PARANINFO DIGITAL MONOGRÁFICOS DE INVESTIGACIÓN EN SALUD ISSN: 1988-3439 - AÑO X – N. 25 – 2016 Disponible en: http://www.index-f.com/para/n25/132.php PARANINFO DIGITAL es una publicación periódica que difunde materiales que han sido presentados con anterioridad en reuniones y congresos con el objeto de contribuir a su rápida difusión entre la comunidad científica, mientras adoptan una forma de publicación permanente. Este trabajo es reproducido tal y como lo aportaron los autores al tiempo de presentarlo como COMUNICACIÓN DIGITAL en “LA ENFERMERÍA COMO INTEGRADORA DE SABERES” V SIAHE – Simposio Iberoamericano de Historia de la Enfermería, III Foro I+E Reunión Internacional de Investigación y Educación Superior en Enfermería, reunión celebrada del 11 al 12 de noviembre de 2016 en Granada, España. En su versión definitiva, es posible que este trabajo pueda aparecer publicado en ésta u otra revista científica. Título Evidências para a atuação do enfermeiro na retirada de introdutor vascular Autores Andreia Santos Mendes, Vanessa Pereira Rocha, Pollyana Pereira Portela, Lídia Cíntia de Jesus Silva Centro/institución Ciudad/país Dirección e-mail Universidade Federal da Bahia (UFBA) Salvador, Brasil [email protected] RESUMO Objetivo: Identificar as evidências disponíveis na literatura científica sobre as práticas de cuidado na retirada de introdutor vascular. Método: Estudo de revisão da literatura, utilizando-se as bases de dados Lilacs, Medline e SciELO, conforme critérios de seleção estabelecidos. Resultados: Foram encontrados 11 estudos e, mediante análise dos mesmos, sobre os cuidados pós-remoção do introdutor vascular, observou-se que dentre as técnicas para hemostasia vascular, a compressiva é a mais utilizada; Com relação aos tipos de curativos utilizados, o filme transparente e a bandagem adesiva têm apresentado melhor segurança para o paciente; Sobre o tempo ideal de repouso no leito, atualmente não existe um consenso, variando de duas a seis horas; Em se tratando das complicações decorrentes do procedimento, alguns fatores são predisponentes como, acesso radial, idade avançada, e presença de hipertensão arterial. Considerações finais: A literatura sobre a temática é ainda incipiente, fazendo-se necessário uma maior exploração acerca da mesma. Descritores: Hemodinâmica/ Cateterismo cardíaco/ Angioplastia/ Cateteres/ Enfermagem. TEXTO DE LA COMUNICACIÓN Introdução As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de mortalidade e de morbidade no mundo.(1) No Brasil, correspondem a cerca de 20% de todos os óbitos na faixa etária acima de 30 anos.(2) Dados do Ministério da Saúde apontam que, no ano 2009, ocorreram 962.931 mortes de indivíduos com mais de 30 anos; desse total, as doenças isquêmicas do coração representaram 95.449 mortes.(2) A expressividade de tais informações tem corroborado para o aumento de investimentos tecnológicos usados na elucidação diagnóstica e terapêutica para o controle dessas afecções. Tais avanços possibilitaram o aperfeiçoamento de estudos desenvolvidos em laboratórios de hemodinâmica, bem como: cateterismo cardíaco, angioplastia coronária com balão, com stent, aterectomias, valvoplastias com balão e atrioseptostomia, dentre outros.(3) Com o desenvolvimento desses estudos, passou-se a ter um diagnóstico e tratamento preciso, favorecendo decisivamente à sobrevivência de muitos indivíduos com DCV.(4) A Unidade de Hemodinâmica (UHD) é um serviço de alta complexidade com perfil próprio de trabalho,(5) sendo cada vez mais requerida a existência de um corpo de profissionais com habilidades técnicas especificas.(4) O cotidiano de uma UHD representa pressão do tempo, bem como, diversidade de atividades e responsabilidades onde se torna imperante a existência de uma equipe multiprofissional, exposta a desafios constantemente.(5)Observa-se que no Brasil tem havido um aumento na quantidade de UHDs, possibilitando uma inserção maior de profissionais de saúde neste campo.(6) Os procedimentos de rotina realizados nas UHDs podem ser de caráter diagnóstico ou terapêutico,(7) estando entre tais procedimentos a realização de intervenções percutâneas através de introdutores vasculares. As principais vias de acesso para realização dessas intervenções por meio de introdutores arteriais são as artérias femural, braquial, transradial e ulnar. Com relação às complicações vasculares, as mesmas são pouco frequentes e, quando ocorrem, normalmente estão associadas à calcificação na artéria puncionada, obesidade, idade, sexo, hipertensão e o uso de anticoagulantes. Já as complicações relacionadas ao local da punção percutânea pode-se destacar o hematoma, o pseudoaneurisma e o trombo.