compreensão de profissionais da enfermagem

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1
Síndrome de Burnout: compreensão de profissionais de Enfermagem que atuam no contexto
hospitalar
Burnout Syndrome: comprehension of health professional of nursing working in hospital
context
Síndrome de Burnout: La comprensión de los profesionales de enfermería que trabajan en
el ámbito hospitalario
Jaqueline Brito Vidal Batista. Psicóloga. Doutora em Saúde Pública. Professora Adjunta do
Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba/UFPB. João Pessoa (PB), Brasil. Email: [email protected]
Patrícia Serpa de Souza Batista. Enfermeira. Doutora em Educação. Professora Adjunta do
Departamento de Enfermagem Clínica do Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal da Paraíba/UFPB. João Pessoa (PB), Brasil. E-mail: [email protected]
Eveline de Oliveira Barros. Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. João Pessoa (PB),
Brasil. E-mail: [email protected]
Fábia de Souza Rocha Lopes. Fisioterapeuta. Especialista em Recursos Cinesioterápicos.
João Pessoa (PB), Brasil. E-mail: [email protected]
Glauciele Barbosa Pereira Medeiros. Enfermeira. Especialista em Auditoria em Saúde.
João Pessoa (PB), Brasil. E-mail: [email protected]
Jocerlânia Maria Dias de Morais. Enfermeira. Especialista em Auditoria em Saúde. João
Pessoa (PB), Brasil. E-mail: [email protected]
Autor responsável pela troca de correspondência
Jaqueline Brito Vidal Batista
Núcleo de Estudos e Pesquisa Bioética
Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal da Paraíba – Campus I
AV. Contorno da Cidade Universitária
CEP 5059- 900. João Pessoa (PB), Brasil.
Resumo
Objetivo: investigar a compreensão de profissionais de Enfermagem sobre a Síndrome de
Burnout. Método: trata-se de estudo exploratório, constituído por 12 profissionais de
2
enfermagem que atuam no contexto hospitalar. Os dados foram coletados no mês de
setembro de 2012, por meio de formulário, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
(Protocolo nº 84022) e analisados qualitativamente, mediante a técnica de análise de
conteúdo. Resultados: da análise do material empírico, emergiram três categorias
temáticas: síndrome caracterizada pelo esgotamento físico e psicológico, em decorrência
do estresse laboral; síndrome que acarreta sinais e sintomas físicos e psicológicos para o
trabalhador; a síndrome e suas implicações no ambiente de trabalho, no contexto familiar e
social. Conclusão: os enfermeiros compreendem a Síndrome de Burnout como uma
patologia que causa danos psicológicos, físicos e sociais para a saúde do trabalhador.
Descritores: burnout; saúde do trabalhador; esgotamento profissional; equipe de
enfermagem.
Abstract
Objective: to investigate the comprehension of nursing professionals on Burnout Syndrome.
Method: this is an exploratory study, consisted by 12 nursing professionals working in the
hospital context. Data were collected in the month of September 2012, through a form,
after the approval by the Committee of Ethics in Research (Protocol No. 84022) and
analyzed qualitatively through the technique of content analysis. Results: from the analysis
of the empirical material, emerged three thematic categories: syndrome characterized by
physical exhaustion and psychological stress, due to labor stress; syndrome that carry sings
and physical and psychological symptoms to the worker; the syndrome and its implications
in the workplace, in family and social context. Conclusion: nurses comprehend the Burnout
Syndrome as a pathology that causes psychological, social and physical damage to the
health of the worker. Descriptors: burnout; worker’s health; professional exhaustion;
nursing team.
