INSTITUTO AGRONÔMICO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUBTROPICAL RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE IRMÃOS GERMANOS INTERPOPULACIONAIS DE MILHO COM ÊNFASE EM TOLERÂNCIA À SECA PAULA DE SOUZA GUIMARÃES Orientadora: Dra Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani Co-orientador: Dr. Rafael Vasconcelos Ribeiro Tese submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Agricultura Tropical e Subtropical. Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia. Campinas, SP Junho, 2013 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelas alegrias e momentos de experiências ao longo da minha caminhada; Ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC), onde tive o privilégio de absorver conhecimento durante o mestrado e doutorado; À Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPESP), pela concessão da bolsa de estudo; Aos meus amados pais Jorge Coelho Guimarães e Divina de Souza Guimarães pela vida de muitas alegrias, amor incondicional, educação e carinho a mim depositados. Sem o apoio e incentivo desses anjos não seria possível à realização deste sonho; Aos meus “segundos pais” José Marlindo e Joana por me receberem de braços abertos e amenizarem a saudade da minha casa, deixando-me fazer parte das suas vidas; Aos meus queridos irmãos Marcia, Valquiria e Cassiano pela amizade, companheirismo e carinho. Não tenho nem palavras para expressar o amor que sinto por vocês que sempre estiveram comigo em todos os momentos; Ao meu eterno namorado e companheiro de todos os momentos Marlindo de Souza Melo pela paciência, apoio e amor; As minhas cunhadas Izabel, Cristina, Eliane, Maria do Carmo e Ana Paula. Aos meus cunhados Bruno, Ricardo e Magno; Aos sobrinhos maravilhosos Cássio, Bianca, Maria Eduarda, Luis Felipe e Fernanda por me fazer a tia coruja mais feliz desse mundo; Aos meus amados amigos Allan Henrique pelos momentos de alegrias e conversas proveitosas, Cristiani Bernini pela amizade e sempre disponibilidade em ajudar nas minhas avaliações de campo, Lílian Galdino pelos momentos felizes, Renata Hanashiro pela ajuda nas avaliações, Sara Rovaris pela amizade, ajuda nas avaliações de campo e por me fazer rir nos momentos mais inusitados e Andrea Morais pelos momentos de descontração; Ao meu querido “amigo irmão” João Guilherme Gonçalves pela excelente convivência e pelos momentos de alegrias durante o doutorado; À Profa. Dra. Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani que me norteou desde o Mestrado, cujo valor e contribuição em minha formação são incalculáveis. Professora você me mostrou que para orientar, antes de tudo, é necessário ser amiga, ter muita paciência e confiança. Muito obrigada!!! Ao Prof. Dr. Rafael Vasconcelos Ribeiro pela ajuda indispensável durante a excecução do projeto. Muito obrigada pela paciência e apoio; À Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, da cidade de Mococa - SP, pela instalação e toda infra-estrutura para realização do experimento. Quero deixar meus sinceros agradecimentos ao Pesquisador Paulo Gallo e aos funcionários Ronaldo e Sr. Geraldo; Às alunas do Centro de Fisiologia do Instituto Agronômico Fernanda Villela, Daniela Favero e Karina Silva e aos alunos Paulo Marquiori e André Luiz pela ajuda indispensável na realização das avaliações fisiológicas; Ao Centro de Fisiologia do IAC por disponibilizar os equipamentos e o laboratório; Aos membros da Pré-banca Dr. Eduardo Caruso Machado, Dra. Tammy Kiihl e Dr. João Andrade pela ajuda indispensável ao trabalho. SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS.............................................................. LISTA DE ABREVIATURAS.......................................................................... RESUMO............................................................................................................ ABSTRACT........................................................................................................ INTRODUÇÃO.................................................................................................. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ Déficit hídrico...................................................................................................... Déficit hídrico na cultura do milho...................................................................... Parâmetros fisiológicos em milho submetido ao défict hídrico........................... Caracteres primários e secundários relacionados à tolerância do déficit hídrico em milho............................................................................................................... Seleção recorrente................................................................................................ Seleção recorrente recíproca com irmãos germanos de milho............................. iii x 1 3 5 7 7 8 11 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................... Material vegetal e delineamento estatístico......................................................... Condições de cultivo............................................................................................ Avaliações fisiológicas em casa de vegetação..................................................... Avaliações biométricas em casa de vegetação..................................................... Análise dos dados................................................................................................. Melhoramento para tolerância à seca................................................................... Obtenção da população tolerante ao déficit hídrico............................................. Obtenção da população sensível ao déficit hídrico.............................................. Obtenção das progênies de irmãos germanos e S1 de milho................................ Avaliação em campo: progênies de irmãos germanos em Campinas e Mococa.. Análise agrupada e obtenção de parâmetros genéticos ....................................... Avaliação e discriminação das melhores e piores progênies de irmãos germanos quanto à tolerância à seca em casa de vegetação................................. 21 21 23 24 27 28 28 28 29 29 29 32 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... RESULTADOS: Parâmetros fisiológicos.......................................................... Déficit hídrico no estádio vegetativo................................................................... Déficit hídrico no estádio de florescimento......................................................... Déficit hídrico no estádio de enchimento de grãos.............................................. DISCUSSÃO: Parâmetros fisiológicos............................................................... Déficit hídrico no estádio vegetativo................................................................... Déficit hídrico no estádio de florescimento......................................................... Déficit hídrico no estádio de enchimento de grãos.............................................. Seleção recorrente interpopulacional: Análise de variância agrupada das progênies de irmãos germanos. Campinas, 2012................................................. 4.4 Análise de variância agrupada das progênies de irmãos germanos. Mococa, 2012...................................................................................................................... 4.5 Análise de variância conjunta de locais e agrupada das progênies de irmãos germanos, Campinas e Mococa, 2012.................................................................. 4.6 Avaliação e discriminação das melhores e piores progênies de irmãos germanos quanto à tolerância à seca em casa de vegetação................................. 4.6.1 Déficit hídrico no estádio vegetativo................................................................... 4.6.2 Déficit hídrico no estádio de florescimento......................................................... 36 36 36 43 51 56 56 60 64 1 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.6.1 3.6.2 3.6.3 3.6.4 3.6.5 3.6.6 4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.3 14 18 19 34 65 68 70 82 82 88 i 5 CONCLUSÕES.................................................................................................. 93 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 95 7 ANEXOS............................................................................................................. 106 ii ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1. Disposição do experimento realizado em casa de vegetação. Controle: parcelas com irrigação durante todo o ciclo da cultura; vegetativo: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio vegetativo; florescimento: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio de florescimento e enchimento de grãos: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio de enchimento de grãos. Foto tirada quando as plantas apresentavam-se no estádio V3. Campinas, 2011............................................................................................................ 23 Figura 2. Gráfico de temperatura e de precipitação média da localidade de Campinas no período de 01/03/2012 a 01/08/2012...................................................... 30 Figura 3. Gráfico de temperatura e de precipitação média da localidade de Mococa no período de 23/03/2012 a 01/08/2012....................................................................... 31 Figura 4. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 05h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 36 Figura 5. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 13h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos......................................................................................................................... 37 Figura 6. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 39 Figura 7. Teores de açúcares solúveis (AS, em a), sacarose (SAC, em b), amido (AM, em c) e carboidrato total não estrutural (CTNE, em d) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Folhas coletadas às 08h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos.................................................... 41 iii Figura 8. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 05h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 44 Figura 9. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 13h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos......................................................................................................................... 45 Figura 10. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 46 Figura 11. Teores de açúcares solúveis (AS, em a), sacarose (SAC, em b), amido (AM, em c) e carboidrato total não estrutural (CTNE) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (VT). Folhas coletadas às 08h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de ScottKnott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos............................... 49 Figura 12. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas às 05h30 após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos.................................................... 51 Figura 13. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas às 13h30 após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos......................................................................................................................... 52 Figura 14. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e iv eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídrico....................................................................... 53 Figura 15. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), assimilação diurna de CO2 (Ai), transpiração diurna (Ei), teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação nãofotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP), taxa aparente de transporte de elétrons (ETR), açúcares solúveis (AS), sacarose (SAC), amido (AM), carboidrato total não estrutural (CTNE) e eficiência do uso da água (EUA) de quatro híbridos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio vegetativo (V5). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico.......................................................................... 60 Figura 16. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), assimilação diurna de CO2 (Ai), transpiração diurna (Ei), teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação nãofotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP), taxa aparente de transporte de elétrons (ETR), açúcares solúveis (AS), sacarose (SAC), amido (AM), carboidrato total não estrutural (CTNE) e eficiência do uso da água (EUA) de quatro híbridos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio de florescimento (R1). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico.......................................................................... 64 Figura 17. Potencial da água na folha (Ψw) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 05h30 após 25 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 82 Figura 18. Condutância estomática (gs, em a) e assimilação de CO2 (A, em b) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 13h30 após 25 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos................. 83 Figura 19. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), assimilação de CO2 (A), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP) e taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) de seis v genótipos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio vegetativo (V5). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico............................................................................................................... 87 Figura 20. Potencial da água na folha (Ψw) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 05h30 após 37 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos..................................................................... 88 Figura 21. Condutância estomática (gs, em a) e assimilação de CO2 (A, em b) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 13h30 após 37 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos......................................................................................................................... 89 Figura 22. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), assimilação de CO2 (A), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP) e taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) de seis genótipos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio de florescimento (R1). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico......................................................................................................... 92 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1. Híbridos de milho utilizados em experimento de casa de vegetação para fins de avaliação de parâmetros fisiológicos e biométricos sob déficit hídrico imposto em diferentes estádios fenológicos da cultura. Campinas, 2011.............................................................................................................................. 22 Tabela 2. Período de déficit hídrico, temperatura média dentro da casa de vegetação e potencial matricial do solo do tratamento submetido ao déficit hídrico imposto em três estádios fenológicos da cultura.......................................................... 24 Tabela 3. Período de déficit hídrico, temperatura média dentro da casa de vegetação e potencial matricial do solo do tratamento submetido ao déficit hídrico imposto em dois estádios fenológicos da cultura......................................................... 35 Tabela 4. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no vi estádio vegetativo (V5). Campinas, 2011.................................................................... 40 Tabela 5. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio vegetativo (V5). Campinas, 2011.............................................................................................................................. 43 Tabela 6. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de florescimento (VT). Campinas, 2011.......................................................... 47 Tabela 7. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos avaliados de milho sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de florescimento (VT). Campinas, 2011.............................................................................................................................. 50 Tabela 8. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de enchimento de grãos (R3). Campinas, 2011............................................... 54 Tabela 9. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de enchimento de grãos (R3). Campinas, 2011.............................................................................................................................. 55 Tabela 10. Quadrados médios da análise de variância agrupada para florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificações de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas, 2012............................................................. 65 Tabela 11. Quadrados médios da análise de variância agrupada para altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (MG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas, 2012............................................................................................................ 65 Tabela 12. Quadrados médios da análise de variância agrupada para florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificações de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Mococa, 2012................................................................ 69 Tabela 13. Quadrados médios da análise de variância agrupada para altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (PG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Mococa, 2012............................................................................................................... 69 vii Tabela 14. Quadrados médios da análise de variância conjunta agrupada de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012................ 71 Tabela 15. Quadrados médios da análise conjunta agrupada de variância de altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (MG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012............................................................................................ 71 Tabela 16. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), altura da planta (AP), altura da espiga (AE), massa de grãos (MG) e porcentagem de massa de grãos (MG%), referentes às 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais selecionadas e de quatro testemunhas comerciais de milho. Campinas e Mococa, 2012......................... 73 Tabela 17. Médias de massa de grãos (MG) em kg ha-1, comprimento de espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL), número de ramificação de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes às 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais selecionadas e de quatro testemunhas comerciais de milho. Campinas e Mococa, 2012.............................................................................................................................. 74 Tabela 18. Estimativas de variância de progênies ( σ̂ 2p ), ambiental ( σ̂ 2E ) e da interação progênies por locais ( σ̂ 2p x a ), da herdabilidade em nível de médias ( ĥ 2 ), ganho genético (Gs e Gs%), índice de variação (b), coeficiente de variação genética (CVg %) e de coeficiente de variação experimental (CV%), relativas aos caracteres avaliados nas 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012........................................................................................... 78 Tabela 19. Estimativas de variância de progênies ( σ̂ 2p ), ambiental ( σ̂ 2E ) e da interação progênies por locais ( σ̂ 2p x a ), da herdabilidade em nível de médias ( ĥ 2 ), ganho genético (Gs e Gs%), índice de variação (b), coeficiente de variação genética (CVg %) e de coeficiente de variação experimental (CV%), relativas aos caracteres avaliados nas 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012........................................................................................... 79 Tabela 20. Valores e significâncias dos coeficientes de correlação fenotípica (rf) entre os caracteres avaliados nas 20% progênies de irmãos germanos selecionadas em Campinas e Mococa. Safrinha 2012....................................................................... 81 Tabela 21. Eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio vegetativo (V5). Campinas, 2013. 85 viii Tabela 22. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio vegetativo (V5). Campinas, 2013................. 86 Tabela 23. Eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de florescimento (VT). Campinas, 2013.............................................................................................................................. 90 Tabela 24. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico no estádio de florescimento (VT). Campinas, 2013...... 91 ix LISTA DE ABREVIATURAS Ai – Assimilação diurna de CO2 AM – Amido AS – Açúcares solúveis Ci – Concentração intercelular de CO2 Chl – Teor de clorofila total CTNE – Carboidrato total não estrutural Ei – Transpiração diurna ETR – Taxa aparente de transporte de elétrons EUA – Eficiência do uso da água Fm – Fluorescência máxima Fv – Fluorescência variável Fv/Fm – Eficiência quântica potencial do fotossistema II gs – Condutância estomática qP – Coeficiente de extinção fotoquímica da fluorescência NPQ – Coeficiente de extinção não-fotoquímica da fluorescência SAC - Sacarose Ψw – Potencial da água na folha Ψsolo – Potencial matricial do solo AP – Altura da planta AE – Altura da espiga CE – Comprimento da espiga CP – Comprimento do pendão DE – Diâmetro da espiga FM – Florescimento masculino FF – Florescimento feminino IF – Intervalo entre florescimentos MG – Massa de grãos MST – Massa seca total NFG – Número de fileiras de grãos na espiga NRP – Número de ramificações do pendão PROL - Prolificidade SG – Stay green x GUIMARÃES, P.S. Respostas fisiológicas e avaliação de progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho com ênfase em tolerância à seca. 2013. 135p. Tese (Doutorado) – Instituto Agronômico – IAC, Campinas. RESUMO A elucidação de possíveis respostas fisiológicas responsáveis pelo comportamento diferencial de genótipos de milho sob condição de déficit hídrico pode facilitar o processo de seleção de genótipos tolerantes à seca. Os objetivos deste trabalho foram: a) elucidar os mecanismos fisiológicos de tolerância à seca em híbridos de milho contrastantes, em casa de vegetação; b) confirmar o comportamento diferencial dos híbridos e identificar padrões de tolerância e sensibilidade à seca; c) identificar caracteres fisiológicos que possam melhorar a eficiência na seleção de genótipos tolerantes à seca; d) estimar parâmetros genéticos de progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e verificar a existência de variabilidade genética para tolerância à seca e e) validar a eficiência de caracteres fisiológicos relacionados à tolerância ao déficit hídrico na seleção de progênies superiores, em programas de melhoramento de milho. Foram avaliados em casa de vegetação o potencial de água na folha, trocas gasosas, atividade fotoquímica, teor de clorofila, teor de carboidratos e caracteres biométricos dos híbridos DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522. O delineamento experimental em casa de vegetação foi o de blocos casualizados, com parcelas subdivididas e três repetições, com deficiência hídrica em três estádios fenológicos da cultura. Em condições de campo foram avaliadas 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho, oriundas do cruzamento de uma população tolerante com uma sensível à seca, em Campinas e Mococa, na safrinha de 2012. Foram avaliados os caracteres florescimento masculino (FM) e feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), número de ramificações (NRP) e comprimento (CP) do pendão, altura da planta (AP) e da espiga (AE), prolificidade (PROL), comprimento (CE) e diâmetro de espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (MG). O delineamento empregado foi o de blocos casualizados com três repetições. Foram estimados parâmetros genéticos de herdabilidade no sentido amplo, ganho de seleção e a correlação fenotípica dos caracteres. Pelos resultados de MG obtidos nos experimentos de campo, selecionaramse as duas melhores e duas piores progênies contrastantes à seca, que foram semeadas 1 em casa de vegetação, a fim de estudar os parâmetros fisiológicos e biométricos. Os resultados obtidos dos híbridos e das progênies em casa de vegetação indicam que o déficit hídrico reduz o potencial da água na folha (Ψw), condutância estomática (gs), assimilação diurna de CO2 (Ai), transpiração diurna (Ei), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), taxa aparente de transporte de elétrons (ETR), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP) e aumenta o coeficiente de dissipação não fotoquímica (NPQ), principalmente quando a seca ocorre nos estádios vegetativo e de florescimento. O híbrido DAS2B707 foi confirmado como tolerante à seca no estádio vegetativo devido à maior eficiência dos processos fotossintéticos, enquanto o AS1522 foi considerado tolerante à seca no estádio de florescimento devido ao elevado teor de carboidratos foliar obtido em condições de déficit hídrico. Verificou-se que a progênie 9Bx7A é tolerante à seca e a progênie 58Bx65A foi confirmada como padrão de sensibilidade ao déficit hídrico. Não foi possível eleger um parâmetro fisiológico eficiente na seleção e discriminação de progênies, para futura utilização em programas de melhoramento de milho. Obtiveram-se altos valores de herdabilidade para NFG, NRP, FM, FF, DE e AE, demonstrando a possibilidade de se obter altos ganhos com a seleção entre progênies. As médias de produtividade e a magnitude das estimativas dos parâmetros genéticos indicam que existe variabilidade genética para ser explorada nos próximos ciclos de seleção recorrente recíproca para tolerância à seca em progênies de milho. Estimativas da correlação fenotípica indicaram que a seleção para prolificidade (PROL) pode indiretamente aumentar a massa de grãos (MG) sob condições de déficit hídrico. Palavras chave: Zea mays L., seleção recorrente recíproca, parâmetros fisiológicos, herdabilidade, melhoramento para déficit hídrico. 2 GUIMARÃES, P.S. Physiological responses and evaluation of interpopulation full-sib progenies of maize with emphasis in drought tolerance. 2013. 135p. Agronomic Institute – IAC, Campinas. ABSTRACT The elucidation of physiological responses responsible to differential behavior of maize genotypes under water deficit conditions can facilitate the process of selection of drought tolerant genotypes. The objectives of this study were: a) elucidate the physiological mechanisms of drought tolerance in maize hybrids, in greenhouse; b) confirm the differential behavior of hybrids and identify patterns of tolerance and sensitivity to drought; c) identify physiological characters that may improve the efficiency in the selection of drought tolerant genotypes; d) evaluate full sib progenies, estimate genetic parameters and check for interpopulational genetic variability for tolerance to drought and e) validate the efficiency of physiological characters related to tolerance to water deficit in the selection of progenies, in maize breeding programs.The DAS2B707, DAS2B710, FT510 and AS1522 hybrids were evaluated in a greenhouse for the leaf water potential, gas exchange, photochemical activity, chlorophyll content, carbohydrate content and biometric parameters.The experiment in the greenhouse was in randomized blocks design in a split plot schemme with three replicates, with water deficiency in three phenological stages. Under field conditions were evaluated 150 full sib progenies, obtained from crosses of a drought tolerant with a to drought sensitive population in Campinas and Mococa, during the second crop of 2012. The traits male (FM) and female flowering (FF), interval between flowering (IF), stay green (SG), tassel branche number (NRP) and tassel length (CP), plant (AP) and ear (AE) height, prolificacy (PROL), ear length (CE) and diameter (DE), number of kernels rows per ear (NFG) and grain mass (MG) were evaluated. The design used was randomized blocks with three replications. Broad sense heritability, gain selection and phenotypic correlation of characters were estimated. Through the MG results obtained in field experiments, two of the best and of the worst progenies tolerant to drought were selected and sown in greenhouse to study the physiological and biometric parameters. The results of the hybrids and progenies in the greenhouse conditions indicated that the water deficit reduced leaf water potential (Ψw), stomatal conductance (gs), CO2 assimilation (Ai), transpiration (Ei), potential quantum efficiency of photosystem II (Fv/Fm), apparent electron transport rate (ETR), photochemical quenching coefficient (qP) and increased the non-photochemical quenching (NPQ) when drought occured during vegetative and flowering stages. The hybrid DAS2B707 was confirmed as drought tolerant in the vegetative stage due to higher efficiency of photosynthetic processes, while the AS1522 was considered tolerant to drought in the flowering stage due to the high content of leaf carbohydrates obtained in water deficit conditions. The 9Bx7A was considered drought tolerant and 58Bx65A was confirmed as a water deficit 3 sensitivity pattern. It was not possible to elect a physiological efficient parameter for selection and discrimination of progenies for future use in corn breeding programs. The high values of heritability to NFG, NRP, FM, FF and AE demonstrate the possibility of obtaining high gains with the selection among progenies. The productivity and the magnitude of the estimates of genetic parameters indicate that there is genetic variability to be explored in the next cycles of reciprocal recurrent selection for drought tolerance in progenies of corn. Phenotypic correlation estimates indicated that the selection for prolificacy (PROL) may indirectly increase the grain mass (MG) under water deficit conditions. Keywords: Zea mays L., reciprocal recurrent selection, physiological parameters, heritability, water deficit breeding. 4 1 INTRODUÇÃO O milho (Zea mays L.) é considerado um dos mais importantes produtos do setor agrícola no mundo, devido à sua versatilidade de uso como fonte de carboidratos na alimentação humana e animal e pelo aspecto social na geração de empregos. Atualmente seu uso se ampliou com a produção de amido, adoçantes, óleos e também surge como fonte de biocombustíveis (AGRIANUAL, 2010). A evolução da produção mundial de milho vem sendo expressiva nas últimas duas décadas, passando de 453 milhões de toneladas no final da década de 80 para os atuais 860,1 milhões na safra 2011/12, o que corresponde a um aumento de 90% no período. No Brasil a área semeada com milho em 2012 foi de 14,85 milhões de hectares e a produção nacional ficou em torno de 73 milhões de toneladas (CONAB, 2013). No entanto, a produtividade da cultura é afetada por condições adversas, como a de déficit hídrico que atinge praticamente todas as áreas produtoras de milho durante algum estádio de desenvolvimento da cultura. As previsões ambientais apontam para o aumento do aquecimento global nas próximas décadas e situações de secas acompanharão esse evento. De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas – IPCC, muitos ecossistemas naturais estão sendo afetados pelas mudanças climáticas, principalmente pela elevação da temperatura (IPCC, 2007). O emprego de cultivares tolerantes à seca é uma estratégia eficiente para a redução dos riscos na produção em áreas sujeitas a períodos constantes de déficit hídrico. Entretanto, a tolerância à seca é uma característica bastante complexa. Algumas plantas conseguem suportar a falta de água por meio de diferentes mecanismos, envolvendo adaptações morfofisiológicas que permitem à planta sobreviver e produzir satisfatoriamente (XOCONOSTLE-CAZARES et al., 2010). Assim, características diferentes têm sido propostas como critérios de seleção visando maior tolerância à seca. De fato, não há um único parâmetro que por si só possa ser indicativo da tolerância à seca, sendo o ideal avaliar caracteres que possam ser medidos em diferentes fases de desenvolvimento da cultura, em condições de casa de vegetação e em experimento de campo (PIMENTEL & ROSSIELO, 1995). A seleção de genótipos de 5 milho tolerantes ao déficit hídrico e com elevado rendimento de grãos seria mais eficiente se os atributos que propiciam o mesmo sob condições limitantes de água pudessem ser identificados e utilizados como critérios de seleção (DURÃES et al., 1997). A identificação destes genótipos pode ser realizada pela análise de características fisiológicas, auxiliando o melhoramento genético na busca de caracteres que otimizam o crescimento e conferem maior tolerância ao estresse. Atualmente, pesquisas sobre melhoramento de milho para a tolerância à seca vêm avançando nas instituições de pesquisa, demonstrando resultados satisfatórios na obtenção de genótipos tolerantes ao déficit hídrico. Entretanto, o conhecimento sobre os mecanismos fisiológicos para a tolerância ainda é considerado incipiente para a cultura do milho, necessitando de mais estudos. Diante disso, a caracterização dos genótipos, bem como a elucidação dos possíveis mecanismos responsáveis pelo desempenho diferencial dos genótipos sob condição de déficit hídrico, pode facilitar o processo de obtenção de novos materiais, além de contribuir para o desenvolvimento de técnicas de seleção capazes de reduzir o tempo e o trabalho para avaliar fontes de genes para tolerância à seca (QUEIROZ, 2010). Uma vez selecionados os genótipos que atendam às exigências do programa de melhoramento voltado para tolerância à seca, pode-se realizar o método de seleção recorrente recíproca para aumentar a freqüência de alelos favoráveis gradativamente por meio de repetidos ciclos de seleção. Tal método é utilizado em duas populações simultaneamente, sem que haja perda da variabilidade genética de ambas as populações (PINTO, 1995). A falta de informação sobre trabalhos desse tipo para obtenção de genótipos tolerantes a fatores abióticos, como a seca, revela a importância de estudos relacionados com esse tema. Por esta razão, a seleção de caracteres relacionados à tolerância à seca deve ser enfatizada em programas de melhoramento de milho, visando fornecer informações para o desenvolvimento de genótipos de milho capazes de tolerar períodos de déficit hídrico sem que a produtividade seja substancialmente prejudicada. Diante disso, os objetivos do trabalho foram: a) elucidar os mecanismos fisiológicos de tolerância à seca em híbridos de milho contrastantes, em casa de vegetação; b) confirmar o comportamento diferencial dos híbridos e identificar padrões de tolerância e sensibilidade à seca; c) identificar caracteres fisiológicos que possam melhorar a eficiência na seleção de genótipos tolerantes à seca; d) estimar parâmetros genéticos de progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e verificar a existência de variabilidade genética para tolerância à seca e e) validar a eficiência de 6 caracteres fisiológicos relacionados à tolerância ao déficit hídrico na seleção de progênies superiores, em programas de melhoramento de milho. 