(8,9) Com a finalidade de prevenir complicações advindas do procedimento, alguns cuidados são necessários na retirada do introdutor vascular e são fundamentais para o sucesso do procedimento até a alta do indivíduo. É prática comum no nosso país a retirada de introdutores vasculares por médicos e, em algumas instituições, pelo enfermeiro.(10) No entanto, salienta-se que, segundo o parecer técnico do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal nº 014/2001, esse procedimento pode ser realizado por profissional enfermeiro desde que o mesmo tenha se submetido a um curso de especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva ou Enfermagem em Unidade de Hemodinâmica, uma vez que o procedimento é complexo e pode acarretar sérios riscos ao paciente.(11) A inserção do enfermeiro neste campo de trabalho, em nível nacional, é relativamente nova.(4,5) O enfermeiro em hemodinâmica tem as responsabilidades de uma unidade de cuidados críticos, devendo apresentar ações de liderança, pensamento crítico, habilidade e rapidez nas ações, atualização e treinamento.(4) Uma intervenção precoce do enfermeiro identifica possíveis complicações, reduzindo o desconforto do paciente e a redução de custos hospitalares, contribuindo para uma assistência eficaz.(12) Diante destes fatos, é de suma importância o conhecimento do enfermeiro na prática de retirada de introdutor e as possíveis complicações para que promova uma assistência com segurança e qualidade. Em virtude das considerações acima, o estudo teve como objetivo "Identificar as evidências disponíveis na literatura científica sobre as práticas de cuidado na retirada de introdutor vascular”. Método Estudo descritivo, de Revisão Integrativa da Literatura, que seguiu seis etapas: escolha e definição do tema, busca na literatura, estabelecimento de critérios para categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos nos resultados, interpretação dos resultados e apresentação da revisão integrativa.(13,14) Na estratégia de busca, utilizaram-se quatro bases de dados eletrônicas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), SciELO (Scientific Electronic Library Online). Empregou-se na pesquisa a combinação dos descritores: hemodinâmica; cateterismo cardíaco; angioplastia; cateteres; e enfermagem, segundo a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), utilizando o conector booleano AND. A busca foi realizada em junho e julho de 2015. Os textos foram selecionados mediante os seguintes critérios de inclusão: trabalhos publicados em formato de artigo científico, dissertação ou tese; publicados nos idiomas português, inglês e/ou espanhol; indexados nas bases de dados Lilacs, Medline e SciELO, no período de janeiro de 2004 a maio de 2015. Os textos em formato resumo e não condizentes com o tema foram excluídos. Na busca on line por estudos, ao utilizar os descritores combinados, obteve-se 462 resultados em que, após serem lidos os títulos e os resumos e aplicados os critérios de inclusão estabelecidos, foram selecionados 237 para a leitura na íntegra. Os estudos duplicados nas bases de dados foram computados apenas uma vez. Mediante leitura minuciosa dos textos selecionados, identificou-se que 226 não apresentaram ideias pertinentes, ou seja, que tratassem na íntegra o objeto de estudo. Retirados tais textos, a amostra preliminar desta pesquisa ficou composta por 11 textos científicos para análise (10 artigos e uma dissertação). Conforme obtido o total de onze publicações, selecionadas e apresentadas na página da BVS, buscou-se caracterizar os estudos quanto aos itens: ano do estudo, idioma(s), periódico de publicação e seu qualis CAPES, desenhos de estudo, perfil dos autores principais quanto à formação acadêmica e maior título acadêmico. A categoria profissional e maior titulação acadêmica dos autores, quando não presentes nos textos, foram identificadas no Currículo Lattes dos autores e os estratos do Qualis CAPES dos periódicos foram identificados no Relatório Web Qualis 2012 – CAPES. A análise dos dados iniciou-se mediante a criação de uma ficha bibliográfica como forma de selecionar, organizar e analisar as publicações selecionadas de maneira adequada, seguindo os seis passos da revisão integrativa da literatura. O tratamento dos dados teve como contemplação os critérios de inclusão e exclusão, objetivos propostos, realização de leitura flutuante dos resumos e exaustiva das publicações selecionadas. A discussão dos principais resultados foi baseada na análise temática dos estudos selecionados, fundamentada em uma análise crítica dos estudos, comparando o conhecimento teórico, considerações, implicações e identificando fatores que implicam na política, prática e cuidados de Enfermagem, bem como nas lacunas existentes nos estudos, sugerindo de maneira pertinente futuras pesquisas e análises direcionadas à assistência à saúde.