Resumen
Objetivo: Investigar la comprensión de los profesionales de enfermería sobre el Síndrome
de Burnout. Método: Se trata de un estudio exploratorio, constituido por 12 profesionales
de enfermería que trabajan en el ámbito hospitalario. Los datos fueron recolectados en
septiembre de 2012, a través de formulario, tras su aprobación por el Comité de Ética en
Investigación (Protocolo # 84022) y analizados cualitativamente mediante la técnica de
análisis de contenido. Resultados: El análisis de los datos empíricos revelaron tres temas:
3
síndrome que se caracteriza por el agotamiento físico y el estrés psicológico como
consecuencia del trabajo; síndrome que causa signos y síntomas físicos y psicológicos para
los trabajadores; el síndrome y sus implicaciones en ambiente de trabajo, el contexto
familiar y social. Conclusión: los enfermeros comprenden el síndrome de burnout como una
enfermedad que causa un daño psicológico, físico y social del trabajador. Descriptores:
burnout; salud ocupacional; agotamiento profesional; el equipo de enfermería.
Introdução
A Síndrome de Burnout é considerada uma epidemia entre os trabalhadores que
lidam com pessoas. Apresenta alta incidência em profissionais como médicos, enfermeiros e
professores, no mundo inteiro, e pode ser vista como uma importante questão de saúde
pública. Essa síndrome é um dos agravos ocupacionais de caráter psicossocial mais
importante na sociedade atual. Burnout é um sério processo de deterioração da qualidade
de vida do trabalhador, tendo em vista suas graves implicações para a saúde física e
mental.1-3
A palavra burnout foi utilizada, pela primeira vez, em 1953, em um estudo que
descrevia a problemática de uma enfermeira psiquiátrica esgotada com o seu trabalho, e é
resultante de uma composição da língua inglesa: burn, que significa queima, e out, que
significa exterior, o que sugere que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e
emocionalmente. Pode ser representada como um estado semelhante a um fogo que
sufoca, uma perda de energia, uma chama que se extingue ou uma bateria que se esgota.
Apesar da predominância do termo burnout, na maioria dos estudos, existem
referências à síndrome com outras denominações, como, por exemplo, estresse laboral,
estresse
profissional,
estresse
assistencial,
estresse
ocupacional
assistencial
ou
simplesmente estresse ocupacional, que evidenciam a maior incidência entre aqueles que
se ocupam em cuidar de pessoas, independentemente do caráter profissional ou
trabalhista. Existe também a expressão síndrome de queimar-se pelo trabalho ou desgaste
profissional, em alguns estudos espanhóis. No Brasil, são encontradas nomenclaturas como
neurose profissional, neurose de excelência ou síndrome do esgotamento profissional. Essa
variedade de denominações para o mesmo agravo pode confundir e, muitas vezes, dificultar
levantamentos de pesquisas na área.4
4
Quanto à legislação trabalhista brasileira, o Ministério da Previdência e Assistência
Social apresentou a nova lista de doenças profissionais e relacionadas ao trabalho, que
contém um conjunto de doze categorias diagnósticas de transtornos mentais. A síndrome de
esgotamento profissional – burnout - corresponde ao 12º transtorno e é definida como um
tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho. 5
Convém mencionar que essa síndrome é constituída por três dimensões relacionadas
entre
si,
que
são
independentes.
Para
caracterizá-la,
devem
ser
consideradas
sequencialmente, de acordo com o modelo processual. A primeira dimensão é a Exaustão
Emocional, que caracteriza pela falta de energia e de entusiasmo e pelo sentimento de
esgotamento de recursos. A Despersonalização é a segunda dimensão, que ocorre quando o
profissional passa a tratar os clientes, os colegas e a organização de forma distante e
impessoal, e o vínculo afetivo é substituído por um racional. A terceira dimensão é a Baixa
Realização no Trabalho, em que o trabalhador tende a avaliar-se de forma negativa,
mostra-se insatisfeito com seu desenvolvimento profissional e experimenta um declínio no
sentimento de competência e de êxito.6
Estudos voltados para a saúde do trabalhador têm mostrado como vários segmentos
profissionais, principalmente da área da saúde, desenvolvem e constituem significativo
grupo de risco para a aquisição dessa síndrome.7-10. Nesse sentido, vale ressaltar que
