sido associado com uma melhor complacência arterial e benefícios anti-inflamatórios. A hipótese deste estudo foi que em pacientes com diabetes e DRC, uma melhor capacidade aeróbica está associada com menor estado inflamatório e rigidez arterial. Trinta e nove pacientes com DRC (17 em hemodiálise) foram avaliados e divididos em dois grupos de acordo com a etiologia: o grupo de diabéticos (GD), formado por 11 pacientes, e de não diabéticos (GND), com 28 pacientes. Foram avaliados pressão arterial central e rigidez arterial com o aparelho Sphygmocor e a espessura da camada íntima-média de carótida (CA-IMT) por ultra-sonografia. A capacidade aeróbica foi mensurada pelo VO2max estimado com o teste de esteira pelo protocolo de Bruce. Foram coletados exames laboratoriais para estabelecer o grau de inflamação. O GD apresentou um maior valor de proteína C-reativa sérica (P = 0,044), maior freqüência de sexo masculino e um maior valor VO2max estimado (P = 0,099), não significativo. A CA-IMT se mostrou semelhante entre os grupos. Apenas a melhor capacidade aeróbica foi associada a menor valor de proteína C-reativa quando ajustada para diabetes e para o gênero em um modelo de regressão logística. Em Conclusão, a capacidade aeróbica está associada ao estado inflamatório em pacientes com DRC, independentemente da presença de diabetes. FAPESP 2009/02060-5; CNPQ 70/2008. 768 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-617 CUIDADOS PRÉ E PÓS-OPERATÓRIOS AO PACIENTE SUBMETIDO À CONFECÇÃO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ribas WBD, Barreto IG, Bastos HCG, Faustino TN Hospital Geral Roberto Santos, Residência Multiprofissional Em Saúde – Núcleo Nefrologia, UNEB, Ms.,Hospital Geral Roberto Santos, Residência Multiprofissional Em Saúde – Núcleo Nefrologia, UNEB, Ms.,Hospital Geral Roberto Santos, Residência Multiprofissional em Saúde – Núcleo Nefrologia, UNEB, Ms.,Hospital Geral Roberto Santos, Residência Multiprofissional em Saúde – Núcleo Nefrologia, UNEB, Ms. Introdução: A hemodiálise (HD) é uma terapia renal substitutiva que necessita de um acesso vascular temporário (Cateteres venosos centrais) ou de permanência (Fístulas, próteses e PermCath). A fístula arteriovenosa (FAV) é a via de acesso vascular de permanência de maior durabilidade, segurança e que proporciona melhores tratamentos terapêuticos, devendo ser a mais comum em pacientes em unidade de HD.Objetivo: Relatar a experiência vivenciada nos cuidados pré e pós-operatórios de pacientes submetidos à confecção de FAV.Casuística e Métodos: Trata-se de um relato de experiência em um mutirão de confecção de FAV realizado em um hospital geral de Salvador, em maio de 2012, durante as atividades da Residência de Enfermagem em Nefrologia. A amostra foi composta de 22 indivíduos renais crônicos hemodialíticos, que foram orientados e assistidos pela equipe de enfermagem antes e após a confecção das FAVs.Resultados: Previamentea realização do mutirão foram implementados os seguintescuidados pré-operatórios: orientação do paciente a isolar e exercitar o membro para FAV, evitando punções no mesmo, quanto ao controle da pressão arterial e jejum de 6 horas antes do procedimento cirúrgico; coleta de exames laboratoriais no mínimo 24 horas antes da cirurgia; no dia do procedimento, verificação dos sinais vitais e observação de sinais de desidratação. Após a confecção da FAV, os cuidados pós-operatórios realizados foram: orientações aos pacientes para maturação e manutenção da FAV, tais como: manter o membro elevado acima do nível do corpo, exercitando-o com movimentos de extensão e flexão; não dormir sobre o braço de FAV nem mantê-lo fletido demoradamente; evitar cargas no membro e medidas de pressão arterial, garroteamento ou administração de medicamentos injetáveis; não permitir a realização de curativos que envolvam toda a circunferência do membro e que possam comprimir a FAV; controle da pressão arterial e hidratação; observação da presença de frêmito regularmente. Conclusão: Os cuidados pré e pós-operatórios são de extrema importância para a confecção, maturação e manutenção da FAV, possibilitando um tratamento dialítico com maior eficácia. 769 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-722 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE RENAL Frantzeski MH, Thomazi CPF, Scopel G, Brandenburg D, Garcia CD, Lukrafka JL Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Hospital da Criança Santo Antônio,Hospital da Criança Santo Antônio, Hospital da Criança Santo Antônio e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Introdução: O transplante renal é uma opção efetiva para o tratamento da insuficiência renal crônica (IRC) em crianças. Estudos indicam diversas alterações associadas ao tratamento dialítico de pacientes com IRC, no entanto, tais alterações aparentam não estar totalmente revertidas após o transplante podendo interferir diretamente na capacidade funcional e na qualidade de vida destas crianças. Objetivos: O Objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade funcional de crianças e adolescentes transplantados renais. Casuística e Métodos: Foram incluídas no estudo crianças e adolescentes de 6 à 18 anos, transplantados renais em acompanhamento no Ambulatório de Nefrologia Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio que fossem capazes de realizar os testes propostos.Foram avaliados quanto às variáveis clínicas, a capacidade de exercício através do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), força muscular respiratória através das Pressões Inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx) avaliadas pela manovacuometria.Para análise dos dados foi utilizado média e desvio padrão para variáveis com distribuição paramétrica e mediana e intervalo interquartílico (IIQ) para as não paramétricas.As variáveis discretas foram expressas em porcentagem. Resultados:Participaram do estudo 42 pacientes sendo 24 (57,1%) meninas e 18 (42,9%) meninos, com média de idade de 13 ± 2,8 anos.A mediana do tempo de transplante foi de 39 (IIQ 11-66) meses.Quanto ao tipo de doador, metade dos pacientes receberam o órgão de doador vivo. Os pacientes percorreram em média uma distância de 491 ± 67 metros no TC6 minutos que corresponde a (78%) da média da distância predita para estes pacientes que foi de 626 ± 175 metros. As pressões respiratórias máximas foram avaliadas em um subgrupo de 28 dos 42 pacientes e a média da PImáx foi 58 ± 18 cmH2O (87%) da média prevista que foi 65 ± 7,6 cmH2O e a PEmáx de 63 ±17cmH2O, correspondendo a (72%) do previsto para o sexo e idade que foi de 87±11 cmH2O.Conclusões: Nossos Resultados sugerem que os pacientes submetidos ao transplante renal podem ter prejuízo na capacidade funcional por apresentarem a capacidade de exercício e força muscular respiratória menor que os valores previstos para a idade. 770 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-33 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Rodrigo de Oliveira Lima, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Patricia Saldanha Freire Simões, Pamela de Alencar Fortaleza Sousa, Paula Nathana Rabelo Galdino, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Marcos Kubrusly Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus,Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus Introdução: Em pacientes submetidos à Hemodiálise (HD), a Atividade Física (AF) tem sido bem reconhecida como uma intervenção terapêutica que pode melhorar as alterações fisiológicas, psicológicas e funcionais. Apesar da importância da realização de atividades físicas por pacientes portadores de doença renal crônica (DRC), pouco se sabe sobre o nível de atividade física desses indivíduos. Objetivo: Verificar o nível de AF nos pacientes submetidos à HD, segundo o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ versão 6), que classifica os pacientes em muito ativos, ativos, irregularmente ativos A, irregularmente ativos B e sedentários. Casuística e Métodos: A população em estudo incluiu pacientes com idade maior ou igual a 18 anos e tempo em HD superior a 3 meses em duas clínicas de Fortaleza. A avaliação da AF foi realizada através do IPAQ, sendo os pacientes divididos em Grupos Ativo (GA: ativos e muito ativos), Irregularmente Ativo (GIA: irregularmente ativo A e B) e Sedentário (GS). Resultados: A população foi constituída por 230 pacientes, com idade média de 52,3 anos, tempo médio em HD de 69,2 meses, sendo 56,1% do sexo masculino. A prevalência de pacientes no GA foi de 30%, no GIA 34,8% e no GS 35,2%. O percentual de pacientes com idade superior a 50 anos foi de 34,8% no GA, 47,5% no GIA e 72,8% no GS, sendo a diferença significante entre os grupos (p <0,0001). Não houve diferença na distribuição segundo o gênero nos grupos, segundo a AF (masculino: 49,3% no GA, 60% no GIA e 58,0% no GS; p=0,383). Em relação à ocupação, também não houve diferença estatística entre os grupos (pacientes com ocupação: 26,2% no GA, 23,7% no GIA, 37,0% no GS; p= 0,143). Em relação ao tempo de diálise, 43,5% do GA, 42,5% do GIA e 39,5% do GS apresentavam tempo de HD superior a 5 anos (p = NS). Conclusões: O nível de AF não associou-se ao gênero, ocupação ou ao tempo de HD. A prevalência de pacientes sedentários foi elevada (35,2%) e esteve associada com a idade acima de 50 anos, mostrando a necessidade de uma maior incentivo a prática regular de AF em pacientes em HD, uma vez que traz inúmeros benefícios a saúde dos pacientes. 771 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-458 AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO DE UM MUNICÍPIO LITORÂNEO DO ESTADO DO CEARÁ Marques LM, Carvalho Junior PC, Jacinto CN, Meneses LN, Abreu KLS, Cavalcante ND, Bonfim JS, Silva Junior GB, Araújo SMHA, Daher EF Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará,Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Ceará Introdução: Populações de zonas de transição urbana ainda vivem da subsistência, tendo assim seus hábitos alimentares ligados à produção local, o que, tratando-se de municípios litorâneos, representa uma alimentação amplamente influenciada pela pesca com uma forte cultura para adição de sal nos alimentos em relação direta com a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Objetivo: O Objetivo desse estudo foi avaliar aspectos epidemiológicos e suas possíveis influências na prevalência e no controle da HAS em um município litorâneo do estado do Ceará. Metodologia: Foi realizado rastreio para HAS e avaliação de alteração urinária em campanhas realizadas em município de Itarema/CE no ano de 2012. Aplicou-se questionário para obter informações sociodemográficas, sobre hábitos de vida e sobre antecedentes mórbidos e familiares, além de ser realizadas medidas de pressão arterial (PA) e coleta de amostra de urina para exame com fita reagente. Resultados: Um total de 150 indivíduos foi avaliado, dos quais 75,5% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 49,86±15,86 anos (variando entre 18 e 89 anos). Dentre os entrevistados, 44% autoreferiram história de HAS e 72%, história familiar, e ainda, 43,3%, história familiar de doença cardiovascular. Entre os que não se diziam hipertensos, 56% da população, a média da PAS foi de 124,87±15,79mmHg e a da PAD foi de 81,18±9,27mmHg. Desses indivíduos, 47,62% apresentaram PAS≥140mmHg e/ou PAD≥90mmHg. Entre os hipertensos, a média da pressão arterial sistólica (PAS) foi de 155,03±22,94mmHg e a da pressão arterial diastólica(PAD), 91,08±14,69mmHg. PA não controlada foi observada em 93,9% desses indivíduos.Quanto ao uso de drogas anti-hipertensivas, 83,33% reportaram utiliza-las conforme a prescrição, sendo 19,69% unicamente diurético, 21,21% diurético associado à IECA e 12,12% diurético associado a beta-bloqueador.A prevalência de proteinúriafoi de 43,5% nos indivíduos sabidamente hipertensos. Conclusão: A prevalência de HAS na população estudada foi mais alta do que a observada em estudos recentes da população brasileira. Provavelmente essa taxa elevada de mau controle da PA deve estar relacionada à prescrição/adesão dos hipotensores, além de fatores alimentares, com uma dieta possivelmente hipersódica. Na estratégia terapêutica de pacientes hipertensos parece ser importante um combate à inércia na prescrição médica, avaliação regular da adesão ao fármaco e dosagem do sódio urinário, com a regularidade necessária. Apoio:CNPq 772 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-117 NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE E SUA ASSOCIAÇÃO COM ESTADO NUTRICIONAL E RISCO CARDIOVASCULAR Rodrigo de Oliveira Lima, Cláudia Maria Costa de Oliveira, Patricia Saldanha Freire Simões,Paula Nathana Rabelo Galdino, Pamela de Alencar Fortaleza Sousa, Antônio Luíz Carneiro Jerônimo, Marcos Kubrusly Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus, Faculdade de Medicina Christus Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é considerada um grande problema socioeconômico estando associada a elevadas taxas de morbimortalidade. Em pacientes submetidos à Hemodiálise (HD), a atividade física (AF) melhora a função cardiovascular, a capacidade física e a qualidade de vida, com impacto na eficiência da diálise e na sobrevida do paciente. Objetivo: Verificar a associação do nível de AF, segundo o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ versão 6), com parâmetros nutricionais e marcadores de risco cardiovascular. Métodos: A população em estudo incluiu pacientes com idade maior ou igual a 18 anos e tempo em HD superior a 3 meses em duas clínicas de Fortaleza. A avaliação da AF foi realizada através do IPAQ, sendo os pacientes divididos em Grupo Ativo (GA), Grupo Irregularmente Ativo (GIA) e Grupo Sedentário (GS). Os parâmetros nutricionais avaliados foram albumina sérica, índice de massa corporal (IMC) e índice de risco nutricional geriátrico (IRNG). O indicador do risco cardiovascular foi o índice de conicidade (IC). Os pontos de corte das variáveis em estudo para os testes estatísticos (Fisher) foram 23 kg/m2 para o IMC, 4 g/dl para a albumina, 98 para o INRG e 1,18 para o IC. Resultados: A população foi constituída por 230 pacientes, com idade média de 52,3 anos, tempo médio em HD de 69,2 meses, sendo 56,1% do sexo masculino. A prevalência de pacientes no GA foi de 30%, no GIA 34,8% e no GS 35,2%. No GA 91,9% dos pacientes apresentaram albumina ≥ 4g/dl comparados a 70,4% no GS (p < 0,001). Em relação ao IMC, 46,4% dos pacientes do GA apresentaram IMC ≥ 23 Kg/m²,55% no GIA e 42% no GS (p= 0,244). Considerando-se o INRG, houve diferença significativa entre os grupos (INRG > 98: 79,71% no GA, 82,50% no GIA, 65.43% GS ; p = 0.086). Com relação ao IC, no GA 84,1% do GA tiveram IC menor 1,18, 97,5% no GIA e 96,2% no GS) (p = 0,003 entre o GA e GIA e p = 0,011 entre o GA e GS). Conclusões: Os pacientes com nível de atividade física menor apresentaram pior estado nutricional e maior risco cardiovascular, assim sendo é recomendado estimular a prática regular de AF em pacientes em HD. 773 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-587 SISTEMA GENIUS DE HEMODIÁLISE (HD): UM MÉTODO SEGURO E EFICIENTE PARA PACIENTES COM CÂNCER E INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Costa e Silva VT, Oliveira APL, Costalonga E, Palomba H, Hajjar LA, Hung J, Soares CM, Bezerra JS, Oikawa L, Yu L, Burdmann EA Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Unidade de Terapia Intensiva, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil,Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil Introdução: Observa-se nos últimos anos um aumento no número de pacientes com câncer admitidos em UTI, muitos deles evoluindo com IRA e necessidade de diálise. Os Métodos e técnicas de HD mais adequados para estes pacientes são pouco estudados. Objetivos: Avaliar a adequação e segurança do sistema Genius de HD em pacientes oncológicos com IRA internados em UTI. Casuística e Métodos: Avaliaram-se prospectivamente todas as sessões realizadas com sistema Genius de HD nos pacientes com IRA e câncer internados na UTI do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre junho de 2010 e fevereiro de 2012. Resultados: Foram feitas 373 sessões de HD em 116 pacientes. As características dos pacientes foram: idade 61 ± 14 anos, 62,1% do sexo masculino, 18,5% em uso de droga vasoativa e 10,2% com necessidade de ventilação mecânica. A maioria deles (81%) tinha neoplasias sólidas (trato urinário 41,4%; trato gastrointestinal 13,8% e sistema ginecológico 12,1%). Os fatores etiológicos mais comumente relacionados à IRA foram: sepse (55,2%), uropatia obstrutiva (27,6%) e cirurgias (25,0%). A mortalidade hospitalar foi de 59,5%. O acesso venoso foi cateter temporário em 97,9% (58% veias femorais e 44% veias jugulares internas). Foram utilizados filtros com membrana de alto fluxo (polissulfona, FS80) em 67% dos pacientes. Os fluxos de sangue e dialisato foram iguais, de 250 (200 a 300) mL/min. Os pacientes receberam 2,97 ± 1,1 sessões de HD durante 4,9 ± 2,1 dias de tratamento. O Kt/V recebido por sessão foi de 0,95 (0,80 – 1,10) e se obteve controle metabólico adequado (exames pós diálise): Cr 2,70 (1,96 – 3,59) mg/dL; uréia 71 (49 – 102) mg/dL; bicarbonato 24,2 (22,5 – 25,5) mEq/l; K 3,8 (3,5 – 4,1) mEq/l. A ultrafiltração prescrita foi de 1500ml (500 - 2000), sendo atingida em 66% dos procedimentos. O tempo de diálise prescrito foi de 240 (240 - 360) minutos, alcançado em 75% das HDs. As principais complicações foram hipotensão (pressão arterial média <70 mmHg) em 24,9% (levando à interrupção da HD em 6,3%); redução do fluxo de sangue prescrito em 6,7%; inversão das linhas em 19,8% e coagulação das linhas com interrupção da HD em 16,9% das sessões. Conclusões: O sistema Genius foi alternativa segura e adequada de HD em pacientes com IRA e câncer internados em UTI. 774 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-739 SÍNDROME DE ALPORT NA PEDIATRIA: QUANDO PENSAR? Cavalcanti NS, Silva RARF, Silva LLC, Silva LS, Nascimento DB, Albuquerque LMA, Júnior EDF, Nascimento PCM Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba Introdução: A Síndrome de Alport (SA) é uma nefrite hematúrica progressiva associada a sintomas extra-renais como: surdez neurossensorial e alterações oculares. A freqüência na população é cerca de 1:10.000 habitantes acometendo mais homens. Apresenta-se na maioria das vezes como um distúrbio dominante ligado ao X (80%), enquanto os padrões de herança autossômica recessiva (15%) e autossômica dominante (5%) são menos comuns. O diagnóstico clínico da SA requer três dos quatro critérios: 1º) historia familiar (HF) positiva de hematúria com ou sem falência renal crônica 2º) Típicas alterações ultraestruturais da SA em amostra de biópsias renais 3º) Perda auditiva neurossensorial progressiva 4º)Sinais visuais característicos. Relato dos casos: Caso 1: Paciente, 7 anos, sexo feminino, natural e procedente de João Pessoa – PB, procurou especialista para investigação de Infecção do Trato Urinário de repetição há 3 anos. Sem história de febre. Os sumários de urina evidenciavam hematúria persistente. Na avaliação, observou-se na HF: pai, 24 anos, transplantado renal e tia, 26 anos, com insuficiência renal crônica (IRC) e submetida à hemodiálise. Ambos com diagnóstico prévio de Glomerulonefrite Crônica decorrente da Hipertensão Arterial Sistêmica. Caso 2: Paciente, 11 anos, sexo masculino, natural e procedente de João Pessoa – PB, com queixa de hematúria há 5 anos. Apresentava sumários de urina com hematúria microscópica e referia episódios de hematúria macroscópica. A HF registrou que mãe, 33 anos, foi diagnosticada com IRC durante a gestação há 11 anos e submeteu-se a hemodiálise. A microscopia eletrônica revelou ser compatível com SA. Discussão: O Brasil ainda carece de estudos epidemiológicos envolvendo a SA, e os dados apresentados ao redor do mundo apresentam intensa discrepância, justificada pela ausência de testes diagnósticos específicos e de critérios clínicos amplamente reconhecidos. Os casos apresentam pacientes com queixas urinárias classicamente apresentadas como hematúria, há vários anos e sem o diagnóstico e tratamento adequados na pediatria. A história clínica das crianças e a HF positiva para IRC requer uma maior investigação por parte dos profissionais. Conclusão: Os antecedentes familiares guiam o médico ao diagnóstico e devem ser investigados criteriosamente. A realização de anamnese detalhada é fundamental para o diagnóstico desta síndrome e a prevenção precoce de complicações, bem como o devido aconselhamento genético das famílias acometidas. 775 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-231 ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE / SOBREPESO E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO CONSERVADOR Gallotti LM, Madeira LC, Valle LJ,dos Santos MS, Paslowski JR, Alves MR, Junior EM, Barcellos FC, Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Ambulatório de Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL Introdução: A obesidade tem sido associada a um aumento de risco para o desenvolvimento de doença renal crônica (DRC), sendo essa associação provavelmente mediada por fatores de risco cardiovascular. Objetivos: Avaliar a prevalência e fatores associados à ocorrência de sobrepeso e obesidade em uma amostra de pacientes portadores de DRC em tratamento conservador. Casuística: 233 pacientes portadores de DRC estágios 3 a 5 acompanhados em ambulatório de nefrologia de hospital universitário brasileiro. Métodos: Estudo transversal com análise do índice de massa corporal (IMC), estimativa de depuração da creatinina endógena (DCE) por fórmula de Cockroft Gault, idade, sexo, etiologia da DRC, presença de diabete, hipertensão, vasculopatia periférica, tabagismo (passado ou atual). Os fatores associados a medida do IMC foram analisados por regressão linear múltipla, com uso do software STATA 10.0. Resultados: A amostra foi composta por 233 pacientes com média de idade de 65,2±0,9 anos, 52% de sexo masculino, 40% diabéticos, 92% hipertensos, e 16% tabagistas. Na amostra estudada, 41% dos pacientes apresentavam sobrepeso e 35% obesidade. Em análise multivariada, houve associação significativa e independente do IMC com a presença de hipertensão arterial (beta 3,5 IC95% 0,4 6,5 p=0,02), sem associação significativa com os demais fatores de risco cardiovascular. Conclusão: Na presente amostra de pacientes portadores de DRC, a prevalência de excesso de peso foi superior as taxas descritas para a população geral (prevalência de sobrepeso/obesidade em população local recentemente estimada em 30% e 20%, respectivamente) O excesso de peso nesse grupo de pacientes esteve associado à presença de hipertensão arterial, mesmo após o ajuste para possíveis fatores de confusão. A hipertensão arterial pode mediar, pelo menos em parte, a associação entre excesso de peso e doença renal crônica. 776 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-539 ESTUDO DO EFEITO PREVENTIVO E REPARADOR DAS CÉLULAS MONONUCLEARES (CMNS) DERIVADAS DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL (SCU) DE RATAS WISTAR PRENHAS NA LESÃO RENAL AGUDA (LRA) INDUZIDA PELA CICLOSPORINA A (CSA) Gutierres APC, Reis LA, Borges FT, Simões MJ, Schor N Universidade Federal de São Paulo, São Paulo,Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo Introdução E Objetivos: A CsA tem tido grandes avanços, principalmente em transplante de órgãos sólidos, mas o principal problema é a sua nefrotoxicidade. A fim de evitar ou minimizar a LRA induzida pela CsA, obteve-se o sangue de cordão umbilical de ratas Wistar e administrou-se neste modelo experimental. Métodos: As CMN foram obtidas entre os dias 19º e 20º dia de gestação das ratas Wistar. A fim de induzir a LRA, os ratos foram submetidos a uma dieta baixa em sal (7 dias antes e durante todo o protocolo), após os 7 dias iniciais foi administrada a CsA ou o Azeite de Oliva (20 mg / kg, intraperitoneal) durante 14 dias. No 7 º dia de CsA, foram administradas CMN (1x106 células por dia, intraperitoneal) durante 7 dias, juntamente com CsA ou azeite. Avaliou-se até o momento, a creatinina sérica, proteinúria e estudos morfológicos. Resultados: Pelas análises morfológicas, foram retratadas lesões que caracterizam Necrose Tubular Aguda e não diferiram entre os grupos de CsA com ou sem CMN. Também foi observada uma fibrose intersticial significativa. Apesar de uma miríade de células tronco nas CMNs (progenitora, hematopoiética endotelial, mesenquimais) elas não são capazes de modificar a nefrotoxicidade da CsA. A LRA induzida neste modelo causou uma fibrose intersticial grave sugerindo que, no tecido renal, as células tronco não são capazes de regenerar as lesões. Conclusão: De acordo com os valores da Creatinina Sérica e da Proteinúria, junto com as análises morfológicas, foi possível observar que as CMNs derivadas de SCU de ratas Wistar não tem efeito reparador e/ou protetor na LRA causada pela CsA. Assim, será importante avaliar o efeito das CMN num modelo mais precoce, sem alterações severas. 777 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-335 RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE DOENTES RENAIS CRÔNICOS EM ESTÁGIO PRÉ-DIÁLISE Reges AS, Barcellos FC, Mielke G, Bohlke M, Santos I, Fortes MO, Kiefer CL, Almeida CF, Werlang B, Giacomolli L, Losekann C, Hallal PC Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande A Doença Renal Crônica (DRC) é hoje um problema de saúde pública com grande repercussão negativa na qualidade de vida (QV) desta população. Avaliação da QV por instrumentos específicos tem papel importante no tratamento da DRC, por consistentemente predizer morbi-mortalidade. Sugere-se que pacientes em terapia dialítica apresentem piores escores de QV comparados àqueles em fase pré-diálise que, por sua vez, têm escores inferiores à população geral. Assim é importante reconhecer potenciais fatores modificáveis, associados à QV, nas fases da doença. Dentre eles, a prática de atividade física (AF), pois garante redução de fatores de risco cardiovasculares e melhora de parâmetros físicos e emocionais diretamente ligados à QV. O Objetivo do estudo foi avaliar QV de doentes renais em fase pré-diálise e sua associação com a taxa de filtração glomerular (TFG) e nível de AF. Entrevistou-se 96 indivíduos hipertensos, não-diabéticos e com doença renal em estágio pré-diálise, na cidade de Pelotas-RS, os quais são parte da amostra de um ensaio clínico sobre impacto da AF na DRC. Utilizou-se o questionário Short-Form36 (SF-36) para avaliar QV e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) para mensurar AF. Estimou-se a TFG pela fórmula MDRD simplificada e considerou-se DRC se TFG < 60mL/min. Os dados foram analisados no Stata/SE 10.0, através de regressão linear multivariável com ajuste para idade e sexo. A associação entre QV e TFG demonstrou que para cada perda de uma unidade na TFG, o escore de vitalidade do SF 36 reduziu em média 0,25 pontos (p=0,059); indivíduos com TFG < 60 apresentaram em relação aos com TFG > 60, em média, -10.65 pontos na capacidade funcional (p=O,O8) e -6.06 nos aspectos emocionais (p=O,57). Quanto à associação entre QV e AF, indivíduos inativos apresentaram comparados aos ativos, em média, -17.4 pontos no escore de capacidade funcional (p=0,001), -17.6 pontos na limitação por aspectos físicos (p=0,05), -7,7 pontos no estado geral de saúde (p=0,07), -14.0 pontos em vitalidade (p=0,009), -21.3 pontos nos aspectos emocionais (p=0,028) e -12.0 em saúde mental (p=0,011). A progressão da doença renal demonstrou tendência a menores escores na QV. Maiores escores de QV mostraram-se fortemente associados ao estilo de vida ativo, independente do estágio da doença renal pré-diálise, devendo-se encorajar a prática de exercícios. Resultados semelhantes foram descritos em outros estudos, mas pelo nosso conhecimento ainda não nesta população brasileira. 778 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-9 ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS ENTRE O USO DE CITRATO TRISSODICO A 30% E HEPARINA COMO SOLUÇÃO PARA FECHAMENTO DE CATETER DE CURTA PERMANÊNCIA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE Daniela Avelar Barra, Andre Nogueira Duarte, Elmer Mattos Orempuller, Cinthia Duarte da Fonseca, Enio Bernardes de Faria Junior, Warlei Blandim de Freitas, Jenaine Oliveira Silva, Lilian Pires de Freitas do Carmo Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte, Instituto de Terapia Renal do Hospital Evangélico da AEBMG, Belo Horizonte Introdução: O acesso vascular é uma das maiores preocupações no tratamento de pacientes em hemodiálise. Frequentemente os cateteres usados para hemodiálise complicam devido a infecção ou trombose, o que onera significativamente o custo do tratamento. Objetivos: Comparar o custo de heparina não fracionada 5000UI/ ml e citrato trissódico a 30% como solução para selo de cateteres de curta permanência para hemodiálise, levando em consideração o custo da solução por sessão, as trocas de cateter, o antibiótico e as internações quando necessário. Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, aberto, realizado em uma unidade de hemodiálise. Os pacientes em uso de cateteres de curta permanência foram randomizados para o grupo Heparina (1500ui/ml) ou para o grupo citrato trissódico a 30% na proporção 1:1. Os pacientes foram acompanhados durante 4 semanas e comparados em relação aos custos de cada grupo. Resultados: Foram selecionados 48 pacientes e randomizados para os grupos heparina e citrato trissódico a 30%. Não houve diferença significativa nas características basais dos dois grupos. O grupo citrato trissódico a 30% apresentou elevada incidência de trombose de acesso em relação ao grupo da Heparina (58,5 % versus 4,3%, respectivamente). Por este motivo, o grupo citrato trissódico a 30%. apresentou maior número de trocas de cateteres em relação ao grupo Heparina. Em contrapartida, o grupo Heparina apresentou maior taxa de infecção, sendo necessário, além do gasto da troca do cateter, o custo de antibióticos e da internação hospitalar. Em comparação percentual, o custo no grupo citrato trissódico a 30% foi 23,5% inferior em relação ao uso da Heparina. Conclusões: Os Resultados encontrados neste estudo mostram que a utilização do citrato a 30% como selo de cateter venoso de curta permanência quando comparado a heparina, apresenta maior taxa de trombose. Entretanto, o custo final quando comparados foi inferior no grupo citrato trissódico a 30%. Esse resultado deveu-se ao fato dos pacientes do grupo Heparina terem apresentado uma taxa de infecção superior ao grupo do Citrato trissódico a 30%, apesar de não diferença estatística entre os grupos o custo final foi mais alto no grupo heparina, especialmente devido a necessidade de internação hospitalar. O presente estudo é o primeiro a comparar o custo da utilização do citrato trissódico a 30% versus heparina, levando-se em conta as complicações ocorridas entre os 2 grupos. 779 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-95 IMPLANTE PERCUTÂNEO DO CATETER PARA DIÁLISE PERITONEAL: EXPERIÊNCIA DE 532 CASOS EM UM CENTRO DE NEFROLOGIA INTERVENCIONISTA Natasha Constancio, Luciana Schmitt Cardon de Oliveira, João Ribas Zahdi, Luiz Fernando Haruo Minamihara, Márcia Tokunaga de Alcântara, Marcelo Mazza do Nascimento, Rodrigo Peixoto Campos, Scheila Costa, Margarete Mara da Silva, Miguel Carlos Riella, Domingos Candiota Chula Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Fundação Pró-Renal Introdução: o implante do cateter de diálise peritoneal (DP) por punção percutânea pode ser realizado pelo próprio Nefrologista. A adoção de tal técnica pode reduzir o prazo de espera entre a admissão do paciente e o procedimento e provocar um conseqüente aumento da utilização da DP como método dialítico de escolha. Entretanto, existem questionamentos sobre a segurança e eficácia deste procedimento. Objetivos: avaliar a experiência de 6 anos de um centro de nefrologia intervencionista com implantes de catéter para DP por punção percutânea com trocáter, considerando as seguintes variáveis: complicações mecânicas, complicações infecciosas e sobrevida do cateter. Métodos: foram estudados retrospectivamente 532 implantes de catéteres para DP, realizados em 455 pacientes, por meio de punção percutânea com trocáter. Os procedimentos foram realizados por nefrologistas, entre os dias 01 de janeiro de 2006 e 31 de dezembro de 2011, no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e na Fundação Pró-Renal de Curitiba. Todos os catéteres utilizados foram do modelo Tenckhoff com duplo manguito. Os cuidados pré e pós-operatórios obedeceram às recomendações da International Society of Peritoneal Dialysis. A técnica utilizada nos implantes foi aquela descrita por Ash e Daugirdas em 1994. Resultados: 51% dos pacientes foram do sexo masculino, com média de idade de 56 anos, sendo o diabetes (35%) e a hipertensão (35%) as doenças de base mais comuns. Em 4 casos não houve sucesso na tentativa de implante e em outros 3 evidenciou-se a presença de perfuração intestinal (0,5%). A incidência de sangramento significativo de ferida operatória foi de 1,5% (8 casos) e a taxa de disfunção do cateter foi de 13,9% (74 casos). Entre os cateteres com disfunção, 26 (37%) foram reposicionados com sucesso, sendo os demais retirados. Infecção de sítio de saída foi observada em 9% dos casos e a peritonite foi a complicação infecciosa mais freqüente, com uma taxa total de um episódio a cada 35 pacientes/mês. Após 66 meses de acompanhamento, a sobrevida do catéter foi significativamente diferente de acordo com a presença de peritonite (qui-quadrado=13,85; p<0.001) e de infecção no sítio de saída (qui-quadrado=14,02; p<0.001), pela análise de Kaplan Meier. Finalmente, pela análise de Cox, somente a presença de peritonite foi um fator de risco independente na sobrevida do cateter [HR 1.83 (1.35-2,47); IC 95%]. Conclusões: o implante de cateter para DP por punção percutânea, realizado pelo nefrologista, mostrou-se um método seguro e eficaz, com baixas taxas de complicações e sobrevida comparável ao implante cirúrgico, sendo a peritonite um fator independente para a sobrevida do catéter. 