Vulnerabilidade hídrica: causas e consequências

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VULNERABILIDADE HÍDRICA: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
GABRIELA MOREIRA FERREIRA1; VÂNIA TOMAZELLI DE LIMA1,2
1 UNIGRAN- Universidade da Grande Dourados, Dourados, MS.
2UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, C.P. 351, Dourados, MS
Introdução: A água possui um ciclo natural e renovável e seus componentes estão em constante
movimento e interação. Seu ciclo é contínuo e sua quantidade é invariavelmente a mesma, mas sua
distribuição não ocorre uniformemente. Nos grandes centros, locais com maior concentração humana
e áreas industrializadas, quase sempre há menor disponibilidade de água e apresenta deficiência nas
reservas. A disponibilidade de água no Brasil depende da climatologia dinâmica nas diversas escalas
temporais em todas as suas bacias hidrográficas [1]. A água é destinada a diversos usos, tanto para
as necessidades básicas da população humana quanto para usos mais complexos, como produção
industrial, agrícola e geração de energia, e, por isso, a água necessita ter um valor econômico. Em
relação a quantidade utilizada, o setor agrícola usa em torno de 69% e os outros 31% são
consumidos pelas indústrias e no uso doméstico. Em relação à qualidade e à disponibilidade da água
é notória a necessidade crescente do monitoramento das prováveis alterações na sua qualidade, de
forma a não comprometer seu aproveitamento múltiplo e minimizar os impactos negativos do
ambiente. Objetivo: O trabalho teve como objetivo de evidenciar a problemática da vulnerabilidade
hídrica existente no país por meio de um levantamento bibliográfico de parâmetros importantes para
conhecer o balanço hídrico atual. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de pesquisa
bibliográfica em uma abordagem qualitativa segundo as premissas de estudo exploratório. Foram
analisadas referências bibliográficas por meio de artigos, monografias, sites científicos e dados
governamentais de acesso público que mostrassem as possíveis causas do estresse hídrico, além de
exemplificar por meio de mapas e imagens a quantidade de precipitação, eventos extremos e relação
demanda/disponibilidade. Resultados e Discussão: Um dos itens mais preocupantes da realidade
mundial é a quantidade de água disponível para atender as demandas oriundas de atividades
industriais, agrícolas e urbanas. A variabilidade climática no território brasileiro é significativa, sendo o
maior condicionante da disponibilidade hídrica, fato mostrado pelos dados disponíveis no site do
Inmet, onde cita-se que entre os anos de 2013 e 2015 houve um declínio de precipitação, e que foi
um dos fatores para reduzir os estoques de água nos reservatórios causando estresse nos
ecossistemas. Em relação a atividade agrícola, estudos apontam que a elevação nos níveis de
evapotranspiração de referência, como consequência da elevação de temperatura,e agravada pela
redução na precipitação, deve aumentar a necessidade de irrigação complementar nas áreas a serem
cultivadas [2]. A irrigação é o setor com maior demanda, seguido de atividades industriais e uso
doméstico, o consumo demasiado seguido de falta de planejamento proporcionam déficit no balanço
hídrico das bacias. Conclusões: A ocorrência cada vez mais frequente de anomalias climáticas
representa um sério risco para os recursos de água no Brasil, em função dos impactos ocasionados
pelo regime hidrológico que induz a mudanças na demanda de na forma de uso pelos diversos
setores usuários.
Referências:
[1] J. A. Marengo et al. Mudanças Climáticas e Recursos Hídricos 201-215. In: BICUDO, C. E. M. et
al. Águas do Brasil. Análises Estratégicas. ABC. Instituto de Botânica. 222pp. 2010
[2], R.S. Gondim, M.A.H. Castro, A.S. Teixeira; S Evangelista. Revista Brasileira de Engenharia
Agrícola e Ambiental 15 (2011) 594–600.
Palavras- chave: balanço hídrico, usos da água, alterações climáticas.
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