Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Exatas e Naturais Faculdade de Química Disciplina: Instrumentação para o Ensino da Química Professor: Jorge Trindade Discentes: Andreza Leite Gleice Silva Jardson Lima Samara Menezes Tarciele Andrade 07055003501 07055003101 07055002601 07055002501 07055003201 SUMÁRIO Pág. 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................3 2. FUNÇÕES INORGÂNICAS .............................................................................................12 2.1 ÁCIDOS .............................................................................................................................12 2.2 BASES ...............................................................................................................................20 2.3 SAIS ...................................................................................................................................27 2.4 ÓXIDOS .............................................................................................................................36 3. AS FUNÇÕES INORGÂNICAS E A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA......................42 4. FUNÇÕES ORGÂNICAS..................................................................................................49 4.1 HIDROCARBONETO .......................................................................................................49 4.2 ÁLCOOL............................................................................................................................53 4.3 CETONA ...........................................................................................................................55 4.4 ÁCIDO CARBOXÍLICO....................................................................................................56 4.5 ALDEÍDO ..........................................................................................................................58 4.6 AMIDAS ............................................................................................................................59 4.7 AMINAS ............................................................................................................................60 4.8 ÉSTERES ...........................................................................................................................61 4.9 ÉTERES..............................................................................................................................63 4.10 FENÓIS.............................................................................................................................65 4.11 HALETOS .......................................................................................................................66 5. INSTRUMENTOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES QUÍMICAS.............................71 6. CONCLUSÃO.....................................................................................................................76 7. REFERÊNCIAS .................................................................................................................77 8. ANEXO ...............................................................................................................................78 2 1. INTRODUÇÃO Funções Inorgânicas Funções Químicas As substâncias químicas são classificadas como inorgânicas e orgânicas. As inorgânicas são aquelas que não possuem cadeias carbônicas e as orgânicas são as que possuem. As substâncias inorgânicas são divididas em quatro grupos, ácidos, bases, sais e óxidos, chamados de “funções inorgânicas”. As substâncias orgânicas são divididas em hidrocarbonetos, funções halogenadas, funções oxigenadas e funções nitrogenadas e, do mesmo modo, os grupos são denominados “funções orgânicas” (Figura 1). As substâncias pertencentes a cada um dos grupos mostrados na Figura 1 possuem propriedades químicas em comum. O que confere as propriedades às substâncias participantes de uma mesma função é sua capacidade de reagir. Substâncias que reagem da mesma forma, quando colocadas em uma mesma situação, normalmente pertencem à mesma função. Sabemos, por exemplo, que o metanol (CH3OH) e o etanol (CH3CH2OH) pertencem à função Álcool. Estas substâncias possuem propriedades químicas semelhantes, como a formação de ácidos nas reações de oxidação e a formação de gás carbônico, água e energia nas reações de combustão. As Equações 1 e 2 mostram as reações de oxidação do metanol e do etanol, respectivamente: 3 CH3OH + O2 → HCOOH + H2O (Equação 1) (metanol) (ácido metanóico) CH3CH2OH + O2 → CH3COOH + H2O (Equação 2) (etanol) (ácido etanóico ou ácido acético) Por outro lado, a parafina (C22H46) e o butano (CH3CH2CH2CH3) sofrem reação de combustão, mas não são classificados como álcoois, uma vez que não sofrem reações de oxidação nas mesmas condições que o metanol e o etanol. A parafina e o butano são classificados como Hidrocarbonetos. Veja as classificações na Tabela 1 abaixo: Tabela 1: Classificação de Algumas Substâncias Orgânicas. Composto Reação de Oxidação Reação de Classificação Combustão Metanol Sim Sim Álcool Etanol Sim Sim Álcool Butano Não Sim Hidrocarboneto Parafina Não Sim Hidrocarboneto Portanto, atenção! Para descobrir a função química a que pertence uma determinada substância, não basta verificar um só tipo de reação química. É preciso verificar um conjunto de reações. No nosso exemplo, duas reações foram suficientes para diferenciar hidrocarbonetos de alcoóis. Agora que conhecemos um dos procedimentos que os químicos utilizam para classificar as substâncias em funções químicas, vamos apresentar todas as funções inorgânicas e orgânicas muito importantes. 4 OS ÁCIDOS E AS BASES: UM POUCO DE HISTÓRIA O comportamento ácido-base é conhecido há muitos e muitos anos. A palavra ácido (do latim acidus) significa “azedo”, álcali (do árabe al qaliy) significa “cinzas vegetais”. O termo ácido, álcali e base data da Antiguidade, da Idade Média e do século XVIII, respectivamente. As teorias, ácido-base, ou seja, as teorias que procuram explicar o comportamento dessas substâncias baseando-se em algum princípio mais geral são também bastante antigas. Em 1789, Antoine-Laurent Lavoisier afirmava que "o oxigênio é o princípio acidificante". Em outras palavras, dizia que todo ácido deveria ter oxigênio. Entretanto, já nesta época, Claude-Louis Berthollet (1787) e Humphry Davy (1810) descreveram vários ácidos que não apresentavam o oxigênio, tais como o ácido cianídrico (HCN), ácido sulfídrico (H2S) e ácido clorídrico (HCl) As teorias de ácidos e bases que serão tratadas aqui datam do século XX: teoria de Arrhenius (1887), Brönsted-Lowry (1923) e de Lewis (1923) Os Ácidos e as Bases: O Conceito de Bronsted-Lowry De acordo com a teoria de Bronsted-Lowry, ácidos são doadores de prótons e bases são aceptoras de prótons. Vamos analisar um exemplo genérico: Nesta reação, o átomo de hidrogênio da espécie HA é transferido para a molécula B, formando BH+. Portanto, segundo a teoria de Brönsted-Lowry, HA é um ácido porque transferiu um próton para B. Do mesmo modo, nessa reação, B é uma base porque recebeu um próton de HA. A reação entre HA e B leva à formação das espécies A- e BH+. Esta é uma reação reversível. Isso significa que os produtos da reação também reagem entre si, regenerando os reagentes: 5 Assim, o átomo de hidrogênio de BH+ é transferido para A-. Portanto, BH+ é um ácido e A- é uma base, segundo Brönsted-Lowry. Desse modo, HA e A- formam um par ácido-base conjugado. Ou seja, HA é um ácido porque doa um próton e transforma-se em A-. A- é uma base porque recebe um próton e transforma-se em HA. Do mesmo modo, B e BH+ formam um segundo par ácido-base conjugado. Mas, será que no equilíbrio as quantidades de HA, B, A- e BH+ serão as mesmas? Ou teremos uma maior quantidade de reagentes ou produtos? Seria possível prever o sentido para o qual o equilíbrio estaria deslocado? O equilíbrio estará deslocado no sentido da formação do ácido mais fraco e da base mais fraca. Se HA e B forem o ácido e a base mais fracos, eles estarão presente em maior quantidade, e o equilíbrio poderá ser representado da seguinte forma: Mas, se A- e BH+ forem o ácido e a base mais fracos, teremos: Vejamos um exemplo real para que fique mais claro: 6 A amônia, uma base fraca, reage com o ácido cítrico, um ácido fraco, conforme a Equação 6: Neste caso, o equilíbrio estará deslocado para os produtos, uma vez que o ácido cítrico (H3C6H5O7) é um ácido mais forte que o íon amônio (NH4+), e que a Amônia (NH3) é uma base mais forte que o íon citrato (H2C6H5O7-). É importante salientar que os conceitos de ácido e base, segundo Bronsted-Lowry, são relativos. Observe as Equações abaixo: Na primeira reação a água doa um próton para a amônia, formando NH4+(aq) e OH-(aq), enquanto que, na segunda, a água recebe um próton do ácido acético formando CH3COO-(aq) e H3O+(aq). Portanto, fica claro que a água, segundo o conceito de Bronsted-Lowry, é um ácido na primeira reação e uma base na segunda. Por isso, a água é denominada uma substância anfótera. Para que uma substância anfótera possa agir como ácido, ele deve ser posta em contato com uma base mais forte que a sua base e, para agir como base, reagir com um ácido mais forte que seu ácido. 7 Os Ácidos e as Bases: O Conceito de Lewis Gilbert Newton Lewis (1875-1946), um químico americano, propôs uma teoria de ácidos em bases no mesmo ano em que Bronsted e Lowry apresentaram a sua teoria. De acordo com Lewis, ácidos são espécies capazes de receber pares de elétrons, e bases são espécies capazes de doar pares de elétrons. Desse modo, uma reação ácido-base consiste na formação de uma ligação covalente coordenada mais estável, como mostra a Figura 3. Os Ácidos e as Bases: O conceito de Arrhenius Por volta de 1887, Svante Arrhenius verificou, por meio de experimentos, que algumas soluções aquosas conduziam corrente elétrica e outras não. Por exemplo, o que acontecerá se introduzirmos dois fios condutores ligados a um gerador numa solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) ou se os introduzirmos numa solução aquosa de sacarose (C12 H22 O11) ? 1o Exemplo A lâmpada não acende, provando que a solução aquosa de sacarose não possibilita a passagem de corrente elétrica. Este tipo de solução é chamada de solução não eletrolítica. As substâncias (no caso a sacarose) que não produzem íons quando em solução aquosa são chamadas de não-eletrólitos. Os não-eletrólitos são sempre moleculares 8 2oExemplo: A lâmpada acende, provando que há passagem de corrente elétrica através da solução. Esse tipo de solução é chamado de solução eletrolítica. As substâncias (no caso o NaCl) que produzem íons quando em solução aquosa são chamadas eletrólitos. Os eletrólitos podem ser iônicos (NaCl) ou moleculares(HCl). 9 Dissociação e Ionização Quando um eletrólito é iônico, a sua dissolução em água possibilita a separação dos íons do retículo cristalino. Esse fenômeno é chamado dissociação iônica. Exemplo: NaCl Na++Cl Quando um eletrólito é molecular, a sua dissolução em água possibilita a formação de íons, devido à reação das moléculas da substância dissolvida com as moléculas de água. Esse fenômeno é chamado de ionização. Exemplo: HCl + H2O H3O+ + Cl – Simplificadamente podemos escrever segundo o modelo de Arrhenius: HCl H + + Cl – Grau de Ionização (ou de Dissociação Iônica) Verifica-se que a condutividade elétrica em soluções de NaCl e HCl é alta e que em soluções de HF a condutividade é muito baixa, embora mais alta do que a da água pura. Isso nos leva a concluir que nem todas as moléculas de HF estão ionizadas. Assim, temos dois tipos de eletrólitos: – Eletrólitos fortes: existem somente (ou praticamente) como íons em solução. Exemplo: NaCl, HCl – Eletrólitos fracos: existem como uma mistura de íons e moléculas não-ionizadas em solução. Exemplo:HF A grandeza que mede a quantidade em porcentagem das moléculas que sofrem ionização é chamada grau de ionização (a). 