780 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-862 TEMPO DE ESPERA EM LISTA PARA TRANSPLANTE RENAL EM UMA INSTITUIÇÃO NO ESTADO DE SC Guterres DTB, Moura EB, Deboni LM, Silva VC, Cicogna PE, Rost CA, Kruger FS, Garcia CE,Guterrez J, Vieira JA, Luz-Filho HA, Vieira MA Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Fundação PróRim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC Introdução: O Transplante Renal (TxR) é o tratamento de escolha para pacientes com Insuficiência Renal Crônica Terminal (IRCT) que não apresentem contra-indicações para realizá-lo, oferecendo melhor sobrevida e qualidade de vida. O numero de doadores efetivos no Brasil vem aumentando gradativamente, alcançando no 1˚ trimestre de 2012 12,5 pmp, destacando-se os estados de SC (26,2 pmp), SP (22,2 pmp) e DF (21,8pmp). Com isso houve um aumento de 19% no número de transplantes com doador falecido, atingindo 75% dos transplantes ( dados ABTO). Objetivo: Verificar o tempo de espera na lista única da CNCDO/SC dos pacientes do Serviço de Transplante Renal da Fundação Pró-rim. Casuistas e Métodos: Foram revisados todos os prontuários dos pacientes que entraram em lista no período de janeiro de 2010 a maio de 2012. Todos os pacientes somente são incluidos na lista como ativos (prontos para o transplante). As seguintes variáveis foram analisadas: média do tempo de espera na lista de TxR ,tempo maximo e mínimo, mediana, moda e desvio padrão, como também causa de tempo prolongado em lista em lista para TxR. Resultados: Neste período, 284 pacientes entraram em lista, sendo 121 (43%) do sexo feminino e 163 (57%) do sexo masculino. Foram excluídos do calculo do tempo de espera, 25 pacientes (7 por óbito em lista, 7 por transplante com DV, 4 por transferência de estado, 7 paciente inativados por problemas clínicos). Analisando os total de pacientes (os que transplantaram e os que permaneceram em lista) N=259, o tempo de espera foi de 185,5 dias (6,1 meses), mediana de 95 dias, moda 20 dias, (SD=214,9 dias), mínimo de 1 dia e máximo de 874 dias. Analisando somente os pacientes que realizaram TxR com doador falecido (DF) 159 (61,4%) no Serviço de TxR Fundação Prórim, a média do tempo de espera neste grupo foi de 109,5 dias (3,6 meses), mediana de 64 dias, moda 20 dias, (SD=112 dias), mínimo de 1 dia e máximo de 583 dias, sendo que 43% dos pacientes transplantaram com menos de 60 dias de lista. Permaneceram em lista 100 pacientes (38,6%), a maioria (47%) possuía PRA acima de 75%. Conclusão: Evidencia-se que o tempo médio de espera para a realização de TxR é pequeno 3,6 meses, refletindo a eficiência do programa de captação de órgãos em SC. Este tempo é muito inferior ao relatado no UNOS (United National Organ Sharing) que é de 3 a 5 anos dependendo do tipo sanguíneo. 781 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-686 INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO DE REPETIÇÃO POR FÍSTULA ENTEROVESICAL SECUNDÁRIA A DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON: UM RELATO DE CASO Cavalcanti NS, Alexandre CS, Silva LLC, Silva LS, Nascimento DB, Albuquerque LMA, Júnior EDF, Nascimento PCM Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba,Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba,Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba Introdução: As fístulas enterovesicais (FEV) são comunicações patológicas entre a bexiga e alças intestinais pélvicas. Trata-se de uma rara complicação decorrentes de doenças inflamatórias e neoplásicas da pelve, além dos casos resultantes de iatrogenia, e associa-se a altos índices de morbimortalidade. A diverticulite dos cólons (DC) é responsável por 50-70% de todos os casos, ocorrendo em 1-4% dos pacientes. O paciente com DC associada a FEV, além da apresentação habitual de DC: febre, dor abdominal, astenia e leucocitose possui a seguinte sintomatologia: infecção do trato urinário de repetição (ITUr), disúria, polaciúria, hematúria (sintomas inespecíficos) e pneumatúria e fecalúria que quando presentes, são considerados patognomônicos para FEV. Relato de caso: Paciente de 61 anos, sexo masculino, casado, natural e procedente de João Pessoa- PB foi admitido no hospital local com um quadro de dor e distensão abdominal, vômitos, parada de eliminação de fezes e flatos. APP: Hipertenso, diabético, com antecedentes de disfunção vesical e ITUr nos últimos três anos. EF: EGB, eupnéico, afebril, normotenso, FC=110bpm e FR=16irpm. Achados laboratoriais: Ur 130mg/dL; Cr 5,4mg/dL; PCR= 139. Sumário de Urina: leucocitúria, proteinúria, presença de 20 hemácias por campo; Através da realização de Ressonância Magnética de abdômen e pelve diagnosticou-se FEV associada à doença diverticular do sigmóide. A conduta estabelecida consistiu em colectomia parcial com rebaixamento de colo e cistectomia parcial com colocação cirúrgica de cateter duplo jota à esquerda. O pós-operatório ocorreu sem complicações, o paciente evolui bem e com funções renais e intestinais normais. Discussão e Conclusões: Embora consista de afecção primária do trato digestivo, normalmente o paciente com DC associada a FEV procura atendimento médico em decorrência de queixas do trato urinário. Diferentemente desse caso que a queixa principal foi do trato digestivo e com antecedentes de queixas urinárias. Apesar dos últimos avanços em Métodos complementares, a incriminação da FEV secundária a DC em paciente com ITUr permanece um desafio ao médico nefrologista, exigindo alto grau de suspeição; não raro, os pacientes esperam meses até receberem a confirmação nosológica e o tratamento adequado. O presente trabalho reforça a importância de um exame clínico e laboratorial apurado na abordagem do paciente com ITUr e tem sua importância justificada pelo alto grau de morbimortalidade da condição descrita. 782 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-841 NEFROPATIA POR IGA EM PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTES RENAIS Lemes-Canuto APPS, Silva-Júnior GS, Freitas TSV, Medina-Pestana JO, Mastroianni-Kirstajn G UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo Introdução: A recorrência da NIgA após o transplante renal (Tx) pode resultar em declínio da função renal e perda do enxerto. Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes com NIgA, como etiologia da doença renal crônica, que foram submetidos a Tx, e comparar com aqueles com diagnóstico de NIgA pós-Tx. Metodologia: Os dados foram coletados dos prontuários de 146 pacientes submetidos a Tx no período de ago/98 e dez/10, divididos em 2 grupos: Grupo 1 (n=128): pacientes com NIgA como doença de base, submetidos a Tx e que não apresentaram recorrência; grupo 2 (n=18): pacientes submetidos a Tx e que apresentaram NIgA após o Tx (recorrência ou “de novo”). Resultados: A idade média foi de 35 anos, do sexo masculino (62%) e da raça branca (69%). A idade média dos doadores foi de 43,6 anos no grupo 1 e no grupo 2 foi de 35,0 anos (p=0,004). No grupo 2, apenas 2 pacientes tinham NIgA como doença de base. Dos doadores, 81,5% eram doadores vivos relacionados, principal doador: irmãos (43,8%); 10,3% receberam o rim de doadores falecidos. Entre os doadores vivos, no grupo 1, 53,1% eram HLA haploidênticos e, no grupo 2, 66,7% eram HLA idênticos (p=0,000). Evoluíram com perda do enxerto 11% e 3,4% evoluíram a óbito. A sobrevida do paciente após dez anos de Tx, do enxerto e do enxerto com óbito censorado não foi diferente. Ter doador idêntico ou mismatch (MM) zero foram fatores de risco associados à recorrência da NIgA pós-Tx (RR= 0,13; p=0,001). E receber rim de doador vivo foi identificado como um elemento protetor (RR= 6,3. p=0,023). Discussão: Os grupos não diferiram no que tange às características clínicas dos receptores, mas diferiram em relação à idade dos doadores. Entre os doadores vivos houve diferença na compatibilidade HLA. Uma minoria recebeu rim de doadores falecidos. Não houve diferença na sobrevida do paciente e do enxerto. Constatou-se que ter MM zero ou doador idêntico foram associados à recorrência de NIgA e receber rim de doador vivo foi identificado como um elemento protetor. Conclusões: Traçar um perfil dos pacientes submetidos à Tx pode contribuir para a identificação de possíveis fatores de risco para recorrência da doença de base. 783 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-105 INTERVALO DE TEMPO TRANSCORRIDO ENTRE ADMISSÃO, CONFECÇÃO E PUNÇÃO DE FÍSTULA ARTÉRIO VENOSA EM TRÊS UNIDADE DE TRS NO ESTADO DA BAHIA Silva CAB, Soledade MF, Silva CV, Ribeiro ACO, Moura DQ, Guedes LS, Cabral SO, Moura Neto JA, Amorim MBS, Moura Junior JA Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim,Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim Introdução: A evolução das técnicas cirúrgicas de acesso vascular desde a década de 60 transformaram o processo dialítico em um processo seguro e eficaz e aumentou sobremaneira a sobrevida dos pacientes. A disponibilidade de acesso vascular definitivo, fistula arterio-venosa (FAV), para pacientes iniciando Hemodiálise (HD), diminui o risco de morbidade relacionada ao uso de cateteres venosos centrais (CVC). A FAV requer no mínimo 6 semanas de maturação e segundo o KDOQI, deve ser confeccionada precocemente. Em nosso meio a maioria dos pacientes renais crônicos iniciam HD em caráter de urgência, via CVC, submetidos, portanto, a uma maior morbidade. São raros os estudos que avaliam e quantificam a demora para a confecção e uso da FAV em pacientes incidentes em HD. Objetivo: Avaliar e comparar o intervalo de tempo despendido para confecção e punção de FAV em pacientes admitidos em programa de HD em três clínicas do Estado da Bahia e analisar a influência de variáveis neste tempo. Métodos: A amostra foi constituída por pacientes admitidos em três unidades de HD, uma em Salvador, outra em Feira de Santana e a terceira em Serrinha no período de abril de 2010 a março de 2012. Calculado o tempo médio entre a admissão, a confecção e o tempo decorrido entre esta confecção e a utilização do acesso com seus respectivos IC a 95%. Resultados: 219 pacientes foram admitidos no período: 146 em Feira de Santana, 43 em Salvador, e 30 em Serrinha. Quando consideradas em conjunto, o tempo médio para confecção foi de 66 dias, IC 95% (56– 76) e de 45 dias, IC 95% (35-56) para punção. Quando analisadas separadamente, em Feira, 61 dias para confecção e 46,1 para punção. Em Salvador, 85 dias para confecção e 48 para punção. Finalmente, em Serrinha, 62 dias para confecção e 37 dias para a punção. As FAVs foram confeccionadas mais tardiamente nas mulheres, em pacientes atendidos por convênios, nos diabéticos e naqueles com faixa etária entre 45 e 65 anos. Especificamente em Salvador, o tempo médio para confecções das FAVs proximais foi de 152,4 dias, IC 95% (82-223) contra 48,9 dias, IC95% (26-72) nas distais. Quanto ao tempo para as punções não houve diferenças. Conclusões: A unidade de Salvador apresentou a maior demora nas confecções dos acessos. A unidade de Feira foi a que rapidamente confeccionou as FAVs quando comparada com Salvador e Serrinha. Não houve diferenças entre Salvador e Serrinha. Não houve diferenças entre o tempo da confecção e utilização entre as três unidades. 784 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-59 EFEITO DO REUSO DE DIALISADORES NA EFICIÊNCIA DA DEPURAÇÃO DE SOLUTOS POR HEMODIÁLISE Madeira LC, dos Santos MS, Antunes MF, Schiller TR, Seus T, Böhlke M, Orcy R Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS,Centro de Referência em Nefrologia – Hospital Universitário São Francisco de Paula UCPEL, Pelotas, RS Introdução: O reuso de dialisadores tem sido amplamente utilizado em procedimentos de hemodiálise (HD). Considera-se que a depuração de solutos permanece inalterada pelo reprocessamento até que o dialisador tenha perdido cerca de 20% de seu volume de fibras. No entanto, a maior parte dos estudos publicados abordando o tema não utiliza a quantificação de solutos no dialisato total, considerado o método ideal de medida da depuração de solutos por HD. Objetivos: Avaliar o efeito do reuso de dialisadores na eficiência da diálise na remoção de solutos de baixo peso molecular, por análise secundária de dados coletados para avaliar efeito da atividade física transdiálise na depuração de solutos. Casuística: Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) em tratamento por HD. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado (ECR) com avaliação de pacientes portadores de DRC tratados por HD em sessões pareadas, uma sessão de HD com exercício e outra como controle, em triplicata. A concentração plasmática de uréia, potássio, creatinina e fósforo foram dosados antes do início e após o término da sessão e após 30 minutos do término. A concentração desses mesmos solutos foi avaliada em amostra de dialisato obtida por técnica de amostragem contínua de dialisato. A análise estatística foi realizada através de ANOVA com Bonferroni e regressão linear múltipla. Resultados: Foi avaliado um total de 22 pacientes, com idade média de 49 (± 15) anos e 75% sexo masculino. Cada paciente foi avaliado em 6 sessões (primeiro a sexto uso do dialisador), totalizando 132 sessões de HD. Não foi detectada diferença estatisticamente significativa para a concentração de uréia, creatinina ou potássio no dialisato entre os seis usos sucessivos do dialisador. Foi detectada uma concentração significativamente maior de fósforo no dialisato no primeiro uso do dialisador em relação aos 5 usos subseqüentes (p<0,001). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa no rebote de nenhum dos quatro solutos em relação ao reuso do dialisador. Conclusões: No presente ECR a concentração de fósforo no dialisato foi significativamente maior no primeiro uso do dialisador de polissulfona, mesmo quando ajustado para a concentração plasmática pré-diálise de fósforo. Considerando-se a associação de hiperfosfatemia com desfechos desfavoráveis em pacientes tratados com diálise, a confirmação do presente achado pode influenciar as práticas correntes de reuso de dialisadores em hemodiálise. 785 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-280 FRAGILIDADE NA DOENÇA RENAL CRÔNICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS Henrique N Mansur, Júlio Cesar M Lovisi, Fernando AB Colugnati, Nádia Raposo, Paulo GA Suassuna, Marcus G. Bastos Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, NIQUA / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Fragilidade é um estado de vulnerabilidade fisiológica, comum em idosos. Em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), manifesta-se com uma maior prevalência do que em sujeitos saudáveis, acometendo também pessoas não idosas. Objetivos: Avaliar a prevalência de fragilidade em pacientes com DRC em estágio pré-dialítico e verificar possíveis fatores associando fragilidade e DRC. Casuística e Métodos: O estudo foi realizado em 61 pacientes em pré-diálise nos estágios 3 a 5 da DRC. Para avaliação da fragilidade, foram utilizados os critérios propostos por Johansen et al. (2007) e os grupos foram divididos em Não Frágeis (NF) e Frágeis (F). Foram avaliados marcadores inflamatórios (IL-6, TNF-α, PCR-us), disfunção endotelial por doppler de artéria braquial, composição corporal por DEXA e vitamina D (HPLC). Para análise estatística, usamos teste t de student, teste de Mann Whitney e o teste do Qui-Quadrado de acordo com a distribução dos dados e tipos de variável. Utilizou-se a Correlação de Spearman, por se tratar de uma escala ordinal de 6 pontos (0-5 pontos). Posteriormente, foi realizada a análise de regressão logística simples bivariada e, a seguir, foi feita uma análise de regressão logística multivariada. Resultados: A prevalência de fragilidade foi de 42,6%, sendo mais freqüente entre os pacientes idosos (64,9 ± 10,3 anos), do sexo feminino (57,7%), com maior massa gorda (24,6 ± 8,7 Kg), com mais Osteoporose (23,1%), pior função endotelial (34,6% com menos de 10% de VDFM), maior PTH-i (248,8 pg/ml) e menor índice de saturação de transferrina (30,1 ± 11,1%). A fragilidade correlacionou-se com massa morda (p= 0,04; r=0,025), VDFM (p= 0,004; r=-0,367), TC6M (p= 0,0001; r=-0,523), TC15 pés (p= 0,004; r=0,343), HG (p= 0,0001; r=-0,440) e PTH-i (p= 0,01; r=0,30). Na análise de regressão bivariada, as mulheres (OR= 3,41), idosos (OR=3,0), obesos (OR=3,06) e aqueles com pior função endotelial (OR= 2,83), apresentaram mais chance de serem Frágeis. Na análise multivariada, o sexo (OR= 11,32), a idade avançada (OR=4,07), a obesidade (OR= 6,63) e a função endotelial (OR= 3,86) mantiveram-se como fatores fortemente associados à fragilidade. Conclusão: A fragilidade foi prevalente e observada em participantes não idosos, associando-se também com fatores frequentemente verificados na literatura, tais como idade, peso gordo e sexo feminino. Associou-se também com disfunção endotelial, sugerindo um possível mecanismo relacionando DRC e Fragilidade. 786 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-538 ESTUDO DINÂMICO DA FUNÇÃO RENAL E DE ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM RATOS COM LESÃO RENAL AGUDA Alceni do Carmo Morais Universidade Federal de São Paulo- UNIFESP Introdução: A Lesão renal aguda (LRA) ainda representa um desafio clínico, associado a elevadas taxas de mortalidade. A dificuldade em identificar as fases de lesão, manutenção e recuperação da função renal no paciente contribui de maneira importante para esse insucesso. Na prática clínica, o diagnóstico de LRA é geralmente baseada em mudanças na creatinina sérica (Cr). Uma vez que a LRA está estabelecida, dosagens seriadas de Cr são usadas como um indicador de filtração glomerular,.O Objetivo deste estudo foi comparar a relação entre a Cr e clearance de inulina (GRF), alterações morfológicas e marcadores moleculares de processos celulares na LRA experimental. Métodos:Ratos Wistar receberam cisplatina ip dose única (6mg/kg). Obteve-se uma série temporal discreta da concentração de Cr e depuração de inulina nos dias 1,3,6 e 8. Foi realizada uma interpolação cúbica para estimar a curva (contínua) da concentração sérica de Cr e depuração de inulina no tempo t = a + nΔt onde n = 1,2,.. e Dt = 0,01 dias (Matlab função interp1). A avaliação histopatológica e imuno-histoquímica (aSMA,PCNA;)foi sequencialmente..Durante a trajetória da LRA, foram analisados processos celulares (proliferação, apoptose e regeneração através de RT-PCR de marcadores celulares desse processo. Resultados: Houve aumento da concentração de cr de 0,6 mg / dl a 2,4 mg/dL e, em seguida, lentamente esta retorna aos níveis basais(Cr 0,5 a 0,7mg/dL) no dia 8. O gráfico de interpolação da depuração de Inulina mostra o ponto mínimo entre os dias 2 e 3, quando a Cr é ainda está no meio do caminho do ponto máximo. Isto sugere que a deterioração termina 2 dias após início da LRA. Neste momento não vemos qualquer grande processo celular como apoptose, proliferação ou regeneração. A análise NTA corroboram com esses achados. Durante o período de estabilização, observamos um aumento da expressão do RNAm de cdc2, Vimentina e PAX2 no rim. A expressão do RNAm de Bcl2 foi aumentada apenas no dia 3. A imunohistoquímica de a- SMA e PCNA correlaciona com a análise realizada por Real-Time PCR. Conclusão: O presente estudo forneceu informações importantes, correlacionando tempo, marcadores de processos celulares e as características histopatológicas durante a LRA. Reconhecer fim de deterioração e início da recuperação é importância afeta a tomada de decisão médica.Esses dados possibilitaram a reconstrução da curva teorica com dados obtidos experimentalmente de cr e clearance de inulina(interpolação polinomial). 787 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-728 FATORES DE RISCO DE MORTALIDADE HOSPITALAR E EM LONGO PRAZO APÓS INTERNAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA Catuta M, Castro I, Burdmann EA, Lima EQ Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São Paulo Introdução: Injúria renal aguda (IRA) está associada a aumento de morbidade em crianças internadas em unidade de terapia intensiva (UTI). Objetivos: Identificar fatores de risco de mortalidade hospitalar e em longo prazo em crianças internadas em UTI. Casuística e Métodos: Dados de crianças admitidas em UTI entre 2004 e 2008 foram coletados. IRA foi identificada através da classificação RIFLE pediátrica. Sobrevida em longo prazo (até 7 anos) após admissão na UTI foi avaliada por ligação telefônica ou verificação do banco de dados hospitalar. Análise bivariada e regressão logística foram utilizadas para identificar fatores de risco de mortalidade hospitalar e em longo prazo. Resultados: 434 crianças (49 ± 47 meses, 246 (57%) meninos) foram admitidos na UTI. IRA ocorreu em 279 (64%) crianças durante a internação: Risco 106 (24%), Injúria 113 (26%) e Falência 60 (14%). A classificação RIFLE pediátrica esteve associada à mortalidade hospitalar – Sem IRA 4%, Risco 33%, Injúria 26%, Falência 38%; p=0,001. Mortalidade em longo prazo não foi afetada pela ocorrência de IRA (sem IRA 10% vs IRA 16%; p=0,14). Após regressão logísitca os fatores de risco identificados para mortalidade hospitalar foram: IRA (OR 3,3; IC 95% 1,09-13,43), ventilação mecânica (OR 17,05; IC 95% 2,14-19,1), dopamina (OR 4,85; IC 95% 1,59-14,77), balanço hídrico positivo (OR 2,3; IC 95% 1,2-3,01) e peso (OR 1,2; IC 95% 1,02-2,1). Os fatores de risco de mortalidade em longo prazo foram: ventilação mecânica (OR 4,61; IC 95% 2,36-9,02), diurese (OR 1,2; IC 95% 1,2-4,07), escore PRISM (OR 1,11; IC 95% 1,04-1,18) e pressão arterial sistólica (OR 1,09; IC 95% 1,04-1,14). Conclusões: IRA foi altamente prevalente e esteve associada à mortalidade hospitalar após admissão na UTI. Ao contrário do que acontece em adultos, IRA em pacientes pediátricos não esteve relacionada à mortalidade em longo prazo. Estudos são necessários para avaliar as consequências da IRA pediátrica na fase adulta. 788 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-788 AS CARACTERÍSTICAS DO DOADOR DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS: INCIDÊNCIA, DURAÇÃO DA FUNÇÃO RETARDADA DO ENXERTO E SEU IMPACTO NA FUNÇÃO RENAL 1 ANO APÓS O TRANSPLANTE RENAL Liliany Pinhel Repizo, Igor Denizarde Bacelar Marques, William C Nahas, Flávio Jota de Paula, Francine Brambate Carvalhinho Lemos, Elias David Neto HC-FMUSP, HC-FMUSP, HC-FMUSP, HC-FMUSP, HC-FMUSP, HC-FMUSP Introdução: Apesar das características demográficas dos doadores de rim utilizados e do tempo de isquemia fria (TIF) no Brasil serem semelhantes aos demais centros transplantadores do mundo, a incidência e a duração da função retardada do enxerto (FRE) são mais elevadas em nosso meio. Objetivo: Analisar as características do doador de múltiplos órgãos, incidência e duração da FRE, e seu impacto na função renal no primeiro ano após o transplante renal. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo, unicêntrico, observacional analisando os transplantes renais com doador falecido realizados em 2010 no nosso serviço. De um total de 120 transplantes, cinco foram excluídos da análise por perdas durante a primeira semana de transplante. A FRE foi definida pela necessidade de diálise na primeira semana de transplante, a duração da FRE como o tempo em dias até a última sessão de diálise antes da alta hospitalar e função retardada do enxerto prolongada (FREp) como FRE com duração ≥ 12 dias, (mediana da duração da FRE, variação 1-61 dias). Resultados: Setenta e oito pacientes (68%) apresentaram FRE, e destes, quarenta e cinco (39%) apresentaram FREp. As características encontradas dos doadores foram: idade de 43±13 anos, hipertensão em 37%, diabetes em 4%, creatinina sérica (SCr) na captação > 1,5 mg/dL em 48%, parada cardiorrespiratória revertida em 9%, permanência prolongada em UTI (>7 dias) em 18%, uso de drogas vasoativas em 93%, sódio sérico de 161±16 mmol/L e diurese de 3483±2905 mL. Em 59% dos doadores a causa da morte foi acidente cerebrovascular, e o TIF médio foi de 23±5 horas. Em 51% dos casos a solução de preservação utilizada foi Euro-Collins e em 49% Belzer + Euro-Collins. Todos os pacientes receberam indução da imunossupressão, 39% com antagonistas do receptor de IL2 e 61% com anti-linfocitários. De acordo com os critérios da OPTN (Organ Procurement and Transplantation Network) 23% dos doadores eram considerados de critério expandido. Os receptores tinham idade média de 51±15 anos, tempo em diálise de 43 meses (variação, 1-269), incompatibilidades HLA 2,6±1,6 e 25% eram sensibilizados (PRA ≠ 0%). O tempo de internação foi maior nos pacientes com FRE (sem FRE 9 dias, FRE 16 dias e FREp 31 dias; p<0,001). No modelo de regressão logística multivariada, a presença de arterioesclerose na biópsia de captação foi o único fator de risco independente para o desenvolvimento de FREp [OR 3,6 IC 95% (1,2-10,2), p=0,02]. Os pacientes com FREp apresentaram uma pior função renal 1 ano após o transplante em comparação com os pacientes sem FRE (SCr 1,7 vs. 1,3 mg/dL, repectivamente, p=0,003) Conclusão: A incidência e a duração da FRE são muito elevadas em nosso meio, e especulamos que isto seja resultado da assistência prestada ao doador de múltiplos órgãos. A presença de arterioesclerose na biópsia de implantação foi identificada como fator de risco independente para o desenvolvimento de FREp. A FREp foi associada com pior função renal no 1º ano após o transplante. 789 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-218 A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE RENAL CRÔNICO NO PROCESSO DE ADAPTAÇÃO NO INÍCIO DA HEMODIÁLISE Vera Lúcia de Sousa Silva, Maria Nauside Pessoa da Silva, Avelar Alves da Silva, Andressa Alves de Andrade Silva Centro Integrado de Ensino Superior do Piauí - Ciespi, Centro Integrado de Ensino Superior do Piauí - Ciespi,Ufpi - Universidade Federal do Piuai,Facid - Faculdade Integral Diferencial Introdução: A hemodiálise consiste na filtração do excesso de líquidos urêmicos do organismo. Esse tratamento começa a ser realizado quando os rins já não são capazes de cumprir esse processo de forma eficaz, baseia-se em um tratamento para pacientes renais crônicos que não respondem a outros tratamentos. Objetivos: Avaliar a assistência de enfermagem a pacientes renais crônicos terminais no processo de adaptação no início da hemodiálise, na orientação e apoio, no sentido de facilitar e viabilizar a adaptação do paciente ao tratamento em hemodiálise e minimizar os impactos negativos causados pela doença renal crônica. Métodos e casuística: O trabalho foi realizado através da metodologia do tipo pesquisa exploratório, composto por pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi norteada por um roteiro de entrevista com questões abertas e gravadas com os 20 pacientes submetidos no início do tratamento no Hospital Aliança, na cidade de Teresina-PI. Os mesmos foram selecionados aleatoriamente, independentemente da etnia, sexo, faixa etária, escolaridade e estado civil. Análise estatística: A análise dos dados baseou-se numa temática que possibilitou a identificação dos sujeitos: adaptação do paciente no início da Hemodiálise, análise da assistência de enfermagem prestada ao paciente renal crônico durante o procedimento e o que é hemodiálise. Resultados: Os Resultados mostraram que para alguns dos entrevistados o tratamento interferiu de forma significativa em suas atividades profissionais e de lazer. Para outros, não só a questão de adaptação, mas alterou a qualidade de vida. Conclusão: Dentro do conceito de multidisciplinaridade no tratamento do paciente portador de doença renal crônica em tratamento dialítico, a enfermagem tem fundamental importância na adaptação e aceitação desta terapia neste grupo específico de pacientes. Palavras-Chaves: Doença Renal Crônica. Adaptação. Hemodiálise 790 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-689 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA PÓS-RENAL POR TUBERCULOSE GENITURINÁRIA Santos JB, Douza SGR, Goldoni F, Gonçalves EAP, Daniel SA, Rigo RS, Souza LM, Vendas TMM Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Introdução: A tuberculose (TB) é doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Tem características como um longo período de latência e preferência pelo acometimento pulmonar. A tuberculose extrapulmonar (TBEP) acontece em órgãos sem condições ótimas de crescimento bacilar, sendo de instalação e evolução lentas. Em adultos imunocompetentes a TBEP ocorre em 15 a 20% dos casos de TB. Objetivo: Descrever um caso de TB geniturinária que evoluiu com insuficiência renal aguda (IRA). Metodologia: Dados obtidos a partir de revisão de prontuário. Relato do caso: Paciente de 48 anos, masculino, com quadro de aumento de testículo esquerdo há 6 meses, perda ponderal de 6 kg, febre diária e redução de volume urinário. Negou etilismo, DM e HAS. Refere tabagismo. Negou diagnóstico de TB prévio. Refere contato com portador de TB na juventude. Evolui com IRA necessitando de hemodiálise. US aparelho urinário e testículo com rins diminuídos, boa definição cortico-medular e imagem sugestiva de seminoma testicular. TC de abdome com ureteres em contas de rosário. Submetido a cistostomia com presença de lesões granulomatosas caseosas, sendo biopsiada bexiga e testículo. EAS com leucocitúria sem bacteriúria. Urocultura e cultura de biopsia isolaram Mycobacterium tuberculosis. Realizada nefrostomia esquerda e cistostomia, sendo iniciado tratamento medicamentoso, com melhora considerável da função renal e suspensão da hemodiálise. Discussão: A TB geniturinária (TBGU) ativa desenvolve-se 5 a 25 anos após a infecção pulmonar primária. Tem evolução crônica e raramente é acompanhada de acometimento pulmonar. O paciente geralmente queixa-se de disúria, polaciúria e lombalgia, com piúria, uroculturas negativas para germes comuns e pH ácido. Ocorre hematúria em 10% a 15% dos casos. O diagnóstico definitivo é a presença da micobactéria em urocultura, essa positiva em até 90% dos casos, ou exame direto do tecido afetado. É comum a presença de massa escrotal. O local mais comum para estreitamento tuberculoso é a junção ureterovesical, em mais de 50% dos pacientes. Nos últimos 20 anos a TBGU foi responsável por 0,5% dos procedimentos urológicos. O tratamento em casos sem complicações é idêntico ao da TB pulmonar. Conclusão: Devida a alta incidência de TB no Brasil, o diagnóstico de TBEP deve ser lembrado e investigado em pacientes com febre prolongada e sintomas constitucionais, tendo em vista as consequê. Especialidade: Nefrologia Clínica. 791 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-543 FATORES RELACIONADOS À COAGULAÇÃO EM HEMODIÁLISE INTERMITENTE (HDI) PARA PACIENTES COM CÂNCER E INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Costa e Silva VT, Soares CM, Palomba H, Costalonga E, Hajjar LA, Hung J, Oliveira APL, Oikawa L, Bezerra JS, Yu L, Burdmann EA Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Unidade de Terapia Intensiva, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil Introdução: Observa-se nos últimos anos aumento no número de pacientes com câncer admitidos em UTI, e muitos deles evoluem com IRA e necessidade de diálise. Objetivos: Avaliar os fatores que poderiam levar à coagulação do sistema, ineficiência e interrupção da diálise em pacientes oncológicos com IRA internados em UTI. Casuística e Métódos: Avaliamos prospectivamente todas as sessões de HDI em pacientes com IRA e câncer internados na UTI do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo entre junho de 2010 e fevereiro de 2012. Resultados: Realizaram-se 373 sessões de HDI no sistema Genius de HD em 116 pacientes. As características dos pacientes foram: idade 61 ± 14 anos, 62,1% do sexo masculino, 18,5% em uso de droga vasoativa e 10,2% com necessidade de ventilação mecânica. A maioria (81%) tinha neoplasia sólida (trato urinário 41,4%; trato gastrointestinal 13,8% e sistema ginecológico 12,1%). Um total de 35,7% tinha doença metastática (DM) e 16,4% receberam quimioterapia (QT) antes da admissão na UTI. Os fatores etiológicos mais comumente relacionados à IRA foram sepse (55,2%), uropatia obstrutiva (27,6%) e cirurgias (25,0%). A mortalidade hospitalar foi 59,5%. O acesso venoso foi cateter temporário de triplo lúmen (11Fr, Arrow) em 97,9% (58% veias femorais e 44% veias jugulares internas) dos casos,. Usaram-se filtros com membrana de alto fluxo (polissulfona,FS80) em 67% dos pacientes. Os fluxos de sangue e dialisato foram de 250 (200 - 300) mL/min, a ultrafiltração atingida foi de 1000ml (500 - 2000) e o tempo de diálise prescrito foi de 240 (180 - 300) minutos (HD > 6 horas em 18,5%). Heparina não foi utilizada em 66% dos procedimentos devido a contra-indicações. Cateter mal funcionante (CMF), definido como necessidade de redução do fluxo de sangue prescrito ou inversão das linhas, ocorreu em 6,7% e 19,8% das HDs, respectivamente. Coagulação das linhas com interrupção da diálise ocorreu em 16.9% das sessões. Os fatores significativamente relacionados à coagulação das linhas foram CMF (OR: 3,01/IC:1,72 – 5,22) e uso de heparina (OR: 0,33/0,79 – 0,93). Sítio do cateter, HD > 6 h, DM, QT prévia, plaquetopenia, coagulopatia, e hipotensão não foram relacionadas à coagulação das linhas. Conclusões: A coagulação das linhas em HDI em pacientes com IRA e câncer internados em UTI foi associada ao mal funcionamento do cateter e ao uso de heparina, e não a fatores relacionados ao câncer. 