2 2.1 REVISÃO DE LITERATURA Déficit hídrico O déficit hídrico ocorre quando o conteúdo de água de um tecido ou célula está abaixo do conteúdo de água mais alto exibido no estado de maior hidratação (TAIZ & ZEIGER, 2009). Geralmente é causado por um fator externo, que exerce influência desvantajosa sobre a planta, provocando desvio significativo das condições ótimas para a vida, os quais são reversíveis a princípio, mas podem se tornar permanentes (LARCHER, 2004). A deficiência hídrica é um dos estresses que causa maiores danos nos processos fisiológicos e metabólicos das plantas, acarretando reduções na produtividade (PIMENTEL, 2004). Em condições adversas de umidade, TAIZ & ZEIGER (2009) mencionam a ocorrência de três linhas de defesa das plantas para amenizar os efeitos do déficit hídrico sobre o crescimento vegetal. A primeira linha de defesa é a redução da área foliar, devido à diminuição do turgor das células e o aumento da senescência das folhas, o que provoca uma redução da perda de água por transpiração. A segunda linha é o aprofundamento das raízes no solo úmido, pois a atividade fotossintética da planta em condições de estresse é menos atingida que a expansão foliar, o que permite maior acúmulo de assimilados vegetais distribuídos ao sistema radicular. A terceira linha de defesa refere-se ao fechamento dos estômatos, principalmente em condições onde o início do estresse é mais rápido ou onde a planta atingiu sua área foliar plena, evitando a perda de água por transpiração. Há também os mecanismos de resistência à deficiência hídrica, que podem ser divididos em escape, retardo e tolerância. No primeiro, as plantas adotam uma estratégia de “fuga”, na qual apresentam rápido desenvolvimento fenológico e alto grau de plasticidade, sendo capazes de completar seu ciclo de vida antes que a falta de água torne-se severa o bastante para provocar danos fisiológicos. O retardo da desidratação corresponde à manutenção do turgor e volume celular, tanto pela absorção de água por um sistema radicular abundante quanto pela redução da perda por transpiração por 7 intermédio do fechamento estomático ou por vias não estomáticas como a cutícula. E a tolerância à seca é um mecanismo que permite à planta manter o metabolismo, mesmo com a redução do potencial hídrico dos tecidos, devido principalmente ao acúmulo de solutos compatíveis ou osmólitos, proteínas osmoprotetoras e à capacidade antioxidante (VERSLUES et al., 2006). Segundo TAIZ & ZEIGER (2009), a tolerância das plantas frente a um estresse pode ser por aclimatação ou por adaptação. Se a tolerância aumenta como consequência de exposição anterior ao estresse, diz-se que a planta está aclimatada, mas se ocorre tolerância determinada geneticamente adquirida por processo de seleção durante muitas gerações, a planta está adaptada. Em condição de déficit hídrico, o milho apresenta uma série de alterações morfofisiológicas, causando assim, distúrbios em seu metabolismo. Dentre as alterações apresentadas pelas plantas de milho submetidas à deficiência hídrica podem-se destacar: alterações na altura da planta, no comprimento e na largura das folhas, na condutância estomática, transpiração, na eficiência quântica do fotossistema II, no potencial de água da folha, no conteúdo de clorofila, na atividade fotossintética, que visam reduzir os efeitos deletérios da baixa disponibilidade hídrica, constituindo, portanto, mecanismos de tolerância à seca (PIMENTEL, 2004). 2.2 Déficit hídrico na cultura do milho O rendimento da cultura do milho é extremamente dependente das condições hídricas durante o desenvolvimento da planta. Segundo BÄZINGER et al. (2000), em condições de déficit hídrico, a produtividade de grãos é substancialmente afetada, sendo os estádios de florescimento e enchimento de grãos considerados as fases mais críticas da cultura. Entretanto, devido à ocorrência de variabilidade genética entre os genótipos de milho para adaptação quanto à seca, deve-se avaliar o comportamento de diferentes materiais em condições de déficit hídrico para recomendação de cultivo (BLUM, 1997). No Brasil, a maioria das áreas de cultivo de milho não empregam irrigação e mesmo em anos regulares de precipitação pluvial observam-se, normalmente, perdas na produção devido a períodos de estiagem denominados “veranicos” (QUEIROZ, 2010). As oscilações nas safras de milho das principais regiões produtoras do Brasil estão associadas à disponibilidade de água, sobretudo nos estádios mais críticos da cultura. 8 Diante disso, torna-se essencial avaliar os efeitos da disponibilidade hídrica durante todo o ciclo fenológico da cultura. O milho é uma planta de metabolismo fotossintético C4, onde o primeiro produto estável da fotossíntese, formado durante a fixação da molécula de dióxido de carbono (CO2), é o ácido oxalacético que é reduzido a ácido málico e ácido aspártico, ambos com quatro moléculas de carbono ainda mais estáveis. Além da presença da enzima rubisco nas células da bainha Kranz, as plantas consideradas C4 contam com a presença da enzima fosfoenolpiruvato carboxilase nas células do mesófilo foliar, responsável por aumentar a capacidade de fixação de CO2 devido a sua alta afinidade por esta molécula. A compartimentação espacial das duas enzimas faz com que o CO2 fixado pela fosfoenolpiruvato carboxilase se transloque, via malato e aspartato, até a bainha dos feixes vasculares, onde ocorre a descarboxilação com a entrada do carbono no ciclo de Calvin-Benson (TAIZ & ZEIGER, 2009). Por ser uma espécie de metabolismo C4, o milho tende a expressar sua elevada produtividade quando a máxima área foliar coincide com a maior disponibilidade de radiação solar, desde que não haja déficit hídrico. Essa condição permite a máxima fotossíntese possível, porém aumenta a necessidade hídrica da cultura, já que o elevado fluxo energético incidente também eleva a evapotranspiração (BERGAMASCHI et al., 2004). Sabe-se que a cultura é cultivada em regiões cuja precipitação varia de 300 a 5000 mm anuais, sendo que a quantidade de água consumida por uma planta, durante o seu ciclo, é de aproximadamente 600 mm (ALDRICH et al., 1982). Logo, o milho sofrerá redução da produção quando ocorrer déficit hídrico nos principais estádios fenológicos da cultura. No estádio vegetativo caracterizado por V3 a V5 (com três a cinco folhas completamente desenvolvidas) ocorre sensibilidade à limitação hídrica. Durante o estádio V3 estão sendo formadas todas as folhas e espigas que a planta eventualmente irá produzir. Pode-se dizer, portanto, que o número máximo de grãos ou a produção potencial estão sendo definidos nesse estádio. No estádio V5, tanto a iniciação das folhas como das espigas estará completa e a iniciação do pendão já pode ser vista microscopicamente na extremidade de formação do caule, logo abaixo da superfície do solo (MAGALHÃES et al., 1994). Durante esse período vegetativo, o deficit hídrico também reduz o crescimento do milho em função da redução da área foliar e da biomassa (BERGAMASCHI et al., 2006). 9 Segundo EDMEADES et al. (1999), períodos de estiagem durante o florescimento provocam aumentos consideráveis no intervalo entre o florescimento masculino e feminino, devido ao retardamento do florescimento feminino e também provoca o abortamento de grãos durante duas a três semanas após o florescimento feminino. A falta de água nesse período, além de afetar o sincronismo pendão-espiga, pode reduzir a chance de aparecimento de uma segunda espiga em materiais prolíficos. Na fase de enchimento de grãos, em especial quando os grãos apresentam aparência amarelada e no seu interior um fluido de cor leitosa, ocorre o início da transformação dos açúcares em amido, contribuindo para o incremento do peso seco dos grãos. Esse incremento ocorre devido à translocação dos fotoassimilados presentes nas folhas e no colmo para a espiga e grãos em formação. A eficiência dessa translocação, além de ser importante para a produção, é extremamente dependente de água (MAGALHÃES et al., 1998). O rendimento final depende do número de grãos em enchimento (desenvolvimento) e do tamanho final (período de enchimento) que eles alcançarão. Portanto, um déficit hídrico nessa fase pode afetar a produção. Com o processo de maturação dos grãos, o potencial de redução na produção final de grãos devido ao déficit hídrico vai diminuindo. Embora, nesse período, a planta deva apresentar considerável teor de sólidos solúveis prontamente disponíveis, objetivando a evolução do processo de formação de grãos, a fotossíntese mostra-se imprescindível. QUEIROZ (2010) afirma que dois dias de déficit hídrico no florescimento reduzem o rendimento em mais de 20%, enquanto que, quatro a oito dias no estádio de enchimento de grãos diminuem a produção em mais de 50%. Segundo BÄZINGER et al. (2000), quando o período de déficit hídrico se estende num intervalo entre a emergência do pendão e o início do enchimento de grãos, pode ocorrer a completa esterilidade das plantas de milho. BERGONCI et al. (2001) e BERGAMASCHI et al. (2004 e 2006) indicam que o período mais crítico da cultura vai do pendoamento ao início do enchimento de grãos. De acordo com MAGALHÃES et al. (2002), o aumento no acúmulo de matéria seca nos grãos está intimamente relacionado à fotossíntese e, uma vez que o estresse afeta este processo, reduz a produção de carboidratos, implicando em menor acúmulo de matéria seca nos grãos. Por isso, para seu desenvolvimento, o milho necessita de quantidades substanciais de água para uma adequada produtividade em campo. Diante desse fato, fica evidente que períodos prolongados de déficit hídrico na cultura do milho podem causar impactos significativos no crescimento, na 10 produtividade e na qualidade dos grãos, sendo a habilidade das plantas em tolerar períodos de seca uma importante estratégia para o desenvolvimento do agronegócio em qualquer país. Um exemplo de significativa redução da produtividade de grãos devido a período de estiagem ocorreu nos Estados Unidos no ano de 2012, provocando aumentos significativos dos preços dos alimentos, principalmente nos locais onde o milho se constitui em alimento básico na dieta da população. O mais recente relatório do Departamento de Agricultura Americano (USDA) revelou que a situação da cultura no chamado Cinturão do Milho foi considerada crítica, uma vez que as principais áreas produtoras decretaram situação de emergência devido à escassez de água (USDA, 2012). O impacto prolongado de seca nos EUA influenciou diretamente o preço do milho no Brasil, provocando redução na produção de aves e suínos nas principais regiões produtoras, uma vez que ocorreu significativo aumento do preço da ração animal e, consequentemente, elevou o valor da carne e dos derivados desses animais, que foram repassados aos consumidores. Portanto, estudos relacionados à tolerância à seca envolvendo a cultura do milho podem trazer benefícios em relação ao crescimento e no rendimento da cultura em regiões com limitação hídrica. 2.3 Parâmetros fisiológicos em milho submetido ao déficit hídrico O crescimento celular é considerado o processo mais sensível a baixa disponibilidade de água no solo, sendo a divisão e a expansão celular diretamente inibidas pelo déficit hídrico (ZHU, 2001; SAUSEN, 2007). Esta sensibilidade se deve ao impacto da falta de água sobre a taxa de expansão das células, devido à perda de turgor (SAUSEN, 2007, KUNZ et al., 2007). Entretanto, a mudança mais visível no dossel vegetativo da cultura de milho sob déficit hídrico é o enrolamento das folhas, cuja intensidade está relacionada com o potencial da água da folha (MOULIA, 2000). As medições do potencial da água da folha podem fornecer informações que permitem identificar o estado hídrico em que as plantas se encontram. Para a maioria das espécies, o potencial da água da folha acompanha as variações diurnas da demanda evaporativa da atmosfera, atingindo um valor máximo logo antes do nascer do sol. Nesse momento, as plantas encontram-se com a máxima turgescência possível para uma dada condição hídrica no solo (KRAMER & BOYER, 1995). Dessa forma, o potencial hídrico avaliado na antemanhã tem sido considerado um indicativo do estado hídrico 11 das plantas, bem como da quantidade de água disponível no solo (LARCHER, 2004 e TAIZ & ZEIGER, 2009). Para LARCHER (2004) uma das primeiras respostas para manter o nível hídrico no interior da planta é fechamento dos estômatos. No entanto, quando isso acontece, se restringe às trocas gasosas entre o interior da folha e a atmosfera, o que provoca a redução no fluxo de CO2. Esse controle da perda de água na planta, realizado principalmente pelos estômatos, é regulado geralmente pela diferença na pressão de vapor entre o ambiente e a planta e por sinalizadores endógenos, como o ácido abscísico (JIA et al., 1996). Esses reguladores endógenos modulam a condutância estomática, a temperatura da planta e promovem alterações como o murchamento e o enrolamento das folhas. Diante disso, o controle das trocas gasosas é considerado um processo complexo, pois a ligeira diminuição de turgescência celular, suficiente para causar o fechamento dos estômatos, torna a absorção de CO2 difícil, diminuindo sensivelmente a assimilação de carbono. As plantas necessitam abrir os estômatos para a entrada do CO2 e também fechá-los para evitar a perda de água, porém a tendência é favorecer a assimilação fotossintética (PIMENTEL, 1998; ANGELOCCI, 2002). Em condições de restrição hídrica, a fotossíntese pode ser reduzida por limitações metabólicas pelo aumento do efeito fotoinibitório (GLAZ et al., 2004). Por isso, o uso de parâmetros de fluorescência tem sido difundido principalmente no estudo de fotossíntese por ser um método que permite a análise da absorção e aproveitamento da energia luminosa através do fotossistema II e possíveis relações com a capacidade fotossintética (KRAUSE & WEIS, 1991). Esta técnica tem permitido um aumento no conhecimento dos processos fotoquímicos e não fotoquímicos que ocorrem na membrana dos tilacóides dos cloroplastos (ROHÁCEK, 2002), além de possibilitar o estudo de características relacionadas à capacidade de absorção e transferência da energia luminosa na cadeia de transporte de elétrons, sendo possível também estudos das mudanças conformacionais dos tilacóides (KRAUSE & WEIS, 1991). A eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm) obtida a partir da fluorescência da clorofila a, pode indicar o nível energético de excitação dos pigmentos que dirigem a fotossíntese. A habilidade em manter elevadas razões Fv/Fm sob déficit hídrico pode ser um indicativo de eficiência no uso da radiação pela fotoquímica (TESTER & BACIC, 2005). Desta forma, as medidas de trocas gasosas e de fluorescência da clorofila a podem ser utilizadas como ferramentas para diagnosticar a 12 integridade do aparato fotossintético frente às adversidades ambientais (TORRES NETTO et al., 2005). Há evidências de que os efeitos do déficit hídrico sobre o fotossistema II podem ser mediados pela produção e acumulação de espécies reativas de oxigênio (LAWLOR, 1995), provocando danos às membranas, desencadeando processos peroxidativos de lipídios, com perda de eletrólitos pela célula (QUEIROZ et al., 1998) e queda na atividade fotossintética (SMIRNOFF, 1993). Outras formas das plantas de milho conseguirem tolerar a deficiência hídrica é o mecanismo de acumulação de solutos osmoticamente ativos na célula (MORGAN, 1984). Esse fenômeno é chamado de ajustamento osmótico e permite a manutenção da turgescência, o crescimento da planta, a manutenção da abertura estomática e a fotossíntese sob condições de baixo potencial da água da folha (CHAVES, 1991) e sob baixos valores de potencial da água do solo (PATAKAS et al., 2002; VIEIRA JUNIOR et al., 2007). A maioria das modificações que as plantas desenvolvem visa manter o crescimento e a reprodução da planta em ambientes com limitações na disponibilidade de água. Durante o período de seca, plantas superiores acumulam açúcares, ácidos orgânicos e íons no citosol para diminuir o potencial osmótico e o potencial hídrico da planta mais rapidamente que o do solo e, conseqüentemente, conseguem manter o potencial hídrico e o turgor de suas células próximo do nível ótimo (TURNER & JONES, 1980). De acordo com KRAMER (1974), as plantas se adaptam ao estresse utilizandose de mecanismos de escape e tolerância podendo, assim, sofrer adaptações morfológicas e fisiológicas. Essas respostas dependem da duração, da intensidade e da velocidade do déficit hídrico (CARLESSO et al., 1996). MAGALHÃES (1995) afirma que plantas de milho submetidas à restrição hídrica acumulam açúcares solúveis nas folhas e reduzem a quantidade de amido. De acordo com o mesmo autor, a maior mobilização de sacarose pelas plantas ocorre, mas não de modo generalizado, durante a noite, quando a planta esta relativamente mais hidratada e sujeita às temperaturas mais moderadas. De modo geral, o emprego de genótipos tolerantes à deficiência hídrica tem sido indicado como a melhor ferramenta para o aumento da produtividade em condições onde existe dificuldade no controle do ambiente devido à variação pluviométrica. Porém, para se desenvolver cultivares tolerantes ao estresse, é necessário o uso de estratégias de melhoramento apropriadas e a aplicação de conhecimentos no manejo dos ambientes para maximizar o ganho genético dos caracteres desejados. 13 2.4 Caracteres primários e secundários relacionados à tolerância ao déficit hídrico em milho Caracterizar o estresse hídrico em trabalhos de melhoramento genético vegetal é um problema amplo, variando de um local para o outro e do período da safra. Além disso, fica difícil distinguir os efeitos diretos de déficit hídrico de outros fatores como fungos, baixa fertilidade do solo e altas temperaturas. Por isso, colocar no mercado genótipos de milho produtivos e com características de tolerância à seca é um desafio contínuo para os programas de melhoramento dessa cultura, pois o déficit hídrico é a maior fonte de instabilidade do rendimento de grãos em áreas tropicais. Agrega-se a isto o fato da herdabilidade para a característica produção de grãos ser baixa. Portanto, genótipos melhor adaptados e com maior rendimento poderiam ser mais eficientes se atributos que conferem rendimento sob condições limitantes de água pudessem ser identificados e usados como critério de seleção (DURÃES et al., 2004). Caracterizar o ambiente e identificar caracteres primários e secundários de plantas visando à obtenção, seleção e uso de genótipos responsivos a fatores ambientais subótimos, além de realizar melhorias nas práticas de manejo, são tarefas complexas e requerem métodos adequados. De acordo com DURÃES et al. (2004) os caracteres primários referem-se ao rendimento de grãos e aos componentes do rendimento, possuindo baixa herdabilidade. Os secundários são os caracteres que possuem rápido e baixo custo de mensuração e alta herdabilidade, estando relacionadas com rendimento de grãos, ângulo foliar, stay green, tamanho pequeno de pendão e baixo intervalo entre florescimentos feminino e masculino (EDMEADES et al., 1998). Segundo CÂMARA et al. (2007) a seleção para produção de grãos sob déficit hídrico tem sido considerada ineficiente em vista da alta proporção da variância ambiental em relação à genética, o que reduz a herdabilidade do caráter e dificulta a seleção de genótipos superiores. Nessas condições, o emprego de caracteres secundários pode melhorar a eficiência da seleção se estes possuírem valor adaptativo ao estresse, alta herdabilidade, correlação genética alta e significativa com a produção de grãos e que sejam de fácil mensuração (BÄNZINGER et al., 2000; KAMARA et al., 2003). BÄNZINGER et al. (2000) afirmam que o caráter prolificidade é provavelmente o de maior importância em programas de melhoramento de milho para tolerância à seca, uma vez que possui grande associação com produção de grãos sob condições de estresse (LI et al., 2003). Genótipos de milho prolíficos têm apresentado melhor capacidade de 14 adaptação em ambientes estressantes como, por exemplo, ao adensamento de semeadura e a tolerância a déficits hídricos (BOLAÑOS & EDMEADES, 1993a), o que minimiza os riscos de redução da produtividade. Segundo CÂMARA (2006), a maior tolerância ao défict hídrico nos genótipos prolíficos pode estar relacionado a um sistema radicular mais desenvolvido, enquanto que, VARGA et al. (2004) relataram que híbridos prolíficos possuem melhor eficiência no uso dos recursos ambientais e maior estabilidade de produção quando submetidos a uma situação de estresse. Alguns trabalhos relacionados ao tema demostram que sob condições de déficit hídrico a herdabilidade para a prolificidade se mantém constante ou até mesmo aumenta com o estresse (BOLAÑOS & EDMEADES, 1996), diferentemente da produção de grãos. De maneira geral, o caráter apresenta herdabilidade de média a alta, apresentando estimativas de herdabilidade em torno de 70% (AGUIAR, 2003; CÂMARA et al., 2007). Estudando o caráter prolificidade, SOARES FILHO (1987) verificou que o controle genético parece ser predominantemente aditivo. Em alguns trabalhos a variância genética aditiva explicou cerca de 75% da variância genética total para prolificidade (ALVES et al., 2002), enquanto que SILVA (2002) obteve estimativa da variância aditiva três vezes maior que a de dominância para este caráter. Frequentemente na literatura encontra-se relatos da associação positiva entre produção de grãos e prolificidade (SOUZA JUNIOR et al., 1985; ZAIDI et al., 2004), com valores de correlação superiores a 0,5 (SOUZA JUNIOR et al., 1985; AGUIAR, 2003; KAMARA et al., 2005; MEDICI et al., 2005). Devido à prolificidade possuir alta herdabilidade e estar correlacionada positivamente com a produção de grãos, a seleção direta para o caráter tende a ser eficiente e aumenta indiretamente a produtividade. Assim como a prolificidade, o intervalo entre o florescimento feminino e masculino também é considerado um dos mais importantes caracteres a serem selecionados para a obtenção de genótipos de milho tolerantes à seca (BÄZINGER et al., 2000; XIAO et al., 2004), uma vez que a protandria no milho é acentuada sob condições de déficit hídrico devido ao maior retardamento do florescimento feminino em relação ao masculino. Desse modo, dependendo da extensão do período de seca, a produção de grãos tende a ser afetada em função da assincronia entre liberação de pólen e dos estilo-estigmas. BOLAÑOS & EDMEADES (1993b), avaliando ciclos avançados de seleção baseando-se na produção de grãos e no intervalo entre florescimento (IF) em plantas de milho submetidas à diferentes tratamentos de regime hídrico, verificaram uma redução 15 de 8,7% na produção por dia de acréscimo em IF. Como a cultura do milho é considerada sensível à seca nos estádios de florescimento e de enchimento de grãos, a falta de água nessas fases de desenvolvimento provoca séria instabilidade de produção (KAMARA et al., 2003). Portanto, em progamas de melhoramento visando a formação de genótipos com maior tolerância ao déficit hídrico, faz-se necessária uma redução no intervalo entre florescimentos (BOLAÑOS & EDMEADES, 1993a). Em condições de déficit hídrico têm-se observado estimativas de herdabilidade constantes para florescimento feminino e intervalos entre florescimentos (BOLAÑOS & EDMEADES, 1996), diferentemente da herdabilidade para produção de grãos que reduz em condições de seca, dificultando a seleção de genótipos superiores (KAMARA et al., 2003). Resultados observados na literatura demostram que o intervalo entre florescimentos apresenta coeficiente de herdabilidade de magnitude média a alta, indicando que o caráter deve responder em níveis adequados à seleção (CÂMARA, 2006). Estimativas de herdabilidade para intervalo entre florescimentos apresenta variação de 0,51 a 0,78 (BOLAÑOS & EDMEADES, 1996; JIANG et al., 1999). Normalmente existe elevada e significativa correlação entre IF e produção de grãos (KAMARA et al., 2003) e essa correlação aumenta principalmente em condições de déficiência hídrica. Sob condições de estresse intemediário a severo, RIBAULT et al. (1997) constataram significativa correlação fenotípica entre esses dois caracteres, ficando em torno de -0,40. Os mesmos autores verificaram que a seleção para redução do IF em variedades de milho tropicais de polinização aberta aumenta o rendimento de grãos sob déficit hídrico. Estudando a herança do caráter IF, SILVA (2002) observou que a estimativa de variância genética aditiva apresentou valor seis vezes maior que a de dominância. Essa tendência também foi verificada para o florescimento feminino e masculino. MICKELSON et al. (2002), afirmam que o pendão reduz a produção de grãos devido a diminuição na inteceptação de luz pela copa da planta e também pela competição por fotoassimilados. Dentre os mecanismos responsáveis pela competição por fotoassimilados está a produção de ácido indol acético (AIA) no pendão que proporciona uma dominância apical por nutientes, inibindo o desenvolvimento da espiga. Portanto, para a expressão da prolificidade, é necessário uma redução na quantidade de AIA, que pode ser conseguida pela diminuição no tamanho e no número de ramificações do pendão (CÂMARA, 2006). Assim, mais de uma espiga pode se 16 desenvolver simultaneamente em um menor espaço de tempo, induzindo a coincidência da antese com a emergência dos estilos-estigmas, reduzindo o intervalo entre florescimentos feminino e masculino (SOUZA JUNIOR et al., 1985). Portanto, o caráter número de ramificações de pendão (NRP) e comprimento do pendão (CP) influenciam de forma direta a prolificidade e o intervalo entre florescimentos. Alguns trabalhos têm evidenciado que o número de ramificação de pendão apresenta de média a alta herdabilidade, com estimativas de coeficiente de herdabilidade variando de 46% a 90% (AGUIAR, 2003 e FLINT-GARCIA et al., 2005). O caráter stay green ou senescência retardada de folhas e colmo vem sendo observado em algumas espécies de importância econômica como o milho. Esse caráter confere ao genótipo um melhor aproveitamento da fotossíntese a qual irá fornecer carboidratos para colmos, folhas e raízes, e conseqüentemente maior resistência das plantas a estresses bióticos e abióticos como déficit hídrico (JIANG et al., 2004; CARMO et al., 2007). Segundo COSTA et al. (2008), a contribuição dos efeitos gênicos aditivos é maior que a dos efeitos gênicos não aditivos na expressão fenotípica do caráter stay green em milho. Em estudos de correlação, BETRÁN et al. (2003), verificarm estimativas de correlação fenotípica entre stay green e produção de grãos sob estresse hídrico severo variando de -0,38 a -0,48. ZAIDI et al. (2004), observaram correlação significativa entre produção de grãos e stay green em condições de déficit hídrico. De maneira geral, uma das maiores limitações para o melhoramento genético visando a tolerância à seca em plantas é o conhecimento insuficiente sobre as bases fisiológicas, moleculares e genéticas das respostas das plantas ao déficit hídrico (DEDEMO, 2006). Uma resposta fisiológica específica ao déficit hídrico representa na verdade combinações de eventos moleculares que são ativados ou desativados pela percepção do estresse. Compreender como tais eventos interagem representa um importante passo no desenvolvimento de plantas com maior tolerância à seca. Importante ressaltar também que a falta de informações sobre trabalhos de progênies de irmãos germanos para obtenção de genótipos tolerantes à seca mostra a importância de estudos relacionados com esse tema. CÂMARA et al. (2007) estudando progênies F2:3 quanto a parâmetros genéticos de caracteres relacionados à tolerância à seca em milho tropical, demonstraram que o desenvolvimento de cultivares com alta produção de grãos e boa tolerância ao estresse poderia ser obtida pela seleção de 17 caracteres como prolificidade, intervalo entre florescimento, stay green e produção de grãos sob condições normais de umidade. Sendo assim, torna-se importante a identificação e a caracterização de genótipos, bem como os estudos sobre a interação e sobreposição de mecanismos. A elucidação desses mecanismos facilitará, por certo, o processo de formação de novos materiais, além de contribuir para o desenvolvimento de técnicas de seleção que podem reduzir o tempo e o trabalho para avaliação de fontes genéticas de tolerância a estresses abióticos, como seca. 2.5 Seleção recorrente A seleção recorrente é um processo cíclico de seleção que visa aumentar de forma progressiva e contínua a freqüência dos alelos favoráveis e, simultaneamente, manter a variabilidade genética em níveis adequados para os próximos ciclos seletivos. Esse método de melhoramento foi primeiramente empregado por HULL (1945) como sendo uma re-seleção, geração após geração, com intercruzamento entre os materiais selecionados, visando obter a recombinação gênica para elevar a freqüência de alelos favoráveis e manter a endogamia em baixo nível, assegurando um alto grau de variabilidade genética (PINTO, 1995). Segundo HALLAUER & MIRANDA FILHO (1988) cada ciclo do método envolve três fases de condução, de acordo com esta sequência, exceto para o método de seleção massal: 1) formação de progênies (meios-irmãos, irmãos germanos, S1, S2); 2) avaliação das progênies em experimentos com repetições, visando seleção das melhores com base nos caracteres de interesse e 3) intercruzamento das progênies selecionadas para formar a nova população para o próximo ciclo de seleção. As seleções são repetidas até que a freqüência de alelos favoráveis na população atinja níveis satisfatórios. A seleção recorrente pode ser conduzida no melhoramento das populações per se (intrapopulacional) ou da geração F1 (híbrido interpopulacional), resultante do cruzamento entre duas populações (seleção recorrente recíproca ou interpopulacional). Segundo MIRANDA FILHO & NASS (2001), o sucesso de um programa de melhoramento depende da herdabilidade, da escolha do método de melhoramento e da intensidade de seleção dos caracteres desejados. Por isso, a escolha dos genótipos 18 superiores visa explorar ao máximo a variância genética aditiva, com finalidade de atribuir um maior potencial aos caracteres selecionados, no próximo ciclo de seleção. De acordo com BORÉM (2001), a população inicial à qual será aplicada a seleção recorrente, pode ser uma variedade de polinização aberta, variedade sintética, gerações F2 de híbrido ou clone, mas é de fundamental importância que tais populações possuam um elevado comportamento médio e variabilidade genética suficiente para assegurar um progresso contínuo durante os ciclos de seleção. 2.6 Seleção recorrente recíproca com irmãos germanos de milho Proposta por COMSTOCK et al. (1949), a seleção recorrente recíproca visa melhorar simultaneamente duas populações geneticamente distintas que possuem elevado potencial agronômico. Os genótipos das duas populações são avaliados em cruzamentos recíprocos e a recombinação dos genótipos superiores é realizada dentro de cada população, mantendo suas identidades (SOUZA JÚNIOR, 2001). Portanto, na seleção recorrente recíproca, se torna necessário o desenvolvimento de dois tipos de progênies, as interpopulacionais para avaliação e as intrapopulacionais para recombinação, buscando, dessa forma, o melhoramento das populações “per se” e da heterose que se manifesta nos cruzamentos. Com a seleção recorrente recíproca, teoricamente, se tira vantagem tanto dos efeitos aditivos, pela concentração dos alelos favoráveis em ambas populações empregadas no experimento, bem como dos desvios de dominância uma vez que se mantém a distância entre as populações, permitindo explorar o fenômeno da heterose por meio do cruzamento entre as populações e/ou de linhagens oriundas das mesmas (SANTOS et al., 2003). Neste método os genótipos que apresentarem melhor capacidade de combinação com a população recíproca são recombinados podendo, assim avaliar tanto a capacidade geral quanto a capacidade específica de combinação, aumentando a resposta heterótica no cruzamento entre as duas populações (PINTO, 1995). O procedimento original da seleção recorrente recíproca envolve as seguintes etapas: 1) autofecundação de plantas da população A e cruzamento simultâneo com plantas da população B. Da mesma maneira plantas da população B são autofecundadas e cruzadas com plantas da população A. Para os cruzamentos, a planta autofecundada é cruzada com quatro a cinco plantas da outra população; 2) avaliação em ensaios de 19 produção das progênies formadas pelos cruzamentos e 3) recombinação das melhores progênies S1 de A de acordo com os resultados dos ensaios. O mesmo é feito com as melhores progênies S1 de B, obtendo-se, assim, as duas populações de primeiro ciclo, AI e BI. Um novo ciclo pode ser iniciado, repetindo-se as etapas apresentadas. PATERNIANI & VENCOVSKY (1977) apontaram algumas limitações do método como: trabalho oneroso na realização de autofecundações e cruzamentos simultâneos, além do baixo número de genótipos avaliados; falta de representatividade do testador, uma vez que a amostragem de quatro a cinco plantas cruzadas com a planta autofecundada pode não ser uma amostra adequada do testador, o que reduz a precisão da avaliação; falta de recombinação adequada entre as progênies S1 selecionadas, a qual seria obtida por pelo menos uma geração a mais após os cruzamentos entre as progênies S1; e grande intervalo de tempo entre os ciclos resultando em menos ganho por ano e menor oportunidades de selecionar para os anos médios. HALLAUER & EBEHART (1970) propuseram a metodologia da seleção recorrente recíproca de famílias de irmãos germanos obtidos em plantas prolíficas, permitindo assegurar ao mesmo tempo ganhos genéticos diretos (nas populações “per se”) e indiretos (nas populações em cruzamento). Esse método consiste em se cruzar plantas S0 aos pares (plantas da população A com plantas da população B), autofecundando simultaneamente os indivíduos cruzados. Tal método é baseado em pares de plantas, o que torna necessário realizar anotações e a perda de uma espiga autofecundada causa a perda do par do cruzamento, reduzindo a quantidade de material avaliado. De acordo com SANTOS et al. (2003), o método de melhoramento por seleção recorrente recíproca com base em famílias de irmãos germanos parece ser uma boa opção para a cultura do milho, pois ao final do processo, pode-se optar por utilizar populações melhoradas para a obtenção de linhagens ou para a formação de um híbrido intervarietal entre tais populações. Geralmente na cultura do milho realiza-se a autofecundação da segunda espiga de cada planta, sendo que a primeira espiga (superior) é polinizada com pólen de outra planta. As sementes dessas espigas correspondem às progênies de irmãos germanos (A x B), que são avaliadas em ensaios para identificar as combinações (progênies) mais promissoras. Cada ciclo é completado quando as progênies S1 de cada população dos melhores cruzamentos são recombinadas, produzindo assim as populações melhoradas A1 e B1. 20 Segundo PATERNIANI & MIRANDA FILHO (1981), a seleção recorrente recíproca apresenta a vantagem de possibilitar o desenvolvimento simultâneo de híbridos de linhagens. Assim depois de avaliadas as progênies de irmãos germanos, as sementes S1 das melhores progênies são semeadas, efetuando-se a autofecundação das plantas envolvidas nos cruzamentos para produzir, após algumas gerações de autofecundação, linhagens potenciais para híbridos de elevada produção. PINTO (1995) afirma que o método é apropriado para produzir linhagens visando a obtenção de híbridos, uma vez que, plantas da população A e B tornam-se cada vez mais produtivas “per se” e em cruzamentos entre si. Ao mesmo tempo, os cruzamentos de linhagens extraídas de A e B tornam-se cada vez mais heteróticos à medida que avança o número de ciclos de seleção. Na maioria dos trabalhos que utilizam a seleção recorrente recíproca, empregamse populações obtidas a partir de um grande número de parentais (sintéticos, variedades e compostos). No entanto, a seleção recorrente recíproca tem apresentado eficiência em trabalhos que utilizam populações oriundas de poucos parentais como aquelas derivadas de híbridos simples comerciais (REIS, 2009). Segundo esse mesmo autor, essas populações apresentam vantagens por apresentarem ampla adaptação e alto potencial produtivo, uma vez que tais híbridos são recomendados somente se apresentarem alto rendimento em vários ambientes. Outra vantagem da utilização desses híbridos heteróticos é devido à formação de populações S0 contendo grande variabilidade genética. 