10 Resumo – Eletrólito: toda substância que em solução aquosa permite a passagem da corrente elétrica. – Não-eletrólito: toda substância que em solução aquosa não permite a passagem da corrente elétrica. –Dissociação: separação de íons de um retículo cristalino. – Ionização: é a formação de íons, por meio da reação de moléculas da substância dissolvida com moléculas de água. – Grau de Ionização Exercícios Resolvidos 01. (UEL-PR) A é uma substância gasosa nas condições ambientes. Quando liquefeita praticamente não conduz corrente elétrica, porém, forma solução aquosa que conduz bem a eletricidade. Uma fórmula possível para A é: a)K b)N2 c)HCl d)O3 e)Ar Resolução Resposta:C Substância molecular liquefeita pura não conduz a corrente elétrica, pois não apresenta íons em solução. Em solução aquosa pode ionizar produzindo íons em solução que permitem a passagem da corrente elétrica. É o caso do HCl: HCl (l) + H2O(l) H3O+(aq)+CL–(aq) 11 02. (PUC-Campinas-SP) Representam um par de substâncias que, em solução aquosa, conduzem a corrente elétrica: a) C6H12O6 e NaOH b) H2SO4 e NaOH c) H2SO4 e C2H6O d) C6H12O6 e C2H6O Resposta:B As substâncias que permitem a passagem da corrente elétrica através da solução são as iônicas e as moleculares que pertencem à função ácido . 2. FUNÇÕES INORGÂNICAS 2.1- ÁCIDOS Classificação dos Ácidos A) Quanto à presença de oxigênio na molécula: Hidrácidos – não possuem oxigênio. Exemplos: HCl, HCN, ... Oxiácidos – possuem oxigênio. Exemplos: HNO3 , HClO3 , H2SO4 ... B) Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis: Monoácidos (ou monopróticos) – apresentam um hidrogênio ionizável. Exemplos: HCl, HBr, HNO3 , H3PO2 (exceção). Diácidos (ou dipróticos) – apresentam dois hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H2S, H2SO4 , H3PO3 (exceção). Triácidos - apresentam três hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H3PO4 , H3BO3 . Tetrácidos - apresentam quatro hidrogênios ionizáveis. Exemplos: H4SiO4 , H4P2O7. C) Quanto ao número de elementos químicos: Binário – dois elementos químicos diferentes. Exemplos: HCl, H2S, HBr. Ternário – três elementos químicos diferentes. Exemplos: HCN, HNO3 , H2SO4 . Quaternário – quatro elementos químicos diferentes. Exemplos: HCNO, HSCN. D) Quanto à volatilidade (ponto de ebulição): 12 Voláteis – possuem baixo ponto de ebulição. Exemplos: HCl (–85 °C), H2S (–59,6 °C), HCN (26 °C), HNO3 (86 °C). Fixos – possuem alto ponto de ebulição. Exemplos: H2SO4 (338 °C), H3PO4 (213°C),H3BO3(185°C). E) Quanto ao grau de ionização (força de um ácido): Ácidos fortes: possuem > 50% Ácidos moderados: 5% 50% Ácidos fracos: < 5% Regra Prática para Determinação da Força de um Ácido A) Hidrácidos Ácidos fortes: HI > HBr > HCl. Ácido moderado: HF. Ácidos fracos: demais. B) Oxiácidos Sendo HxEzOy a fórmula de um ácido de um elemento E qualquer, temos: em que: se: m = 3 ácido muito forte Exemplos: HClO4 , HMnO4... m = 2 ácido forte Exemplos: HNO3 , H2SO4... m = 1 ácido moderado Exemplos: H3PO4 , H2SO3 , H3PO3(2 H+), H3PO2(1 H+) m = 0 ácido fraco Exemplos: HClO, H3BO3... Observação – O ácido carbônico (H2CO3) é uma exceção, pois é um ácido fraco (2 = 0,18%), embora o valor de m = 1. 13 Resumo – Ácido: toda substância que, em solução aquosa, ioniza, produzindo como cátion somente íons H3O+(H+). –Classificação: Presença de oxigênio Número de Número de elementos Volatilidade Força Fórmula estrutural A) Hidrácidos ( HxE ) Cada hidrogênio está ligado ao elemento por um traço (–) que representa a ligação covalente Exemplos B) Oxiácidos (HxEzOy ) Para escrever a fórmula estrutural dos oxiácidos, devemos proceder da seguinte maneira: 14 1) escrever o elemento central; 2) ligar o elemento central a tantos grupos – OH quantos forem os hidrogênios ionizáveis; 3) ligar o elemento central aos oxigênios restantes através de uma dupla ligação ou por ligação dativa. Exemplos Observação: Duas exceções importantes, por apresentarem hidrogênios não-ionizáveis, são: 15 Resumo: – Hidrácidos: hidrogênio ligado ao elemento central. – Oxiácidos: hidrogênio ligado ao oxigênio e este ligado ao átomo central. Exceções: H3PO3 e H3PO2. Exercício de Ácido 1)assinale o item que contem apenas ácidos de Arrhenius. a) H2S, NaCl, KOH b) HBr, HCl, H2SO4 c) NaCl, BA(OH)2, BaS d) HCl, NH4OH, BaS e) NaOH, LiOH,Ca(OH)2 2) (Unicamp-SP) Indique na afirmação a seguir, o que é correto ou incorreto, justificando sua resposta em poucas palavras: “Uma solução aquosa de cloreto de hidrogênio apresenta o número de cátions H+ igual ao de ânions Cl-. Portanto, é eletricamente neutra e não conduz eletricidade.” 3) (UEPI) Sejam os seguintes ácidos, com seus respectivos graus de ionização (α):HClO4 (α = 97%); H2SO4(α = 61%); H3BO3(α = 0,0255%); H3PO4(α = 27%); HNO3 (α = 92%). Assinale a afirmativa correta. a) H3PO4 e mais forte que H2SO4 b) HNO3 e um acido moderado c) HClO4 e mais forte que o HNO3 d) H3PO4 e um acido forte e) H3BO3 e um acido fraco Atividade prática Experimento: Testando a Corrosão de Ácidos Objetivo: Compreender o processo de corrosão de cálcio dos dentes (cárie dentária), originando a partir de um ácido produzido em nossa boca quando ingerimos massa, refrigerantes, doces, etc. • Para ler antes da experiência. Substância acida podem afetar os entes, da seguinte maneira. Os dentes, como todos os ossos do nosso corpo, são formados principalmente 16 de compostos de cálcio. A película de esmalte que protege nossos dentes também é composta de cálcio. • Existem bactérias que vivem na nossa boca e se alimentam do açúcar presente em certos alimentos (massas, refrigerantes, doces, etc.). Depois de comer o açúcar, as bactérias produzem um tipo de ácido. • Esse ácido produzido pelas bactérias pode acorrer o cálcio de esmalte, atingindo o dente. A corrosão do cálcio é a própria cárie dentária. Como podemos perceber, os ácidos reagem fortemente em combinações com certas substâncias. No caso dos dentes, podemos prevenir cáries dentárias escovando sempre os dentes após as refeições. O creme dental é uma substancia básica e pode neutralizar o acido da boca, alem de eliminar partículas de alimentos nos dentes. A experiência proposta a seguir usa a casca de ovo, que é composta de cálcio. Materiais Necessários 1 ovo 2 pratos Vinagre (porção meio corpo) Procedimentos Quebrar o ovo. Colocar a gema e a clara num prato. Triturar a casca do ovo, para não machucar as mãos, embrulhar a casca num pedaço de pano, triturando-a com um pilão ou martelo ou ate mesmo com uma caneta usando como rolo sobre a casca. Pôr a casca de ovo triturado no prato livre. Nesse recipiente, colocar vinagre em quantidade suficiente para cobrir os pedacinhos triturados. Deve-se aguardar cerca de três minutos para que a reação do ácido com o cálcio possa começar a ser observada. Depois de uma semana tem-se o resultado final do experimento Jogo Palavras cruzadas – Função Ácido 1) 2) 3) 4) 5) 6) Grupo de substâncias com propriedades químicas semelhantes. Sabor azedo e conduzir bem a eletricidade são duas características desta função. Classificação dos ácidos que possuem oxigênio. Classificação quanto à força do ácido H2SO4. O cátion dos ácidos. São substancias que tem a propriedade de mudar de cor conforme o meio seja ácido ou básico. 7) Classificação de um ácido que apresenta um hidrogênio ionizável. 8) Nomenclatura do ácido HClO4. 9) Classificação do ácido H2S quanto ao número de hidrogênios ionizáveis. 10) Nome do ácido H3PO4. 17 2 1 5 4 6 3 10 8 7 9 Fonte: Samara Menezes 18 Resolução das palavras cruzadas - Função ácido 2 1 f u n ç a o q u í m c i 5 d 6 h 3 o x i a c i n d 10 d r a i o c c g i a e d d 8 n 7 m o n o a c i f r c o o i s d f o o p r e i r c c o l o r 9 d i a c c o i d c 4 f o r t e d o i d a s o 19 2.2- BASES Segundo Svante Arrhenius, uma base (também chamada de álcali) é qualquer substância que libera única e exclusivamente o ânion OH– (íons hidroxila ou oxidrila) em solução aquosa. Soluções com estas propriedades dizem-se básicas ou alcalinas. As bases possuem baixas concentrações de íons H+ sendo considerada base a solução que apresenta pH acima de 7. Possuem sabor adstringente (gosto de banana) e são empregadas como produtos de limpeza, medicamentos (antiácidos) entre outros. Muitas bases, como o hidróxido de magnésio (leite de magnésia) são fracas e não trazem danos. Outras como o hidróxido de sódio (NaOH ou soda cáustica) são corrosivas e sua manipulação deve ser feita com cuidado. Quando em contato com o papel tornassol vermelho apresentam a cor azul-marinho ou violeta. Exemplos: NaOH BaOH Hidróxido de Bário Na+ + Ba+ + OHOH- Hidróxido de Sódio Fonte: http://nautilus.fis.uc.pt/wwwqui/figuras/fig_compostos04.html Mg(OH)2 Mg+2 + 2 OH- 20 Grau de ionização Quando uma substância dissolve-se em água, não são todas as moléculas que iram sofre ionização ou dissociação (quebra da molécula) com produção de íons. O grau de ionização ou dissociação (α) indica o grau de percentagem de moléculas que sofrem ionização ou dissociação que por sua vez medi a força do eletrólito, ou seja, quanto maior o grau de ionização do eletrólito, maior será a sua força. Ficou convencionado que: Eletrólitos fortes possuem α ≥ 50%, eletrólitos moderados 5% < α < 50% e eletrólitos fracos possuem α ≤ 5%. Classificação quanto ao número de hidroxilas ionizáveis • Monobase: KOH • Dibases: Fe(OH)2 • Tribases: Al(OH)3 • Tetrabases: Pb(OH)4 Classificação quanto à solubilidade • Fortes e solúveis: Metal alcalino (1A). Ex: LiOH • Moderadas e pouco solúveis: Metal alcalino terroso (2A). Ex: Ca(OH)2 • Fracas e insolúveis: Qualquer outro metal. Ex:Fe(OH)3 Atenção: Com exceção da amônia. NH3(g) + H2O(l) NH4 21 Nomenclatura Hidróxido + de + nome do cátion Exemplos: NaOH : Hidróxido de magnésio. LiOH : hidróxido de lítio. Quando um mesmo elemento forma cátions com diferentes cargas, o número da carga do íon é acrescentado ao final do nome. Outra forma é acrescentar o sufixo -oso ao íon de menor carga e -ico ao íon de maior carga. Demonstração: Ferro → Fe2+ e Fe3+ Fe2+ Fe(OH)2 = Hidróxido de ferro (II) ou hidróxido ferroso. Fe3+: Fe(OH)3 = Hidróxido de ferro (III) ou hidróxido férrico. Veja mais exemplos: Cobre: Cu (OH): Hidróxido de cobre (I) Cu (OH)2: Hidróxido de cobre (II). Ação sobre indicadores Como já vimos, tanto os ácidos como as bases alteram a cor de um indicador. A maioria dos indicadores usados em laboratório é artificial; porém, alguns são encontrados na natureza, como o tornassol, que é extraído de certos liquens. No nosso dia-a-dia, encontramos esses indicadores presentes em várias espécies: no repolho roxo, na beterraba, nas pétalas de rosas vermelhas, no chá-mate, nas amoras etc., sendo sua extração bastante fácil. 