792 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-249 COMPARAÇÃO ENTRE DOIS Métodos DE AVALIAÇÃO DE FRAGILIDADE E SUA RELAÇÃO COM DESFECHO NEGATIVO DE SAÚDE EM DOENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO CONSERVADOR Henrique N Mansur, Fabiane RS Grincenkov, Paulo GA Suassuna, Marcus G Bastos Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Fragilidade é um estado de vulnerabilidade fisiológica, comum em idosos e em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). Inúmeros são os Métodos de avaliação da fragilidade, porém, nenhum foi desenvolvido para a população brasileira e/ou de doentes renais crônicos. Casuística e Métodos: A comparação dos Métodos foi realizada em 61 pacientes em pré-diálise nos estágios 3 a 5 da DRC. Já a análise do desfecho foi realizada em 49 pacientes. A fragilidade foi avaliada pelos critérios propostos por Johansen et al. (2007) (Fraqueza e exaustão pelos domínios função física < 75 pontos e vitalidade < 55 pontos, respectivamente; inatividade física por questionário simples se o indivíduo pratica atividade física regularmente; perda de peso não intencional ≥ 5 kg no último ano) e por critérios propostos pelos autores (fraqueza por hand grip, exaustão pelo domínio vitalidade < 55 pontos, inatividade física pelo teste de caminhada de 6 minutos; perda de peso não intencional ≥ 5 kg no último ano). Os pacientes que obtivessem 3 ou mais pontos – fraqueza tem peso 2 – foram considerados frágeis (F) e aqueles com 2 ou menos pontos, não frágeis (NF). Para avaliação do desfecho foi realizado uma curva de Kaplan Meyer com utilização do Log Rank Test para avaliar a diferença entre as curvas. Resultados: Quando comparamos os Métodos de avaliação da Fragilidade, verificamos uma associação de 67% entre os Métodos. Porém, ao analizar os sujeitos que não concordaram quanto às variáveis da fragilidade, observamos que o método mais Objetivo, criado pelos autores, foi mais “rígido”. Quando comparamos os Métodos quanto aos desfechos negativos de saúde, ambos demonstram que a fragilidade está associada aos desfechos, porém, nota-se que o método proposto pelos autores, encontrou maior diferença (Teste log-rank: p= 0.003; RI= 3.5 - 1.01; 10.3) quando comparado ao método de Johansen (Teste log-rank: p= 0.03; RI= 2.9 - 0.9; 10.1)além de maior razão de incidência. Conclusão: Concluímos que a nossa proposta de avaliação da fragilidade, por ser mais “palpável”, “objetiva”, pode ser mais criteriosa no diagnóstico da Fragilidade e demonstrou forte relação com desfechos negativos da saúde, tornando-se, assim, uma forma de avaliação para tratamento precoce e melhor qualidade de vida dos pacientes. 793 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-287 ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL E PROTEÍNA C REATIVA COMO INDICADORES DE DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA EM DOENTES RENAIS CRÔNICOS NO ESTÁGIO PRÉ-DIÁLISE Reges AS, Barcellos FC, Mielke G, Mendes E, Bohlke M, Santos I, Fortes MO, Almeida CF, Kiefer CL, Papini RG, Hallal PC, Wrague Y Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul Doentes renais crônicos possuem risco aumentado de desenvolver doença arterial oclusiva periférica (DOAP). A aterosclerose sistêmica parece ser um determinante comum de ambas as patogenias, porém também compartilham fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia e tabagismo. DOAP eleva morbi-mortalidade por doença cardiovascular (DCV) predispondo eventos isquêmicos coronarianos ou encefálicos e parece se relacionar ao rápido declínio da função renal. O índice tornozelo-braquial (ITB) é uma ferramenta de alta precisão diagnóstica para DOAP. Valores de ITB < 0,9 possuem sensibilidade de 95% e especificidade de 98% na detecção da doença. Elevação na Proteína C reativa (PCR) também tem sido descrita como preditor do risco CV, devido à característica inflamatória do processo aterotrombótico. Apesar de não estabelecidos valores para PCR em doentes renais, autores consideram risco baixo (<1,0 mg/L), risco médio (1,0 - 3,0 mg/L) e alto risco (>3 mg/L). O Objetivo do estudo foi verificar a prevalência de DOAP em uma população de doentes renais e analisar a associação com fatores de risco CV clássicos e PCR. O grupo é composto por 89 indivíduos hipertensos, não-diabéticos, com doença renal em estágio pré-diálise, os quais são parte da amostra de um ensaio clínico randomizado que avalia impacto do exercício físico na progressão da doença renal crônica (DRC). Mensurou-se o ITB utilizando-se Doppler vascular portátil e calculou-se a relação entre pressão arterial sistólica (PAS) do tornozelo e PAS do braço nos hemicorpos, considerando-se a menor medida. Coletou-se exames laboratoriais e mensurou-se cintura abdominal (CA) para detectar gordura visceral. As variáveis foram analisadas no programa Stata/SE 10.0. A prevalência de DAOP foi de 21,15%, não havendo diferença significativa entre sexos. Dentre os pacientes com DAOP, 68.2% eram fumantes e daqueles com ITB normal, 45.12% (p=0,09). Dos homens com ITB alterado, 66.5% tiveram CA aumentada e 33,5% CA normal (p=0,036) esta associação não foi demonstrada entre mulheres. A prevalência do risco CV (moderado a alto) predito pela PCR foi de 48.32%, porém não houve relação entre PCR e ITB. Os achados deste estudo corroboram com dados da literatura, no entanto, há escassez de informações sobre a prevalência da DOAP em portadores de DRC pré-dialítica no Brasil. O ITB mostrou-se uma ferramenta diagnóstica simples, acessível e não-invasiva devendo ser agregada à avaliação clínica rotineira em doentes renais. 794 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-813 DISSEMINAÇÃO DE FOCO INFECCIOSO PARA MID APÓS TRANSPLANTECTOMIA DEVIDO SEPSE GRAVE POR PSEUDOMONAS AERUGINOSAS EM TRANSPLANTADO RENAL RECENTE Sebben S, Noleto CE, Silva VC, Deboni LM, Kruger FS, Rost CA, Cicogna PE, Regueira A, Guterrez J, Garcia CE, Vieira JA, Luz-Filho HA,Vieira MA Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC Introdução: A indicação de enxertectomia devido sepse grave, por complicação cirúrgica ou imunológica como trombose e/ou rejeição hiperaguda e rotura do enxerto renal é fundamental para o desfecho favorável do paciente. O surgimento de lesões por embolos sépticos é incomum e pode determinar a gravidade e persistência da infecção mesmo após eliminação do foco inicial. Objetivo: Relatar caso de transplantada renal recente com sepse grave e êmbolos sépticos MID após transplantectomia. Relato de caso: F.R.,25 anos, IRC com rins contraídos, submetida ao tx renal DC em 06/03/2012, PRA 0%, isquemia fria 22:10h. Indução com Basiliximab e Metilprednisolona,imunossupressão Micofenolato de sódio 18mg/kg, Prednisona 0,75mg/kg, Tacrolimo 0,15mg/kg. No 4PO apresentou febre, dor abdominal e queda de Ht e Hgb, leucocitose com bastonetose, TAC de abdome com coleção radiodensa em pólo renal inferior (7x10 cm). Exploração cirúrgica mostrou ruptura do enxerto. Relizada transplantectomia. Iniciado ampicilina-sulbactam empírico. Hemoculturas com Pseudomonas aeruginosas (PSAER). Cultura do líquido de perfusão do enxerto coletada no tx positiva - PSAER e Staphylococcus aureus (S.a). Paciente mantendo febre, leucocitose e apresentando lesões pustulosas e hiperemiadas em MID, semelhantes a machas de Janeway e nodulos de Osler. Ecocardiograma transtorácico (ETT) normal. e trocado antibiótico (ATB) para Piperacilina-tazobactam (PP-TZ). Cultura da lesões com crescimento de PSAER, trocado ATB para Cefepime conforme novo antibiograma.Quatro dias após, nova piora clínica, choque séptico, transferida para a UTI, iniciado Vancomicina e Meropenem com boa evolução.Recebeu alta hospitalar após antibioticoterapia por 21 dias, com prescrição de Moxfloxacino por 14 dias ambulatorial. Após 30 dias, reinternação por novas lesões em MID, abcedadas com crescimento de PSAER. Recebeu 28 dias de PP-TZ conforme antibiograma, com regressão progressiva e cura. Paciente permanece em hemodiálise, estável, sem novas lesões. Conclusão: O enxerto infectado levou a sepse grave por embolização para MID com necessidade de tratamento prolongado para cura completa das lesões. A cultura do liquido de perfusão é coletada rotineiramente em nosso serviço e esta foi a primeira vez que foi positiva. Foi solicitada o rastreamento do receptores dos outros órgãos para a CNCDO-DC. 795 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-278 FRAGILIDADE E QUALIDADE DE VIDA: UM ESTUDO TRANSVERSAL EM BRASILEIROS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PRÉ-DIÁLISE Henrique N Mansur, Fabiane RS Grincenkov, Fernando AB Colugnati, Paulo GA Suassuna, Marcus G Bastos Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora, Fundação IMEPEN / Universidade Federal de Juiz de Fora Introdução: Existe uma lacuna no conhecimento relacionando fragilidade e qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica (DRC), em especial nos pacientes em pré-diálise. Objetivos: Investigar a qualidade de vida, a fragilidade e as possíveis relações entre elas, em uma população com DRC. Casuística e Métodos: Estudo transversal com 61 pacientes com DRC nos estágios 3A, 4 e 5 em fase pré-dialítica. Os participantes responderam à escala SF-36, que se caracteriza por uma versão reduzida do questionário da Medical Outcomes Trust, traduzida e validada para o português. Para avaliação da Fragilidade, utilizamos a proposta de Johansen et al. (2007) - Fraqueza e exaustão pelos domínios função física < 75 pontos e vitalidade < 55 pontos, respectivamente; inatividade física por questionário simples se o indivíduo pratica atividade física regularmente; perda de peso não intencional ≥ 5 kg no último ano - sendo os sujeitos classificados em frágeis e não frágeis. A comparação entre os grupos foi realizada por ANOVA one-way com análise post hoc de Tukey e pelo teste de qui-quadrado, conforme o tipo de variável analisada. Além disso, foi realizada a correlação de Pearson ou Spearman para medir a associação entre variáveis identificadas e a fragilidade. Realizamos, também, uma regressão linear simples, ajustada para sexo e idade pelos escores físico e mental do SF-36. Resultados: A média de idade foi 60,5 ± 11,5 anos. Do total de pacientes, 42,6% apresentavam fragilidade. Os grupos foram diferentes entre si quanto ao tabagismo, doença de base, comorbidades e todos os domínios do SF-36, exceto aspectos sociais e emocionais. Quando correlacionamos a fragilidade com as variáveis do estudo, encontramos forte associação com todos os domínios da qualidade de vida, exceto os aspectos sociais e emocionais. Através da análise de regressão ajustada para idade e sexo, houve diferença entre o grupo frágil no escore físico e no escore mental. Conclusão: Dos oito domínios do SF-36, sete foram diferentes entre os grupos de fragilidade e, quando separados pelo score físico e mental, o grupo frágil mostrou-se pior. Além disso, também houve correlação entre fragilidade e os domínios de qualidade de vida, com exceção aos aspectos sociais e mentais. Intervenções sobre os componentes da fragilidade são necessários para melhor conduzir o tratamento dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida. 796 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-354 AVALIAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA SOBRE O ÓXIDO NÍTRICO E O ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS UNINEFRECTOMIZADOS COM DIABETES MELLITUS Nogueira GB, Bozzo TA, Rodrigues AM, Punaro GR, Maciel FR, Higa EMS Universidade Federal de São Paulo - EPM, Universidade Federal de São Paulo - EPM, Universidade Federal de São Paulo - EPM, Universidade Federal de São Paulo EPM, Universidade Federal de São Paulo - EPM, Universidade Federal de São Paulo - EPM Diabetes mellitus (DM) induz mudanças intra e extracelulares, com aumento substancial de espécies reativas de oxigênio (ROS). ROS causam danos na microvasculatura sistêmica e renal, a que poderia ser um dos mecanismos envolvidos na fisiopatologia da nefropatia diabética, além de modular outras substâncias como o óxido nítrico (NO), um potente vasodilatador com papel importante na função renal. N-acetilcisteína (NAC) é um antioxidante muito utilizado para prevenir a lesão ranal induzida por contrastes radiológicos. O Objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da NAC sobre o estresse oxidativo e o óxido nítrico em ratos uninefrectomizados com DM. Ratos Wistar machos adultos foram submetidos à nefrectomia unilateral (UNx). O DM foi induzido com estreptozotocina (60mg/kg,iv) em metade dos animais UNx (DM+UNx) e os demais receberam o seu veículo (CTL+UNx). Metade dos animais CTL+UNx e DM+UNx receberam NAC (600mg/L de água, ad libitum). Grupos (N=4 cada): CTL, CTL+UNx, CTL+UNx+NAC, DM+UNx e DM+UNx+NAC. Antes e após 8 semanas com NAC, foi colhida a urina de 24 horas e sangue, após sacrificio, os rins foram removidos para histologia. Dados=média±EP, analisados por one-way ANOVA, com pós-teste Tukey, significativo para P<0,05. DM+UNx comparado com CTL+UNx mostraram níveis aumentados de glicemia e função renal alterada, com clearance de creatinina reduzido e aumento da uréia plasmática e da proteinúria. DM+UNx apresentaram TBARS (marcador indireto de lipoperoxidação) aumentado no plasma, na urina e no tecido renal. NO estava reduzido no plasma e na urina. A suplementação de NAC em ratos diabéticos reduziu a proteinúria e uréia plasmática, aumentou o clearance de creatinina e mostrou níveis atenuados de TBARS, no plasma, na urina e no tecido renal. NAC também aumentou o NO plasmático em ratos diabéticos, P<0,05 para todos. A análise histológica do rim mostrou que os ratos DM apresentaram vacuolização citoplasmática tubular renal e infiltração de linfócitos inflamatórios, bem como lesão glomerular exsudativa, todos esses efeitos foram atenuados naqueles tratados com NAC. NAC protegeu os ratos DM contra lesão renal, evidenciada na histologia renal e pela recuperação de uréia e creatinina e atenuação da proteinúria, provavelmente devido ao controle do estresse oxidativo e/ou aumento da biodisponibilidade de NO. Sugerimos que a NAC pode ser útil no tratamento de pacientes diabéticos. 797 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-573 PIELONEFRITE ENFISEMATOSA ACOMETENDO PACIENTE SEM COMORBIDADE Santos JB, Souza SGR, Goldoni F, Gonçalves EAP, Vendas TMM, Souza LM, Rigo RS, Daniel SA Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Introdução: A Pielonefrite enfisematosa (PE) é uma rara doença infecciosa causada pela Escherichia coli em 70% dos casos. Acomete mais mulheres (6:1), com risco aumentado quando existe obstrução trato urinário, presente em 25-40% dos casos. Objetivo: Descrever um caso de PE com desfecho favorável. METODOLOGIA: Dados obtidos a partir de revisão de prontuário. RELATO DO CASO: Paciente masculino de 59 anos, admitido com quadro de dor lombar tipo cólica à esquerda, febre diária e queda do estado geral com evolução de 05 dias. Tabagista e etilismo social. Nega DM, HAS, drogadicção ou doença infecciosa. US de aparelho urinário evidenciou nefromegalia com má diferenciação cortico-medular e hidronefrose acentuada a esquerda, sendo complementado com TC de abdome que evidenciou cálculo impactado em ureter esquerdo com coleção peri-renal e gases, e cálculos bilaterais em pelves. Iniciado uso de ertapenem, colhidas culturas e tentativa de passagem de cateter duplo jota. Evolui com choque séptico e necessidade de suporte dialítico, permanecendo em unidade de terapia intensiva. Hemo e urocultura isolaram E. coli multisensível. Devido à piora clínica foi solicitada nova TC de abdome em 72 horas, que evidenciou múltiplas lojas de abscesso e presença de gás em parênquima renal, optando-se pela realização de nefrectomia esquerda, evidenciando-se grande quantidade de secreção purulenta. Após o procedimento evoluiu clinicamente favorável. DISCUSSÃO: A PE é uma infecção aguda necrotizante do parênquima renal podendo acometer os tecidos circundantes resultando na formação de gás devido à presença de bactérias fermentadoras. A mortalidade da PE é principalmente devido a complicações sépticas, associada a uma taxa de mortalidade de até 78% até 1970, com redução para 21% atualmente. DM é o fator mais comumemte associado, presente em até 95% dos casos. Outros fatores como drogadicção, bexiga neurogenica, alcoolismo e anomalia anatomica podem estar implicados. A PE sempre foi considerada uma patologia cirúrgica com necessidade de nefrectomia urgente, exceto em pielonefrite bilateral ou em rim único. Contudo, as terapêuticas associadas às técnicas de drenagem minimamente invasivas tornaram-se uma estratégia aceitável. Conclusão: A pielonefrite enfisematosa é uma infecção rara do parênquima renal e tecido peri-renal que requer tratamento imediato. Pela raridade, sobretudo pela gravidade desta entidade clínica, justifica-se a apresentação deste caso clínico de evolução favorável. 798 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-174 AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE ALTERAÇÕES DO METABOLISMO ÓSSEO EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE EM UMA CLÍNICA ESPECIALIZADA DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA Cavalcanti NS, Gomes CNAP, Silva LLC ,Silva LS, Nascimento DB, Albuquerque LMA, Júnior EDF, Neto NGP Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba Introdução: Os Métodos dialíticos são responsáveis por um incremento substancial na sobrevida dos pacientes renais crônicos. No entanto, estes ainda estão suscetíveis a uma série de complicações clínicas. Dentre elas, as alterações do metabolismo ósseo têm um grande impacto sobre a morbimortalidade e qualidade de vida desses pacientes. Objetivos: Avaliar a frequência de alterações do metabolismo ósseo na população dialítica de uma clínica especializada de saúde suplementar. Casuística e Métodos: Análise retrospectiva de pacientes atendidos em uma clínica especializada, no período de fevereiro a maio de 2012, na cidade de João Pessoa, Paraíba. Foram incluídos no estudo os pacientes submetidos a hemodiálise, à exceção daqueles com dados insuficientes, totalizando 137 indivíduos. Colheu-se amostras de sangue, pelo próprio dialisador, submetidas a análise laboratorial. Os dados obtidos foram compilados, com subsequente análise estatística. Resultados e Conclusões: Os valores médios e desvios-padrão obtidos para paratormônio (PTH), cálcio sérico e fosfato sérico foram, respectivamente: 37,9±40,4 pg/mL, 8,8±0,9 mg/dL, 5,8±1,8 mg/dL. Os distúrbios ósseos podem ser classificados em dois grupos: associados a alto turnover com elevação do paratormônio (PTH), e de baixo turnover com PTH normal ou baixo. Constatou-se osteopatia de baixo turnover em 14% dos pacientes, caracterizada por tendência a fraturas e dor óssea. Associa-se à deficiência ou uso excessivo de vitamina D, acidose metabólica, supressão de PTH, inflamação crônica e acúmulo de alumínio. Foi identificado hiperparatiroidismo em 27 pacientes (19,7%), e hipocalcemia em 39 pacientes (27%). Todos dos pacientes apresentaram hiperfosfatemia. A osteopatia de alto turnover secundária a doença renal decorre da redução da taxa de filtração glomerular, com retenção de fosfato, induzindo à hipersecreção de PTH e aumento da massa glandular, fatores que, associados à baixa síntese de calcitriol, culminam com a redução dos níveis de cálcio ionizado. Manifesta-se clinicamente por dor e fragilidade óssea, tumorações, síndromes compressivas e resistência a eritropoetina. As alterações do metabolismo ósseo são, assim, complicações muito frequentes em pacientes dialíticos, apresentando-se como um importante fator complicador de morbidade e de piora de qualidade de vida, justificando a abordagem individualizada e a busca pelo diagnóstico e intervenção precoce, com modificação da história natural do distúrbio. 799 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-109 Métodos DE IMPLANTE DO CATETER DE TENCKHOFF PARA DIÁLISE PERITONEAL : CIRÚRGICO VERSUS TROCATER Sento-Sé ICM, Amorim MBS, Paschoalin RP, Ramos SCS, Cabral SO, Presídio SP, Paschoalin VP, Queiroz AA, Paschoalin EL Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim Introdução: A técnica da inserção e manutenção do cateter peritoneal está diretamente relacionada ao sucesso da diálise peritoneal (DP) em pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica em Terapia Renal Substitutiva (TRS). O implante do cateter por trocater ou por via cirúrgica são os Métodos utilizados, não existindo na literatura descrição clara de superioridade de uma técnica em relação a outra. Objetivo: Comparar as duas técnicas de implante de cateter, trocater versus cirúrgico, em duas unidades de TRS, avaliando a ocorrência de episódios de peritonite, translocação de cateter e infecção de orifício de saída nos primeiros trinta dias do implante. Métodos: Trabalho retrospectivo no período de abril de 2008 a março de 2012, realizado nas Clinicas Senhor do Bonfim, uma na cidade de Feira de Santana e outra em Salvador, que comparou 67 pacientes que realizaram implante por via cirúrgica na unidade de Feira de Santana com 66 pacientes que realizaram o implante via trocater na unidade de Salvador. Apenas um profissional era responsável por cada técnica em cada uma das unidades. Gênero, idade, assistência médica (SUS e convênio), presença de diabetes e renda foram as variáveis analisadas para medir a semelhança entre os dois grupos. Translocação do cateter, infecção do orifício de saída e peritonite ocorrendo no primeiro mês do procedimento foram os desfechos desfavoráveis avaliados através do teste de comparação de duas proporções. Resultados: O total de 133 pacientes teve cateter peritoneal implantado no período. 67 (50,4%) deles, com implante através do método cirúrgico e 66 (49,6%), pelo método trocater. 57,9% eram do sexo feminino, 42,9% dos pacientes tinham entre 40 e 65 anos de idade, 54,1% tinham diabetes e 75,2% eram atendidos pelo SUS. Os dois grupos não apresentaram diferenças quanto às variáveis estudadas. No quesito das ocorrências de desfechos, o grupo cirúrgico apresentou três ocorrências nos primeiros trinta dias (4%); uma translocação e duas peritonites. Não houve infecção no orifício de saída. Por sua vez no grupo trocater aconteceram onze episódios (17%): cinco translocações, quatro infecções do orifício de saída e duas peritonites (Pvalor=0.007). Conclusão: A técnica de implante cirúrgico apresentou menos ocorrências de desfechos indesejáveis do que a técnica de implante por trocater. 800 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-243 AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR DE DOENTES RENAIS CRÔNICOS EM ESTÁGIO PRÉDIÁLISE ATRAVÉS DO ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM Reges AS, Barcellos FC, Mielke G, Santos I, Fortes MO, Giacomolli L, Werlang B, Losekann C, Rocca R, Kubiak M, Lotti E, Fensterseifer L, Bandeira PP, Hallal PC Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul A crescente prevalência global da doença renal crônica (DRC) a define como importante problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros apresenta algum grau de disfunção renal. Doenças cardiovasculares (DCV) são as principais comorbidades e complicações fatais da DRC. Isto se explica, em parte, pela associação entre fatores de risco CV tradicionais e os derivados do estado urêmico que predispõem aterosclerose acelerada e mortalidade precoce. Hábitos de vida também contribuem para o aumento do risco CV em DRC, em especial o alto índice de inatividade física neste grupo. Assim, avaliação do risco CV é parte importante na abordagem clínica desses pacientes. O Escore de Risco de Framingham (ERF) é um instrumento que estima o risco individual de se desenvolver DCV em 10 anos, pela contagem de fatores de risco tradicionais incluindo sexo, idade, colesterol, pressão arterial, tabagismo e diabetes. O risco CV é estratificado em três categorias: baixo risco (escores <10%), risco intermediário (escores entre 10-20%) e alto risco (escores >20%). O ERF é validado em diversas populações, entretanto estudos recentes supõem que possa subestimar o risco em indivíduos com DRC. Porém, na ausência de instrumentos específicos, esta ferramenta ainda mostra-se útil para uso na prática clínica. O Objetivo deste estudo foi avaliar o risco cardiovascular e a associação com o nível de atividade física (AF) e a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) em um grupo de 87 hipertensos, não-diabéticos e com doença renal em estágio pré-diálise. A amostra foi selecionada a partir do cadastro no programa Hiperdia de 15 Unidades Básicas de Saúde na cidade de Pelotas-RS. Para mensurar AF utilizou-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Estimou-se a TFG pela fórmula MDRD simplificada. Os dados foram analisados no programa Stata/SE 10.0. Resultados demonstram que 11.54% dos indivíduos possuem baixo risco, 20.19% risco intermediário e 68.27% alto risco para DCV em 10 anos. A prevalência de inatividade física foi 64.91%. Dentre os inativos, 92.86% apresentaram risco moderado e alto para DCV e entre os ativos 80% (p=0.15). Não houve diferença na média da TFG entre os grupos do ERF (p=0,66). Este estudo demonstrou elevado risco CV e nível de inatividade física entre a população em estudo. Estratégias preventivas são parte fundamental no tratamento desta população. 801 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-274 EVOLUÇÃO DOS NÍVEIS DE PARATORMÔNIO PÓS PARATIREOIDECTOMIA EM PACIENTES RENAIS CRONICOS EM HEMODIÁLISE Rodrigues AT, Arantes LC, Silva LAM, Cauduro RL, Mezzomo N, Pansard HM, Silva DM, Rempel W, Argenta LC, Vidal MGC, Rodrigues LK, Oliveira LR, Klein GH, Cordenuzzi OCP, Quinhones SW Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, Rio Grande do Sul, Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, Rio Grande do Sul Introdução: o hiperparatireoidismo é uma complicação frequente da insuficiência renal crônica e os principais fatores causais são: retenção de fósforo, redução dos níveis de 1-25 dihidroxi vitamina D e hipocalcemia. A paratireoidectomia (PTX) consiste em uma terapêutica necessária em muitos pacientes, indicada em quadros sintomáticos com nível muito alto de paratormônio (PTHi) maior que 800 pg/mL, refratário ao tratamento clinico. Há divergências quanto ao melhor procedimento cirúrgico a ser realizado, PTX total com autotransplante é a mais realizada no nosso meio. A evolução a médio e longo prazo pode acarretar em doença óssea adinâmica ou recidiva do hiperparatireoidismo. Objetivo: avaliar o comportamento tardio dos níveis de PTHi pós PTX em pacientes renais crônicos em diálise. CAUSUÍSTICAS E Métodos: Foram avaliados, retrospectivamente, níveis séricos de PTHi pré operatórios, pós operatórios imediatos e um ano pós PTX através de prontuários de pacientes do Hospital Universitário de Santa Maria e do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo. Foram incluídos 25 pacientes, de dezembro de 2003 a maio de 2011, com idade entre 26 a 71 anos, 12 homens e 13 mulheres, em programa regular de diálise. Resultados: Do total de 25 procedimentos, 16 foram PTX total com reimplante, 8 PTX total sem reimplante e 1 PTX subtotal. A mediana de PTHi sérico pré cirurgia foi de 1.867 pg/mL, (818 a 4.210 pg/mL). No pós-operatório imediato houve redução do nível de PTHi em mais de 80% em 24 /25 pacientes, sendo os níveis < 150, entre 150 -300 e >300 pg/mL em 15, 6 e 4 pacientes respectivamente. Os níveis séricos de PTHi no 12º mês pós operatório mostrou que em 12 (48%) pacientes houve redução, em 1 paciente ficou inalterado (4%) e em 12(48%) pacientes elevou-se. Nesta mesma época, os níveis séricos de PTHi eram < 150, entre 150 e 300 e > 300 pg/ mL em 14 (56%), 5 (20%) e 6 (24%) pacientes respectivamente. Em 7 (28%) pacientes os níveis séricos de PTHi eram abaixo do nível inferior da normalidade para a população em geral (<30 pg/ml), 5 pacientes submetidos à PTX total com reimplante e 2 PTX total sem reimplante. Dos pacientes com níveis séricos de PTHi >300 pg/mL no 12º mês, 3 foram submetidos a PTX total sem reimplante. Conclusão: o estudo reforça o conhecimento de que a paratireoidectomia é um tratamento paliativo, permanecendo alterações dos níveis de PTH no pós-operatório que podem agravar e dificultar o distúrbio mineral e ósseo do paciente renal crônico, principalmente a doença óssea adinâmica. 