(13,14) Resultados O corpus literário foi constituído por 11 referências, identificadas nas bases de dados selecionadas (10 artigos científicos, uma dissertação). No quadro 1, estão apresentados os resultados dos onze textos coletados na BVS, sintetizados segundo o título do estudo, categoria profissional e maior título acadêmico do autor principal, ano de publicação, idioma, delineamento do estudo e Conceito qualis CAPES do periódico de publicação. Quadro 1- Distribuição dos textos científicos segundo o título do estudo, categoria profissional e maior título acadêmico do autor principal, ano de publicação, idioma, delineamento do estudo e Conceito qualis CAPES do periódico de publicação. Título Autor Principal Ano Idioma Delineament Conceit o do estudo o Qualis CAPES 1. Repouso de três horas Enfermeira. no leito após Especialista cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor 6 french não aumenta complicações decorrentes da punção arterial: ensaio clínico randomizado 201 Portuguê Ensaio Não se 4 s clínico aplica* randomizado . Investigação. 2. Predictors of Enfermeiro. Especialista Complications Following Sheath Removal With Percutaneous Coronary Intervention 201 Inglês 0 Estudo de A1 coorte prospectivo 3. Nursing Care Enfermeiro. Practices Following a Doutor Percutaneous Coronary Intervention 201 Inglês 0 Revisão integrativa de literatura 4. Transparent film Enfermeira. dressing vs pressure Especialista dressing after percutaneous transluminal coronary angiography 200 Inglês 9 Estudo A1 Experimental 5. UNIDADES DE Enfermeira. HEMODINÂMICA: a Mestre. produção do conhecimento 200 Portuguê Revisão 9 s integrativa de literatura 6. Dificuldades Necessidades Equipe Enfermagem Serviços Hemodinâmica Angiografia e da de em de e 7. Repouso de Três Horas Não Aumenta Complicações Após Cateterismo Cardíaco Diagnóstico com Introdutor Arterial 6 F: Ensaio Clínico Randomizado Enfermeira. 200 Portuguê Especialista 9 s em hemodinâmic a Enfermeira. Especialista em Cardiologia 8. Comparison of Enfermeira. Complications in Especialista Percutaneous Coronary Intervention A1 B1 Pesquisa de B3 caráter exploratório descritivo. Investigação. 200 Portuguê Ensaio B1 9 s clínico randomizado . Investigação. 200 Inglês 8 Estudo A1 quaseexperimental *Dissertação de Mestrado Discussão A retirada do introdutor vascular é um procedimento que requer profissional capacitado e cuidados específicos, para minimizar complicações. A competência do profissional para sua execução vem sendo discutida amplamente, tanto no âmbito da comunidade cientifica, como no legal. No Brasil, a retirada do introdutor pode ser atribuída ao enfermeiro ou médico, porém a realização do procedimento por enfermeiro é algo que sucita questionamentos. Estudo realizado por Solano et al. (2006)(15) foi o primeiro conduzido no Brasil sobre a segurança da retirada de introdutor arterial por enfermeiro especializado em UHD e por médico residente em Cardiologia Intervencionista. Trata-se de um estudo prospectivo, realizado com 100 usuários submetidos à intervenção coronária percutânea por via femoral. Os autores constataram que o procedimento foi realizado de modo seguro, sem aumento de complicações, por ambos profissionais. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de usuários assistidos pelo enfermeiro e pelo médico, em relação ao tempo de retirada dos introdutores, tempo de compressão e aparecimento de complicações. Outro estudo, também realizado pela primeira vez no Brasil, avaliou a segurança da retirada de introdutor arterial após intervenções coronárias percutâneas, apenas pelo enfermeiro. Os autores constataram que a retirada do dispositivo por esse profissional mostrou-se um procedimento seguro, e do mesmo modo, sem maiores repercussões com relação ao aparecimento de complicações.