22 A tabela a seguir mostra os indicadores mais usados em laboratórios e as cores que adquirem, se em presença de um ácido ou de uma base. Tornassol Fenolftaleína Alaranjado de metila Azul de bromotimol Ácido rosa incolor vermelho amarelo Base azul vermelho amarelo azul de bromotimol Fonte: Usberco e Salvador Características • Sabor adstringente • Sofrem dissociação quando em solução aquosa; ha separação dos íons conduzindo corrente elétrica. • Base é toda a substância que, em solução aquosa libera como ânion exclusivamente OH- (hidróxido). • Quando são dissolvidos em água, os hidróxidos tem seus íons separados. O cátion é um metal, e o ânion é o OH-. Potencial de Hidrogênio Iônico (pH) O pH ou potencial de hidrogênio iônico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio. O conceito foi introduzido por S. P. L. Sørensen em 1909. O "p" deriva do alemão potenz, que significa poder de concentração, e o "H" é para o íon de hidrogênio (H+). Às vezes é referido do latim pondus hydrogenii. O "p" equivale ao simétrico do logaritmo de base 10 da atividade dos íons a que se refere, ou seja, 23 Indicador Ácido Base Tornassol Róseo Azul Fenolftaleína Incolor Avermelhado Alaranjado de metila Avermelhado Amarelo Principais bases e suas aplicações Hidróxido de sódio — NaOH O hidróxido de sódio é conhecido por soda cáustica, cujo termo cáustica significa que pode corroer ou, de qualquer modo, destruir os tecidos vivos. É um sólido branco, cristalino e higroscópico, ou seja, tem a propriedade de absorver água. Por Sabão isso, quando exposto ao meio ambiente, ele se transforma, após certo tempo, em um líquido incolor. As substâncias que têm essa Fonte: Christof Gunkel propriedade são denominadas deliquescentes. Quando preparamos soluções concentradas dessa base, elas devem ser conservadas em frascos plásticos, pois lentamente reagem com o vidro. Tais soluções também reagem com 24 óleos e gorduras e, por isso, são muito utilizadas na fabricação de sabão e de produtos para desentupir pias e ralos. Hidróxido de cálcio — Ca(OH)2 O hidróxido de cálcio é conhecido como cal hidratada, cal extinta ou cal apagada. Nas condições ambientes, é um sólido branco, pouco solúvel em água. Sua solução aquosa é chamada água de cal, e a suspensão de Ca(OH)2 é chamada leite de cal. É utilizado nas pinturas a cal (caiação) e na preparação de argamassa. Hidróxido de magnésio — Mg(OH)2 Argamassa Fonte: Patrick Luethy/Stock O hidróxido de magnésio é um sólido branco, pouco solúvel em água. Quando disperso em água, a uma concentração de aproximadamente 7% em massa, o hidróxido de magnésio origina um líquido branco e espesso que contém partículas sólidas misturadas à água. A esse líquido damos o nome de suspensão, sendo conhecido também por leite de magnésia, cuja principal aplicação consiste no uso como antiácido e laxante. 25 (Tarciele Andrade)-Exercício ( Resolvido) Relacione os hidróxidos com suas respectivas funções . 1) É utilizada farmacologicamente para aliviar a prisão de ventre por seu efeito laxante, podendo também ser usado para aliviar indigestões e azia, como um antiácido. Também pode ser usado como eficiente desodorante de pés e axilas, pois alcaliniza a pele, impedindo a proliferação de bactérias que causam mau cheiro. 2) É um composto que se apresenta como um pó de cor verde, insolúvel em água, não inflamável e, em condições normais, estável. Ele é utilizado em baterias recarregáveis de níquel cádmio 3) Nocivo quando ingerido, inalado e absorvido pela pele. Extremamente irritante para mucosas, sistema respiratório superior, olhos e pele. ( ) Ca(OH)2 ( 3 ) NH4OH ( 2 ) Ni(OH)2 ( 1 ) Mg(OH)2 26 2.3- SAIS A maioria das pessoas quando ouve a palavra sal pensa no sal de cozinha. Mas, se você disser a palavra sal para um químico, ele provavelmente irá lhe perguntar de que sal você está falando. Pois o sal de cozinha (cloreto de sódio, NaCl) é apenas um exemplo dessa enorme classe de substâncias. Os sais estão muito presentes no nosso cotidiano, além do cloreto de sódio (NaCl), existe também o bicarbonato de sódio (NaHCO3), que é usado como antiácido e também no preparo de bolos e biscoitos; o sulfato de cálcio hidratado (CaSO4 · 2 H2O) que é usado como gesso em ortopedia; o sulfato de sódio (Na2SO4) e o sulfato de magnésio (MgSO4), que são usados como purgante; o carbonato de sódio (Na2CO3), usado na fabricação de vidros , detergentes e sabões. Também podemos encontrar sais não dissolvidos na água, como por exemplo, o carbonato de cálcio (CaCO3), que forma os corais e as conchas. Enfim são muitos os sais que fazem parte da nossa vida. Conceituação dos sais Sais são compostos iônicos que, em solução aquosa, se dissociam, formando pelo menos um cátion diferente do hidrogênio, H+(aq), e um ânion diferente da hidroxila, OH-(aq), e do oxigênio, O2-(aq). Os sais podem ser obtidos através de reações entre um ácido e uma base (reações de neutralização). Reação de neutralização total Este tipo de reação ocorre quando reagem todos os íons H+ do ácido e todos os íons OH. O sal produzido é denominado de sal comum ou neutro. A reação entre o ácido nitroso, HNO3, e o hidróxido de potássio, KOH formando o sal nitrito de potássio, KNO2, e a água é um exemplo de reação de neutralização total. KOH(aq) + HNO2 (aq) → KNO2(aq) + H2O(l) 27 Nomenclatura dos sais Para determinar os nomes dos sais, pode-se utilizar o seguinte esquema: Nome do sal: nome do ânion de nome do cátion Exemplos: Ca(NO3 )2 Ag2CrO4 Fe2S3 Cátion - Ca2+ - cálcio → Ânion - NO3- - nitrato nitrato de cálcio Cátion –Ag+ - prata → cromato de prata Ânion –CrO42- - cromato Cátion –Fe3+ - ferro III Ânion – S2- - sulfeto → sulfeto de ferro III ou sulfeto férrico Tabela com os Principais Ânions Ânions Acetato: H3CCOOBrometo: BrCloreto: ClHipoclorito: ClONitrito: NO2Sulfato: SO42Clorito: ClO2- Bicarbonato: HCO3Carbonato: CO32Fluoreto: FIodeto: IPermanganato: MnO4Sulfeto: S2Cromato: CrO42- Bissulfato: HSO4Cianeto: CNFosfato: PO43Nitrato: NO3Pirofosfato: P2O74Sulfito: SO3Bromato: BrO3- CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS Sal neutro: É um sal cujo ânion não possui hidrogênio ionizável (H+) e também não apresenta o ânion OH–. Exemplos: NaCl, BaSO4 Hidrogeno-sal ou sal ácido: É um sal que apresenta dois cátions, sendo um deles o H+ (hidrogênio ionizável), e somente um ânion. Esse sal é proveniente da neutralização 28 parcial de seu ácido de origem Na nomenclatura desses sais, devem-se indicar a presença e a quantidade de grupos H+. Exemplo: Na+H+CO3-2 = NaHCO3 Nome: carbonato (mono) ácido de sódio Hidróxi-sal ou sal básico: É um sal que apresenta dois ânions, sendo um deles o OH– (hidroxila), e somente um cátion. Esse sal é proveniente da neutralização parcial de sua base de origem Na nomenclatura desses sais, devem-se indicar a presença e a quantidade de grupos OH–, de maneira semelhante aos sais que apresentam grupos H+. Exemplo: Ca2+(OH)–Cl– = Ca(OH)Cl Nome: cloreto (mono) básico de cálcio Sal duplo ou misto: É um sal que apresenta dois cátions diferentes (exceto o hidrogênio ionizável H+) ou dois ânions diferentes (exceto a hidroxila OH–). Exemplos: Na+Li+SO42– = NaLiSO4 Nome: sulfato de sódio e lítio Ca2+Cl–ClO– = Ca(Cl)ClO Nome: hipoclorito cloreto de cálcio Sal hidratado: Apresenta, no retículo cristalino, moléculas de água em proporção definida. A água combinada dessa maneira chama-se água de cristalização, e a quantidade de moléculas de água é indicada, na nomenclatura do sal, por prefixos. Exemplos: CuSO4 · 5 H2O = sulfato de cobre II penta-hidratado CaSO4 · 2 H2O = sulfato de cálcio di-hidratado A solubilidade em água Em termos práticos, este é um critério importante para a classificação dos sais. A tabela a seguir indica a solubilidade em água das substâncias. Sal Nitratos Cloratos Acetatos Cloretos Brometos Iodetos Sulfatos Sulfetos Solubilidade Solúveis Exceções Solúveis Ag+, Hg22+, Pb2+ Outros sais Insolúveis Solúveis Insolúveis Ca2+, Sr2+, Ba2+, Pb2+ Li+, Na+, K+, Rb+, Cs+, + NH4 , Ca2+, Sr2+, Ba2+, Pb2+ Li+, Na+, K+, Rb+, Cs+, + NH4 29 Caráter ácido-básico do sal Sais que possuem cátion e ânion provenientes de base e ácido fortes ou fracos apresentam caráter neutro. Nos demais casos, prevalece o caráter do mais forte: básico ou ácido. Portanto, caráter básico, ácido ou neutro de uma solução aquosa de um sal depende diretamente força da base e da força do ácido que deram origem a este sal. Nesse caso, de um modo geral, teremos o seguinte: Sal neutro NaCl- Forma solução de caráter neutro, pois o cátion Na+, vem de NaOH, base forte, e o ânion Cl-, vem de HCl, ácido forte. NH4CN – Forma solução de caráter neutro, pois o cátion NH4+, vem de NH4OH, base fraca e o ânion CN-, vem de HCN, ácido fraco. Sal básico NaClO - Forma solução de caráter básico, pois o cátion Na+, vem de NaOH, base forte, e o ânion ClO-, vem de HClO, ácido fraco. Sal ácido AgNO3 - Forma solução de caratê ácido, pois o cátion Ag+, vem de AgOH, base fraca e o ânion NO3-, vem de HNO3, ácido forte. Aplicações de alguns sais Cloreto de sódio - NaCl É obtido pela evaporação da água do mar. É o principal componente do sal de cozinha, usado na nossa alimentação. No sal de cozinha, além do NaCl, existem outros sais, como iodetos de sódio e potássio (NaI e KI), cuja presença é obrigatório por lei. Sua falta pode acarretar a doença denominada bócio, vulgarmente conhecida pelo papo. O cloreto de sódio é a principal matéria-prima utilizada para produção de soda caústica (NaOH). Fluoreto de sódio – NaF O fluoreto de sódio é um dos componentes dos cremes dentais, pois inibe a desmineralização dos dentes, tornando-os menos suscetíveis à cárie. 30 Bicarbonato de sódio – NaHCO3 O bicarbonato de sódio é o nome comercial do carbonato ácido de sódio ou hidrogenocarbonato de sódio. Em medicina é utilizado como antiácido estomacal. O CO2 liberado é o principal responsável pela eructação ("arroto"). Nos principais antiácidos comerciais, existem compostos, como o ácido cítrico e outros, que na presença do bicarbonato de sódio produzem a efervescência. Outra aplicação importante do bicarbonato de sódio é como fermento de pães e bolos. O crescimento da massa deve-se à liberação de CO2 gasoso. 31 Curiosidade Você sabia que a coloração de um refrigerante de laranja é devida mais à presença de um indicador ácido-base do que à presença da fruta? No refrigerante de laranja existe um indicador ácido-base que apresenta cor laranja em meio ácido e se apresenta incolor em meio básico. Atividade prática Testando o caráter básico do sal NaClO Objetivo: comprovar o caráter básico da solução de NaClO Para ler antes de fazer a atividade prática A água sanitária, usada como desinfetante na limpeza doméstica, contém como ingrediente ativo o hipoclorito de sódio, NaClO. As soluções comerciais de hipocloritos em geral são indicadas na desinfecção de água e de superfícies. É capaz de destruir microorganismos patogênicos à temperatura ambiente e destruir vírus ou inativá-los irreversivelmente. Materiais necessários: Água sanitária; Refrigerante de laranja; Colher; Copo de vidro. Procedimentos: Em um copo de vidro coloque até a metade refrigerante de laranja e em seguida adicione uma colher de sopa da água sanitária. Observe o que acontece. Houve mudança de coloração do refrigerante?Ao que você atribui este acontecimento? Está relacionado com o caráter ácido-básico de um sal? Exercício resolvido Observe as duas colunas e faça a associação correta. A. B. C. D. E. F. G. H. I. J. CuSO4 · 5 H2O Na2HPO4 Al(OH)2Cl NH4Cl KNaSO4 KBr NaHCO3 CaClBr Ca(OH)Cl CaSO4 · 2 H2O (CeI) (BeG) (DeF) (AeJ) (EeH) sal básico sal ácido sal neutro sal hidratado sal duplo 32 Jogos Descubra qual é a substância Através das pistas abaixo, descubra qual é a substância. Pistas: 1) Esta substância pertence à mesma função que o NaCl. 2) Não possui caráter ácido. 