802 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-202 INFLUÊNCIA DOS NÍVEIS SÉRICOS DE HORMÔNIO PARATIREÓIDEO SOBRE A ESTRUTURA E FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE Ferreira PAM, Ferreira RPM, Gomes LK, Santanna BC, Pizzatto LR, Costa ABBA, Martini CAN, Bisolo L, Culpi M, Amaral PO UFMA, HUUFMA, HUEC, PUCPR, HUEC, PUCPR, HUEC, HUEC, HUEC, HUEC Introdução:O hiperparatireoidismo secundário vem sendo extensamente relacionado com a presença de alterações cardiovasculares nos indivíduos com doença renal crônica (DRC) em estágio terminal. Entretanto, estudos que buscaram associar o paratormônio (PTH) e a presença de alterações na estrutura e função ventricular esquerda ainda mostram controvérsias. Objetivo:Determinar a influência dos níveis de PTH sobre alterações estruturais e funcionais do ventrículo esquerdo em pacientes sob hemodiálise. Metodologia e Casuística: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico. Avaliaram-se 117 pacientes consecutivos em hemodiálise no Centro de Nefrologia do Maranhão (CENEFRON). Destes, 60 pacientes ingressaram na pesquisa na qual foram submetidos a entrevistas do tipo estruturadas, realização de exame físico, coleta de dados laboratoriais e realização de ecocardiografia. Resultados:Dos pacientes avaliados, 32 indivíduos (53,3%) são homens e 28 (46,7%) são mulheres, a idade média foi de 48,9 ± 13,4 anos e o tempo médio de diálise foi de 5 ± 4,5 anos. A média geral de PTH foi de 561,6 ± 648 pg/ml, com mediana de 262,5 pg/ml. 45% da população possuíam PTH acima de 300 pg/ml, configurando hiperparatireoidismo secundário. A maioria dos pacientes (85%) apresentou hipertrofia do ventrículo esquerdo. Indivíduos com PTH ≥ 300 pg/ml mostraram-se mais jovens do que aqueles com PTH < 300 pg/ml (médias de 44,8 ± 14,6 contra 52,5 ± 12,2 anos, respectivamente, com p = 0,036). Embora a média de índice de massa do ventrículo esquerdo (IMVE) nos pacientes com PTH ≥ 300 pg/ml fosse de 170,8 ± 72,7 g/m2 contra 158,3 ± 48,5 g/m2 nos pacientes com PTH < 300 pg/ml, não se observou diferença estatística entre os grupos (p = 0,453). Não se observaram diferenças entre os dois grupos quanto às médias de fração de ejeção e relação E/A (p = 0,057 e p = 0,944, respectivamente). Pela análise de regressão linear, os níveis de PTH não se correlacionaram com o IMVE (r = 0,010; p = 0,458) e com a fração de ejeção (r = 0,004; p = 0,619). Conclusão:Uma forte associação entre PTH e IMVE foi observada em pacientes do sexo feminino e com PTH ≥ 500 pg/ml (r = 0,542; p = 0,037). Os principais fatores associados com a hipertrofia de ventrículo esquerdo foram: pressão arterial sistólica, níveis mais baixos de hemoglobina, fração de ejeção de VE mais reduzida e aumento do índice de volume do átrio esquerdo. Conclui-se que o hiperparatireoidismo secundário à DRC não teve associação com o índice de massa, com a função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo. 803 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-824 EXPERIÊNCIA DE TRANSPLANTE RENAL EM PACIENTES HIPERSENSIBILIZADOS EM UMA COORTE DE 1000 TRANSPLANTES Deboni L M, Ghen CV, Silva VC, Rost CA, Cicogna PE, Kruger FS, Guterrez J, Garcia CE, Vieira JA, Luz-Filho HA, Vieira MA Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Laboratório de Imunologia do Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Hospital Municipal São José, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC, Fundação Pró-Rim, Joinville, SC Introdução: O número de transplantes (tx) renais no Brasil cresceu nos últimos anos, chegando a 26 tx renais p.m.h.a em 2011. No entanto, o número de pacientes em lista aumenta a cada ano e os pacientes sensibilizados, permanecem longos tempos em lista aumentando sua morbimortalidade. Os Resultados dos transplantes nestes pacientes são pouco conhecidos em nosso meio. Objetivo: Analisar o número de pacientes hipersensiblizados (PRA > 50%) que foram transplantados em um serviço com experiência de 1000 transplantes renais. Material e Métodos: Em uma coorte histórica de 1000 tx realizados entre 02/1978 e 03/ 2012, foi revisado o número de pacientes que tinham estudo do PRA e seus valores. As variáveis, sexo e idade do receptor e doador, tipo de doador, nº de transfusões e retransplante, foram analisadas. Foram definidos com hipersensibilizados aqueles com PRA > 50%. Resultados: No total dos 1000 tx, 304 não tinham PRA, pois foram transplantes realizados antes de 2000, quando a realização do PRA não era rotineira. Dos 696 com PRA, 586 tinham PRA abaixo de 10%, 55 pacientes entre 11 e 49% e 55 com PRA > 50% (GII). A idade do doador e receptor nos grupos GI (PRA< 50%) e GII (PRA>=50%) foi de 40 (+14,5) e 39(+11,1)anos, respectivamente (NS). O número de transfusões foi maior no GII ( 4,29 +6,2), do que no GI( 2,2+ 3,1) (p= 0,0001). O número de receptores do sexo feminino foi maior no GII (56% ) do que no GI (34%) (p= 0,01). O tipo de doador, no GII, 69% dos transplantes foram realizados com DV e 31% com DF, já no GI, 30% foi com DC e 70% com DV(p=0,0001). A maioria dos tx do GII foram realizados após 2009 (40 tx.Todos os pacientes tinham com cross CDC negativo, e se PRA >50%, induzidos com timoglobulina. Nos últimos 2 anos, quando a identificação de anticorpos anti-doador específicos(DSA), os pacientes com doador vivo com DSA, mesmo com cross CDC negativo, realizaram cross por citometria de fluxo. Se negativa para cel T, o tx foi realizado com indução com timoglobuliana. Nenhum paciente foi submetido a protocolo de desensibilização. A sobrevida bruta do enxerto, não sensurada para óbito, no GII foi de 76% e no GI 82% (NS). Conclusão: Os tx em pacientes hipersensibilizados corresponderam a 10% do total da casuística, sendo mulheres e retransplantes mais freqüentes. A sobrevida do paciente e enxerto no 1º ano foi semelhante ao resto da coorte, porém 10% menor em 2 anos. 804 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-10 ANÁLISE DO PERFIL BIOQUÍMICO E HEMATOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE EM UMA CLÍNICA ESPECIALIZADA DE JOÃO PESSOA- PARAÍBA Cavalcanti NS, Gomes CNAP, Silva LLC, Silva LS, Nascimento DB, Albuquerque LMA, Júnior EDF, Neto NGP Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba Introdução: A composição do meio interno é determinado em grande parte pelo funcionamento dos rins e, portanto, a doença renal crônica está associada a alterações substanciais da homeostase do corpo humano e acometimento orgânico global. Dentre as principais alterações identificadas, os distúrbios hematológicos e bioquímicos são importantes marcadores de elevada morbimortalidade. Objetivos: Avaliação da evolução clínico-laboratorial de 106 pacientes submetidos à hemodiálise em uma clínica especializada de João Pessoa – Paraíba. Casuística e Métodos: Análise retrospectiva de 106 pacientes admitidos em uma clínica de diálise particular em João Pessoa – Paraíba, no período de fevereiro a maio de 2012. As amostras de sangue foram colhidas em dois momentos distintos, por ocasião da sessão de diálise, com intervalo de 30 dias; a uréia foi avaliada antes e após as sessões. Os dados obtidos foram pareados e submetidos à análise estatística. Resultados e Conclusões: Os hemogramas revelaram os seguintes valores médios e desvio-padrão: hematócrito = 30,4± 4,8 %, hemoglobina = 10,1 ± 1,8 g/dL, sendo 91 pacientes (85%) com valores de hemoglobina abaixo da normalidade. A anemia renal decorre de fatores diversos, como baixa produção e resistência à eritropoetina, depleção dos estoques e baixa mobilização do ferro, inflamação crônica, entre outros. A eritropoetina recombinante humana está indicada em casos bem selecionados, almejando-se a manutenção do hematócrito entre 33% e 36%, o que corresponde a apenas 17 (16%) pacientes da amostra. A uréia e creatinina são utilizadas como importantes marcadores da função renal. A uréia responde prontamente à terapia dialítica, como revelam os valores dosados pré e pós-hemodiálise: 140,0±31,8 mg/dL e 60,4±19,3 mg/dL, respectivamente, revelando a redução dos valores em todos os casos, e normalização em 19 (17%) pacientes. A hemodiálise também se apresentou efetiva na redução dos valores médios de creatinina, mas sem atingir a faixa de normalidade (média de 8,5 mg/mL na segunda amostra). Os Resultados apresentados corroboram com os valores encontrados na literatura, demonstrado o grande desequilíbrio da composição corpórea na vigência de doença renal crônica avançada e a efetividade dos marcadores utilizados na detecção e monitoração dos pacientes acometidos, bem como reforça a importância da hemodiálise como alternativa terapêutica na redução de morbimortalidade desses indivíduos. 805 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-655 APRESENTAÇÃO E EVOLUÇÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE COM CRIOGLOBULINEMIA MISTA, INFECÇÃO POR VÍRUS C E GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA Mariana Salomão Braga, GabrielaRodrigues, Veronica Costa, Fernanda Camelo, Horacio Ramalho Hospital de Base, São Jose do Preto, Hospital de Base, São Jose do Preto, Hospital de Base, São Jose do Preto, Hospital de Base, São Jose do Preto, Hospital de Base, São Jose do Preto A prevalência de crioglobulinemia clinicamente significativa tem sido estimada em cerca de 1: 100.000, 40 a 65% em pacientes infectados pelo vírus C. Além disso, casos em série indicam que de 30% a 60% dos pacientes com crioglobulinemia mista essencial tiveram, ou irão desenvolver, lesão renal, sendo a glomerulonefrite membranoproliferativa a forma mais comum desta manifestação. Em média, a doença renal é observada, aproximadamente 2.5 anos depois do início da doença. Infecção por vírus C associado glomerulonefrite crioglobulinêmica parece estar relacionada com a deposição, no glomérulo, de imuno-complexos de antígenos HCV, anticorpos anti-HCV IgG e um fator reumatóide, representado pela IgM kappa. Descreve-se um paciente, 49 anos, com diagnóstico de VHC desde 1993, sem tratamento, hipertenso e com história de edema de membros inferiores há 4 meses da admissão em nosso serviço. Durante internação evoluiu com quadro de síndrome nefrótica, piora da função renal, artralgia, neuropatia periférica e lesões purpúricas que progrediram para úlceras, principalmente em membros inferiores. Paciente, procedente de outro estado, já trazia biópsia renal evidenciando glomerulonerite membranoproliferativa tipo 1, PCR qualitativo para RNA HCV igual a 1,4 x1000000 cópias, creatinina de 2,3 mg/dl e proteinúria de 24 horas igual a 1,7 g. A pesquisa de crioglobulinas foi positiva em 14 horas. O paciente foi submetido à terapêutica descrita em literatura e disponível no serviço, porém com pouca melhora em relação ao quadro de vasculite e proteinúria. Ressaltamos que, no caso deste paciente, a melhora clínica sobreveio após uso do anticorpo monoclonal anti -CD20, Rituximab®, com regressão das lesões de pele, diminuição da perda protéica e queda da creatinina, favorecendo o início do tratamento para o vírus C. 806 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-701 PATOLOGIAS RENAIS EM INDÍGENAS ATENDIDOS NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL (HRMS) Dias ACYR, Midon ME, Santos JB, Rigo RS, Daniel SA, Souza LM, Vendas TMM, Gonçalves EA Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Introdução: Mato Grosso do Sul possui a segunda maior população indígena do Brasil, com 73.295 pessoas, sendo escassa a literatura referente aos portadores de doença renal nessa população. Objetivos: descrever o perfil epidemiológico da população indígena acometida de patologias renais admitida no HRMS. Casuística e Métodos: foram incluídos todos os pacientes indígenas internados no HRMS no período de maio de 2010 a março de 2011 que apresentaram alteração de função renal e que foram avaliados pela equipe de Nefrologia. Resultados e Conclusões: foram avaliados 18 pacientes no período do trabalho, não existindo prevalência entre os sexos (1:1) e a média de idade foi de 55,5 anos. Entre os pacientes avaliados, 14 possuíam Doença Renal Crônica (DRC), sendo que 11 deles foram submetidos a hemodiálise, e 4 apresentavam Injúria Renal Aguda (IRA), tendo como causas nefrite lúpica, nefrotoxicidade, obstrução do trato urinário e eclâmpsia), sendo 3 submetidos a hemodiálise. O cateter duplo lúmen (CDL) em jugular foi o primeiro acesso vascular em 12 pacientes e apenas 2 colocaram CDL em veia subclávia. Dentre os crônicos, 12 eram hipertensos, 6 eram diabéticos, 1 era portador de Doença Renal Policística e suas causas de internação foram: 9 devido a Síndrome Urêmica, 4 por Sepse e 1 por descompensação de cardiopatia. A albumina sérica encontrava-se entre 2 e 3,5g/dl em 91% dos pacientes, 9% tinham albumina <2g/dl. Não houve nenhum paciente com sorologia positiva para HIV, Hepatite B ou C. A hemoglobina era > 10g/dl em 20% dos pacientes, entre 7 e 10g/dl em 30% e 50% apresentavam hemoglobina <7g/dl. No período, 5 pacientes foram a óbito (2 com IRA e 3 com DRC) todos em TRS. Até a metade do século XX, a incidência de Diabetes Mellitus na população indígena era praticamente nula. No período de 2003 a 2006, aumentou o número de casos de 1.646 para 1.864 registros (variando entre 4 a 7% da população). Também têm-se observado o aumento dos níveis tensionais nas últimas décadas, sendo diagnosticados casos de Hipertensão Arterial entre indígenas a partir da década de 90 assim como ocorrência de obesidade. Dessa forma, torna-se clara a necessidade de acompanhamento e diagnóstico precoce dessas comorbidades assim como da doença renal também na população indígena. 807 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-305 PARÂMETROS ECOCARDIOGRÁFICOS COMO PREDITORES DE EVENTOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE Siqueira T, Ferreira PAM, Monteiro Jr FC, Salgado Filho N, Ferreira RPM UFMA, UFMA, UFMA, UFMA, HUUFMA Introdução: Pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise possuem altas taxas de morbidade e mortalidade cardiovascular. Apesar de alterações ecocardiográficas estruturais e funcionais em pacientes submetidos à hemodiálise terem sido objeto de diversos estudos de análise de sobrevida, o valor prognóstico dessas alterações ainda não está bem estabelecido na literatura. Objetivo: Determinar o valor prognóstico de parâmetros ecocardiográficos em pacientes com DRC em hemodiálise. Métodos: Sessenta pacientes consecutivos com DRC em tratamento hemodialítico foram avaliados clinicamente e submetidos ao ecodopplercardiograma, sendo acompanhados durante 19 ± 6,01 meses. Os desfechos avaliados foram eventos cardiovasculares fatais e não fatais e mortalidade geral. O valor preditivo das variáveis ecocardiográficas foi avaliado pelo modelo de regressão de Cox, as curvas de sobrevida foram construídas pelo método de Kaplan-Meier e o teste logrank foi utilizado para compará-las. Resultados: As taxas de sobrevida livre de eventos cardiovasculares, de mortalidade cardiovascular e de mortalidade global em dois anos foram de 79,4%, 88,5% e 83%, respectivamente. Diabetes, diagnóstico prévio de doença cardiovascular (DCV), fração de ejeção, fração de encurtamento, diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo e relação E/e’ foram preditores de desfecho cardiovascular na análise univariada. Na análise multivariada, história prévia de DCV (HR = 6,17; IC 95% 1,7 – 22,2; p = 0,005) e disfunção diastólica moderada a grave (HR = 3,76; IC 95% 1,05 – 13,4; p = 0,042) foram fatores de risco independentes para eventos cardiovasculares. Conclusão: Disfunção diastólica moderada a grave é um preditor independente de eventos cardiovasculares em pacientes em hemodiálise. 808 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-696 NEFROTOXICIDADE POR DAPSONA - RELATO DE CASO Lobo RG, Cardoso AS, Sousa MAS, Santana JL, Santos JHR, Soares GM, Garcia PQ, Ferreira MC, Souza FRP Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos, Centro Universitário do Estado do Pará Introdução: A dapsona é um fármaco seguro, porém foram relatados vários efeitos adversos dos quais os mais incidentes são alterações no sistema tegumentar, nervoso, trato gastrointestinal e hematológico. A lesão renal pelo uso de dapsona no tratamento da Hanseníase tem sido pouco descrito na literatura. Objetivos: Relatar caso de paciente que apresentou piora da função renal após uso de dapsona. Descrição do Caso: paciente masculino, branco, 80 anos, em tratamento de Hanseníase Multibacilar Virchowiana com rifampicina, dapsona e clofazimina por oito meses, encaminhado ao Hospital Regional Público de Araguaína (HRPA) com queixa de prurido intenso, oligúria e redução da função renal (queda da TFG de 46% para 26%), tendo como comorbidades, hipertensão e nefropatia crônica não dependente de diálise. Ao exame físico PA: 220x80 mmHg, CP:s/alterações, AP:s/alterações, ACV:s/alterações, AB:s/alterações, Membros: lesões crostosas com parestesia em região plantar dos pés, sem mais alterações. Os exames complementares evidenciaram HB: 10,1, HT: 30,3, Cr: 2,4, Ur: 75 e ao USG de aparelho urinário: rins de dimensões reduzidas e relação córtico-medular preservada. ECO com FE: 75%, disfunção diastólica grau I, e fundoscopia apresentando retinopatia hipertensiva H0A1. Durante a internação foram administrados anti-hipertensivos, alopurinol e hidratação vigorosa sem sucesso na melhora da função renal, que só foi obtida após a modificação da poliquimioterapia da hanseníase para um esquema alternativo e suspensão da dapsona (clofazimina + ofloxacina) com redução da Cr para 1,8 e consequente aumento da TFG para 36%. Paciente recebeu alta hospitalar e segue em acompanhamento ambulatorial pelo serviço de nefrologia. Resultados: A hipertensão de longa data e o uso irregular da medicação constituem-se os principais fatores causais da IRC em questão, no entanto, a dapsona é provavelmente a droga implicada na etiologia da agudização da disfunção renal existente, uma vez que houve a melhora da função renal após a suspensão da mesma. Conclusão: Devem-se adotar medidas profiláticas e observar com rigor os pacientes que fazem uso de dapsona, principalmente na vigência de insuficiência renal prévia, para evitar agravo na função renal. 809 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-313 PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) ATENDIDOS NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL (HRMS) E SUBMETIDOS A TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS) Dias ACYR, Midon ME, Santos JB, Rigo RS, Daniel SA, Vendas TMM, Souza LM, Gonçalves EAP Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Introdução: Devido à grande demanda de pacientes portadores de DRC em todos os estágios que são admitidos no HRMS, torna-se imperativo conhecer o perfil destes, etiologia, fatores de descompensação, gravidade e desfecho, visando medidas para diagnóstico e intervenção precoces. Objetivos: Conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de DRC admitidos no HRMS e submetidos a TRS. Casuística e Métodos: foram incluídos todos os pacientes internados no HRMS no período de maio de 2010 a março de 2011 com histórico ou diagnóstico atual de DRC, a partir da solicitação de interconsulta junto à equipe de Nefrologia e que foram submetidos a TRS. Resultados e Conclusões: foram avaliados 88 pacientes no período do trabalho, tendo prevalência a raça branca, seguida da raça negra e indígena (61%, 28% e 11% respectivamente), não tendo representação a raça amarela. Em 100% a terapia dialítica foi a hemodiálise, com cateter duplo lúmen em jugular como primeiro acesso vascular em 86%. Cerca de 72% dos pacientes tinham idade ≥50 anos, 63% eram portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), sendo que no momento da admissão tornou-se difícil estabelecer se a HAS era causa ou consequência da DRC, 25% Diabetes Mellitus (DM) e em menor proporção glomerulopatias e neoplasias. Em 7% dos casos, a etiologia foi indeterminada, porém este número tende a ser maior por não conseguirmos definir relação de causa e efeito com a HAS. Dentre as causas de internação, 40% foi devido a Síndrome Urêmica, 28% por Sepse, principalmente focos urinário e pulmonar, 14% por descompensação de cardiopatia, sendo outras causas a uropatia obstrutiva, hepatopatia e cirurgia abdominal. A albumina sérica encontrava-se entre 2 e 3,5g/dl em 79% dos pacientes, 16% tinham albumina <2g/dl e 5% > 3,5g/dl. No período, apenas um paciente apresentou sorologia positiva para hepatite C e nenhum paciente apresentou sorologia positiva para HIV ou Hepatite B. A hemoglobina era > 10g/dl em 44% dos pacientes, entre 7 e 10g/dl em 44% e <7g/dl em 8%. No período, 30% dos pacientes foi a óbito. Dentre os sobreviventes, 77,5% continuaram em tratamento dialítico no HRMS ou foram transferidos. Todos os pacientes que foram admitidos devido à Síndrome Urêmica permaneceram em diálise, sendo que no momento 3 estão em diálise peritoneal. 810 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-403 BIÓPSIA RENAL PERCUTÂNEA: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA DE POUSO ALEGRE - MG Tatiane Crepaldi dos Anjos, Ondina Rios, Rogeria Almeida dos Santos, Yara Gracia Lorena, Pablo Girardelli Mesquita Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí Introdução: A biópsia renal percutânea constitui um método propedêutico fundamental na prática clínica diária do nefrologista, sendo essencial no diagnóstico das doenças glomerulares, vasculares e túbulos-intersticiais do rim nativo, bem como no diagnóstico diferencial das patologias que determinam disfunção aguda e crônica do enxerto renal, proporcionando, também, o prognóstico e manuseio da doença renal. Objetivo: Avaliar a experiência em biópsia renal percutânea do Serviço de Terapia Renal Substitutiva, no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, localizado em Pouso Alegre, Sul de Minas Gerais. Casuística e Métodos: Foram avaliados de forma retrospectiva e descritiva 92 pacientes submetidos à biópsia renal percutânea. As variáveis obtidas foram: idade, sexo, cidade de origem, indicação do procedimento, número de glomérulos na amostra, diagnóstico e complicações pós biópsia. Resultados: Dos 92 pacientes avaliados, a idade média foi: 34,6 anos sendo 60,9% do sexo feminino e 6,5% crianças; 70,7% foram encaminhados de outras cidades. A síndrome nefrótica foi à indicação prevalente para a biópsia renal, 40,2%, a glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) em 15,2%, 12% de casos de proteinúria não nefrótica, 10,9% indicados devido à síndrome nefrítica, 10,9% devido a perda da função renal agudamente, 5,4% hematúria e 5,4% síndromes nefrótica e nefrítica associadas. A média de glomérulos presente na amostra biopsiada foi 12,6. Diagnósticos: glomerulopatias primárias: 16,3% (15) glomerulonefrite membranosa, seguida de glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) e glomerulopatia por IgA (9/9,8% ambas) e 4,3% (4) lesões mínimas; 28,3% (26) associado a nefropatia lúpica, 4,3% (4) de glomerulonefrite difusa aguda (GNDA), 3,3% (3) glomerulonefrite crônica à biópsia, 2,2% (2) relacionados à nefroesclerose hipertensiva e nefropatia diabética, 1 caso de rim normal; 10,9% (10) das amostras foram insuficientes para concluir o diagnóstico e 4 (4,3%) causas indeterminadas. As complicações após procedimento foram encontradas em 3 pacientes, sendo 1 óbito (1,1%) relacionado a sangramento. Conclusões: A amostra de glomérulos biopsiada é satisfatória, o serviço é considerado referência para tal procedimento na região, a indicação prevalente foi à síndrome nefrótica, dados encontrados que se aproximam com os da literatura. A glomerulopatia primária incidente foi a glomerulonefrite membranosa, seguida da glomerulopatia associada à nefropatia lúpica. 811 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-265 EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO MUSCULAR PERIFÉRICO INTRADIALÍTICO SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO E INFLAMAÇÃO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA Sampaio F JSC, Thomé FS, Barros E,Severo LC Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre Introdução: O fortalecimento muscular periférico intradialítico pode interferir de maneira positiva sobre a inflamação e o estresse oxidativo, estes que são fatores de risco cardiovascular para doentes renais crônicos em hemodiálise. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de fortalecimento muscular periférico intradialítico, sobre os parâmetros bioquímicos de inflamação e estresse oxidativo. Métodos: Ensaio clínico controlado randomizado aberto, sendo a amostra foi constituída por 23 pacientes, separados em grupo controle e grupo intervenção. Ambos os grupos realizaram exames bioquímicos de inflamação (PCR) e estresse oxidativo (Malondealdeído, Carbonilas, TRAP), teste de força muscular (1RM) para quadríceps e teste de qualidade de vida (KDQOL) pré e pós-intervenção. O programa constituiu-se de alongamento e fortalecimento de membros inferiores com 50% de 1RM de vários grupos musculares durante 30 minutos na freqüência de três vezes semanais durante 12 meses. Utilizaram-se faixas elásticas, bola soft e caneleiras de cargas variadas para o treinamento. Após este período ambos os grupos foram reavaliados. Para análise estatística utilizou-se Mann-Whitney, Teste T, Bon Ferroni. Resultados: O grupo intervenção apresentou melhora significativa em alguns escores do KDQOL; força muscular periférica (0 000); hemoglobina (0 008); pressão arterial diastólica (0, 005), além da proteína C reativa (10,4 mg/dL). Conclusão: O fortalecimento muscular periférico intradialítico é capaz de alterar positivamente domínios referentes à qualidade de vida, promover aumento de força muscular de membros inferiores, além de interferir positivamente nos valores da PCR. O estrese oxidativo esta em fase de análise, não temos Resultados no momento. Palavras-chave: Doença renal Crônica; Inflamação; Estresse oxidativo; Fortalecimento muscular periférico. 812 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-582 SHORT CHAIN FATTY ACIDS, PRODUCTS OF THE INTESTINAL MICROBIOTA, PROTECTED MICE FROM ACUTE KIDNEY INJURY Andrade-Oliveira V, Amano TM, Côrrea-Costa M, Castoldi A, Bassi ÊJ, Almeida DC, Hiyane MIi, Peron JP, Moraes-Vieira PM, Ferreira CM, Vinolo MA, Curi R, Câmara NOS USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo Acute Kidney Injury is a frequent event in healthy individuals and is also associated to high mortality rates in hospitalized patients. Short chain fatty acids are products released from intestinal microbiota after fermentation of the complex carbohydrates. It has been attributed anti-inflammatory roles for these SCFA. The aim of this study is to evaluate the role of short chain fatty acids acetate, butyrate and propionate, in an acute kidney injury model. To this end, mice (C57Bl/6 n=5 per group) were submitted a kidney bilateral 45 minutes ischemia and 24h of reperfusion injury (IRI). The SCFA were administrated individually 2x (200 mg/kg each), being 0.5h before ischemia and at the moment of reperfusion. At this moment, we collected kidney tissue and blood. We measured renal function, chemokines and cytokines levels (protein and mRNA levels), MPO levels and kidney infiltrating cells by flow cytometry and apoptosis. As results, we observed that the treatment with all SCFAs ameliorate renal function after kidney IRI, being the acetate treatment showed the best protection. (p<0.0001). This better function after acetate treatment was associated with a lower levels of mRNA in kidney tissue of the IL-6, KC, MCP-1 and CD68, a modulation of the genes involved with chromatin modifications and lower protein level of the pro-inflammatory cytokines and chemokines IL1b, IL-6, TNF-a and MCP-1. We also observed an inhibition of NFkb signaling. The treatment of acetate reduced the frequency of infiltrating CD11c+CD40+ cells (activated dendritic cells) and the frequency of F4/80+CD11b+ cells (macrophage cells) in the kidney, as well MPO levels (neutrophil activation) were also reduced. Moreover, the acetate treatment also diminished the apoptosis of tubular epithelial cells in kidney tissue. When we treated mice with probiotics (bacteria producers of the acetate), we observed lower levels of creatinine and urea in the serum after IRI. In conclusion, the SCFA treatment, protects mice from the AKI through decreasing inflammatory process, being a promising tool to management inflammatory process in kidney. Support: FAPESP and CNPq. 813 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-40 CAUSAS DE PERDAS DE FÍSTULA ARTERIO VENOSA EM DUAS UNIDADES DE DIÁLISE DO ESTADO DA BAHIA Moura Junior JA, Fonseca FS, Cabral SO, Ramos SCS, Paschoalin NP, Dantas LGG, Moura DQ, Abreu PAP, Silva CAB Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim, Clínica Senhor do Bonfim Introdução: Manter um acesso vascular de qualidade é fundamental para garantir uma dose adequada de diálise aos pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) em programa regular de hemodiálise (HD). Complicações relacionadas à fístula arterio-venosa (FAV), acesso vascular de escolha para HD, podem interferir na morbimortalidade e na qualidade de vida dessa população. Objetivo: Avaliar as perdas de FAV entre os pacientes de 02 unidades de hemodiálise da Clinica Senhor do Bonfim, uma em Salvador e outra em Feira de Santana – Bahia, analisando as causas, assim como, a sobrevida. Métodos:Trabalho retrospectivo que analisou pacientes de duas unidades da Clínica Senhor do Bonfim que perderam a FAV no período de dois anos (abril/2010 a março/2012). As variáveis avaliadas foram: gênero, idade, local da FAV (distal ou proximal), causa da perda (trombose ou outras), presença de diabetes mellitus (DM), e hemoglobina (Hb) média nos 06 meses anteriores à perda. Analisamos as características dos pacientes através de tabelas de distribuição de frequências e tabelas cruzadas. O tempo de perda da FAV foi analisado pela curva de sobrevida de Kaplan Meier e intervalos de confiança a 95%. Resultados: 75 pacientes perderam o acesso no período. 40 (53,3%) dialisavam em Salvador, e 35 (43,7%) em Feira. Quando as unidades foram consideradas em conjunto, 52% eram do sexo masculino, 49,3% apresentavam idade entre 40 e 65 anos, 29% tinham DM. A média da Hb foi de 10,8 g/dL. 68% das FAVs eram distais e 32% proximais. Quando separadas por unidade, Salvador apresentou maior perda das proximais (55%), enquanto em Feira a maioria eram FAVs distais (94,3%). Em Salvador houve maior perda nos homens (60%) e em Feira, nas mulheres (57,1%). A trombose foi a causa mais frequente (62,7%). 37,3% tiveram outras causas. Quando discriminadas, a unidade de Salvador apresentou maior percentual de trombose que Feira de Santana (75% versus 48,6%), (Pvalor=0,009). O tempo médio de perda das FAVs foi de 28 meses. 75% dos pacientes apresentaram perda num tempo superior que 6 meses, enquanto 25% perderam a FAV após 31 meses da confecção. A chance de um paciente perder a FAV em menos de um ano foi de mais de 50%. Conclusões: A causa mais frequente de perda de FAV foi trombose. O tempo médio de perda das FAVs foi de dois anos e quatro meses. A probabilidade de perda em menos de um ano foi de aproximadamente 50%. A sobrevida dos acessos em Feira foi ligeiramente superior do que em Salvador. 814 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-551 INJÚRIA RENAL AGUDA (IRA) EM PACIENTES ADMITIDOS NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL (HRMS) Dias ACYR, Midon ME, Santos JB, Rigo RS, Daniel SA, Vendas TMM, Souza LM, Gonçalves EAP Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Introdução: Devido à grande demanda de pacientes portadores de doença renal que são admitidos no HRMS ou evoluem com algum grau de disfunção durante a internação, torna-se imperativo conhecer o perfil destes, visando medidas para diagnóstico e intervenção precoces o que contribuiria para a redução dos custos, além de reduzir o tempo para o atendimento que, muitas vezes, representa o limiar entre a recuperação e a deterioração irreversível da função renal. Objetivos: Conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de IRA admitidos no HRMS. Casuística e Métodos: foram incluídos todos os pacientes internados no HRMS no período de maio de 2010 a março de 2011 que apresentem queda de função renal (definida aumento de creatinina de 0,3 mg/dL se Cr basal < 1,5 mg/dL ou > 50% se Cr basal > 1,5 mg/dL, ou se diurese inferior a 0,5 mL/kg/hora por mais de 12 horas) a partir da solicitação de interconsulta à equipe de Nefrologia. Resultados e Conclusões: foram avaliados 150 pacientes no período do trabalho, tendo prevalência a raça branca, seguida da raça negra, indígena e amarela (73%, 23%, 3% e 1% respectivamente). 52% destes foram submetidos a terapia renal substitutiva (TRS), sendo 100% hemodiálise com cateter duplo lúmen em jugular como primeiro acesso vascular em 46%. Cerca de 71% dos pacientes tinham idade ≥50 anos, 69% eram portadores de Hipertensão Arterial, 13% Diabetes Mellitus, 14% eram portadores de neoplasia e 4% tinham glomerulopatia. Dentre as causas de internação, 56% foi devido a Sepse, seguido por uropatia obstrutiva e cardiopatia descompensada com 11% cada, 9% hepatopatias, 8% cirurgia abdominal. No período, houve 4 casos de Leishmaniose Visceral (2 necessitaram de tratamento dialítico) e 4 casos de acidente ofídico (3 bothrópicos e 1 crotálico), sendo que apenas 1 bothrópico não necessitou de hemodiálise. A albumina sérica encontrava-se entre 2 e 3,5g/ dl em 63% dos pacientes, 34% tinham albumina <2g/dl e 3% > 3,5g/dl. No período, apenas 1 paciente apresentou anti-HIV positivo. Não houve nenhum paciente com sorologia positiva para Hepatite B ou C. A hemoglobina era > 10g/dl em 66% dos pacientes, entre 7 e 10g/dl em 27% e 7% apresentavam hemoglobina <7g/dl. No período, 52% dos pacientes foram a óbito. Dentre os sobreviventes, 87% recuperou a função renal, 10% permaneceu com algum déficit de função e apenas 3% continuou em tratamento dialítico. 815 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-798 CINACALCETE NO TRATAMENTO DA HIPERCALCEMIA DEVIDO AO HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO PERSISTENTE DE PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS ESTÁVEIS: SEGUIMIENTO A LONGO PRAZO Paschoalin RP, Torregrosa JV, Barros X, Duran CE, Sanchez-Escuredo A, Campistol JM Hospital Clinic - Barcelona, Espanha, Hospital Clinic - Barcelona, Espanha, Hospital Clinic - Barcelona, Espanha, Hospital Clinic - Barcelona, Espanha, Hospital Clinic Barcelona, Espanha, Hospital Clinic - Barcelona, Espanha Introdução: Cinacalcete é um tratamento efetivo para a hipercalcemia decorrente do Hiperparatireoidismo secundário (HPTS) persistente de pacientes com transplante renal (TR). Existem poucos dados do seguimento desses pacientes em tratamento a longo prazo. Objetivo: Avaliar a eficácia do tratamento com cinacalcete a longo prazo em pacientes com enxerto renal funcionante. Materiais e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo. Foram avaliados 23 pacientes (6 homens) com TR funcionante durante mais de 6 meses, aos quais foi iniciado tratamento com cinacalcete por cálcio sérico > 10.5 mg/dL persistente e PTHi > 150 pg/mL, que mantiveram o tratamento por mais de 3 anos (9 deles durante 5 anos). Idade média: 54.1 + 13.3 anos. Tempo até o início do cinacalcete depois do TR: 36.5 + 37.9 [6 - 172] meses. Dose média de início de cinacalcete: 33.8 + 15.9 mg/dia. Dose média ao final do estudo: 40.4 + 18.9 mg/dia. A imunossupressão utilizada durante o período de seguimento não foi modificada: inibidores calcineurina 17, inibidores mTOR 6, ácido micofenólico 16 e corticóide 13. Foram determinado cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, PTHi e creatinina sérica e valores séricos de imunossupressão. Resultados: Cinacalcete foi efetivo em reduzir e manter a longo prazo a calcemia dos pacientes transplantados (cálcio inicial: 11 + 0.65 mg/dL e cálcio médio durante o tratamento: 10.25 + 0.81 mg/dL; p < 0.001) e em aumentar e manter o nível de fósforo sérico (PO4 inicial: 2.8 + 0.58 mg/dL e PO4 médio durante o tratamento: 3.13 + 0.6 mg/dL; p = 0.015). Houve uma redução, embora não significativa do valores de PTHi (PTHi inicial: 260 + 132 pg/mL e PTHi médio durante o tratamento: 237 + 131 pg/mL). A função renal se manteve estável (creatinina inicial: 1.24 + 0.34 mg/dL e creatinina média durante o tratamento: 1.26 + 0.55 mg/dL). Não houve alterações nos valores séricos dos imunossupressores. Nenhum paciente apresentou efeitos colaterais relacionado a medicação. Conclusão: Cinacalcete é efetivo a longo prazo no tratamento da hipercalcemia secundária a HPTS persistente de pacientes com TR estável. 