(10) No que tange ao nível de formação do enfermeiro para execução de tal procedimento, os Conselhos Regionais de Enfermagem do Paraná (COREN-PR) e do Distrito Federal (COREN-DF) apresentam aspectos importantes. Segundo o parecer nº 002/2012 do COREN-PR (2012),(16) o enfermeiro pode realizar a retirada de cateter introdutor, uma vez que a legislação que regulamenta a profissão por si só confere essa competência ao enfermeiro sem especialidade, com a ressalva que o profissional deve ser qualificado, com formação técnica especializada compatível à complexidade do procedimento, considerando-se as normas, rotinas, protocolos de atendimento e a sistematização da assistência de enfermagem que determinam o exercício da profissão de Enfermagem, com fins de preservar a saúde e integridade do paciente. Quanto ao parecer n° 014/2011 do COREN-DF (2001),(11) o mesmo apresenta como pré requisito que o enfermeiro seja especialista em UHD ou em unidade de terapia intensiva (UTI). A partir das considerações presentes nos pareceres, observa-se que a especialidade pode ou não ser exigida para o enfermeiro, no entanto, o mesmo deve ter formação diferenciada e qualificada de modo a desenvolver a prática com competência. "No caso desse profissional não se sentir seguro para realizar tal procedimento, poderá recusar sua execução, conforme apontam os artigos 10 e 13 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem" (COREN-SP, 2012). Sobre esse assunto, salienta-se, ainda, que a falta de especialização em hemodinâmica é um das principais dificuldades dos enfermeiros hemodinamicistas na condução de suas atividades no setor.(17) A retirada do introdutor vascular, abordada no presente estudo, refere-se ao procedimento que ocorre após a realização da cinecoronariografia (cateterismo cardíaco) e da angioplastia coronária percutânea, que são procedimentos invasivos para avaliação diagnóstica e terapêutica, respectivamente, onde é introduzido um cateter através de um introdutor em acesso vascular. As evidências científicas dos estudos selecionados abordam a técnica para realização da hemostasia do vaso sanguíneo; curativos utilizados e o tempo de restrição ao leito pós procedimento. Várias são as técnicas utilizadas para obtenção da hemostasia vascular, tais como compressão manual, mecânica e uso de dispositivos de fechamento do orifício.(10) Nos estudos não há diferença, com significância estatistica, na utilização dos diferentes modos de hemostasia, assim consideramos que o conforto do paciente deve ser considerado no processo de escolha. Destaca-se, ainda, que devido aos altos custos do uso de dispositivos e a menor complexidade da técnica compressiva, esta última é a mais utilizada no nosso meio. Com relação aos tipos de curativos utilizados pós retirada do introdutor Mcle et al. (2009),(18) ao comparar o "filme transparente", "bandagem adesiva", e "curativo compressivo" com a redução das complicações e queixas dos pacientes pós procedimento constatou-se que não houve complicações hemorrágicas nos grupos curativos de filme transparente ou bandagem adesiva, mas duas complicações ocorreram no grupo curativo compressivo, sendo que um destes pacientes tinha um pseudo-aneurisma. No que se refere a avaliação dos pacientes e profissionais sobre os curativos utilizados, ambos relataram aspectos positivos sobre a utilização de curativo de filme transparente e de bandagem adesiva. Os pacientes relataram maior conforto físico com estes curativos, Já os enfermeiros mencionaram facilidade significativamente maior em avaliar o sítio do acesso para detecção de complicações, em oposição ao curativo compressivo. Como resultado deste estudo, uma mudança prática foi feita na instituição hospitalar, locus da pesquisa: o curativo compressivo padrão foi substituido pelo filme transparente em todos os pacientes após a remoção de um introdutor vascular. Com relação ao tempo ideal de repouso no leito, atualmente não existe um consenso, podendo variar de duas a seis horas, conforme tamanho do introdutor, via de acesso vascular ou quadro clínico do paciente.(19,20) Todavia, sua redução, dentro dos limites de segurança, aperfeiçoaria a utilização dos recursos existentes diante da demanda crescente por procedimentos, além de melhorar o conforto dos pacientes.(19,21) Em estudo clínico randomizado, que avaliou a segurança na redução do tempo de repouso no leito, de seis para três horas, em indivíduos que realizaram cateterismo cardíaco por via femural, evidenciou-se que a redução do tempo não aumentou o aparecimento de complicações, mostrando a segurança dessa estratégia.