3) É formado da união de um ácido fraco com uma base forte. 4) O cátion desta substância pertence a família 2ª da tabela periódica. 5) O ânion desta substância é o mesmo do ácido sulfúrico. 6) É utilizado na produção de cal virgem CaO. 7) O ácido formador desta substância é o ácido carbônico. 8) A base formadora desta substância é o hidróxido de cálcio. 9) É o produto de uma reação de neutralização total. Palavras cruzadas – Função Sal 1) Compostos formados da reação de um ácido com uma base. 2) Sais formados em uma reação de neutralização total. 3) Sais que apresentam hidrogênios ionizáveis em suas estruturas. 4) Sal usado na alimentação ou na conservação de carnes e pescados. 5) Sais que apresentam hidroxilas em suas estruturas. 6) A nomenclatura do sal AgNO3 7) O HClO é um alvejante asado no branqueamento de roupas.seu nome é... 8) O que um sal deve ter para que ele seja classificado como sal ácido? 9) Nomenclatura do sal LiH2PO4 10) Solubilidade em água do sal CaSO4 11) Sais que apresentam dois cátions diferentes (exceto hidrogênio) ou dois ânions diferentes (exceto hidroxila). 12) Sal que apresenta molécula de água em sua estrutura. 33 3 8 1 11 4 5 6 7 2 9 10 12 34 Resolução dos jogos Jogo das pistas A substância é o sal carbonato de cálcio. Palavras cruzadas 3 1 s a i s 4 c l o i 6 d 2 n o r m i s t r a t 10 o d e p r a t a 8 h e t o d e s ó d i o u d p 7 r i s l h o o i g s p ê 9 o n f c i o l u v e l o s o i f r o a i n t t i o o z d d a i e v á s e c ó l i d d 12 h i d r a t a d o o d e l í t i o 11 r 5 b a s i c o s o Fonte: Samara Menezes 35 2.4- ÓXIDOS Óxido é todo composto químico formado pelo oxigênio e outro elemento que não seja o flúor. Há fundamentalmente dois modos para dar nome aos óxidos. Um deles é utilizado para os óxidos moleculares e o outro para os óxidos iônicos.Vejamos cada caso. Óxidos moleculares Uma vez que o oxigênio é um não-metal, para que um óxido seja molecular basta que o oxigênio esteja combinado com outro não-metal ou com um semimetal (lembre-se de que os compostos moleculares são formados por átomos de não-metais, ou semimetais, unidos por ligações covalentes). Como exemplo pode destacar os óxidos formados pelo nitrogênio: NO - monóxido de mononitrogênio NO2- dióxido de mononitrogênio N2O- monóxido de dinitrogênio N2O3- trióxido de dinitrogênio N2O4- tetróxido de dinitrogênio N2O5- pentóxido de dinitrogênio Como você pode perceber, há umas consideráveis variedades de óxidos de nitrogênio. Essa diversidade também ocorre com alguns outros elementos. Pensando nisso, a regra de nomenclatura foi criada para evitar confusões ao chamá-los apenas pelo nome. Outros exemplos são: CO-monóxido de carbono CO2 - dióxido de monocarbono Cl2O6 - hexóxido de dicloro O prefixo mono pode ser omitido quando usado na frente do nome do elemento. Por exemplo: 36 NO- monóxido de nitrogênio CO- monóxido de carbono NO2- dióxido de nitrogênio CO2- dióxido de carbono Óxidos iônicos Esses tipos de óxido apresentam oxigênio combinado com um metal (lembre-se de que, de modo geral, metal e não-metal se unem por ligações iônicas). Nesse caso, é fácil prever a fórmula do óxido de um determinado metal utilizando o que aprendemos sobre ligação iônica. Como o oxigênio apresenta 6 elétrons na última camada, quando em ligação iônica ele recebe 2 elétrons e fica com duas cargas negativas, formando o ânion O2-, denominado íon óxido. (Na +)2 ( O2-)1 Na2O (Ca2+)2 (O2-)2 CaO (Fe2+)2 (O2-)2 FeO (Fe3+)2 (O2-)3 Fe2O3 Vimos que, no caso dos óxidos moleculares, havia elementos com grande variedade de óxidos. Já no caso dos óxidos iônicos,isso não acontece. Como conseqüência,não há necessidade de uma nomenclatura tão rica em detalhes. Ela segue a seguinte regra: escrever “óxido de” seguido pelo nome do metal. Caso seja um metal que forme mais de um cátion, então se deve acrescentar, no final, um número, em algarismo romano e entre parênteses, que corresponde á regra do cátion do metal. São exemplos de óxidos de metais com carga fixa: Na2O - óxido de sódio CaO - óxido de cálcio Al2o3 - óxido de alumínio K2O - óxido de potássio BaO - óxido de bário E exemplos de óxidos de metais com carga variável: Cu2O - óxido de cobre (I) CuO - óxido de cobre (II) Cu2O - óxido cuproso CuO - óxido cúprico FeO - óxido ferroso Fe2O3 - óxido férrico 37 Dissemos que os metais não costumam apresentar grande variedade de óxidos. Porém, o cromo e o manganês são duas importantes exceções. O cromo forma CrO, Cr2O3, CrO2 e CrO3 e o manganês forma MnO, Mn2O3, MnO2,Mno3 e Mn2O7. Por esse motivo é costume aplicar para esses óxidos ambos as formas de nomenclatura. Por exemplo: Cr2O3 - trióxido de dicromo ou óxido de cromo (III) Mn2O7 - heptóxido de dimanganês ou óxido de manganês (VII) Uma vez que há óxidos iônicos e óxidos moleculares, é muito difícil generalizar suas propriedades. Para poder estudá-los melhor, costuma-se dividi-los em grupos que possuem propriedades semelhantes. É o que faremos a seguir. Óxidos ácidos ou anídricos Alguns óxidos podem ser obtidos a partir da desidratação (retirada de água) de ácidos. Esses óxidos, que têm um comportamento químico intimamente relacionado ao ácido do qual provêm, são chamados de óxidos ácidos ou anídricos. Além da nomenclatura que já estudamos, há outra que se aplica aos óxidos ácidos. Eles podem ser nomeados escrevendo-se a palavra “anídrico” seguida do nome do ácido que origina o óxido. H2SO4 -H2 O S O3 H2SO3 - H2 O S O2 2 (H N O3 ) - H2 O N2 O5 - 2 (H N O2 ) H2 O H2 C O3 ) -H2 N2 O3 O C O2 2 ( H3 P O4 ) -3 H2 O P2 O5 SO3 - trióxido de enxofre ou anídrido sulfúrico SO2 - dióxido de enxofre ou anídrido sulfúrico N2O5 - pentóxido de dinitrogênipo ou anídrido nítrico N CO2 - dióxido de carbono ou anidrido carbônico P2O5 - pentóxido de difósforo ou anidrido fosfórico P2O3 - trióxido de dinitrogênio ou anidrido nitroso 38 Analise as seguintes equações químicas, que representam reações de óxidos ácidos com água: SO3 + H2O → H2SO4 CO2 + H2O → H2CO3 N2O5 + H2O → 2 HNO3 Note que se trata exatamente do oposto do processo de subtração de água que nos leva a descobrir a fórmula de um anidrido. Óxidos ácidos reagem com água formando ácido. Agora analise as equações de algumas reações de óxidos ácidos com bases: SO3 + 2NaOH → Na2SO4 + H2O SO3 corresponde ao H2SO4 CO2 + Ca(OH)2 → CaCO3 + H2O CO2 corresponde ao H2CO3 N2O5 + 2NaOH → 2NaNO3 + H2O N2O5 corresponde ao HNO3 Nesses processos fica evidente que esse tipo de óxido possui características ácidas, uma vez que reage com bases. Verifica-se que o sal formado possui o cátion da base e o ânion do ácido que corresponde ao óxido ácido. Óxidos ácidos reagem com bases formando sal e água. Há óxidos ácidos envolvidos na poluição atmosférica A atmosfera na ausência de poluição, é composta fundamentalmente de N2,O2,Ar,CO2 e quantidades variáveis de vapor de água.Nos locais poluídos , sobretudo em centros urbanos e industriais ,muitas outras substâncias passam a fazer parte da composição do ar atmosférico. Entre essas substâncias, temos: • Monóxido de carbono (CO); • Óxidos de enxofre (SO2 e SO3); • Óxidos de nitrogênio ( especialmente NO e NO2 ); • Ozônio (O3); • Partículas em suspensão, tais como fuligem (pó de carvão, C), arei, partículas metálicas (por exemplo, Pb,Hg, Cd) e fumaça; • Vapores de combustível, tais como álcool e gasolina não – queimados. 39 Óxidos básicos Os óxidos com características básicas que nos interessam neste livro são os óxidos de metais alcalinos e os de metais alcalino-terrosos. Tais podem ser encarados como resultado da desidratação dos respectivos hidróxidos, de modo similar ao que fizemos com os ácidos: - Ca (OH)2 2 (Na OH ) OH2 - OH2 Na2 O CaO Óxido de cálcio óxido de sódio Observe as seguintes reações: CaO + H2O → Ca(OH)2 Na2O H2O → 2 NaOH Esses dois processos químicos são opostos da subtração de água que fizemos anteriormente. Esse tipo de reação pode ser generalizado assim: Óxidos básicos reagem com água formando base. Observe, agora, as seguintes reações de óxidos básicos com ácidos: CaO + 2HNO3 → Ca(NO3)2 + H2O CaO corresponde ao Ca(OH)2 Na2O + H2SO4 → Na2SO4 + → H2O Na2O corresponde ao NaOH Nesse processo, você deve ter percebido que o sal formado possui o ânion do ácido e o cátion da base correspondente ao óxido básico que é o mesmo cátion do óxido básico. Óxidos básicos reagem com ácidos formando sal e água. 40 Óxidos neutros Há três óxidos, CO, NO, e N2O, que,ao contrário dos ácidos e básicos, não reagem com água, nem com ácidos nem com bases. Eles são chamados de óxidos neutros. Óxidos neutros ou indiferentes são aqueles que não reagem com água, nem com ácidos nem com bases. Eles são chamados de óxidos neutros. Comparação entre ácidos, básicos e neutros Óxido Formado por Composto Exemplos Ácido Não-metal e Molecular CO2, N2O5, oxigênio N2O3, NO2, N2O4 P2O5, P2O3, SO2, Cl2O7 Neutro Não-metal e Molecular CO, NO, N2O Iônico Na2O, K2O, oxigênio Básico Metal alcalino ou alcalino-terroso Li2O, e oxigênio MgO,CaO,BaO Aplicações de alguns óxidos O óxido de ferro (III), Fe2O3, é usado como pigmento em tintas. Com ele podem-se conseguir tons de marron castanho e ocre. Fonte: Google imagens 41 Cristais de quartzo possuem a forma de prisma e pirâmides. São chamados de cristais de rocha e sua fórmula é SiO2. Grãos de quartzo são o principal componente da areia. Fonte: Google imagens Na preparação da argamassa, a cal viva ou virgem (CaO) é misturada à água, ocorrendo uma reação que libera grande quantidade de calor. A cal virgem é obtida pelo aquecimento do CaCO3, que é encontrado na natureza como constituinte do mármore, do calcário e da calcita. Em regiões agrícolas de solo ácido, a cal viva pode ser usada para diminuir sua acidez. Fonte: Usberco e Salvador 3. AS FUNÇÕES INORGÂNICAS E A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA No estudo da classificação várias propriedades físicas dos elementos ( como densidade,ponto de fusão,ponto de ebulição etc.) variam periodicamente com o aumento dos números atômicos.Com as propriedades químicas acontece o mesmo, de tal modo que podemos dizer que os elementos situados em uma mesma coluna da tabela periódica têm propriedades químicas semelhantes e , em consequência,formam compostos com fórmulas e nomes semelhantes. Isso acontece do fato de todos os elementos da mesma coluna apresentarem o mesmo número de elétrons na última camada eletrônica.Assim, por exemplo,todos os elementos da coluna 1A( metais alcalinos) têm um elétron na última camada; eles tendem a ceder esse elétron,transformando-se em carga 1+.Todos os elementos da coluna 7A( halogênios) têm 7 42 elétrons na última camada;eles tendem a receber um elétron,transformando-se em ânions,de carga 1-.Tomando como exemplo o sódio e o cloro,temos: Na + Cl → Na + Cl- Repare na semelhança de fórmulas e nomes,quando consideramos outros elementos das colunas 1A e 7A: Colunas 1A 7A Na Cl Fórmulas dos Nomes dos sais sais NaCl Cloreto de sódio K I KI Iodeto de potássio Rb F RbF Fluoreto de rubídio Cs Br CsBr Brometo de césio Fonte: Ricardo Feltre Essa semelhança de fórmulas e nomes parece em todas as funções químicas: ácidos,bases,sais e óxidos.Acompanhe os exemplos: Ácidos Bases Sais 43 Óxidos A partir daí, podemos afirmar que quem conhece as fórmulas e os nomes de alguns compostos de um certo elemento químico pode “reduzir” as fórmulas e os nomes dos compostos correspondentes de todos os outros elementos que estão na mesma coluna da Tabela periódica. Por exemplo,quem conhece os ácidos de cloro (coluna 7A) H Cl O4 - ácido per clór ico H Cl O3 - ácido clór ico H Cl O2 - ácido clor oso H Cl O H Cl ácido hipo clor oso - ácido clor ídrico - ácido brom ídrico Trocando: H Br Ou trocando: H I - ácido Terá “reduzido” as iod fórmulas ídrico e os nomes dos ácidos do bromo e do iodo,respectivamente. Leituras complementares A chuva é, naturalmente, um pouco ácida! Plantas e animais, ao respirar, eliminam gás carbônico (CO2) na atmosfera. Podemos dizer que a presença desse gás na atmosfera é natural. Quando chove, ocorre uma reação entre ele e a água da chuva, produzindo ácido carbônico, que deixa a c produzindo ácido carbônico, que deixa a chuva ligeiramente ácida, já que se trata de um ácido fraco. A reação envolvida pode ser assim equacionada: CO2 + H2O → H2CO3 A presença de H2CO3 na chuva não se deve necessariamente á poluição. Essa acidez da chuva é tão baixa que não faz nenhum mal aos seres vivos. 