estudos relacionados à Síndrome de Burnout têm ocorrido de maneira cada vez mais
frequente, no âmbito acadêmico, e está relacionada ao estresse específico que atinge
profissionais que lidam com pessoas ao desempenhar suas funções, como por exemplo,
professores, médicos, enfermeiros, policiais, entre outros.2
Foi investigada, através de um estudo a relação entre sintomas psíquicos e
comportamentais e as dimensões positivas da Síndrome de Burnout em profissionais
(setores administrativos, assistenciais e de apoio) de um hospital público de média
complexidade. Os resultados evidenciaram a repercussão do sofrimento psíquico na
produtividade e na qualidade do trabalho e encontraram relações diretas entre as
dimensões da síndrome e os sintomas pesquisados. Observando, especificamente, os
profissionais da área de Enfermagem (segunda categoria profissional a desenvolver o
burnout), foram encontrados estudos que confirmaram o quanto essa categoria se inclui no
grupo de risco.11
5
Nesse enfoque, é perceptível que a Síndrome de Burnout não é um fenômeno
exclusivamente com características individuais e internas, mas um complexo de
características psicológicas que refletem as estruturas de uma determinada sociedade. E
embora seja prevista como doença do trabalho, ainda é desconhecida por uma considerável
parcela dos profissionais que fazem parte do grupo de risco. Apesar dessa patologia, entre
profissionais de saúde, certamente ocorrer há muito tempo, seu reconhecimento como
problema sério de saúde pública tem sido mais explícito nos últimos anos. Trata-se de uma
mal que acomete esses profissionais, provavelmente, desde que suas funções vêm sendo
associadas a importantes fatores sociais, psíquicos e econômicos, que hoje são
reconhecidos como importantes em relação à síndrome.3
Assim, saber da existência de uma patologia que atinge o trabalhador de tal forma
que pode afastá-lo das atividades laborais e inutilizá-lo para a vida motivou o interesse em
realizar um estudo a respeito da Síndrome de Burnout com profissionais de Enfermagem de
uma instituição hospitalar. Também fazem parte dessa motivação o reconhecimento da
relevância do tema e a existência de uma lacuna no que se refere às publicações
existentes.
Diante do exposto, esse estudo parte da seguinte questão norteadora: Como os
enfermeiros que atuam no contexto hospitalar compreendem a Síndrome de Burnout?
Para responder à questão proposta, o estudo teve o seguinte objetivo: Investigar a
compreensão de profissionais da área de Enfermagem que atuam no contexto hospitalar, no
que concerne à Síndrome de Burnout.
Os resultados do estudo devem servir não apenas como respaldo para a construção de
medidas interventivas para esses trabalhadores, mas também para auxiliar a futuros
projetos de pesquisa que tratem desse tema, prevenir essa patologia no meio laboral,
promover uma melhoria em sua qualidade de vida e contribuir com a diminuição da lacuna
existente na área de publicação específica sobre o tema.
Método
Trata-se de um estudo do tipo exploratório, com abordagem qualitativa, realizado
em uma Instituição hospitalar da rede pública do município de João Pessoa, Paraíba, Brasil,
e cuja população envolveu profissionais de Enfermagem (enfermeiros e técnicos de
Enfermagem) do hospital selecionado para o estudo. Para a seleção da amostra, foram
6
adotados os seguintes critérios de inclusão: estar atuando na instituição eleita para o
estudo no momento da coleta de dados; ter, no mínimo, um ano de atuação profissional e
disponibilidade para participar da pesquisa.
Com base nos critérios de inclusão previamente estabelecidos, a amostra foi
constituída por sessenta profissionais de Enfermagem (22 Enfermeiros e 38 Técnicos de
Enfermagem). Destes, 48 entregaram o instrumento em branco, alegando desconhecer a
referida temática, e 12 devolveram o formulário respondido. Assim, a amostra foi composta
por 12 profissionais de Enfermagem - seis enfermeiros e seis técnicos de Enfermagem. O
material empírico advindo desses profissionais foi codificado com base na categoria
profissional, a fim de se manter o anonimato deles. Dessa forma, os formulários dos
enfermeiros foram identificados pela letra “E”, seguido de números de um a seis.
Exemplos: “E1”, “E2”, e assim sucessivamente. Em relação ao técnico de Enfermagem, foi
atribuído o código “TE”, também seguido de números de um a seis.