(19) Tal evidência é ratificada em outro estudo clínico randomizado, onde alteração do tempo de repouso de cinco para três horas também não influenciou no aumento de incidência de complicações.(20) Já Walker et al. (2008)(21) avaliou em seu estudo uma hora a mais, evidenciando que mobilização de pacientes 3, 4 ou 6 horas após o procedimento tem pouca influência sobre o desenvolvimento de complicações vasculares. Os estudos selecionados também evidenciam que alguns fatores predispõem à complicação após a retirada do introdutor, requerendo, assim, maior atenção da equipe nesse cuidado. Sobre as complicações intrínsecas do procedimento, Solano et al (2006)(15) afirmam que a remoção do introdutor e a manipulação no local da punção estão associadas a complicações hemorrágicas e vasculares, gerando aumento de morbidade e de gastos hospitalares. No que tange às complicações vasculares relacionadas às vias de acesso, destaca-se a necessidade de atenção maior para o acesso radial. Em estudo prospectivo,(9) com uma amostra de 199 usuários submetidos à angioplastia coronária percutânea, pelas vias arteriais radial e femural, evidenciou-se que complicações vasculares estão presentes em ambas as vias utilizadas, contudo com maior incidência de complicações relacionadas às punções arteriais transradiais quando comparadas às intervenções realizadas pela via transfemural. Ressalta-se que a complicação "permeabilidade do vaso" ocorreu exclusivamente nos procedimentos realizados por via radial, apresentando diferença estatisticamente significante entre as duas abordagens. Assim, é necessário que os profissionais que atuam na cardiologia intervencionista discutam e reavaliem a via vascular de escolha, conforme presença de fatores de risco, minimizando complicações.(9) A identificação precoce de possíveis preditores de complicações representa um fator importante na escolha da abordagem arterial e o enfermeiro, a partir do conhecimento adquirido, poderá subsidiar a equipe na escolha ideal. Sulzbach-Hoke et al. (2010)(22) salientam que indivíduos mais idosos (66 vs 63; p = 0,016) e aqueles com maior pressão arterial sistólica (135 vs 129; p = 0,025) são mais vulneráveis a complicações vasculares pós procedimento e, por isso, devem ter seu local de acesso monitorado com mais cautela. As evidências fazem parte de um estudo de coorte prospectivo desenvolvido com 413 indivíduos. A literatura é escassa com relação a trabalhos relacionados às UHD, principalmente que abordam a temática deste estudo. Porém, observa-se que houve um aumento dessa produção nos últimos anos, o que pode estar relacionado ao aumento considerável dessas unidades, e ainda a expansão dos programas da pró-graduação, assim como, o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas na área da cardiologia.(5) É importante salientar que, com base nos levantamentos, encontraram-se limitações em relação às publicações referentes ao tema abordado. Conclusões Foram encontradas 11 referências nas bases de dados selecionadas, nos idiomas português, inglês e espanhol, no período de 2005 a 2015. Mediante análise dos estudos, ao que se refere ao papel do enfermeiro na prevenção das complicações oriundas da retirada do introdutor vascular, pode-se observar que o enfermeiro está apto a realizar a remoção do introdutor vascular. Salienta-se, ainda, que a falta da especialização em hemodinâmica é um das principais dificuldades dos enfermeiros hemodinamicistas na condução de suas atividades no setor. Sobre os cuidados pós-retirada do introdutor, observou-se que dentre as técnicas para obtenção da hemostasia vascular, a compressiva é a mais utilizada. Com relação aos tipos de curativos utilizados no local de inserção do cateter, o filme transparente e a bandagem adesiva têm apresentado melhor segurança e conforto para o paciente. Já em relação ao tempo ideal de repouso no leito, atualmente não existe um consenso, podendo variar de duas a seis horas, conforme tamanho do introdutor, via de acesso vascular ou quadro clínico do paciente. Os estudos também evidenciam que alguns fatores predispõem à complicação após a retirada do introdutor, e estão relacionados ao tipo de via de acesso; idade avançada; e presença de hipertensão arterial. A literatura com relação à temática é ainda muito incipiente fazendo-se necessário uma maior exploração acerca da mesma. Referências 1. Ribeiro AG, Cotta RMM, Ribeiro SMR. 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