816 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-786 ANÁLISE DE MARCADORES CELULARES E MOLECULARES DE IMUNORREGULAÇÃO EM BIÓPSIAS DE ALOENXERTO RENAL MORENO, CN; DIAS, LMS; NORONHA, IL LABORATÓRIO DE NEFROLOGIA CELULAR, GENÉTICA E MOLECULAR, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO Carina Nilsen Moreno, Luciana Muniz de Souza Dias, Irene de Lourdes Noronha LIM 29-FMUSP, LIM 29-FMUSP, LIM 29-FMUSP Introdução: A sobrevida do enxerto renal a longo prazo é limitada devido a complicações crônicas do enxerto, secundárias a processos de ativação imunológica e/ ou toxicidade de drogas imunossupressoras. Estratégias para modular o sistema imunológico, interferindo no balanço entre mecanismos efetores e reguladores para alcançar tolerância imunológica é um ideal na prática clínica. No entanto, mecanismos envolvidos no processo da imunorregulação são pouco compreendidos. Estudos sugerem que a idolemina 2,3-dioxigenase (IDO), molécula que suprime a ação de linfócitos T através do catabolismo do triptofano e os linfócitos T com função reguladora (FOXp3+) desempenham papel imunorregulador no contexto do transplante de órgãos. Objetivo: Analisar a expressão de marcadores celulares e moleculares de imunorregulação (FOXp3 e IDO) em biópsias de enxerto renal com rejeição aguda mediada por linfócitos T e em pacientes com lesões crônicas. Casuística e Métodos: Foram incluídas 34 biópsias que foram divididas em 2 grupos: Rejeição Aguda (n=16) e Lesões Crônicas (n=18). Devido à limitação de biópsias de pacientes tolerantes foi incluído, como controle, 1 caso de paciente transplantado renal que reiniciou diálise e que, 2 anos após a descontinuação dos imunossupressores, recuperou a função do enxerto renal. Foi analisada por imunohistoquimica a expressão de CD3, FOXp3 e IDO, além da relação entre células regulatórias e efetoras (FOXp3/ CD3). Resultados: O caso Tolerante apresentou maior número de células FOXp3emenor expressão de IDO quando comparado as médias dos outros grupos. No grupo Rejeição Aguda, houve uma aumento significativo do número de linfócitos T, como esperado, acompanhado por um aumento significativo da expressão de células FOXp3+ em comparação com o grupo Lesões Crônicas. A relação FOXp3/CD3 foi maior no grupo Lesões Crônicas, porém sem significância estatística. Grupos N CD3 cel/mm2 FOXp3 cel/mm2 IDO % área marcada FOXp3/CD3 (x100) Tolerante ** 1 814 100,9 0,41 12,4 Rejeição Aguda 16 927 ± 142* 38,7 ± 7,7# 1,6 ± 0,6 4,6 ± 1,1 ** Caso descritivo, * p<0,001 vs Lesões Crônicas, # p<0,05 vs Lesões Crônicas 817 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Lesões Crônicas 18 313 ± 77,2 19,8 ± 5,8 1,0 ± 0,3 17,6 ± 10,7 SESSÃO POSTER P-473 NEUROFIBROMATOSE TIPO 1 COMO CAUSA DE HIPERTENSÃO RENOVASCULAR EM MENOR: RELATO DE CASO Tatiane Crepaldi dos Anjos, Ondina Rios, Yara Gracia Lorena, Emanuella Vaccareza, Pablo Girardelli Mesquita Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí, Universidade do Vale do Sapucaí A Neurofibromatose Tipo 1 (NF1) afeta 1 em cada 3000 pessoas, com incidência de hipertensão em torno de 1%, a maioria devido à estenose de artéria renal. Relato: JRAP, 03 anos, masculino, branco. Em setembro de 2010, início de cefaléia frontal com identificação de picos pressóricos, ao acaso na creche. Encaminhado ao serviço de pediatria e nefrologia do Hospital das Clínicas Samuel Libânio. Em outubro de 2010, admitido com pressão arterial de 180/130 mmHg em membros superiores. Apresentava manchas tipo café-com-leite em tronco, membros, axilas e tórax em quilha. Não apresentava urina espumosa, hematúria ou edema confirmados pelo sedimento urinário inativo e função renal preservada. O ecodoppler cardiograma revelou função sistólica preservada com hipertrofia ventricular esquerda e achados sugestivos de coarctação da aorta, descartada pela angiotomografia dos vasos da base. A avaliação do sistema renina angiotensina aldosterona evidenciou elevação na concentração plasmática de aldosterona e a atividade plasmática de renina foram 52,9 ng/dl (1-16 ng/dl) e 16,8 ng/ml/h (0,2-2,8 ng/ml/h). A hipótese de hiperaldosteronismo primário, devido ao uso de inibidor da enzima conversora, ou secundário foi aventada. Ultrassom renal e doppler de artérias renais são normais. A tomografia helicoidal com contraste não evidenciou massa adrenal ou massa abdominal. A arteriografia renal demonstrou estenose severa da artéria renal direita, intraparenquimatosa, em duas artérias (polo superior e inferior). A artéria renal esquerda estava preservada. O diagnóstico de NF1, através de achados clínicos, estenose de artéria renal direita, levando à hipertensão secundária foi feito. O paciente foi tratado com antihipertensivos (IECA, bloqueador de canal de cálcio (BCC)) recebeu alta hospitalar com controle pressórico satisfatório. O caso foi encaminhado ao Hospital das Clínicas/FMUSP para intervenção hemodinâmica. Em outubro de 2011, foi realizada angioplastia do ramo inferior da artéria renal direita sem sucesso no ramo superior. Em uso de IECA e BCC com controle pressórico adequado. Conclusões: O caso demonstra a importância da prevenção primária, do exame clínico e de diagnóstico precoce para tratamento adequado e podem evitar as adversidades da hipertensão. 818 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-568 PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO DERIVADAS DE TECIDO ADIPOSO EM MODELO MURINO DE LESÃO RENAL AGUDA E CRÔNICA NEFROTÓXICA Burgos-Silva M, Donizetti-Oliveira C, Costa, PB, Almeida DC, Cenedeze MA, Malheiros DMAC, Reis MA, Pacheco-Silva A, Semedo P, Câmara NOS UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, UFTM, Minas Gerais, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo Introdução: Diante a falta de terapias mais eficazes em relação à renal aguda (LRA) e crônica (LRC), tem-se focado intensamente na possibilidade do uso de células-tronco para efeitos protetores ao órgão. As células-tronco mesenquimais (CTMs) têm mostrado grande potencial no tratamento de diversas doenças de caráter imunológico, embora ainda exista discussão sobre seu mecanismo de atuação. Objetivos: Buscando uma maior compreensão do papel das CTMs, avaliamos o efeito das células-tronco derivadas de tecido adiposo (CTAds), na LRA e LRC através de um modelo experimental de nefrotoxicidade induzida por ácido fólico. Métodos: Para a indução de LRA e LRC camundongos FVB (8 semanas) receberam ácido fólico (AF) (200mg/kg massa corpórea) via intraperitoneal (i.p.) e foram sacrificados após 48h e 4 semanas respectivamente. Paralelamente CTAds derivadas de camundongos FVB foram administradas (1.106 cel/animal, i.p.) 24h após o AF. Amostras de sangue e tecido renal foram coletadas para análise de função (ureia sérica), expressão proteica (multiplex e imunohistoquímica) e avaliação de fibrose renal (picrosírius). Reultados: Analises agudas revelaram que o tratamento com CTAds induziu proteção significante (p<0.05) à função renal vista por menores níveis de ureia sérica. Este dado correlacionou a uma menor expressão proteica de citocinas e quimiocinas inflamatórias (significante para KC e tendência para GM-CSF, MIP-1a, MCP-1 e IL-6). Estes também demonstraram menor expressão de PCNA e MPO. Estes dados indicam que agudamente, o tratamento com CTAds manteve a função renal e reduziu o processo inflamatório e desregulação do ciclo celular de forma aguda no tecido. Ensaios crônicos demonstraram que, o tratamento com CTAds foi capaz de reduzir a fibrose renal, com a redução de colágeno intersticial. Estas também reduziram a expressão de citocinas e quimiocinas inflamatórias (significante para eotaxina e IFNg e tendência para IL-2 e MIP-1a). Desta forma, estudos crônicos demonstraram que o tratamento com CTAds protegeu contra fibrogênese renal e inflamação crônica. Conclusão: Este trabalho demonstrou o efeito benéfico do tratamento com CTAds à LRA e LRC, nefrotóxica via a modulação do processo inflamatório, regulação do ciclo celular, e redução à fibrogênese renal fazendo deste, uma potencial terapia a ser utilizada em meio clínico. 819 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-748 ÂNGULO DE FASE E PARÂMETROS DO ESTADO NUTRICIONAL EM DOENTES RENAIS CRÔNICOS ANTES E APÓS A HEMODIÁLISE Pimentel LR, Medeiros JMB, Ramos LB, Sampaio E, Gusmao MH, Andrade T UFBA, UFBA, UFBA, UFBA, UFBA, UFBA Introdução: Na prática clínica são muitos os Métodos utilizados na avaliação de pacientes em hemodiálise (HD), a maioria com limitações. A antropometria e a bioimpedância elétrica (BIA) são Métodos validados em HD, porém as alterações hidroeletrolíticas podem reduzir a acurácia dos mesmos. O ângulo de fase (AF), uma variável da BIA, vem se destacando como importante indicador prognóstico, mas sua relação com marcadores nutricionais é controversa. Objetivo: Este estudo Objetivou avaliar a existência de associação e concordância entre o ângulo de fase e parâmetros do estado nutricional em indivíduos renais crônicos, antes e após o tratamento dialítico. Casuística e Métodos: Estudo transversal, com 57 pacientes em HD, de ambos os sexos. Os participantes realizaram avaliação antropométrica (Índice de Massa Corporal – IMC e Circunferência Muscular do Braço - CMB) e a avaliação pela BIA (Percentual de Massa Celular Corporal - %MCC e AF), antes e após a HD. Foram realizadas análises descritivas, teste T de student, correlação de Pearson e concordância a partir do coeficiente Kappa. Resultados: Um estudo transversal com população de doentes em programa regular de hemodiálise da Unidade de Tratamento Hemodialítico do Hospital São Marcos, Salvador-BA. A média de idade e o tempo em diálise não diferiram entre os sexos. Na diferença de média dos parâmetros nutricionais pré e pós-diálise, não houve diferença estatisticamente significante para as variáveis CMB e %MCC. A prevalência de desnutrição variou de 21,1% a 38,6% no período pré-diálise e de 17,5% a 47,5% no período pós-diálise, sem diferença estatisticamente significante entre os períodos. A correlação entre o ângulo de fase padronizado (AFP) e os parâmetros do estado nutricional, no período pré-diálise foi estatisticamente significante com a MCC (r = 0,063; p = 0,003), com o IMC (r = 0,388; p = 0,003) e a CMB (r = 0,275; p = 0,039) foi positiva e fraca. No período pós-diálise a MCC foi a única variável que não teve correlação estatisticamente significante. A análise de concordância pelo coeficiente Kappa entre o AFP e demais parâmetros, no período pré-diálise, mostrou concordâncias pobres ou fracas e no período pós-diálise houve discordância com a MCC. Conclusões: O AF teve fracas associações com os outros parâmetros. As perdas hídricas não influenciaram as relações do AF. São necessários outros estudos a fim de tornar mais concreto o papel do AF na avaliação nutricional em HD. 820 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-311 PERFIL DOS INDIVÍDUOS QUE PARTICIPAM DE PROGRAMAS PÚBLICOS PARA RASTREAMENTO DE DOENÇA RENAL EM PELOTAS-RS Paslowski JR, Valle LJ, Madeira LC, dos Santos MS, Tornatore AR, Vianna FB, Junior EM, Gornatti VP, Barcellos FC, Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL Introdução: A doença renal crônica (DRC) constitui hoje um importante problema de saúde pública. A prevalência de DRC tem sido estimada em 12% na população geral. Além disso, a incidência vêm aumentando devido a maior sobrevida de pacientes portadores de doenças crônicas, em especial a DM e a HAS, as quais são importantes fatores de risco pra DRC. Por essa doença estar associada a elevada morbimortalidade, ser considerada fator de risco cardiovascular, e representar alto custo para saúde pública, esforços devem ser empreendidos em prevenção e diagnóstico precoce. Objetivo: Analisar o perfil dos indivíduos rastreados em uma campanha publica visando prevenção e diagnostico precoce de DRC, desenvolvida no Dia Mundial do Rim de 2012. Casuística: 264 pessoas avaliadas em campanha pública de prevenção alusiva ao Dia Mundial do Rim de 2012, realizada em município de médio porte do sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal com aplicação do questionário desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, medida da pressão arterial (PA), do peso, altura, circunferência abdominal e realização de teste de urina por fita reagente (dipstick) em indivíduos que apresentavam fatores de risco para DRC. As variáveis registradas incluíram idade, sexo, ganho mensal, profissão, comorbidades, medicação em uso e tabagismo. Os pacientes que apresentavam proteinúria, hematúria ou glicosúria eram encaminhados ao ambulatório de nefrologia de hospital universitário.. Resultados: Foram avaliadas 264 pessoas, 34% de sexo masculino, idade média de 56 anos, com 68% de cor branca. A renda familiar era de 1 salário mínimo (SM) em 49% , de 2 a 5 SM em 475%; 16% relatavam diabetes, 58% HA e 13% tabagismo. A PA sistólica superior a 140mmHg e diastólica superior a 90mmHg foram encontrados em 17% e 11% da amostra, respectivamente. 52% dos indivíduos apresentavam sobrepeso ou obesidade. Entre os 182 pacientes submetidos ao exame de urina por fita reagente, proteinúria foi encontrada em 22,5%, glicosúria em 8,2% e hematúria em 30,7% da amostra. Discussão: Na presente análise, os indivíduos que procuraram rastreamento em campanha pública de prevenção apresentavam em sua maioria baixa renda e maiores taxas de comorbidades e de sobrepeso/ obesidade em relação a população geral do município, por levantamento recente. Dois terços dos indivíduos rastreados apresentavam fatores de risco para DRC, e, entre estes, cerca de um terço apresentava anormalidades no exame de urina por fita reagente. 821 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-427 MIOCARDITE POR CITOMEGALOVÍRUS (CMV) OLIGOSSINTOMÁTICA EM PACIENTE LÚPICA Ana Paula Monteiro Rodrigues, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Allan Roberto Marques Silva, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte Hospital Ophir Loyola, Pará,Hospital Ophir Loyola, Pará, Hospital Ophir Loyola, Pará, Hospital Ophir Loyola, Pará Introdução: Miocardite por CMV em imunocompetentes é rara, mas este agente etiológico está envolvido em casos graves e fatais em imunocomprometidos. Objetivo: Relatar um caso de miocardite por CMV oligossintomática em imunossuprimido. Método: Revisão da ficha de acompanhamento da interconsulta de nefrologia do Hospital Ophir Loyola. Relato: EMCB, 22 anos, lúpica, abriu o quadro com insuficiência renal: oligúria, anasarca, uremia e sedimento ativo (proteinúria e hematúria), necessitando inclusive de hemodiálise. Apresentava ainda como critérios diagnósticos serosite, artrite e Fator Antinuclear reagente, homogêneo 1:160 e anti-DNA reagente 1:160. Iniciada pulsoterapia com corticoide devido piora progressiva da função renal enquanto aguardava resultado da biópsia renal, que revelou nefrite lúpica Classe IV com atividade leve (4/24) e cronicidade acentuada (8/12). A paciente permaneceu em hemodiálise, evoluiu com melhora do edema e remissão da artrite e serosite, mantinha apenas taquicardia sem causa definida. O ecocardiograma evidenciou miocardite, inicialmente creditada ao lúpus, porém não havia outros sinais de atividade sistêmica, o que gerou dúvidas quanto ao diagnóstico. Resultados: o PCR-CMV resultou positivo, iniciando-se ganciclovir com remissão da taquicardia, atribuída a miocardite por CMV. Conclusão: A paciente apresentou quadro muito frustro de miocardite, o que chamou atenção principalmente pelo fato de ser imunossuprimida, uma vez que nestes casos costuma ocorrer falência cardíaca grave e até morte súbita, mesmo em pacientes jovens sem história prévia de doença coronariana. Tal fato pode ser atribuído à pulsoterapia com corticóide, que embora administrada com outras finalidades pode ter contribuído para a evolução benigna do quadro cardiológico, visto que este tratamento, embora ainda alvo de debate, tem se mostrado efetivo como terapia adjunta ao antiviral, dada a importância do papel da agressão linfocitária na gênese do desenvolvimento da agressão miocárdica. Estudo recente (BAUMGRATZ e cols, 2010) realizado no Hospital Israelita Albert Einstein e publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, também descreve um caso grave de miocardite por CMV tratado com sucesso com pulsoterapia com esteróides e ganciclovir. O caso evidencia a necessidade de suspeitar deste diagnóstico em pacientes imunocomprometidos, mesmo oligossintomáticos e com outras condições que justifiquem os sintomas, pois o tratamento específico pode salvar vidas. 822 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-819 EVOLUÇÃO DA FUNÇÃO RENAL E PROTEINÚRIA EM PACIENTES NÃO IDEAIS CONVERTIDOS TARDIAMENTE DE INIBIDOR DE CALCINEURINA PARA MTORI Pedro Augusto Macedo de Souza, Renata Lamego Starling, Flávia Maria Boges Vigil, Claudia Ribeiro Santa Casa Belo Horizonte, Santa Casa Belo Horizonte, Santa Casa Belo Horizonte, Santa Casa Belo Horizonte Introdução Os inibidores de calcineurina (ICN) reduziram consideravelmente a taxa de rejeição aguda (RA) no primeiro ano de transplante renal (tx), mas não aumentaram a sobrevida do enxerto a longo prazo. Os inibidores da mTOR (mTORi) possibilitaram imunossupressão sem induzir vasoconstrição ou a síntese de fatores pró fibróticos como os ICN. Porém, o momento ideal para a substituição dos ICN pelos mTORi (conversão) ainda não está estabelecido. Os protocolos de conversão precoce (até 6 meses pós tx) mostram benefício com os mTORi, mas há Resultados conflitantes na conversão tardia baseados em estudos observacionais. Objetivos Descrever os desfechos obtidos com a conversão tardia de ICN para mTORi em relação ao ritmo de filtração glomerular (RFG), proteinúria e colesterol total. Métodos Foram analisados retrospectivamente dados de pacientes em acompanhamento no ambulatório de tx renal da Santa Casa de Belo Horizonte, relativos ao tempo de tx, tempo até a conversão, mTORi usado, RFG(Cockroft-Gault), relação proteína/creatinina urinária (P/C) em mg/mg e colesterol total (CT). Métodos de estatística descritiva foram usados para descrever a população e estão expressos em média, desvio padrão, mediana e percentil (25-75%). Os dados de RFG, proteinúria e colesterol total obtidos antes e após a conversão foram analisados por testes não parametricos. A relação entre as variáveis no momento da conversão e o RFG após a conversão foi estudada por regressão multivariada. Resultados Foram convertidos 81 pacientes, sendo 50,6% de doadores vivos. Foram convertidos a everolimus 49,4%. A idade média no momento da conversão foi de 47,5 anos (+12) e a maioria (64,2%) era de homens. A mediana do tempo após tx até a conversão foi 27,5 meses (9,5-82) e a do RFG 49mL/min (41-60,7). No momento da conversão a P/C media e a mediana de colesterol total foram, respectivamente, 0,1(+ 0,03) e 172mg/dL (147-207). Após a conversão a mediana do RFG aumentou para 56mL/min (41-70), com significância estatistica (p=0,03). Também houve aumento no nivel de CT e P/C respectivamente, mediana 217mg/dL (181-239) p<0,01 e media 0,55 (+ 0,15). Um quarto desta população foi convertida com RFG<40mL/min, mediana 25mL/min (21-33). Após a conversão o RFG ficou estável, mediana 28mL/min (21-45) p=0,09. A creatinina manteve-se estável para os receptores de rim cadaverico, antes da conversão media de 2mg/dL (+1,44) e após 2mg/dL (+1,45). Para os trnasplantaods intervivos houve melhora da creatinina de 1,5mg/dL (+0,6) para 1,0mg/dL (+0,5). Conclusão Neste estudo, pacientes convertidos tardiamente mantiveram função renal estável ou melhor apesar de discreto aumento no nivel de proteinuria e CT. Se considerarmos aqueles receptores de rim cadaverico e com RFG<40mL/ min vemos que a conversão, embora não traga ganho no RFG, é uma estrategia segura. O estudo CONVERT mostrou melhora do RFG em um esquema de conversão para sirolimus após 6 meses de tx principalmente naqueles com RFG > 40 mL/min no momento da conversão. Estudos de conversão para everolimus também mostram melhora do RFG com a mudança do regime terapêutico. Como limitação a falta de controles pareados mantidos em regime com inibidor de calcineurina não permite comparar as diferentes estrategias de imunossupressão de manutenção. 823 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-171 ANÁLISE DOS PARÂMETROS DO METABOLISMO MINERAL E ÓSSEO DURANTE O PRIMEIRO ANO DE PACIENTES INCIDENTES EM HEMODIÁLISE Paschoalin RP, Silva CAB, Paschoalin NP, Paschoalin VP, Carvalho TC, Abreu PSN, Paschoalin EL, Moura Junior JA Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia, Clinica Senhor do Bonfim, Bahia Introdução: Anormalidades nos parâmetros do metabolismo mineral e ósseo são frequentes em pacientes portadores de doença renal crônica terminal em terapia dialítica. Diretrizes clínicas propondo metas para cálcio, fósforo e PTHi são utilizadas para direcionar o tratamento desses pacientes. Objetivo: Avaliar se os pacientes incidentes em hemodiálise conseguem atingir as metas de tratamento proposto pelo KDOQI (National Kidney Foundation´s Kidney Disease Outcomes Quality Initiative) durante o primeiro ano de tratamento renal substitutivo (TRS). Material e Métodos: Foram analisados dados de todos os 180 pacientes incidentes em hemodiálise na Clinica Senhor do Bonfim em Feira de Santana – Bahia, no período de Agosto 2008 a Abril 2011, que completaram ao menos um ano de diálise. 106 (58,8%) eram do sexo masculino. A idade média foi de 48,2 + 17,2 [12 - 83] anos. A maioria desses pacientes (89%) não realizou acompanhamento prévio com nefrologista antes do início da TRS. Nenhum desses pacientes foi submetido à paratireoidectomia durante o primeiro ano de tratamento hemodialítico. Todos os pacientes usaram dialisato com cálcio de 3,0 meq/L durante todo o período de avaliação. Informações sobre as medicações relacionadas ao tratamento do distúrbio mineral e ósseo não foram disponibilizadas. Foram analisados valores de cálcio, fósforo, PTHi e fosfatase alcalina total sérica no início do tratamento (T0), aos 6 meses (T6) e aos 12 meses (T12). Resultados: Houve um incremento na porcentagem de pacientes dentro dos limites propostos pelo KDOQI em relação aos valores do início do tratamento para todas as variáveis. Os pacientes com cálcio sério dentro dos valores de referência (8,4 – 9,5 mg/dL) passaram de 40,5% em T0 para 56,1% em T12 . Fósforo sérico (3,5 – 5,5 mg/dL) passou de 39,4% em T0 para 61,1% em T12. PTH sérico (150-300 pg/mL) passou de 23,8% em T0 para 33,8% em T12. Fosfatase alcalina (100-300 UI) passou de 57,2% em T0 para 66,6% em T12. O produto Cálcio x Fósforo (< 55) também apresentou melhora, passando de 63,8% em T0 para 78,8% em T12. Todas as melhoras nas variáveis apresentaram diferenças estatísticas, exceto para a fostatase alcalina. Conclusão: No presente estudo, tendo como base os valores propostos pelo KDOQI, os pacientes apresentaram melhores parâmetros laboratoriais relacionados ao metabolismo mineral e ósseo no decorrer do primeiro ano de tratamento hemodialítico. 824 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-654 AMILOIDOMA PÉLVICO: UM CASO RARO DE INSUFICIÊNCIA RENAL OBSTRUTIVA Moraes CE, Cavalcante MS, Costa e Silva VT, Costalonga E, Palomba H, Hung James, Yu L, Burdmann EA, Martinez GA Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Hematologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Nefrologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, Serviço de Hematologia, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil Paciente de 57 anos, portador de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Melitus, em acompanhamento no ambulatório de hematologia desde 2000 por plasmocitoma solitário extramedular produtor de cadeia leve kappa em região inguinal direita, tratado com radioterapia e ressecção cirúrgica com resposta completa. Em agosto de 2010, paciente apresentava queixa de massa em hipogástrio à direita, palpável ao exame físico. Exames laboratoriais mostravam apenas relação Kappa / Lambda (cadeia leve livre) elevada sem evidencia de lesões de órgão alvo relacionadas ao mieloma múltiplo. TC de abdome e pelve evidenciou lesão expansiva heterogênea na pelve à direita, com calcificações de permeio, medindo 15,0 x 11,5 cm nos seus maiores eixos transversos. A lesão envolvia os vasos ilíacos internos e externos à direita, que permaneciam pérvios, além de envolver o ureter distal deste lado, com moderada hidronefrose à montante e retardo na concentração e excreção de contraste pelo rim correspondente. Biópsia da massa (setembro/2010) revelou reação gigantocelular de tipo corpo estranho associada à material amilóide. Mantinha-se sem lesões de órgão alvo relacionadas ao mieloma múltiplo, porém biópsia de medula óssea confirmou infiltração por plasmócitos produtores de cadeia leve kappa. Em nova biópsia em dezembro/2010, evidenciou-se e confirmou-se o diagnóstico de plasmocitoma associado a material amilóide, com imunohistoquímica positiva para cd138 e kappa. Foi submetido à quimioterapia com 2ciclos do protocolo DTPACE (doxorrubicina, cisplatina, talidomida, etoposide) em dezembro de 2010, com resposta insatisfatória e progressão da hidronefrose, sendo submetido a nefrostomia bilateral em janeiro de 2011. Sem resposta à quimioterapia sistêmica e com progressão de massa, foi proposta a realização de radioterapia, tendo em vista impossibilidade de ressecção cirúrgica. Em dezembro de 2011, paciente apresentou progressão do mieloma múltiplo com piora da função renal, anemia, elevação de pico monoclonal e proteinúria às custas de cadeia leve kappa. Foi optado por quimioterapia oral com ciclofosfamida e dexametasona, porém paciente evoluiu com deterioração da performance clínica, complicações infecciosas graves e piora progressiva da função renal. Internou em março de 2012 por quadro de choque séptico de foco pulmonar e início de terapia dialítica, indo a óbito em abril de 2012. 825 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-244 AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA A PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM ADULTOS ASSISTIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA REGIÃO LESTE DE GOIÂNIA Mendes MAS, Filho DMC, Rocha MS, Fonseca TB Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás,Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiás Introdução: A função renal é essencial para a manutenção da homeostase corporal, e é notável a amplitude que vem tomando a presença de DRC em escala global. O diagnóstico precoce e a implementação de medidas que retardem a progressão da doença, bem como a correção e controle de comorbidades frequentes são medidas preventivas à sua evolução. Objetivo: Avaliar os fatores de risco modificáveis e alteração da função renal nos indivíduos adultos assistidos pela ESF da região Leste de Goiânia. Além de correlacionar esses dados às medidas preventivas e retardatárias do progresso da DRC em pacientes atendidos pela Atenção Básica de Saúde. Casuística e Métodos: Dentro dos critérios de inclusão é regra a participação de indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos pertencentes a famílias atendidas pela ESF do Distrito Sanitário Leste de Goiânia. Em estratégia quantitativa, os dados serão coletados por meio de um questionário. Este inclui amplas vertentes e será associado a avaliação física e exames complementares, amostras da urina e sangue capilar, Já nos exames laboratoriais serão observados a dosagem de creatinina sérica, albuminúria e creatinina em urina noturna e glicemia capilar, filtração glomerular será de definido pelo clearance. Resultados: A avaliação aconteceu em 300 indivíduos onde a faixa etária média foi de 44,09. Desses, 67,25% são mulheres. Também foi identificado que aproximadamente 24,3% são obesos, e no exame físico, após as três aferições, foi detectado que aproximadamente 13,6% tinham alteração na pressão sistólica média, aproximadamente 1,4% apresentaram alteração na pressão diastólica média e 10% apresentaram alterações em ambas; 11,4% declararam ser portadores de Diabetes Mellitus. E 15,5% apresentaram alteração albuminúrica. Conclusões: Vários fatores implicam na evolução do quadro de DRC, muitos destes são evitáveis, fato que dá maior relevância a prevenção. É notável que o fator socioeconômico também seja relevante em ações preventivas. Ações educativo-informativas, atendimento integrado e acompanhamento ao doente renal crônico podem diminuir, em quantidade elevada, as consequências da evolução do quadro de DRC. 826 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-581 SCORE AKIN (ACUTE KIDNEY INJURY NETWORK) NÃO PREDIZ MORTALIDADE PÓS-TRANSPLANTE ORTOTÓPICO DE FÍGADO (TOF) Thais Nemoto Matsui, Cláudia Totoli,Maria Cláudia Cruz Andreoli, Maria Paula Vilela Coelho, Adriano Luiz Ammirati, Nadia Karina Guimaraes de Souza, Ben-Hur Ferraz Neto, Bento Fortunato Cardoso dos Santos Hospital Israelita Albert Einstein - Centro de Diálise Einstein, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, Hospital Israelita Albert Einstein Centro de Diálise Einstein, Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade de Transplante Hepático, Hospital Israelita Albert Einstein - Centro de Diálise Einstein, Hospital Israelita Albert Einstein - Centro de Diálise Einstein, Hospital Israelita Albert Einstein - Unidade de Transplante Hepático, Hospital Israelita Albert Einstein - Centro de Diálise Einstein Introdução: Estudos anteriores têm demonstrado que a insuficiência renal no período peritransplante hepático exerce impacto negativo significativo no desfecho dos pacientes. No entanto, os níveis de creatinina utilizados nesses estudos tendem a subestimar a insuficiência renal em paciente com cirrose. Objetivo: O Objetivo do presente estudo foi determinar o impacto da disfunção renal pré-transplante, avaliada pelo score AKIN, na mortalidade em 28 dias e em um ano após o transplante hepático. Casuística e Métodos: Este estudo transversal incluiu 283 pacientes com doença hepática crônica admitidos entre 1º de junho de 2005 e 31 de dezembro de 2009 em internação seguida de transplante ortotópico de fígado. O escore AKIN foi determinado no momento da internação e imediatamente antes do transplante. Disfunção renal aguda foi definida de acordo com o critério AKIN como aumento da creatinina sérica igual ou superior a 50% do nível basal. Resultados: Dos 283 pacientes incluídos (52,4 + 11,7 anos), 54,4% apresentavam hepatopatia de etiologia viral, com MELD 19,4 + 17,5 e 21,6% eram diabéticos. Disfunção renal aguda na admissão e no dia do transplante foi observada em 83 (29,3%) e 81 (28,6%) pacientes, respectivamente, com os seguintes scores AKIN: 1=48,2%, 2=22,9%, 3=28,9% na admissão; 1=37%, 2=13,6%, 3=49,4% no dia do transplante. Durante hospitalização, terapia de substituição renal (TSR; contínua ou intermitente) foi necessária em 77 casos (27,2%). A taxa de mortalidade após 28 dias foi de 6,4%, com taxas semelhantes entre os scores (1=7,5%, 2=5,3%, 3=4,2% na admissão, p=0,692; 1=3,3%, 2=9,1%, 3=7,5% no dia do TOF, p=0,811). Da mesma forma, a mortalidade em um ano após o transplante não foi influenciada pelo AKIN na admissão (1=17,5%, 2=26,3%, 3=16,7%, p=0,129). No entanto, a mortalidade em um ano esteve associado à maiores scores AKIN no dia do transplante (1=6,7%, 2=18,2%, 3=30%, p=0,004). Após ajuste para MELD e diabetes, necessidade de TSR (OR 4,116, CI95% 1,830 – 9,261, p=0,001) e idade (OR 1,037, CI95% 1,000 – 1,076, p=0,049), mas não AKIN, foram indepedentemente associados à mortalidade no primeiro ano pós-TOF. Conclusão: Inesperadamente, o score AKIN não foi preditor de mortalidade nos primeiros 28 dias e um ano após o transplante. A necessidade de TSR peritransplante foi o principal fator prognóstico pós-TOF. 827 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-569 PAPEL DO IFNg NA ATIVAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS: ANÁLISE EM UM MODELO DE LESÃO RENAL Costa PB, Burgos-Silva M, Almeida DC, Semedo P, Reis MA, Pacheco-Silva A, Câmara NOS UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UFTM, Minas Gerais, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo Introdução: A terapia com células-tronco vem surgindo como uma alternativa à lesão renal aguda (LRA). Ensaios experimentais e clínicos com células-tronco mesenquimais (CTMs) demonstraram potencial reparador em LRA. Sabe-se que no ambiente da lesão, citocinas pró-inflamatórias, tais como TNFa e IFNg, ativam o papel terapêutico das células-tronco mesenquimais (CTMs). No entanto pouco se sabe sobre esse mecanismo. O presente estudo buscou analisar o papel do IFNγ na ativação das CTMs em modelos renais. METODOLOGIA: As CTMs de animais nocautes para receptor de IFNg (IFNgR KO) e de animais selvagens (C57/Bl6) foram isoladas do tecido adiposo. Essas células foram caracterizadas por imunofenotipagem e por diferenciação em adipócitos e osteócitos. A lesão renal aguda foi obtida através do clampeamento dos pedículos renais de camundongos machos C57/Bl6, por 45 min. Após 4hs da lesão isquêmica, as CTMs IFNgR KO e de animais controles foram administradas intraperitonealmente, e 24hs após a cirurgia os animais foram sacrificados. Resultados: Ambos os tratamentos com CTMs mostraram redução significativa da uréia e creatinina, porém o tratamento com CTM IFNgR KO foi menos eficaz. A análise de necrose tubular aguda (NTA) corrobora com ensaios funcionais. Ambos os tratamentos com células reduziram a expressão de mRNA de IL-6 quando comparado com animais não tratados. A expressão de mRNA de IL-10 foi maior em animais tratados com CTM WT quando comparada com o grupo não tratado e o grupo CTM IFNgR KO. A análise de PCNA por imuno-histoquímica demonstra que os animais tratados com CTM WT apresentam maior taxa de proliferação celular quando comparada com os animais tratados com CTM IFNgR KO. No ensaio de Tunel, observou-se que o grupo tratado com CTM IFNgR KO apresenta um índice maior de apoptose do que os outros grupos. Além disso, análises in vitro demonstraram que CTM IFNgR KO têm uma menor taxa de proliferação que as CTM WT. No entanto, quando CTM WT é incubada com IFNg recombinante (20ng/mL) a taxa proliferativa é diminuída. Conclusões: Nota-se que os animais tratados com CTMs IFNgR KO apresentam uma pequena melhora dos sintomas de IRA, portanto a presença de receptor de IFNg não é essencial para a reparação do tecido, mas a capacidade reparadora, via imunomodulação, é reduzida. Mais pesquisas são necessárias para compreender melhor o papel do IFNg na ativação e resposta de CTMs e suas implicações em terapia celular. Apoio: FAPESP, CNPq. 828 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-839 MONITORAMENTO DAS INTERNAÇÕES PARA TRANSPLANTE RENAL REALIZADAS EM BELO HORIZONTE NO ANO DE 2011 Reis FCL, Silva BMVC, Saraiva FMC, Dayrell M Comissão Municipal de Nefrologia e Transplantes, Belo Horizonte, Comissão Municipal de Nefrologia e Transplantes, Belo Horizonte, Comissão Municipal de Nefrologia e Transplantes, Belo Horizonte, Comissão Municipal de Nefrologia e Transplantes, Belo Horizonte Introdução: A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA/SUS-BH) criou instrumento padronizado para avaliar os Resultados imediatos dos transplantes renais durante o processo de internação dos pacientes. Objetivo: Avaliação do processo de implantação do instrumento adotado pela SMSA para monitoramento da qualidade da assistência hospitalar prestada pelos centros transplantadores. METODOLOGIA: Foi adotado um questionário a ser preenchido pelos supervisores hospitalares (Serviço de Avaliação e Controle da SMSA) contendo informações a respeito da presença de documentos obrigatórios no prontuário do receptor, aspectos técnicos/qualidade da assistência pós transplante, além da data da alta hospitalar/óbito. Realizada seleção no Sistema de Informação de Internação Hospitalar (SIH/ DATASUS/MS) de todos os transplantes renais realizados em 2011. Avaliação do perfil epidemiológico dos pacientes submetidos ao transplante e comparação das taxas de mortalidade segundo o tipo de transplante renal. Avaliação da adesão e qualidade da notificação dos casos realizada pelo Serviço de Avaliação e Controle da SMSA através da comparação entre as duas fontes de informação. Resultados: Foi registrada em 2011, no SIH, a realização de 266 transplantes renais, sendo 144 (54%) doadores falecidos e com predomínio do sexo masculino (63%). A média de idade foi de 42 anos, variando de 3 a 74 anos. A taxa de mortalidade foi 10% para doador falecido e 5,7% para doador vivo (OR=0,5, p>0,05). Foram 261 notificações de avaliação do transplante, ou seja, 98% dos casos, demonstrando uma boa adesão ao instrumento. Houve preenchimento insatisfatório do questionário, principalmente em relação aos aspectos técnicos/qualidade, como por exemplo, tempo de isquemia fria. Conclusões: Há necessidadede reformulação do questionário, na perspectiva de aprimoramento do instrumento para a vigilância dos óbitos no transplante renal e do cumprimento pelos centros transplantadores das rotinas estabelecidas nas portarias do ministério da saúde que regulamenta as ações assistenciais do transplante. 