Para viabilizar a coleta de dados, realizada em setembro de 2012, foi utilizado um
formulário contendo questões pertinentes ao objetivo proposto para a pesquisa. Vale
ressaltar que o estudo foi norteado a partir das recomendações éticas dispostas nas
diretrizes e nas normas regulamentadoras para pesquisas com seres humanos, estabelecidas
na Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde 12, em vigor no país, principalmente,
no que diz respeito ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do participante, bem
como à garantia do anonimato e ao sigilo de informações. Seguindo as recomendações da
referida Resolução, o projeto de pesquisa foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa – PB, em agosto/2012, sob o número do
Protocolo 84022.
A análise dos dados foi efetivada numa abordagem qualitativa. O material empírico
apreendido, a partir de questões subjetivas, contempladas em um formulário, foi agrupado
e analisado mediante a técnica de análise de conteúdo, proposta por Bardin. Tal método é
composto de três fases: pré-análise, em que o pesquisador realiza uma leitura flutuante dos
dados que orientarão a análise de acordo com o objetivo proposto; exploração do material,
fase em que o material codificado, ou seja, submetido a um processo por meio do qual os
dados brutos são agregados em categorias temáticas; e o tratamento e a interpretação dos
7
resultados, em que os dados empíricos obtidos são analisados de acordo com as categorias
temáticas que se revelaram, respaldados na literatura pertinente ao tema em estudo.13
Resultados e discussão
Dos sessenta profissionais selecionados para o estudo, apenas doze (seis enfermeiros
e seis técnicos de Enfermagem) participaram da pesquisa proposta, visto que os demais
referenciaram não ter conhecimento sobre a Síndrome de Burnout. Esse desconhecimento
retrata uma situação preocupante, devido ao caráter sorrateiro desse mal, que pode estar
presente de modo intermitente e avança com o tempo.14
O desconhecimento de profissionais de Enfermagem acerca dessa síndrome evidencia
a pouca ênfase dada a esse assunto durante a formação universitária em saúde. Em estudo
sobre a Síndrome de Burnout com profissionais da área de saúde, foi revelado que a pouca
importância dada a essa temática na formação de profissionais da área de saúde acontece,
entre outros fatores, devido à visão distorcida de que conteúdos referentes à saúde desse
tipo de trabalhador podem ser aprendidos no decorrer da vida profissional. Esse é um dado
preocupante, pois implica a ausência de implantação de medidas de combate, com a
finalidade de proporcionar uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho.3
As categorias temáticas apreendidas por meio da técnica de análise de conteúdo,
com base no material empírico do estudo, foram estas: Síndrome caracterizada pelo
esgotamento físico e psicológico, em decorrência do estresse laboral; Síndrome que
acarreta sinais e sintomas físicos e psicológicos para o trabalhador; A Síndrome e suas
implicações no ambiente de trabalhado, no contexto familiar e social.
Categoria I - Síndrome caracterizada pelo esgotamento físico e psicológico, em decorrência
do estresse laboral
Os depoimentos dos profissionais envolvidos no estudo retrataram, de forma geral,
que a síndrome pode ser adquirida através do estresse decorrente de jornada intensa do
trabalho de profissionais de Enfermagem que, especificamente, trabalham sob pressão, o
que provoca esgotamento físico e psicológico. Essa compreensão pode ser observada em
relatos como os seguintes:
É um estado de esgotamento físico e mental, sua causa está
intimamente ligada à vida profissional diária de cada indivíduo. (E1)
8
Síndrome caracterizada por transtorno psicológico, em que a
pessoa vulnerável geralmente são aquelas que trabalham sob pressão.