3 3.1 MATERIAL E MÉTODOS Material vegetal e delineamento estatístico Foi realizado um experimento em casa de vegetação no Centro Experimental Central do Instituto Agronômico – IAC, localizado na Fazenda Santa Elisa (22° 53’S, 47° 04’W e altitude de 600 m) situado no município de Campinas, SP. Foram utilizados quatro híbridos de milho contrastantes quanto à tolerância à seca: DAS2B707 e DAS2B710, considerados tolerantes segundo informações da empresa e resultados de experimentos de avaliação de cultivares e FT510 e AS1522, 21 considerados sensíveis pelas observações em experimentos de Safrinha no Estado de São Paulo. Os híbridos de milho, foram semeados diretamente no solo em casa de vegetação (Tabela 1). O solo coletado em casa de vegetação, localizada na Fazenda Santa Elisa, foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico com textura argilosa. Tabela 1. Híbridos de milho utilizados em experimento de casa de vegetação para fins de avaliação de parâmetros fisiológicos e biométricos sob déficit hídrico imposto em diferentes estádios fenológicos da cultura. Campinas, 2011. Aparência/cor Híbridos Tipo Ciclo Porte Finalidade Empresa dos grãos médio/ semi-duro/ Dow DAS2B707 simples precoce grão alto alaranjado AgroSciences semi-dentado/ Dow DAS2B710 simples precoce baixo grão alaranjado AgroSciences FT510 simples superprecoce alto duro/alaranjado grão FT Sementes semi-duro/ Agroeste AS1522 simples precoce alto grão amarelado Sementes O delineamento empregado foi o de blocos casualizados, com parcelas subdivididas e três repetições. As parcelas constituíram-se nos tratamentos hídricos impostos (a) controle: plantas irrigadas durante todo o ciclo; (b) déficit hídrico apenas no estádio vegetativo: quando as plantas apresentavam cinco folhas totalmente expandidas (V5); (c) déficit hídrico apenas no estádio de florescimento: quando 50% das plantas na parcela apresentavam estilo-estigma (R1) e (d) déficit hídrico apenas no estádio de enchimento de grãos: quando as espigas apresentavam grãos com aspecto leitoso (R3). As subparcelas foram constituídas pelos quatro híbridos. Cada parcela foi constituída por uma linha de 3,5 m com espaçamento de 1,2 m entre linhas e 0,5 m entre plantas e duas plantas por cova, totalizando 14 plantas na parcela (Figura 1). 22 vegetativo controle ench. grãos floresc. Figura 1. Disposição do experimento realizado em casa de vegetação. Controle: parcelas com irrigação durante todo o ciclo da cultura; vegetativo: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio vegetativo; florescimento: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio de florescimento e enchimento de grãos: parcelas representando déficit hídrico somente no estádio de enchimento de grãos. Foto tirada quando as plantas apresentavam-se no estádio V3. Campinas, 2011. 3.2 Condições de cultivo Os tratos culturais foram realizados de acordo com as necessidades da cultura e a irrigação fornecida por um sistema de gotejamento até o momento de imposição do déficit hídrico bem como no período posterior ao estresse. O potencial matricial da água no solo foi medido por tensiômetros de coluna de mercúrio, instalados a 45 cm de profundidade em cada parcela. Foram fornecidas de duas a três irrigações semanais com duração de dez minutos quando as plantas se encontravam no estádio vegetativo e de vinte minutos no estádio de florescimento e de enchimento de grãos com vazão de 3,75 L h-1. O fornecimento de água no tratamento irrigado foi realizado no momento em que os tensiômetros indicavam potencial matricial do solo ao redor de -0,10 MPa. 23 Os períodos de déficit hídrico, a temperatura média dentro da casa de vegetação e a média dos potenciais matriciais do solo em cada estádio fenológico estão apresentados na Tabela 2. No momento da avaliação dos caracteres fisiológicos a temperatura da casa de vegetação e do potencial matricial do solo indicavam valores de 28ºC e -0,80 MPa no estádio vegetativo, 32ºC e -1,10 MPa no florescimento e de 30°C e -0,60 MPa na fase de enchimento de grãos. O dia de máximo déficit hídrico foi determinado pelo aspecto visual das plantas, ou seja, quando as plantas apresentavam sintomas de murcha acentuada no início do dia. Vale ressaltar que as plantas irrigadas durante todo o ciclo (controle) foram utilizadas para fins de comparação e desta forma, avaliadas concomitantemente com os tratamentos sob déficit hídrico nos três estádios fenológicos da cultura. Posteriormente ao déficit hídrico, a irrigação foi reestabelecida até o término do ciclo da cultura para avaliações dos parâmetros biométricos. Tabela 2. Período de déficit hídrico, temperatura média dentro da casa de vegetação e a média do potencial matricial do solo do tratamento submetido ao déficit hídrico imposto em três estádios fenológicos da cultura. Período de déficit Temperatura Potencial matricial Estádio fenológico hídrico média do solo (Ψs)* 40 dias Vegetativo 22,4ºC -0,69 Mpa (08/05 a 17/06/2011) 75 dias Florescimento 23,4ºC -0,75 Mpa (02/06 a 16/08/2011) Enchimento de 52 dias 24,8ºC -0,40 Mpa grãos (11/07 a 01/09/2011) (*) Média de três leituras dos tensiômetros de coluna de mercúrio instalados a 45 cm de profundidade no solo em cada parcela durante o déficit hídrico. 3.3 Avaliações fisiológicas em casa de vegetação No dia do máximo déficit hídrico, as medidas de parâmetros fisiológicos foram realizadas em folhas completamente expandidas localizadas no terço superior da planta quando essas estavam no estádio vegetativo, enquanto que, no estádio de florescimento e no de enchimento de grãos, empregou-se a folha próxima à espiga principal. Foram avaliados os seguintes parâmetros fisiológicos: 24 a) Potencial da água na folha (Ψw): medido com uma câmara de pressão modelo 3005 (SoilMoisture, EUA). As medidas foram realizadas na antemanhã (05:00 às 06:00h) em uma planta por repetição, totalizando três medidas de cada híbrido; b) Trocas gasosas: avaliadas com um analisador de gases por radiação infravermelha modelo Li-6400F (Licor, EUA). As variáveis estudadas foram: condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), transpiração (E) e assimilação de CO2 (A). Os dados da assimilação de CO2 (A) e da transpiração (E) foram medidos ao longo do dia, às 08:30, 10:30, 13:30 e 16:00 horas. No dia de máximo déficit hídrico nos três estádios fenológicos estudados, as quantidades de CO2 assimilado e de vapor d’água transpirado entre 08:30 e 16:00 h foram integradas. Optou-se por apresentar os valores de condutância estomática e concentração intercelular de CO2 no horário de maior demanda atmosférica (13:30 h). As avaliações foram realizadas com concentração de CO2 no ar constante (380 μmol mol-1) e radiação de 2100 μmol m-2 s-1, controlados respectivamente pelo misturador de gases e pela fonte de luz do Li-6400F. As avaliações foram registradas quando o coeficiente de variação (CV) total foi inferior a 1%. c) Medidas da emissão de fluorescência da clorofila a: realizadas com um fluorômetro modulado (6400-40 LCF) integrado ao Li-6400F. As variáveis determinadas foram: eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não-fotoquímica (NPQ) da fluorescência e o transporte aparente de elétrons (ETR) (ROHACEK, 2002). Os valores de Fv e Fm indicam, respectivamente, a fluorescência variável e máxima determinada após 30 minutos de adaptação ao escuro. Optou-se também por apresentar os valores dessas variáveis fotoquímicas apenas no horário de maior demanda atmosférica; d) Por meio da razão entre a assimilação diurna de CO2 (Ai) e transpiração diurna (Ei) determinou-se a eficiência do uso da água (EUA); e) Clorofila total (Chl): as avaliações do teor de clorofila a e b foram realizadas com o equipamento ClorofiLOG (CFL1030-FALKER) em cinco plantas por repetição. A média das cinco plantas avaliadas em cada parcela serviu para representar uma repetição de cada tratamento, totalizando três medidas de cada híbrido. As avaliações foram realizadas no momento de máximo déficit hídrico em cada tratamento hídrico imposto nos três estádios fenológicos da cultura; f) Teor de carboidratos nas folhas: Nos dias de máximo déficit hídrico, foram coletadas amostras de folhas no horário das 08:30 h para realizar as quantificações 25 de carboidratos. As folhas coletadas em cada parcela foram secas em liofilizador até obtenção de peso constante, sendo posteriormente maceradas e armazenadas até o momento das análises. Os carboidratos mensurados foram: açúcares solúveis (AS), sacarose (SAC), amido (AM) e carboidrato total não estrutural (CTNE). Para a extração dos açúcares solúveis (AS) nas folhas foi utilizada uma solução composta por metanol, clorofórmio e água (MCW) na proporção de 12:5:3 v/v (BIELESKI & TURNER, 1966). Foram colocados aproximadamente 75 mg de matéria seca e 3 mL de MCW em um tubo Falcon. Realizou-se agitação da solução (aproximadamente 30 segundos em vórtex) e, posteriormente, as amostras foram armazenadas por três dias sob refrigeração. Após, adicionou-se 1,2 mL de água e 1,8 mL de clorofórmio e, então, esta solução foi novamente armazenada sob refrigeração por mais dois dias. Após esta etapa, o sobrenadante foi coletado e concentrado em banho-maria (MA184, Marconi, Brasil) a 50 ºC por aproximadamente três horas e 30 minutos. O volume obtido foi mensurado e o extrato utilizado na determinação de AS e SAC. A fração AS foi determinada pelo método fenol-sulfúrico (DUBOIS et al., 1956). Em 10 μL de amostra, foram adicionados 490 μL de água destilada, 500 μL de fenol 5% e 2 mL de ácido sulfúrico p.a., agitando-se a solução em vórtex. Após o resfriamento da solução, realizou-se a leitura da absorbância a 490 nm, em espectrofotômetro modelo B342II (Micronal, Brasil), em duplicata. Os valores foram transformados em teor de AS com o auxílio de uma reta-padrão obtida com concentrações variadas de glicose (0, 5, 10, 20, 30, 40 e 50 μg). A fração SAC foi determinada pelo método proposto por VAN HANDEL (1968). Em tubos de ensaio, foram adicionados 15 μL de amostra, 485 μL de água e 500 μL de solução de hidróxido de potássio 30%. Os tubos foram vedados e incubados a 95ºC por 10 minutos em banho-maria. Posteriormente, foram adicionados 500 μL de fenol 5% e 2 mL de ácido sulfúrico p.a. A solução foi agitada em vórtex e após o resfriamento procedeu-se a leitura da absorbância a 490 nm, em espectrofotômetro, em duplicata. Os valores foram transformados em teor de SAC com o auxílio de uma retapadrão obtida com concentrações variadas de sacarose (0, 5, 10, 20, 30, 40 e 50 μg). Para determinação de amido (AM) utilizou-se o método enzimático proposto por AMARAL et al. (2007). Amostras de 12 mg de matéria seca foram depositadas em microtubos de 2 mL. Para obtenção do precipitado foram feitas quatro extrações com 500 μL de etanol 80% com incubação em banho-maria por 20 minutos a 80ºC. O 26 precipitado foi seco durante cinco dias a temperatura ambiente. Adicionou-se ao precipitado 500 μL (110 U mL-1) de α-amilase (EC 2.3.1.1) termoestável de Bacillus licheniformis (cód. E-ANAAM, Megazyme, Irlanda), diluída em tampão MOPS 10 mM e pH 6,5. As amostras foram incubadas a 75 ºC (em banho-maria) por 30 minutos. Este passo foi repetido mais uma vez, totalizando 120 unidades da enzima. Em seguida adicionou-se 500 μL (30 U mL-1) de amiloglucosidase (EC 3.2.1.3) de Aspergillus niger (cód. E-AMGPU, Megazyme, Irlanda) em tampão acetato de sódio 100 mM e pH 4,5. As amostras foram incubadas a 50 ºC por 30 minutos. Este passo foi repetido mais uma vez, totalizando 30 unidades da enzima, sendo em seguida acrescentados 100 μL de ácido perclórico 0,8 M. A quantificação de amido foi realizada em 50 μL da amostra adicionados a 750 μL de glicose PAP Liquiform (Labtest Diagnóstica S.A., Brasil), com posterior incubação a 30 ºC por 15 minutos. A absorbância foi avaliada com um leitor de microplacas modelo EL307C (Bio-Tek Instruments, EUA) a 490 nm, em triplicata. Os valores foram transformados em teor de amido a partir da reta-padrão obtida com as leituras de soluções contendo 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 μg de glicose. O conteúdo de carboidrato total não estrutural (CTNE) foi determinado indiretamente pela soma do teor de açúcares solúveis totais com o amido (CTNE=AS+AM). 3.4 Avaliações biométricas em casa de vegetação Após 160 dias da semeadura, avaliaram-se os seguintes caracteres nas plantas de cada parcela submetidas aos tratamentos hídricos em cada estádio fenológico avaliado: a) Altura de planta (AP) – medida tomada do nível do solo até a inserção da folha bandeira em cinco plantas de cada parcela, em centímetros (cm). A média das cinco plantas avaliadas em cada parcela serviu para representar uma repetição de cada tratamento, totalizando três medidas de cada híbrido; b) Diâmetro do caule (DIAM) – medida realizada no meio do primeiro entrenó acima do nível do solo em cinco plantas de cada parcela, em milímetros (mm). A média das cinco plantas avaliadas em cada parcela serviu para representar uma repetição de cada tratamento, totalizando três medidas de cada híbrido; 27 c) Massa de grãos (MG) - pesagem dos grãos resultantes da debulha das espigas de sete plantas de cada parcela, em g planta-1. Os dados foram corrigidos para 14 % de umidade; d) Massa seca total (MST) – pesagem das frações folha, caule, espigas e produção de grãos de sete plantas de cada parcela, em g planta-1. Essas amostras foram coletadas e desidratadas em estufa de circulação forçada a 60˚C até a obtenção da massa seca constante. 3.5 Análise dos dados Os dados fisiológicos e biométricos foram submetidos à análise de variância e os valores médios foram comparados pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, usando o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2000). 3.6 Melhoramento para tolerância à seca 3.6.1 Obtenção da população tolerante ao déficit hídrico A obtenção da população tolerante ao déficit hídrico foi realizada pelo “método Irlandês” empregando-se os híbridos comerciais DAS2B707, DAS2B710 e DAS2B587. Esses híbridos foram semeados de maneira que cada fileira de plantas empregadas como parental feminino fosse representada pelos híbridos, enquanto que as plantas usadas como parental masculino fossem formadas por linhas com as misturas dos três híbridos. No período de florescimento da cultura foi realizado o despendoamento dos híbridos que constituíam o parental feminino, deixando essas estruturas florais apenas nas fileiras onde fora realizada a mistura dos três híbridos, ou seja, dos parentais masculinos. A semeadura do campo ocorreu em setembro de 2009, seguida de adubações e tratos culturais conforme a exigência da cultura. Foram semeadas seis linhas de parentais femininos e quatro linhas de parentais masculinos, ambas contendo 20 m de comprimento, espaçamento de 0,80 cm entre linhas e 0,20 cm entre plantas. Após a polinização livre, as sementes foram colhidas, misturadas e semeadas em março de 2010. Nesse lote foram semeadas 20 linhas com aproximadamente 18 m cada, com espaçamento de 0,80 cm entre linhas e de 0,20 cm entre plantas. Após o intercruzamento ao acaso das plantas, o que permitiu o equilíbrio de Hardy-Weinberg, 28 desconsiderando os genes ligados, as sementes foram colhidas e misturadas para compor a população tolerante ao défict hídrico (POP TOL). 3.6.2 Obtenção da população sensível ao déficit hídrico Para a obtenção da população sensível ao déficit hídrico foram empregados os híbridos comerciais FT510 e AS1522. Tais híbridos foram semeados em setembro de 2009, constituindo em oito linhas de 18 m cada, sendo quatro linhas do híbrido FT510 e quatro linhas do híbrido AS1522, semeadas alternadamente. Tais híbridos foram intercruzados ao acaso e as sementes obtidas foram coletadas, misturadas e semeadas no mês de fevereiro de 2010 em 10 linhas de 20 m, com espaçamento entre linhas de 0,80 cm e de 0,20 cm entre plantas, em um campo de polinização aberta para que a população sensível (POP SENS) entrasse em equilíbrio, desconsiderando os genes ligados. As adubações e tratos culturais foram realizados conforme a necessidade da cultura do milho. 3.6.3 Obtenção das progênies de irmãos germanos e S1 A população tolerante ao déficit hídrico POP TOL e a população sensível ao déficit hídrico POP SENS foram levadas a campo no mês de setembro de 2010 para, posteriormente, serem realizados os cruzamentos direcionados entre elas, visando a retirada de progênies. As plantas prolíficas de ambas as populações tiveram suas espigas superiores cruzadas aos pares com plantas da população recíproca, gerando uma progênie de irmãos germanos interpopulacional em cada planta. As espigas inferiores foram autofecundadas, formando progênies S1. As sementes das progênies de irmãos germanos foram utilizadas para avaliação e as sementes das progênies S 1 foram guardadas para compor a unidade de recombinação. 3.6.4 Avaliação em campo das progênies de irmãos germanos em Campinas e Mococa Para obtenção dos resultados de melhoramento genético visando à tolerância ao déficit hídrico foram realizados experimentos de campo no Centro Experimental Central do Instituto Agronômico – IAC em Campinas (22° 53’S, 47° 04’W e altitude de 600 m) 29 e no Pólo de Desenvolvimento da APTA em Mococa (21°28’S, 47°1’W e altitude de 665 m). Das progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho (IG) obtidas, foram utilizadas 150 para compor os experimentos de avaliação em campo. Foram conduzidos cinco experimentos de progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho no Centro Experimental do IAC em Campinas e no Pólo de Desenvolvimento da APTA em Mococa, no período da segunda safra de milho em 2012. Cada experimento constou de 34 tratamentos, sendo 30 progênies de irmãos germanos e as testemunhas População Tolerante A, População Sensível B, os híbridos AS1522 e DAS2B707, totalizando 150 progênies IG. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. A parcela foi constituída por uma linha de 5 m, com espaçamento de 0,90 m entre linhas e 0,2 m entre plantas, totalizando 25 plantas por parcela. As condições de temperatura e precipitação durante a condução dos experimentos realizados nas duas localidades são apresentadas nas Figuras 2 e 3, indicando que em Mococa houve escassez de chuvas nas fases fenológicas mais críticas da cultura do milho. Figura 2. Temperatura e precipitação média da localidade de Campinas no período de 01/03/2012 a 01/08/2012. As semanas destacadas no gráfico indicam a fase vegetativa, de florescimento e de enchimento de grãos, respectivamente. 30 Figura 3. Temperatura e precipitação média da localidade de Mococa no período de 23/03/2012 a 01/08/2012. As semanas destacadas no gráfico indicam a fase vegetativa, de florescimento e de enchimento de grãos, respectivamente. Os seguintes caracteres agronômicos foram avaliados: a) Florescimento masculino (FM) e feminino (FF) - obtidos pelo número de dias da semeadura até que 50% das plantas de cada parcela estivessem com antese e estiloestigmas visíveis, respectivamente; b) Intervalo entre florescimentos (IF) - obtido pela diferença entre o florescimento feminino e florescimento masculino, em dias; c) Número de ramificações do pendão (NRP) – média do número de ramificações primárias de cinco plantas na parcela; d) Comprimento do pendão (CP) – medida avaliada do início da inserção das ramificações até a extremidade do eixo central de cinco plantas tomadas ao acaso na parcela, em cm; e) Stay green (SG) - avaliado cerca de 120 dias após a semeadura, com base em uma escala de notas variando de 1 a 5 em cinco plantas tomadas ao acaso por parcela. A nota 1 correspondeu a média de cinco plantas na parcela com todas as folhas acima da espiga principal e pelo menos duas folhas verdes abaixo da espiga; nota 2 às plantas em que todas as folhas acima da espiga estivessem verdes; nota 3 às plantas em que 2 folhas 31 acima da espiga estivessem secas e as demais verdes; nota 4 às plantas em que 2 folhas no ápice da planta estivessem verdes e 5 às plantas com todas as folhas secas; f) Altura da planta (AP) e da espiga (AE) - obtidas pela medida tomada do nível do solo até a inserção da folha bandeira e da espiga principal em cinco plantas na parcela, respectivamente, em cm; g) Componentes de produção - comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE) e número de fileiras de grãos na espiga (NFG) avaliados como média de cinco espigas, tomadas aleatoriamente na parcela; h) Prolificidade (PROL) - medida pela relação do número de espigas com número de plantas da parcela, corrigido para estande ideal do experimento; i) Massa de grãos (MG) - medido em gramas por planta (g/planta), ajustado para umidade de 14% e estande ideal de 25 plantas na parcela pelo método proposto por VENCOVSKY & CRUZ (1991). j) Massa de grãos porcento (MG%) – porcentagem de peso de grãos de cada genótipo em relação à testemunha tolerante à seca, calculado com base nas médias dos tratamentos. 3.6.5 Análise agrupada e obtenção de parâmetros genéticos Pelos resultados das análises individuais dos experimentos referentes às progênies de irmãos germanos conduzidas em cinco experimentos em Campinas e em Mococa, realizou-se a análise agrupada pela somatória das Somas de Quadrados e dos Graus de Liberdade de cada experimento. A análise de variância conjunta foi realizada conforme o delineamento em blocos as acaso segundo o modelo estatístico: Yijk = µ + (b/l)kj + pi +lj + plij + ɛijk Onde: Yijk = observação da i-ésima progênie no k-ésimo bloco e j-ésimo local; µ = média geral do ensaio; (b/l)kj = efeito do bloco k dentro do local j; pi = efeito da progênie i; lj = efeito do local j; plij = efeito da interação entre a progênie i e o local j; 32 ɛijk = erro aleatório associado à observação ijk. Posteriormente, pelas Esperanças dos Quadrados médios, foram estimados os componentes de variância genética entre progênies ( σ̂ 2p ) e variância ambiental ( σ̂ 2E ) para todos os caracteres avaliados, na análise conjunta. No Quadro 1 é apresentado o esquema da análise de variância conjunta, com as respectivas esperanças de quadrados médios, sendo que, com exceção de locais, as demais fontes de variação foram consideradas aleatórias. Quadro 1. Análise de variância conjunta e esperança dos quadrados médios, considerando o local como sendo de efeito fixo e os demais efeitos aleatórios. FV GL QM E (QM) F Blocos/Ambientes (r-1)a QMB 2 + p σ2 b E Ambientes (A) a-1 QMA + rℓ σ + p σ 2b + prϕa QMA QMR QMB QMPA Progênies (P) p-1 QMP E2 + ar σ 2p PxA (a-1)(p-1) QMPA E2 + rℓ σ 2pa QMP QMR QMPA QMR Resíduo (p-1)(r-1)a QMR E2 2 E 2 pa ℓ=a/(a-1) Foram estimados os coeficientes de herdabilidade em nível de média de progênies ( ĥ 2 ), com base na análise conjunta, pela seguinte fórmula: ĥ 2 = p2 p2 ( E2 / ar ) Os ganhos genéticos com a seleção entre progênies (Gs) foram calculados por: Gs = K x σ̂ F x ĥ 2 , ou seja, Gs = K . p2 F em que k é função da intensidade de seleção aplicada entre progênies (intensidade de seleção estandardizada) e σ̂ F é o desvio padrão fenotípico em nível de médias. A intensidade de seleção foi de 20% (k = 1,4). O índice de variação (b) foi determinado pela relação CVg/CV%, em que CVg é o coeficiente de variação genético e CV% é o coeficiente de variação ambiental. 33 Realizou-se a correlação fenotípica de Pearson entre os caracteres por meio do programa estatístico GENES (CRUZ, 2001). 3.6.6 Avaliação e discriminação das melhores e piores progênies de irmãos germanos quanto à tolerância à seca em casa de vegetação De acordo com os resultados obtidos de massa de grãos dos experimentos de campo com as progênies de irmãos germanos interpopulacionais realizados em Campinas e Mococa, foram selecionados dois pares de progênies contrastantes quanto a tolerância à seca. As progênies 58Bx65A e 121Bx116A foram consideradas sensíveis à seca, enquanto as progênies 9Bx7A e 156Ax150B foram selecionadas como tolerantes ao déficit hídrico. Essas quatro progênies foram semeadas em casa de vegetação no dia 27 de novembro de 2012 no Centro Experimental Central do Instituto Agronômico – IAC na Fazenda Santa Elisa. A População Tolerante (POP TOL) e a População Sensível (POP SENS) foram utilizadas como testemunhas. Empregou-se o delineamento de blocos casualizados, com parcelas subdivididas e duas repetições. As parcelas constituíram-se nos tratamentos hídricos impostos (a) controle: plantas irrigadas durante todo o ciclo; (b) déficit hídrico apenas no estádio vegetativo: quando as plantas apresentavam cinco folhas totalmente expandidas (V5) e (c) déficit hídrico apenas no estádio de florescimento: quando 50% das plantas na parcela apresentavam estilo-estigma (R1). As subparcelas foram formadas pelos seis genótipos empregados. Cada parcela foi constituída por uma linha de 3,5 m, com espaçamento de 1,2 m entre linhas e 0,5 m entre plantas e duas plantas por cova, totalizando 14 plantas na parcela. O potencial matricial da água no solo foi medido por tensiômetros de coluna de mercúrio, instalados a 45 cm de profundidade em cada parcela. O fornecimento de água no tratamento irrigado foi realizado no momento em que os tensiômetros indicavam potencial matricial do solo ao redor de -0,10 MPa. Os períodos de déficit hídrico, temperatura média dentro da casa de vegetação e os potenciais matriciais do solo em cada estádio fenológico estão apresentados na Tabela 3. No momento da avaliação a temperatura máxima e o potencial matricial do solo indicavam valores de 35°C e -1,00 MPa no estádio vegetativo e de 37,5°C e -1,20 MPa na fase de florescimento. O dia de máximo déficit hídrico foi determinado pelo 34 aspecto visual das plantas, ou seja, quando as plantas apresentavam sintomas de murcha acentuada no início do dia. Tabela 3. Período de déficit hídrico, temperatura média dentro da casa de vegetação e potencial matricial do solo do tratamento submetido ao déficit hídrico imposto em dois estádios fenológicos da cultura. Período de déficit Temperatura Potencial matricial Estádio fenológico hídrico média do solo (Ψs)* 25 dias Vegetativo 32,50 ºC -0,70 Mpa (27/12 a 22/01/2013) 37 dias Florescimento 35,7 ºC -0,75 Mpa (20/01 a 26/02/2013) (*) Média de três leituras dos tensiômetros de coluna de mercúrio instalados a 45 cm de profundidade no solo em cada parcela durante o déficit hídrico. No dia do máximo déficit hídrico foram realizadas as medidas dos parâmetros fisiológicos: potencial da água na folha (Ψw), condutância estomática (gs), transpiração (E), assimilação de CO2 (A), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não-fotoquímica (NPQ) da fluorescência e da taxa aparente do transporte de elétrons (ETR). Após 140 dias da semeadura, avaliaram-se os seguintes caracteres biométricos: altura da planta (AP) e diâmetro do colmo (DIAM) avaliadas em cinco plantas em cada parcela, enquanto que para a massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) foram avaliadas sete plantas em cada parcela. Os dados das variáveis fisiológicas e biométricas foram submetidos à análise de variância e os valores médios foram comparados pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 RESULTADOS: Parâmetros fisiológicos 4.1.1 Déficit hídrico no estádio vegetativo Em medidas realizadas na antemanhã, verificou-se redução significativa do potencial da água na folha (Ψw) dos híbridos devido ao déficit hídrico. Houve diferença significativa (P<0,05) entre híbridos após o período de 40 dias sem irrigação no estádio vegetativo. O híbrido DAS2B707 se destacou por apresentar maior Ψw (-0,30 MPa) em relação aos demais híbridos avaliados sob déficit hídrico. O DAS2B710 foi o híbrido com maior redução de Ψw (-0,99 MPa) devido à suspensão da rega. Não foi possível verificar diferença entre os híbridos em plantas sob condição irrigada, verificando que todos os híbridos apresentaram valores de Ψw próximos de zero, o que indica uma adequada hidratação nessas plantas no tratamento irrigado (Figura 4). 2B707 2B710 FT510 AS1522 0,0 Potencial da água na folha (MPa) aA aA aA aA -0,2 -0,4 aB -0,6 -0,8 bB bB -1,0 cB -1,2 irrigado déficit hídrico Figura 4. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 05h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. 36 Nas medidas de trocas gasosas observou-se que o déficit hídrico reduziu a condutância estomática (gs), porém essa redução não foi capaz de diferenciar os híbridos em condição de estresse. Somente sob condição irrigada pode-se verificar diferença significativa entre os híbridos, com DAS2B710 apresentando maiores valores de gs (Figura 5a). Houve aumento significativo da concentração intercelular de CO2 (Ci) somente no híbrido DAS2B710 após à suspensão da rega (Figura 5b). (a) (b) 0,30 irrigado déficit hídrico 500 450 aA 0,25 400 bA Ci (µmol mol ) 350 -1 bA -2 -1 gs (mol m s ) 0,20 0,15 cA 0,10 aB aB aB 0,05 aB 300 250 aA 200 bA aB 150 100 bA bA bA cA cA 50 0 0,00 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 5. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 13h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Na ausência de irrigação observou-se redução da transpiração diurna (Ei). No entanto, não foi possível detectar diferença significativa entre os híbridos nos dois regimes hídricos (Figura 6a). A assimilação diurna de CO2 (Ai) também sofreu redução com a imposição do estresse, sendo possível diferenciar os híbridos tanto nas plantas mantidas irrigadas quanto nas plantas submetidas ao déficit hídrico. O híbrido DAS2B707 apresentou menor valor de Ai sob condição irrigada. Quando houve suspensão da rega o DAS2B710 e AS1522 apresentaram menores valores desta variável em comparação com os demais híbridos (Figura 6b). Não houve diferença significativa entre híbridos e entre tratamentos de irrigação em relação à eficiência no uso da água (EUA) (Figura 6c). 37 Os teores de clorofila total (Chl) dos quatro híbridos foram influenciados pelo déficit hídrico, apresentando reduções de 16%, 21%, 16% e 24% para DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522, respectivamente (Tabela 4). Quanto à atividade fotoquímica, não foram observados comportamentos diferenciados entre híbridos e entre regimes hídricos na eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm). No entanto, pode-se constatar diferenças entre os híbridos para os coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência devido ao déficit hídrico. O híbrido DAS2B707 apresentou maior valor de qP em comparação com os demais híbridos avaliados sob condição de déficit hídrico. Este mesmo híbrido e o AS1522 obtiveram menores valores de NPQ após período de deficiência hídrica. O transporte aparente de elétrons (ETR) também foi influenciado pelo déficit hídrico. O DAS2B707 apresentou maior valor de ETR no tratamento sob déficit hídrico e menor valor quando submetido a condição irrigada (Tabela 4). 38 (a) irrigado déficit hídrico aA 120 aA aA 100 aA -2 -1 Ei (mol m d ) 80 60 aB aB aB 40 aB 20 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 (b) 800 aA aA aA 700 -2 -1 Ai (mmol m d ) 600 500 bA 400 aB 300 aB bB 200 bB 100 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 (c) 12 8 aA aA aA aA aA aA aA -1 EUA (mmol mol ) 10 aA 6 4 2 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 6. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. 39 Tabela 4. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos Chl Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 44,70 ± 0,82 aA 37,68 ± 1,56 aB DAS2B710 43,77 ± 0,69 aA 34,61 ± 0,75 aB FT510 47,73 ± 2,02 aA 40,10 ± 0,48 aB AS1522 46,33 ± 1,82 aA 35,34 ± 2,46 aB Fv/Fm Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 0,79 ± 0,01 aA 0,76 ± 0,02 aA DAS2B710 0,78 ± 0,01 aA 0,73 ± 0,01 aA FT510 0,76 ± 0,01 aA 0,76 ± 0,01 aA AS1522 0,79 ± 0,01 aA 0,73 ± 0,03 aA qP Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 0,75 ± 0,09 aA 0,64 ± 0,03 aB DAS2B710 0,83 ± 0,01 aA 0,46 ± 0,05 bB FT510 0,87 ± 0,02 aA 0,47 ± 0,07 bB AS1522 0,82 ± 0,02 aA 0,54 ± 0,09 bB NPQ Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 1,00 ± 0,10 aB 1,82 ± 0,13 bA DAS2B710 0,82 ± 0,11 aB 3,30 ± 0,94 aA FT510 0,76 ± 0,36 aB 3,32 ± 1,00 aA AS1522 0,81 ± 0,15 aB 2,44 ± 0,36 bA ETR (µmol m-2 s-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 102,81 ± 14,47 bA 73,98 ± 6,53 aB DAS2B710 124,51 ± 3,19 aA 26,60 ± 5,26 cB FT510 127,63 ± 6,51 aA 27,58 ± 8,20 cB AS1522 124,76 ± 3,17 aA 45,70 ± 8,73 bB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas das variáveis fotoquímicas avaliadas às 13h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Não foi possível identificar diferença significativa entre híbridos e entre os tratamentos hídricos quando considerado o teor foliar de açúcar solúvel (AS) (Figura 7a). Em relação aos teores de sacarose (SAC), pode-se observar que o DAS2B707 e o FT510 apresentam maiores valores em plantas irrigadas, porém houve redução de SAC 40 de 33% e 55% nesses dois híbridos respectivamente, devido ao déficit hídrico (Figura 7b). O déficit hídrico também reduziu o teor de amido (AM) nos quatro híbridos, apresentando reduções de 73%, 63%, 82% e 38%, respectivamente para os híbridos DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522. Foi possível observar efeito significativo de híbridos, tanto na condição irrigada quanto na condição de déficit hídrico, sendo que o AS1522 foi o híbrido que apresentou maiores teores de AM nos dois tratamentos de irrigação (Figura 7c). Quanto ao teor de caboidrato total não-estrutural (CTNE), somente o FT510 apresentou redução significativa devido ao déficit hídrico (Figura 7d). irrigado déficit hídrico (b) (a) 200 140 aA 180 120 140 aA aA -1 80 aA aA aA SAC ( mg g ) -1 AS (mg g ) 100 60 aA 160 aA aA aA 40 120 aB 100 aA aB 80 bA aA bA 60 40 20 20 0 0 2B707 2B710 FT510 2B707 AS1522 aA aA 90 aA 80 30 aA bA 70 -1 aB 20 cA -1 bA CTNE (mg g ) 25 AM (mg g ) AS1522 100 35 aA aA aA aA aB 60 50 40 30 bB 10 bB 5 FT510 (d) (c) 40 15 2B710 20 bB 10 0 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 7. Teores de açúcares solúveis (AS, em a), sacarose (SAC, em b), amido (AM, em c) e carboidrato total não estrutural (CTNE, em d) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Folhas coletadas às 08h30 após 40 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. 41 Na Tabela 5 são apresentados os resultados da altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) referente aos híbridos avaliados em condição irrigada e sob défcit hídrico. O déficit hídrico causou uma redução da AP de 47% no híbrido DAS2B707, 41% no DAS2B710, 26% no FT510 e 27% no AS1522 em comparação ao tratamento irrigado. Houve diferença significativa entre híbridos apenas na condição de estresse, indicando que os híbridos DAS2B707 e DAS2B710 apresentaram menores AP sob suspensão da rega. O caráter DIAM também foi afetado pelo estresse, exceto no híbrido DAS2B710 que não diferiu estatisticamente do tratamento irrigado. Houve diferença entre híbridos nos dois tratamentos hídricos, com FT510 apresentando maior DIAM tanto no tratamento irrigado quanto no tratamento submetido ao déficit hídrico. Verificou-se alteração da massa de grãos (MG) quando houve suspensão da rega. Reduções de magnitude de 18%, 42%, 51% e de 40% foram encontradas para os híbridos DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522, respectivamente. No entanto, o híbrido DAS2B707 não apresentou redução significativa de MG devido ao déficit hídrico, indicando estabilidade de produção quando submetido à seca no estádio vegetativo. Esse mesmo híbrido apresentou melhor desempenho produtivo em relação aos demais híbridos avaliados sob condição de déficit hídrico. O período de déficit hídrico também reduziu a massa seca total (MST) dos quatro híbridos (Tabela 5), apresentando reduções de 33%, 48%, 50% e 41% para os híbridos DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522, respectivamente. Em cada regime hídrico, não foram observadas diferenças significativas entre os híbridos. 42 Tabela 5. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos AP (cm) Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 223,10 ± 67,76 aA 118,30 ± 77,76 bB DAS2B710 207,20 ± 63,42 aA 122,10 ± 39,78 bB FT510 230,20 ± 70,14 aA 170,60 ± 54,98 aB AS1522 222,00 ± 73,08 aA 162,10 ± 55,51 aB DIAM (mm) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 18,47 ± 1,80 bA 15,17 ± 3,65 bB DAS2B710 18,41 ± 2,57 bA 16,47 ± 1,27 bA FT510 21,90 ± 2,12 aA 19,90 ± 1,84 aB AS1522 20,02 ± 3,28 bA 17,29 ± 1,87 bB MG (g planta-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 162,86 ± 11,43 aA 134,29 ± 17,16 aA DAS2B710 174,29 ± 8,16 aA 101,43 ± 20,00 bB FT510 192,86 ± 6,34 aA 94,19 ± 18,57 bB AS1522 175,71 ± 17,14 aA 105,71 ± 11,43 bB MST (g planta-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 432,86 ± 25,71 aA 288,57 ± 27,14 aB DAS2B710 421,43 ± 27,14 aA 217,14 ± 23,10 aB FT510 482,86 ± 11,43 aA 240,00 ± 32,86 aB AS1522 447,14 ± 15,71 aA 265,71 ± 18,57 aB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 40 dias sob déficit hídrico. 4.1.2 Déficit hídrico no estádio de florescimento Houve redução de Ψw devido ao déficit hídrico nas medidas avaliadas na antemanhã, exceto para o híbrido DAS2B710 que manteve o mesmo valor de Ψw independente do regime hídrico. O híbrido DAS2B710 apresentou menor Ψw (-0,31 MPa) sob condição irrigada, enquanto que o AS1522 apresentou o menor Ψw (-0,59 MPa) em condição de déficit hídrico (Figura 8). 43 2B707 2B710 FT510 AS1522 Potencial da água na folha (MPa) 0,0 aA -0,2 bA bA cA -0,4 aA aB bB -0,6 cB -0,8 -1,0 irrigado déficit hídrico -1,2 Figura 8. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 05h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Houve redução dos valores de gs nos híbridos devido ao déficit hídrico, exceto para o DAS2B710 que manteve sua condutância estomática independente do tratamento hídrico empregado. Verificou-se diferença entre híbridos somente quando as plantas encontravam-se sob condição irrigada, com DAS2B707 e FT510 apresentando maiores valores de condutância estomática (Figura 9a). Houve aumento significativo de Ci quando os híbridos foram submetidos ao estresse. Pode-se observar diferença entre híbridos nos dois tratamentos hídricos empregados, com o DAS2B707 apresentando menor concentração intercelular de CO2 no tratamento irrigado e o AS1522 com menor Ci no tratamento submetido ao déficit hídrico (Figura 9b). 44 0,30 (a) irrigado déficit hídrico (b) 500 aA 450 0,25 aA 400 350 Ci (µmol mol ) -1 -2 -1 gs (mol m s ) 0,20 0,15 aA aA bA 0,10 bA aA 0,05 aA aB aB 300 bA 250 200 150 100 aB aB aB 50 aB bB 0 0,00 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 9. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 13h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Foi possível verificar comportamento diferencial apenas para tratamentos hídricos, indicando que houve redução da transpiração diurna (Ei) devido ao déficit hídrico (Figura 10a). Em relação às medidas de Ai, também não houve diferença entre híbridos nos dois regimes hídricos, podendo-se somente inferir que houve redução da assimilação de CO2 devido ao déficit hídrico (Figura 10b), com decréscimo EUA (Figura 10c). Verificou-se que o híbrido AS1522 se destacou nos dois regimes hídricos, uma vez que apresentou maior EUA que os demais híbridos (Figura 10c). O teor foliar de clorofila (Chl) reduziu devido ao déficit hídrico, exceto para o híbrido AS1522 (Tabela 6). Quando houve suspensão da rega o híbrido DAS2B710 apresentou menor valor de Chl em comparação com os demais híbridos avaliados sob mesma condição de estresse. Quanto à atividade fotoquímica, foram observadas reduções significativas em Fv/Fm, qP e em ETR devido ao déficit hídrico. Houve diferença significativa entre híbridos para a variável Fv/Fm quando houve suspensão da rega, com os híbridos FT510 e DAS2B707 apresentando menores valores. Para a variável qP, observou-se redução dos valores quando DAS2B710 e FT510 estavam submetidos ao déficit hídrico. Não foi possível verificar influência do déficit hídrico em NPQ, indicando 45 comportamento semelhante dos híbridos para esta variável independente do tratamento hídrico imposto. (a) irrigado déficit hídrico 120 100 aA -2 -1 Ei (mol m d ) aA aA 80 aA 60 aB 40 aB 20 aB aB 0 2B707 800 2B710 FT510 AS1522 (b) 700 600 -2 -1 Ai (mmol m d ) aA aA 500 aA aA 400 300 200 100 aB aB aB aB 0 2B707 20 2B710 FT510 AS1522 (c) 18 aA 16 -1 EUA (mmol mol ) 14 12 10 6 bA bA 8 bA aB 4 bB 2 bB bB 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 10. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. 46 Tabela 6. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos Chl Irrigado Déficit hídrico 36,20 ± 0,34 aA 27,54 ± 1,50 aB DAS2B707 35,73 ± 2,59 aA 18,06 ± 4,81 bB DAS2B710 43,65 ± 3,75 aA 26,99 ± 4,14 aB FT510 33,46 ± 3,00 aA 26,72 ± 3,87 aA AS1522 Fv/Fm Híbridos Irrigado Déficit hídrico 0,73 ± 0,04 aA 0,53 ± 0,04 bB DAS2B707 0,75 ± 0,02 aA 0,63 ± 0,09 aB DAS2B710 0,75 ± 0,01 aA 0,38 ± 0,09 cB FT510 0,76 ± 0,04 aA 0,65 ± 0,02 aB AS1522 qP Híbridos Irrigado Déficit hídrico 0,71 ± 0,04 aA 0,34 ± 0,04 aB DAS2B707 0,68 ± 0,08 aA 0,17 ± 0,10 bB DAS2B710 0,56 ± 0,12 aA 0,19 ± 0,12 bB FT510 0,67 ± 0,06 aA 0,36 ± 0,15 aB AS1522 NPQ Híbridos Irrigado Déficit hídrico 1,63 ± 0,61 aA 2,70 ± 0,69 aA DAS2B707 2,09 ± 0,69 aA 2,47 ± 0,27 aA DAS2B710 1,02 ± 0,23 aA 2,55 ± 0,70 aA FT510 2,11 ± 0,62 aA 1,77 ± 0,62 aA AS1522 -2 -1 ETR (µmol m s ) Híbridos Irrigado Déficit hídrico 119,26 ± 14,01aA 19,64 ± 2,89 aB DAS2B707 99,43 ± 33,88 aA 12,43 ± 8,99 aB DAS2B710 95,24 ± 18,28 aA 13,17 ± 9,81 aB FT510 98,35 ± 10,73 aA 22,27 ± 9,50 aB AS1522 Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas às 13h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Quando houve déficit hídrico no estádio de florescimento, os quatro híbridos não apresentaram alteração no teor de AS em comparação com o tratamento irrigado. Houve 47 diferença significativa entre híbridos tanto nas plantas mantidas sob irrigação quanto nas plantas submetidas ao estresse. O híbrido AS1522 destacou-se nos dois tratamentos hídricos, uma vez que apresentou valores elevados de AS, apresentando 86,8 e 97,6 mg g-1 no tratamento irrigado e no de déficit hídrico, respectivamente (Figura 11a). Em relação ao teor de SAC, o déficit hídrico aumentou o teor nos híbridos DAS2B707 e AS1522, com aumentos de 38% e 47% de SAC, respectivamente. Em condição irrigada, o híbrido DAS2B707 foi o que obteve menor valor, enquanto que, em condição de déficit hídrico o AS1522 apresentou maior teor de SAC em comparação aos demais híbridos (Figura 11b). O teor de AM foi reduzido pelo déficit hídrico. Pôde-se verificar diferença entre os híbridos somente na condição irrigada, sendo FT510 e AS1522 os híbridos que obtiveram maiores teores de AM (Figura 11c). Quanto ao teor de carboidrato total não-estrutural (CTNE), observou-se diferença entre híbridos e entre tratamentos hídricos. Na condição irrigada o DAS2B707 apresentou menor valor de CTNE e, quando houve déficit hídrico, o AS1522 apresentou maior conteúdo de CTNE (Figura 11d). 48 (b) (a) 140 irrigado déficit hídrico 200 180 aA 120 160 100 60 -1 -1 AS (mg g ) bA bA SAC (mg g ) bA 80 aA 140 aA aA bA cA 120 100 bA 60 40 40 aA aA 80 bA aB bA bB 20 20 0 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 aA aA aA 125 aA aA 40 35 aB 100 -1 CTNE (mg g ) bA 30 -1 AM (mg g ) AS1522 150 45 25 20 bB bB 75 bA cB 50 cA 10 5 FT510 (d) (c) 50 15 2B710 aB aB aB aB 0 25 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 11. Teores de açúcares solúveis (AS, em a), sacarose (SAC, em b), amido (AM, em c) e carboidrato total não estrutural (CTNE) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (VT). Folhas coletadas às 08h30 após 75 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. A suspensão da rega provocou redução de AP nos híbridos DAS2B707 (15%), DAS2B710 (31%) e FT510 (12%). Já para AS1522 a altura da planta não foi alterada significativamente pelo estresse. Observou-se diferença significativa entre híbridos apenas quando as plantas encontravam-se sob déficit hídrico, sendo os híbridos DAS2B710, DAS2B707 e FT510 os que apresentaram menores AP (Tabela 7). O DIAM não foi influenciado pelo déficit hídrico. Entretanto, pode-se verificar diferenças entre os híbridos nos dois tratamentos de irrigação, com FT510 e AS1522 apresentando maiores diâmetros do colmo nos dois tratamentos hídricos. 49 Houve redução da MG após 75 dias sob déficit hídrico. Reduções de rendimento na ordem de 25%, 48%, 57% e de 32% foram observadas para os híbridos DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522, respectivamente. Houve discriminação dos híbridos após o período de deficiência hídrica, destacando os híbridos DAS2B707 e AS1522 com maiores desempenhos de MG. Os valores de MST também foram reduzidos devido ao déficit hídrico nos híbridos DAS2B707 (32%), DAS2B710 (31%) e FT510 (44%). Porém, para o híbrido AS1522 o valor de MST manteve-se constante nos dois tratamentos de irrigação. Foi possível verificar diferença significativa entre híbridos somente nas plantas sob déficit hídrico, sendo o AS1522 o híbrido que obteve maior MST em relação aos demais híbridos avaliados (Tabela 7). Tabela 7. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos avaliados de milho sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos AP (cm) Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 223,10 ± 67,76 aA 189,30 ± 55,20 bB DAS2B710 207,20 ± 63,42 aA 143,10 ± 45,51 cB FT510 230,20 ± 70,14 aA 203,30 ± 66,65 bB AS1522 222,00 ± 73,08 aA 214,10 ± 66,36 aA DIAM (mm) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 18,47 ± 1,80 bA 16,90 ± 1,43 bA DAS2B710 18,41 ± 2,57 bA 17,20 ± 1,74 bA FT510 21,90 ± 2,12 aA 20,10 ± 1,36 aA AS1522 20,02 ± 3,28 aA 18,60 ± 0,52 aA MG (g planta-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 162,86 ± 11,43 aA 121,43 ± 14,29 aB DAS2B710 174,29 ± 1,43 aA 91,43 ± 18,57 bB FT510 192,86 ± 4,29 aA 82,86 ± 17,14 bB AS1522 175,71 ± 17,14 aA 120,00 ± 2,86 aB MST (g planta-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 432,86 ± 25,71 aA 294,29 ± 74,29 bB DAS2B710 421,43 ± 27,14 aA 292,86 ± 35,71 bB FT510 482,86 ± 11,43 aA 271,43 ± 51,43 bB AS1522 447,14 ± 58,57 aA 414,29 ± 70,00 aA Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 75 dias sob déficit hídrico. 50 4.1.3 Déficit hídrico no estádio de enchimento de grãos Após 52 dias sem irrigação na fase de enchimento de grãos, o híbrido DAS2B710 não apresentava mais folhas verdes, por isso serão apresentados os resultados dos caracteres fisiológicos desse híbrido somente sob condição irrigada. Medidas de Ψw realizadas na antemanhã indicaram que somente o híbrido AS1522 apresentou redução de Ψw (-0,40 MPa) sob déficit hídrico (Figura 12). Potencial da água na folha (MPa) 0,0 2B707 2B710 FT510 AS1522 -0,2 aA -0,4 aA aA aA aA a bB -0,6 -0,8 -1,0 irrigado déficit hídrico -1,2 Figura 12. Potencial da água na folha (Ψw) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas às 05h30 após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. No momento de máximo déficit hídrico, os híbridos apresentaram significativa redução de gs. Sob déficit hídrico, pode-se verificar que o híbrido FT510 apresentou maior condutância estomática (Figura 13a) e aumento significativo de Ci (Figura 13b). Em condição irrigada, o DAS2B710 e AS1522 apresentaram maiores Ci em relação aos demais híbridos avaliados sob a mesma condição hídrica. Os híbridos também apresentaram redução em Ei (Figura 14a) e Ai (Figura 14b) devido ao déficit hídrico. Houve diferença significativa entre os híbridos nos dois tratamentos hídricos, destacando o híbrido FT510 com maiores valores de Ei e de Ai. Em relação a variável EUA, os híbridos mantiveram a eficiência do uso da água, independente do tratamento hídrico. Porém, o DAS2B707 teve menor EUA se comparado aos demais híbridos na condição de déficit hídrico (Figura 14c). 51 (a) (b) 0,30 irrigado déficit hídrico 500 450 0,25 400 aA 350 -1 Ci (µmol mol ) aA -2 -1 gs (mol m s ) 0,20 a 0,15 aB aA 0,10 0,05 bB bB 300 250 aA 200 a 150 100 aA bA bB bB bA 50 0,00 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 13. Condutância estomática (gs, em a) e concentração intercelular de CO2 (Ci, em b) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas às 13h30 após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. O teor de clorofila reduziu devido ao déficit hídrico, exceto para o AS1522. Houve diferença significativa entre híbridos nos dois regimes hídricos, com DAS2B707 apresentando menor teor de Chl sob condição irrigada e o AS1522 maior teor de Chl sob déficit hídrico (Tabela 8). O valor de Fv/Fm reduziu devido ao déficit hídrico somente para o híbrido AS1522. Houve diferença significativa entre híbridos nos dois tratamentos hídricos, sendo que o FT510 e AS1522 apresentaram maiores Fv/Fm na condição irrigada. Sob déficit hídrico, FT510 também apresentou maior Fv/Fm que os demais híbridos (Tabela 8). Também pode-se verificar que o déficit hídrico reduziu os valores de qP nos híbridos, exceto para FT510 que manteve o mesmo valor nos dois regimes hídricos (Tabela 8). Não houve diferença significativa entre híbridos e entre tratamentos de irrigação para NPQ. Quanto ao ETR, pode-se observar redução deste caráter sob déficit hídrico, com exceção do híbrido FT510 que se manteve constante após o estresse. Pôdese diferenciar os híbridos nos dois tratamentos de irrigação, com FT510 apresentando maior ETR tanto no tratamento irrigado quento no tratamento sob déficit hídrico. 52 irrigado déficit hídrico (a) 120 aA 100 aA bA -2 -1 Ei (mol m d ) 80 bA bA 60 bB bB 40 20 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 (b) 800 700 aA -2 -1 Ai (mmol m d ) 600 aA 500 b 400 cA cA bB 300 cB 200 100 0 2B707 20 2B710 FT510 AS1522 (c) 18 16 -1 EUA (mmol mol ) 14 12 10 8 6 aA bA a aA aA aA aA 4 2 0 2B707 2B710 FT510 AS1522 Figura 14. Transpiração diurna (Ei, em a), assimilação diurna de CO2 (Ai, em b) e eficiência do uso da água (EUA, em c) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Avaliações realizadas após 52 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídrico. 53 Tabela 8. Teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de enchimento de grãos (R3). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos Chl Irrigado Déficit hídrico 27,32 ± 3,82 bA 20,04 ± 2,04 cB DAS2B707 35,30 ± 0,42 a DAS2B710 39,14 ± 0,59 aA 31,77 ± 1,70 bB FT510 33,04 ± 1,39 aB 41,08 ± 0,42 aA AS1522 Fv/Fm Híbridos Irrigado Déficit hídrico 0,67 ± 0,03 bA 0,64 ± 0,04 bA DAS2B707 0,68 ± 0,04 b DAS2B710 0,74 ± 0,03 aA 0,75 ± 0,01 aA FT510 0,72 ± 0,02 aA 0,64 ± 0,04 bB AS1522 qP Híbridos Irrigado Déficit hídrico 0,47 ± 0,04 aA 0,19 ± 0,10 bB DAS2B707 0,50 ± 0,09 a DAS2B710 0,59 ± 0,05 aA 0,55 ± 0,12 aA FT510 0,45 ± 0,07 aA 0,22 ± 0,19 bB AS1522 NPQ Híbridos Irrigado Déficit hídrico 1,25 ± 0,34 aA 1,40 ± 0,40 aA DAS2B707 1,37 ± 0,66 a DAS2B710 0,92 ± 0,23 aA 1,14 ± 0,32 aA FT510 1,33 ± 0,58 aA 0,94 ± 0,85 aA AS1522 -2 -1 ETR (µmol m s ) Híbridos Irrigado Déficit hídrico 100,00 ± 9,64 bA 24,00 ± 17,52 bB DAS2B707 100,00 ± 8,66 b DAS2B710 137,00 ± 15,18 aA 127,00 ± 16,77 aA FT510 91,00 ± 8,54 bA 35,00 ± 4,95 bB AS1522 Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas às 13h30 após 52 dias sob déficit hídrico. Decidiu-se avaliar os teores de carboidratos somente quando os híbridos foram submetidos ao déficit hídrico nos estádios vegetativo e de florescimento, já que a seca 54 no estádio de enchimento de grãos não reduziu a massa de grãos (MG) e nem a massa seca total (MST) dos híbridos avaliados (Tabela 9). O período de déficit hídrico de 52 dias não reduziu os valores de AP, MG e MST dos híbridos em comparação ao tratamento mantido sob irrigação plena (Tabela 9). Houve diferença significativa entre híbridos para AP nos dois tratamentos de irrigação, com o híbrido DAS2B710 apresentando menor altura da planta (AP). O diâmetro do colmo (DIAM) dos híbridos DAS2B707 e DAS2B710 mantidos no tratamento irrigado foi menor em comparação aos demais híbridos na mesma condição hídrica. Não foi possível verificar redução de MG e de MST devido ao déficit hídrico e nem encontrar diferença significativa entre híbridos nos dois tratamentos de irrigação. Tabela 9. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico apartir do estádio de enchimento de grãos (R3). Campinas, 2011. Variáveis/Tratamento hídrico Híbridos AP (cm) Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 223,10 ± 67,76 aA 218,00 ± 64,95 aA DAS2B710 207,20 ± 63,42 bA 197,60 ± 57,03 bA FT510 230,20 ± 70,14 aA 217,60 ± 62,81 aA AS1522 222,00 ± 73,08 aA 212,10 ± 62,07 aA DIAM (mm) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 18,47 ± 1,80 bA 16,37 ± 1,14 aB DAS2B710 18,41 ± 2,57 bA 16,47 ± 1,27 aB FT510 21,90 ± 2,12 aA 17,79 ± 2,67 aB AS1522 20,02 ± 3,28 aA 17,57 ± 1,24 aB MG (g planta1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 162,86 ± 11,43 aA 151,43 ± 12,86 aA DAS2B710 174,29 ± 2,86 aA 148,57 ± 10,00 aA FT510 192,86 ± 8,57 aA 168,50 ± 5,71 aA AS1522 175,71 ± 17,14 aA 154,29 ± 38,57 aA MST (g planta-1) Híbridos Irrigado Déficit hídrico DAS2B707 432,86 ± 25,71 aA 430,28 ± 30,00 aA DAS2B710 441,43 ± 27,14 aA 423,29 ± 24,29 aA FT510 482,86 ± 11,43 aA 438,43 ± 5,71 aA AS1522 447,14 ± 58,57 aA 425,71 ± 45,71 aA Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 52 dias sob déficit hídrico. 55 4.2 DISCUSSÃO: Parâmetros fisiológicos 4.2.1 Déficit hídrico no estádio vegetativo O potencial da água na folha (Ψw) é um dos caracteres mais utilizados para medir a intensidade do déficit hídrico em vegetais (FLEXAS et al., 2004) e quando avaliado na antemanhã pode refletir a condição hídrica da planta em equilíbrio com o solo (BERGONCI et al., 2000). A partir do estudo dessa variável foi possível verificar uma redução significativa de Ψw em todos os híbridos avaliados devido ao déficit hídrico imposto no estádio vegetativo (Figura 4), permitindo inferir que o Ψw pode ser um bom indicador de déficit hídrico. Resultado semelhante foi obtido por BERGONCI et al. (2000) que avaliando o Ψw em híbridos de milho submetidos a três níveis de irrigação, desde a capacidade de campo até a ausência de irrigação, verificaram que nos dias em que a disponibilidade de água no solo era baixa em plantas não irrigadas, o potencial da água na folha era menor do que em plantas irrigadas. Pelos resultados obtidos de Ψw no presente estudo, pode-se verificar que o déficit hídrico no estádio vegetativo discriminou os híbridos de milho, com valores variando de -0,30 (DAS2B707) a -0,99 MPa (DAS2B710). O alto valor do Ψw observado no híbrido DAS2B707 sob condição de déficit hídrico está relacionado ao fechamento parcial dos estômatos (Figura 5a). Além desse aspecto, a melhor hidratação desse híbrido deve estar certamente associada a outra característica, tal como o aumento da densidade e profundidade das raízes dessas plantas, garantindo maior exploração do solo. As medidas de condutância estomática (gs) apresentadas foram realizadas no horário de maior demanda atmosférica (13:30 h) e indicam uma redução considerável da abertura estomática em todos os híbridos submetidos ao déficit hídrico. Somente na condição irrigada pôde-se discriminar os híbridos, sendo o DAS2B710 o híbrido que apresentou maior gs (Figura 5a). A redução de gs poderia limitar a fotossíntese devido à menor disponibilidade de CO2, sendo esse aspecto indicado pela redução de Ci. Contudo, mesmo com o fechamento parcial dos estômatos, o híbrido DAS2B710 apresentou valor elevado de Ci (Figura 5b), demonstrando-se que havia CO2 disponível para a realização de fotossíntese e, portanto, não foi este o fator limitante para a sua realização. 56 Sabe-se que a deficiência hídrica reduz a capacidade fotossintética das plantas (FLEXAS et al., 2004) e isso é atribuído em grande parte ao decréscimo da condutância estomática (gs). O controle da abertura e fechamento dos estômatos é essencial para a regulação do equilíbrio entre a perda de água pela transpiração (E) e a assimilação de CO2 (A) pela planta (PIMENTEL, 2004). De fato, no presente estudo, o déficit hídrico imposto na fase vegetativa implicou na redução de gs e, consequentemente, reduziu Ei e Ai em todos os híbridos em comparação com as plantas mantidas irrigadas (Figuras 5a, 6a,b). Decréscimo na condutância estomática e na fotossíntese também foram observados por XU et al. (2009) em uma variedade de milho chinesa e por GHANNOUM et al. (2003) em quatro diferentes espécies de gramíneas sob déficit hídrico. Apesar da redução de gs e Ei devido ao período de restrição hídrica, os híbridos DAS2B707, FT510 e AS1522 apresentaram os maiores valores de Ai. No caso dos híbridos DAS2B707 e AS1522, os maiores valores de Ai podem estar relacionados à maior atividade fotoquímica realizada por esses híbridos em condições de déficit hídrico, obtendo maiores valores do coeficiente de extinção fotoquímica (qP) e da taxa aparente do transporte de elétrons (ETR) em relação aos demais híbridos. Para FT510 o alto valor de Ai sob déficit hídrico pode ser devido ao maior teor de clorofila total (Tabela 4). Maiores teores de clorofila podem denotar aumentos na longevidade das folhas e adequado funcionamento do fotossistema II, contribuindo para melhoria na tolerância de híbridos de milho ao déficit hídrico e de nitrogênio (TOLLENAAR & WU, 1999). A redução no conteúdo deste pigmento como conseqüência do déficit hídrico tem sido relatado na cultura do milho (VIANA, 2002; MACHADO, 2003) e corrobora com os resultados obtidos no presente estudo quando se compara o tratamento sob déficit hídrico com o mantido sob irrigação. A variável Fv/Fm é uma estimativa da eficiência quântica máxima da atividade fotoquímica do fotossistema II, quando todos os centros de reação do FSII estão abertos (BAKER & ROSENQVST, 2004). Essa relação tem sido empregada freqüentemente para detectar perturbações no sistema fotossintético causada por estresses ambientais e bióticos, visto que a redução desta indica inibição da atividade fotoquímica com provável comprometimento da assimilação de CO2. Contudo, não foi possível detectar diferença significativa entre híbridos e entre regimes hídricos para o caráter Fv/Fm (Tabela 4). Esta habilidade em manter valores semelhantes de Fv/Fm sob déficit hídrico 57 em relação ao tratamento controle indica a alta resistência da atividade fotoquímica em condições limitantes (SILVA et al., 2007). Quando submetido ao déficit hídrico, os híbridos DAS2B710 e FT510 apresentaram aumento do coeficiente de extinção não fotoquímica da fluorescência (NPQ) (Tabela 4). Esse aumento em NPQ indica que estas plantas apresentaram uma maior dissipação da energia luminosa absorvida pela formação de calor, em detrimento da atividade fotoquímica, ou seja, na produção de energia química na forma de ATP e NADPH. A deficiência hídrica provocou redução também na taxa aparente do transporte de elétrons (ETR) em todos os híbridos em comparação ao tratamento irrigado (Tabela 4), indicando que o estresse inibe o transporte de elétrons no fotossistema II, compromentendo o metabolismo de carbono nesses híbridos. Houve diferença significativa entre híbridos no tratamento sob défcit hídrico, com os híbridos DAS2B707 e AS1522 apresentando maiores valores de ETR após o estresse. À medida que a água se torna menos disponível no solo pode haver o acúmulo de solutos visando manter a pressão de turgor celular. Em plantas sob deficiência hídrica, o aumento dos carboidratos solúveis totais pode estar relacionado com o processo de ajustamento osmótico, mantendo a planta hidratada e, conseqüentemente, retardando a desidratação dos seus tecidos (BRAY, 1997). Sabe-se que o metabolismo de carboidratos na planta é outro fator diretamente relacionado ao crescimento e sua dinâmica também é influenciada sob condições estressantes (CHAVES & OLIVEIRA, 2004). No presente estudo, o teor de açúcar solúvel (AS) não foi influenciado pelo estresse e nenhum híbrido se destacou em relação aos tratamentos hídricos empregados (Figura 7a). Houve redução dos teores de sacarose (SAC) nas folhas dos híbridos DAS2B707 e FT510 quando esses foram submetidos ao déficit hídrico (Figura 7b). A redução da sacarose se deve ao decréscimo da assimilação de CO2 e também pode estar associada a exportação de sacarose para o crescimento do caule e desenvolvimento de raízes. Neste trabalho, a sacarose pode ter sido empregada para o crescimento da planta do híbrido FT510, enquanto que para o DAS2B707 foi utilizada para o desenvolvimento de raízes, uma vez que, sob condições de déficit hídrico este híbrido obteve maior Ψw (Figura 4). A deficiência hídrica também reduziu o teor de amido (AM) em todos os híbridos, apresentando reduções de 73%, 63%, 82% e 38%, respectivamente para DAS2B707, DAS2B710, FT510 e AS1522. Estas reduções podem estar ligadas a uma 58 menor síntese de amido uma vez que a assimilação de CO2 (Ai) reduziu sob déficit hídrico (PINHEIRO & CHAVES, 2011) e também pode-se sugerir que o carbono utilizado para manter o nível de açúcares solúveis (AST) nas folhas foi proveniente da hidrólise do AM. De fato, o consumo de AM seria uma resposta inicial à seca permitindo a manutenção do suprimento de carbono em uma condição de reduzida fixação de CO2 atmosférico (KAKANI et al., 2011). A concentração de carboidrato total não estrutural (CTNE) foi afetada pelo déficit hídrico apenas no híbrido FT510. Nos demais híbridos o déficit hídrico manteve o mesmo conteúdo deste carboidratado em relação ao tratamento irrigado, indicando uma possível paralisação na exportação de triose-fosfato do cloroplasto associada à redução da força de dreno e dos teores de SAC no tecido (AINSWORTH & BUSH, 2011). Não houve redução da altura da planta (AP) quando os híbridos FT510 e AS1522 foram submetidos ao tratamento sob déficit hídrico enquanto que, os híbridos DAS2B707 e DAS2B710 apresentaram plantas de estaturas consideradas baixas após o estresse (Tabela 5). Sabe-se que a redução na produção da fitomassa e os efeitos adversos nos processos fisiológicos podem ser consequência do déficit hídrico, que afeta diretamente a produção de grãos (MÜLLER et al., 2002). De fato, quando se compara o tratamento sob déficit hídrico com o tratamento irrigado, verifica-se que os híbridos DAS2B710, FT510 e AS1522 apresentam reduções de MG de 42%, 46% e 45%, respectivamente. Porém, o híbrido DAS2B707 apresenta estabilidade de produção nos dois tratamentos hídricos impostos, apresentando redução de apenas 18% quando houve restrição hídrica. Este resultado indica que este híbrido possui maior potencial produtivo em condições de deficiência hídrica e pode ser considerado resistente ao déficit hídrico no estádio vegetativo da cultura. Assim como a variável MG, a produção de matéria seca total (MST) dos híbridos foi significativamente afetada pelo déficit hídrico, porém para MST não foi possível destacar nenhum híbrido nos regimes hídricos impostos (Tabela 5). A redução relativa (em relação ao controle) em cada variável analisada foi calculada e os resultados são apresentados na Figura 15. De acordo com essa análise, pode-se inferir que o híbrido DAS2B707 foi menos afetado pelo déficit hídrico considerando os valores de MG e de MST devido a maior eficiência na gs, Ai, NPQ, qP, ETR, AS, CTNE e EUA (valores mais próximos de 1) em relação aos demais híbridos, além de apresentar maior hidratação (Ψw) após o período de déficit hídrico. 59 Figura 15. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), assimilação diurna de CO2 (Ai), transpiração diurna (Ei), teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP), taxa aparente de transporte de elétrons (ETR), açúcares solúveis (AS), sacarose (SAC), amido (AM), carboidrato total não estrutural (CTNE) e eficiência do uso da água (EUA) de quatro híbridos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio vegetativo (V5). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico. 4.2.2 Déficit hídrico no estádio de florescimento O período de déficit hídrico na fase de florescimento levou à maior redução de Ψw no híbrido AS1522 com valor de -0,59 MPa (Figura 8). Valores de Ψw próximos a 0,40 MPa afetam significativamente a expansão foliar em milho, embora a fotossíntese máxima ocorra com potenciais foliares entre -0,60 a -0,80 MPa (BERGONCI et al., 2000). Para conservar água, nutrientes e carboidratos necessários para a sobrevivência, as plantas apresentam modificações morfofisiológicas, como a redução da expansão foliar e o fechamento dos estômatos. Quando houve suspensão da rega, pôde-se notar redução significativa da condutância estomática (gs) nos híbridos, exceto para o 60 DAS2B710 que não apresentou diferença significativa para esta variável nos dois tratamentos hídricos (Figura 9a). Contudo, não foi possível destacar nenhum híbrido sob déficit hídrico em relação a gs. Houve um aumento considerável de Ci em todos os híbridos quando submetidos ao estresse (Figura 9b), indicando uma elevada concentração de substrato para serem utilizados no processo de fotossíntese. No entanto, mesmo com essa elevada concentração intercelular de CO2 (Ci) , o período de déficit hídrico reduziu os valores Ai (Figura 10b) em todos os híbridos. Sabe-se que condição de déficit hídrico o Ci geralmente permanece elevado ou com valores maiores do que aquele esperado quando ocorre decréscimo na fotossíntese e na condutância estomática. Esse acréscimo no Ci, frequentemente observado nos estágios mais avançados do déficit hídrico, indica a predominância de limitações não estomáticas à fotossíntese à medida que o estresse se torna mais severo (KAISER, 1987). No presente estudo, o decréscimo da taxa de assimilação de CO2 foi devido não só ao aumento da resistência estomática, mas também, ao efeito do estresse hídrico na fotossíntese, visto que um alto valor de Ci associado a baixas condutâncias estomáticas indicaria um decréscimo na eficiência de carboxilação (SCHULZE et al., 1987). Reduções na fotossíntese de plantas submetidas à deficiência hídrica podem estar relacionadas à limitação da síntese de ribulose bifosfato (RuBP), e não à inibição das enzimas no ciclo de Calvin. A limitação da síntese de RuBP provavelmente está ligada à redução na síntese de ATP, por uma progressiva inativação de fatores de acoplamento resultante do aumento da concentração iônica (Mg+2) e não à redução da capacidade do transporte de elétrons ou de prótons (LAWLOR & CORNIC, 2002). Houve redução também no teor de clorofila quando os híbridos foram submetidos ao estresse por 75 dias na fase de florescimento, exceto para o AS1522 que não difere estatisticamente do tratamento irrigado (Tabela 6). Entretanto essa maior quantidade de Chl não levou ao aumento da assimilação de CO2 (Ai) neste híbrido no tratamento sob estresse, o que pode induzir que houve comprometimento da integridade do sistema fotossintético pelo déficit hídrico. Verificou-se redução significativa de Fv/Fm em função do estresse causado pela deficiência hídrica. Os menores valores de Fv/Fm alcançados foram de 0,53 (DAS2B707) e 0,38 (FT510). BOLHÀR-NORDENKAMPF et al. (1989), relatam que, quando a planta está com seu aparelho fotossintético intacto, a razão Fv/Fm deve variar entre 0,75 e 0,85 enquanto uma queda nesta razão reflete a presença de dano nos centros 61 de reação do PSII por algum estresse (BAKER, 1993). Os baixos valores de Fv/Fm observados caracterizam danos que podem estar relacionados à redução da concentração intercelular de CO2, em razão do fechamento estomático (BAKER,1993) e devido à queda na atividade fotossintética (SMIRNOFF, 1993) em função da condição de estresse causado pelo déficit hídrico. Mesmo apresentando valores maiores de Fv/Fm sob deficiência hídrica, os híbridos DAS2B710 e AS1522 mostraram valores reduzidos de Ai (Figura 10b), indicando que o estresse causou dano fotoquímico. Pode-se observar decréscimos na capacidade da taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) do fotossistema II sob condições de estresse em todos os híbridos avaliados. Esse resultado indica que a capacidade de transporte de elétrons foi alterada em função do déficit hídrico. O híbrido AS1522 destacou-se por apresentar maior quantidade de açúcares solúveis (AS) tanto no tratamento irrigado quanto no tratamento submetido a restrição hídrica (Figura 11a). É verificado que sob condições de baixa disponibilidade de água, ocorre acúmulo de açúcares solúveis (MORGAN, 1984) e simultaneamente diminuição no teor de amido. Esse acúmulo de AS em AS1522 pode ter ocorrido pela hidrólise do amido (AM) e/ou devido a uma contínua produção de fotoassimilados pela fotossíntese, que é menos afetada pelo déficit hídrico do que o crescimento (BOYER, 1970). Para o teor de amido, verifica-se que houve redução significativa em todos os híbridos avaliados após o déficit hídrico. Esta redução das concentrações de amido nas folhas dos híbridos sob estresse está provavelmente relacionada com a redução da fotossíntese e da degradação do amido, visando a formação de novos açúcares como a sacarose para realizar o ajuste osmótico e/ou transporte para outros drenos preferenciais e/ou a inativação da enzima chave na síntese de amido (KRAMER & BOYER, 1995). Entretanto, houve aumento significativo de SAC nos híbridos DAS2B707 e AS1522 devido ao estresse, enquanto que os teores de SAC mantiveram-se constantes nos híbridos DAS2710 e FT510 nos dois tratamentos hídricos empregados (Figura 11b). O aumento das concentrações de sacarose nos híbridos DAS2B707 e AS1522 está ligado, provavelmente, a quebra do amido pela ação das enzimas α e β-amilase em açúcares que podem ser quebrados e, então, transportados para os diversos drenos na forma de sacarose (KINGSTON-SMITH et al. 1999). Além disso, como os demais açúcares, a sacarose pode se ligar às moléculas de água na folha com a finalidade de manter o nível de água da folha, bem como induzir um ajustamento osmótico na planta. Por isso, apresentou-se aumento de sacarose na ocorrência de estresse hídrico. 62 Dentro desse contexto, os resultados obtidos no presente trabalho, permitiram concluir que o híbrido AS1522 apresenta um acúmulo de solutos como uma resposta ao déficit hídrico, caracterizando um ajustamento osmótico. Este mecanismo é, provavelmente, uma das estratégias que, atuando em conjunto com outros fatores, permitem a planta sobreviver e reproduzir em condições estressantes. Com relação ao desenvolvimento da planta, os híbridos DAS2B707 e DAS2B710 apresentaram reduzida estatura quando houve déficit hídrico. No tratamento sob condição de estresse o DAS2B707 e AS1522 obtiveram bom desempenho em rendimento (MG), no entanto não foi possível verificar estabilidade de produção nesses híbridos quando houve déficit hídrico, apresentando perdas significativas na produção de 25% e 32%, respectivamente. Os híbridos FT510 e DAS2B710 apresentaram maiores reduções no rendimento, com perdas de 57% e 48%, respectivamente (Tabela 7). Para MST, verificou-se a ocorrência de estabilidade de produção de massa seca total no híbrido AS1522 em relação ao tratamento irrigado mesmo após a deficiência hídrica imposta no estádio de florescimento. Esse resultado pode estar relacionado ao maior acúmulo de carboidratos na folha que esse híbrido produziu em condições de seca (Figura 16), induzindo a uma maior biomassa neste híbrido. 63 Figura 16. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), concentração intercelular de CO2 (Ci), assimilação diurna de CO2 (Ai), transpiração diurna (Ei), teor de clorofila total (Chl), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP), taxa aparente de transporte de elétrons (ETR), açúcares solúveis (AS), sacarose (SAC), amido (AM), carboidrato total não estrutural (CTNE) e eficiência do uso da água (EUA) de quatro híbridos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio de florescimento (R1). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico. 4.2.3 Déficit hídrico no estádo de enchimento de grãos Somente no híbrido AS1522 apresentou redução do Ψw com valor de -0,40 MPa após 52 dias sem irrigação (Figura 12), indicando que o défcit hídrico imposto no estádio de enchimento de grãos foi considerado moderado. Em déficits não muito severos, as plantas com sistema radicular mais profundo exploram o solo em locais que ainda apresentam água passível de ser absorvida. Outra possível causa para uma maior hidratação das plantas poderia ser o fluxo ascendente de água no solo à noite, o qual seria suficiente para elevar o potencial de base. O período de suspenção da rega levou ao fechamento estomático dos híbridos DAS2B707 e AS1522, comportamento no qual pode estar associado a uma rápida adaptação dessas plantas ao estresse hídrico (MENCUCCINI et al., 2000). Este fato permite à planta transpirar menos (Figura 14a), controlando a perda de água e diminuindo os possíveis danos à planta, apesar da redução da assimilação de CO2. NABLE et al. (1999) também encontraram reduções nas taxas transpiratórias em sorgo e cana-de-açúcar em condições de déficit hídrico, sendo que nesta última as reduções foram mais severas, sempre que a fração de água disponível no solo decrescia. O híbrido FT510 obteve maior gs (Figura 13a) e Ci (Figura 13b), indicando que não houve restrição de substrato para a realização de fotossíntese devido ao déficit hídrico. Em condições de ambientes estressantes ocorre o decréscimo característico na eficiência quântica potencial do fotossistema II, podendo ser detectada pela queda na relação Fv/Fm (KRAUSE & WEIS, 1991). Entretanto, redução de Fv/Fm devido déficit hídrico foi verificada apenas no híbrido AS1522 (Tabela 8). O híbrido FT510 destacouse por apresentar maior relação Fv/Fm quando comparado com os outros híbridos submetidos a 52 dias sob déficit hídrico. Seguindo essa mesma tendência, este híbrido 64 apresentou valores elevados de qP e de ETR, refletindo em metabolismo fotossintético do carbono adequado mesmo quando as condições ambientais se encontravam adversas devido a restrição hídrica. Plantas submetidas a déficits hídricos acentuados, as quais estão com os estômatos fechados, podem apresentar valores significantes de qP devido à reciclagem interna de CO2. Nesta condição, a fluorescência pode fornecer informações sobre o rendimento quântico, o fluxo de elétrons e sobre o estado de energia dos cloroplastos, mesmo que nenhuma fixação do CO2 ou liberação do oxigênio ocorra. Neste caso qP está relacionado com a estimativa da disponibilidade de dissipação de energia para o metabolismo do carbono (BOLHÀR-NORDENKAMPF et al, 1989). Os valores de NPQ permaneceram estáveis nos híbridos nos dois tratamentos hídricos impostos, indicando ausência de danos no processo fotoquímico nessas plantas mesmo quando submetidas ao estresse. O déficit hídrico imposto no estádio de enchimento de grãos não possibilitou a diferenciação dos híbridos em relação a massa de grãos (MG) e massa seca total (MST), indicando que o período de estresse não foi considerado adequado para selecionar híbridos contrastantes à seca (Tabela 9). 65 4.3 Seleção recorrente interpopulacional: Análise de variância agrupada das progênies de irmãos germanos. Campinas, 2012 Os resultados da análise de variância agrupada dos experimentos realizados em Campinas indicam diferenças significativas entre progênies em nível de 1% de probabilidade (teste F), para todos os caracteres agronômicos avaliados. Esse fato demostra variabilidade genética entre progênies de irmãos germanos interpopulacionais oriundas do cruzamento entre a população tolerante A e sensível B à seca (Tabelas 10 e 11). Tabela 10. Quadrados médios da análise de variância agrupada para florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificações de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas, 2012. Quadrados médios FV GL FM FF IF SG PROL NRP CP espiga ramif. dias nota cm planta-1 pendão-1 Blocos/E 10 2,227 4,151 0,636 0,683 0,104 2,01 9,48 Progênies/E 145 20,22** 23,582** 2,551** 0,288** 0,033** 9,36** 7,35** Resíduo/E 290 6,298 7,880 1,417 0,211 0,019 3,16 4,18 Total 449 Média 62,59 63,70 1,12 2,06 1,02 12,10 33,92 CV (%) 4,0 4,4 106,3 22,2 13,1 20,4 8,5 (**, *) Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F. E = experimentos. Tabela 11. Quadrados médios da análise de variância agrupada para altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (MG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas, 2012. Quadrados médios FV GL CE DE NFG MG AP AE cm g planta-1 Blocos/E 10 1,757 0,223 1,728 1932,107 524,882 254,062 Progênies/E 145 295,932** 216,319** 3,398** 0,256** 4,475** 667,332** Resíduo/E 290 125,358 1,135 0,080 0,813 460,183 100,299 Total 449 Média 16,433 5,070 16,317 118,750 199,278 110,320 CV (%) 6,3 5,4 5,5 18,2 5,5 8,9 (**, *) Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F. E = experimentos. 66 O intervalo entre os florescimentos feminino e masculino é considerado um dos mais importantes caracteres a serem selecionados para a obtenção de genótipos de milho tolerantes à seca (BÄNZINGER et al., 2000; LI et al., 2003 e XIAO et al., 2004). No presente estudo as 150 progênies floresceram, em média, 63 e 64 dias após a semeadura (DAS) para FM e para FF, respectivamente, resultando em baixo intervalo entre os florescimentos (IF). Resultados semelhantes foram obtidos por PATERNIANI et al. (2012) e GUIMARÃES et al. (2012) com progênies de meios-irmãos e irmãos germanos, respectivamente, contendo baixos intervalos entre os florescimentos sob condições de safrinha. A média geral da nota de stay green foi de 2,06, sendo que a média do híbrido considerado tolerante à seca (DAS2B707) foi 2,05. Uma vez que a nota 1 era dada à planta com stay green e a nota 5 à planta sem stay green, as progênies apresentaram, em média, um bom desempenho para o caráter, conferindo maior fotossíntese ao longo do ciclo e fornecendo carboidratos para colmos, folhas e raízes. O stay green é um caráter descrito em diversas espécies e vem sendo objeto de grande atenção por estar relacionado à resistência ao estresse hídrico, ao aumento da tolerância a pragas e doenças, redução do acamamento de plantas, tolerância ao maior adensamento, tendo sido relacionado ao aumento da produtividade direta e indiretamente (DUVICK & CASSMAN, 1999). Devido a isso, este caráter é considerado de muita importância nos programas de melhoramento. De acordo com COSTA et al. (2008), os genótipos são considerados com stay green quando as folhas e colmos permanecem verdes após o estádio fenológico de enchimento de grãos. Dessa forma, a fotossíntese se prolonga fornecendo carboidratos para as plantas, que apresentam maior resistência a estresses abióticos como o de déficit hídrico (JIANG et al., 2004 e CARMO et al., 2007). Segundo BOLAÑOS & EDMEADES (1993a), genótipos de milho prolíficos demonstram melhor capacidade de adaptação a uma ampla gama de condições estressantes como aumento da densidade de semeadura e a tolerância ao déficit hídrico. A média das 150 progênies de IG interpopulacionais para o caráter PROL foi 1,02 espigas planta-1, valor este maior que o encontrado por CÂMARA et al. (2007) que obtiveram 0,70 a 0,83 espigas planta-1 em progênies F2:3 obtidas da população D e U, respectivamente. As médias de progênies de IG interpopulacionais para os caracteres NRP e CP foram, respectivamente, 12,10 ramificações pendão-1 e 33,92 cm. Esses valores sugerem 67 que, em geral, as progênies apresentam média ramificação dos pendões e comprimento de pendão considerado de tamanho médio. Para massa de grãos (MG), as progênies se comportaram relativamente de forma diferenciada, o que demonstra a possibilidade de selecionar híbridos promissores em condições de safrinha. A média de produtividade das progênies de irmãos germanos foi de 118,75 g planta-1, resultado semelhante à média da testemunha tolerante à seca DAS2B707, que foi 127,12 g planta-1. De maneira geral, as progênies apresentaram valores de MG acima das testemunhas empregadas nos experimentos, com amplitudes de massa de grãos variando de 67,78 a 149,64 g planta-1 no Experimento I (Anexo 2), de 86,82 a 148,14 g planta-1 no Experimento II (Anexo 4), de 102,097 a 156,819 g planta-1 no Experimento III (Anexo 6), de 91,43 a 135,29 g planta-1 no Experimento IV (Anexo 8) e de 61,58 a 143,08 g planta-1 no Experimento V (Anexo 10). Pôde-se verificar uma tendência das progênies mais produtivas apresentarem AP, AE, CE, DE e NFG elevados em condições de safrinha. 4.4 Análise de variância agrupada das progênies de irmãos germanos. Mococa, 2012 Pela análise de variância foi possível verificar diferenças significativas entre progênies (P<0,01) para todos os caracteres avaliados, exceto para IF. A existência de significância indica que os cruzamentos realizados entre as duas populações contrastantes quanto à tolerância à seca produziram progênies contendo alta variabilidade, característica ideal para a condução de um programa de melhoramento empregando o método da seleção recorrente recíproca, sendo possível que ganhos sejam obtidos a partir do melhoramento dessas populações (Tabelas 12 e 13). 68 Tabela 12. Quadrados médios da análise de variância agrupada para florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificações de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Mococa, 2012. Quadrados médios FV NRP CP FM FF IF SG GL PROL espigas ramif. dias Nota cm planta-1 pendão-1 Blocos/E 3,408 8,691 10 19,929 15,940 1,296 0,775 0,003 Progênies/E 145 6,866** 7,649** 1,018 0,351** 0,003** 13,231** 10,625** Resíduo/E 1,830 3,371 3,979 0,992 0,151 290 3,501 0,002 Total 449 Média 12,64 32,72 63,10 64,58 1,49 2,10 0,96 CV (%) 14,6 7,9 2,8 3,1 67,0 18,3 4,5 (*) Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. E = experimentos. Tabela 13. Quadrados médios da análise de variância agrupada para altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (PG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Mococa, 2012. Quadrados médios FV GL AP AE CE DE NFG MG Cm g/planta Blocos/E 10 298,951 127,487 3,663 0,216 0,290 259,511 Progênies/E 145 311,229** 172,322** 6,002** 0,107** 3,635** 245,081** Resíduo/E 290 179,399 67,073 3,267 0,051 0,846 109,780 Total 449 Média 197,356 99,818 14,073 4,799 15,137 105,991 CV (%) 6,2 8,1 11,1 4,6 6,0 9,8 (*) Significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. E = experimentos. Houve a tendência das progênies mais produtivas apresentarem AP e AE elevadas. As progênies floresceram, em média, 63 e 65 dias após a semeadura (DAS) para FM e para FF, respectivamente, indicando uma ocorrência de sincronismo entre os florescimentos. Como ocorreu no experimento em Campinas, as progênies também apresentaram bom desempenho de stay green em relação a média do híbrido tolerante ao déficit hídrico (2,06), apresentando nota média para stay green de 2,10. Os valores obtidos de SG e IF sugerem que os genótipos com senescência retardada e reduzido intervalo entre 69 florescimentos podem ser menos afetados pelo déficit hídrico, concordando com os resultados obtidos por CHAPMAN & EDMEADES (1999) e PATERNIANI et al. (2012). As médias de progênies para os caracteres PROL, NRP e de CP foram, respectivamente, 0,96 espigas planta-1, 12,64 ramificações pendão-1 e 32,71 cm. Esses resultados obtidos pelas progênies conduzidas em Mococa apresentam baixa prolificidade, média ramificação dos pendões e médio comprimento de pendão. Por meio dos resultados observados, verificou-se que houve o desenvolvimento de progênies promissoras quanto a praticamente todas as características agronômicas avaliadas, principalmente quanto à produtividade de grãos com valores médios de 105,99 g planta-1, sendo que o híbrido DAS2B707 obteve em média produção de 111,93 g planta-1. Os valores de massa de grãos (MG) variaram de 83,54 a 126,35 g planta-1 no Experimento I (Anexo 12), de 90,64 a 118,42 g planta-1 no Experimento II (Anexo 14), de 95,72 a 136,08 g planta-1 no Experimento III (Anexo 16), de 79,08 a 116,65 g planta1 no Experimento IV (Anexo 18) e de 93,08 a 121,35 g planta-1 no Experimento V (Anexo 20). Tal resultado indica a eficiência do cruzamento entre as populações contrastantes quanto à tolerância à seca para o desenvolvimento de progênies de IG interpopulacionais com características de tolerância ao déficit hídrico, em condições de safrinha. 4.5 Análise de variância conjunta de locais e agrupada das progênies de irmãos germanos, Campinas e Mococa, 2012 Na análise de variância conjunta agrupada dos cinco experimentos de Campinas e Mococa, verificou-se diferença significativa (P<0,01) entre progênies para todos os caracteres avaliados, o que revela a presença de variabilidade genética entre as progênies de irmãos germanos. A fonte de variação ambientes não apresentou significância somente para SG, confirmando a grande diferença edafoclimática entre Campinas e Mococa. Foram constatados efeitos significativos da interação entre progênies x ambientes para todos os caracteres avaliados, indicando que essas progênies possuem desempenho diferenciado face às variações ambientais, o que caracteriza a importância de realizar a seleção por local (Tabelas 14 e 15). 70 Tabela 14. Quadrados médios da análise de variância conjunta agrupada de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), prolificidade (PROL), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012. Quadrados médios FV GL FM FF IF SG NRP CP PROL ramif. dias nota espigas cm -1 planta pendão-1 Blocos/Amb/E 20 11,08 10,05 0,97 0,73 2,71 9,09 16,84 Progênies 145 13,82** 16,48** 2,02** 0,31** 0,02** 11,27** 7,36** Ambientes 1 675,15* 806,28* 39,57* 0,45 0,96** 157,23** 490,25** (Prog x Amb)/E 145 13,27** 14,75** 1,55** 0,33** 0,02** 11,32** 7,07** Resíduo médio 580 4,90 5,93 1,21 0,18 2,26 3,77 4,51 Total 899 Média 62,84 64,14 1,30 2,08 0,98 12,37 23,53 Cv(%) 3,5 3,8 84,6 20,3 10,6 18,0 10,6 (**, *) Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente. Tabela 15. Quadrados médios da análise conjunta agrupada de variância de altura da planta (AP), altura da espiga (AE), comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG) e massa de grãos (MG), referentes a 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012. Quadrados médios FV GL AP AE CE DE NFG MG cm g planta-1 Blocos/Amb/E 20 411,92 190,77 2,71 0,22 1,01 1095,81 Progênies 145 353,29** 219,46** 4,35** 0,18** 4,15** 442,27** Ambientes 1 12659,53* 34451,40** 1261,90** 18,70** 362,98** 44270,06** (Prog x Amb)/E 145 253,87** 169,18** 5,05** 0,18** 3,96** 470,14** Resíduo médio 580 152,38 83,69 2,20 0,07 0,83 290,15 Total 899 Média 198,32 105,07 15,25 4,93 15,73 112,37 Cv(%) 6,0 8,7 10,0 5,1 5,8 15,5 (**, *) Significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente. A importância da interação progênies x ambientes vem sendo detectada em muitos trabalhos de melhoramento, em diversas populações de milho, entre eles CARVALHO et al. (2000a e 2000b) com progênies de meios-irmãos dos ciclos original, I e II das populações CMS 52 e CMS 453, respectivamente, CARVALHO et al. (2000c) com progênies de meios-irmãos dos ciclos II, III e IV da variedade BR 5033 Asa Branca 71 em dois locais e CÂMARA et al. (2007) com progênies de meios-irmãos oriundas da População D e U avaliadas em sete a nove locais. Os coeficientes de variação (CV) das análises conjuntas agrupadas foram, em geral, de magnitude baixa a mediana, segundo a classificação proposta por SCAPIM et al. (1995). Esse resultado evidencia boa precisão na tomada dos dados dos experimentos, o que é bastante desejável, porque permite a obtenção de melhor resposta à seleção. Valores de CV menores que 10% foram observados para os caracteres FM, FF, CP, AP, AE, CE, DE e NFG, enquanto que foram considerados medianos para SG (20,3%), PROL (10,6%), NRP (18,0%) e para MG (15,1%). O elevado valor de CV observado para IF (84,6%) é resultado da própria natureza do caráter cuja média, formada por valores positivos, nulos e negativos, tende a ser muito baixa favorecendo valor elevado de CV. De maneira geral, a análise de variância conjunta confirmou a alta variabilidade genética das 150 progênies de irmãos germanos para todos os caracteres avaliados. Esse resultado indica ser possível obter ganhos com seleção nas progênies para os caracteres estudados. Os ambientes foram apropriados para evidenciar o comportamento diferenciado das progênies em face as oscilações ambientais, exceto para a variável SG. Nas Tabelas 16 e 17 são apresentadas as 20% melhores progênies selecionadas em relação à massa de grãos (MG). 72 Tabela 16. Médias conjuntas de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), altura da planta (AP), altura da espiga (AE), massa de grãos (MG) e porcentagem de massa de grãos (MG%), referentes às 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais selecionadas e de quatro testemunhas comerciais de milho. Campinas e Mococa, 2012. Progênies 9B x 7A 140A x 153B 156A x 150B 20A x 24B 141A x 149B 127A x 110B 119A x 84B 19A x 37B 67B x 93A 73A x 41B 142A x 148B 97B x 58A 31B x 34A 148A x 135B 159B x 161A 97A x 81B 79B x 88A 51B x 27A 83A x 77B 52A x 49B 68A x 75B 176A x 171B 176B x 170A 138B x 118A 27A x 51B 12B x 11A 69A x 100B 163B x 158A 124B x 76A 47A x 168B Média Prog. Pop. tolerante Pop. sensível FT510 DAS2B707 Média Test. FM 61,00 64,33 63,33 64,00 61,83 63,17 64,17 58,50 64,17 57,17 62,33 61,67 62,33 62,50 62,50 64,50 63,50 63,50 62,33 63,33 63,33 62,67 62,50 64,00 62,67 64,17 61,50 63,50 65,00 64,00 62,78 64,47 66,07 65,50 63,80 64,96 FF dias 62,33 65,33 64,83 65,50 63,50 63,83 65,33 59,00 64,50 58,17 63,50 62,50 63,67 63,67 63,00 66,17 64,33 64,83 64,00 63,83 64,83 63,00 64,00 65,50 63,00 66,00 61,83 64,33 65,50 65,50 63,84 65,63 67,87 67,37 64,60 66,37 IF 1,33 1,00 1,50 1,50 1,67 0,67 1,17 0,50 0,33 1,00 1,17 0,83 1,33 1,17 0,50 1,67 0,83 1,33 1,67 0,50 1,50 0,33 1,50 1,50 0,33 1,83 0,33 0,83 0,50 1,50 1,06 1,17 1,80 2,16 0,80 1,48 SG nota 2,10 1,67 2,07 1,87 1,77 2,40 2,17 1,70 1,57 2,10 2,40 2,20 2,20 1,87 1,93 2,27 2,00 2,13 1,90 1,87 2,10 2,07 2,20 1,60 2,63 1,57 2,03 1,80 1,73 2,20 2,00 1,99 1,97 1,92 1,79 1,92 AP AE cm 208 211 209 210 204 207 203 195 202 183 205 206 199 198 208 203 210 200 204 204 195 193 197 207 190 214 205 198 213 200 203 185 196 161 192 184 115 109 117 111 107 117 117 94 104 91 110 105 99 102 109 108 118 107 109 109 103 100 110 111 104 116 110 108 120 112 108 95 109 83 99 97 MG g planta-1 134,55 133,03 131,88 131,56 131,38 130,83 127,85 127,65 127,47 126,63 126,27 125,90 125,63 125,42 125,37 125,07 124,97 124,90 124,73 123,76 123,69 123,61 123,13 122,97 122,58 122,33 122,01 121,95 121,87 120,97 126,00 99,33 86,30 74,26 119,52 94,85 MG (%) 112,58 111,30 110,34 110,07 109,92 109,46 106,97 106,80 106,65 105,95 105,65 105,34 105,11 104,94 104,89 104,64 104,56 104,50 104,36 103,55 103,49 103,42 103,02 102,89 102,56 102,35 102,08 102,03 101,97 101,21 105,42 83,11 72,21 62,13 100,00 79,36 *Porcentagem em relação à testemunha tolerante DAS2B707. 73 Tabela 17. Médias conjuntas de massa de grãos (MG) em kg ha-1, comprimento de espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL), número de ramificação de pendão (NRP) e comprimento de pendão (CP), referentes às 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais selecionadas e de quatro testemunhas comerciais de milho. Campinas e Mococa, 2012. MG Progênies kg ha-1 9B x 7A 140A x 153B 156A x 150B 20A x 24B 141A x 149B 127A x 110B 119A x 84B 19A x 37B 67B x 93A 73A x 41B 142A x 148B 97B x 58A 31B x 34A 148A x 135B 159B x 161A 97A x 81B 79B x 88A 51B x 27A 83A x 77B 52A x 49B 68A x 75B 176A x 171B 176B x 170A 138B x 118A 27A x 51B 12B x 11A 69A x 100B 163B x 158A 124B x 76A 47A x 168B Média Prog. Pop. tolerante Pop. sensível FT510 DAS2B707 Média Test. 7175,93 7094,81 7033,34 7016,30 7006,67 6977,78 6818,52 6807,78 6798,52 6753,70 6734,45 6714,82 6700,00 6689,26 6686,30 6670,37 6664,82 6661,11 6652,22 6600,74 6596,67 6592,59 6566,67 6558,15 6537,78 6524,45 6507,41 6504,07 6499,63 6451,48 6719,88 5297,85 4602,45 3890,73 6374,52 5041,39 CE DE NFG cm 15,74 15,24 15,29 16,52 15,45 15,03 15,85 16,39 20,39 15,35 15,50 15,36 15,91 16,90 15,90 14,75 15,18 16,08 14,73 15,67 14,82 16,28 15,51 14,37 15,50 15,49 16,55 14,34 16,49 15,69 15,74 14,20 14,77 15,06 16,05 15,02 5,05 4,82 4,90 5,07 4,97 4,90 4,78 4,78 4,97 5,03 4,88 5,05 5,15 5,19 4,98 4,86 4,93 4,78 4,85 5,04 4,86 5,13 5,07 5,05 4,85 5,04 5,08 4,79 4,84 4,68 4,95 4,82 4,96 4,75 5,04 4,89 16,87 17,48 16,33 16,62 13,87 16,47 15,40 14,67 16,80 15,00 15,60 15,20 15,93 15,67 16,84 15,93 15,73 14,07 15,21 16,57 15,70 15,55 16,73 16,04 15,07 16,77 17,58 15,47 15,54 14,53 15,84 15,43 15,93 15,47 15,63 15,62 PROL espigas planta-1 1,02 1,02 1,10 1,09 1,07 1,11 1,09 1,03 1,08 0,97 0,97 1,00 0,99 0,98 1,06 1,09 0,99 0,99 0,96 0,96 1,00 1,02 1,03 1,01 1,01 1,04 1,01 1,07 0,92 1,06 1,02 1,01 0,96 0,85 1,03 0,96 NRP ramif. pendão-1 12,45 14,05 13,55 12,73 10,00 15,30 16,00 10,45 14,35 11,95 10,70 12,35 14,25 12,80 13,35 10,20 12,65 13,20 16,40 11,30 12,65 12,70 13,15 13,85 12,75 14,55 14,55 12,13 11,90 12,55 12,96 11,94 12,62 11,64 10,02 11,56 CP cm 34,75 34,35 34,55 33,75 34,30 34,05 33,85 34,85 35,65 31,15 34,80 32,90 34,00 33,10 32,78 32,70 30,65 34,70 33,18 33,10 31,00 36,20 30,95 36,15 34,60 34,30 34,70 32,05 33,25 32,65 33,63 32,18 33,14 33,26 35,00 33,40 74 O caráter intervalo entre florescimento feminino e masculino (IF) é considerado indicador para selecionar genótipos com tolerância ao déficit hídrico (BOLAÑOS & EDMEADES 1993b; DURÃES et al., 1997) e prestou-se para discriminar as progênies estudadas. O baixo IF apresentado pelas progênies selecionadas, indica uma adaptação ao déficit hídrico, evitando a característica de protandria no milho, que é acentuada sob condições de déficit hídrico pelo maior retardamento do florescimento feminino em relação ao masculino. Desse modo, dependendo da extensão do período de seca, a produção de grãos tende a ser afetada em função da assincronia entre liberação de pólen e dos estilo-estigmas, causando perda na produtividade. As progênies também apresentaram bom desempenho de stay green, resultando em um melhor aproveitamento da fotossíntese para o fornecimento de carboidratos para as plantas que, provavelmente, possuem uma maior tolerância à seca. O número de ramificação de pendão (NRP) das progênies foi considerado médio a baixo, apresentando 12,4 ramificações. FISCHER et al. (1987), realiazando seis ciclos de seleção recorrente em três populações, observaram que o NRP foi reduzido de 18 para 9 ramificações em média. Quanto à média de massa de grãos (MG) das progênies, houve elevados valores dessa variável em comparação com as quatro testemunhas empregadas. Os valores das amplitudes de MG variaram de 84,96 a 124,73 g planta-1 no Experimento I (Anexo 22), de 98,06 a 133,03 g planta-1 no Experimento II (Anexo 24), de 105,13 a 134,55 g planta1 no Experimento III (Anexo 26), de 89,74 a 120,97 g planta-1 no Experimento IV (Anexo 28) e de 83,24 a 126,63 g planta-1 no Experimento V (Anexo 30). De modo geral, observou-se efeito significativo entre as progênies de irmãos germanos para todas as características avaliadas, o que indica existência de variabilidade genética na população. Outro resultado que reforça a existência de variabilidade são as estimativas das herdabilidades, dos coeficientes de variação genético e da relação entre o coeficiente de variação genética e o coeficiente de variação experimental. A herdabilidade indica quanto da variação fenotípica é devida a efeitos genéticos. Quanto mais próximo de 100%, menos o caráter é influenciado pelo ambiente ou que a maior parte da variação é ocasionada por fatores genéticos com efeitos aditivos (efeito médio dos genes) ou não-aditivos (efeitos de dominância e/ou epistasia). Nas Tabelas 18 e 19 são apresentadas as estimativas dos componentes de variância e da herdabilidade em nível de médias para os caracteres avaliados. Foram obtidos elevados a médios coeficientes de herdabilidade no sentido amplo para NFG 75 (0,80), NRP (0,78), DE (0,65), FM (0,65), FF (0,64), AE (0,62), CP (0,58) e para AP (0,57), indicando alto a médio controle genético nesses caracteres, condição favorável para a seleção (FLINT-GARCIA et al., 2005). Para CE (0,49), SG (0,42), IF (0,40), PROL (0,39) e MG (0,34) os coeficientes de herdabilidade indicam baixo controle genético, indicando que estes caracteres são governados por muitos genes (quantitativos) e sofrem muita influência do ambiente. As estimativas de herdabilidade ampla de progênies apresentadas no presente trabalho são difícies de serem comparadas com outras relatadas na literatura, uma vez que, as estimativas dos valores de herdabilidade tendem a variar com o tipo de progênie, número de ambientes empregados e números de repetições para a estimação do parâmetro. Além disso, na grande maioria dos artigos as estimativas de herdabilidade são obtidas sob condições favoráveis da cultura do milho, em semeadura de verão ou primeira safra. O baixo valor de herdabilidade obtido para MG no presente trabalho pode ser em função do estresse hídrico que ocorreu nas fases fenológicas mais críticas da cultura. Segundo CÂMARA et al. (2007), é interessante empregar caracteres secundários que apresentem herdabilidade elevada, com pouca alteração entre os diferentes níveis de umidade e que estejam relacionados com a produtividade, pois estes caracteres podem auxiliar na seleção. Os mesmos autores selecionando caracteres relacionados à tolerância à deficiência hídrica em milho tropical, verificaram valores elevados de herdabilidade em progênies de milho F2:3 para os caracteres massa de grãos (86,79 a 94,84% nas populações D e U, respectivamente), florescimento masculino (94,12%), florescimento feminino (95,88%), número de ramificação de pendão (76,58%) e para intervalo entre florescimento (76,58%), sendo portanto, caracteres considerados adequados à seleção para tolerância à seca. Porém, destaca-se que o trabalho de CÂMARA et al. (2007) foi desenvolvido na safra de verão, diferentemente do presente trabalho, o qual foi conduzido em condições de safrinha. A estimativa do componente da variância de progênies ( σ̂ 2p ) e o ganho genético (Gs%) para MG foram considerados relativamente baixos. SOUZA JUNIOR & PINTO (2000) obtiveram ganho de 7,2% para a característica produtividade empregando o método de seleção recorrente em progênies de meios-irmãos, enquanto, TARDIN et al. (2003) e GABRIEL (2009), verificaram ganhos de até 14,58% e 14,10% no oitavo e no décimo ciclo de seleção recorrente em famílias de irmãos completos de milho, respectivamente. REIS (2009), avaliando populações derivadas de híbridos simples 76 comerciais de milho empregando a seleção recorrente recíproca, mostraram que o método foi eficiente para promover o progresso genético em 7,9% por ciclo para produtividade de espigas despalhadas nos híbridos interpopulacionais obtidos a partir de populações F2 de híbridos simples de milho. No presente estudo o ganho previsto para MG foi de 1,25%. Ressalta-se que essas progênies foram semeadas em condições adversas de irrigação (safrinha), enfrentando períodos de seca em pelo menos um dos estádios fenológicos da cultura (Figura 2 e 3), principalmente na localidade de Mococa. Observaram-se para σ̂ 2p valores bem próximos àqueles obtidos para a variância da interação progênies x ambientes ( σ̂ 2p x a ) para alguns caracteres como FM, FF, PROL, NRP, CP, DE, NEG e MG (Tabelas 18 e 19). No entanto, a variância de progênies foi maior que a variância da interação genótipo por ambiente para IF, AP e AE. Essas diferenças entre progênies para tais caracteres são decorrentes da constituição genética diferencial. Entretanto, estimativas de σ̂ 2E e de σ̂ 2p x a foram de magnitude elevada para MG. Esse resultado está de acordo com o comportamento esperado para o caráter, em que boa parte da sua variação fenotípica tem sido atribuída a influências ambientais. Os caracteres SG, DE e IF tiveram, proporcionalmente, as menores estimativas de σ̂ 2p x a , indicando pouca influência das condições ambientais sobre eles. A presença de variabilidade genética também pode ser confirmada e quantificada pelo coeficiente de variação genética (CVg), que expressa a magnitude da variação genética em relação à média do caráter (RESENDE, 1991). Segundo SEBBENN et al. (1998), coeficientes de variação genética acima de 7% são considerados altos. No presente estudo, os coeficientes de variação genética para os caracteres NRP, IF e SG e foram considerados elevados (67,6, 28,3 e 7,1%, respectivamente), indicando a existência de variação genética herdável na população, o que possibilita maiores ganhos genéticos para tais caracteres. Os coeficientes de variação genética para NFG (4,73%), AE (4,53%) e MG (4,48%) foram medianos e baixos para CE (3,92%), AP (2,92%), DE (2,85%), CP (2,81%), FF (2,07%) e FM (1,94%). A existência de variação genética indica a possibilidade de melhoramento para esses caracteres com a obtenção de ganhos consideráveis com a seleção. Somente para as variáveis NRP e NFG os valores de índice de seleção (b) foram maiores e próximos a um (3,75 e 0,82, respectivamente). Segundo VENCOVSKY & BARRIGA (1992), uma situação favorável para a seleção entre progênies de milho é 77 observada quando a estimativa do índice b apresenta valor próximo ou superior à unidade. De maneira geral, houve a formação de progênies promissoras para todos os caracteres agronômicos avaliados quando comparadas ao híbrido DAS2B707, que é o híbrido considerado tolerante à seca. Tal resultado indica a eficiência do cruzamento entre as populações contrastantes quanto à tolerância à seca para o desenvolvimento de progênies de IG interpopulacionais com potencial de tolerância ao déficit hídrico, em condições de safrinha. Destaca-se ainda em todos os experimentos de campo o comportamento diferencial da população tolerante e sensível e o desempenho produtivo do híbrido tolerante DAS2B707, corroborando as conclusões do experimento em casa de vegetação. Assim, destaca-se o híbrido DAS2B707 como padrão de tolerância à seca e confirma-se a sensibilidade à seca do FT510. Tabela 18. Estimativas de variância de progênies ( σ̂ 2p ), ambiental ( σ̂ 2E ) e da interação progênies por locais ( σ̂ 2p x a ), da herdabilidade em nível de médias ( ĥ 2 ), ganho genético (Gs e Gs%), índice de variação (b), coeficiente de variação genética (CVg %) e de coeficiente de variação experimental (CV%), relativas aos caracteres avaliados nas 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012. Parâmetros PROL NRP CP FM FF IF SG genéticos espiga ramif. dias nota cm -1 -1 planta pendão 0,720 0,475 1,462 0,874 1,205 0,181 4,512 2,495 3,774 1,471 0,058 1,818 0,426 1,472 0,865 0,640 0,690 1,070 0,546 2,067 3,786 0,403 0,120 9,210 0,334 28,285 84,586 0,419 0,050 2,390 0,348 7,065 20,316 0,387 0,220 21,14 0,276 2,928 10,614 0,779 0,760 6,150 3,746 67,557 18,036 0,581 0,440 1,320 0,341 2,806 8,220 σ̂ 2 p 1,486 1,758 0,135 σ̂ σ̂ 2 E 2 p xa 4,900 5,929 1,395 0,645 0,640 1,010 0,551 1,940 3,520 ĥ 2 Gs Gs (%) b CVG (%) CV% FM - florescimento masculino; FF - florescimento feminino; IF - intervalo entre florescimentos; SG - stay green; PROL – prolificidade; NRP – número de ramificação do pendão e CP – comprimento do pendão. (*) Intensidade de seleção de 20%. 78 Tabela 19. Estimativas de variância de progênies ( σ̂ 2p ), ambiental ( σ̂ 2E ) e da interação progênies por locais ( σ̂ 2p x a ), da herdabilidade em nível de médias ( ĥ 2 ), ganho genético (Gs e Gs%), índice de variação (b), coeficiente de variação genética (CVg %) e de coeficiente de variação experimental (CV%), relativas aos caracteres avaliados nas 150 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho. Campinas e Mococa, 2012. Parâmetros AP AE CE DE NFG MG genéticos cm g planta-1 σ̂ 2p σ̂ σ̂ 2 E 2 p xa 2 ĥ Gs Gs (%) b CVG (%) CV% 33,485 152,379 22,629 83,686 0,358 2,201 0,020 0,065 0,553 0,830 25,353 290,154 16,916 0,569 2,660 1,340 0,484 2,918 6,032 14,249 0,619 2,380 2,260 0,522 4,528 8,672 0,475 0,494 0,240 1,570 0,357 3,922 10,998 0,019 0,646 0,070 1,490 0,555 2,853 5,142 0,522 0,800 0,480 3,060 0,817 4,730 5,788 29,997 0,344 1,400 1,250 0,297 4,481 15,072 AP - altura da planta; AE - altura da espiga; CE - comprimento de espiga; DE - diâmetro da espiga; NFG - número de fileiras de grãos na espiga e MG - massa de grãos. (*) Intensidade de seleção de 20%. Na Tabela 20 são apresentadas as estimativas de correlação fenotípica entre os caracteres avaliados no presente estudo. Os maiores valores de correlação fenotípica foram obtidos entre os caracteres FM e FF (0,96**) e entre AP e AE (0,80**). Em geral, houve pouca relação dos caracteres SG, IF, NRP, CP, PROL e MG com os demais caracteres avaliados. Foram obtidos valores de correlação fenotípica positiva e significativa (P<0,05) entre FF e IF (0,42*), NRP e NFG (0,37*), enquanto houve correlação fenotípica negativa e significativa (P<0,05) entre SG e AP (-0,37*) e entre NRP e CP (-0,16*). O caráter MG apresentou estimativa da correlação fenotípica positiva e significativa (P<0,05) apenas com PROL (0,39*). Este resultado para correlação entre MG e PROL está de acordo com SOUZA JUNIOR, 1985; ZAIDI et al. (2004) e CÂMARA et al. (2007), que relataram fortes evidênciais de correlação positiva entre esses dois caracteres. Infere-se, portanto, que plantas de milho mais prolíficas apresentaram maior produtividade de grãos. Entretanto, as estimativas de correlação fenotípica entre MG e caracteres como NRP, IF e SG foram não-significativas, discordando de CÂMARA et al. (2007) que verificaram estimativa de correlação fenotípica significativa envolvendo MG com os caracteres NRP (0,13), IF (-0,28 a 0,30) e (-0,13 a -0,46). Em trabalhos de melhoramento, o conhecimento da associação 79 entre caracteres é de grande importância, principalmente, se houver dificuldades na seleção de um desses caracteres devido a baixa herdabilidade e/ou problemas na identicação e medição. Neste caso, a seleção indireta pode levar progressos mais rápidos que a seleção direta para o caráter desejado (CÂMARA et al., 2007). Diante dos resultados obtidos, a seleção para prolificidade tenderia a ser mais precisa que para os demais caracteres e poderia indiretamente aumentar a massa de grãos sob condições de déficit hídrico. 80 Tabela 20. Valores e significâncias dos coeficientes de correlação fenotípica (rf) entre os caracteres avaliados nas 20% progênies de irmãos germanos selecionadas em Campinas e Mococa. Safrinha 2012. Caracteres MG FM FF IF SG AP AE CE DE NFG CP NRP PROL MG - FM -0,16 - FF -0,11 0,96** - IF -0,27 0,17 0,42* - SG -0,04 -0,13 -0,13 0,03 - AP 0,27 0,55** 0,57** 0,19 -0,37* - AE 0,09 0,66** 0,66** 0,20 -0,03 0,80** - CE 0,08 -0,03 -0,08 -0,42* -0,28 -0,02 -0,17 - DE 0,05 -0,22 -0,21 0,04 -0,12 0,01 -0,22 0,21 - NFG 0,18 -0,25 0,18 -0,16 0,20 0,45* 0,32 0,18 0,40* - CP 0,25 0,10 0,04 -0,18 0,18 0,18 0,01 0,35 0,11 0,09 - NRP 0,01 0,27 0,25 0,04 -0,04 0,22 0,30 0,09 0,05 0,37* -0,16* - PROL 0,39* 0,23 0,25 0,16 0,04 0,14 0,21 0,07 -0,17 0,16 0,15 0,16 - MG – massa de grãos; FM- florescimento masculino; FF – florescimento feminino; IF – intevalo entre florescimento; SG – stay green; AP – altura da planta; AE – altura da espiga; CE – comprimento da espiga; DE – diâmetro da espiga; NFG – número de fileiras de grãos na espiga; CP – comprimento do pendão; NRP – número de ramificação de pendão e PROL – prolificidade. *, ** significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t. 81 4.6 Avaliação e discriminação das melhores e piores progênies de irmãos germanos quanto à tolerância à seca em casa de vegetação De acordo com os resultados obtidos de massa de grãos dos experimentos de campo com as progênies de irmãos germanos interpopulacionais realizados em Campinas e Mococa, 2012, foram selecionadas as progênies 58Bx65A e 121Bx116A (consideradas sensíveis à seca), as progênies 9Bx7A e 156Ax150B (selecionadas como tolerantes à seca). Essas quatro progênies, a População Tolerante (POP TOL) e a População Sensível (POP SENS) à seca foram, então, semeadas em casa de vegetação e avaliadas quanto aos parâmetros fisiológicos e biométricos. 4.6.1 Déficit hídrico a partir do estádio vegetativo Quando houve suspensão da rega a partir do estádio vegetativo foi possível verificar uma redução significativa do Ψw em todos os genótipos avaliados, com valores variando de -0,67 MPa a -1,27 MPa (Figura 17). Constatou-se diferença significativa entre genótipos nos dois tratamentos de irrigação empregados. No tratamento submetido a restrição hídrica verificou-se que a progênie 9Bx7A (-0,80 MPa) , a POP TOL (-0,90 MPa) e a POP SENS (-0,67 MPa) apresentaram maiores Ψw sob déficit hídrico, indicando maior hidratação dessas plantas mesmo após 25 dias sob deficiência hídrica. 