829 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-12 ASSOCIAÇÃO DA SOBRECARGA HÍDRICA AVALIADA PELA BIOIMPEDÂNCIA COM O DESCONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL Patricia Santi Xavier, Francieli Cristina Delatim Vannini, Bárbara Perez Vogt, Cassiana Regina Góes, Jacqueline Teixeira Caramori, Pasqual Barretti, Luis Cuadrado Martin Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP Introdução: A bioimpedância (BIA) monofreqüencial é considerada uma ferramenta útil na interpretação do estado de hidradatação dos pacientes em hemodiálise (HD); entretanto poucos estudos fornecem parâmetros para interpretação dos dados desse método que sejam de fácil aplicação na prática clínica. Objetivo: Encontrar o melhor ponto de corte do nível da água corporal total (ACT) para prever a ausência de controle da pressão arterial. Metodologia: Estudo realizado em pacientes com doença renal crônica (DRC) com idade superior a 40 anos, em HD, nos quais foi avaliada a ACT pela BIA, essa ACT foi comparada com o volume estimado pela fórmula de Watson. Foram coletados a PA pré- diálise e os pesos pré e pós-diálise das cinco últimas sessões que antecederam a BIA, bem como a medicação anti-hipertensiva utilizada. Foi traçada a curva ROC considerando como variável desfecho a ausência de controle da PA pré- diálise (definida como média de cinco diálises igual ou superior a 140x90mm Hg). A variável independente foi à diferença entre a ACT aferida pela BIA e o volume estimado pela formula de Watson que foi considerado sobrecarga hídrica. Resultados: Foram avaliados 67 pacientes com idade de 62±10,8 anos, 75% brancos, 51% masculinos, 52 % diabéticos. A pressão arterial foi de 138±17 x 85±21,4 mm Hg; 54% dos pacientes apresentavam PAS ≥ 140 mm Hg ou PAD ≥ 90 mm Hg. A área sob a curva ROC da sobrecarga hídrica na predição da ausência de controle da PA foi de 0,647 com intervalo de confiança para 95% de 0,513-0,781 (p=0,04). O melhor ponto de corte para prever a ausência de controle da PA foi sobrecarga hídrica de 300,3 g no pré-diálise. A sensibilidade foi de 73%, a especificidade foi de 60 %, o valor preditivo positivo foi de 69% e o valor preditivo negativo foi de 64%. Conclusão: A BIA monofrequencial teve poder discriminatório de prever o descontrole da pressão arterial e o ponto de corte foi uma sobrecarga hídrica de 300,3g no pré-diálise. 830 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-768 PERFIL NUTRICIONAL DE DIABÉTICOS E HIPERTENSOS ATENDIDOS EM COMUNIDADE Azevedo SRG, Silva WTS, Petrucio WS, Pereira LS, Petruccelli KCS, Schramm AMM, Souza JJ, Brandao HCS, Lindenberg AB Centro de Doenças Renais do Amazonas, Faculdade Metropolitana de Manaus, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas,Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Amazonas, Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas Introdução: As principais causas de desenvolvimento de doença renal crônica (DRC) são a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, o estado nutricional está intimamente ligado ao controle dessas patologias, retardando a evolução para uma DRC. Objetivo: Avaliar o perfil nutricional de diabéticos e hipertensos atendidos em uma comunidade urbana na cidade de Manaus-Am. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com participação de 266 pacientes de ambos os gêneros, com idade entre 27 a 91 anos no período de dezembro de 2011 a maio de 2012. Na avaliação antropométrica foi verificado peso e altura para a classificação de Índice de Massa Corporal (IMC), e circunferência abdominal que é utilizado como indicador de risco para doenças cardiovasculares (DCV). Foi coletada glicemia capilar em jejum e também aferida a pressão arterial. Resultados: Da amostra estudada 43,2% eram do gênero masculino e 56,8% feminino, com idade média de 59 ± 11, prevalecendo a faixa etária entre 50 a 69 anos. A hipertensão foi encontrada em apenas 9,4% dos pesquisados, 38,3% com diabetes e 52,3% dos pacientes eram portadores de diabetes e hipertensão. A média de peso, altura, IMC e glicemia foram de 72 ± 14, 1.57 ± 0.1, 29 ± 5 e 230 ±98, respectivamente. De acordo com o IMC, 20% estavam eutróficos, 39% em sobrepeso, 29% com obesidade grau I, 9% em obesidade grau II e apenas 2% com obesidade mórbida. A circunfe­rência abdominal, glicemia capilar e pressão arterial estavam alteradas em 88%, 87% e 53% da população estuda respectivamente. Conclusão: Entre os pacientes estudados, houve maior prevalência entre os portadores de diabetes e hipertensão. A circunferência da cintura e hiperglicemia foi encontrada na maioria dos pacientes, mostrando um grande risco para DCV e necessidade de melhor controle dietético em relação à glicemia e pressão arterial que mostrou-se elevada na metade dos paciente. O sobrepeso e obesidade grau I foram frequentes de acordo com o IMC. Portanto, faz-se necessário o acompanhamento dietético visando adequar o estado nutricional, favorecendo o controle clínico das enfermidades, retardando suas com­plicações entre elas a DRC. 831 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-16 ASSOCIAÇÃO ENTRE TIPOS DE ACESSOS VASCULARES PARA HEMODIÁLISE E INFECÇÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS Oikawa L, Oliveira APL, Bezerra J, Hung J Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Introdução. A infecção é uma das principais causas de mortalidade e morbidade em pacientes em diálise. Os pacientes dialíticos apresentam predisposição à infecção devido a alterações no mecanismo de defesa (sistema imunológico), idade avançada, desnutrição, implantação de dispositivos para diálise ou presença de outras comorbidades, tais como diabetes ou câncer. Objetivos. O Objetivo do presente estudo é analisar o perfil dos pacientes dialíticos em um centro de oncologia; associar tipos de acessos vasculares e a incidência de infecção nesses pacientes. Casuística e Métodos. Foram estudados a passagem de 98 cateteres em 61 pacientes internados no período de janeiro de 2011 a maio de 2012 em um centro oncológico. Foram excluídos pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva. Resultados. Sessenta e um pacientes foram analisados. Desses, 38 eram do sexo masculino (62%) e 23 do sexo feminino (38%). A média da idade era de 62±14 anos. Em relação aos tipos de câncer: 20% neoplasia de próstata, 20% tumores relacionados ao trato gastrointestinal (cólon, sigmóide, reto, estômago e esôfago), 15% mieloma múltiplo, 10% neoplasia de bexiga, 10% tumores ginecológicos, 8% tumor renal, 7% linfomas, 10% outros. Localização do acesso vascular para hemodiálise: 38% femoral (veia femoral direita/esquerda) e 62% em veia jugular ou subclávia. Cateter de duplo lúmen correspondia a 36% dos acessos vasculares e cateter de triplo lúmen, 64%. Dos acessos infectados, não houve diferença entre o local de passagem do acesso vascular (femoral ou veias superiores). Entretanto, houve uma diferença significativa em relação ao tipo de cateter: dos 35 cateteres de triplo lumen, 14 resultaram em cultura positiva (40%), enquanto que dos 63 cateteres de duplo lumen, 6 resultaram em cultura positiva (9.6%). A manipulação do cateter por equipe multiprofissional também resultou em maior taxa de infecção (24% vs 17% nos manipulados somente pela equipe da diálise). Os agentes mais frequentemente isolados foram: S. aureus (oxa-R), S. epidermidis, S. capitis, K. pneumoniae, S. maltophilia, C. albicans, E. faecalis, E. faecium. Conclusão. A infecção de cateter é um problema muito frequente em pacientes dialíticos. A frequente manipulação do cateter e por diversas equipes estão associados a uma maior incidência de infecção. A taxa de infecção do acesso na veia femoral não foi maior que na veia jugular/subclávia. 832 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-343 TREINAMENTO DE FORÇA MELHORA A FUNÇÂO RENAL E REDUZ A PRESSÂO ARTERIAL EM MODELO DE LESÂO RENAL CRONICA Moraes MR, Passos CS, Almeida DC, Rosa TS, Souza MK, Bacurau RF, Pacheco-Silva A, Câmara NOS USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo Introdução: Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) apresentam alterações na função renal e pressão arterial (PA). Estudos têm demonstrado que um programa de exercício físico (EF) aeróbio para estes pacientes contribui para melhora da função renal, hipertensão arterial, capacidade funcional, função cardíaca, força muscular e, conseqüentemente, melhora na qualidade de vida. O treinamento de força (TF), recentemente mostrou-se eficaz em atenuar os efeitos deletérios causados pela DRC em pacientes submetidos à hemodiálise. Um modelo animal de DRC é o rato nefrectomizado (5/6NX), que vem sendo utilizado como ferramenta para avaliar os efeitos do EF aeróbio na DRC. No entanto, estudos com o TF não foram realizados com esse modelo de DRC. Objetivo: Investigar os efeitos do TF na lesão renal crônica de ratos nefrectomizados. Metodologia: Vinte ratos Wistar (250 g) foram divididos em grupos: controle não-nefrectomizado; sedentário (GS, n=5) e treinado (GT, n=5); e, nefrectomizados 5/6NX; sedentário (G5/6NX-S, n=5) e treinado (G5/6NX-T, n=5). O TF foi realizado 3 vezes por semana em dias alternados por 8 semanas, em uma escada com 1,20m de altura a 85º de inclinação, os animais realizaram 8 séries de subida na escada com pesos acoplados a cauda, equivalente a 70% da massa corporal total (MCT), e, com 1 min de intervalo entre as séries. Foram realizadas dosagens de creatinina (Crt) e uréia sérica, medida da PA caudal e pesagem da MCT no término das 8 semanas. Para análise estatística foi utilizada ANOVA de medidas repetidas, e foi considerado significante P<0,05. Resultados: Houve uma redução significativa da Crt (2,0±0,3 vs 1,1±0,1 mg/dl, P<0,01) e uréia (200±12 vs 100 mg/dl, P<0,01) quando comparamos os grupos G5/6NX-S e o G5/6NX-T, respectivamente. Os GS e GT não apresentaram diferenças significativas. A PA foi menor após o TF no G5/6NX-T, aproximadamente 74 mmHg, quando comparada com G5/6NX-S (150±22 vs 224±19 mmHg, P<0,01, respectivamente), não observamos diferenças entre o GS e o GT (117±19 vs 104±6 mmHg, respectivamente). A MCT entre os grupos não apresentou diferença significativa. Conclusão: Nossos dados demonstram pela primeira vez que ratos com DRC (modelo 5/6NX) submetidos ao TF melhoram a função renal e reduzem a pressão arterial. No entanto, mais estudos serão necessários para melhor compreensão dos efeitos do treinamento de força na lesão renal crônica. 833 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-168 VARIANTES GENÉTICAS DE METALOPROTEINASE DE MATRIZ ALTERAM OS NÍVEIS CIRCULANTES DE MMP-9 NA HEMODIÁLISE Bernardo Marson, Ricardo Lacchini, Vanessa Belo, Silvia Gelpi Matos, Bartira Ercilia Pinheiro da Costa, Ivan Carlos Ferreira Antonello, Carlos Eduardo Poli de Figueiredo, José E Tanus-Santos PUCRS, RS, USP Ribeirão Preto, SP, USP Ribeirão Preto, SP, PUCRS, RS, PUCRS, RS, PUCRS, RS, PUCRS, RS, USP Ribeirão Preto, SP Introdução : níveis alterados de metaloproteínases de matriz (MMPs) e seus inibidores, os inibidores teciduais das metaloproteináses (TIMPs), estão envolvidos nas alterações cardiovasculares associadas à doença renal de estágio avançado (DREA). Polimorfismos genéticos no gene MMP-9 afetam os níveis de MMP-9. Objetivo: Verificar associação entre os polimorfismos e os níveis plasmáticos de MMP-9 e TIMP-1 em pacientes com DREA submetidos à hemodiálise (HD). Casuística e Métodos: foram incluídos 94 pacientes com DREA em HD por pelo menos 3 meses. MMP-9 e TIMP-1 foram medidos através de ELISA no plasma de amostras sanguíneas coletadas antes e depois de uma seção de hemodiálise. Genótipos para três polimorfismos de MMP-9(C-1562T, rs3918242; -90 (CA)14-24, rs2234681; e Q279R, rs17576) foram determinados através dos exames de discriminação de alelos Taqman e PCR em tempo real. Frequências de haplótipos foram determinadas pelo programa de PHASE 2.1. Resultados: A HD aumentou os níveis de MMP-9 e TIMP-1. Genótipos diferentes não apresentaram efeito nos níveis basais de MMP-9 e TIMP-1. Após a seção de HD os níveis de MMP-9 e TIMP-1 em pacientes com genótipo CC do polimorfismo C-1562T(P<0,05) elevaram-se, e aumentou também os níveis de MMP-9 em indivíduos com genótipo QQ do polimorfismo Q279R; no polimorfismo CA(n)14-24 não apresentou nenhum efeito. Os haplótipos de MMP-9 não tiveram efeito nos níveis basais de MMP-9 (P>0,05), já a hemodiálise aumentou os níveis de MMP-9 e a relação entre MMP-9/TIMP-1 em pacientes com o haplótipo CLQ (P=0,0012 e P=0,0045, respectivamente). Conclusão: Os Resultados sugerem que pacientes com DREA e genótipo QQ para o polimorfismo Q279R ou com o haplótipo CLQ são expostos a aumentos mais intensos dos níveis de MMP-9 após hemodiálise. Esses pacientes podem se beneficiar do uso de inibidores de MMP. 834 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-139 PREVALÊNCIA DE DÉFICIT COGNITIVO E DEPRESSÃO EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRONICA EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE Claus Dummer Faculdade de Medicina Universidade de Santa Cruz do Sul Intodução: Atualmente vem observando-se a presença de déficit cognitivo (DC) e depressão (DP) nos pacientes com doença renal crônica (DRC). Porém, as prevalências são subestimadas. Estes pacientes compartilham fatores de risco para o DC e DP. Diabetes Mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e fatores inflamatórios, são potenciais mecanismos no desenvolvimento do DC. A HD contribui para o DC pela indução de episódios de isquemia cerebral. A DP é a condição psicopatológica mais comum na DRC. Muitas vezes não diagnosticada, refletindo uma falta rotineira de avaliação psicológica desses pacientes. Pode estar associada ao DC, o que dificulta o diagnóstico. Objetivo: Avaliar a prevalência de DC e DP em uma população em HD, e variáveis clínicas e demográficas. Metodologia: Estudo transversal incluíndo pacientes em HD, por mais de três meses. Foram aplicados os testes Mini Mental State Examination (MMSE) e Escala de Depressão de Hamilton (EDH) durante a sessão de HD. Resultados: Foram incluídos 70 pacientes, sendo 35 (49,3%) do sexo masculino e 61 (85,9%) brancos. A média de idade foi 56,14±14,67 anos. Vinte e quatro (33,8%) pacientes apresentavam DM e 49 (69%) HAS. O tempo em HD foi 43,41 (0-140) meses. Trinta e oito (53,5%) apresentaram DP leve. Destes, 24 (68,6%) eram do sexo feminino. A DP moderada estava presente em 13 (18,3%), sendo que 9 (25,7%) eram do sexo masculino. Dezenove (26,8%) estavam em remissão. Houve uma tendência maior de DP no sexo feminino (p=0,066). Não houve associação entre o tempo de HD e DP (p=0,615). O DC foi estava presente em 32 (45%) pacientes. A média da idade foi significativamente maior nos pacientes com teste MMSE alterado, quando comparado aos pacientes com teste normal (59±14,19 vs. 52,21±14,07 anos, p=0,049). Não houve associação entre o tempo de HD e DC (p=0,415). Não houve associação entre DC, bem como DP, com sexo, raça, DM, HAS, hemoglobina, Kt/V, cálcio e fósforo. Em uma análise complementar, incluindo somente dez pacientes, não foi possível demostrar diferença signifi­cativa no DC antes e durante a sessão de HD (p=1,00). Conclusão: A prevalência de DP nesse estudo foi 71,8%, sendo na maioria DP leve e, principalmente, nas mulheres. Pacientes do sexo masculino apresentaram mais DP moderada. A prevalência de DC foi 45%, onde a média de idade foi maior nos pacientes com o MMSE alterado. Não foi possível demonstrar associação entre tempo de HD e DC, bem como DP. 835 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-185 COMPLICAÇÕES CLÍNICAS DE PACIENTES COM HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO GRAVE NA FILA DE ESPERA PARA PARATIROIDECTOMIA Castro RML, Moraes LS, Lobão R, Gesteira MFC, Oliveira MB, Neves CL Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA, Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA, Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA, Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA, Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA, Hosp Ana Neri-UFBA, Salvador-BA Introdução: O Hiperparatireoidismo secundário (HPTS) grave está associado à resistência ao tratamento clínico e necessidade de Paratireoidectomia (PTX). Objetivo: Avaliar ascomplicações clínicas e alterações laboratoriais dos pacientes portadores de HPTS grave em fila de espera para a realização da PTX. Metodologia: Estudo descritivo e retrospectivo de pacientes portadores de HPTS que realizaram PTX no período de jan/2008 a dez/2010. Coletados dados epidemiológicos (idade, gênero, tipo de diálise, causa da DRC e tempo em diálise), clínicos (sintomas, sinais e antecedentes médicos) e laboratoriais (CaT, P, FA e PTH) em três momentos específicos do acompanhamento: admissão no ambulatório, indicação da PTX e consulta pré-PTX. Resultados: 53 pacientes realizaram PTX. A média de idade 41,7 ± 11,3 anos. O tempo médio em diálise na admissão foi de 91,2 ± 45,9 meses. Na admissão 73,6% dos pacientes eram sintomáticos, 50% apresentavam CaT > 10mg/dL, 52,4% P > 5,5mg/dL e 75% apresentavam PTH > 1000pg/mL. Houve aumento significativo da FA (p=0,0083) e da prevalência de calcificações extra-óssea (p<0,0001) entre a admissão e a consulta pré-PTX. O tempo médio na fila de espera para PTX foi de 13,9 meses. Conclusão: A referência tardia ao serviço especializado, a dificuldade do tratamento precoce do HPTS, com as medicações atualmente disponíveis, justificariam a gravidade da doença no momento da admissão. Precisamos universalizar a disponibilidade de novas terapêuticas para o HPTS e capacitar novos centros habilitados em realizar a PTX para diminuir o tempo de espera, o qual influencia na morbimortalidade desses pacientes. 836 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-476 PERFIL DOS INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO AVALIADOS EM CAMPANHA PÚBLICA DE PREVENÇÃO DE DOENÇA RENAL EM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL Madeira LC, dos Santos MS, Valle LJ, Paslowski JR, Coletto A, Vontobel N, Padilha GS, Rosa CAB, Gallotti L, Tornatore AR, Barcellos FC, Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica e importante fator de risco para diversas outras doenças, decorrentes de aterosclerose ou trombose, com envolvimento renal, cardíaco, cerebral e vascular periférico. Tendo em vista o aumento da expectativa de vida, o padrão alimentar inadequado e o estilo de vida sedentário, a incidência de HAS também tem aumentado. No Rio Grande do Sul estima-se que a prevalência de HAS esteja em torno de30%, sendo que cerca de 50% desses indivíduos desconhecem o diagnóstico. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes hipertensos que procuram orientação e avaliação em campanha pública de prevenção de doença renal crônica em município do sul do Brasil. Casuística: 287 pessoas avaliadas em campanha de prevenção de doenças renais. Métodos: Estudo transversal com aplicação de questionário desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, medida de pressão arterial, peso, altura, circunferência abdominal e teste de urina por fita reagente aos indivíduos que compareceram a campanha publica de prevenção. Foram registradas as variáveis idade, sexo, comorbidades, medicamentos em uso, ganho familiar mensal e tabagismo. Os pacientes em que foram detectadas anormalidades no exame de urina por fita reagente foram encaminhados ao ambulatório de nefrologia de hospital universitário local. O diagnostico de HAS foi baseado em auto relato. Resultados: Foram avaliadas 287 pessoas, sendo que 145 apresentavam o diagnostico de HAS (50,5%). A amostra de hipertensos era composta por 69% de indivíduos de cor branca, 67% mulheres, 32% relatavam pratica regular de atividade física e 12% eram tabagistas. O sobrepeso estava presente em 36,5% e a obesidade em 42% da amostra. Dentre os 133 pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos, 18% relataram má aderência a medicação nas ultimas 24 horas. A pressão arterial sistólica esteve alterada (> ou igual a 140mmHg) em 46,8%, já a pressão arterial diastólica esteve alterada (> ou igual a 90mmHg) em 40%. Na amostra de hipertensos, 17 (11,7%) apresentavam proteinúria no exame por fita reagente. Conclusão: Na presente amostra, a maioria dos indivíduos hipertensos apresentava sobrepeso ou obesidade, e apenas um terço relatava pratica regular de atividade física. Além disso, cabe destacar o elevado índice de não aderência ao tratamento medicamentoso admitido pelos hipertensos entrevistados na presente campanha. 837 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-511 ADIPOSE-DERIVED MESENCHYMAL STEM CELLS DOWN-REGULATE THE NFKB SIGNALING PATHWAY BY TLR-2, -4 AND TNFR IN EXPERIMENTAL ACUTE KIDNEY INJURY Almeida DC, Bassi EJ, Origassa CST, Donizetti-Oliveira C, Semedo P, Burgos-Silva M, Cenedeze MA, Castoldi A, Correa-Costa, M, Moraes MR, Hiyane MI, Pacheco-Silva A, Câmara NOS UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo,USP, São Paulo, USP, São Paulo, USP, São Paulo,UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo Acute kidney injury (AKI) is great health problem in the world with limited treatments options. AKI have close association with innate and adaptive immune response, which can leading to progression of renal disease. Adipose-derived mesenchymal stem cells (Ad-MSC) possess a powerful immuneregulation activity on several immune cells and their use in the AKI can represent a promising alternative of therapy. Hence, in this present study we used Ad-MSC to prevent AKI progression in the cisplatin-induced nephrotoxicity. Firstly, Ad-MSC was isolated and extensively characterized by morphologic, immunephenotype and multilineage differentiation capacity. Then, the Ad-MSC role in the AKI context was evaluated by several in vitro and in vivo assays. Interestingly, Ad-MSC-treated mice showed an improvement in the renal function (creatinine, urea, proteinuria and lactate), lower weight loss and a better disease score compared to untreated group. In addition, kidney sections showed both a decrease in apoptosis and an increase in proliferation index in Ad-MSC-treated group. Interestingly, in the long-term evaluation, Ad-MSC-treated-mice recovered their renal function and presented higher survival rate compared to untreated group. Furthermore, pro-inflammatory factors and cytokines (IL-1α, GM-CSF, MIP-1α, KC) and transcripts associated with NFkB pathway such as C3, CSF3, EGR-1, IL-6, TNF-α and IL-1β were decreased in the kidney after Ad-MSC infusion. Moreover, NFkB signaling associated proteins (IKK-α, NFkB-p65 and IkB-α) were down regulated by Ad-MSC administration. Finally, we verified in vitro, that Ad-MSC could inhibit TLR-2,-4, TNF-R and TNF-α expression in epithelial tubular cells cultured under inflammatory conditions. In summary, all these results suggest that Ad-MSC exert a great immune regulatory activity in AKI through down regulation of NFkB-signaling pathway. Thus, this study provides a new therapeutic perspective to the development of Ad-MSC–based therapies for several kidney diseases, exploring their immune regulatory properties. 838 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-449 RELATO DE CASO: MICOFENOLATO MOFETIL NO TRATAMENTO DA PROLIFERAÇÃO MESANGIAL NA SÍNDROME DE POEMS Correa CC, Schulte ACQ, Castro RCC, Zumack JP, Fontes ACPF, Delgado AG Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ, Rio de Janeiro, Hospital Municipal Lourenço Jorge, Rio de Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ, Rio de Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ, Rio de Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ, Rio de Janeiro, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ, Rio de Janeiro Introdução: A síndrome de POEMS (polineuropatia, organomegalia, endocrinopatia, proteína monoclonal, alterações cutâneas) foi descrita em 1980 e até hoje permanece com sua fisiopatogenia incerta. Entretando, em raros casos, pode ter acometimento renal apresentando-se com hematúria, proteinúria discreta e perda parcial da função renal, podendo evoluir com insuficiência renal crônica terminal (DRCT). São descritas lesões mesangiolíticas e proliferação mesangial, porém sem tratamento específico definido. Objetivos: Relatar a melhora da função renal e da proteinúria com uso de micofenolato mofetil (MMF) em um caso de Síndrome de POEMS com biópsia renal evidenciando proliferação mesangial. Casuística e Métodos: C.R.M.S., 50 anos, masculino, iniciou acompanhamento no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho devido quadro de artralgia associado a púrpura palpável em membros inferiores. Foi submetido a 8 pulsos de ciclofosfamida pelo diagnóstico presuntivo de vasculite. Durante a investigação do quadro, apresentou febre de origem obscura associado a esplenomegalia, neuropatia sensitivo-motora de nervo sural, elevação de TSH e cortisol, e pico monoclonal de IgG, levando ao diagnóstico de Síndrome de POEMS. Evoluiu, então, com elevação da creatinina de 1,0 mg/dl para 2,3mg/d em 9 meses, além de proteinúria nefrótica (12g/24h), tendo sido encaminhado ao ambulatório de nefrologia. Resultados: O paciente foi submetido a biópsia percutânea com o seguinte resultado histopatológico: 11 glomérulos identificados, 2 com crescentes, presença de proliferação mesangial difusa, além de fibrose intersticial em 5% da área. Foi iniciado tratamento com MMF na dose de 1,5g/dia, posteriormente ajustado para 2,0g/dia. Houve recuperação progressiva da função renal após 2 meses de tratamento, associada a melhora da proteinúria. Última avaliação em maio de 2012: creatinina sérica de 1,4mg/dl e proteinúria média (2 medidas) de 3,56 g/24h. Conclusão: A fisiopatogenia e o tratamento da difunção renal na Síndrome de POEMS permanecem incertos. No caso descrito, o tratamento com micofenolato mofetil mostrou melhora da função renal e da proteinúria, sugerindo que essa forma de imunossupressão pode ser benéfica nesse tipo de doença renal. 839 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-377 PAPEL DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS NA POLARIZAÇÃO DE MACRÓFAGOS Antonio MI, Braga TT, Donizetti-Oliveira C, Cenedeze MA, Hyane MI, Almeida DC, Camara NOSC UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo, UNIFESP, São Paulo, USP, São Paulo Os macrófagos (Mϕ) possuem grande papel na inicialização da inflamação e a sua polarização para um estado ativado (pró-inflamatório M1) ou regulador (anti-inflamatório M2) respectivamente pode acarretar em uma maior injuria ou reparo tecidual renal. Em contrapartida, as Células-Tronco Mesenquimais (CTM) possuem uma potente capacidade imunomodulatória criando um microambiente propício para a geração de Mϕ M2. Dessa forma, neste presente trabalho iremos avaliar o papel das CTMs na modulação de Mϕ (M0, M1 e M2). Para tanto, utilizaremos dois modelos, o primeiro in vivo através da geração de Mϕ ativados pela infusão intraperitoneal (ip) de Tioglicolato (TIO) 2%, sendo que 96h após infusão as células serão coletadas dos grupos com ou sem injeção de CTMs (D+1, 2x106 via ip). No segundo modelo utilizaremos o sistema de co-cultura com CTMs (48 horas) para avaliar polarização dos Mϕ (tanto de medula como do lavado peritoneal) para um estado M0, M1 e/ou M2. Os Mϕ obtidos nos dois ensaios serão submetidos a ensaios bioquímicos, de expressão gênica e citometria de fluxo para a identificação de potenciais marcadores de ativação ou de perfil regulatório. Como Resultados preliminares foi realizado a contagem de células do lavado peritoneal (Lp) do grupo TIO e observamos um número maior de células (1,5 x) em relação ao grupo que recebeu TIO + CTMs (16,8x106 vs 11,72x106). Posteriormente, identificamos em Mϕ co-cultivados com CTMs que os Mϕ M0 apresentaram uma redução de IL-12 e TNF-α, os Mϕ M1 mostraram uma diminuição nos níveis de IL-12 e os Mϕ M2 expressaram maior quantidade da molécula reguladora CD206 e menos produção de TNF-α. Por outro lado, os Mϕ coletados do Lp com infusão de CTMs, apresentaram um aumento de CD206 e IL-10 e uma redução de IL-12 e CD36. Por fim, os Mϕ do Lp demostraram uma expressão elevada de oxido nitrico em relação aos Mϕ do Lp + CTMs (1,39 vs 0,0 uM/ug). Em Conclusão, nossos Resultados preliminares sugerem que as CTMs podem estar interagindo com os Mϕ, reduzindo seu estado de ativação e modulando-os para um perfil mais regulador (M2). Esperamos como próxima etapa do projeto, realizar uma melhor caracterização dos Mϕ envolvidos (M0, M1 e M2), repetir os achados obtidos assim como executar mais experimentos para comprovar a real participação das CTMs na geração de Mϕ reguladores para futuro uso em terapias de carater renal. 840 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-724 AVALIAÇÃO DE ACESSO VASCULAR EM HEMODIÁLISE CRÔNICA PEDIÁTRICA Metran CC, Coelho LP, Watanabe A, Schvartsman BGS ICr HCFMUSP, ICr HCFMUSP, ICr HCFMUSP, ICr HCFMUSP Introdução: Apesar dos esforços para utilização da fístula arteriovenosa (FAV), o cateter venoso central (CVC) é a forma mais comum de acesso vascular em crianças com doença renal crônica terminal. O CVC está associado a maior chance de complicações principalmente infecciosas, porém a realização de FAV nesta faixa etária é limitada por dificuldades técnicas e possibilidade de transplante renal em curto prazo. Objetivos: Avaliação acessos vasculares de pacientes da Unidade de Hemodiálise Pediátrica. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo, com análise dos prontuários de pacientes em hemodiálise crônica por mais de 3 meses. Período: agosto de 2007 a maio 2012. Dados avaliados: idade, peso, altura, sexo, bem como tipo, local, duração e complicações do acesso vascular. A análise de sobrevida do acesso vascular foi obtida através de curvas de Kaplan-Meier e a comparação entre as curvas de sobrevida pelo teste log-rank. Resultados: 127 acessos foram realizados em 36 pacientes, sendo 22 (61%) do sexo masculino, mediana de idade do primeiro acesso 9,7 anos (8,9 meses -16,7 anos), de peso 22,5 Kg (5,5 - 65), e de altura 122,6 cm (64 - 174). 