44 Óxidos de carbono e fuligem A combustão (queima) do álcool e da gasolina dentro dos motores dos automóveis produz uma mistura de dióxido de carbono ( CO2), monóxido de carbono (CO), carvão (C) pulverização e água. A produção de CO2 na queima de combustíveis e nas queimadas tem provocado aumento de concentração desse gás na atmosfera. Como conseqüência, intensifica-se o efeito estufa, que tende a provocar um aumento da temperatura média do planeta (aquecimento global). Já o CO é um gás extremamente tóxico, que afeta a capacidade do sangue de transportar oxigênio ás diversas partes do corpo, onde é essencial á vida.O CO não tem cheio nem cor, mas pode causar desde uma ligeira dor de cabeça até a morte , dependendo da quantidade inalada. O carvão (C) pulverizado é conhecido como fuligem, sendo o principal responsável pela cor escura da fumaça que sai do escapamento de alguns automóveis, caminhões e ônibus e também das chaminés das fábricas. Alguns dos inconvenientes da presença da fuligem e de outras partículas sólidas em suspensão no ar são o fato de elas causarem irritação na córnea e também produzirem ou agravarem problemas respiratórios, como por exemplo, bronquite. Exercicios 1° - Escreva a fórmula dos seguintes óxidos: a) b) c) d) e) Óxido de sódio Óxido de cálcio Óxido de potássio Óxido de bário Óxido ferroso 2°- Escreva o nome dos seguintes compostos: a) b) c) d) e) Li2O SrO Al2O3 PbO SnO 3°-(FFCL-Belo Horizonte-MG) Em ambientes não poluídos e na ausência de raios e relâmpagos, a água da chuva é ácida por causa da dissolução do A alternativa que completa corretamente a frase é: 45 a) b) c) d) Dióxido de enxofre Gás oxigênio Gás sulfúrico Óxido nítrico 4°-(UFRRJ) Muitas pessoas já ouviram falar de “gás hilariante”. Mas será que ele é realmente capaz de provocar o riso? Na verdade, essa substância, o óxido nitroso (N2O), descoberta há quase 230 anos, causa um estado de euforia nas pessoas que a inalam. Mas pode ser perigosa: na busca de uma euforia passageira, o gás já foi usado como droga, e, em várias ocasiões, o resultado foi trágico, como a morte de muitos jovens. Sobre o óxido nitroso, responde: a) b) c) Como é classificado? Que tipo de ligação une seus átomos? Que outra nomenclatura também pode ser usada? 46 Jogo Caça palavras K A C B E F G P E R O X O P I E D U Z X M I T A T R O Y N U J N I O W R P H J S C A W Y L U O H V E R Y M A I R T Q U E I K O I Z N X S K J G R O U Q W S H G R P T A T Q T A B E I M O P A P E T A J U P E W H N Y E E H C N E I E D B O L I C H O C G R E Ç R O I A L A I R W T O L K U A P U H K M O W X D L I A H O X I D O D E Z I N C O S Z N I R C A L C X U X P E T U I G T A W O V C O A O A U V I T J L O P D N E E R A E X A X U G U T A D A D H P U Z C B P B N T V S I L H E Y Z O A Ç W H F H V P I I D U I I D I L J R Y D K O S D Q I U R B M U M V N O C A D K J E E G A W T P Y K J O P S Y H D V R O U E H Z X V R K G U D D L R Q U E E H B T R A I S G I L Ç T R R G E T K P U C L O Y G N D I O X I D O D E K T U N E F A R L U H N R E Z G P O F A Z P E G R R I L T C I J M O Q I H E X I S X I I E W O O C A V O K E G H N J T I F G V L U L Z X G I P E P L R E J C K R D A H B H N A I P H O P R A Ç T N O V L T A H J N O A D N O K M D I S Z Y I K B Ç X R C K M L F R C D L U I O D X U O P N Z I D A L G U E N O I Ç U O N F C I O P M C D E L Ç H F W E A H A P X E G V O G H M V O C C I J M S G E • CaO Também chamado de cal viva ou cal virgem.É preparado por decomposição térmica do calcário ( CaCO3) Gás também chamado de gás carbônico. É preparado pela • CO2 queima do carvão (C + O2 CO2(g)) • São óxidos que podem se comportar como óxido básico, ora como óxido ácido. • H2O2 Também conhecida como água oxigenada. 47 I A I I G E O L G B T N R E E W K Ç L K T D I O X I D O D E C A R B O N O T H U P N Gabarito do jogo e das questões CAÇA PALAVRAS I T A T R O Y N U J N I O W R P H J S C A W Y L U O H V E R Y M A I R T Q U E I K O I Z N X S K J G R O U Q W S H G R P T A T Q T A B E I M O P A P E T A J U P E W H N Y E E H C N E I E D B O L I C H O C G R E Ç R O I A L A I R W T O L K U A P U H K M O W X D L I A H O X I D O D E Z I N C O S Questões 1° a) b) c) d) e) Z N I R C A L C X U X P E T U I G T A W O V C O A O A U V I T J L O P D N E E R A E X A X U G U T A D A D H P U Z C B P B N T V S I L H E Y Z O A Ç W H F H V P I I D U I I D I L J R Y D K O S D Q I U R B M U M V N O C A D K J E E G A W T P Y K J O P S Y H D V R O U E H Z X V R K G U D D L R Q U E E H B T R A I S G I L Ç T R R G E T K P U C L O Y G N D I O X I D O D E K T U N E F A R L U H N R E Z G P O F A Z P E G R R I L T C I J M O Q I H E X I S X I I E W O O C A V O K E G H N J T I F G V L U L Z X G I P E P L R E J C K R D A H B H N A I P H O P R A Ç T N O V L T A H J N O A D N O K M D I S Z Y I K B Ç X R C K M L F R C D L U I O D X U O P N Z I D A L G U E N O I Ç U O N F C I O P M C D E L Ç H F W E A H A P X E G V O G H M V O C C I J M S G E Na2O CaO K2O BaO FeO 2° a) b) c) d) e) Óxido de lítio Óxido de estrôncio Óxido de alumínio Óxido de chumbo (II) ou óxido plumboso Óxido de estanho (II) ou óxido estanoso 3°- a alternativa certa é a letra A. 4° a) b) c) Óxido neutro Covalente polar Monóxido de dinitrogênio 48 I A I I G E O L G B T N R E E W K Ç L K T D I O X I D O D E C A R B O N O T H U P N 4. FUNÇÕES ORGÂNICAS As substâncias orgânicas com propriedades semelhantes são agrupadas, elas podem até possuir características estruturais comuns, mas se diferenciam pelo grupo funcional. Estas substâncias recebem a denominação de funções orgânicas, conheça algumas delas e seus respectivos grupos funcionais: Função hidrogenada – hidrocarbonetos Funções oxigenadas – aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres, éteres, alcoóis, fenóis; Funções nitrogenadas – aminas, amidas; Funções halogenadas – haletos; 4.1- HIDROCARBONETO Os compostos pertencentes a esta função são constituídos exclusivamente por carbono e hidrogênio, portanto possuem fórmula geral: CxHy. Os hidrocarbonetos são muito importantes porque formam o "esqueleto" das demais funções orgânicas. Os Hidrocarbonetos estão divididos em várias classes, dentre as quais merecem destaque os alcanos, alcenos (alquenos), alcinos (alquinos), alcadienos, cicloalcanos, cicloalcenos e os hidrocarbonetos aromáticos. Alcanos ou parafinas São hidrocarbonetos saturados de cadeia aberta (acíclica). Possuem fórmula geral: CnH2n+2. 49 Fundamentos da Nomenclatura Orgânica: PREFIXO + AFIXO + SUFIXO Prefixo: indica o número de átomos de carbono pertencentes a cadeia principal. 1C = met 6C = hex 11C = undec 2C = et 7C = hept 12C = dodec 3C = prop 8C = oct 13C = tridec 4C = but 9C = non 15C = pentadec 5C = pent 10C = dec 20C = eicos Afixo ou infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos: todas simples = an duas duplas = dien uma dupla = en três duplas = trien uma tripla = in duas triplas = diin Sufixo: indica a função química do composto orgânico: hidrocarboneto= no álcool= ol aldeído= al cetona= ona ácido carboxílico= óico amina= amina éter= óxi Nomenclatura dos Alcanos de Cadeia Normal: Junta-se o prefixo + o infixo + o sufixo. Por exemplo: metano, etano, propano, butano, pentano, hexano, heptano, octano, nonano, decano, undecano, dodecano etc. 50 Nomenclatura dos Alcanos Ramificados. Para dar nome a um alcano ramificado, basta você seguir as seguintes regras estabelecidas pela IUPAC: 1.º considerar como cadeia principal, a cadeia carbônica mais longa possível; se há mais de uma cadeia de mesmo comprimento, escolha como cadeia principal a mais ramificada. 2.º numere a cadeia principal de forma que as ramificações recebam os menores números possíveis (regra dos menores números). 3.º elaborar o nome do hidrocarboneto citando as ramificações em ordem alfabética, precedidos pelos seus números de colocação na cadeia principal e finalizar com o nome correspondente a cadeia principal. 4.º os números são separados uns dos outros por vírgulas. 5.º os números devem ser separados das palavras por hífens. Obs.1: no caso de haver dois, três, quatro, etc. grupos iguais ligados na cadeia principal, usam-se os prefixos di, tri, tetra, etc. diante dos nomes dos grupos. Obs.2: Os prefixos di, tri, tetra, iso, sec, terc, neo não são levados em consideração na colocação dos nomes em ordem alfabética. Alcenos ou olefinas Alcenos, alquenos, olefinas ou hidrocarbonetos etenilênicos são hidrocarbonetos de cadeia aberta (acíclicos) contendo uma única dupla ligação. Possuem fórmula geral CnH2n . Nomenclatura dos Alcenos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada É muito semelhante a nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do alcano por eno . 51 1) A cadeia principal é a mais longa que contém a dupla ligação. 2) A numeração da cadeia principal é sempre feita a partir da extremidade mais próxima da dupla ligação, independentemente das ramificações presentes na cadeia. No nome do alceno a posição da dupla é dada pelo número do primeiro carbono da dupla; esse número é escrito antes do nome do alceno. 3) Se houver mais de uma possibilidade para a cadeia principal adota-se a regra dos menores números. Alcinos ou alquinos Alcinos, alquinos ou hidrocarbonetos acetilênicos são hidrocarbonetos acíclicos contendo uma única ligação tripla. Possuem fórmula geral CnH2n-2. Nomenclatura dos Alcinos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada É muito semelhante a nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminação ano do alcano por ino. 1) A cadeia principal é a maior cadeia que contenha a ligação tripla. 2) A numeração da cadeia é feita a partir da extremidade mais próxima da ligação tripla. (As outras regras vistas para os alcenos também valem par os alcinos). Ciclanos ou cicloalcanos ou ciclo-parafinas São hidrocarbonetos de cadeia cíclica (fechada) e saturada. Possuem fórmula geral CnH2n onde "n" deve ser maior ou igual a 3. Nomenclatura dos Ciclanos de Cadeia Normal e de Cadeia Ramificada I. O nome é dado adicionando-se o prefixo CICLO ao nome do alcano correspondente; II. Quando a cadeia for ramificada, a numeração da cadeia se inicia a partir da ramificação mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se respeitar a regra dos menores números; 52 III. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética; Hidrocarboneto aromático São os hidrocarbonetos que possuem um ou mais anéis benzênicos, que também são chamados de anéis aromáticos. Nomenclatura dos Hidrocarbonetos Aromáticos I. A nomenclatura IUPAC considera os hidrocarbonetos aromáticos como derivados do benzeno; II. Quando o anel benzênico possui mais de uma ramificação, a numeração da cadeia se inicia a partir da ramificação mais simples e segue-se o sentido horário ou anti-horário, de maneira a se respeitar a regra dos menores números; III. Quando o anel benzênico possuir duas ramificações, iguais ou diferentes, pode-se usar a nomenclatura orto, meta, para, ao invés de numerar o anel benzênico. A posição 1,2 passa a ser indicada por orto ou simplesmente por "o", a posição 1,3 passa a ser indicada por meta ou simplesmente por "m" e finalmente a posição 1,4 passa a ser indicada por para ou simplesmente por "p". IV. As ramificações devem ser citadas em ordem alfabética; 4.2- ÁLCOOL Álcoois são compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional hidroxila (─ OH) preso a um ou mais carbonos saturados. Nomenclatura dos álcoois A nomenclatura IUPAC reserva para os alcoóis a terminação OL,tirada da própria palavra álcool.A cadeia principal deve ser a mais longa que contém o carbono ligado ao OH;a numeração da cadeia deve se iniciar pela extremidade mais próxima ao OH;e,por 53 fim,o nome do álcool será do hidrocarboneto correspondente à cadeia principal,trocando-se a letra o final por ol. Classificação dos álcoois - Álcoois primários – apresentam sua hidroxila ligada a carbono na extremidade da cadeia. Possuindo um grupo característico – CH2OH. - Álcoois secundários – apresentam sua hidroxila unida a carbono secundário da cadeia. Possuindo o grupo característico – CHOH. - Álcoois terciários – apresentam sua hidroxila ligada a carbono terciário. Possuindo o grupo – COH. Os álcoois primários e saturados de cadeia normal com até onze carbonos são líquidos incolores, os demais são sólidos. Os álcoois de até três carbonos possuem cheiro agradável e à medida que a cadeia carbônica aumenta, esses líquidos vão se tornando viscosos, de modo que acima de onze carbonos, eles se tornam sólidos inodoros, semelhantes à parafina. Propriedades químicas dos álcoois: são compostos muito reativos devido à presença da hidroxila. Apresentam caráter ácido e por isso reagem com metais, anidridos, cloretos de ácidos, Principais metais alcalinos. alcóois Metanol (álcool metílico): fórmula H3C ─ OH, é produzido em escala industrial a partir de carvão e água, é usado como solventes em muitas reações e como matéria-prima em polímeros. Glicerol: líquido xaroposo, incolor e adocicado, é obtido através de uma saponificação (reação que origina sabão) dos ésteres que constituem óleos e gorduras. Empregado na fabricação de tintas, cosméticos e na preparação de nitroglicerina (explosivo). 54 Etanol (álcool etílico): é usado como solvente na produção de bebidas alcoólicas, na preparação de ácido acético, éter, tintas, perfumes e como combustível de automóveis. 4.3- CETONA Cetonas são substâncias orgânicas onde o grupo funcional carbonila se encontra ligado a dois átomos de carbono. A propanona é a forma mais simples de uma cetona, ela é usada na obtenção de solvente de esmaltes, resinas e vernizes, é mais conhecida pela denominação de acetona, veja sua estrutura: O ║ H3C ─ C ─ CH3 A nomenclatura IUPAC das cetonas contém a terminação ONA. A cadeia principal é a mais longa que inclui a carbonila, e a numeração é feita a partir da extremidade mais próxima da Carbonila. A flor lavanda contém cetona em sua composição. Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/funcoes-organicas.htm A Acetona se apresenta como um líquido de odor irritante e se dissolve tanto em água como em solventes orgânicos. Na indústria alimentícia, as cetonas possuem uma importante utilização: extração de óleos e gorduras de sementes, as plantas usadas neste processo são o girassol, amendoim e a soja. Cetonas podem ser usadas para extrair cocaína das folhas de 55 coca, daí o porquê de seu uso ser restrito e fiscalizado por órgãos da polícia federal. As cetonas podem ser encontradas na natureza em flores e frutos e até em nossos organismos (em pequena quantidade), fazendo parte dos corpos cetônicos na corrente sanguínea. Esse composto é empregado para fabricar alimentos e perfumes. 4.4- ÁCIDO CARBOXÍLICO São compostos orgânicos COOH),ligados com um ou a mais grupo (ou,abreviadamente- cadeia carbônica. R = radical representando cadeia de hidrocarbonetos. Nomenclatura dos ácidos carboxílicos A nomenclatura IUPAC dos ácidos carboxílicos possui a terminação ÓICO. A cadeia principal é a mais longa que inclui a carbonila,e a numeração é feita a partir do carbono da própria carboxila(utiliza-se também uma antiga nomenclatura com as letras α,β,y... a partir do primeiro carbono após a carboxila). A nomenclatura usual consagrou nomes antigos, que lembram produtos naturais onde os ácidos são encontrados. Exemplos Ácido metanóico Ácido fórmico (lembrando formiga) Ácido etanóico Ácido Acético (do latim butírico (do inglês acetum,vinagre) Ácido butanóico Ácido butter,manteiga) A presença de apenas uma carboxila classifica o composto como monocarboxílico, se houver a presença de duas – COOH, teremos um ácido dicarboxílico, e a presença de três – COOH nos leva ao tricarboxílico. 56 Classificação dos ácidos carboxílicos Ácido alifático: possui cadeia aberta. Ácido aromático: o radical R é substituído por um anel aromático. Ácidos monocarboxílicos alifáticos com até quatro carbonos são líquidos incolores e solúveis em água. Os de aspecto intermediário comportam de cinco até nove carbonos, possuem cheiro rançoso e são parcialmente solúveis em água. Já aqueles com número de átomos de carbono superior a dez são classificados como ácidos graxos, eles são encontrados em óleos e gorduras. Constituem uma forma de sólido insolúvel em água. Como vemos a solubilidade em água diminui à medida que o número de carbonos da cadeia aumenta, sabe por quê? Sabemos que água é um composto polar, sendo assim ela só vai dissolver substâncias polares: “Semelhante dissolve semelhante”. Ácidos carboxílicos contam com uma parte polar (carboxila) e outra apolar (cadeia carbônica). Polar Apolar Quanto maior for a parte apolar da cadeia mais insolúvel será o composto, isso explica por que cadeias com mais de 10 carbonos não se dissolvem em água. 57 4.5- ALDEÍDO Os aldeídos são denominados de compostos carbonílicos porque apresentam o grupo carbonila C = O. Esses compostos são incolores, e os de tamanho inferior têm cheiro irritante e os de cadeia carbônica maior têm cheiro agradável, na natureza podem ser encontrados nas fases sólida, líquida ou gasosa. Essa classe de compostos pode ser encontrada em flores e frutos. Veja a estrutura da forma mais simples de aldeído: Principais aldeídos Etanal: de fórmula C2H4O, esse composto é usado como matéria-prima na indústria de pesticidas e medicamentos. É também conhecido como aldeído acético, e possui uma importante função na fabricação de espelhos: o etanal reduz os sais de prata através de reação e os fixa no espelho para reflexão da imagem. Metanal: quem já visitou um laboratório de anatomia sabe bem do que se trata esta substância, aquele cheiro que irrita as narinas provém de uma solução de metanal (37% de metanal e 63% de água), essa solução é usada para conservar cadáveres humanos e animais para estudos posteriores. Na verdade é mais conhecida como formol e é empregada ainda na fabricação de desinfetantes (anti-sépticos) e na indústria de plásticos e resinas. O formol (ou formaldeído) é um gás incolor em temperatura ambiente que tem a propriedade 58 de desnaturar proteínas, essas ficam mais resistentes não sendo degradadas pela ação de bactérias, daí o porquê do formol ser aplicado como fluido de embalsamamento. Os aldeídos são muito reativos em razão do grupo carbonila que é muito polar, este grupo polar atrai outras substâncias para formar ligações. 4.6- AMIDAS As amidas são compostos orgânicos nitrogenados e derivam da amônia (NH3), podem ser encontradas na fase sólida ou líquida. Na sua forma mais simples ela é denominada de metanamida, enquanto amidas com cadeias carbônicas mais extensas são sólidas e incolores. São compostos que apresentam o seguinte grupo funcional: Nomenclatura Troca-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por AMIDA; Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar AMIDA ao hidrocarboneto correspondente, não sendo assim necessário raciocinar com o ácido carboxílico correspondente; (raciocínio semelhante foi proposto para os ésteres). Aplicação A amida mais conhecida é a Uréia, que foi o primeiro composto a ser obtido em laboratório, é um sólido cristalino à temperatura ambiente. A Uréia é o produto final do metabolismo das proteínas nos organismos dos mamíferos, ocorrendo então na urina e em pequenas quantidades no sangue. O homem pode eliminar até cerca de 30 gramas de uréia por dia através de sua urina. A Uréia é usada dentre outras coisas, como adubo (fertilizante) e na produção de polímeros e medicamentos. 59 4.7- AMINAS As aminas são compostos orgânicos nitrogenados, são obtidas através da substituição de um ou mais hidrogênios da amônia (NH3) por demais grupos orgânicos (radicais alquila ou arila). Elas possuem em sua fórmula geral o elemento Nitrogênio, existem muitos estimulantes que possuem em sua fórmula o composto amino: Cafeína, Anfetamina, Cocaína e Crack. Nomenclatura (grupos ligados ao N) + AMINA; Obs.: Os grupamentos ligados ao N devem ser colocados em ordem alfabética (a ordem crescente de complexidade não é recomendada pela IUPAC); Obs.: Em moléculas complexas o grupamento característico das aminas pode ser considerado uma ramificação chamada de AMINO. Metilamina Trimetilamina Fenilamina ou anilina Aplicação A cafeína é uma amina. 60 Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/funcoes-organicas.htm A cafeína é um composto químico, classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas, além de atuar sobre o sistema nervoso central, aumenta a produção de suco gástrico, decorrente da alteração metabólica ocasionada pela mesma. Devido ao estímulo do sistema nervoso, a cafeína favorece o estado de alerta. A cafeína é a droga mais consumida no mundo e é encontrada em uma grande quantidade de alimentos, como chocolate, café, guaraná, cola, cacau e chá-mate, é possível encontrá-la também em alguns analgésicos e inibidores de apetite. 4.8- ÉSTERES Ésteres são compostos orgânicos produzidos através da reação química denominada de esterificação: ácido carboxílico e álcool reagem entre si e os produtos da reação são éster e água. Nomenclatura dos ésteres Para dar nome aos ésteres você deve,antes de mais nada,reconhecer a parte da molécula que veio do ácido e a que corresponde ao grupo que substituiu o H Nome do ácido -ico Nome do grupo orgânico + a +ato de 61 Foto do livro: Química na abordagem do cotidiano vol.3-Química Orgânica pág.59. Autor:Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto. Classificação Existem três classificações para os ésteres, eles podem se encontrar na forma de essências, óleos ou ceras, dependendo da reação e dos reagentes. Ésteres são usados para dar sabor a balas e gomas de mascar Fonte: http://www.brasilescola.com/quimica/funcoes-organicas.htm Essências Ésteres nessa forma são obtidos através da reação com ácidos e álcoois de cadeia curta. Este produto de ésteres é muito usado em indústrias de alimentos, ele permite a atribuição de diferentes sabores e aromas aos produtos artificiais. Sabe aquele sabor e aroma de frutas que encontramos em gomas de mascar, refrescos artificiais, gelatinas, bombons, qual a substância responsável por este efeito? São as essências de ésteres, os flavorizantes também conhecidos como aromatizantes. Veja os exemplos: Antranilato de metila: alimentos com sabor artificial de uva possuem esse aromatizante do grupo de Acetato ésteres, de os pentila: refrescos constituinte de do uva aroma são um artificial exemplo. de banana. Etanoato de butila: essência que confere o sabor de maçã verde às balas e gomas de mascar. Butanoato Metanoato de de etila: etila: esse é éster confere responsável o pelo aroma aroma de abacaxi artificial a alimentos. de groselha. 