58Bx65A 121Bx116A 9Bx7A 156Ax150B POP TOL POP SENS 0,0 Potencial da água na folha (MPa) -0,2 -0,4 aA aA aA bA -0,6 bA bA -0,8 aB aB -1,0 aB -1,2 bB -1,4 -1,6 -1,8 -2,0 bB bB irrigado déficit hídrico Figura 17. Potencial da água na folha (Ψw) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações 82 realizadas às 05h30 após 25 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. As medidas de condutância estomática (gs) foram realizadas no horário de maior demanda atmosférica (13:30 h) e indicam uma redução considerável dos valores de gs em praticamente todos os genótipos submetidos ao déficit hídrico, exceto para progênie 9Bx7A que apresentou maior valor de gs nos dois tratamentos de irrigação (Figura 18, em a), podendo inferir que esta progênie manteve os estômatos abertos no horário de maior demanda atmosférica mesmo após o período de déficit hídrico. Esse resultado indica que esta progênie possui maior conteúdo de água (Ψw) na planta como apresentado na Figura 17. Houve redução da assimilação de CO2 (A) em todos os genótipos devido ao déficit hídrico (Figura 18, em b) e, consequentemente, também da transpiração (E) (dados não apresentados). Tanto em condições de irrigação plena quanto sob déficit hídrico a progênie 9Bx7A e a POP SENS apresentaram elevados valores de A e E. No outro extremo, as progênie 58Bx65A (sensível à seca) e 156Ax150B (tolerante à seca) apresentaram valores reduzidos dessas variáveis sob condição de estresse. 1,00 (a) irrigado déficit hídrico (b) 60 55 aA 50 0,75 45 aA aA aA aA -2 -1 A (mmol m s ) -2 -1 gs (mol m s ) 40 0,50 aA 0,25 bA bA bA bA aA bB aB 30 aB bA 25 20 bB bB 15 10 cA bB 35 bB bB bB 5 cB cB 0 0,00 58B X 65A 121Bx116A 9B X 7A 156Ax150B POP TOL POP SENS 58B X 65A 121Bx116A 9B X 7A 156Ax150B POP TOL POP SENS Figura 18. Condutância estomática (gs, em a) e assimilação de CO2 (A, em b) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Avaliações realizadas às 13h30 após 25 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. 83 Em relação a eficiência máxima potencial do fotossistema II (Fv/Fm), verificouse que os valores em 121Bx116A, 9Bx7A e POP TOL permaneceram constantes mesmo após o déficit hídrico (Tabela 21), indicando alta eficiência no uso da radiação nas reações primárias da fotossíntese (SILVA et al., 2007). Houve redução significativa do coeficiente de extinção fotoquímica da fluorescência (qP) em praticamente todos os genótipos devido ao déficit hídrico, exceto para a progênie 9Bx7A, que não apresentou diferença significativa nos dois tratamentos hídricos impostos. Essa mesma progênie apresentou maior valor desse parâmetro em condições de seca quando comparado aos demais genótipos avaliados na mesma condição de estresse, caracterizando uma maior dissipação de energia para o metabolismo de carbono. Verificou-se que as progênies consideradas sensíveis à seca 58Bx65A, 121Bx116A e a POP SENS apresentaram menores valores de qP em condições de deficiência hídrica. O déficit hídrico aumentou o coeficiente de extinção não-fotoquímica da fluorescência (NPQ) em todos os genótipos. A progênie 156Ax150B obteve maior valor de NPQ no tratamento sob condição de estresse, indicando que houve maior dissipação da energia luminosa absorvida na forma de energia térmica em detrimento ao aproveitamento desta energia em efeito fotoquímico, ou seja, na produção de energia química na forma de ATP e NADPH. A deficiência hídrica provocou redução também na taxa aparente do transporte de elétrons (ETR) em comparação ao tratamento irrigado, exceto para 9Bx7A e POP TOL que não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos hídricos impostos. A redução de ETR indica que o estresse inibe o transporte de elétrons no fotossistema II, compromentendo o metabolismo de carbano nesses genótipos. A POP TOL e a progênie 9Bx7A apresentaram maiores valores de ETR no tratamento sob déficit hídrico. 84 Tabela 21. Eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Campinas, 2013. Variáveis/Tratamento hídrico Fv/Fm Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 0,74 ± 0,02 aA 0,64 ± 0,06 bB 121Bx116A 0,75 ± 0,03 aA 0,72 ± 0,03 aA 9Bx7A 0,74 ± 0,01 aA 0,74 ± 0,02 aA 156Ax150B 0,72 ± 0,03 aA 0,59 ± 0,08 bB POP. TOL 0,76 ± 0,01 aA 0,71 ± 0,04 aA POP. SENS 0,76 ± 0,01 aA 0,65 ± 0,05 bB qP Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 0,53 ± 0,03 aA 0,33 ± 0,04 cB 121Bx116A 0,51 ± 0,02 aA 0,34 ± 0,04 cB 9Bx7A 0,53 ± 0,01 aA 0,51 ± 0,01 aA 156Ax150B 0,51 ± 0,03 aA 0,24 ± 0,08 dB POP. TOL 0,49 ± 0,01 aA 0,44 ± 0,06 bB POP. SENS 0,53 ± 0,02 aA 0,28 ± 0,02 dB NPQ Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 0,74 ± 0,09 bB 1,84 ± 0,16 dA 121Bx116A 0,79 ± 0,13 bB 1,99 ± 0,08 bA 9Bx7A 0,86 ± 0,06 bB 2,09 ± 0,03 bA 156Ax150B 0,82 ± 0,05 bB 2,64 ± 0,07 aA POP. TOL 0,95 ± 0,13 aB 2,03 ± 0,06 bA POP. SENS 0,97 ± 0,07 aB 1,94 ± 0,05 cA ETR (µmol m-2 s-1) Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 152,12 ± 10,17 aA 59,86 ± 3,27 bB 121Bx116A 178,01 ± 17,00 aA 68,02 ± 10,22 bB 9Bx7A 163,85 ± 8,12 aA 123,09 ± 10,53 aA 156Ax150B 135,94 ± 49,00 aA 32,25 ± 11,20 cB POP. TOL 168,78 ± 10,48 aA 121,93 ± 13,41 aA POP. SENS 145,27 ± 24,37 aA 79,15 ± 10,74 bB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 25 dias sob déficit hídrico. As progênies 58Bx65A e 156Ax150B sofreram redução na altura da planta (AP) devido ao déficit hídrico, enquanto os demais genótipos não apresentaram diferença significativa nos dois tratamentos hídricos empregados. O diâmetro do colmo (DIAM) 85 não sofreu alteração significativa entre os genótipos e entre tratamento de irrigação, por isso, os resultados não foram apresentados na Tabela 22. Houve redução significativa da massa de grãos (MG) após o déficit hídrico com perdas de 68%, 67%, 60% e 51% para 58Bx65A, 121Bx116A, 156Ax150B e POP SENS, respectivamente. Para a progênie 9Bx7A e POP TOL as perdas de 28%, e de 30%, respectivamente, não foram consideradas significativas em relação aos valores de MG obtidos por esses dois genótipos no tratamento irrigado, indicando estabilidade de produção desses dois genótipos mesmo sob condições adversas de irrigação. Verificou-se também a ocorrência de perdas significativas da massa seca total (MST) devido ao déficit hídrico em praticamente todos os genótipos avaliados, exceto para a POP TOL que manteve a sua biomassa constante nos dois tratamentos de irrigação empregados. Tabela 22. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio vegetativo (V5). Campinas, 2013. Variáveis/Tratamento hídrico Genótipos AP (cm) Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 240,00 ± 14,14 aA 130,50 ± 3,54 aB 121Bx116A 200,00 ± 76,37 aA 166,50 ± 4,95 aA 9Bx7A 184,00 ± 28,20 aA 188,50 ± 27,58 aA 156Ax150B 222,00 ± 28,28 aA 153,50 ± 16,26 aB POP. TOL 169,50 ± 43,13 aA 152,00 ± 29,70 aA POP. SENS 204,00 ± 7,07 aA 138,50 ± 34,65 aA -1 MG (g planta ) Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 162,50 ± 0,06 aA 52,50 ± 0,06 dB 121Bx116A 233,58 ± 0,11 aA 77,86 ± 0,15 bB 9Bx7A 131,07 ± 0,06 aA 95,00 ± 0,13 aA 156Ax150B 187,50 ± 0,07 aA 75,36 ± 0,06 cB POP. TOL 147,86 ± 0,36 aA 104,18 ± 0,15 aA POP. SENS 161,07 ± 0,09 aA 80,00 ± 0,12 bcB -1 MST (g planta ) Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 451,43 ± 0,07 aA 162,15 ± 0,17 bB 121Bx116A 435,72 ± 0,14 aA 288,58 ± 0,04 aB 9Bx7A 437,86 ± 0,02 aA 350,00 ± 0,25 aB 156Ax150B 403,57 ± 0,07 aA 198,57 ± 0,36 bB POP. TOL 337,14 ± 0,14 aA 321,43 ± 0,21 aA POP. SENS 450,00 ± 0,29 aA 321,79 ± 0,28 aB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas 86 distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=2) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 25 dias sob déficit hídrico. A redução relativa (em relação ao controle) em cada variável analisada foi calculada e os resultados são apresentados na Figura 19. De acordo com essa análise, pode-se inferir que a progênie 9Bx7A foi menos afetada pelo déficit hídrico (considerando MG e MST) devido à maior tolerância de gs, A e ETR (valores mais próximos de 1), além de apresentar elevado Ψw (Figura 17), confirmando sua resistência ao déficit hídrico. Por outro lado, a progênie 58Bx65A foi comprovada como padrão de sensibilidade à seca devido as perdas significativas de MG e de MST após o período de seca provocadas pela menor tolerância de gs e A, aliado ao baixo valor de Ψw. Figura 19. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), assimilação de CO2 (A), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP) e taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) de seis genótipos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio vegetativo (V5). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico. 87 4.6.2 Déficit hídrico a partir do estádio de florescimento Após o período de deficiência hídrica na fase de florescimento pode-se observar redução do Ψw em todos os genótipos avaliados, indicando menor conteúdo de água nas plantas dos genótipos submetidos ao estresse. No entanto, não foi possível verificar diferenças significativas entre genótipos nos dois tratamentos hídricos empregados (Figura 20). 58Bx65A 121Bx116A 9Bx7A 156Ax150B POP TOL POP SENS 0,0 Potencial da água na folha (MPa) -0,2 -0,4 aA aA -0,6 aA aA -0,8 -1,0 -1,2 aA aA aB aB aB aB aB aB -1,4 -1,6 -1,8 irrigado déficit hídrico -2,0 Figura 20. Potencial da água na folha (Ψw) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 05h30 após 37 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. O período de suspenção da rega reduziu gs em todos os genótipos (Figura 21a). Esse comportamento de fechamento estomático pode estar associado a uma rápida adaptação dessas plantas ao estresse hídrico (MENCUCCINI et al., 2000). Este fato permite à planta transpirar menos, controlando a perda de água e diminuindo os possíveis danos à planta, apesar da redução da assimilação de CO2 (A). Apenas no tratamento irrigado foi possível detectar diferença significativa entre os genótipos, sendo 121Bx116A, 9Bx7A e POP SENS apresentando maior valor de gs. Os valores de A e E em todos os genótipos também sofreram redução após o déficit hídrico. Na condição de restrição hídrica a progênie 58Bx65A apresentou menor 88 assimilação de CO2 (Figura 21b). A mesma tendência também foi verificada para a transpiração dessa progênie que apresentou reduzido valor de E após o déficit hídrico (dados não apresentados). As progênies 9Bx7A e 156Ax150B, consideradas tolerantes à seca, apresentaram maiores valores de A e E nas condições de déficit hídrico. irrigado déficit hídrico (b) (a) 60 1,00 aA 55 aA bA 50 aA 0,75 aA 45 bA -2 -1 A (mmol m s ) 0,50 aB aB 0,25 aB bA bA 40 bA bA -2 -1 gs (mol m s ) aA aA aB aB aB 35 aB 30 aB 25 15 bB bB 20 bB cB 10 5 0,00 0 58B X 65A 121Bx116A 9B X 7A 156Ax150B POP TOL POP SENS 58B X 65A 121Bx116A 9B X 7A 156Ax150B POP TOL POP SENS Figura 21. Condutância estomática (gs, em a) e assimilação de CO2 (A, em b) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Avaliações realizadas às 13h30 após 37 dias sob déficit hídrico. Cada histograma representa o valor médio (n=3) ± desvio padrão. Letras minúsculas distintas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. A variável Fv/Fm tem sido considerada uma boa referência para diagnosticar a integridade do sistema fotossintético em diferentes espécies. No presente estudo, a suspensão da irrigação levou a redução de Fv/Fm em praticamente todos os genótipos avaliados, exceto para a progênie 9Bx7A e para a POP TOL (Tabela 23), o que indica alta eficiência no uso da radiação nas reações primárias da fotossíntese nesses dois genótipos. No tratamento sob déficit hídrico as progênies 58Bx65A e 121Bx116A, consideradas sensíveis à seca, apresentaram valores reduzidos de Fv/Fm, indicando a ocorrência de perturbações no sistema fotossintético causada pelo estresse, visto que a redução desta variável indica inibição da atividade fotoquímica e, consequentemente, compromete a assimilação de CO2. Houve redução de qP em todos os genótipos devido ao déficit hídrico. Verificouse diferença significativa entre genótipos apenas no tratamento irrigado, sendo a POP 89 TOL e POP SENS apresentando maiores valores de qP, indicando maior dissipação da energia luminosa nos processos fotoquímicos da fotossíntese. Para a variável NPQ, apenas a progênie 9Bx7A apresentou valor reduzido quando submetido ao déficit hídrico. Essa redução indica adequada eficiência fotoquímica na produção de ATP e NADPH para o metabolismo de carbono. A deficiência hídrica provocou redução na taxa aparente do transporte de elétrons (ETR) em todos os genótipos em comparação ao tratamento irrigado (Tabela 23). A redução de ETR indica que o estresse inibe o transporte de elétrons no fotossistema II, compromentendo o metabolismo de carbono. Houve diferença estatística entre genótipos nos dois tratamentos hídricos empregados. Na condição irrigada a POP TOL e POP SENS apresentaram maiores ETR. Enquanto sob condição de estresse, a progênie 58Ax65B obteve menor valor de ETR. Tabela 23. Eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficientes de extinção fotoquímica (qP) e não fotoquímica (NPQ) da fluorescência e transporte aparente de elétrons (ETR) de quatro híbridos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Campinas, 2013. Variáveis/Tratamento hídrico Genótipos Fv/Fm Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 0,71 ± 0,04 aA 0,61 ± 0,04 cB 121Bx116A 0,74 ± 0,01 aA 0,57 ± 0,07 cB 9Bx7A 0,73 ± 0,03 aA 0,74 ± 0,03 aA 156Ax150B 0,74 ± 0,02 aA 0,67 ± 0,02 bB POP. TOL 0,71 ± 0,01 aA 0,65 ± 0,03 bA POP. SENS 0,75 ± 0,01 aA 0,67 ± 0,08 bB qP Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 0,32 ± 0,06 bA 0,14 ± 0,07 aB 121Bx116A 0,38 ± 0,07 bA 0,18 ± 0,03 aB 9Bx7A 0,37 ± 0,02 bA 0,26 ± 0,01 aB 156Ax150B 0,37 ± 0,03 bA 0,20 ± 0,02 aB POP. TOL 0,44 ± 0,03 aA 0,20 ± 0,03 aB POP. SENS 0,46 ± 0,04 aA 0,18 ± 0,05 aB NPQ Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 1,01 ± 0,18 bA 1,04 ± 0,38 cA 121Bx116A 1,46 ± 0,31 aB 2,74 ± 0,54 aA 9Bx7A 1,49 ± 0,33 aA 0,77 ± 0,04 cB 156Ax150B 0,89 ± 0,26 bA 1,22 ± 0,30 cA POP. TOL 1,48 ± 0,08 aA 1,26 ± 0,21 cA POP. SENS 1,13 ± 0,16 bB 2,06 ± 0,37 bA Genótipos ETR (µmol m-2 s-1) 90 Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 125,38 ± 23,31 bA 15,84 ± 5,46 bB 121Bx116A 141,94 ± 6,39 bA 47,06 ± 2,10 aB 9Bx7A 126,03 ± 14,09 bA 46,69 ± 9,20 aB 156Ax150B 140,69 ± 17,96 bA 42,38 ± 5,32 aB POP. TOL 173,20 ± 0,76 aA 44,13 ± 10,09 aB POP. SENS 173,89 ± 13,92 aA 49,07 ± 6,01 aB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=3) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 37 dias sob déficit hídrico. A progênie 58Bx65A foi a única que teve a altura da planta reduzida devido ao déficit hídrico (Tabela 24). Nos demais genótipos não houve diferença significativa de AP entre os dois tratamentos de irrigação empregados. A variável DIAM não apresentou diferença significativa entre genótipos e entre tratamentos de irrigação (dados não apresentados). Houve redução significativa de MG devido ao déficit hídrico, apresentando perdas de 89%, 63%, 66% e 61% para 58Bx65A, 121Bx116A, 156Ax150B e POP SENS, respectivamente. Para a progênie 9Bx7A e POP TOL as perdas de 5%, e de 28%, respectivamente, não foram consideradas significativas. O déficit hídrico também reduziu significativamente a massa seca total (MST) em todos os genótipos avaliados. Tabela 24. Altura da planta (AP), diâmetro do colmo (DIAM), massa de grãos (MG) e massa seca total (MST) de seis genótipos de milho avaliados sob condição irrigada e sob déficit hídrico a partir do estádio de florescimento (R1). Campinas, 2013. Variáveis/Tratamento hídrico Genótipos AP (cm) Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 240,00 ± 14,14 aA 159,50 ± 19,09 aB 9Bx7A 200,00 ± 76,37 aA 159,00 ± 26,87 aA 121Bx116A 184,00 ± 28,20 aA 163,33 ± 18,14 aA 156Ax150B 222,00 ± 28,28 aA 222,50 ± 16,26 aA POP. TOL 169,50 ± 43,13 aA 188,00 ± 22,63 aA POP. SENS 204,00 ± 7,07 aA 158,25 ± 22,27 aA MG (g planta-1) Genótipos Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 162,50 ± 0,06 aA 18,29 ± 0,04 dB 121Bx116A 233,58 ± 0,11 aA 86,14 ± 0,07 bB 9Bx7A 131,07 ± 0,06 aA 124,29 ± 0,45 aA 156Ax150B 187,50 ± 0,07 aA 64,00 ± 0,48 cB POP. TOL 147,86 ± 0,36 aA 115,72 ± 0,14 aA POP. SENS 161,07 ± 0,09 aA 62,50 ± 0,14 cB Genótipos MST (g planta-1) 91 Irrigado Déficit hídrico 58Bx65A 451,43 ± 0,07 aA 163,57 ± 0,10 aB 121Bx116A 435,72 ± 0,14 aA 271,79 ± 0,13 aB 9Bx7A 437,86 ± 0,02 aA 261,79 ± 0,18 aB 156Ax150B 403,57 ± 0,07 aA 280,72 ± 0,43 aB POP. TOL 337,14 ± 0,14 aA 227,50 ± 0,46 aB POP. SENS 450,00 ± 0,29 aA 209,29 ± 0,10 aB Letras minúsculas distintas nas colunas indicam diferenças estatísticas (P<0,05) pelo teste de Scott-Knott entre os híbridos na mesma condição hídrica e letras maiúsculas distintas nas linhas representam diferenças estatísticas entre os tratamentos hídricos. Média (n=2) ± desvio padrão. Medidas avaliadas após 37 dias sob déficit hídrico. De acordo com a Figura 22 podemos inferir que a progênie 9Bx7A e a POP TOL apresentaram adequada MG e MST devido a maiores valores de gs e A obtidos. A progênie 58Bx65A apresentou perdas significativa de MG após o déficit hídrico, sendo comprovada a sua sensibilidade à seca. Figura 22. Representação gráfica da redução relativa da altura da planta (AP), massa de grãos (MG), massa seca total (MST), condutância estomática (gs), assimilação de CO2 (A), eficiência quântica potencial do fotossistema II (Fv/Fm), coeficiente de dissipação não-fotoquímica da fluorescência (NPQ), coeficiente de dissipação fotoquímica (qP) e taxa aparente de transporte de elétrons (ETR) de seis genótipos de milho submetidos a dois tratamentos hídricos a partir do estádio de florescimento (R1). Valores maiores que 1 indicam aumento na variável específica sob déficit hídrico. 92 Pelos resultados apresentados conclui-se que a POP TOL e a progênie 9Bx7A são consideradas tolerantes ao déficit hídrico nos estádios vegetativo e florescimento da cultura, enquanto que, a progênie 58Bx65A foi confirmada como padrão de sensibilidade à seca nos dois estádios fenológicos avaliados. De maneira geral, as progênies 121Bx116A e 156Ax150B apresentaram níveis intermediários de tolerância ao déficit hídrico nas duas fases de desenvolvimento da cultura. 5 CONCLUSÕES 1. O híbrido DAS2B707 é considerado tolerante à seca no estádio vegetativo devido à maior eficiência dos processos fotossintéticos após período de déficit hídrico, enquanto o AS1522 mostra-se resistente ao déficit hídrico no estádio de florescimento pela maior concentração de carboidratos na folha. 2. Os principais mecanismos fisiológicos de tolerância à seca são relacionados com a fotossíntese (Ai, qP, ETR e NPQ) e manutenção do status hídrico ( Ψw e gs) da planta. 3. Os estádios vegetativo e florescimento são considerados os mais críticos da cultura do milho devido à maior redução da produtividade dos híbridos sob déficit hídrico nesses estádios. 4. A progênie 9Bx7A confirma ser tolerante à seca e a 58Bx65A revela-se padrão de sensibilidade ao déficit hídrico nos estádios vegetativo e florescimento. 5. Não foi possível eleger um parâmetro fisiológico eficiente na seleção e discriminação de progênies, para futura utilização em programas de melhoramento de milho. 6. Ressaltam-se progênies de IG interpopulacionais promissoras, com elevada produtividade em condições de safrinha (déficit hídrico) e confirma-se a importância de caracteres secundários (intervalo entre florescimentos, prolificidade, número de ramificação de pendão e stay green) em progênies tolerantes à seca. 93 7. Existe elevada herdabilidade para os caracteres número de fileiras de grãos na espiga (NFG), número de ramificação de pendão (NRP), florescimento masculino (FM) e feminino (FF), diâmetro da espiga (DE) e altura da espiga (AE), demonstrando forte controle genético na herança destes caracteres e a possibilidade de se obter altos ganhos com a seleção dentro de progênies. 8. As médias de produtividade e a magnitude das estimativas dos parâmetros genéticos obtidos das progênies indicam que, de maneira geral, existe variabilidade genética para ser explorada nos próximos ciclos de seleção recorrente para tolerância à seca em milho. 94 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRIANUAL 2011. Anuário estatístico da agricultura brasileira. São Paulo: FNP, p.496, 2010. AGUIAR, A.M. Uso do Delineamento III com marcadores paraanálise genética da produção de grãos e seus componentes em milho. 2003. 127p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plnatas) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba. AINSWORTH, E.A.; BUSH, D.R. Carbohydrate export from the leaf: a highly regulated process and target to enhance photosynthesis and productivity. Plant Physiology, v.155, p.64-69, 2011. ALDRICH, S.R.; SCOTT, W.O.; LENG, E.R. Modern corn production. 2.ed. Champaign: A & L Publication, p.371, 1982. ALVES, G.F.; RAMALHO, M.A.P.; SOUZA, J.C. Alterações nas propriedades genéticas da população CMS-39 submetida à seleção massal para a prolificidade. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, v.1, n.3, p.89-101, 2002. AMARAL, L.I.V.; GASPAR, M.; COSTA, P.M.F.; AIDAR, M.P.M.; BUCKERIDGE, M.S. Novo método enzimático rápido e sensível de extração e dosagem de amido em materiais vegetais. Hoehnea, São Paulo, v. 34, p. 425-431, 2007. ANGELOCCI, L. R. Água na planta e trocas gasosas/energéticas com a atmosfera: introdução ao tratamento biofísico. Piracicaba: FEALQ, p.272, 2002. BAKER, N. R. Light-use efficiency and photoinhibition of photosynthesis in plants under environmental stress. In: Smith JAC, Griffiths H (eds.) Water deficits plant responses from cell to community. Bios Scientific Publisher, Oxford, p.221-235, 1993. BAKER, N.R.; ROSENQVIST, E. Application of chlorophyll fluorescence can improve crop production strategies: an examination of future possibilities. Journal of Experimental Botany, v.55, p.1607-1621, 2004. BÄNZINGER, M.; EDMEADES, G.O.; BECK, D.; BELLON, M. Breeding for drought and nitrogen stress tolerance in maize: from theory to practice. Mexico, D.F.: CIMMYT. 68p, 2000. BERGAMASCHI, H.; DALMAGO, G.A.; BERGONCI, J.I.; BIANCHI, C.A.M.; MÜLLER, A.G.; COMIRAN, F.; HECKLER, B.M.M. Distribuição hídrica no período crítico do milho e produção de grãos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.39, p.831839, 2004. BERGAMASCHI, H.; DALMAGO, G.A.; COMIRAN, F.; BERGONCI, J.I.; MÜLLER, A.G.; FRANÇA, S.; SANTOS, A.O.; RADIN, B.; BIANCHI, C.A.M.; 95 PEREIRA, P.G. Deficit hídrico e produtividade na cultura do milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41, p.243-249, 2006. BERGONCI, J.I.; BERGAMASCHI, H.; BERLATO, M.A.; SANTOS, O.S. Potencial da água na folha como um indicador de déficit hídrico em milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.35, p.1531-1540, 2000. BERGONCI, J.I.; BERGAMASCHI, H.; SANTOS, A.O.; FRANÇA, S.; RADIN, B. Eficiência da irrigação em rendimento de grãos e matéria seca de milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.36, p.949-956, 2001. BETRÁN, F.J.; BECK, D.; BAZINGER, M.; EDMEADES, G.O. Secondary traits in parental inbreds and hybrids under stress and non-stress environments in tropical maize. Field Crops Research, Amsterdam, v.83, p.51-65, 2003. BIELESKI, R.L.; TURNER, A. Separation and estimation of amino acids in crude plant extracts by thin-layer electrophoresis and chromatography. Analytical Biochemistry, New York, v.17, p. 278-293, 1966. BLUM, A. Crop responses to drought and the interpretation of adaptation. In: BELHASSEN, E. (Ed.). Drought tolerance in higher plants. Genetical, physiological and molecular biological analysis. Dordrecht: Kluwer Academic, p.57-70, 1997. BOYER, J. S. Leaf enlargement and metabolic rates in corn, soybean, and sunflower at various leaf water potencials. Plant Physiology, 46, p. 233-235, 1970. BOLAÑOS, J.; EDMEADES, G.O. Eight cycles of selection for drought tolerance in lowland tropical maize. I. Responses in grain yield, biomass, and radiation utilization. Field Crops Research, Amsterdam, v.31, p.233-252, 1993a. BOLAÑOS, J.; EDMEADES, G. O. Eight cycles of selection for drought tolerance in lowland tropical maize. II Responses in reproductive behaviour. Field Crops Research, Amsterdam, v. 31, p. 253- 268, 1993b. BOLAÑOS, J.; EDMEADES, G.O. The importance of the anthesis-silking interval in breeding for drought tolerance in tropical maize. Field Crops Research, Amsterdam, v.48, p.65-80, 1996. BOLAÑOS, J.; EDMEADES, G. O.; MARTINEZ, L. Eight cycles of selection for drought tolerance in lowland tropical maize. III. Responses in drought-adaptive physiological and morphological traits. Field Crops Research, Amsterdam, v. 31, p. 269- 286, 1993. BOLAÑOS, J.; EDMEADES, G.O. Maize breeding for drought tolerance. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON ENVIRONMENTAL STRESS, 1992, Belo Horizonte. Maize in perspective: proceedings. Sete Lagoas: Embrapa-CNPMS / Ciudad del México: CIMMYT/UNDP, p.397-431, 1995. BOLHÀR-NORDENKAMPF, H. R.; LONG, S. P.; BAKER, N. R.; ÖQUIST, G.; SCHREIDER, U.; LECHNER E. G. Chlorophyll fluorescence as probe of the 96 photosynthetic competence of leaves in the field: A review of current instrument. Functional Ecology, v.3, p.497- 514, 1989. BORÉM, A. Melhoramento de Plantas, 3º edição. Viçosa: UFV. 453p., 2001. BRAY, E. A. Plant responses to water deficit. Trend in Plant Science, London, v. 2, p. 48-54, 1997. CÂMARA, T.M.M. Mapeamento de QTLs de caracteres relacionados à tolerância ao estresse hídrico em milho tropical. 2006. 178p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Universidade de São Paulo, Piracicaba. CÂMARA, T.M.M.; VIEIRA BENTO, D.A.; ALVES, G.F.; SANTOS, M.F.; MOREIRA, J.U.V.; SOUZA JUNIOR, C.L. de. Parâmetros genéticos de caracteres relacionados à tolerância à deficiência hídrica em milho tropical. Bragantia, Campinas, v.66, n.4, p.595-603, 2007. CARLESSO, R.; PEITER, M. X.; JADOSKI, S. O.; MARCOLAN, A. Resposta do milho irrigado submetido a diferentes frações de água disponível no solo. In: Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 21, 1996, Londrina. Resumos... Londrina: IAPAR, p.196, 1996. CARMO, S.L.M.; SANTOS, J.B.; HAGIWARA, W.E.; FERREIRA, J.L. Avaliação do "stay green" em famílias segregantes de feijão (Phaseolus vulgaris L.) Ciência e Agrotecnologia, v.31, p.953-957, 2007. CARVALHO, H. W. L de.; GUIMARÃES, P. E.de O.; LEAL, M. de L da S.; CARVALHO, P. C. L. de.; SANTOS, M. X. dos. Avaliação de progênies de meiosirmãos da população de milho CMS 453 no Nordeste brasileiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.8, p.1577 - 1584, 2000b. CARVALHO, H. W. L de.; LEAL, M. de L da S.; GUIMARÃES, P. E. de O.; SANTOS, M. X. dos.; CARVALHO, P. C. L. de. Três ciclos de seleção entre e dentro de progênies de meios-irmãos na população de milho CMS 52. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.8, p.1621-1628, 2000a. CARVALHO, H. W. L de.; SANTOS, M. X. dos.; LEAL, M. de L da S.; CARAVLHO, P. C. L. de. Melhoramento genético da cultivar de milho BR 5033-Asa Branca no Nordeste brasileiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.7, p.1417 1425, 2000c. CHAPMAN, S.C., and G.O. EDMEADES. Selection improves tolerance to mid/late season drought in tropical maize populations. II. Direct and correlated responses among secondary traits. Crop Sci. 39 (In press), 1999. CHAVES, M.M. Effects of water deficits on carbon assimilation. Journal of Experimental Botany, v.42, p.1-16, 1991. 97 CHAVES, M.M.; OLIVEIRA , M.M. Mechanisms underlying plant resilience to water deficits: prospects for water-saving agriculture. Journal of Experimental Botany, v.55, p.2365-2384, 2004. COMSTOCK, R.E.; ROBINSON, H.F.; HARVEY, P.H. A breeding procedure designed to make maximum use of both general and specific combining ability. Agronomy Journal, Madison, v.41, p.360-367, 1949. CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento (2013). Boletim informativo. COSTA, E. F. N.; SANTOS, M.F.; MORO, G.V.; ALVES, G.F.; SOUZA JÚNIOR, C.L. Herança da senescência retardada em milho. Pesquisa agropecuária Brasileira, Brasília. v. 43, n.2, p. 207-213, 2008. CRUZ, C.D. Programa Genes: Aplicativo Computacional em Genética e Estatística. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG, 2001. DEDEMO, G.C. Expressão gênica diferencial durante déficit hídrico em duas cultivares de cana-de-açúcar. Dissertação (Mestrado em Agronomia – Genética e Melhoramento de Plantas). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Botucatu. DUBOIS, M.; GILLES, K.A.; HAMILTON, J.K.; REBERS, P.A.; SMITH, F. Colorimetric method for determination of sugars and related substances. Analytical Chemistry, London, v.28, p. 350-356, 1956. DURÃES, F. O. M.; PAIVA, E.; MAGALHÃES, P. C.; SANTOS, M. X. DOS; PEREIRA, J. J.; LABORY, C. R. G. Critérios morfofisiológicos utilizados para seleção de genótipos de milho visando tolerância a seca. VI Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal. Belém, 1997. DURÃES, F. O. M.; SANTOS, M. X. dos.; GOMES e GAMA; E. E.; MAGALHÃES, P. C.; GUIMARÃES, C. T. Fenotipagem associada à tolerância à seca em milho para uso em melhoramento, estudos genômicos e seleção assistida por marcadores. Sete Lagoas: MAPA/Embrapa Milho e Sorgo, 2004. 18 p. (Circular Técnica, 39). DUVICK, D.N.; CASSMAN, K.G. Post-green revolution trends in yield potential of temperature maize in the North-Central United States. Crop Science, Madison, v.39,p.1622-1630, 1999. EDMEADES, G. O.; BOLAÑOS, J.; BÄNZIGER, M.; RIBAUT, J.M.; WHITE, J. W.; REYNOLDS, M. P.; LAFITTE, H. R. Improving crop yields under water deficits in the tropics. In: INTERNATIONAL CROP SCIENCE CONGRESS, 2., 1996, New Delhi. Crop productivity and sustainability – Shaping the future: proceedings. New Delhi: Oxford and IBH. p. 437-451, 1998. EDMEADES, G.O.; BOLAÑOS, J.; CHAPMAN, S.C.; LAFITTE, H.R.; BÄNZIGER, M. Selection improves tolerance to mid/late season drought in tropical maize 98 populations. I. Gains in biomass, grain yield and harvest index. Crop Science. v.39 (In press), 1999. FERREIRA, D. F. Manual do sistema Sisvar para análises estatísticas. Lavras: UFLA, 2000. 66 p. FLEXAS J, BOTA J, LORETO F, CORNIC G, SHARKEY TD. Diffusive and metabolic limitations to photosynthesis under drought and salinity in C3 plants. Plant Biology, v.6, p.269–279, 2004. FLINT-GARCIA, S.A.; THUILLET, A.C.; YU, J.M.; PRESSOIR, G.; ROMERO, S.M.; MICHELL, S.E.; DOEBLEY, J.; KRESOVICH, S.; GOODMAN, M.M.; BUCKLER, E.S. Maize association population: a high-resolution platform for quantitative trait locus dissection. Plant Journal, Oxon, v.44, p.1054-1064, 2005. FISCHER, K.S.; EDMEADES, G.O.; JOHNSON, E.C. Recurrent selection for reduced tassel branch number and reduced leaf-area density above the ear in tropical maize populations. Crop Science, Madison,v.27, p.1150-1156, 1987. GABRIEL, A.P.C. Seleção recorrente recíproca em famílias de irmãos completos em milho comum (Zea mays L.) monitorada por marcadores moleculares: avanço de gerações e avaliação do progresso genético. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas) Campos dos Goytacazes – UENF - RJ, 103p, 2009. GHANNOUM, O.; CONROY, J. P.; DRISCOLL, S. P.; PAUL, M. J.; FOYER, C. H.; LAWLOR, D. W. Nonstomatal limitations are responsible for drought-induced photosynthetic inhibition in four C4 grasses. New Phytologist, v.159, p.599-608, 2003. GLAZ, B.; MORRIS, D. R.; DAROUB, S. H. Sugarcane photosynthesis, transpiration, and stomatal conductance due to flooding and water table. Crop Science, v.44, p.16331641, 2004. GUIMARÃES, P. S.; BERNINI, C. S.; PATERNIANI, M. E. A. G. Z.; GALLO, P.B. e LODOVICO, F. A. Seleção de progênies de irmãos germanos interpopulacionais visando à discriminação quanto à tolerância à seca em milho. In: 29 Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2012, Campinas. Diversidade e Invações na era dos trasngênicos. Campinas: IAC - Instituto Agronômico de Campinas, v.1. p.3115-3121, 2012. HALLAUER, A.R.; EBERHART, S.A. Reciprocal full-sib selection. Crop.Science, v.10, p.315-316, 1970. HALLAUER, A.R.; MIRANDA FILHO, J.B. Quantitative genetics in maize breeding. 2° ed. Ames. Iawa State University Press. 468p., 1988. HULL, F.H. Recurrent selection for specific combining ability in corn. J. Am. Soc. Agron., v.37, p.134-145, 1945. IPCC. Climate Change 2007: Climate Change Impacts, Adaptation and Vulnerability. Working Group II Contribution to the Intergovernmental Panel on 99 Climate Change. Fourth Assessment Report. Summary for Policymakers. Bonn, Alemanha. 2007. JIA, W.; ZHANG, J.; ZHANG, D.P. Metabolism of xylem-delivered ABA in relation to ABA flux and concentration in leaves of maize and Commelina communis. Journal of Experimental Botany, v.47, p.1085-1091, 1996. JIANG, G.H.; EDMEADES, G.O.; ARMSTEAD, I.; LAFITTE, H.R.; HAYWARD, M.D.; HOISINGTON, D. Genetic analysis of adaptation differences between highland and lowland tropical maize using molecular markes. Theoretical and Applied Genetics, v.99, p.1106-1119, 1999. JIANG, G.H.; HE, Y.Q.; XU, C.G.; LI, X.H.; ZHANG, Q. The genetic basis of staygreen in rice analyzed in a population of doubled haploid lines derived from an indica by japonica cross. Theoretical and Applied Genetics, v.108, p.688-698, 2004. KAISER, W.M. Effects of water deficit on photosynthetic capacity. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v.71, p.142-150, 1987. KAKANI, V.G.; VU, J.C.V.; ALLEN Jr., L.H.; BOOTE, K.J. Leaf photosynthesis and carbohydrates of CO2-enriched maize and grain sorghum exposed to a short period of soil water deficit during vegetative development. Journal of Plant Physiology, v.168, p.2169-2176, 2011. KAMARA, A.Y.; MENKIR, A.; BADU-APRAKU, B.; IBIKUNLE, O. Reproductive and stay-green trait responses of maize hybrids, improver open-pollinated varieties and farmer’s local varieties to terminal drought stress. Maydica, Bergamo,v.48,p.29-37, 2003. KAMARA, A.Y.; MENKIR, A.; AJALA, S.O.; KUREH, I. Performance of diverse maize genotypes under nitrogen difeciency in the northern Guinea savanna of Nigeria. Experimental Agriculture, New York, v.41, p.199-212, 2005. KINGSTON-SMITH, A.H., WALKER, R.P. & POLLOCK, C.J. Invertase in leaves: conundrum or control point? Journal of Experimental Botany, v50, p.735-743, 1999. KRAMER, P. J. Fifty years of progress in water relations research. Plant Physiology, v.54, p.463-471, 1974. KRAMER, P. J.; BOYER J. S. Water relations of plants and soils. San Diego: Academic Press, p.495, 1995. KRAUSE, G.H.; WEIS, E. Chlorophyll fluorescence and photosynthesis: the basics. Annual Review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology, v.42, p.313-349, 1991. KUNZ, J.H.; BERGONCI, J.I.; BERGAMASCHI, H.;DALMAGO, G.A.; HECKLER, B.M.M; COMIRAN, F. Uso da radiação solar pelo milho sob diferentes preparos do solo, espaçamento e disponibilidade hídrica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.42, p.1511-1520, 2007. 100 LARCHER, W. Ecofiosiologia vegetal. São Carlos: Rima, p. 531, 2004. LAWLOR, D.W. The effects of water deficit on photosynthesis. In: Smirnoff N (ed), Environmental and plant metabolism-flexibility and acclimation, Bios Scientific Publisher, Oxford, p.129-160, 1995. LAWLOR, D. W.; CORNIC, G. Photosynthetic carbon assimilation and associated metabolism in relation to water deficits in higher plants. Plant, Cell Environ., v.25, p.275- 294, 2002. LI, X.H.; LIU, X.D.; LI, M.S.; ZHANG, S.H. Identification of Quantitative Trait Loci for Anthesis-Interval and Yield Components Under Drought Stress in Maize. Acta Botanica Sinica, Beijing, v.45, n7, p.852-857, 2003. MACHADO, R.A.F. Linhagens de milho contrastantes para tolerância à seca e eficiência de utilização de nitrogênio. 2003. 90 p. Tese (Doutorado em Agronomia) – Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Botucatu, 2003. MAGALHÃES, P. C.; DURÃES, F. O. M.; CARNEIRO, N. P.; PAIVA, E. Fisiologia do milho. Sete Lagoas: MAPA/Embrapa Milho e Sorgo, 2002. 