79 acessos (62,2%) foram CVC de longa permanência, 34 (26,8%) CVC de curta permanência e 14 (11%) foram FAV, mediana de sobrevida de 177 dias, 44 dias e 13 meses respectivamente. Falência primária ocorreu em 7 (6,1%) CVC de longa e curta permanênciae em 3 FAV (21,4%). Estenose foi a principal complicação das FAV e ocorreu em 4/11 (36,3%). As complicações levando à retirada do cateter (infecção e mau funcionamento) ocorreram em 42/72 (56,7%) dos CVC longa e em 12/32 (37,5%) dos CVC curta permanência, sendo mau funcionamento em 24/74 (32%) dos CVC de longa permanência e infecção em 18/74 (24%) com incidência de 1,4/1000 cateteres dia. Quanto à localização, 42/74 (57%) dos CVC tunelizados estavam em veia jugular (VJ), 30/74 (40,5%) em veia subclávia (VS), mediana sobrevida 237 dias em VJ e 112 dias em VS, porém sem diferença estatisticamente significante. Conclusão: o CVC foi o acesso mais utilizado, e a FAV demontrou maior tempo de sobrevida. A sobrevida dos acessos e a incidência de infecção são comparáveis aos da literatura pediátrica. Não se observou diferença estatisticamente significante entre a sobrevida em sítio jugular quando comparado ao subclávio. Esforços devem ser feitos para a realização de transplante renal e, na impossibilidade deste, realização de FAV. 841 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-767 PERFIL LIPÍDICO RELACIONADO A MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE EM UM CENTRO DE DIÁLISE DA CIDADE DE MANAUS Azevedo SRG, Novo AAA, Marques SC, Lima ACG, Petruccelli KCS, Schramm AMM, Brandão ARJ, Silva WTS, Petrucio WS, Pereira LS Centro de Doenças Renais do Amazonas, Centro Universitário do Norte - Uninorte, Amazonas, Centro Universitário do Norte - Uninorte, Amazonas, Centro Universitário do Norte - Uninorte, Amazonas, Centro Universitário do Norte - Uninorte, Amazonas, Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Centro de Doenças Renais do Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas Introdução: A dislipidemia tem grande prevalência na doença renal crônica em estágio terminal se comparada a população geral, e é caracterizada por hipertrigliceridemia e níveis baixos de HDL nesta população. Objetivo: Avaliar o perfil lipídico de pacientes em hemodiálise (HD) por meio do lipidograma e compará-los às medidas antropométricas. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 140 pacientes submetidos à HD no Centro de Doenças Renais do Amazonas (CDR-Am). Foram incluídos no estudo adultos e idosos, de ambos os gêneros, com tempo de HD superior a três meses, com duração de três horas e meia a quatro horas a sessão. Para análise do perfil lipídico foram coletados dados dos prontuários contemplando o lipidograma. Na avaliação antropométrica foi verificado peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência do braço (CB), pregas cutâneas tricipital (PCT), bicipital, subescapular e supra-ilíaca, e percentual de gordura corporal (%GC), tais dados foram obtidos após sessão de hemodiálise. A pesquisa foi aprova pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário do Norte - Uninorte sob o nº 330/11. Resultados: Da amostra estudada 58% eram do gênero masculino e 42% feminino, com idade média de 53,8 ± 14,8 e 52,0 ± 16,6 respectivamente. Houve maior incidência de pacientes eutróficos avaliados por meio do IMC e CB com 56,3% e 34,9%, respectivamente. Observou-se que 45,6% estavam com desnutrição grave de acordo com a PCT, e 82% dos pacientes encontravam-se acima dos parâmetros de normalidade do %GC. De acordo com o lipidograma, foram encontrados níveis elevados de colesterol total, LDL e triglicerídeos com valores de 12,14%, 9,28% e 37,85%, respectivamente, e HDL mostrou-se reduzido em 64,3% dos pacientes. Dos pacientes classificados com excesso de gordura corporal, 41,7% apresentaram hipertrigliceridemia, sendo 33,3% do gênero masculino e 61,7% feminino. Conclusão: A hipertrigliceridemia esteve presente em grande parte dos paciente com excesso de gordura corporal, mostrando uma boa relação com as dobras cutâneas. O HDL demonstrou-se reduzido em mais da metade da população estudada, independente da antropometria, estes fenômenos apresentados no perfil lipídico podem ser justificados devido ao catabolismo retardado das lipoproteínas ricas em triglicerídeos. Portanto, faz-se necessário o monitoramento contínuo e intervenções nutricionais a fim de otimizar o tratamento , proporcionando melhoria no estado nutricional do paciente. 842 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-79 FATORES PREDITIVOS DE MORTALIDADE EM PACIENTES SUBMETIDOS À TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL CRÔNICA (HEMODIÁLISE) Rubem Abitbol de Menezes Júnior, Avelar Alves da Silva, Geraldo B Silva Júnior, Andressa Alves de Andrade Silva Faculdade de Medicina - NOVAFAPI, UFPI - Universidade Federal do Piaui, Faculdade de Medicina - NOVAFAPI, FACID - Faculdade Integral Diferencial Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um preocupante problema de Saúde Pública mundial, tendo como principal causa de óbito as doenças cardiovasculares. Objetivos: Identificar os fatores preditivos de mortalidade por doenças cardiovasculares modificáveis por meio de hemodiálise. Verificar a associação dos índices de mortalidade e morbidade de causas cardiovasculares. Métodos e casuística: Foi realizado um estudo retrospectivo com os pacientes acompanhados no Centro de Tratamento de Doenças Renais do Hospital Aliança Casamater, Teresina, Piauí, em tratamento hemodialítico, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008. As variáveis coletadas foram: gênero, idade, doença de base, dosagens de cálcio, fósforo, hematócrito, hemoglobina e os níveis pressóricos. As variáveis foram registradas em ficha planejada para serem processadas no programa SPSS 16.0 for windows. Resultados e Discussão: Foram observados 54 óbitos no período estudado, que corresponde a 16,8% dos pacientes do centro. Destes, 44 pacientes foram a óbito por causas cardiovasculares (81,4%) e 10 (18,6%) por causas não cardiovasculares. As principais causas cardiovasculares de óbito foram edema agudo de pulmão - EAP (33%), acidente vascular encefálico (16,6%), insuficiência cardíaca (11%), morte súbita (11%), choque cardiogênico (9,2%) e infarto agudo do miocárdio (7,4%). As principais causas não cardiovasculares foram sepse (11%), pneumonia (5,5%) e hemorragia digestiva alta (5,5%). Com relação aos exames laboratoriais, os níveis de fósforo eram maiores nos pacientes abaixo de 60 anos (p=0,001). Conclusão: As doenças cardiovasculares foram as responsáveis pela maioria dos óbitos observados. A principal causa de óbito foi o EAP. A mortalidade observada foi elevada, sendo importante a adoção de medidas de controle e tratamento das doenças cardiovasculares da DRC. Palavras-chave: Doença Renal Crônica. Hemodiálise. Mortalidade. Doenças Cardiovasculares. 843 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-734 PERFIL CLÍNICO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NO CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA PEDIÁTRICA (CTRSP) DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ Ana Paula Monteiro Rodrigues, Gracilene Lobato Cardoso Guimarães, Allan Roberto Marques Silva, Ana Cristina de Lima Figueiredo Duarte, Adriana Jucá Vilar, Ana Júlia Creão Fernandes Fernandez, Cássia de Barros Lopes, Diana Sales da Costa, Monick Calandrini Pereira Rodrigues, Renata Trindade Damasceno Valente Hospital Ophir Loyola, Pará, Hospital Ophir Loyola, Pará, Hospital Ophir Loyola, Pará, Hospital Ophir Loyola, Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará Introdução: Segundo o Censo Brasileiro de Diálise (2010), 1,6 % da população em diálise no Brasil são menores de 18 anos. A dialise peritoneal (DP) é o método de eleição nesta faixa etária, e o mais utilizado nos Estados Unidos e Europa, mas no Brasil, é utilizada só em 25% dos casos. O censo da SBN mostrou que de 518 crianças em TRS, 302 realizavam hemodiálise (HD) e 216 DP. O CTRSP foi o primeiro centro de HD exclusivamente infantil do estado do Pará, criado há 9 meses. Objetivo: Traçar o perfil clínico dos pacientes em HD no CTRSP. Métodos: Entrevista com as mães e revisão dos prontuários dos pacientes. Resultados: O (CTRSP) atende 16 crianças, com idade entre 3 e 16 anos (média: 9 anos), 9 meninas e 7 meninos. 13 (81,2 %) estão em idade escolar, e destas 7 (53,8%) estudam e 6 (46,2%) não. O peso seco varia entre 9,5 kg e 36 kg. 6 (37,5%) crianças possuem acesso vascular definitivo (fístula arteriovenosa-FAV), 9 (56,3%) cateter de longa permanência e apenas 1 dialisa por cateter de curta permanência. A idade de admissão na HD variou de 2,5 a 15,5 anos e o tempo de tratamento entre 1 e 45 meses. A maioria (10 crianças-62,5%) realizou DP prévia e 90% perdeu o peritônio por infecção. A prevalência de anemia foi de 93,75%, e de hipertensão e doença óssea de 50%. As principais causas de IRCT foram glomerulopatia (6/16) e uropatia obstrutiva (5/16), com 1 caso de doença renal policística da infância, e 4 de etiologia indeterminada. Conclusões: A maioria mudou de modalidade por peritonite, com baixa sobrevida do peritônio: 7 dias a 4 anos (média: 8 meses), apenas 2 crianças permaneceram em DP por mais de 1 ano, 3 por menos de 1 mês, o que pode dever-se às condições sócio-culturais desfavoráveis, ainda prevalentes em nosso meio, e que constituem obstáculo ao sucesso da DP, que além de outras vantagens, mantem a criança em seu ambiente social, principalmente em um estado de grandes dimensões como o Pará, em que a distância entre o domicílio e o centro de diálise variou de 19 a 717 km. 5 crianças mudaram-se para a capital e outras submetem-se a viagens longas e cansativas. A prevalência de comorbidades é alta, e a porcentagem de crianças com FAV, razoável. A maioria dos pacientes veio de outros serviços, onde dialisavam junto com adultos e estão em diálise há menos de 2 anos. A criação deste centro foi importante para o atendimento de qualidade das crianças em TRS, o próximo passo é a criação da equipe de DP, para fortalecer esta modalidade em nossa região. 844 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-152 RISCO DE PACIENTES EM HEMODIÁLISE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE KHAN. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO, SÃO PAULO Luana Pedreira Cortes de Oliveira, Carolina S Wagner, Lilian C A Rosinha, Danilo Hojo Navarro, Tatiana Iutaka, Viviane S Kikuta, Maria Helena C Franco, Pedro Jabur, Luiz Antonio Miorin Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo, Santa Casa de São Paulo Introdução: A mortalidade é bastante alta em pacientes em hemodiálise no Brasil e no mundo. O índice de Khan pode ser utilizado para estratificar esse risco. Nele se consideram a idade do paciente e outras comorbidades (diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio prévio, angina pectoris, insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, doença pulmonar obstrutiva, colagenoses, fibrose pulmonar e neoplasia visceral) para classificação em três grupos de risco: baixo, médio e alto. Objetivos: Estudar o índice de Khan, em pacientes em programa de hemodiálise e correlacionar a situação de risco com os parâmetros: pressão de pulso (PP), massa de ventrículo esquerdo (MVE) e Fosfatase alcalina (FA). Métodos: pacientes (n=52) com idade 49,8 + 15 anos, sendo 28 homens e 24 mulheres, em programa de hemodiálise 3 vezes por semana, com etiologias: 22 glomerulonefrites, 15 hipertensão, 11 diabetes, e 4 com outras etiologias, foram estudados em relação ao índice de Khan e classificados como alto, médio e baixo risco. Os pacientes dos grupos médio e alto risco, em conjunto, foram comparados aos do grupo baixo risco quanto a massa de ventrículo esquerdo (MVE), pressão de pulso (PP), e níveis de fosfatase alcalina (FA). Testes de Mann-Whitney e teste t foram utilizados na comparação dos grupos, além de regressão linear para prováveis correlações. Resultados: Pacientes de médio e alto risco apresentaram idade maior que a do grupo baixo risco (54,4 + 2,4 vs. 41,5 + 15,1 anos ( p=0,003 ). A MVE, não foi diferente nos dois grupos (216 + 93 vs. 202 + 66 g, p = 0,951). A PP foi maior no grupo formado pelos pacientes de alto e médio risco, comparada àquela do grupo baixo risco (84 + 28 vs. 68 + 14,1 mmHg, p=0,037). A FA não apresentou diferença (371 + 677 vs. 264 + 257 U/L, p = 0,803). No grupo alto + médio risco encontramos também uma correlação entre PP e MVE (r = 0,141, p < 0,001), que não foi observada no grupo baixo risco. Conclusão: a pressão de pulso é fator importante de risco para os pacientes em hemodiálise. 845 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-488 CUIDADO HUMANIZADO EM HEMODIÁLISE: PERSPECTIVA DE RESIDENTES EM ENFERMAGEM Nayanna Sales da Silva, Maria José Carvalho Santos, Karla Gardenea Pereira Serra Borges HUUFMA, HUUFMA, HUUFMA Introdução: A enfermagem aliada a uma equipe multiprofissional está diretamente relacionada à saúde e a prática do cuidado, devendo minimizar os efeitos ocasionados pela instalação do processo doença. O cliente deve estar inserido a um ambiente terapêutico que promova recuperação, e a enfermagem como agente direto do cuidado além de conhecimento técnico-científico, deve desempenhar o relacionamento interpessoal, atrelada a uma motivação humana, principalmente o cuidado humanizado, associada a técnicas executadas na hemodiálise. Objetivos: Refletir a experiência de residentes de enfermagem em Nefrologia e em Clínico-Cirúrgica em um centro de hemodiálise sobre a humanização. Métodos: Foi utilizado como instrumento para a coleta de dados um questiionário estruturado em cinco questões descritivas onde se abordou assuntos inerentes à prática do cuidado humanizado no treinamento em um serviço de hemodiálise ocorrido entre março a maio de 2012. Fizeram parte 02 residentes de enfermagem em nefrologia e 02 residentes de enfermagem em clínico-cirúrgica de um Hospital Universitário de São Luís-MA, a entrevista foi executada no mês de maio. Resultados: No que se refere ao conceito do cuidado humanizado foi unânime a resposta de que o mesmo está relacionado a prestação de atendimento integral e holístico. A utilização do processo de comunicação na prestação adequada de assistência foi referenciado por todas as entrevistadas, destas, três acreditam ser relevânte o envolvimento com o histórico de vida do paciente para suprir a integralidade no atendimento. As reações dos pacientes perante a instalação do processo do doença, segundo as entrevistadas foram: revolta, negação, depressão, carência, incapacidade e dependência. Com relação a necessidade de colocar em prática a assistência humanizada, a totalidade foi coerente em afirmar que o serviço estudado deve promover e melhorar o atendimento. E com relação a importância do cuidado versus a técnica, todas concordaram que ambos são de extrema importância, e que devem ser colocados legitimamente em prática. Conclusão: Conscientes dos benefícios oportunizados do cuidado humanizado, para o relacionamento interpessoal, deve-se preconizar aos profissionais a prática de humanizar o serviço, aliada a educação continuada. Deve-se traçar como perfil nos centros de hemodiálise a assistência integral baseada em princípios éticos, onde se considera a dualidade: saúde e enfermidade. 846 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-396 ASPECTOS CLÍNICOS E PATOLÓGICOS EM DOENÇAS GLOMERULARES COM DEPÓSITO ISOLADO DE C3 NA BIÓPSIA RENAL Araujo MJCLN, Onusic VL, Battaini LC, Jorge L, Bitencourt C, Barros RT, Woronik V Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Hospital das Clínicas, Universidade de São Paulo, São Paulo Introdução: Biópsias renais com depósito isolado de C3 podem ser observadas em diferentes situações: glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) tipo II, glomerulonefrite endocapilar aguda (GNDA) e glomerulonefrite mesangial com depósito isolado de C3. Esta última pode estar associada com síndrome hemolítica urêmica (SHU) em raros casos. Objetivo: Avaliar aspectos clínicos e histológicos associados com depósitos isolados de C3 em biópsias renais. Casuistica e Métodos: Foram analisadas retrospectivamente 102 biópsias renais com depósito isolado de C3, realizadas no Hospital das Clínicas no período de 1999 a 2011. Dados clínicos e laboratoriais foram coletados de prontuários. Diferentes diagnósticos histológicos foram reconhecidos nas biópsias. Incluímos para análise 3 diferentes patologias que conhecidamente proporcionam deposição de imunocomplexos ou ativação da cascata do complemento na sua fisiopatologia: GNMP com depósito isolado de C3 (GNMP C3), glomerulonefrite mesangial sem lesão membranoproliferativa com depósito isolado de C3 (GN C3) e microangiopatia trombótica (TMA). Foram excluídos 87 pacientes: vasculite (n=15), glomerulonefrite esclerosaste e focal (GESF) (n=31), GNDA (n=7), nefroesclerose hipertensiva (n=8), outras causas (n=19) e falta de dados (n=7). Resultados: Apenas 15 (15%) pacientes dos analisados são afetados por patologias relacionadas a deposição de imunocomplexos ou ativação da cascata do complemento, enquanto os outros 87 pacientes apresentam fisiopatologia relacionada com outros mecanismos, como a GESF. Os Resultados são demonstrados na tabela 1. Pacientes com TMA têm menor nível de hemoglobina e taxa de filtração glomerular (TFG), apresentando o pior prognóstico. Enquanto a GN C3 teve maior proteinúria, porém com melhor evolução. Conclusão: Depósito isolado de C3 em biópsia renal está associado a diversas patologias com evoluções diferentes, e deve ser avaliado no contexto da doença de base para determinação terapêutica e prognóstica. Tabela 1 *p<0,05 1vs 2; ∫p<0,05 1 vs 3; &p<0,05 2 vs 3 Grupo 1 Grupo 2 GNMP n=8 GN C3 n=3 Idade 43,1±19,3 19,33±4,6 Masculino 5(63%) 1(33%) TFG (ml/min) 51,4±21,8*∫ 115,3±52,6 Proteinúria (g/24h) 3,9+±2,2∫ 7,9±5,3 C3 < 90 mg/dl 3(37%) 0(0%) Hemoglobina 11,7±1,64∫ 14±2,3& Plaquetas 210±61,3 329±12,9 Hematúria 6(75%) 3(100%) Crescentes 3(38%) 0(0%) Fibrose intersticial 7(88%) 1(33%) Lesão vascular 2(25%) 0(0%)& Doença renal terminal 4(50%) 0(0%)& 847 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 Grupo 3 TMA n=4 41±14,7 1(25%) 9,3±2,4 1,2±0,4 4(100%) 7,6±1,3 115±104,4 2(50%) 2(50%) 4(100%) 4(100%) 4(100%) SESSÃO POSTER P-868 TUBERCULOSE EM TRANSPLANTADOS RENAIS NO BRASIL: APRESENTAÇÃO CLÍNICA, TRATAMENTO E IMPACTO NA SOBREVIDA DO ENXERTO E PACIENTES: UMA ANÁLISE DE 10 ANOS Marques IDB, Ferreira BMC, Azevedo LS, Pierroti LC, Caires RA, Sato VAH, Nahas WC, Paula FJ, David-Neto E Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo Introdução: A maioria dos estudos sobre tuberculose (TB) após o transplante renal descrevem pequenas amostras de pacientes, sem comparações entre receptores de transplante renal (RTR) com TB e sem TB. Objetivo: Determinar possíveis fatores de risco e descrever a incidência e apresentação clínica da TB após o transplante renal. Casuística e Métodos: Estudo caso-controle com de 47 casos de RTR com TB em um centro brasileiro comparando com 94 RTR sem TB. Estes 47 casos de TB representam 2,9% do total de 1549 transplantes realizados neste período (2000 – 2010). Feito pareamento por idade, sexo, data do transplante e tipo de doador. Resultados: A incidência encontrada foi de 945 casos/100.000 pacientes/ano, bem maior do que a relatada para a população geral do Brasil. A sobrevida do enxerto (censurada para o óbito com o enxerto funcionante) e do paciente em 10 anos foi similar entre os RTR com TB e sem TB (62% vs 72%; p=0,33 e 65% vs 72%; p= 0,73, respectivamente). Os grupos foram comparados com relação a idade, sexo, número de transplantes, causa da doença renal crônica, tipo de terapia de diálise prévia, infecção pelo vírus da hepatite C, diabetes, tipo de doador, infecção pelo citomegalovírus e tipo de imunossupressão, mas sem diferença estatisticamente significativa encontrada. Dezessete casos (36%) receberam drogas antilinfocitárias na indução comparado com 21 (22%) dos controles (p=0,10). Dentre os casos, 19 (40%) tiveram rejeição aguda em comparação com 34 (36%) controles (p=0,45). Dos RTR com TB, 81% ocorreram nos primeiros 2 anos pós-transplante, 83% tiveram TB pulmonar e 11% tinham antecedente de TB. Sintomas mais comuns: febre (81%), tosse (32%), dor torácica do tipo pleurítica e dispnéia (15%, ambos). O tempo médio entre o início dos sintomas e diagnóstico foi de 32 dias. A imunossupressão foi reduzida em 16 pacientes (34%) e 5 tiveram que mudar o tratamento anti-TB devido a efeitos adversos. A mortalidade durante o tratamento da TB foi de 13% (6 casos) e 5 mortes foram atribuídas diretamente à TB. Conclusão: No presente estudo não foram identificados fatores de risco para TB após o transplante renal, entretanto, devido à alta incidência, morbidade e mortalidade nessa população, é imperativo entender o comportamento e a apresentação clínica da TB em RTR para assim delinear possíveis intervenções em populações de alto risco. Palavras-chave: Tuberculose, Transplante Renal, sobrevida do enxerto, mortalidade 848 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-5 ACIDOSE METABÓLICA NA HEMODIAFILTRATION: ABORDAGEM DE STEWART-FIGGE Mohrbacher S, Araujo MJCLN, Abensur H, Moyses RMA, Castro MC, Elias RM Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo Introdução: Hemodiafiltração(HDF) on-line representa a mais avançada e clinicamente apropriada modo de terapia renal substitutiva disponível. Nós hipotetizamos que HDF e hemodiálise convencional(HD) de alto fluxo seria similar quanto à correção de acidose, já que na HD há transferência de HCO3- para o sangue devido à difusão, enquanto que na HDF há perda de HCO3- pela convecção, a qual é compensada pela difusão e pela terapia de reposição. Para testar tal hipótese, foi utilizada a abordagem de Stewart-Figge para comparar HDF e HD nos mesmos pacientes. Método: Foram analisadas amostras gasométrcas e bioquímicas em 7 pacientes em diálise antes e após uma sessão de diálise realizada no meio da semana, uma vez realizando HDF pós-dilucional e outra HD, utilizando a mesma solução de diálise. O SIDe (effective strong ion difference) foi calculado utilizando a fórmula de Figge e o SIG (strong ion gap) foi determinado pela diferená entre o SID aparente e o SID efetivo. Resultados: HD e HDF corrigiram acido; reduziram K e Cl; e aumentaram HCO3- e o SIDe. Entretanto o ΔpH, ΔK, ΔHCO3-, Δbase excess and ΔSIDe foram significatiivamente mais altos na HDF. O ΔSIG correlacionou-se com o Δbase excess na HD e na HDF (r=−0.859 e r=−0.755; p<0.05 para ambos). Conclusão: Acidose urêmica foi bem corrigida tanto na HD e quanto na HDF, diminuíndo SIDe and increasing SIG. A abordagem de Stewart-Figge não melhorou a caracterização do status ácido-báscio dos pacientes em HDF. Entretanto, o ganho de HCO3- foi maior em pacientes com HDF, indicando um risco maior de alcalose nesta modalidade. Variável pH K, mEq/L Cl, mEq/L HCO3, mmol/L Base excess, mmol/L SIG SIDa SIDe *p<0.05 pre vs. post dialysis; **p<0.05 vs. HD (Δ) pré 7.400+-04 6.00+-9 99.1+-2.9 25.6+-2.6 1.1+-2.5 9.8+- 3.9 47.8+-1.6 37.9+-4.8 HDF pós 7.46+-04*,** 4.00+-6* 95.0+-3.8* 30.5+-02.0*,** 6.5+-2.2*,** 4.7+-1.9* 48.7+-1.8* 45.0+- 3.1*,** pré 7.390+-04 5.10+-6 99.7+-5.3 23.7+-1.4 -0.4+-1.9 10.1 +-1.9 47.0+-2.2 36.9+-1.7 849 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 HD pós 7.430+-05 3.60+-3* 96.1+-3.5* 28.5+-1.9* 4.2+-2.1* 4.6+-2.4* 46.7+-2.5 42.1+-2.0* SESSÃO POSTER P-580 RISCOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA SEM AVALIAÇÃO PRÉVIA DA FUNÇÃO RENAL RELATO DE CASO Castro LL, Pinto PHOM, Milagres R Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais Introdução: O uso de suplementos proteicos é extremamente comum atualmente e realizado, muitas vezes, sem nenhuma supervisão médica. Dessa maneira pode levar a complicações graves, sobretudo prejuízo da função renal. Objetivo: Discutir o risco de comprometimento renal pelo uso de suplementos e sobrecarga protéica, em indivíduos aparentemente saudáveis e, no nosso caso específico, de hipotonia renal bilateral. Método: relato de caso de paciente atualmente em acompanhamento no Ambulatório de Nefrologia do nosso serviço. Relato do caso: JRR, 22anos, aparentemente saudável, frequentador de academia de musculação fez uso, durante meses, de suplementação de creatina, entre outros elementos não identificados. Iniciou há cerca de 6 meses quadro de ansiedade, cefaleias esporádicas, eventual elevação da pressão arterial, “picos pressóricos” (PA=160/100mmHg), creatinina plasmática e testosterona elevados (creatinina= 1,78mg/dL) e densidade urinária reduzida (1015), sem outras alterações no sedimento urinário, além de função tireoidiana normal. Optamos por interromper o uso dos suplementos entre outras substancias não identificadas. O paciente, foi então, submetido a ampla propedêutica para hipertensão arterial secundária, com Resultados negativos e MAPA sem alterações relevantes. Nessa avaliação verificou-se comprometimento da função renal e sinais de hipotonia renal bilateral à cintilografia renal dinâmica. Nesse período a creatinina sérica apresentou redução, a depuração de creatinina estabilizou em torno de 80mL/min, porém os níveis pressóricos, embora mais baixos, apresentam ainda eventuais picos de 150 / 94mmHg. Conclusão: o caso ilustra um quadro de prejuízo da função renal provavelmente desencadeado por uso de suplementos protéicos. Os dados apresentados na literatura a respeito da sobrecarga proteica e uso de suplementos em relação à função renal são controversos. Estudos a longo prazo, com desenho e metodologia apurados, são necessários tanto em indivíduos saudáveis quanto em pacientes com disfunção renal. 850 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-445 PÚRPURA DE HENOCH-SCHÖNLEIN RELACIONADA À INFECÇÃO SISTÊMICA POR STAPHYLOCCUS AUREUS METICILINA RESISTENTE – RELATO DE CASO Heloisa Reniers Vianna, Patrícia Vasconcelos Lima, Marcus Faria Lasmar, Luiz Flávio Couto Giordano, Euler Pace Lasmar Hospital Universitário São José/Minas Gerais, Hospital Universitário São José/Minas Gerais, Hospital Universitário São José/Minas Gerais, Hospital Universitário São José/Minas Gerais, Hospital Universitário São José/Minas Gerais Introdução. Classicamente infecções são associadas à glomerulonefrite. A endocardite bacteriana por Staphylococcus (EBS), em geral, relaciona-se à glomerulonefrite pós-infecciosa (GNPI) e manifesta-se clinicamente com síndrome nefrítica, por vezes com consumo de complemento e com os achado patológicos clássicos da GNPI. Casos descritos, principalmente na literatura japonesa, descrevem a associação da EBS com a Púrpura de Henoch-Schönlein (PHS) sem, no entanto, definir condições de causalidade ou consequência. Objetivos. Relatar um caso de PSH associada à infecção por Staphylococcus aureus meticilina resistente (SAMR). Casuística e Métodos. Homem, 41 anos, procedente e natural de Contagem/MG, previamente hígido, admitido em anasarca, com dispnéia aos pequenos esforços, normotenso e com creatinina de 2,1 mg/dl. Histórico de edema progressivo, com um mês de evolução, espumúria e um episódio de macro-hematúria. Evoluiu, em dois dias, com oligoanúria, elevação progressiva da creatinina com indicação de início de hemodiálise. História negativa para infecção recente de via aérea superior, cólica nefrética, uso de medicações e drogas ilícitas, febre, artrites, alopecia, alterações de pele e fâneros e quaisquer sinais/sintomas sistêmicos. Tabagista 02 maços/dia e etilista pesado nos últimos 10 anos. Resultados. Proteinúria nefrótica de 16,5 gramas em 24 horas; sedimento urinário ativo. Ultra-som abdominal mostrava doença renal parenquimatosa aguda e ascite moderada. Radiografia de tórax mostrava derrame pleural bilateral. Iniciado prednisona 1 mg/Kg/dia e medidas anti-proteinúricas com melhora progressiva da função renal, dos derrames cavitários e recuperação do peso seco. Manteve proteinúria nefrótica, foi submetido à biópsia (Bx) renal e teve diagnóstico de endocardite bacteriana durante a internação (sopro diastólico novo, febre, SAMR isolado em três hemoculturas e imagem algodonosa em valva aórtica associada à insuficiência. Evoluiu com colecistite alitiásica, púrpuras não depressíveis em membros superiores, falha de tratamento antimicrobiano com vancomicina e rifampicina e necessidade de troca valvar aórtica. Bx renal com imunofluorescência positiva e predomínio de IgA e com padrão GESF like, segundo classificação de HAAS, à microscopia de luz. Conclusões. Apesar do ainda obscuro mecanismo de indução de PSH pelo SAMR e de possíveis fatores ambientais associados também observamos sua ocor. 851 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-735 PREVALÊNCIA DE NÍVEIS TENSIONAIS COMPATÍVEIS COM PRESSÃO LIMÍTROFE E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE VASSOURAS-RJ Costa FS, de Lima CP, Almeida CP, Niquerito SML Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra, Universidade Severino Sombra A medida da pressão arterial (PA) deve fazer parte da avaliação pediátrica após os 3 anos de idade. Geralmente, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) nesta faixa etária é secundária, principalmente às causas renais, mas pode também, em alguns casos, ser o início da HAS essencial dos adultos. O Objetivo deste trabalho é estimar a prevalência de níveis tensionais compatíveis com HAS em crianças e adolescentes de 7 a 17 anos de idade no Município de Vassouras-RJ. Participaram 296 estudantes dos níveis fundamental e médio, 159 do sexo feminino e 137 do masculino, sendo 69 escolares de 7 a 11 anos e 227 adolescentes de 12 a 17 anos. A PA foi aferida com esfigmomanômetro aneroide, nos modelos pediátrico e adulto, sendo adotado o mais adequado para cada indivíduo de acordo com a circunferência de seu braço. Foram realizadas 2 aferições, com intervalo mínimo de 5 minutos, fazendo sua média. Todos tiveram sua estatura medida e classificada pelo percentil, pois a avaliação da HAS nessa população é feita determinando qual seu percentil de distribuição da PA, o qual leva em conta sexo, idade e percentil de estatura. Consideram-se valores abaixo do percentil 90 como normotensão; entre os percentis 90 e 95, como limítrofe, e igual ou superior ao percentil 95, como hipertensão arterial, porém qualquer valor igual ou superior a 120/80 mmHg, mesmo que inferior ao percentil 95, já deve ser considerado limítrofe. Dentre os participantes, 29 (9,80%) apresentaram PA limítrofe e 21 (7,09%) estavam com níveis pressóricos compatíveis com HAS. Quanto ao gênero, 12 (7,55%) do sexo feminino e 9 (6,57%) do sexo masculino apresentaram HAS. Em relação à faixa etária, a prevalência de HAS entre escolares e adolescentes foi de 3 (4,35%) e 18 (7,93%), respectivamente. A prevalência de HAS foi compatível com o encontrado na literatura para essa população. Foi um pouco maior no sexo feminino do que no masculino, o que encontra Resultados variados em outros trabalhos. De acordo com o esperado, a prevalência foi maior no grupo de faixa etária mais elevada. Embora para se confirmar o diagnóstico de HAS fossem necessárias outras avaliações em momentos distintos, os achados reforçam a importância de investigar sua presença desde a juventude, para que se possa diagnosticar e tratar precocemente, prevenindo suas complicações. Todos os indivíduos com PA limítrofe e HAS foram orientados e encaminhados ao pediatra para que continuassem o processo diagnóstico e investigativo da etiologia de sua HAS. 852 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-725 AVALIAÇÃO DE BIÓPSIAS RENAIS DOS PACIENTES DE AMBULATÓRIO DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA Santos TF, Lisboa RR, Cruz TM, Parizi ACG, Damasceno EB, Takase HM, Soriano, B, Hatanaka EF, Moura MR, Aguiar LCB, Tanaka MAB, Leão FV, Franco MF, Cançado MAP, Carvalhaes JTA Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp,Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, Universidade Federal de São Paulo - Unifesp Introdução: A biópsia renal é procedimento importante no seguimento de pacientes pediátricos com doenças renais. Deve ser realizada para estabelecer o diagnóstico da lesão renal e terapia adequada. Eventualmente ela também é utilizada para estabelecer critérios de cronicidade e reversibilidade da lesão. Além disso, a biópsia renal pode ajudar a detectar doenças genéticas, doenças sistêmicas com acometimento renal, entre outras. Material e Métodos: Análise de 164 biópsias renais realizadas em pacientes pediátricos no período de 1998 a 2007. As variáveis foram: idade, indicação e diagnóstico (microscopia óptica e imunofluorescência). Resultados: Foram realizadas biópsias renais em pacientes com idade que variou de 0 a 18 anos, predominando a faixa etária de 12 a 18 anos. A indicação do procedimento foi: síndrome nefrótica com evolução não habitual (27,5%), hematúria (16,5%), lúpus eritematoso sistêmico (8,5%), presença de hematúria e proteinúria (5,5%), outras (13%), não especificadas (29%). Na microscopia óptica encontramos 23% lesão mínima, 16% glomerulonefrite difusa aguda, 16% glomeruloesclerose segmentar e focal, 8% lúpus eritematoso sistêmico, 18% outras, 7% não especificadas, 11% material insuficiente. Na imunofluorescência encontramos 30% padrão não imune, 22% padrão imune, 46% não foi realizada, 2% amostra insuficiente. Conclusão: Apesar da utilização de critérios absolutos para indicação da biópsia renal na síndrome nefrótica, houve predominância de lesão mínima nesta população. Por outro lado, o diagnóstico de glomerulonefrite difusa aguda predominou quando a indicação foi hematúria. 