62 Acetato de propila: o sabor artificial de pêra das gomas de mascar se deve à presença deste éster. Como se vê, existe uma variedade enorme de ésteres sendo usados nas indústrias alimentícias. Óleos Os produtos derivados de ésteres neste estado são muito usados no nosso dia-a-dia. Também na forma de gorduras, estão presentes em nossa alimentação, a seguir exemplos de ésteres na forma de óleos e gorduras: Éster dos ácidos linoléico e oléico: óleo de soja presente na refeição diária. Os ésteres que derivam apenas de um álcool, como a glicerina ou propanotriol, como o próprio nome já diz, trata-se de um álcool com três hidroxilas, a reação acontece com três ácidos, sendo assim, o produto será um triéster. Esse produto corresponde ao óleo de soja, já citado, azeite de oliva, manteiga ou margarina. Estearina: é encontrado na gordura animal conhecida como sebo, é matéria prima para a fabricação de sabonetes e sabões. Ceras Quando álcoois com elevado número de carbonos reagem com ácidos surge uma nova forma de ésteres; as ceras. As mais conhecidas são a cera de abelha e a cera de carnaúba, elas servem para fabricar velas, graxas para sapatos, ceras para pisos, entre outras. 3.9- ÉTERES Éteres são compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional - O- (oxigênio) entre dois radicais (carbonos), ou seja, se caracterizam pela presença de oxigênio ligado a dois átomos de carbono. 63 http://www.brasilescola.com/quimica/funcoes-organicas.htm Nomenclatura A nomenclatura IUPAC dos éteres contém a palavra óxi intercalada nos nomes dos dois grupos formadores do éter: Grupo menor óxi Grupo maior A nomenclatura usual contém a palavra éter seguida pelos nomes dos dois grupos,em ordem alfabética,e finalizada com a terminação ílico.(Há também nomes particulares). Aplicações A aplicação desses compostos é variada, podem ser usados para fabricar seda artificial, celulóide e ainda como solvente na obtenção de gorduras, óleos e resinas. A aplicação de éteres na medicina é importante: é usado como anestésico e para preparar medicamentos. Uma conhecida forma de éter, muito usada em nosso cotidiano e na medicina, é o éter comum, um líquido altamente volátil que atualmente entrou em desuso em razão dos perigos de se inflamar e causar incêndios. Esse éter também é conhecido pelas denominações de éter etílico, éter dietílico ou éter sulfúrico. Mas não é só na medicina que encontramos os éteres, são aplicados também na indústria, como solvente de tintas, óleos, resinas, graxas, em razão da propriedade que possui de dissolver esses compostos. 64 4.10- FENÓIS Fenóis são compostos que possuem o grupo hidroxila (-OH) ligado diretamente ao anel benzênico. Veja a estrutura molecular: Benzenol ou hidróxi-benzeno ou Fenol Comum Nomenclaturas dos fenóis A nomenclatura IUPAC dá aos fenóis a terminação ol ou o prefixo hidróxi.No entanto,como acontece com todos os compostos aromáticos,os fenóis mais simples têm nomes comuns,que são aceitos pela IUPAC. Em moléculas complexas mais complexas, usa-se o prefixo hidroxi,Existindo várias ramificações no anel aromático,a numeração inicia-se na oxidrila e prossegue no sentido que proporciona números menores. Aplicações A principal característica dos fenóis é a ação antibacteriana e fungicida, e justamente por isso causou uma revolução por volta do ano de 1870, nessa época foi usado como anti-séptico e salvou muitos pacientes de mortes causadas por infecção pós-operatória. Aliás, o fenol foi o primeiro anti-séptico a ser comercializado. Um peeling capaz de deixá-la 20 anos mais jovem em apenas 15 dias, sem anestesia, internação ou cortes. Isso é possível? Vamos mostrar aqui como funciona a nova fórmula do peeling de fenol, batizado como “método Kacowicz” - Multipeel. Ele é mais suave que a fórmula tradicional e traz menos efeitos colaterais. 65 Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-peeling/peeling-de-fenol.php 4.11- HALETOS Na Química Orgânica, os compostos que apresentam átomos de Halogênio se classificam como Haletos orgânicos. O que seria um Halogênio? Átomos pertencentes ao grupo 7 A da Tabela Periódica: Cloro (Cl), Bromo (Br), Flúor (F), Iodo (I). Todos estes fazem parte da chamada família dos Halogênios. 66 Haletos orgânicos proporcionam ação spray. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-peeling/peeling-de-fenol.php Os Haletos orgânicos são representados por R – X onde X = Cl, Br, F, I. 2 – cloro 2 – metil – butano. Repare que o Cl está ligado a uma cadeia de hidrocarbonetos. Nomenclatura dos haletos Na nomenclatura IUPAC,o halogênio é considerado apenas como uma ramificação,presa à cadeia principal.Por exemplo: Iodo-benzeno CH3Cl Cloro-metano 67 Aplicações CFC’s Sigla para Clorofluorcarbonetos, os populares freons. Estes Haletos são usados como propelentes em aerossóis e como líquido para refrigeração em aparelhos de ar condicionado e geladeiras. DDT Abreviatura de Dicloro-difenil-tricloroetano, um inseticida que ficou mundialmente conhecido por sua eficiência em controlar doenças transmitidas por insetos (febre amarela, malária, tifo). EXERCÍCIO (Autor: Ricardo Feltre; Livro: Química Orgânica vol.3; pág.101) (UFPA) Observe as fórmulas, dadas a seguir, de quatro substâncias químicas: CH3-O-CH3 CH3COH CH3CH2COCH3 CH3COOCH2 Na ordem de cima para baixo, essas substâncias pertencem,respectivamente,às funções orgânicas: a)éter,aldeído,cetona e éster b)éter,aldeído,éster e cetona c)éter,álcool,cetona e éster 68 d)éster,ácido carboxílico,éter e cetona e)éster,álcool,éter e cetona (Samara Menezes)- Exercício geral de Funções Químicas Faça as associações de forma correta. 1) Cloreto de sódio 2) Mg(OH)2 3) Ácido acético 4) Peróxido 5) Propanona 6) Tetróxido de triferro 7) Sal Hidratado 8) Monoácido 9) NaCO3 10) Etanol Água oxigenada CuSO4.5H2O Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Acetona Leite de magnésia Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 69 Magnetita (Fe3O4) Fonte: Google imagens Vinagre Fonte: Google imagens Carbonato de sódio Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens 70 5. INSTRUMENTOS PARA O ENSINO DE FUNÇÕES QUÍMICAS VÍDEO Dissolução do isopor em acetona http://cienciatube.blogspot.com/2008/11/dissoluo-do-isopor-em-acetona.html O isopor é composto por mais de 90% de ar. Objetivo: constatar que o isopor é composto por ar quando o mergulhamos em acetona concentrada e todo o ar aprisionado no interior do isopor é liberado. MATERIAL UTILIZADO: Acetona Isopor Esferovite Placa de petri SEGURANÇA Evitar inalar diretamente os gases produzidos realizar a experiência em ambiente arejado PROCEDIMENTO Transferir do Erlenmeyer a Acetona para o vidro de relógio e em seguida colocar em contato com a Acetona as tiras de isopor (esferovite) e vai ocorrer a liberação do gás aprisionado. Ele é dissolvido na acetona, pois os dois compostos são apolares. Leia abaixo um trecho retirado da Wikipédia sobre o isopor: "O poliestireno é um homopolímero resultante da polimerização do monômero de estireno. À temperatura ambiente, o poliestireno apresenta-se no estado sólido. Trata-se de uma resina do grupo dos termoplásticos, cuja característica reside na sua fácil flexibilidade ou moldabilidade sob a ação do calor. Os processos de moldagem do poliestireno são principalmente a termoformagem a vácuo e a extrusão. Sob a ação do calor, a resina toma a forma líquida ou pastosa, moldando-se com facilidade em torno de um molde. Com o resfriamento após a moldagem, o produto readquire o estado sólido, na forma de peças tais como copos descartáveis, lacres de barril de chope e tantas outras peças de uso doméstico ou embalagens. É um termoplástico duro e quebradiço com transparência cristalina, semelhante ao vidro, e foi descoberto acidentalmente em 1839 por Eduard Simon, um apotecário em Berlim, a partir de uma resina de âmbar destilada. Existe, também, um processo específico de polimerização do estireno, que emprega um gás de expansão - normalmente, o pentano - gerando o poliestireno expandido, conhecido 71 mundialmente pela marca Isopor ® - marca registrada que pertencia a BASF no Brasil e, atualmente, é propriedade da empresa KNAUF Isopor Ltda." (Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Isopor) Posts Relacionados Experiência de química, Química • Experiência de Química: Ácido nítrico concentrado e moeda de cobre • Gelo Inflamável • Festa com elementos químicos • A mágica da ciência - chamas dançantes • Tênis com bolha de sabão • Suco arco-íris usando indicador universal • Experiência de Física - Fumaça sobe ou desce? • Entenda como funciona uma pulseira "neon" • Do que é feito o dente - Apatita e a importância do flúor http://cienciatube.blogspot.com/2008/11/dissoluo-do-isopor-em-acetona.html http://cdcc.sc.usp.br/quimica/index.html http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/experimentos/ensinofund.html Jogo para Ensinar Química \ Jogo da Memória (elaborado pelos autores) Número de jogadores: no mínimo dois. Objetivo: reunir o máximo de cartas possível, juntando-as em pares e aprender as fórmulas químicas, a nomenclatura dos desenhos expostos na carta. As cartas: um maço comum com 40 cartas. Jogando: você precisará de uma superfície grande. Distribua todo o maço de cartas, uma por uma, com a face virada para a mesa. Não faz diferença se as cartas são dispostas em linhas e colunas organizadas ou de forma aleatória.Uma jogada consiste em virar uma carta, depois outra. Todos os jogadores vêem as cartas que foram viradas. Se elas forem iguais, 72 retire-as da mesa e separe. Jogue outra vez. Se as duas cartas viradas não forem iguais, acabou a sua jogada. Coloque as cartas em seus lugares, com a face virada para baixo. Observe as cartas viradas para as jogadas seguintes. Pontuação: quando todas as cartas tiverem sido pegas, conte-as. Quem tiver o maior número de cartas depois de três partidas será o vencedor. Dicas: você pode pegar o jeito desse jogo muito rapidamente. O segredo para isso é a memória visual e espacial. Se não tiver certeza sobre qual carta virar, siga sempre os seus instintos e você irá acertar. Variações: em cada jogada, você pode virar uma terceira carta sempre que as duas primeiras não forem iguais. Se mesmo assim não houver nenhum par, coloque as cartas em seus lugares. Quando restarem apenas seis cartas, só duas poderão ser viradas por vez. Bingo Da Química Orgânica Metodologia: O Bingo da Química Orgânica foi apresentado aos alunos depois de ter sido introduzida, além dos hidrocarbonetos, as funções álcool, fenol, aldeído, cetona e ácido carboxílico.Também foi elaborado modelo de esferas com bolinhas de plástico coloridas e varetas para demonstrar as estruturas espaciais destas funções da química orgânica.As regras e estratégias do jogo são as mesmas necessárias para o jogo tradicional, onde o aluno/jogador precisa identificar os grupos funcionais corretamente, para poder marcar a cartela e, assim completar o jogo. Componentes: Uma ou mais cartelas de bingo para cada aluno. Tempo de jogo: 40 min. Regras: Será distribuída uma cartela, a cada aluno, confeccionada em papel sulfite, contendo o símbolo dos grupos funcionais e de algumas substâncias orgânicas, bem como alguns grãos de feijão e/ou milho para poderem marcar as cartelas; Será “cantado” o nome do grupo funcional ou da substância; O aluno deverá marcar na cartela, caso, tenha o grupo ou a substância; Tradicionalmente, os vencedores são aqueles que completam primeiramente uma linha ou uma coluna ou aquele que fechar (ou seja, completar todos os símbolos) da cartela; A cada rodada são acertadas as regras, podendo assim, valer as três (3) linhas ou as colunas. O ganhador deve alertar que ganhou, gritando a palavra “Bingo!”