Você sabe o que é a rosácea? Dermatologista explica sintomas

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Você sabe o que é a rosácea?
Dermatologista explica sintomas, diagnóstico e tratamentos
Pontinhos vermelhos, aspecto de pequenas bolinhas no rosto são algumas características da acne
rosácea. Ela é uma doença vascular inflamatória crônica da pele, que apresenta vermelhidão,
pequenos vasos finos avermelhados, ligeiro inchaço, que podem ser acompanhado por bolinhas e
nódulos em alguns casos. Para desmistificar essa doença o Dermatologista do Hospital e
Maternidade São Cristóvão, Dr. Rodrigo Motta esclarece as dúvidas sobre o assunto. A rosácea
atinge principalmente a região da testa, bochechas e nariz, “Ela ocorre entre adultos de 30 e 50
anos de idade, e é mais comum em mulheres. Nos homens quando encontradas são mais graves e
raramente é observado o diagnóstico em negros”, diz o dermatologista. Nódulos são dificilmente
observados nos casos de rosácea. As pápulas são pequenas elevações e podem eventualmente,
quando numerosas, formar placas granulomatosas evoluindo para a rosácea lupóide, que possui um
aspecto grosseiro e vermelho na pele. “Em alguns pacientes, principalmente homens, a longa
duração da rosácea pode evoluir para rinofima, que corresponde ao espessamento irregular e
lobulado da pele do nariz e dilatação folicular”, explica o médico.
Segundo o profissional, embora o nariz seja o local mais comum, também pode ocorrer na região
frontal, maçãs do rosto e pavilhões auriculares. A pele de um paciente com rosácea não tratada vai
adquirindo um aspecto de casca de laranja com o passar dos anos. As causas da rosácea ainda não
são bem estabelecidas, “Sabe-se a relação dela com doenças gastrointestinais (bactéria H pylori),
hipertensão arterial, seborreia, fatores psicogênicos (stress), fatores infecciosos, a presença do
ácaro Demodex folliculorum, distúrbio microcirculatório da região e predisposição genética”. “Além
das causas, existem fatores e hábitos que podem desencadear ou piorar a rosácea como, por
exemplo: bebidas alcoólicas, bebidas quentes, luz ultra violeta, vento, frio, calor, medicamentos
vasodilatares e fatores emocionais”, explica Dr. Rodrigo.
Na fase pré-rosácea, há um rubor discreto na face, que se agrava com episódios de duração variável
surgindo espontaneamente ou pela ação de fatores como luz solar, calor, frio, vento, álcool e
alimentos quentes. “Após meses ou anos, este eritema episódico pode tornar-se permanente, com
formação de telangiectasias, que são pequenos vasos sanguíneos”, diz o médico. O diagnóstico é
clínico, não sendo necessária a realização de exames laboratoriais, “Porém em casos duvidosos onde
o quadro pode se assemelhar a outras patologias, pode ser realizada uma biopsia de pele e através
do exame histopatológico dará subsídio para concluir ou excluir o diagnóstico” fala o dermatologista
do São Cristóvão.
O tratamento varia de acordo com o estágio e a gravidade da doença, “Todos os agravantes ou
desencadeantes devem ser afastados, como bebidas alcoólicas, exposição solar, vento, frio e ingestão
de alimentos quentes. A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos
e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e alguns tipos de
peelings”. Os agentes antimicrobianos apresentam-se efetivos no tratamento. Como a radiação
ultravioleta é um desencadeante importante, é fundamental enfatizar o uso de filtros solares
cotidianamente no rosto, escolhendo o produto mais adequado para cada tipo de pele. A prevenção é
o melhor tratamento para a evolução da rosácea, “Dessa forma é possível reduzir os surtos através
do monitoramento de fatores desencadeantes, já que a causa da rosácea permanece desconhecida e
não há uma dieta específica para rosácea. Deve-se procurar o médico para que possa ser feita uma
avaliação correta de cada caso e assim um plano de tratamento adequado” finaliza o médico.
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