853 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-842 NÍVEL PLASMÁTICO DE ÁCIDO MICOFENÓLICO EM TRANSPLATADOS RENAIS EM USO CONCOMITANTE DE OMEPRAZOL: UMA ANÁLISE Oliveira CSA, Zimmer M, Xavier FB, Flach K, Thiesen FV, d’Avila DOL PUCRS, PUCRS, PUCRS, PUCRS, PUCRS, PUCRS Introdução: A sobrevida dos enxertos é afetada por vários fatores, destacando-se o nível terapêutico de imunossupressores, como o micofenolato de mofetila (MMF) e o micofenolato de sódio (MMS) que possuem o ácido micofenólico (MPA) como metabólito ativo. Esses possuem estreita janela terapêutica com alto grau de variabilidade farmacocinética, aumentando as chances de falha no tratamento. Alguns fármacos administrados concomitantemente podem afetar as concentrações plasmáticas de MPA. O omeprazol, amplamente prescrito para transplantados, pode alterar os níveis plasmáticos de MPA por alterar a absorção da medicação. Objetivo: Avaliar o efeito da administração de omeprazol nos níveis plasmáticos de MPA em transplantados renais em uso MMF ou MMS. Métodos: Foram avaliados 17 pacientes em uso de MMS, 18 pacientes em uso de MMS em co-administração com omeprazol, 21 pacientes em uso de MMF e 6 pacientes em uso de MMF em co-administração com omeprazol. Os pacientes eram atendidos no Serviço de Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS. Amostras de sangue foram coletadas antes da primeira dose matinal do imunossupressor. Foi realizada extração do imunossupressor do plasma e análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector UV. Análise estatística foi realizada por software SPSS versão 17.0 e com nível de significância ≤ 0,5. Resultado: Pacientes em uso de MMS foram agrupados separadamente dos em uso de MMF. Concentrações plasmáticas foram ajustadas para dose diária do fármaco e variáveis foram analisadas em escala logarítmica e posterior análise de co-variância ANCOVA. Níveis de MPA em pacientes com uso de MMS com e sem co-administração de omeprazol demonstraram diferença estatisticamente significativa entre os pacientes tratados com MMS com e sem co-administração de omeprazol (p=0,047). A média dos níveis de MPA em pacientes em uso de MMS foi de 3,76 g/ml e nos pacientes com co-administração de omeprazol foi 2,14 g/ml. A mesma análise foi realizada para níveis de MPA de pacientes em uso de MMF com e sem co-administração de omeprazol, entretanto não foi observada diferença significativa. A média dos níveis de MPA em pacientes em uso de MMF foi de 2,15 g/ml e nos pacientes com co-administração de omeprazol foi 2,0 g/ml. Conclusão: A diferença entre a co-administração e a não co-administração de omeprazol com MMS é estatisticamente significativa, entretanto o mesmo não ocorre para o MMF, não havendo diferença na co-administração ou não de omeprazol. 854 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-803 CONVERSÃO PRECOCE PARA EVEROLIMO EM TRANSPLANTES COM DOADORES FALECIDOS Tonato EJ, Requiao-Moura LR, Ferraz E, Chinen R, Filiponi T, Melo L, Matos ACC, Pacheco-Silva A H.I. Albert Einstein/UNIFESP, H.I. Albert Einstein/UNIFESP, H.I. Albert Einstein, H.I. Albert Einstein/UNIFESP, H.I. Albert Einstein, H.I. Albert Einstein, H.I. Albert Einstein, H.I. Albert Einstein/UNIFESP Objetivo: reduzir a incidência de infecção por citomegalovirus (CMV) em transplantados renais submetidos à indução com timoglobulina utilizando everolimo. Casuística: os receptores de transplante (Tx) renal da nossa Instituição recebem indução com timoglobulina. A despeito da ótima sobrevida do enxerto, nossa incidência de CMV é de aproximadamente 80%. Metodologia: estudo prospectivo e randomizado com receptores de doadores falecidos que preencheram os critérios de seleção e foram randomizados para os grupos tacrolimo (TAC) ou everolimo (EVR). A imunossupressão inicial consistia de indução com timoglobulina, micofenolato sódico e prednisona e, sequencialmente , TAC. Entre a 2ª e 5ª semana aqueles randomizados para o grupo EVR eram convertidos. O diagnóstico de infecção por citomegalovirus foi realizado através da antigenemia e considerado positivo o encontro de 10 ou mais células ou alterações citopáticas compatíveis com CMV em biópsias de tecidos. A função renal foi avaliada através das dosagens de creatinina sérica dentro do nosso cronograma de acompanhamento. Resultados: A análise parcial do estudo incluiu 26 pacientes, sendo 13 do grupo EVR e 13 do grupo TAC. A incidência de CMV observada nessa população foi de 69% e 84% para os grupos EVR e TAC respectivamente. A infecção por CMV ocorreu em média após 37 e 49 dias após o Tx no grupo EVR e TAC respectivamente. A conversão para EVR ocorreu com 33 dias, em média, após o Tx. As creatininas séricas médias nos grupos EVR e TAC foram respectivamente de 1,27 mg/dl e 1,69 mg/dl, 1,38 mg/dl e 1,61 mg/dl e 1,33 mg/dl e 1,46 mg/dl aos 60,90 e 180 dias, contudo não houve significância estatistica. Ocorreram 6 episódios de rejeição aguda após a alta hospitalar, sendo 4 no grupo EVR e 2 no grupo TAC. Desses episódios, 3 foram subclínicos em biópsias protocolares (2 no grupo EVR e 1 no grupo TAC). Apenas 1 episódio foi considerado mais grave comprometendo parcialmente a função renal. Conclusão: Observamos elevada incidência de infecção por CMV em ambos os grupos. Acreditamos que o tempo ideal para a realização da conversão deva ser mais precoce do que o praticado para se conseguir o efeito protetor do inibidor da mTOR sobre na incidência de CMV. Apesar de não encontrarmos significância estatística, a função renal no grupo EVR foi ligeiramente melhor do que no grupo TAC. Os episódios de rejeição observados, exceto por um, foram leves ou subclínicos e não ocasionaram comprometimento maior. 855 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-337 RELAÇÃO OBESIDADE X DOENÇA RENAL CRÔNICA NA ANÁLISE DE UM ESTUDO REALIZADO NO DIA MUNDIAL DO RIM EM PELOTAS/RS dos Santos MS, Lemos RL, Madeira LC, Valle LJ, Paslowski JR, Barcellos FC, Böhlke M Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL; Liga Acadêmica de Nefrologia (LANE) UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL, Centro de Referência em Nefrologia, Hospital Universitário São Francisco de Paula / UCPEL Introdução: Obesidade é atualmente uma doença de proporções epidêmicas com implicações sociais e médicas. Essa patologia tem associação direta com dislipidemias (DL), hipertensão arterial sistemica (HAS) e diabetes (DM), as quais favorecem a ocorrência de eventos cardiovasculares, a principal causa de morte no Brasil. Estima-se que 40% da população brasileira tenha sobrepeso e, suas já citadas complicações, HAS e DM são as principais causadoras de doença renal crônica (DRC). Além disso, uma questão ainda em debate é a obesidade como causadora de lesão renal direta por hiperfiltração, hipertensão intraglomerular, aumento na reabsorção de sódio e também por liberação de citocinas inflamatórias. Considerando a progressão exponencial do numero de obesos e doentes renais crônicos, a despeito da redução de alguns outros fatores de risco, é indubitável considerá-la como fator causador indireto de DRC. Objetivo: O Objetivo desse estudo é explicitar a necessidade do controle de peso na prevenção e manejo do paciente com DRC. Casuística e Métodos: Estudo transversal com a aplicação do questionário da Sociedade Brasileira de Nefrologia e medida de índice de massa corpórea (IMC) a 264 pacientes na campanha de prevenção de DRC no Dia Mundial do Rim (08/03/2012) pela Liga acadêmica de Nefrologia UCPel no centro da cidade de Pelotas/RS. Resultados: Dos 264 pacientes que participaram do estudo 47 não se submeteram a realizar medidas de peso/altura; logo, descontando essas perdas, os dados foram: IMC <18 = 1 (0,46%), IMC 18-24,99 = 78 (35,94%), IMC 25-29,99 = 82 (37,78%), IMC 30-34,99 = 33 (15,2%), IMC 35-39,99 = 20 (9,21%), IMC >40 = 3 (1,38%). Sendo o número total de pacientes com sobrepeso ou obesidade = 63,59% (138/217). Conclusões: Com os dados do presente estudo conclui-se que a população está majoritariamente acima do peso. Tal fato correlaciona-se intimamente com o surgimento e agravamento de DRC, devendo ser prevenido e tratado através de uma alimentação mais saudável, início da realização de atividades físicas e se necessário com medidas mais agressivas, como uso de medicações e até cirurgia bariátrica. Como o IMC é um fator de risco modificável, seu controle é crucial no manejo do paciente com lesão renal, interferindo de maneira importante na redução do número de pacientes portadores de HAS e DM e na diminuição da morbimortalidade gerada por tais patologias. Ademais, são necessários mais estudos para comprovação da lesão renal direta gerada pela obesidade. 856 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-513 ÂNGULO DE FASE COMO FATOR PROGNÓSTICO NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES CRÍTICOS Ana Claudia Hise Ferrari, Luciana Jorge Valle,Martina Heller, Vanessa Arrué, Kamylla Schaidhauer, Thiago Henrique Lopes, Maria Cristina Gonzales Universidade Católica de Pelotas, Universidade Católica de Pelotas, Universidade Católica de Pelotas Introdução: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) é definida como uma abrupta e sustentada queda da função renal e está relacionada a pacientes gravemente doentes em unidades de tratamento intensivo (UTI). Sua prevalência varia de 1,45% a 25,9% e sua mortalidade hospitalar corresponde a 60,3%. Por isso, é considerada fator prognóstico independente para a mortalidade de pacientes críticos em UTI. Objetivo O Objetivo principal deste estudo é avaliar a desempenho do ângulo de fase (AF) como marcador prognóstico na mortalidade de pacientes críticos com Insuficiência Renal Aguda (IRA) em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Métodos: Estudo prospectivo em 224 pacientes adultos com IRA pós-admissão na UTI. Diagnóstico e classificação da IRA pelo critério RIFLE. A Bioimpedância Elétrica era realizada no primeiro dia de IRA. A associação entre as variáveis categóricas foi testada pelo teste c2 e teste de linearidade para as variáveis ordinais. Analise multivariada foi realizada através da Regressão de Poisson para avaliar o efeito prognóstico do AF independente de outras variáveis. Realizamos a comparação entre as áreas sob as curvas ROC do APACHEII (padrão ouro) e AF para avaliar o desempenho dos testes prognósticos. Resultados: Os pacientes com AF ≤ 3,1° apresentaram 67% de óbito, enquanto que os com AF > 3,1° apresentaram 42% (p=0,008). Mesmo após o ajuste para todas as variáveis acima o AF permaneceu significativamente associado ao óbito: quando o AF for ≤ 3,1° aumenta em 31% o risco de óbito. Comparando as áreas sob a curva ROC (APACHE II vs AF) não houve diferença significativa, evidenciando um poder prognóstico semelhante (p = 0,06). Conclusão: Em Conclusão, nós demonstramos, de forma pioneira, que o AF derivado da BE é um fator de prognóstico na IRA em pacientes críticos mesmo depois de ajustado para outras variáveis. 857 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-705 RELATO DE CASO DE NEFRITE INTERSTICIAL CRÔNICA GRANULOMATOSA SUGESTIVA DE TUBERCULOSE MANIFESTANDO-SE COM INJÚRIA RENAL AGUDA Pereira ERS, Veloso VP, Sousa MF, Neto IG, Costa CBS, Arimatea GGQ, Amaral LD, Oliveira PC, Silva FL, Costa NGS, Souza CS Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia Introdução: A tuberculose (TB) extrapulmonar ocorre em 20 a 25% do total de casos de TB no mundo, sendo que o acometimento geniturinário é segundo sítio mais comum de TB extrapulmonar. O tipo de lesão mais encontrado é a infecção direta do rim e do sistema geniturinário inferior. É descrita outra forma rara de lesão renal com nefrite túbulo-intersticial, que pode cursar com perda progressiva de função renal. Objetivos: Relatar um caso de nefrite intersticial crônica granulomatosa sugestivo de tuberculose apresentando-se com injúria renal aguda. Métodos: JSF, 68 anos, sexo feminino, admitida no serviço de infectologia do HC-UFG com história de febre alta, diária há 3 meses, queda do estado geral e hiporexia. Apresentava diagnósticos prévios de bronquiectasia, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e esquizofrenia. Foi extensamente investigada por febre de origem indeterminada (FOI) e utilizou diversos esquemas antibióticos durante a internação, porém sem melhora clínica ou remissão da febre. Ao longo de 2 meses foi observado piora progressiva de função renal (variação da Creatinina de 0,88 a 4,16 mg/dL e Ureia de 30 a 176 mg/dL) e sedimento urinário com proteinúria, hematúria e leucocitúria. Inicialmente o quadro foi interpretado como Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva e foi realizado pulsoterapia por 3 dias com Metilprednisolona, além de biópsia renal. Devido a piora das escórias nitrogenadas foi indicado terapia renal substitutiva. A biópsia renal mostrou achados de nefrite intersticial crônica granulomatosa com necrose caseosa, sugerindo TB. A investigação para demonstrar o bacilo por meios diretos e indiretos em sítio geniturinário e pulmonar foi inteiramente negativa. Foi realizado tratamento com Rifampicina e Isoniazida por 6 meses e associação com Pirazinamida nos 2 primeiros meses com rápida melhora do quadro clínico, regressão da febre, recuperação parcial da função renal e descontinuação de hemodiálise. Conclusão: A TB renal pode apresentar-se com lesão histológica de nefrite intersticial crônica granulomatosa e as manifestações iniciais podem ser inespecíficas, como FOI, progredindo com perda de função renal e sedimento urinário rico com necessidade de terapia renal substitutiva. A biópsia renal pode sugerir o diagnóstico e mesmo que não haja demonstração específica da micobactéria deve ser tentado prova terapêutica, estando demonstrada a possibilidade de recuperação de função renal. 858 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-263 DOENÇA RENAL CRÔNICA: TRIAGEM EM UMA POPULAÇÃO ALEATÓRIA Penido MGMG, Tavares MS, de Paula MGP, Rezende CF, Freitas JN, Dorim DDR, Duarte NFV, Bilman V, Silva IM, Milanez LA, Costa AJLF, Machado EG Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte, Serviço de Nefrologia da Santa Casa de Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte Introdução: A doença renal crônica (DRC) tem dimensões epidêmicas no Brasil e no mundo. A triagem em grandes populações pode identificar indivíduos com a doença já instalada. Objetivo: Identificar indivíduos com DRC nos diversos estadios e os fatores de risco em uma população aleatória. Casuística e Métodos: Foram convidados (termo de consentimento livre e esclarecido) a participar do estudo todos os indivíduos que frequentavam o Restaurante Popular no Centro de Belo Horizonte, MG, no Dia Mundial do Rim de 2011. No posto avançado do Projeto de Extensão Nefroliga, da UFMG, os participantes foram submetidos à avaliação clínico-laboratorial que incluía: aferição da pressão arterial, mensuração da creatinina sérica (equipamento portátil), estimativa da TFG (fórmula de Cockroft-Gault e estadiamento), avaliação nutricional (determinação de índice de massa corpórea) e medida da circunferência abdominal (CA). Os participantes foram também submetidos a um questionário com questões abordando sedentarismo, tabagismo, presença e/ou história familiar de hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença renal (DR), doença cardiovascular (DCV), diabetes mellitus (DM) e uso de medicação anti-hipertensiva, além de questões que abordavam o conhecimento leigo sobre qual é a função dos rins, sobre creatinina e se já haviam feito mensuração da mesma. Para análise foram excluídos aqueles cujas fichas de preenchimento estivessem ilegíveis ou incompletas. Resultados: Foram avaliados 298 indivíduos (66% femininos), com idade média de 50,5 ± 17,6 anos. A medida da CA associada a alto risco cardiovascular estava presente em 32%, DRC estadio I em 11,8%, DRC estadio II 53,2%, DRC estadio III 32,3%, DRC estadio IV 2,7%. Nenhum paciente tinha DRC estadio V. Sobrepeso ou obesidade foi diagnosticado em 59,8% dos participantes. História familiar de HAS foi relatada por 71,9%, de DM por 49,7% e de DRC por 23,6%. A medida isolada de PA mostrou níveis pressóricos maiores que 130-149 x 85-89 mmHg em 38%. HAS sistólica estava presente em 3,8%. Quando indagados sobre a função dos rins e creatinina, 69% e 19% conheciam sobre a função renal e sobre a creatinina, respectivamente. Conclusões: O estudo mostrou elevada prevalência de DRC, bem como dos fatores de risco associados (DM, sobrepeso/obesidade, HAS). Ações comunitárias de prevenção de doenças renais são importantes para identificar indivíduos com DRC nos estádios iniciais e aqueles com fatores de risco para evoluir para perda da função renal. 859 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-588 TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA (TRS) EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDRIATRICA (UTIP) TERCIARIA Joao domingos Montoni, Cintia G Strabelli, Camila S Lanetzki, Joao Batista Santos Jjunior, Aline Menezes, Cintia Cruz, Andreia Watanabe, Artur Figueiredo Delgado Instituto da Crianca FMUSP, Instituto da Criança, Instituto da Criança, Instituto da Criança, Instituto da Criança, Instituto da Criança, Instituto da Criança, Instituto da Criança Introdução: O cuidado ao paciente pediátrico criticamente doente requer um melhor conhecimento das causas envolvidas na injúria renal aguda (IRA). O avanço técnico-científico permitiu a utilização de Métodos dialíticos contínuos em todas as faixas etárias pediátricas, além da diálise peritoneal, e um melhor conhecimento das características dos pacientes submetidos a TRS contribui para a prevenção e manejo terapêutico adequado destas crianças. Objetivo: descrever a casuística de pacientes agudos submetidos a TRS na UTIP do Instituto Criança (HCFMUSP) de Janeiro a Dezembro de 2011. Métodos: estudo retrospectivo por análise de prontuários dos pacientes internados de 01/01/2011 até 30/12/2011. Foram avaliados dados demográficos e as seguintes variáveis: tempo de internação, ventilação mecânica, doença de base, indicação de diálise, método dialítico e mortalidade. Os dados foram analisados pelo teste do qui-quadrado de Pearson. Resultados: 15/453 (3,3%) internações no período estudado, evoluíram para TRS, sendo 11 hemodiafiltração veno-venosa continua,1 hemofiltração veno-venosa contínua e 3 diálise peritoneal. A TRS foi indicada por hipervolemia em 66% (10/15) e primariamente por distúrbios eletrolíticos e ácido-básicos em 34% (5/15) dos pacientes. A IRA foi secundária a choque séptico em 60% (9/15), lise tumoral 1/15 (6,7%), síndrome nefrótica 1/15 (6,7%), nefrite lúpica 3/15 (20%) e 1/15 outras doenças. 13/15 (86,7%) estavam em ventilação mecânica. O óbito ocorreu em 59/453 (13%) dos pacientes internados na UTIP e em 7/15 (46,7%) dos que receberam TRS. A mortalidade foi maior nos pacientes que receberam droga vasoativa, ventilação mecânica, TRS (independente da modalidade) e nos que apresentaram doença de base (doença oncológica, LES, transplante hepático, entre outras). Não houve diferença na mortalidade conforme o sexo 4/7 (57,1%) feminino e 3/7 (42,9%) masculino. A idade média de internação na UTIP no período foi de 5,24 anos e dos que realizaram TRS foi de 10,27 anos. Conclusões: No período estudado, 3,3% dos pacientes internados na UTIP necessitaram TRS e os Métodos hemodialíticos contínuos foram os mais utilizados 12/15 (80%). A principal indicação de TRS foi a hipervolemia, o que requer a atenção para maior otimização da administração de fluidos a estes pacientes. A mortalidade foi elevada 7/15 (46,7%) e semelhante àquela observada na literatura. 860 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-143 PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE EM ALAGOAS Duarte DB, De-Melo-Neto VL, Oliveira SBA, Araújo DL, Guimarães ACC, Pinheiro ME, Nardi AE Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal do Rio de Janeiro Introdução: Transtornos psiquiátricos podem influenciar negativamente a evolução de pacientes em hemodiálise (HD), comprometendo adesão ao tratamento, levando a negligência de auto-cuidados, piorando a qualidade do sono. Objetivo: Investigar a prevalência de transtornos psiquiátricos em pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise em Alagoas. Casuística e Métodos: Estudo transversal com 71 pacientes portadores de Doença Renal Crônica (DRC) em programa regular de hemodiálise de 3 serviços da cidade de Maceió-AL. Descrição de características clínicas e demográficas pesquisadas com questionário semi-estruturado preparado para este estudo, além da aplicação do MINI 5.0.0. (Mini InternationalNeuropsychiatric Interview), para investigação dos principais transtornos psiquiátricos, baseados nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV-TR). Correlacionaram-se os principais achados demográficos, clínicos e laboratoriais com os diagnósticos psiquiátricos. A análise estatística foi feita com o programa SPSS 16.0 Para as correlações foram utilizados os testes t de Student ou chi-quadrado, considerando-se significativos os Resultados com valor de p ≤ 0,05. Resultados: A média de idade foi de 44,5 ± 14,1anos. 54,9% da amostra era do sexo masculino, 62% eram pardos e 38% brancos ou negros. 56,3% se diziam católicos, enquanto 32,4% evangélicos. A escolaridade média foi de 6,9 ± 4,2anos de estudo. A maioria (57,5%) se apresentava casada ou em união estável e 28,2% eram solteiros. Mais da metade ganhava até um salário mínimo (54,9%). 62% eram hipertensos. A etiologia da DRC foi HAS em 49,3% dos pacientes e diabetes em 22,5%. 42,2% apresentavam algum transtorno de humor, sendo que 22,5% do total apresentavam episódio atual de depressão maior. Transtorno de ansiedade generalizada, agorafobia e episódio atual psicótico, cada um, foi diagnosticado em 4,2% da amostra. Episódio depressivo atual com características melancólicas se correlacionou com níveis mais baixos de hemoglobina (p<0,01). Conclusões: Transtornos de humor são muito comuns em pacientes em hemodiálise, especialmente depressão. Quadros depressivos melancólicos correlacionam-se com níveis mais baixos de hemoglobina. 861 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-469 HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA A HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO Glauce A Paes, Evandro R Silva-Filho, Natalia CV Melo Hospital Regional de Taguatingua, Distrito Federal, Hospital Regional de Taguatingua/Clínica de Doenças Renais de Brasília, Distrito Federal, Hospital Regional de Taguatingua/Clínica de Doenças Renais de Brasília-DF/Faculdade de Medicina da USP, São Paulo Introdução: Hiperaldosteronismo primário é causa de cerca de 10% dos casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS). No entanto, apesar de ser uma causa relativamente frequente e potencialmente reversível de HAS, tal diagnóstico é muitas vezes negligenciado e, consequentemente, não é tratado. Objetivos: Relatar caso de hipertensão arterial sistêmica secundária a hiperaldosteronismo primário. Casuística e Métodos: Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de caso de paciente atendida na Unidade de Nefrologia do Hospital Regional de Taguatinga em março de 2012. Resultados (Relato do caso): A.S.C., 37 anos, deu entrada no pronto-socorro com quadro de insuficiência cardíaca descompensada associada à redução do volume urinário e anasarca. Apresentava pressão arterial=240/160mmHg, elevação de escórias nitrogenadas (Ur=61mg/dL, Cr=3,1mg/dL) e hipocalemia (K=2,6mg/dL). Iniciado tratamento com anti-hipertensivos e diuréticos, inclusive poupador de potássio, evoluindo com melhora clínica, normalização do potássio e controle da pressão arterial. Devido a suspeita de hipertensão secundária, foi realizada tomografia, que mostrou um nódulo na adrenal esquerda com critérios tomográficos compatíveis com adenoma de suprarrenal. Apesar dos exames complementares mostrarem atividade de renina plasmática (ARP) não tão baixa (1,5ng/ml/h), a aldosterona (AP) encontrava-se aumentada (85 ng/dl) e a relação AP/ARP=56 era compatível com o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário. Após compensação do quadro clínico foi realizada adrenalectomia esquerda. O histopatológico evidenciou um adenoma cortical de 2,3 cm. A paciente evoluiu com normalização dos níveis de potássio, redução da ureia e da creatinina (Ur=45, Cr=2,3), redução parcial da pressão arterial (140/80mmHg) e das doses de anti-hipertensivos. Conclusões: Deve-se incluir o hiperaldosteronismo primário no diagnóstico diferencial de casos de hipertensão grave, principalmente em pacientes jovens e com hipocalemia. O diagnóstico e tratamento precoces do hiperaldosteronismo primário podem levar à cura da HAS em 30 a 70% dos casos, além de reduzir os efeitos deletérios da aldosterona em longo prazo. 862 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-55 DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO DE SÓDIO E POTÁSSIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE EM UMA CLÍNICA ESPECIALIZADA DE JOÃO PESSOA - PARAÍBA Cavalcanti NS, Gomes CNAP, Silva LLC, Silva LS, Nascimento DB, Albuquerque LMA, Nascimento PCM, Júnior EDF Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal da Paraíba Introdução: Alterações severas dos níveis de sódio (Na) e potássio (K) séricos são frequentemente encontradas em pacientes acometidos por doença renal crônica (DRC) terminal. Um dos Objetivos-chave da hemodiálise (HD) é a manutenção de níveis aceitáveis desses eletrólitos, promovendo a redução da morbimortalidade associada e alterando a história natural dos distúrbios. Objetivos: Avaliar a frequência dos distúrbios do equilíbrio de sódio e potássio em pacientes submetidos a hemodiálise em uma clínica especializada. Casuística e Métodos: Análise retrospectiva de 106 pacientes tratados em uma clínica de diálise particular em João Pessoa – Paraíba, no período de fevereiro a maio de 2012. As amostras pareadas foram colhidas em dois momentos distintos, por ocasião da sessão de diálise, com intervalo de 30 dias, para dosagem dos níveis séricos de Na e K. Resultados: Primeira amostra: valores médios e desvio-padrão de Na = 140 ± 3,4 mEq/L, e K = 4,8 ± 0,6 mEq/L; 4,7% dos pacientes apresentaram hipernatremia, 6,6% hiponatremia, 33% hipercalemia, 0% hipocalemia. Segunda amostra: Na = 135 ± 4,4 mEq/L, K = 4,8 ± 0,7 mEq/L; 61,3% hipernatremia, 2,8% hiponatremia, 29,2% hipercalemia, 0% hipocalemia. Conclusões: Os níveis de Na no organismo de um paciente acometido por DRC terminal são determinados basicamente por dois processos: a ingesta de Na, e remoção pela diálise. Houve alteração significativa dos valores médios de Na sérico durante o período interdialítico, um dos grandes desafios da HD intermitente, visto que os processos orgânicos que determinam os níveis de Na são contínuos. Nesse sentido, é imperativa a prescrição otimizada da diálise, com soluções individualizadas, bem como o manejo clínico adequado às necessidades de cada paciente. Estudos apontam a incidência de hipercalemia entre pacientes de hemodiálise em torno de 10%, significativamente inferior aos valores encontrados na presente casuística. No entanto, o valor médio manteve-se entre as duas amostras, o que é esperado, uma vez que existem evidências de que a HD tem pouca influência sobre os valores séricos de K pré-diálise na sessão seguinte, reforçando a importância do manejo clínico no período interdialítico. Apesar dos indiscutíveis avanços alcançados pela terapia dialítica no manejo da DRC terminal, os distúrbios hidroeletrolíticos ainda são uma preocupação e importante causa de morbimortalidade nesses pacientes, fomentando a busca contínua de soluções para desfechos cada vez mais favoráveis. 863 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-432 NEFROPATIA POR IGA CRESCÊNTICA: SÉRIE DE CASOS Edienny Augusta Tocantins Viana Lobato, Diego do Amaral Polido, Lázaro Bruno Borges Silva, Felipe Leite Guedes, Rafael Siqueira Athayde de Lima, Osmar Monteiro da Silva, Gyl Eanes Barros Silv, Márcio Dantas, Roberto Silva Costa, Osvado Merege Vieira HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP, HC - FMRP - USP A Nefropatia por IgA é a glomerulopatia mais diagnosticada em biópsias renais, sendo que a presença de crescentes, uma forma incomum de apresentação, sugere pior prognóstico de sobrevida renal. Objetivando avaliar os achados patológicos e a evolução clínica dos pacientes submetidos à biópsia renal no Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto entre fevereiro a maio de 2012, realizou-se uma análise retrospectiva dos cinco casos de Nefopatia por IgA crescêntica diagnosticados neste período. Dos cinco pacientes avaliados, quatro eram do sexo masculino, com média de idade de 35,6 anos. Dentre estes, três apresentavam alteração de função renal, sendo um com necessidade dialítica desde a admissão; um possuía hematúria macroscópica e dois com proteinúria em faixa nefrótica. Um paciente por apresentar função renal inalterada e proteinúria inferior a 1g/dia, manteve-se em seguimento ambulatorial sem tratamento específico. O segundo caso, em terapia dialítica, não apresentou sinais de recuperação da função renal devido à fase avançada do quadro. Três pacientes foram submetidos a pulsoterapia com metilprednisolona e ciclofosfamida, dos quais dois apresentaram evolução favorável com redução do nível de proteinúria para faixa inferior a 1g e um manteve alteração de função renal e proteinúria elevada, porém sem necessidade dialítica. A nefropatia por IgA decorre da deposição de imunocomplexos em mesângio glomerular, sendo que a incidência da forma crescêntica varia entre 8 e 26%. Nesta forma, os pacientes costumam apresentar-se com níveis mais elevados de proteinúria, pressão arterial e alterações de função renal, assim como tendência a evolução clínica desfavorável para doença renal crônica terminal com necessidade de terapia renal substitutiva. O tratamento desta forma agressiva da doença depende do nível de proteinúria e função renal. Pacientes com proteinúria maior que 1g/dia e creatinina alterada são submetido à imunossupressão com corticóide e ciclofosfamida, exceto quando o acometimento renal observado na biópsia é avançado. Nos casos de proteinúria inferior a estes níveis e função renal normal, é possível optar pelo uso de inibidores do sistema renina-angiotensina e controle pressórico otimizado, com seguimento regular do paciente para monitorização e, tratamento imunossupressor se houver evolução insatisfatória do quadro, visando evitar ou retardar a progressão da doença 864 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865 SESSÃO POSTER P-858 QUANTIFICAÇÃO GÊNICA PRÉ-TRANSPLANTE RENAL PREDIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA. Sahd, R,Joelsons, G,Haim, T;,Goncalves, LF,Manfro, RC UFRGS,UFRGS,UFRGS,UFRGS,UFRGS Introdução. A rejeição aguda (RA) permanece entre as principais causas de perda de enxertos renais. A disponibilidade de biomarcadores prognósticos de RA no período pré-transplante poderia ser útil na individualização do tratamento levando à adequação dos regimes de imussupressão para condições de maior efetividade e menor toxicidade. Objetivos: Avaliar se as quantificações das expressões dos mRNAs dos genes FOXP3, TIM3, Perforina, CXCL-10 , Granulosina e CXCL9 em células mononucleares do sangue periférico de pacientes em pré-operatório imediato de transplante renal podem: (a) ser preditoras da rejeição aguda pós-transplante renal; (b) be correlacionar com a função do enxerto renal; (c) apresentar correlação com a ocorrência infecções após o transplante renal. Casuística e Métodos: Foram coletadas amostras pré-transplante de 51 pacientesque receberam enxertos renais entre 2008 a 2009. Realizou-se a mensuração da expressão do mRNA dos genes TIM3, FOXP3, Perforina, CXCL-9, CXCL-10 e Granulisina, em células mononucleares do sangue periférico através da técnica de PCR em tempo real. Os resultados da expressão gênica foram correlacionados com a ocorrência de RA, presença de infecções virais e bacterianas em até 1 ano e com a função do enxerto renal aos 1, 6 e 12 meses pós-transplante. Resultados e Conclusões. Os resultados das análises dos genes TIM3, FOXP3, Perforina e CXCL-9, não apresentaram diferença com significância estatística entre os grupos que apresentaram ou não episódios de rejeição aguda. A expressão gênica de CXCL-10 e Granulisina foi significativamente menor no grupo que apresentou rejeição aguda (P<0,05) (Fig.1). Não houve diferença significativa na expressão gênica de pacientes que desenvolveram infecção viral ou bacteriana no pós-transplante renal. O mesmo resultado foi encontrado na avaliação da função renal do enxerto. A análise da expressão dos genes avaliados neste estudo no momento prévio ao transplante renal não foi preditor da ocorrência de rejeição aguda, infecções virais ou bacterianas ou da função do enxerto até um ano pós-transplante. Acredita-se que a avaliação da expressão de outros genes, bem como novas plataformas moleculares possam evidenciar genes ou conjuntos de genes com maior relevância biológica neste contexto. Alternativamente polimorfismos genéticos e não a expressão do gene pode vir a ser o caminho a ser testado para a consolidação de biomarcadores prognósticos em transplante renal. 865 J Bras Nefrol 2012;Suplemento:- -865