. Assim o sorteio é interrompido e o professor vem conferir a cartela. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/688-4.pdf 73 Música para o ensino de funções químicas Música: Vamos Fugir Grupo: Skank Vamos fugir Deste lugar, baby Vamos fugir tô cansado de esperar Que você me carregue. Vamos fugir Pro outro lugar, baby Vamos fugir Pra onde quer que você vá Que você me carregue [Refrão] Pois diga que irá Irajá, Irajá Pra onde eu só veja você, Você veja-me só Marajó, Marajó Qualquer outro lugar comum, outro lugar qualquer Guaporé, Guaporé. Qualquer outro lugar ao sol, outro lugar ao sul. Céu azul, céu azul. Onde haja só meu corpo nu Junto ao seu corpo nu Vamos fugir Pra outro lugar, baby. Vamos fugir Pra onde haja um tobogã, Onde a gente escorregue Vamos fugir tô cansado de esperar Que você me carregue. Pois diga que irá Irajá, Irajá Pra onde eu só veja você, Você veja-me só Marajó, Marajó Qualquer outro lugar comum, outro lugar qualquer Guaporé, Guaporé. Qualquer outro lugar ao sol, outro lugar ao sul. Céu azul, céu azul. Onde haja só meu corpo nu Junto ao seu corpo nu Vamos fugir Pra outro lugar, baby. Vamos fugir Pra onde haja um tobogã, Onde a gente escorregue Todo dia de manhã Flores que a gente regue Uma banda de maçã Outra banda de Reggae tô cansado de esperar Que você me carregue. Todo dia de manhã Flores que a gente Regue Uma banda de maçã Outra banda de Reggae Vamos fugir Deste lugar, baby. 74 Paródia Música: Funções Químicas em nossas vidas Autora: Samara Menezes As funções estão presentes em sua vida sim Esqueça não Esqueça não Sempre lembre da importância que elas têm então Ácido e base São funçõ on on es São funções químicas E que fazem parte das nossas vidas O ácido acético Tem no vinagre, baby Que você utilizaaaa Pra deixar bem saborosa A sua saladinha O ácido cítrico Tem na laranja, baby Tem no limã an ão E ambos fazem parte da nossa refeiçã ão E contra acidez Estomacal, estomacal Tome uma base que neutraliza legal Mas qual que é? Qual que é? Leite de magnésia é a melhor solução Solução Solução Nunca esqueça e sempre leve com você então Então lembre que As funções, as funções Estão presentes em sua vida Não esqueça não! Esqueça não Esqueça não Sempre lembre da importância que elas têm então Lembre que Lembre que Mas qual que é Mas qual que é? Qual que é? Leite de magnésia é a melhor solução Solução Solução Nunca esqueça e sempre leve com você então 75 6. CONCLUSÃO A partir da elaboração deste trabalho percebeu-se que o uso de contextualização, experimentos, jogos, textos complementares, vídeos e músicas no ensino de Funções Químicas são de grande importância, pois através da utilização destes instrumentos o aluno pode compreender melhor os conceitos químicos e além disso pode perceber a importância que as Funções Químicas têm em nossas vidas. 76 7. REFERÊNCIAS Bases. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Base_(qu%C3%ADmica)>. Acesso em : 12 abr.2010. Bases.Disponívelem:<http://nautilus.fis.uc.pt/wwwqui/figuras/fig_compostos04.html> Acesso em : 19 abr.2010. CARVALHO, Antônio. Química. São Paulo: IBEP, 2003. FELTRE, Ricardo. Química Orgânica. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. FELTRE, Ricardo. Química geral. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. FONSECA, Martha Reis Marques. Química Integral. São Paulo: FTD, 2004. Palavras cruzadas. Disponível em <http://quimica.net/emiliano/crosswords/funçõesinorganicas-pc.pdf. >. Acesso em: 19 abr.2010 PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química: na abordagem do cotidiano. 3.ed. São Paulo: Moderna, 2007 USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 77 8. Anexo Análise dos livros Livro: Química orgânica Vol.3 Autor: Ricardo Feltre No livro de química orgânica do autor Ricardo Feltre na parte das funções orgânicas não está de forma precisa à nomenclatura dos ésteres, faltou analogia. Nas demais funções orgânicas não encontrei analogias que podem ser usadas para melhor entendimento do aluno, além disso, encontrei na página 79 dois experimentos,nos quais são utilizados álcool etílico que é uma substância inflamável e que portanto pode inflamar e causar queimaduras e também o experimento demora de dois a três dias para ser observado.Isso pode causar desinteresse do aluno em relação a experiência proposta .O segundo experimento envolve ácido sulfúrico e álcool etílico.Porém não faz recomendações nesse experimento sobre cuidados em se manusear produtos ácidos apenas no primeiro experimento o autor faz recomendações em relação a segurança na horas de realizar o experimento. Com exceção do experimento que envolve o álcool etílico não tem outros experimentos que envolva outras funções orgânicas. Mas em relações aos conceitos e relações conceituais está de forma compreensível para o aluno. Observei no livro que suas ilustrações chamam a atenção do aluno o que contribui para melhor entendimento do assunto. Livro: Química na abordagem do cotidiano Autor: Francisco Miragaia Peruzzo e Eduardo Leite do Canto Já em relação a este livro, os conceitos estão de forma que o aluno possa entender, os exercícios estão bem formulados assim como nos exercícios do autor Ricardo Feltre,mas não encontrei experimentos em relações a funções orgânicas. Devido a disciplina de química ser considerada pela maioria dos alunos abstrata e de difícil compreensão.Então para melhorar o ensino de química nas escolas é necessário que os futuros professores adotem uma nova abordagem no ensino de química, não apenas com conhecimentos e habilidades adquiridos vindos do ensino superior e do exercício sua profissão, mas com elementos que leve seus alunos a serem críticos-ativos na participação das inovações científico-tecnológicas. Dessa maneira teremos cidadãos mais preparados tanto profissionalmente quanto na sua maneira de agir diante da vida e da própria sociedade em que vive. 78 Livro: Química Geral Autores: João Usberco e Edgard Salvador Este livro relaciona bastante os conteúdos de Química com o cotidiano do aluno. A contextualização é de grande importância pois faz com que o aluno perceba o quanto esta Ciência é importante para a sua vida. O livro é constituído de seções de atividades diversificadas como, exercícios resolvidos, exercícios propostos e exercícios de classes, os quais são muito importantes pois permitem uma melhor compreensão, assimilação e fixação dos conteúdos estudados. Existem atividades práticas em uma seção denominada “Faça você mesmo” e algumas charges. Grande parte dos experimentos utiliza materiais de fácil acesso e não perigosos, o que permite que o aluno possa realmente fazer o experimento. A experimentação é importante pois a partir desta, é possível desenvolver a capacidade de observação, investigação do aluno. De modo geral o livro é bom, somente faltou a presença de analogias nos capítulos de funções inorgânicas e orgânicas, que iriam contribuir também para o processo de ensinoaprendizagem. Livro: Química Geral Autor: Ricardo Feltre Neste livro o autor articula os assuntos de Química com o cotidiano do aluno. Esta contextualização é de grande importância pois através desta o aluno pode perceber a relevância da Ciência Química em sua vida. Além disso, este livro apresenta exercícios resolvidos, curiosidades, atividades práticas e charges. Estes recursos também são de grande importância pois despertam o interesse do aluno na disciplina e facilitam o processo de ensino – aprendizagem. Um aspecto negativo em relação a este livro é a ausência do uso de analogias. Livro: Apostila de Química Autor: Antônio Carvalho Neste livro é bastante resumido e a contextualização não é tão evidente quanto nos livros anteriores. Esta ausência compromete o entendimento não somente dos conceitos químicos mas também da importância do estudo da Química. O livro é também carente em relação à presença de exercícios resolvidos, experimentos e curiosidades. Este livro não é considerado bom devido a carências de elementos importantes para o ensino de Química. Livro: Química na abordagem do cotidiano Autores: Tito/Canto Observa-se no livro do 2° grau dos autores Tito/Canto, volume único, Química na abordagem do cotidiano, que os assuntos da química estão explicitamente vinculados ao nosso dia a dia, visto que cada tema abordado no livro, em seguida relaciona-se a algo que utilizamos no cotidiano como exemplo no estudo das funções inorgânicas mais 79 especificadamente na parte que aborda os óxidos. Cada tópico que é apresentado, há uma utilização na nossa vivência. Nos óxidos moleculares, por exemplo, os autores apresentam o conceito, logo em seguida colocam a fórmula e sua nomenclatura e depois para ficar com mais clareza eles utilizam fotos com imagens do nosso dia a dia, ou seja, onde está sendo utilizado aquela determinada substância que aprendemos de conhecer. É um recurso bastante proveitoso e eficaz para o aluno, visto que aprende a relacioná-lo ao cotidiano as substância químicas aprendidas. Da mesma forma acontece com os óxidos iônicos. Os óxidos ácidos é apresentado da seguinte forma pelos autores, são apresentados seus conceitos e suas fórmulas e nomenclaturas, logo em seguida é colocado um experimento que tem como objetivo obter um óxido ácido.Apesar de ser uma experiência simples,mas os autores não procuraram propor a substituição dos instrumentos que seriam utilizados na experiência por outros mais fáceis a serem encontrados no nosso cotidiano.Observa-se que a experiência simples que os autores recomendaram a fazer na obtenção de um óxido ácido foi para fazer no laboratório,mas que também pode ser feita dentro de uma sala de aula com instrumentos do dia a dia. Outro fator interessante que os autores abordaram no seu livro foi na explicação de óxidos ácidos envolvidos na poluição atmosférica, isto é, a relação que esses óxidos têm com o meio ambiente, tanto na chuva ácida e no efeito estufa, apresentando suas causas e conseqüências tanto no meio ambiente quanto na sociedade. No decorrer da explicação do livro o aluno que estuda pode facilitar seu aprendizado, porque ao longo da leitura há exibições de fotos, mostrando as causas que os óxidos ácidos trazem a sociedade e também ao meio ambiente. Os exercícios, ao final de cada tópico apresentado, ou seja, dos óxidos moleculares, óxidos iônicos, óxidos ácidos, óxidos básicos e óxidos neutros são bastante interessante de fazer para aprender, pois as questões são contextualizadas. Para o aluno resolver uma questão de química,ele precisa primeiro lê uma informação do cotidiano sobre aquela determinada substância ou óxido que está sendo apresentada na questão. 80