Departamento de Matemática e Engenharias Frequência de Álgebra Linear 23 de Janeiro de 2006 Justifique todas as respostas. Resolva em folhas separadas os grupos I e II. Duração: 3h+30min de tolerância Cotação: Grupo I: 0, 5 + 0, 5 + 0, 5 + 0, 5 + 0, 5 + 0, 5 + 1 + 1 + 0, 5 + 0, 5 + 0, 5 + 1 Grupo II: 1 + 1 + 0, 5 + 1 + 1 + 1 + 1 + 1, 5 + 1, 5 + 0, 5 + 1, 5 + 0, 5 + 0, 5 Grupo I Averigúe o valor lógico das seguintes proposições, justificando convenientemente. 1. Considere M2 (R), o conjunto das matrizes do tipo 2 × 2, com entradas em R. Seja a b S= A= : a, b ∈ R 0 a um subespaço vectorial de M2 (R). (a) dim M2 (R) = 2. (b) dim S = 2. (c) Seja E um espaço vectorial real de dimensão 2 e e1 , e2 uma sua base. Seja ϕ um endomorfismo de E. Suponha que em relação à base considerada, a matriz de ϕ é A ∈ S. i. ii. iii. iv. ϕ é um automorfismo se e só se a = 1 ou a = −1. A = A⊤ se e só se b = 0. Para quaisquer a, b ∈ R, os valores próprios de A são os valores próprios de A⊤ . A é invertível se e só se b = 0. 2. Sejam E um espaço vectorial sobre um corpo K de dimensão n e ϕ um endomorfismo de E. Seja f(x) o polinómio característico de ϕ. Sejam a1 , . . . , ak ∈ K as raízes distintas de f (x). (a) k = n se e só se todos os valores próprios de ϕ são distintos. (b) k = n se e só se todos os valores próprios de ϕ têm multiplicidade geométrica 1. (c) Se k < n, então ϕ não é diagonalizável. (d) Se k = n, então ϕ é diagonalizável. (e) k = n se e só se ϕ é diagonalizável. (f) ϕ é um endomorfismo diagonalizável se e só se existe em E uma base em relação à qual a matriz de ϕ é uma matriz diagonal. Grupo II 3. Sabendo que A = 0 −1 1 2 −1 e B = 1 1 , resolva a equação matricial: −1 1 −1 1 1 T T T 4 8 B A X = . −1 3 4. Se A e B são duas matrizes invertíveis de dimensão (3 × 3) e C = −2B −1 A2 , calcule o valor de |C| sabendo que |B| = 3 e |A| = 21 . 5. Considere o seguinte sistema de equações lineares: ay + z = −1 x + bz = 0 , a, b ∈ R. x+y =1 (a) Seja A a matriz simples do sistema. Determine A? (b) Calcule os valores de a e b, para os quais A é invertível. (c) Considere a = 5 e b = 0. Utilize a regra de Cramer para determinar o valor da variável y. (d) Para os valores considerados na alínea anterior, determine A−1 . 6. Uma aplicação linear ϕ : R4 → R3 é representada pela matriz 1 −1 0 1 1 0 , A = −1 0 1 1 −1 0 relativamente à base canónica de R4 e à base (1, 1, 1), (1, 1, 0) (1, 0, 0) de R3 . (a) Determine ϕ (x, y, z, w) para quaisquer x, y, z, w. (b) Calcule a matriz da aplicação ϕ em relação à base (1, 0, 0, 0), (1, 1, 0, 0), (1, 1, 1, 0), (1, 1, 1, 1) de R4 e à base (1, 1, 1), (1, 1, 0) (1, 0, 0) de R3 . 7. Seja ϕ um endomorfismo do espaço vectorial real R3 definido, em relação a certa base e1 , e2 , e3 , pela matriz a −1 −1 1 , A = −1 a 0 0 b com a, b ∈ R. Seja f (x) o polinómio característico de A. (a) Sabendo que 4 é raiz simples de f (x) e que 2 é raiz dupla de f (x), calcule a, b. (b) Quais são os valores próprios de A? Quais são as suas multiplicidades algébricas? (c) Calcule os vectores próprios do endomorfismo ϕ. (Atenção: No caso de não ter resolvido (a), considere para esta e as restantes alíneas a = 3 e b = 2). (d) Existirá em R3 uma base relativamente à 2 B= 0 0 Em caso afirmativo, qual é essa base? (e) Será ϕ um automorfismo? qual a matriz de ϕ é 0 0 2 0 ? 0 4