23 p. (Circular Técnica, 22). MAGALHÃES, A. C. N. Fotossíntese, particionamento de assimilados e crescimento de plantas sob condições de estresse: com destaque para o milho. In: Simpósio Internacional sobre Estresse Ambiental, 1992, Belo Horizonte. O milho em perspectiva.Sete Lagoas: EMBRAPA/CNPMS. México: CIMMYTIUNDP, p.195-221, 1995. MAGALHÃES, P.C.; RESENDE, M.; OLIVEIRA, A. C. de; DURÃES, F.O.M.; SANS, L. M. A. Caracterização morfológica de milho de diferentes ciclos. In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 20, 1994, Goiânia. Centro Oeste-cinturao do milho e do sorgo no Brasil: resumos. Goiânia, ABMS, p. 190, 1994. MAGALHÃES, P.C.; DURÃES, F.O.M.; OLIVEIRA, A. C. de. Efeitos do quebramento do colmo no rendimento de grãos de milho. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 22, p. 279-289, 1998. MEDICI, L.O.; PEREIRA, M.B.; LEA, P.J.; AZEVEDO, R.A. Identification of maize lines with contrasting responses to appliednitrogen. Journal of Plant Nutrition, Philadelphia, v.28,p.903-915, 2005. MENCUCCINI, M.; MAMBELLI, S.; COMSTOCK, J. Stomatal responsiveness to leaf water status in common bean (Phaseolus vulgaris L.) is a function of time of day. Plant Cell and Environment, v.23, p.1109-1118, 2000. MICKELSON, S.M.; STUBER, C.S.; SENIOR, L.; KAEPPLER, S.M. Quantitative trait loci controlling leaf and tassel traits in a B73 x MO17 population of maize. Crop Science, Madison, v.42, p.1902-1909, 2002. 101 MIRANDA FILHO, J. B.; NASS, L. L. Hibridação no melhoramento. In: Recursos Genéticos e Melhoramento - Plantas. Rondonópolis: Fundação MT, 2001. 1183 p. MIRANDA, L.T.; MIRANDA, L.E.C.; SAWAZAKI, E. Genética ecológica e melhoramento de milho. Campinas: Fundação Cargill, 1984. 30p. MOULIA, B. Leaves as shell structures: double curvature, auto-stresses, and minimal mechanical energy constraints on leaf rolling in grasses. Journal of Plant Growth Regulation, v.19, p.19-30, 2000. MORGAN, J.M. Osmoregulation and water stress in higher plants. Annual Review of Plant Physiology, Bethesda, v.35, p.299-319, 1984. MÜLLER, M.S.; FANCELLI, A.L.; DOURADO NETO, D. GARCIA, A.G. OVEJERO, R.F.L. Produtividade do Panicum maximum cv. Mombaça irrigado, sob pastejo rotacionado. Scientia Agrícola, v. 58, p.427-433. 2002. NABLE, R. O.; ROBERTSON, M. J.; BERTHELSEN, S. Response of shoot growth and transpiration to soil drying in sugarcane. Plant and Soil, v.207, p.59-65, 1999. PATAKAS, A.; NIKOLAOU, N.; ZIOZIOU, E.; RADOGLOU, K.; NOITSAKI, B. The role of organic solute and ion accumulation in osmotic adjustment in drought-stressed grapevines. Plant Science, v.163, p.361-367, 2002. PATERNIANI, M. E. A. G. Z.; BERNINI, C. S.; GUIMARÃES, P. S. e GALLO, P. B. Seleção de progênies de meios-irmãos e estimativas de parâmetros genéticos da população tolerante à seca de milho IAC Tol 1. In: 29 Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2012, Campinas. Diversidade e Invações na era dos trasngênicos. Campinas: IAC - Instituto Agronômico de Campinas, v.1. p.3126-3134, 2012. PATERNIANI, E.; VENCOVSKY, R. Reciprocal recurrent selection in maize (Zea mays L.) based on test crosses of half-sib families. Maydica, v.22, p.141-152, 1977. PATERNIANI, E.; MIRANDA FILHO, J.B. Melhoramento de populações. In: Paterniani, E (Ed.) Melhoramento e produção de milho no Brasil. ESALQPiracicaba: Fundação Cargil, 1981.p.202-256. PIMENTEL, C. Metabolismo de carbono na agricultura tropical. Seropédica: EDUR, 1998. 159p. PIMENTEL, C. A relação da planta com a água. Seropédica: UFRuralRJ, p.192, 2004. PIMENTEL, C. Relações hídricas em dois híbridos de milho sob dois ciclos de deficiência hídrica. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.34, p. 2021-2027, 1999. PIMENTEL, C.; ROSSIELO, R.O.P. Entendimento sobre relações hídricas. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE ESTRESSE AMBIENTAL: O MILHO EM 102 PERSPECTIVA. Belo Horizonte, MG. Anais...EMBRAPA/CNPMS, 1995. v.1. 449p. p.131-146, 1995. PINHEIRO, C.; CHAVES, M.M. Photosynthesis and drought: can we make metabolic connections from available data? Journal of Experimental Botany, v.62, p.869-882, 2011. PINTO, R.J.B. Introdução ao Melhoramento Genético de Plantas. Maringá, 275p., 1995. QUEIROZ, C.G.S.; ALONSO, A.; MARES-GUIA, M.L.; MAGALHÃES, A.C. Chilling-induced changes in membrane fluidity and antioxidant enzyme activities in roots of (Coffea arabica L.) seedlings. Biol. Plant. v.41, p.403-413, 1998. QUEIROZ, R.J.B. Resposta fisiológica e molecular de dois genótipos de milho à limitação hídrica. 2010. 167p. Tese (Doutorado em Agronomia – Área de concentração em Produção Vegetal). Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Câmpus de Jaboticabal – SP, 2010. REIS, M.C. Viabilidade da seleção recorrente recíproca em populações derivadas de híbrido simples de milho. 2009. 81p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plnatas). Universidade Federal de Lavras, 2009. RESENDE, M.D.V. Correções nas expressões do progresso genético com seleção em função da amostragem finita dentro de famílias de populações e implicações no melhoramento florestal. Boletim Pesquisa Florestal, Colombo, n.22/23, p.61-77, 1991. RIBAUT, J.M.; JIANG, C.; GONZALEZDELEON, D.; EDMEADES, G.O.; HOISINGTON, D.A. Identification of quantitative trait loci under drought conditions in tropical maize. Yield components and marker-assisted selection strategies. Theoretical and Applied Genetics, New York, v.94, p. 887-896, 1997. ROHÁCEK, K. Chlorophyll fluorescence parameters: the definitions, photosynthetic meaning, and mutual relationships. Photosynthetica, Prague, v.40, p.13-29, 2002. SANTOS, M.F.; AGUIAR, A.M.; FILHO, N.O. Efeitos da seleção recorrente recíproca em um programa de milho. Anais do 2° Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas. Porto Seguro, Bahia, 2003. SAUSEN, T. L. Respostas fisiológicas de Ricinuns communis à redução da disponibilidade hídrica no solo. 87 f. Dissertacao (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007. SCAPIM, C.A.; CARVALHO, C.G.P. de; CRUZ, C.D. Uma proposta de classificação dos coeficientes de variação para a cultura do milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.30, n.5, p.683-686, maio 1995. SEBBENN, A.M.; SIQUEIRA, A.C.M.F.; KAGEYAMA, P.Y.; MACHADO, J.A.R. Parâmetros genéticos na conservação da cabreúva – Myroxylon peruiferum L.F. Alemão. Scientia Forestalis, Piracicaba, n.53, p.31-38, 1998. 103 SILVA, A.R. Análise genética de caracteres quantitativos em milho com o Delineamento III e marcadores moleculares. 2002. 143p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. SILVA, M. de A.; JIFON, J. L.; SILVA, J. A. G. da; SHARMA, V. Use of physiological parameters as fast tools to screen for drought tolerance in sugarcane. Brazilian Journal of Plant Physiology, v.19, p.193-201, 2007. SCHULZE, E.D.; ROBICHAUX, R.H.; GRACE, J.; RUNDEL, P.W & EHLERINGER, J.R. Plant water balance. BioScience, v.37, p.30-37, 1987. SMIRNOFF, N. The role of active oxygen in the response of plants to water deficit and dessiccation. New Phytol., v.125, p.27-58, 1993. SOARES FILHO, W.S. Características fenotípicas e genéticas das populações de milho (Zea mays L.) braquítico Piranão – VD2B e Piranão – VF1B. 1987. 185p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1987. SOUZA JUNIOR, C.L.; GERALDI, I.O.; ZINSLY, J.R. Influence of tassel size on the expression of prolificacy in maize. Maydica, Bergamo,v.30, p.321-328, 1985. SOUZA JUNIOR, C. L. Melhoramento de espécies alógamas. In: NASS, L. L.; VALOIS, A. C. C.; MELO I. S.; VALADARESINGLIS, M. C. Recursos genéticos e melhoramento de plantas. Rondonópolis: Fundação Rondonópolis, p.159-199, 2001. SOUZA JUNIOR, C. L.; PINTO, R.M.C. Responses to a short-term reciprocal recurrent selection procedure im maize. Maydica, Bergamo, v.45, p.21-28, 2000. TAIZ, L. & ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4.ed. Porto Alegre: E.Atmed, p.819, 2009. TESTER, M.; BACIC, A. Abiotic stress tolerance in grasses. From model plants to crop plants. Plant Physiology, v.137, p.791-793, 2005. TOLLENAAR, M.; WU, J. Yield improvement in temperate maize attributable to greater stress tolerance. Crop Science, v.39, p.1597-1604, 1999. TORRES NETTO, A.; CAMPOSTRINI, E.; OLIVEIRA, J. G. DE; BRESSAN SMITH, R. E. Photosynthetic pigments, nitrogen, chlorophyll a fluorescence and SPAD-502 readings in coffee leaves. Scientia Horticulturae, v.104, p.199-209, 2005. TURNER, N.C.; JONES, M.M. Turgor maintenance by osmotic adjustment: a review and evaluation. In: TURNER, N.C.; KRAMER, P.J. Adaptation of plants to water and higher temperature stress. New York: J. Wiley, p.87-103, 1980. USDA: United States Department of Agriculture. Disponível em: <http://www.usda.gov/wps/portal/usda/FOODNUTRITION&navtype> Acesso em: 17 de agosto de 2012. 104 VAN HANDEL, E. Direct microdetermination of sucrose. Anal. Biochem., 22:280283, 1968. VARGA, B.; SVECNJAK, Z.; KNEZEVIC, M.;GRBESA, D. Performance of prolific and nonprolific maize hybrids under reduced-input and high-input cropping systems. Field Crops Research, Amsterdam, v.90, p.203-212, 2004. VENCOVSKY, R.; BARRIGA, P. Genética biométrica no fitomelhoramento. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, p.496, 1992. VENCOVSKY, R.; CRUZ, C.D. Comparação de métodos de correção do rendimento de parcelas com estandes variados. I. Dados simulados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, n.5, v.26, p.647-657, 1991. VERSLUES, P. E.; AGARWAL, M.; KATIYAR-AGARWAL, S.; ZHU, J.; ZHU, J. K. Methods and concepts in quantifying resistance to drought,salt and freezing, abiotic stresses that affect plant water status. The Plant Journal, Blackwell, v. 45, p. 523–539, 2006. VIANA, M.C.M. Déficit hídrico em genótipos de milho com tolerância diferencial à seca. 2002. 75 p. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002. VIEIRA JUNIOR, P. A.; DOURADO NETO, D.; FERRAZ DE OLIVEIRA, R.; PERES, L.E.P.; MARTIN, T.N.; MANFRON, P.A.; BONNECARRÈRE. Relações entre o potencial e a temperatura da folha de plantas de milho e sorgo submetidas a estresse hídrico. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 29, p. 555-561, 2007. XIAO, Y.N.; LI, X.H.; ZHANG, S.H.; WANG, X.D.; LI, M.S.; ZHENG,Y.L. Identification of quantitative trait loci (QTLs) for flowering time using SSR marker in maize under water stress. Korean Journal of Genetics, Seoul, v.26, n.4, p.405-413, 2004. XU, Z.; ZHOU, G.; SHIMIZU, H. Are plant growth and photosynthesis limited by predrought following rewatering in grass? Journal of Experimental Botany, Oxford, v.60, p. 3737-3749, 2009. XOCONOSTLE-CAZARES, B.; RAMIREZ-ORTEGA, F.A.; FLORES-ELENES, L. and RUIZ-MEDRANO. Drought tolerance in crop plants. Americam Journal Plant Physiology, v.5, p.241-256, 2010. ZAIDI, P.H.; SRINIVASAN, G.; CORDOVA, H.S.; SANCHEZ, C. Gains from improvement for mid-season drought tolerance in tropical maize (Zea mays L.) Field Crops Research, Amsterdam, v.89, p.135-152, 2004. ZHU, J.K. Plant salt tolerance. Trends Plant Science. v.6, p.66–71, 2001. 105 7 ANEXOS Anexo 1. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), stay green (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Campinas, 2012. FM FF IF SG NRP CP AP AE Progênies dias nota cm r. pendão-1 102A x 89B 64,67 66,00 1,33 114 2,07 9,80 38,80 201 83A x 77B 60,33 61,67 1,33 124 2,07 17,10 31,85 216 96A x 91B 61,67 63,33 1,67 194 108 1,73 13,10 34,90 4B x 2A 63,33 64,67 1,33 107 2,13 12,00 32,10 210 10B x 13A 61,00 62,33 1,33 109 2,07 14,70 35,60 205 55B x 79A 68,67 69,33 0,67 116 2,20 14,50 30,90 210 54A x 115B 62,00 63,00 1,00 101 2,20 8,10 33,65 187 104B x 94A 61,67 61,33 -0,33 114 2,00 11,90 34,40 205 86B x 71A 60,00 60,33 0,33 123 1,93 10,60 32,40 224 11B x9A 56,00 56,33 0,33 114 1,93 11,30 35,40 217 155B x 157A 60,33 61,33 1,00 114 2,27 13,10 36,40 210 32A x 40B 59,00 61,67 2,67 117 1,53 10,10 34,70 202 84B x 119A 65,67 66,33 0,67 115 1,93 10,50 36,10 206 16B x 15A 66,00 65,00 -1,00 92 1,93 12,00 31,60 180 121B x116A 65,00 65,67 0,67 108 1,80 14,30 34,10 204 19B x 21A 62,33 63,00 0,67 110 1,47 14,80 35,90 208 152A x 126B 63,00 66,00 3,00 104 1,80 11,10 33,90 185 36B x 43A 63,00 64,00 1,00 117 1,73 12,50 36,90 210 18B x 17A 63,00 65,00 2,00 180 95 1,53 10,60 33,20 34B x 40A 61,67 63,33 1,67 128 2,67 11,20 33,40 206 126A x 127B 70,00 72,00 2,00 104 2,07 9,90 31,60 193 32A x 22B 63,33 64,00 0,67 124 1,73 13,70 33,80 209 82B x 60A 59,33 61,00 1,67 106 1,87 13,30 31,65 203 5A x 2B 59,67 61,33 1,67 105 1,87 11,90 36,90 211 120A x 95B 64,33 66,33 2,00 115 1,87 11,80 36,50 207 99B x 53A 67,00 68,00 1,00 104 2,47 8,20 35,05 192 90A x 78B 64,00 65,00 1,00 113 1,67 11,40 35,20 201 168B x 47A 66,33 67,00 0,67 122 1,93 12,50 38,10 215 16A x 6B 60,67 62,67 1,73 96 1,73 7,10 37,60 190 13B x 12A 63,67 63,67 0,00 103 2,40 10,70 36,60 201 Média prog. 62,89 64,02 1,13 1,95 11,79 34,64 203 111 Pop. tolerante 67,00 69,33 2,33 93 1,60 13,20 30,60 178 Pop. sensível 65,67 66,67 1,00 112 2,00 13,20 30,10 197 FT510 68,33 68,00 -0,33 105 2,47 12,10 30,03 167 DAS2B707 66,67 66,00 -0,67 111 1,93 9,40 36,40 201 Média test. 66,92 67,50 0,58 2,00 11,98 31,78 188 105 106 Anexo 2. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Campinas, 2012. PROL PG CE DE NFG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 102A x 89B 16,66 5,10 16,77 0,89 6262,96 117,43 118,99 83A x 77B 16,10 4,76 15,35 1,12 7980,74 149,64 151,63 96A x 91B 16,91 4,74 13,45 1,06 3898,52 73,10 74,07 4B x 2A 16,88 4,78 15,23 1,03 6180,00 115,88 117,42 10B x 13A 16,23 4,75 16,00 1,05 6159,26 115,49 117,02 55B x 79A 14,33 5,22 14,13 1,06 5332,59 99,99 101,32 54A x 115B 15,34 4,55 17,35 0,99 5039,26 94,49 95,74 104B x 94A 17,15 4,63 13,82 0,81 5899,26 110,61 112,08 86B x 71A 17,47 5,06 16,07 0,93 7094,07 133,01 134,78 11B x9A 16,86 5,89 14,88 1,05 3614,81 67,78 68,68 155B x 157A 18,17 5,20 13,50 0,94 5115,55 95,92 97,19 32A x 40B 16,40 5,77 14,78 1,01 6120,74 114,76 116,28 84B x 119A 17,48 5,48 14,95 1,01 5562,22 104,29 105,67 16B x 15A 16,70 4,99 15,87 0,72 5622,22 105,42 106,82 121B x116A 15,91 6,05 15,05 1,04 6945,93 130,24 131,97 19B x 21A 16,18 5,11 17,82 0,94 5070,37 95,07 96,33 152A x 126B 15,82 5,02 15,68 1,06 5194,81 97,40 98,69 36B x 43A 19,12 6,01 16,23 1,07 6622,22 124,17 125,82 18B x 17A 15,49 4,91 14,70 1,11 4758,52 89,22 90,40 34B x 40A 15,17 4,00 15,10 0,90 5993,33 112,38 113,87 126A x 127B 15,78 5,03 16,03 1,17 6078,52 113,97 115,48 32A x 22B 15,89 5,33 15,87 0,95 4710,37 88,32 89,49 82B x 60A 15,21 4,94 16,22 1,10 5249,63 98,43 99,74 5A x 2B 17,08 5,54 13,68 1,03 6651,85 124,72 126,38 120A x 95B 17,59 4,96 16,00 1,17 7500,74 140,64 142,51 99B x 53A 14,99 5,39 15,08 1,06 5508,15 103,28 104,65 90A x 78B 15,58 5,09 16,00 0,96 5950,37 111,57 113,05 168B x 47A 17,08 4,74 15,30 0,96 6700,00 125,63 127,30 16A x 6B 17,68 5,59 17,67 0,92 5988,15 112,28 113,77 13B x 12A 17,13 5,49 16,28 1,07 6086,67 114,13 115,64 Média prog. 16,48 5,14 15,50 1,01 5829,73 109,31 110,76 Pop. tolerante 1,02 16,68 4,94 15,73 6578,52 123,35 124,99 Pop. sensível 0,85 16,00 5,74 17,74 5060,00 94,88 96,14 FT510 0,94 15,40 4,81 15,33 4365,52 90,80 92,01 DAS2B707 1,06 16,23 5,50 16,43 5263,70 98,69 100,00 Média test. 16,08 5,25 16,31 0,97 5316,94 101,93 103,29 107 Anexo 3. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Campinas, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 150B x 156A 63,00 64,33 1,33 136 1,67 11,40 35,50 214 13A x 10B 60,67 62,33 1,67 118 2,60 13,20 31,20 208 20A x 24B 63,67 64,67 1,00 123 1,87 11,65 33,00 221 52A x 49B 60,33 61,00 0,67 213 120 1,73 11,80 32,20 14B x 23A 61,33 61,67 0,33 109 2,07 8,90 34,60 207 159B x 161A 63,00 63,00 0,00 121 1,60 15,10 33,55 215 138B x 118A 62,67 64,00 1,33 124 1,80 12,80 36,00 213 126B x 152A 63,33 66,33 3,00 108 1,27 14,20 34,60 197 154B x 155A 61,33 63,00 1,67 127 1,93 12,10 33,20 215 151A x 129B 64,67 65,33 0,67 112 1,60 10,50 33,90 203 161B x 165A 64,33 66,00 1,67 130 1,47 10,90 36,80 218 67B x 93A 64,33 63,33 -1,00 1,60 111 12,70 35,40 204 26B x 31A 62,67 65,00 2,33 101 2,00 11,00 33,10 192 93B x 91A 65,67 66,67 1,00 125 1,73 13,20 33,30 205 72A x 87B 63,00 62,67 -0,33 1,73 120 14,10 35,60 206 128A x 143B 63,00 63,00 0,00 111 2,53 12,50 34,90 198 140A x 153B 64,00 65,00 1,00 125 1,87 12,90 31,50 221 29A x 20B 59,67 63,00 3,33 101 1,67 12,50 31,00 197 12B x 11A 60,00 61,00 1,00 121 1,27 13,80 35,30 208 69A x 100B 61,00 61,00 0,00 210 121 1,87 16,20 35,80 2B x 1A 59,33 60,33 1,00 113 1,60 9,90 34,80 198 141A x 149B 60,67 62,00 1,33 120 2,00 10,30 34,80 208 124B x 76A 62,67 62,67 0,00 135 1,53 11,70 32,30 218 65A x 58B 59,33 59,67 0,33 120 1,80 10,50 36,80 217 35B x 42A 65,33 67,00 1,67 115 2,07 11,25 34,60 205 82A x 83B 62,67 63,33 0,67 115 2,00 9,70 33,10 206 100A x 90B 63,76 65,67 2,00 125 1,27 13,10 31,00 210 6B x 16A 60,33 61,33 1,00 111 1,73 8,80 35,60 194 111A x 105B 61,33 62,67 1,33 120 1,40 13,70 35,60 211 45A x 102B 61,67 62,00 0,33 118 1,73 10,20 36,40 203 Média prog. 62,29 63,30 1,01 1,77 12,02 34,18 208 118 Pop. Tolerante 67,67 68,33 0,67 94 2,07 12,10 36,40 174 Pop. Sensível 65,33 67,33 2,00 122 1,20 12,00 34,50 204 FT510 60,67 62,00 2,33 88 1,27 13,10 33,20 170 DAS2B707 64,67 64,33 -0,33 1,40 99 9,30 38,10 190 Média test. 64,59 65,50 1,17 1,49 11,63 35,55 185 101 108 Anexo 4. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Campinas, 2012. PROL PG CE DE NFG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 150B x 156A 16,91 4,76 17,07 0,95 5970,37 111,94 85,09 13A x 10B 16,39 4,82 16,40 0,88 5617,78 105,33 80,06 20A x 24B 16,74 5,09 16,70 1,22 7900,74 148,14 112,60 52A x 49B 16,72 5,12 15,40 1,03 7842,96 147,06 111,78 14B x 23A 16,90 5,54 15,63 1,06 7092,59 132,99 101,09 159B x 161A 18,13 5,22 18,48 1,15 7720,00 144,75 110,03 138B x 118A 15,09 5,00 16,08 1,04 7003,70 131,32 99,82 126B x 152A 17,63 5,37 18,48 1,00 5957,04 111,69 84,90 154B x 155A 15,23 4,90 16,02 1,05 6036,30 113,18 86,03 151A x 129B 16,04 5,05 17,07 1,23 6133,33 115,00 87,41 161B x 165A 15,80 5,31 18,35 1,30 7542,22 141,42 107,49 67B x 93A 15,85 5,13 18,27 1,19 7519,26 140,99 107,17 26B x 31A 15,93 5,10 15,70 1,00 6269,63 117,56 89,36 93B x 91A 15,52 5,11 16,03 0,96 6443,70 120,82 91,84 72A x 87B 15,13 4,95 16,57 0,97 6856,30 128,56 97,72 128A x 143B 17,27 5,19 17,58 1,11 7133,33 133,75 101,66 140A x 153B 16,16 4,87 17,77 1,08 7874,07 147,64 112,22 29A x 20B 16,63 4,97 17,72 1,01 6204,44 116,33 88,42 12B x 11A 15,87 5,28 17,93 1,09 7063,70 132,44 100,67 69A x 100B 18,59 5,23 18,22 1,06 6894,07 129,26 98,25 2B x 1A 16,95 5,16 15,29 0,79 4630,37 86,82 65,99 141A x 149B 16,41 5,06 14,54 1,16 7864,44 147,46 112,09 124B x 76A 17,73 5,09 16,28 0,88 6711,11 125,83 95,64 65A x 58B 16,84 5,56 17,73 1,02 7328,89 137,42 104,45 35B x 42A 16,30 4,86 17,70 0,99 6761,48 126,78 96,37 82A x 83B 16,45 5,55 18,37 1,01 7350,37 137,82 104,76 100A x 90B 17,63 5,14 16,83 0,87 5698,52 106,85 81,22 6B x 16A 16,98 4,73 17,90 0,94 6702,96 125,68 95,53 111A x 105B 18,06 4,84 16,27 0,89 5937,04 111,32 84,62 45A x 102B 15,12 4,79 15,73 1,10 7151,11 134,08 101,92 Média prog. 16,57 5,09 16,94 1,03 6773,73 127,01 96,54 Pop. Tolerante 14,09 1,02 4,82 16,87 6091,11 114,21 86,81 Pop. Sensível 0,95 13,77 5,15 16,92 4425,93 82,99 63,08 FT510 0,89 14,40 4,73 15,40 4069,29 75,26 57,21 DAS2B707 1,06 16,37 5,50 15,60 7016,30 131,56 100,00 Média test. 14,66 5,05 16,20 0,98 5400,66 101,01 76,78 109 Anexo 5. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Campinas, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota pendão-1 143A x 144B 61,33 62,33 1,00 122 2,07 16,00 32,70 220 57B x 33A 60,67 62,33 1,67 102 2,00 11,80 33,20 186 101B x 37A 63,33 63,67 0,33 115 2,40 11,70 34,50 202 176B x 170A 64,00 66,33 2,33 206 123 2,00 14,60 30,70 19A x 37B 56,33 56,00 -0,33 92 1,80 10,20 34,20 189 130B x 149A 63,00 64,67 1,67 110 2,07 14,20 35,40 195 127B x 126A 62,67 63,00 0,33 115 1,60 10,00 33,70 203 149B x 141A 60,33 62,00 1,67 125 2,33 14,80 36,00 216 163B x 158A 64,33 63,67 -0,67 111 1,67 11,00 30,50 195 123A x 107B 62,33 64,67 2,33 111 2,20 14,10 34,60 188 37A x 101B 63,67 63,33 -0,33 113 2,00 9,70 33,10 204 142A x 148B 61,33 62,33 1,00 124 2,73 11,00 34,70 211 114A x 23B 63,67 65,33 1,67 118 2,27 11,80 33,70 207 156A x 150B 64,33 66,00 1,67 127 2,40 15,20 35,90 211 33A x 57B 62,00 63,67 1,67 102 2,20 17,60 32,50 185 69B x 74A 62,00 62,00 0,00 110 2,27 11,60 30,70 190 146A x 131B 64,33 65,33 1,00 121 2,00 16,40 32,80 196 64B x 61A 62,00 61,67 -0,33 107 2,13 12,30 33,60 206 68A x 75B 65,33 67,33 2,00 114 2,07 13,80 31,90 198 79B x 88A 64,00 63,67 -0,33 217 126 1,80 13,20 29,30 23B x 25A 60,00 60,33 0,33 102 2,47 11,50 29,30 178 51B x 27A 65,33 66,00 0,67 110 2,20 11,80 35,60 198 129A x 145B 63,00 64,67 1,67 121 2,13 16,40 33,50 203 127A x 110B 64,67 65,67 1,00 130 1,73 16,60 34,40 213 25B x 24A 115 61.67 62,33 0,67 2,47 8,80 31,60 204 29B x 28A 99 61,33 60,67 -0,67 1,73 12,90 32,10 188 119A x 84B 121 66,33 66,67 0,33 2,00 15,70 35,50 199 169A x 170B 113 65,67 66,67 1,00 2,20 16,00 32,40 190 9B x 7A 123 61,00 61,67 0,67 2,00 10,90 33,50 213 163A x 167B 100 60,00 62,33 2,33 2,13 14,90 33,50 182 Média prog. 62,70 63,54 0,88 2,10 13,22 33,17 200 114 Pop. Tolerante 112 65,67 65,33 -0,33 2,13 13,90 30,30 192 Pop. Sensível 116 64,67 67,33 2,67 1,93 15,50 35,80 194 FT510 82 62,33 65,00 3,67 1,73 16,40 35,50 157 DAS2B707 101 62,67 64,00 1,33 2,33 9,10 31,10 188 Média test. 63,84 65,42 1,84 2,03 13,73 33,18 183 103 110 Anexo 6. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Campinas, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 143A x 144B 16,18 4,94 15,60 119,94 1,04 6397,04 85,17 57B x 33A 16,98 4,99 17,27 117,39 0,97 6260,74 83,36 101B x 37A 16,97 4,95 17,00 102,10 0,98 5445,19 72,50 176B x 170A 16,81 5,33 16,80 135,54 1,05 7228,89 96,25 19A x 37B 17,47 4,76 14,80 134,60 1,06 7178,52 95,58 130B x 149A 16,87 4,93 16,27 132,24 1,12 7052,59 93,91 127B x 126A 16,40 5,07 15,87 131,67 1,19 7022,22 93,50 149B x 141A 16,43 4,77 14,53 131,99 1,16 7039,26 93,73 163B x 158A 14,25 4,82 15,13 134,92 1,21 7195,56 95,81 123A x 107B 15,53 5,17 17,33 114,82 0,99 6123,70 81,54 37A x 101B 16,19 5,01 17,07 131,49 1,18 7012,59 93,37 142A x 148B 18,55 5,19 15,33 156,82 1,01 8363,70 111,36 114A x 23B 17,99 5,16 18,43 124,83 0,94 6657,78 88,65 156A x 150B 15,97 4,97 17,33 127,67 1,14 6808,89 90,66 33A x 57B 15,31 4,92 17,60 106,28 0,83 5668,15 75,47 69B x 74A 16,51 4,76 14,67 121,15 1,04 6461,48 86,03 146A x 131B 14,36 4,91 18,53 107,33 1,02 5724,44 76,22 64B x 61A 14,85 5,31 20,00 119,50 0,93 6373,33 84,86 68A x 75B 16,91 5,11 16,00 129,31 0,97 6896,30 91,83 79B x 88A 16,39 5,25 16,13 133,46 1,00 7117,78 94,77 23B x 25A 14,79 5,38 16,40 120,24 0,89 6412,59 85,39 51B x 27A 17,09 4,80 14,93 138,67 1,03 7395,56 98,47 129A x 145B 16,05 4,69 14,70 126,88 0,97 6766,67 90,10 127A x 110B 15,96 5,01 16,13 143,57 1,21 7657,04 101,95 25B x 24A 16,72 4,66 15,00 122,53 1,16 6534,82 87,01 29B x 28A 16,27 4,87 14,80 114,11 0,98 6085,93 81,03 119A x 84B 16,93 4,94 14,93 141,72 1,20 7558,52 100,64 169A x 170B 14,97 5,33 17,05 117,50 1,05 6266,67 83,44 9B x 7A 15,35 5,33 18,40 143,07 1,04 7630,37 101,60 163A x 167B 15,16 4,74 15,07 126,81 1,00 6762,96 90,05 Média prog. 16,21 5,00 16,30 1,05 6769,98 126,94 90,14 Pop. Tolerante 15,35 4,95 15,20 1,02 131,71 7024,44 93,53 Pop. Sensível 14,52 4,89 15,60 0,96 101,42 5408,89 72,02 FT510 0,89 84,74 14,89 4,67 16,00 3978,25 60,18 DAS2B707 16,82 5,13 15,87 0,98 140,82 7510,37 100,00 Média test. 15,40 4,91 15,67 0,96 5980,49 114,67 81,43 111 Anexo 7. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Campinas, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota pendão-1 41B x73A 56,33 57,33 1,00 102 2,27 15,50 31,10 177 15A x 16B 61,33 61,00 -0,33 94 2,07 11,70 30,50 178 140B x 98A 64,33 64,67 0,33 111 2,67 15,50 36,60 203 178A x 180B 64,67 65,67 1,00 201 113 2,13 10,80 37,70 58A x 97B 66,33 67,33 1,00 113 2,73 7,60 34,50 199 133B x 144A 59,33 60,33 1,00 103 1,80 13,60 31,90 196 177B x 184A 64,33 67,00 2,67 107 2,13 14,40 38,40 193 56B x 57A 62,00 62,67 0,67 106 2,27 11,10 33,60 199 63B x 70A 60,67 62,00 1,33 106 2,40 9,80 33,60 195 118B x 56A 64,67 67,00 2,33 105 1,87 11,90 31,20 197 109B x 135A 63,00 65,00 2,00 107 2,07 11,10 31,50 192 98A x 140B 64,00 64,33 0,33 102 2,07 13,00 31,75 188 38A x 76B 60,33 61,00 0,67 108 2,60 16,80 32,90 204 94A x 104B 64,00 64,33 0,33 100 1,87 7,50 32,10 188 38B x 62A 62,00 63,00 1,00 101 2,67 13,50 33,30 188 51A x 30B 60,33 61,33 1,00 113 2,40 8,90 32,10 199 131A x 94B 59,67 61,33 1,67 103 2,60 14,40 33,70 194 46B x 78A 59,67 63,00 3,33 98 1,93 12,60 33,00 184 164A x 169B 67,33 68,67 1,33 122 2,47 12,60 32,60 218 58B x 65A 58,00 58,33 0,33 207 108 2,53 10,70 29,80 5B x 3A 60,67 61,33 0,67 105 2,47 11,20 34,50 196 167A x 166B 64,33 66,33 2,00 106 1,87 9,50 31,60 200 47B x 95A 66,33 68,67 2,33 104 2,27 9,80 32,40 194 91B x 96A 60,67 61,33 0,67 91 2,27 14,60 33,40 181 17B x 22A 57,67 59,33 1,67 116 3,00 10,20 33,80 197 87A x 59B 62,33 63,67 1,33 97 2,33 11,10 32,30 184 170B x 169A 67,00 68,67 1,67 112 2,47 14,60 33,50 188 74B x 132A 62,67 64,67 2,00 94 2,93 12,70 30,40 178 92A x 47B 64,67 67,00 2,33 111 2,93 10,10 33,50 193 47A x 168B 64,67 65,67 1,00 114 1,87 11,70 32,20 202 Média prog. 62,44 63,73 1,29 2,33 11,95 32,98 194 106 Pop. Tolerante 63,67 64,33 0,67 94 2,33 10,90 33,00 181 Pop. Sensível 64,67 65,33 0,67 104 2,80 9,30 32,00 178 FT510 64,33 66,00 1,63 76 2,53 9,80 33,40 143 DAS2B707 61,67 62,00 0,33 97 2,07 7,80 37,00 182 Média test. 63,59 64,42 0,83 2,43 9,45 33,85 171 93 112 Anexo 8. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Campinas, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 41B x73A 15,46 4,65 14,80 1,01 5789,63 108,56 96,00 15A x 16B 16,29 5,13 16,67 1,03 5868,15 110,03 97,30 140B x 98A 18,83 4,99 17,07 1,03 7005,19 131,35 116,16 178A x 180B 16,84 5,05 17,73 1,04 6474,81 121,40 107,36 58A x 97B 15,99 4,73 15,20 1,02 5400,00 101,25 89,54 133B x 144A 16,19 4,88 15,20 1,03 5054,07 94,76 83,80 177B x 184A 15,57 5,33 17,47 0,94 5594,81 104,90 92,77 56B x 57A 15,67 5,12 18,13 0,94 6016,30 112,81 99,76 63B x 70A 17,13 4,80 16,00 1,13 5577,04 104,57 92,47 118B x 56A 14,41 4,63 16,13 0,97 5400,00 101,25 89,54 109B x 135A 14,51 4,83 16,53 1,03 5484,44 102,83 90,94 98A x 140B 19,38 5,08 17,07 1,01 6422,22 120,42 106,49 38A x 76B 17,27 5,05 14,80 0,98 5564,44 104,33 92,26 94A x 104B 16,18 4,21 13,60 1,17 5282,96 99,06 87,60 38B x 62A 15,12 4,95 15,87 1,05 6106,67 114,50 101,26 51A x 30B 15,79 4,87 16,93 1,01 4876,30 91,43 80,85 131A x 94B 16,00 5,15 18,40 0,97 5363,70 100,57 88,94 46B x 78A 15,90 4,66 14,27 1,01 5349,63 100,31 88,71 164A x 169B 17,77 5,18 16,40 0,96 6587,41 123,51 109,22 58B x 65A 16,44 5,13 16,53 1,01 6299,26 118,11 104,45 5B x 3A 16,97 4,86 15,87 0,55 5572,59 104,49 92,40 167A x 166B 17,07 4,99 15,60 1,15 6192,59 116,11 102,68 47B x 95A 17,59 5,15 15,73 0,94 5557,04 104,19 92,14 91B x 96A 16,25 4,71 15,73 0,99 5187,41 97,26 86,01 17B x 22A 17,27 4,69 14,60 0,92 5122,22 96,04 84,93 87A x 59B 16,94 5,27 17,73 1,09 6685,19 125,35 110,85 170B x 169A 14,91 5,35 14,93 1,03 5918,52 110,97 98,13 74B x 132A 15,85 5,27 18,00 1,05 5888,15 110,40 97,63 92A x 47B 15,81 5,29 18,80 0,99 6445,93 120,86 106,88 47A x 168B 17,23 4,66 15,73 1,19 7215,56 135,29 119,64 Média prog. 16,42 4,96 16,25 1,01 5843,41 109,56 96,89 Pop. Tolerante 15,89 4,91 14,87 0,98 5564,44 104,33 92,26 Pop. Sensível 15,91 4,60 16,40 1,02 4948,89 92,79 82,06 FT510 14,00 4,49 15,33 0,92 2951,93 63,26 55,94 DAS2B707 16,05 4,89 16,13 1,10 6031,11 113,08 100,00 Média test. 15,46 4,72 15,68 1,01 4874,09 93,37 82,57 113 Anexo 9. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Campinas, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 122A x 108B 54,67 56,00 1,33 97 2,07 11,10 34,40 190 176A x 171B 62,00 62,00 0,00 91 2,27 12,10 39,00 182 135A x 109B 63,67 66,00 2,33 104 1,87 13,60 38,20 190 110B x 127A 60,00 60,33 0,33 200 110 2,33 10,20 32,60 122B x 125A 65,00 64,67 -0,33 94 2,00 12,80 31,70 180 93A x 67B 67,00 69,67 2,33 97 1,93 10,80 34,90 189 103B x 109A 64,33 65,67 1,33 107 1,87 9,50 35,20 200 184A x 177B 65,00 67,00 2,00 105 2,73 10,00 37,60 197 52B x 49A 61,00 62,33 1,33 104 1,47 9,50 36,20 198 165A x 161B 65,00 67,33 2,33 120 2,40 15,50 32,65 203 96B x 106A 60,67 61,67 1,00 96 2,27 15,00 33,40 182 73A x 41B 54,00 54,33 0,33 92 2,27 9,20 36,90 182 180B x 178A 64,33 64,67 0,33 104 2,27 11,40 32,20 194 109A x 103B 63,67 64,67 1,00 108 2,13 12,00 33,10 197 31B x 34A 62,67 64,33 1,67 95 2,40 12,10 36,50 191 167B x 163A 61,00 63,00 2,00 107 2,40 13,00 34,40 196 97B x 58A 62,67 62,67 0,00 116 2,47 8,30 36,00 211 120B x 110A 65,00 65,33 0,33 109 1,87 13,40 34,40 209 12A x 13B 63,33 65,00 1,67 99 2,00 12,90 32,60 188 1B x 5A 62,33 63,67 1,33 163 81 2,20 9,00 32,20 97A x 81B 65,67 67,67 2,00 104 2,33 7,50 33,50 194 156A x 150B 63,33 63,33 0,00 118 2,13 10,40 36,20 202 99A x 134B 62,67 66,67 4,00 101 1,60 9,10 32,50 187 116B x 55A 64,67 68,33 3,67 109 1,93 14,20 33,30 200 61B x 86A 58,67 60,33 1,67 100 2,33 11,20 34,90 201 11A x 12B 61,00 62,00 1,00 100 2,87 10,90 34,90 186 148A x 135B 61,67 62,67 1,00 103 1,93 14,60 33,70 199 119B x 108A 64,33 65,67 1,33 93 2,07 10,70 34,45 179 47B x 92A 66,00 67,33 1,33 103 1,73 14,00 36,70 183 27A x 51B 63,67 63,33 -0,33 110 3,07 12,20 34,90 187 Média prog. 62,63 63,92 1,28 2,17 11,54 34,64 192 103 Pop. Tolerante 64,67 66,67 2,00 9,60 30,60 168 89 2,07 Pop. Sensível 65,67 66,33 0,67 13,10 33,30 199 117 1,93 FT510 64,00 66,33 2,33 14,60 32,50 146 88 1,73 DAS2B707 63,67 64,33 0,67 9,20 35,20 191 102 2,53 Média test. 64,50 65,92 1,42 2,07 11,63 32,90 176 99 114 Anexo 10. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Campinas, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 122A x 108B 18,15 5,27 17,73 0,89 6242,96 117,06 77,30 176A x 171B 16,85 5,17 16,57 1,12 6713,33 125,88 83,13 135A x 109B 16,29 5,12 16,93 1,06 7259,26 136,11 89,88 110B x 127A 17,40 5,40 16,80 1,03 7171,11 134,46 88,79 122B x 125A 15,73 5,03 14,57 1,05 5895,56 110,54 73,00 93A x 67B 15,61 5,12 17,73 1,06 6119,26 114,74 75,77 103B x 109A 17,19 5,45 18,00 0,99 6071,85 113,85 75,18 184A x 177B 15,91 5,47 17,20 0,81 5525,93 103,61 68,42 52B x 49A 16,38 5,25 18,00 0,93 6157,78 115,46 76,25 165A x 161B 14,90 5,73 17,73 1,05 6445,93 120,86 79,81 96B x 106A 15,33 5,27 17,20 0,94 5978,52 112,10 74,03 73A x 41B 16,64 5,17 15,07 1,01 7113,33 133,37 88,07 180B x 178A 16,93 4,99 17,33 1,01 6360,00 119,25 78,75 109A x 103B 16,35 5,26 17,47 0,72 4497,04 84,32 55,68 31B x 34A 18,65 4,99 15,20 1,04 7328,15 137,40 90,73 167B x 163A 18,30 5,11 16,27 0,94 7225,19 135,47 89,46 97B x 58A 16,62 5,07 15,33 1,06 7202,22 135,04 89,18 120B x 110A 17,73 5,07 14,27 1,07 6840,74 128,26 84,70 12A x 13B 17,23 4,89 17,60 1,11 6728,15 126,15 83,31 1B x 5A 16,33 5,31 15,87 0,90 5866,67 110,00 72,64 97A x 81B 15,74 5,12 17,73 1,17 6832,59 128,11 84,60 156A x 150B 17,51 5,02 17,20 0,95 6701,48 125,65 82,98 99A x 134B 13,72 4,83 15,20 1,10 3284,44 61,58 40,67 116B x 55A 16,65 5,36 16,80 1,03 6441,48 120,78 79,76 61B x 86A 14,94 5,10 16,53 1,17 7395,56 138,67 91,57 11A x 12B 15,25 4,90 16,27 1,06 6445,19 120,85 79,81 148A x 135B 18,55 5,41 16,67 0,96 7631,11 143,08 94,49 119B x 108A 15,19 4,64 16,13 0,96 5786,67 108,50 71,65 47B x 92A 16,19 5,30 17,87 0,92 6980,74 130,89 86,44 27A x 51B 16,48 4,97 14,67 1,07 7257,78 136,08 89,86 Média prog. 120,94 16,49 5,16 16,60 1,01 6450,00 79,87 Pop. Tolerante 14,29 4,87 16,40 1,10 5120,74 96,01 63,40 Pop. Sensível 17,83 5,16 16,93 1,06 5521,48 103,53 68,37 FT510 13,86 4,71 15,07 0,96 3462,09 71,74 47,38 DAS2B707 16,30 5,06 15,33 1,15 8076,30 151,43 100,00 Média test. 15,57 4,95 15,93 1,07 5545,15 105,68 69,79 115 Anexo 11. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 102A x 89B 66,33 67,67 1,33 2,73 14,20 34,20 192 90 83A x 77B 64,33 66,33 2,00 1,73 15,70 34,50 192 95 96A x 91B 67,00 67,67 0,67 2,07 8,80 32,80 213 108 4B x 2A 67,00 68,33 1,33 1,73 16,70 32,10 207 103 10B x 13A 63,00 65,00 2,00 2,13 9,10 35,60 168 82 55B x 79A 66,67 68,00 1,33 2,27 11,30 34,20 190 93 9B x 7A 66,67 68,00 1,33 1,53 11,40 36,50 205 102 104B x 94A 67,33 68,33 1,00 1,67 12,20 35,30 193 98 86B x 71A 66,33 67,33 1,00 1,93 9,40 34,50 197 102 11B x9A 66,33 67,33 1,00 1,80 11,80 33,10 187 93 155B x 157A 66,00 67,67 1,67 2,27 8,30 33,30 203 100 32A x 40B 66,00 67,00 1,00 1,93 13,50 35,40 197 95 84B x 119A 65,67 68,00 2,33 2,00 11,70 36,70 200 97 16B x 15A 67,33 68,33 1,00 1,93 10,20 32,10 202 98 121B x116A 65,00 67,00 2,00 2,20 14,00 30,50 173 83 19B x 21A 66,00 67,00 1,00 2,40 8,80 37,40 182 83 152A x 126B 65,33 66,67 1,33 1,87 18,20 34,20 202 97 36B x 43A 65,00 66,67 1,67 1,93 13,30 34,10 190 90 18B x 17A 67,00 68,33 1,33 1,53 14,70 33,70 192 100 34B x 40A 65,33 67,33 2,00 1,93 14,90 32,90 217 112 126A x 127B 64,00 65,33 1,33 2,73 12,50 32,60 162 77 32A x 22B 67,33 69,00 1,67 1,53 9,50 36,60 197 98 82B x 60A 66,00 67,33 1,33 2,33 16,30 33,50 200 103 5A x 2B 66,00 67,00 1,00 2,33 7,80 34,40 182 87 120A x 95B 65,00 66,67 1,67 1,80 14,30 31,50 190 90 99B x 53A 65,00 66,67 1,67 2,20 10,30 32,60 173 87 90A x 78B 68,67 69,33 0,67 1,73 12,50 34,70 188 98 168B x 47A 68,33 69,00 0,67 1,33 14,40 32,90 203 110 16A x 6B 65,33 67,67 2,33 2,13 10,90 36,00 200 102 13B x 12A 66,67 68,33 1,67 1,73 16,50 34,00 182 102 Média prog. 66,07 67,48 1,41 1,98 12,44 34,06 193 96 Pop. tolerante 65,67 67,00 1,33 1,93 13,20 30,60 188 90 Pop. sensível 69,33 71,33 2,00 1,73 13,20 30,10 188 98 FT510 67,67 68,00 1,33 187 87 2,00 10,70 36,03 DAS2B707 65,67 67,00 1,33 1,67 20,00 30,80 190 92 Média test. 67,09 68,33 1,50 1,83 14,28 31,88 188 92 116 Anexo 12. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 102A x 89B 13,03 4,73 15,33 0,97 4823,70 90,44 78,43 83A x 77B 13,36 4,95 15,07 0,93 5323,70 99,82 86,57 96A x 91B 14,37 4,77 15,07 1,00 6225,93 116,74 101,24 4B x 2A 14,20 4,81 15,20 1,00 6507,41 122,01 105,81 10B x 13A 13,59 4,87 15,33 0,97 5123,70 96,07 83,31 55B x 79A 14,33 4,97 14,40 1,00 6094,07 114,26 99,09 9B x 7A 14,67 4,90 15,07 1,00 6738,52 126,35 109,57 104B x 94A 14,87 4,65 12,93 1,00 5532,59 103,74 89,97 86B x 71A 12,27 4,61 13,60 0,97 4998,52 93,72 81,28 11B x9A 15,22 4,60 15,47 0,97 5447,41 102,14 88,58 155B x 157A 13,87 4,53 14,60 0,97 5744,44 107,71 93,41 32A x 40B 14,66 4,82 14,53 1,00 5307,41 99,51 86,30 84B x 119A 14,94 4,89 15,20 0,93 5000,00 93,75 81,30 16B x 15A 13,06 4,51 14,00 0,97 5483,70 102,82 89,17 121B x116A 12,47 4,75 15,60 1,00 4455,56 83,54 72,45 19B x 21A 15,02 4,66 13,87 1,03 5462,22 102,42 88,82 152A x 126B 13,45 5,03 17,20 1,00 5710,37 107,07 92,85 36B x 43A 13,35 4,71 16,67 0,97 5443,70 102,07 88,52 18B x 17A 14,02 4,87 15,07 1,00 5842,96 109,56 95,01 34B x 40A 13,86 4,61 13,87 1,00 6540,00 122,62 106,34 126A x 127B 12,69 4,95 14,00 1,00 4706,67 88,25 76,53 32A x 22B 14,71 4,73 13,87 0,97 5471,85 102,60 88,98 82B x 60A 14,66 4,71 14,67 0,93 5257,78 98,58 85,49 5A x 2B 14,67 4,95 15,07 1,00 5551,11 104,08 90,26 120A x 95B 14,38 4,57 13,30 1,00 5124,44 96,08 83,32 99B x 53A 12,71 4,44 13,60 0,97 4545,93 85,24 73,92 90A x 78B 15,83 4,99 13,60 1,00 6374,07 119,51 103,64 168B x 47A 12,24 4,79 14,27 1,00 5445,19 102,10 88,54 16A x 6B 13,73 5,01 15,87 1,03 5483,70 102,82 89,17 13B x 12A 12,83 5,04 16,80 0,97 5604,44 105,08 91,13 Média prog. 13,90 4,78 14,77 0,99 5512,37 103,36 89,64 Pop. tolerante 12,48 4,71 15,87 1,10 4525,19 84,85 73,58 Pop. sensível 14,11 4,84 14,67 1,01 3747,41 70,26 60,93 FT510 0,60 15,77 5,03 15,33 4255,10 76,45 66,30 DAS2B707 15,41 4,79 15,47 0,98 6149,63 115,31 100,00 Média test. 14,44 4,84 15,34 0,92 4669,33 86,72 75,20 117 Anexo 13. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 150B x 156A 60,67 61,67 1,00 2,67 13,40 29,20 183 97 13A x 10B 61,00 62,33 1,33 1,93 11,00 33,70 190 100 20A x 24B 64,33 66,33 2,00 1,87 13,80 34,50 200 98 52A x 49B 66,33 66,67 0,33 2,00 10,80 34,00 195 98 14B x 23A 63,00 64,33 1,33 1,67 7,80 31,70 203 117 159B x 161A 62,00 63,00 1,00 2,27 11,60 32,00 200 97 138B x 118A 65,33 67,00 1,67 1,40 14,90 36,30 200 98 126B x 152A 62,00 63,00 1,00 2,20 10,70 28,90 205 100 154B x 155A 65,00 65,67 0,67 1,53 12,60 36,10 197 93 151A x 129B 65,67 68,00 2,33 1,47 12,50 30,70 203 97 161B x 165A 65,33 67,33 2,00 2,00 13,70 33,90 200 100 67B x 93A 64,00 65,67 1,67 1,53 16,00 35,90 200 97 26B x 31A 64,67 67,00 2,33 1,27 16,20 32,30 193 98 93B x 91A 63,67 65,33 1,67 1,80 6,90 33,10 200 100 72A x 87B 65,33 66,67 1,33 2,20 10,00 33,10 200 103 128A x 143B 62,00 63,00 1,00 1,73 10,00 34,10 193 97 140A x 153B 64,67 65,67 1,00 1,47 15,20 37,20 200 92 29A x 20B 63,67 65,67 2,00 1,53 11,20 33,70 192 88 12B x 11A 68,33 71,00 2,67 1,87 15,30 33,30 220 112 69A x 100B 62,00 62,67 0,67 2,20 12,90 33,60 200 98 2B x 1A 63,00 63,67 0,67 1,53 9,00 33,40 203 95 141A x 149B 63,00 65,00 2,00 1,53 9,70 33,80 200 95 124B x 76A 67,33 68,33 1,00 1,93 12,10 34,20 207 105 65A x 58B 61,00 62,00 1,00 2,13 19,50 31,70 192 100 35B x 42A 61,67 64,00 2,33 2,53 13,30 32,00 188 102 82A x 83B 62,00 63,67 1,67 1,53 11,20 31,80 195 97 100A x 90B 67,00 68,00 1,00 1,27 12,90 34,80 198 107 6B x 16A 62,33 64,33 2,00 1,13 14,50 28,50 190 95 111A x 105B 64,67 66,00 1,33 1,47 12,50 32,50 198 105 45A x 102B 64,67 66,00 1,33 1,27 10,30 31,40 197 107 Média prog. 63,86 65,30 1,44 1,76 12,38 33,05 198 99 Pop. Tolerante 65,33 66,33 1,00 1,87 12,10 36,40 193 97 Pop. Sensível 67,00 69,33 2,33 1,87 12,00 34,50 198 105 FT510 67,33 69,67 2,33 165 70 1,40 9,60 31,20 DAS2B707 66,33 67,00 0,67 1,20 9,30 38,10 190 93 Média test. 66,50 68,08 1,58 1,59 10,75 35,05 187 91 118 Anexo 14. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 150B x 156A 12,90 4,55 12,93 0,97 5088,89 95,42 86,29 13A x 10B 12,43 4,61 16,00 0,95 5132,59 96,24 87,03 20A x 24B 16,30 5,04 16,53 0,97 6131,85 114,97 103,97 52A x 49B 14,61 4,95 17,73 0,89 5358,52 100,47 90,86 14B x 23A 13,60 4,88 14,80 0,97 5515,56 103,42 93,53 159B x 161A 13,66 4,75 15,20 0,96 5652,59 105,99 95,85 138B x 118A 13,65 5,09 16,00 0,97 6112,59 114,61 103,64 126B x 152A 13,47 4,83 15,60 0,97 4991,85 93,60 84,64 154B x 155A 15,31 4,55 13,07 1,00 5096,30 95,56 86,42 151A x 129B 13,62 4,53 15,07 1,00 5102,96 95,68 86,53 161B x 165A 13,70 4,91 16,00 0,96 5139,26 96,36 87,14 67B x 93A 24,92 4,81 15,33 0,97 6077,78 113,96 103,06 26B x 31A 13,53 4,93 14,40 0,97 5710,37 107,07 96,83 93B x 91A 15,17 4,33 13,87 0,96 5817,04 109,07 98,63 72A x 87B 13,25 4,79 15,33 0,96 5270,37 98,82 89,37 128A x 143B 14,10 4,87 15,33 1,01 5718,52 107,22 96,96 140A x 153B 14,31 4,77 17,20 0,96 6315,56 118,42 107,09 29A x 20B 13,10 4,58 13,33 0,94 5077,04 95,19 86,08 12B x 11A 15,11 4,79 15,60 0,99 5985,19 112,22 101,48 69A x 100B 14,51 4,93 16,93 0,95 6120,74 114,76 103,78 2B x 1A 15,93 4,75 14,80 0,95 5829,63 109,31 98,85 141A x 149B 14,49 4,89 13,20 0,98 6148,89 115,29 104,26 124B x 76A 15,24 4,59 14,80 0,95 6288,15 117,90 106,62 65A x 58B 13,53 4,69 14,00 0,97 5248,89 98,42 89,00 35B x 42A 13,03 4,99 15,73 0,96 4834,07 90,64 81,97 82A x 83B 13,45 4,87 14,80 0,98 5550,37 104,07 94,11 100A x 90B 12,29 4,99 14,53 0,98 5295,56 99,29 89,79 6B x 16A 13,16 4,89 16,27 0,93 5248,89 98,42 89,00 111A x 105B 13,65 4,83 15,73 0,99 5433,33 101,88 92,13 45A x 102B 15,10 4,84 15,33 0,94 5722,22 107,29 97,02 Média prog. 14,37 4,79 15,18 0,97 5567,19 104,39 94,40 Pop. Tolerante 80,42 11,76 4,66 14,40 0,98 4288,89 72,73 Pop. Sensível 87,24 13,73 4,93 15,20 1,02 4652,59 78,89 FT510 0,74 14,41 4,67 14,93 3786,06 60,86 55,04 DAS2B707 110,58 15,14 4,69 15,20 0,99 5897,78 100,00 Média test. 13,76 4,74 14,93 0,93 4656,33 84,78 76,67 119 Anexo 15. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 143A x 144B 65,33 66,33 1,00 2,47 10,90 33,60 213 120 57B x 33A 63,00 64,33 1,33 2,20 10,90 31,60 188 92 101B x 37A 62,33 63,33 1,00 2,20 12,10 37,30 203 107 176B x 170A 61,00 61,67 0,67 2,40 11,70 31,20 187 97 19A x 37B 60,67 62,00 1,33 1,60 10,70 35,50 200 97 130B x 149A 61,67 62,67 1,00 2,27 13,70 33,80 207 103 127B x 126A 66,00 67,67 1,67 2,13 13,10 34,00 198 100 149B x 141A 64,67 66,33 1,67 1,53 12,40 34,30 197 92 163B x 158A 62,67 65,00 2,33 1,93 13,25 33,60 200 105 123A x 107B 62,33 64,33 2,00 2,33 10,20 34,90 203 97 37A x 101B 64,00 66,00 2,00 2,13 15,90 34,20 212 113 142A x 148B 63,33 64,67 1,33 2,07 10,40 34,90 198 97 114A x 23B 62,00 64,67 2,67 2,53 11,20 34,30 187 90 156A x 150B 62,33 63,67 1,33 1,73 11,90 33,20 207 107 33A x 57B 62,33 64,33 2,00 1,93 11,60 31,30 202 110 69B x 74A 62,33 63,00 0,67 2,20 10,90 31,20 193 102 146A x 131B 66,00 67,33 1,33 2,07 9,80 33,70 208 108 64B x 61A 62,00 63,33 1,33 1,87 12,00 30,80 193 91 68A x 75B 61,33 62,33 1,00 2,13 11,50 30,10 192 92 79B x 88A 63,00 65,00 2,00 2,20 12,10 32,00 203 110 23B x 25A 60,67 61,00 0,33 2,20 11,70 32,40 173 82 51B x 27A 61,67 63,67 2,00 2,07 14,60 33,80 202 103 129A x 145B 63,33 65,00 1,67 2,13 10,00 29,70 203 110 127A x 110B 61,67 62,00 0,33 3,07 14,00 33,70 200 103 25B x 24A 65,33 66,33 1,00 2,07 14,60 35,60 200 103 29B x 28A 63,00 65,00 2,00 2,00 10,30 33,40 190 93 119A x 84B 62,00 64,00 2,00 2,33 16,30 32,20 207 113 169A x 170B 60,67 62,67 2,00 2,13 13,00 37,20 185 93 54A x 115B 61,00 63,00 2,00 2,20 14,00 36,00 203 107 163A x 167B 63,00 64,67 1,67 2,13 14,20 32,70 197 100 Média prog. 62,69 64,18 1,49 2,14 12,30 33,41 198 101 Pop. Tolerante 62,00 63,33 1,33 2,13 13,90 30,30 192 95 Pop. Sensível 63,67 66,00 2,33 1,73 15,50 35,80 197 107 FT510 78 65,33 68,00 2,67 1,60 10,00 33,90 170 DAS2B707 61,67 63,00 1,33 1,60 9,10 31,10 193 97 Média test. 63,17 65,08 1,92 1,77 12,13 32,78 188 94 120 Anexo 16. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 143A x 144B 14,05 4,81 15,33 0,99 5779,26 108,36 90,22 57B x 33A 14,21 4,67 15,47 1,00 6407,41 120,14 100,02 101B x 37A 13,77 4,91 15,33 0,90 5768,89 108,17 90,06 176B x 170A 14,21 4,81 16,67 1,00 5904,44 110,71 92,17 19A x 37B 15,31 4,81 14,53 0,99 6437,04 120,69 100,48 130B x 149A 14,23 4,95 17,20 0,99 5836,30 109,43 91,11 127B x 126A 13,13 4,86 15,20 0,99 5486,67 102,87 85,65 149B x 141A 14,31 4,79 14,67 1,04 5796,30 108,68 90,48 163B x 158A 14,43 4,76 15,80 0,92 5812,59 108,99 90,74 123A x 107B 13,80 4,75 14,27 1,06 5796,30 108,68 90,48 37A x 101B 12,67 5,39 16,93 1,00 5581,48 104,65 87,13 142A x 148B 12,45 4,56 15,87 0,92 5105,19 95,72 79,69 114A x 23B 14,77 4,93 14,93 1,00 5845,93 109,61 91,26 156A x 150B 14,62 4,83 15,33 1,06 7257,78 136,08 113,30 33A x 57B 12,61 4,72 14,20 0,97 5802,96 108,81 90,59 69B x 74A 12,96 4,59 14,93 1,02 5437,04 101,94 84,87 146A x 131B 20,30 4,83 15,87 1,02 6143,70 115,19 95,90 64B x 61A 12,91 4,79 14,67 0,99 6404,44 120,08 99,98 68A x 75B 12,73 4,61 15,40 1,02 6297,04 118,07 98,30 79B x 88A 13,98 4,61 15,33 0,99 6211,85 116,47 96,97 23B x 25A 13,08 4,61 13,87 0,98 5855,56 109,79 91,41 51B x 27A 15,07 4,76 13,20 0,96 5926,67 111,13 92,52 129A x 145B 15,00 4,62 14,13 0,99 5685,19 106,60 88,75 127A x 110B 14,09 4,79 16,80 1,00 6298,52 118,10 98,33 25B x 24A 14,53 4,82 15,87 1,02 6200,74 116,26 96,79 29B x 28A 12,75 5,22 17,87 0,99 6021,48 112,90 94,00 119A x 84B 14,76 4,62 15,87 0,99 6078,52 113,97 94,89 169A x 170B 13,95 4,97 15,87 0,99 5953,33 111,63 92,94 54A x 115B 16,14 4,77 15,33 1,00 6721,48 126,03 104,93 163A x 167B 13,40 4,54 14,17 1,04 5962,96 111,81 93,09 Média prog. 14,14 4,79 15,36 0,99 5993,90 112,39 93,57 Pop. Tolerante 13,58 4,71 14,80 0,98 5068,15 95,03 79,12 Pop. Sensível 14,28 4,87 16,00 1,02 4587,41 86,01 71,61 FT510 17,67 5,09 16,27 0,71 4154,07 69,77 58,09 DAS2B707 15,66 4,92 15,07 1,06 6405,93 120,11 100,00 Média test. 15,30 4,90 15,54 0,94 5053,89 92,73 77,21 121 Anexo 17. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 41B x73A 62,00 62,00 0,00 3,00 12,10 31,40 193 90 15A x 16B 60,67 62,00 1,33 2,47 14,60 34,80 202 100 140B x 98A 61,67 63,33 1,67 2,20 13,20 31,20 188 95 178A x 180B 61,67 63,67 2,00 2,93 7,40 32,30 197 100 58A x 97B 61,33 63,67 2,33 2,33 11,40 33,20 205 110 133B x 144A 60,67 62,67 2,00 2,20 9,00 29,30 207 107 177B x 184A 61,00 63,00 2,00 1,60 9,20 28,30 205 110 56B x 57A 61,33 63,67 2,33 2,07 15,70 37,40 210 103 63B x 70A 60,00 60,67 0,67 2,80 9,30 36,30 207 105 118B x 56A 62,00 64,67 2,67 2,53 16,30 34,70 210 117 109B x 135A 61,67 63,33 1,67 1,93 14,10 33,20 180 83 98A x 140B 59,33 61,00 1,67 2,53 13,60 29,20 182 92 38A x 76B 63,67 65,00 1,33 2,67 16,00 30,60 217 115 94A x 104B 62,00 63,00 1,00 2,47 10,00 33,90 147 108 38B x 62A 62,00 64,33 2,33 2,33 11,70 33,00 188 97 51A x 30B 61,00 62,67 1,67 2,67 11,40 31,10 198 103 131A x 94B 60,33 62,33 2,00 2,13 10,00 35,50 212 112 46B x 78A 62,67 64,00 1,33 2,20 9,80 35,60 208 108 164A x 169B 61,33 63,33 2,00 2,07 12,70 35,90 197 97 58B x 65A 59,67 60,67 1,00 2,33 12,90 30,80 190 92 5B x 3A 61,67 64,33 2,67 3,00 12,50 29,20 182 88 167A x 166B 61,00 62,33 1,33 2,67 10,20 38,00 203 108 47B x 95A 61,00 63,67 2,67 2,20 10,40 34,50 203 103 91B x 96A 63,00 64,67 1,67 2,73 15,40 27,20 207 110 17B x 22A 61,00 63,00 2,00 2,53 13,40 29,65 205 95 87A x 59B 59,67 61,67 2,00 2,13 13,60 32,00 197 102 170B x 169A 60,67 62,67 2,00 1,93 14,20 34,50 207 105 74B x 132A 60,33 62,00 1,67 2,27 24,00 34,60 188 100 92A x 47B 65,00 67,00 2,00 2,20 13,80 35,50 192 103 47A x 168B 63,33 65,33 2,00 2,53 13,40 33,10 197 110 Média prog. 61,42 63,19 1,77 2,39 12,71 32,87 197 102 Pop. Tolerante 60,67 62,00 1,33 1,80 10,90 33,00 188 87 Pop. Sensível 64,33 66,00 1,67 2,33 9,30 32,00 207 113 FT510 66,00 69,33 3,33 1,87 9,50 33,00 157 77 DAS2B707 61,67 63,00 1,33 1,67 7,80 37,00 198 95 Média test. 63,17 65,08 1,92 1,92 9,38 33,75 188 93 122 Anexo 18. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Mococa, 2012. CE DE NFG PROL PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 41B x73A 13,15 4,93 16,27 0,91 5014,07 94,01 94,84 15A x 16B 14,00 4,71 14,53 0,97 5218,52 97,85 98,72 140B x 98A 12,87 4,70 16,40 1,03 5410,37 101,44 102,34 178A x 180B 13,75 4,85 14,40 0,99 5302,96 99,43 100,31 58A x 97B 12,43 4,33 13,73 0,92 5399,26 101,24 102,14 133B x 144A 13,87 4,79 15,87 0,98 5625,19 105,47 106,41 177B x 184A 13,99 5,08 17,33 0,93 5994,82 112,40 113,40 56B x 57A 13,87 5,15 15,33 0,90 6000,00 112,50 113,50 63B x 70A 13,38 4,78 16,13 0,93 5201,48 97,53 98,40 118B x 56A 11,64 5,07 16,53 1,01 5163,70 96,82 97,68 109B x 135A 13,45 5,03 15,73 0,95 6005,93 112,61 113,61 98A x 140B 14,25 4,81 13,60 0,94 5467,41 102,51 103,42 38A x 76B 14,93 4,81 18,13 0,94 5722,22 107,29 108,24 94A x 104B 14,10 5,31 16,67 0,96 6058,52 113,60 114,61 38B x 62A 15,94 4,97 15,47 0,94 5285,19 99,10 99,98 51A x 30B 14,21 4,56 15,47 0,87 4696,30 88,06 88,84 131A x 94B 14,24 4,66 14,40 0,94 5600,00 105,00 105,93 46B x 78A 15,31 4,83 13,87 0,99 5968,15 111,90 112,89 164A x 169B 15,77 4,91 15,73 0,93 5748,15 107,78 108,74 58B x 65A 13,51 4,81 12,80 0,89 4347,41 81,51 82,23 5B x 3A 13,43 4,59 15,87 0,94 4797,78 89,96 90,76 167A x 166B 16,03 4,91 16,80 0,93 5556,30 104,18 105,10 47B x 95A 13,61 4,96 15,47 0,89 4217,78 79,08 79,78 91B x 96A 13,82 5,23 16,53 0,94 5506,67 103,25 104,17 17B x 22A 13,26 4,71 15,60 0,97 5694,07 106,76 107,71 87A x 59B 13,49 4,95 16,13 0,93 5721,48 107,28 108,23 170B x 169A 14,06 5,02 15,47 0,91 6221,48 116,65 117,69 74B x 132A 13,24 4,64 14,93 0,97 5527,41 103,64 104,56 92A x 47B 11,75 4,59 16,93 0,85 4365,93 81,86 82,59 47A x 168B 14,15 4,69 13,33 0,93 5687,41 106,64 107,59 Média prog. 13,85 4,85 15,52 0,94 5417,53 101,58 102,48 Pop. Tolerante 79,25 13,66 4,82 14,53 0,97 4226,67 79,95 Pop. Sensível 70,87 13,13 4,65 14,40 0,83 3780,00 71,50 FT510 14,51 4,56 15,87 0,88 3971,65 74,65 75,31 DAS2B707 99,12 16,72 5,03 15,87 0,91 5285,19 100,00 Média test. 14,51 4,77 15,17 0,90 4315,88 80,97 81,69 123 Anexo 19. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 122A x 108B 63,67 65,33 1,67 2,27 7,80 31,40 198 102 176A x 171B 63,33 64,00 0,67 1,87 13,30 33,40 203 108 135A x 109B 59,67 61,33 1,67 2,27 14,30 28,20 193 97 110B x 127A 61,67 61,00 -0,67 2,67 17,20 31,00 200 93 122B x 125A 61,33 62,67 1,33 1,73 13,40 26,20 195 93 93A x 67B 64,67 67,00 2,33 2,33 15,10 33,95 193 102 103B x 109A 61,67 62,00 0,33 2,73 16,80 30,10 193 90 184A x 177B 62,00 63,33 1,33 1,87 10,50 33,40 203 105 52B x 49A 62,33 63,00 0,67 1,87 9,10 28,70 218 112 165A x 161B 58,67 60,00 1,33 2,87 14,10 26,40 205 103 96B x 106A 59,67 61,67 2,00 2,27 13,35 29,00 195 102 73A x 41B 60,33 62,00 1,67 1,93 14,70 25,40 185 90 180B x 178A 62,67 63,33 0,67 2,40 12,30 35,50 190 100 109A x 103B 62,67 64,33 1,67 2,07 10,90 28,95 212 105 31B x 34A 62,00 63,00 1,00 2,00 16,40 31,50 207 103 167B x 163A 61,00 62,33 1,33 2,93 13,80 28,50 208 100 97B x 58A 60,67 62,33 1,67 1,93 16,40 29,80 200 95 120B x 110A 61,33 63,00 1,67 2,40 12,30 35,90 197 95 12A x 13B 60,33 61,67 1,33 2,60 13,90 28,10 198 100 1B x 5A 60,67 63,33 2,67 2,13 16,10 27,10 202 107 97A x 81B 63,33 64,67 1,33 2,20 12,90 31,90 212 112 156A x 150B 62,00 63,67 1,67 2,47 15,00 29,30 202 103 99A x 134B 59,67 61,00 1,33 1,67 15,60 27,90 200 95 116B x 55A 59,33 61,00 1,67 2,80 13,50 27,40 203 97 61B x 86A 61,33 63,00 1,67 2,33 12,90 28,90 209 108 11A x 12B 62,00 63,00 1,00 1,87 10,90 32,80 205 102 148A x 135B 63,33 64,67 1,33 1,80 11,00 32,50 197 102 119B x 108A 59,67 61,67 2,00 2,07 12,00 30,50 192 85 47B x 92A 60,67 61,00 0,33 2,60 11,60 27,80 200 103 27A x 51B 61,67 62,67 1,00 2,20 13,30 34,30 193 98 Média prog. 61,45 62,77 1,32 2,24 13,35 30,19 200 100 Pop. Tolerante 62,33 63,67 1,33 2,00 9,60 30,60 192 100 Pop. Sensível 70,33 73,00 2,67 2,20 13,10 33,30 200 95 FT510 69,00 71,33 2,33 2,60 10,60 33,83 150 75 DAS2B707 63,33 65,33 2,00 1,47 9,20 35,20 202 102 Média test. 66,25 68,33 2,08 2,07 10,63 33,23 186 93 124 Anexo 20. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 122A x 108B 14,69 4,76 13,73 0,95 5950,37 111,57 97,41 176A x 171B 15,71 5,08 14,53 0,92 6471,85 121,35 105,95 135A x 109B 13,07 4,67 13,60 0,97 4964,44 93,08 81,26 110B x 127A 14,23 4,75 14,80 0,90 5351,11 100,33 87,59 122B x 125A 14,13 4,79 15,20 0,91 6015,56 112,79 98,47 93A x 67B 12,75 4,81 15,07 0,94 5085,19 95,35 83,25 103B x 109A 13,86 5,11 17,73 0,93 6383,70 119,69 104,50 184A x 177B 15,70 4,41 13,60 0,94 5545,93 103,99 90,79 52B x 49A 13,79 4,83 15,47 0,95 6302,96 118,18 103,18 165A x 161B 14,10 5,03 15,07 0,93 5969,63 111,93 97,72 96B x 106A 13,43 4,55 13,60 0,93 5419,26 101,61 88,71 73A x 41B 14,07 4,89 14,93 0,93 6394,07 119,89 104,67 180B x 178A 14,00 4,73 14,73 0,92 6349,63 119,06 103,95 109A x 103B 16,35 4,62 13,73 0,94 6212,59 116,49 101,70 31B x 34A 13,17 5,31 16,67 0,94 6071,85 113,85 99,40 167B x 163A 13,84 4,92 15,33 0,94 5651,11 105,96 92,51 97B x 58A 14,11 5,02 15,07 0,93 6227,41 116,76 101,94 120B x 110A 15,10 4,75 14,40 0,95 5614,82 105,28 91,92 12A x 13B 14,24 4,53 13,73 0,98 5545,93 103,99 90,79 1B x 5A 13,63 4,53 14,13 0,97 5389,63 101,06 88,23 97A x 81B 13,76 4,60 14,13 1,02 6508,15 122,03 106,54 156A x 150B 13,33 4,61 14,67 0,92 5597,04 104,94 91,62 99A x 134B 15,10 4,71 15,47 0,94 5594,81 104,90 91,58 116B x 55A 12,97 4,75 15,87 1,02 5069,63 95,06 82,99 61B x 86A 13,92 4,83 14,93 0,89 5297,78 99,33 86,72 11A x 12B 14,35 4,60 14,13 0,92 5841,48 109,53 95,63 148A x 135B 15,25 4,97 14,67 1,01 5747,41 107,76 94,08 119B x 108A 14,07 4,92 16,00 0,94 5307,41 99,51 86,88 47B x 92A 11,91 4,67 15,20 0,95 5494,81 103,03 89,95 27A x 51B 14,52 4,73 15,47 0,96 5817,78 109,08 95,23 Média prog. 14,11 4,78 14,86 0,94 5773,11 108,25 94,51 Pop. Tolerante 14,22 4,83 15,60 0,93 4490,37 84,19 73,50 Pop. Sensível 14,47 4,80 15,47 0,88 3891,85 72,97 63,71 FT510 15,65 4,69 15,20 0,98 3913,32 75,04 65,51 DAS2B707 15,81 4,86 15,33 0,99 6108,89 114,54 100,00 Média test. 15,04 4,80 15,40 0,95 4601,11 86,69 75,68 125 Anexo 21. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Campinas e Mococa, 2012. FM FF IF SG CP AP AE NRP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 102A x 89B 65,50 66,84 1,33 2,40 12,00 36,50 197 102 83A x 77B 62,33 64,00 1,67 1,90 16,40 33,18 204 110 96A x 91B 64,34 65,50 1,17 1,90 10,95 33,85 204 108 4B x 2A 65,17 66,50 1,33 1,93 14,35 32,10 209 105 10B x 13A 62,00 63,67 1,67 2,10 11,90 35,60 187 96 55B x 79A 67,67 68,67 1,00 2,24 12,90 32,55 200 105 54A x 115B 64,34 65,50 1,17 1,87 9,75 35,08 196 102 104B x 94A 64,50 64,83 0,34 1,84 12,05 34,85 199 106 86B x 71A 63,17 63,83 0,67 1,93 10,00 33,45 211 113 11B x9A 61,17 61,83 0,67 1,87 11,55 34,25 202 104 155B x 157A 63,17 64,50 1,34 2,27 10,70 34,85 207 107 32A x 40B 62,50 64,34 1,84 1,73 11,80 35,05 200 106 84B x 119A 65,67 67,17 1,50 1,97 11,10 36,40 203 106 16B x 15A 66,67 66,67 0,00 1,93 11,10 31,85 191 95 121B x116A 65,00 66,34 1,34 2,00 14,15 32,30 189 96 19B x 21A 64,17 65,00 0,84 1,94 11,80 36,65 195 97 152A x 126B 64,17 66,34 2,17 1,84 14,65 34,05 194 101 36B x 43A 64,00 65,34 1,34 1,83 12,90 35,50 200 104 18B x 17A 65,00 66,67 1,67 1,53 12,65 33,45 186 98 34B x 40A 63,50 65,33 1,84 2,30 13,05 33,15 212 120 126A x 127B 67,00 68,67 1,67 2,40 11,20 32,10 178 91 32A x 22B 65,33 66,50 1,17 1,63 11,60 35,20 203 111 82B x 60A 62,67 64,17 1,50 2,10 14,80 32,58 202 105 5A x 2B 62,84 64,17 1,34 2,10 9,85 35,65 197 96 120A x 95B 64,67 66,50 1,84 1,84 13,05 34,00 199 103 99B x 53A 66,00 67,34 1,34 2,34 9,25 33,83 183 96 90A x 78B 66,34 67,17 0,84 1,70 11,95 34,95 195 106 168B x 47A 67,33 68,00 0,67 1,63 13,45 35,50 209 116 16A x 6B 63,00 65,17 2,03 1,93 9,00 36,80 195 99 13B x 12A 65,17 66,00 0,84 2,07 13,60 35,30 192 103 Média prog. 64,48 65,75 1,27 1,97 12,12 34,35 198 103 Pop. tolerante 66,34 68,17 1,83 1,77 13,20 30,60 183 92 Pop. sensível 67,50 69,00 1,50 1,87 13,20 30,10 193 105 FT510 68,00 68,00 0,50 2,24 11,40 33,03 177 96 DAS2B707 66,17 66,50 0,33 1,80 14,70 33,60 196 102 Média test. 65,37 66,65 1,30 1,95 12,24 33,78 194 102 126 Anexo 22. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 1. Campinas e Mococa, 2012. PROL PG CE DE NFG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 102A x 89B 14,85 4,92 16,05 0,93 5543,33 103,94 97,14 83A x 77B 14,73 4,86 15,21 1,03 6652,22 124,73 116,57 96A x 91B 15,64 4,76 14,26 1,03 5062,23 94,92 88,71 4B x 2A 15,54 4,80 15,22 1,02 6343,71 118,95 111,17 10B x 13A 14,91 4,81 15,67 1,01 5641,48 105,78 98,86 55B x 79A 14,33 5,10 14,27 1,03 5713,33 107,13 100,12 54A x 115B 15,01 4,73 16,21 1,00 5888,89 110,42 103,20 104B x 94A 16,01 4,64 13,38 0,91 5715,93 107,18 100,17 86B x 71A 14,87 4,84 14,84 0,95 6046,30 113,37 105,95 11B x9A 16,04 5,25 15,18 1,01 4531,11 84,96 79,40 155B x 157A 16,02 4,87 14,05 0,96 5430,00 101,82 95,16 32A x 40B 15,53 5,30 14,66 1,01 5714,08 107,14 100,13 84B x 119A 16,21 5,19 15,08 0,97 5281,11 99,02 92,54 16B x 15A 14,88 4,75 14,94 0,85 5552,96 104,12 97,31 121B x116A 14,19 5,40 15,33 1,02 5700,75 106,89 99,90 19B x 21A 15,60 4,89 15,85 0,99 5266,30 98,75 92,29 152A x 126B 14,64 5,03 16,44 1,03 5452,59 102,24 95,55 36B x 43A 16,24 5,36 16,45 1,02 6032,96 113,12 105,72 18B x 17A 14,76 4,89 14,89 1,06 5300,74 99,39 92,89 34B x 40A 14,52 4,31 14,49 0,95 6266,67 117,50 109,81 126A x 127B 14,24 4,99 15,02 1,09 5392,60 101,11 94,50 32A x 22B 15,30 5,03 14,87 0,96 5091,11 95,46 89,21 82B x 60A 14,94 4,83 15,45 1,02 5253,71 98,51 92,07 5A x 2B 15,88 5,25 14,38 1,02 6101,48 114,40 106,92 120A x 95B 15,99 4,77 14,65 1,09 6312,59 118,36 110,62 99B x 53A 13,85 4,92 14,34 1,02 5027,04 94,26 88,09 90A x 78B 15,71 5,04 14,80 0,98 6162,22 115,54 107,98 168B x 47A 14,66 4,77 14,79 0,98 6072,60 113,87 106,42 16A x 6B 15,71 5,30 16,77 0,98 5735,93 107,55 100,51 13B x 12A 14,98 5,27 16,54 1,02 5845,56 109,61 102,44 Média prog. 15,19 4,96 15,13 1,00 5671,05 106,33 99,37 Pop. tolerante 14,58 4,83 15,80 1,06 5551,86 104,10 97,29 Pop. sensível 15,06 5,29 16,21 0,93 4403,71 82,57 77,17 FT510 15,59 4,92 15,33 0,77 4310,31 83,63 78,16 DAS2B707 15,82 5,15 15,95 1,02 5706,67 107,00 100,00 Média test. 15,10 4,97 15,26 0,99 5541,52 104,07 88,15 127 Anexo 23. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Campinas e Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 150B x 156A 61,84 63,00 1,17 2,17 12,40 32,35 199 117 13A x 10B 60,84 62,33 1,50 2,27 12,10 32,45 199 109 20A x 24B 64,00 65,50 1,50 1,87 12,73 33,75 211 111 52A x 49B 63,33 63,84 0,50 1,87 11,30 33,10 204 109 14B x 23A 62,17 63,00 0,83 1,87 8,35 33,15 205 113 159B x 161A 62,50 63,00 0,50 1,94 13,35 32,78 208 109 138B x 118A 64,00 65,50 1,50 1,60 13,85 36,15 207 111 126B x 152A 62,67 64,67 2,00 1,74 12,45 31,75 201 104 154B x 155A 63,17 64,34 1,17 1,73 12,35 34,65 206 110 151A x 129B 65,17 66,67 1,50 1,54 11,50 32,30 203 105 161B x 165A 64,83 66,67 1,84 1,74 12,30 35,35 209 115 67B x 93A 64,17 64,50 0,34 1,57 14,35 35,65 202 104 26B x 31A 63,67 66,00 2,33 1,64 13,60 32,70 193 100 93B x 91A 64,67 66,00 1,34 1,77 10,05 33,20 203 113 72A x 87B 64,17 64,67 0,50 1,97 12,05 34,35 203 112 128A x 143B 62,50 63,00 0,50 2,13 11,25 34,50 196 104 140A x 153B 64,34 65,34 1,00 1,67 14,05 34,35 211 109 29A x 20B 61,67 64,34 2,67 1,60 11,85 32,35 195 95 12B x 11A 64,17 66,00 1,84 1,57 14,55 34,30 214 117 69A x 100B 61,50 61,84 0,34 2,04 14,55 34,70 205 110 2B x 1A 61,17 62,00 0,84 1,57 9,45 34,10 201 104 141A x 149B 61,84 63,50 1,67 1,77 10,00 34,30 204 108 124B x 76A 65,00 65,50 0,50 1,73 11,90 33,25 213 120 65A x 58B 60,17 60,84 0,67 1,97 15,00 34,25 205 110 35B x 42A 63,50 65,50 2,00 2,30 12,28 33,30 197 109 82A x 83B 62,34 63,50 1,17 1,77 10,45 32,45 201 106 100A x 90B 65,38 66,84 1,50 1,27 13,00 32,90 204 116 6B x 16A 61,33 62,83 1,50 1,43 11,65 32,05 192 103 111A x 105B 63,00 64,34 1,33 1,44 13,10 34,05 205 113 45A x 102B 63,17 64,00 0,83 1,50 10,25 33,90 200 113 Média prog. 63,07 64,30 1,23 1,77 12,20 33,61 203 109 Pop. Tolerante 66,50 67,33 0,84 1,97 12,10 36,40 184 96 Pop. Sensível 66,17 68,33 2,17 1,54 12,00 34,50 201 114 FT510 64,00 65,84 2,33 1,34 11,35 32,20 168 79 DAS2B707 65,50 65,67 0,17 1,30 9,30 38,10 190 96 Média test. 65,54 66,79 1,38 1,54 11,19 35,30 186 96 128 Anexo 24. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 2. Campinas e Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 150B x 156A 14,91 4,66 15,00 0,96 5529,63 103,68 85,64 13A x 10B 14,41 4,72 16,20 0,92 5375,19 100,79 83,25 20A x 24B 16,52 5,07 16,62 1,10 7016,30 131,56 108,66 52A x 49B 15,67 5,04 16,57 0,96 6600,74 123,77 102,23 14B x 23A 15,25 5,21 15,22 1,02 6304,08 118,21 97,64 159B x 161A 15,90 4,99 16,84 1,06 6686,30 125,37 103,55 138B x 118A 14,37 5,05 16,04 1,01 6558,15 122,97 101,57 126B x 152A 15,55 5,10 17,04 0,99 5474,45 102,65 84,79 154B x 155A 15,27 4,73 14,55 1,03 5566,30 104,37 86,21 151A x 129B 14,83 4,79 16,07 1,12 5618,15 105,34 87,01 161B x 165A 14,75 5,11 17,18 1,13 6340,74 118,89 98,20 67B x 93A 20,39 4,97 16,80 1,08 6798,52 127,48 105,29 26B x 31A 14,73 5,02 15,05 0,99 5990,00 112,32 92,77 93B x 91A 15,35 4,72 14,95 0,96 6130,37 114,95 94,95 72A x 87B 14,19 4,87 15,95 0,97 6063,34 113,69 93,90 128A x 143B 15,69 5,03 16,46 1,06 6425,93 120,49 99,52 140A x 153B 15,24 4,82 17,49 1,02 7094,82 133,03 109,88 29A x 20B 14,87 4,78 15,53 0,98 5640,74 105,76 87,35 12B x 11A 15,49 5,04 16,77 1,04 6524,45 122,33 101,04 69A x 100B 16,55 5,08 17,58 1,01 6507,41 122,01 100,78 2B x 1A 16,44 4,96 15,05 0,87 5230,00 98,07 81,00 141A x 149B 15,45 4,98 13,87 1,07 7006,67 131,38 108,52 124B x 76A 16,49 4,84 15,54 0,92 6499,63 121,87 100,66 65A x 58B 15,19 5,13 15,87 1,00 6288,89 117,92 97,40 35B x 42A 14,67 4,93 16,72 0,98 5797,78 108,71 89,79 82A x 83B 14,95 5,21 16,59 1,00 6450,37 120,95 99,90 100A x 90B 14,96 5,07 15,68 0,93 5497,04 103,07 85,13 6B x 16A 15,07 4,81 17,09 0,94 5975,93 112,05 92,55 111A x 105B 15,86 4,84 16,00 0,94 5685,19 106,60 88,05 45A x 102B 15,11 4,82 15,53 1,02 6436,67 120,69 99,69 Média prog. 15,47 4,94 16,06 1,00 6170,46 115,70 95,56 Pop. Tolerante 12,93 4,74 15,64 1,00 5190,00 97,32 80,38 Pop. Sensível 13,75 5,04 16,06 0,99 4539,26 85,12 70,31 FT510 14,41 4,70 15,17 0,82 3927,68 68,06 56,22 DAS2B707 15,76 5,10 15,40 1,03 6457,04 121,07 100,00 Média test. 14,21 4,89 15,57 0,96 5028,49 92,89 76,72 129 Anexo 25. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Campinas e Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota pendão-1 cm 143A x 144B 63,33 64,33 1,00 2,27 13,45 33,15 217 121 57B x 33A 61,84 63,33 1,50 2,10 11,35 32,40 187 97 101B x 37A 62,83 63,50 0,67 2,30 11,90 35,90 203 111 176B x 170A 62,50 64,00 1,50 2,20 13,15 30,95 197 110 19A x 37B 58,50 59,00 0,50 1,70 10,45 34,85 195 95 130B x 149A 62,34 63,67 1,34 2,17 13,95 34,60 201 107 127B x 126A 64,34 65,34 1,00 1,87 11,55 33,85 201 108 149B x 141A 62,50 64,17 1,67 1,93 13,60 35,15 207 109 163B x 158A 63,50 64,34 0,83 1,80 12,13 32,05 198 108 123A x 107B 62,33 64,50 2,17 2,27 12,15 34,75 196 104 37A x 101B 63,84 64,67 0,84 2,07 12,80 33,65 208 113 142A x 148B 62,33 63,50 1,17 2,40 10,70 34,80 205 111 114A x 23B 62,84 65,00 2,17 2,40 11,50 34,00 197 104 156A x 150B 63,33 64,84 1,50 2,07 13,55 34,55 209 117 33A x 57B 62,17 64,00 1,84 2,07 14,60 31,90 194 106 69B x 74A 62,17 62,50 0,34 2,24 11,25 30,95 192 106 146A x 131B 65,17 66,33 1,17 2,04 13,10 33,25 202 115 64B x 61A 62,00 62,50 0,50 2,00 12,15 32,20 200 99 68A x 75B 63,33 64,83 1,50 2,10 12,65 31,00 195 103 79B x 88A 63,50 64,34 0,84 2,00 12,65 30,65 210 118 23B x 25A 60,34 60,67 0,33 2,34 11,60 30,85 176 92 51B x 27A 63,50 64,84 1,34 2,14 13,20 34,70 200 107 129A x 145B 63,17 64,84 1,67 2,13 13,20 31,60 203 116 127A x 110B 63,17 63,84 0,67 2,40 15,30 34,05 207 117 25B x 24A 65,33 64,33 0,84 2,27 11,70 33,60 202 109 29B x 28A 62,17 62,84 0,67 1,87 11,60 32,75 189 96 119A x 84B 64,17 65,34 1,17 2,17 16,00 33,85 203 117 169A x 170B 63,17 64,67 1,50 2,17 14,50 34,80 188 103 9B x 7A 61,00 62,34 1,34 2,10 12,45 34,75 208 115 163A x 167B 61,50 63,50 2,00 2,13 14,55 33,10 190 100 Média prog. 62,74 63,86 1,18 2,12 12,76 33,29 199 108 Pop. Tolerante 63,84 64,33 0,50 2,13 13,90 30,30 192 104 Pop. Sensível 64,17 66,67 2,50 1,83 15,50 35,80 196 112 FT510 63,83 66,50 3,17 1,67 13,20 34,70 164 80 DAS2B707 62,17 63,50 1,33 1,97 9,10 31,10 191 99 Média test. 63,50 65,25 1,88 1,90 12,93 32,98 185 99 130 Anexo 26. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 3. Campinas e Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 143A x 144B 15,12 4,88 15,47 1,02 6088,15 114,15 87,49 57B x 33A 15,60 4,83 16,37 0,99 6334,08 118,77 91,03 101B x 37A 15,37 4,93 16,17 0,94 5607,04 105,14 80,59 176B x 170A 15,51 5,07 16,74 1,03 6566,67 123,13 94,37 19A x 37B 16,39 4,79 14,67 1,03 6807,78 127,65 97,84 130B x 149A 15,55 4,94 16,74 1,06 6444,45 120,84 92,62 127B x 126A 14,77 4,97 15,54 1,09 6254,45 117,27 89,88 149B x 141A 15,37 4,78 14,60 1,10 6417,78 120,34 92,24 163B x 158A 14,34 4,79 15,47 1,07 6504,08 121,96 93,48 123A x 107B 14,67 4,96 15,80 1,03 5960,00 111,75 85,65 37A x 101B 14,43 5,20 17,00 1,09 6297,04 118,07 90,50 142A x 148B 15,50 4,88 15,60 0,97 6734,45 126,27 96,78 114A x 23B 16,38 5,05 16,68 0,97 6251,86 117,22 89,84 156A x 150B 15,30 4,90 16,33 1,10 7033,34 131,88 101,08 33A x 57B 13,96 4,82 15,90 0,90 5735,56 107,55 82,43 69B x 74A 14,74 4,68 14,80 1,03 5949,26 111,55 85,50 146A x 131B 17,33 4,87 17,20 1,02 5934,07 111,26 85,28 64B x 61A 13,88 5,05 17,34 0,96 6388,89 119,79 91,81 68A x 75B 14,82 4,86 15,70 1,00 6596,67 123,69 94,80 79B x 88A 15,19 4,93 15,73 1,00 6664,82 124,97 95,78 23B x 25A 13,94 5,00 15,14 0,94 6134,08 115,02 88,16 51B x 27A 16,08 4,78 14,07 1,00 6661,12 124,90 95,73 129A x 145B 15,53 4,66 14,42 0,98 6225,93 116,74 89,48 127A x 110B 15,03 4,90 16,47 1,11 6977,78 130,84 100,28 25B x 24A 15,63 4,74 15,44 1,09 6367,78 119,40 91,52 29B x 28A 14,51 5,05 16,34 0,99 6053,71 113,51 87,00 119A x 84B 15,85 4,78 15,40 1,10 6818,52 127,85 97,99 169A x 170B 14,46 5,15 16,46 1,02 6110,00 114,57 87,81 9B x 7A 15,75 5,05 16,87 1,02 7175,93 134,55 103,13 163A x 167B 14,28 4,64 14,62 1,02 6362,96 119,31 91,45 Média prog. 15,17 4,90 15,83 1,02 6381,94 119,66 91,71 Pop. Tolerante 14,47 4,83 15,00 1,00 6046,30 113,37 86,89 Pop. Sensível 14,40 4,88 15,80 0,99 4998,15 93,72 71,83 FT510 16,28 4,88 16,14 0,80 4066,16 77,26 59,22 DAS2B707 16,24 5,03 15,47 1,02 6958,15 130,47 100,00 Média test. 15,35 4,90 15,60 0,95 5517,19 103,70 79,48 131 Anexo 27. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Campinas e Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota pendão-1 cm 41B x73A 59,17 59,67 0,50 2,64 13,80 31,25 185 96 15A x 16B 61,00 61,50 0,50 2,27 13,15 32,65 190 97 140B x 98A 63,00 64,00 1,00 2,44 14,35 33,90 196 103 178A x 180B 63,17 64,67 1,50 2,53 9,10 35,00 199 107 58A x 97B 63,83 65,50 1,67 2,53 9,50 33,85 202 112 133B x 144A 60,00 61,50 1,50 2,00 11,30 30,60 202 105 177B x 184A 62,67 65,00 2,34 1,87 11,80 33,35 199 109 56B x 57A 61,67 63,17 1,50 2,17 13,40 35,50 205 105 63B x 70A 60,34 61,34 1,00 2,60 9,55 34,95 201 106 118B x 56A 63,34 65,84 2,50 2,20 14,10 32,95 204 111 109B x 135A 62,34 64,17 1,84 2,00 12,60 32,35 186 95 98A x 140B 61,67 62,67 1,00 2,30 13,30 30,48 185 97 38A x 76B 62,00 63,00 1,00 2,64 16,40 31,75 211 112 94A x 104B 63,00 63,67 0,67 2,17 8,75 33,00 168 104 38B x 62A 62,00 63,67 1,67 2,50 12,60 33,15 188 99 51A x 30B 60,67 62,00 1,34 2,54 10,15 31,60 199 108 131A x 94B 60,00 61,83 1,84 2,37 12,20 34,60 203 108 46B x 78A 61,17 63,50 2,33 2,07 11,20 34,30 196 103 164A x 169B 64,33 66,00 1,67 2,27 12,65 34,25 208 110 58B x 65A 58,84 59,50 0,67 2,43 11,80 30,30 199 100 5B x 3A 61,17 62,83 1,67 2,74 11,85 31,85 189 97 167A x 166B 62,67 64,33 1,67 2,27 9,85 34,80 202 107 47B x 95A 63,67 66,17 2,50 2,24 10,10 33,45 199 104 91B x 96A 61,84 63,00 1,17 2,50 15,00 30,30 194 101 17B x 22A 59,34 61,17 1,84 2,77 11,80 31,73 201 106 87A x 59B 61,00 62,67 1,67 2,23 12,35 32,15 191 100 170B x 169A 63,84 65,67 1,84 2,20 14,40 34,00 198 109 74B x 132A 61,50 63,34 1,84 2,60 18,35 32,50 183 97 92A x 47B 64,84 67,00 2,17 2,57 11,95 34,50 193 107 47A x 168B 64,00 65,50 1,50 2,20 12,55 32,65 200 112 Média prog. 61,93 63,46 1,53 2,36 12,33 32,92 196 104 Pop. Tolerante 62,17 63,17 1,00 2,07 10,90 33,00 185 91 Pop. Sensível 64,50 65,67 1,17 2,57 9,30 32,00 193 109 FT510 65,17 67,67 2,48 2,20 9,65 33,20 150 77 DAS2B707 61,67 62,50 0,83 1,87 7,80 37,00 190 96 Média test. 63,38 64,75 1,37 2,18 9,41 33,80 179 93 132 Anexo 28. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 4. Campinas e Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 41B x73A 14,31 4,79 15,54 0,96 5401,85 101,29 95,46 15A x 16B 15,15 4,92 15,60 1,00 5543,34 103,94 97,96 140B x 98A 15,85 4,85 16,74 1,03 6207,78 116,40 109,70 178A x 180B 15,30 4,95 16,07 1,02 5888,89 110,42 104,07 58A x 97B 14,21 4,53 14,47 0,97 5399,63 101,25 95,42 133B x 144A 15,03 4,84 15,54 1,01 5339,63 100,12 94,36 177B x 184A 14,78 5,21 17,40 0,94 5794,82 108,65 102,40 56B x 57A 14,77 5,14 16,73 0,92 6008,15 112,66 106,18 63B x 70A 15,26 4,79 16,07 1,03 5389,26 101,05 95,24 118B x 56A 13,03 4,85 16,33 0,99 5281,85 99,04 93,34 109B x 135A 13,98 4,93 16,13 0,99 5745,19 107,72 101,53 98A x 140B 16,82 4,95 15,34 0,98 5944,82 111,47 105,06 38A x 76B 16,10 4,93 16,47 0,96 5643,33 105,81 99,73 94A x 104B 15,14 4,76 15,14 1,07 5670,74 106,33 100,22 38B x 62A 15,53 4,96 15,67 1,00 5695,93 106,80 100,66 51A x 30B 15,00 4,72 16,20 0,94 4786,30 89,75 84,59 131A x 94B 15,12 4,91 16,40 0,96 5481,85 102,79 96,88 46B x 78A 15,61 4,75 14,07 1,00 5658,89 106,11 100,00 164A x 169B 16,77 5,05 16,07 0,95 6167,78 115,65 109,00 58B x 65A 14,98 4,97 14,67 0,95 5323,34 99,81 94,07 5B x 3A 15,20 4,73 15,87 0,75 5185,19 97,23 91,64 167A x 166B 16,55 4,95 16,20 1,04 5874,45 110,15 103,81 47B x 95A 15,60 5,06 15,60 0,92 4887,41 91,64 86,37 91B x 96A 15,04 4,97 16,13 0,97 5347,04 100,26 94,49 17B x 22A 15,27 4,70 15,10 0,95 5408,15 101,40 95,57 87A x 59B 15,22 5,11 16,93 1,01 6203,34 116,32 109,63 170B x 169A 14,49 5,19 15,20 0,97 6070,00 113,81 107,27 74B x 132A 14,55 4,96 16,47 1,01 5707,78 107,02 100,87 92A x 47B 13,78 4,94 17,87 0,92 5405,93 101,36 95,53 47A x 168B 15,69 4,68 14,53 1,06 6451,49 120,97 114,01 Média prog. 15,14 4,90 15,88 0,97 5630,47 105,57 99,50 Pop. Tolerante 14,78 4,87 14,70 0,98 4895,56 91,79 86,51 Pop. Sensível 14,52 4,63 15,40 0,93 4364,45 81,83 77,13 FT510 14,26 4,53 15,60 0,90 3461,79 68,96 64,99 DAS2B707 16,39 4,96 16,00 1,01 5658,15 106,10 100,00 Média test. 14,98 4,74 15,43 0,95 4594,99 87,17 82,16 133 Anexo 29. Médias de florescimento masculino (FM), florescimento feminino (FF), intervalo entre florescimentos (IF), “stay green” (SG), número de ramificação de pendão (NRP), comprimento de pendão (CP), altura da planta(AP) e da altura da espiga (AE), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Campinas e Mococa, 2012. FM FF IF SG NRP AP AE CP Progênies ramif. dias nota cm pendão-1 122A x 108B 59,17 60,67 1,50 2,17 9,45 32,90 194 100 176A x 171B 62,67 63,00 0,34 2,07 12,70 36,20 193 100 135A x 109B 61,67 63,67 2,00 2,07 13,95 33,20 192 101 110B x 127A 60,84 60,67 -0,17 2,50 13,70 31,80 200 102 122B x 125A 63,17 63,67 0,50 1,87 13,10 28,95 188 94 93A x 67B 65,84 68,34 2,33 2,13 12,95 34,43 191 100 103B x 109A 63,00 63,84 0,83 2,30 13,15 32,65 197 99 184A x 177B 63,50 65,17 1,67 2,30 10,25 35,50 200 105 52B x 49A 61,67 62,67 1,00 1,67 9,30 32,45 208 108 165A x 161B 61,84 63,67 1,83 2,64 14,80 29,53 204 112 96B x 106A 60,17 61,67 1,50 2,27 14,18 31,20 189 99 73A x 41B 57,17 58,17 1,00 2,10 11,95 31,15 184 91 180B x 178A 63,50 64,00 0,50 2,34 11,85 33,85 192 102 109A x 103B 63,17 64,50 1,34 2,10 11,45 31,03 205 107 31B x 34A 62,34 63,67 1,34 2,20 14,25 34,00 199 99 167B x 163A 61,00 62,67 1,67 2,67 13,40 31,45 202 104 97B x 58A 61,67 62,50 0,84 2,20 12,35 32,90 206 106 120B x 110A 63,17 64,17 1,00 2,14 12,85 35,15 203 102 12A x 13B 61,83 63,34 1,50 2,30 13,40 30,35 193 100 1B x 5A 61,50 63,50 2,00 2,17 12,55 29,65 183 94 97A x 81B 64,50 66,17 1,67 2,27 10,20 32,70 203 108 156A x 150B 62,67 63,50 0,84 2,30 12,70 32,75 202 111 99A x 134B 61,17 63,84 2,67 1,64 12,35 30,20 194 98 116B x 55A 62,00 64,67 2,67 2,37 13,85 30,35 202 103 61B x 86A 60,00 61,67 1,67 2,33 12,05 31,90 205 104 11A x 12B 61,50 62,50 1,00 2,37 10,90 33,85 196 101 148A x 135B 62,50 63,67 1,17 1,87 12,80 33,10 198 103 119B x 108A 62,00 63,67 1,67 2,07 11,35 32,48 186 89 47B x 92A 63,34 64,17 0,83 2,17 12,80 32,25 192 103 27A x 51B 62,67 63,00 0,34 2,64 12,75 34,60 190 104 Média prog. 62,04 63,35 1,30 2,21 12,45 32,42 196 102 Pop. Tolerante 63,50 65,17 1,67 2,04 9,60 30,60 180 95 Pop. Sensível 68,00 69,67 1,67 2,07 13,10 33,30 200 106 FT510 66,50 68,83 2,33 2,17 12,60 33,17 148 82 DAS2B707 63,50 64,83 1,34 2,00 9,20 35,20 197 102 Média test. 65,38 67,13 1,75 2,07 11,13 33,07 181 96 134 Anexo 30. Médias de comprimento da espiga (CE), diâmetro da espiga (DE), número de fileiras de grãos na espiga (NFG), prolificidade (PROL) e de peso de grãos (PG), referentes a 30 progênies de irmãos germanos interpopulacionais de milho e de quatro testemunhas do Experimento 5. Campinas e Mococa, 2012. PROL CE DE NFG PG PG PG Progênies espigas cm cm kg ha-1 g planta-1 (%) planta-1 122A x 108B 16,42 5,02 15,73 0,92 6096,67 114,32 85,96 176A x 171B 16,28 5,13 15,55 1,02 6592,59 123,62 92,95 135A x 109B 14,68 4,90 15,27 1,02 6111,85 114,60 86,17 110B x 127A 15,82 5,08 15,80 0,97 6261,11 117,40 88,27 122B x 125A 14,93 4,91 14,89 0,98 5955,56 111,67 83,96 93A x 67B 14,18 4,97 16,40 1,00 5602,23 105,05 78,99 103B x 109A 15,53 5,28 17,87 0,96 6227,78 116,77 87,80 184A x 177B 15,81 4,94 15,40 0,88 5535,93 103,80 78,05 52B x 49A 15,09 5,04 16,74 0,94 6230,37 116,82 87,84 165A x 161B 14,50 5,38 16,40 0,99 6207,78 116,40 87,52 96B x 106A 14,38 4,91 15,40 0,94 5698,89 106,86 80,35 73A x 41B 15,36 5,03 15,00 0,97 6753,70 126,63 95,22 180B x 178A 15,47 4,86 16,03 0,97 6354,82 119,16 89,60 109A x 103B 16,35 4,94 15,60 0,83 5354,82 100,41 75,50 31B x 34A 15,91 5,15 15,94 0,99 6700,00 125,63 94,46 167B x 163A 16,07 5,02 15,80 0,94 6438,15 120,72 90,77 97B x 58A 15,37 5,05 15,20 1,00 6714,82 125,90 94,67 120B x 110A 16,42 4,91 14,34 1,01 6227,78 116,77 87,80 12A x 13B 15,74 4,71 15,67 1,05 6137,04 115,07 86,53 1B x 5A 14,98 4,92 15,00 0,94 5628,15 105,53 79,35 97A x 81B 14,75 4,86 15,93 1,10 6670,37 125,07 94,04 156A x 150B 15,42 4,82 15,94 0,94 6149,26 115,30 86,69 99A x 134B 14,41 4,77 15,34 1,02 4439,63 83,24 62,59 116B x 55A 14,81 5,06 16,34 1,03 5755,56 107,92 81,15 61B x 86A 14,43 4,97 15,73 1,03 6346,67 119,00 89,48 11A x 12B 14,80 4,75 15,20 0,99 6143,34 115,19 86,62 148A x 135B 16,90 5,19 15,67 0,99 6689,26 125,42 94,31 119B x 108A 14,63 4,78 16,07 0,95 5547,04 104,01 78,21 47B x 92A 14,05 4,99 16,54 0,94 6237,78 116,96 87,95 27A x 51B 15,50 4,85 15,07 1,02 6537,78 122,58 92,17 Média prog. 15,30 4,97 15,73 0,98 6111,56 114,59 86,17 Pop. Tolerante 14,26 4,85 16,00 1,02 4805,56 90,10 67,75 Pop. Sensível 16,15 4,98 16,20 0,97 4706,67 88,25 66,36 FT510 14,76 4,70 15,14 0,97 3687,71 73,39 55,18 DAS2B707 16,06 4,96 15,33 1,07 7092,60 132,99 100,00 Média test. 15,30 4,87 15,67 1,01 5073,13 96,18 72,32 135