(E2)
Síndrome caracterizada por esgotamento físico e psicológico,
alterando o desempenho profissional podendo vir associado a outras
patologias. (E3)
[...] Trata-se da síndrome do esgotamento devido trabalho
intenso. (E4)
É uma síndrome adquirida através do estresse acometido durante
o processo de trabalho. (E6)
Esgotamento de trabalho. (TE1)
Distúrbio psíquico depressivo que se manifesta especialmente em
pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal. (TE2)
É uma doença que acomete trabalhadores de diversas áreas
profissionais. (TE4)
Distúrbio psíquico devido ao estresse que pode surgir com
esgotamento físico e mental. (TE6)
A partir do que foi relatado pelos sujeitos, a Síndrome de Burnout é uma doença que
decorre do estresse laboral, que provoca um esgotamento físico e mental em profissionais
de Enfermagem.
É oportuno ressaltar que, com as mudanças no mundo moderno, a tecnologia e a
robotização têm avançado significativamente, e isso acarreta a desumanização dos contatos
humanos e afetivos dentro do ambiente de trabalho. Diante desse panorama da atualidade,
encontram-se profissionais como os da profissão de Enfermagem, para os quais o contato
direto e permanente com outras pessoas e excessiva carga de trabalho faz parte de sua
condição de trabalho. São chamados de profissionais de alto contato, que, inevitavelmente,
envolvem-se com outras pessoas e com uma excessiva carga de trabalho, em ambiente
potencialmente gerador de conflitos e de doenças, como por exemplo, o burnout, que
aparece como uma preocupante ameaça ao trabalho.15
Essa síndrome pode estar relacionada à resposta emocional às situações de estresse
crônico, em razão de jornadas intensas de trabalho, ou de profissionais que apresentem
9
grandes expectativas em relação ao seu desenvolvimento profissional e à dedicação à
profissão e não alcançam o retorno esperado. Esse esgotamento pode ser consequente,
também, da divisão social do trabalho na Enfermagem, já que essa divisão se processa,
inicialmente, para atender a um modelo de política de saúde estabelecida, ao mesmo
tempo em que produz a estrutura de classes da sociedade capitalista, através da
hierarquização profissional.16,17
A equipe de Enfermagem é formada por auxiliares, técnicos e enfermeiros que, nem
sempre,
trabalham
harmonicamente.
Por
vezes,
há
problemas
interpessoais,
principalmente relacionados à falta de respeito em relação à hierarquia profissional, ou
mesmo ao abuso de poder por parte de enfermeiros em direção aos técnicos ou auxiliares
de Enfermagem. Tudo isso pode provocar momentos de tensões e pressões no ambiente de
trabalho que, com o decorrer do tempo, pode resultar em comprometimento do âmbito
psicológico e biológico de profissionais, com o aparecimento de doenças.
Acrescente-se,
ainda, que esses profissionais, em geral, precisam ter mais de um emprego a fim de manter
um padrão socioeconômico adequado para a família, o que os induz, muitas das vezes, a
não ter um descanso satisfatório, e isso pode acarretar altos níveis de estresse, tanto no
que se refere à relação entre seus pares, quanto no que diz respeito à relação com o
próprio paciente.
Ademais, os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, que adquirem
essa síndrome, frequentemente são submetidos à carga física e mental durante suas
atividades laborais. Os equipamentos e o ambiente dos hospitais habitualmente não
respeitam as normas ergonômicas e impõem tarefas que sobrecarregam o indivíduo,
inclusive, com jornadas extensas e duplicidade de plantões. Associados a esses fatores, o
trabalho com a doença e o sofrimento de pacientes constituem causas de estresse físico e
psicológico.18
Como se pode observar, muitas são as situações que podem acarretar o
desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem. Por isso eles
devem estar atentos, tanto para enfrentar adequadamente essas situações de estresse,
quanto para perceber, antecipadamente, sintomas que possam estar manifestando e que
requerem um tratamento adequado.
10
Categoria II – Síndrome que acarreta sinais e sintomas físicos e psicológicos para o
trabalhador
Com burnout, o indivíduo perde a capacidade de compreender o sentimento ou a
reação da outra pessoa. Não se deixa envolver com os problemas e as dificuldades dos
outros, e as relações interpessoais podem ser interrompidas. O sujeito se pré-dispõe ao
desenvolvimento de sintomas físicos e psíquicos e o adoecer pode trazer consequências
negativas para a vida laboral e pessoal.19
Nos relatos dos profissionais inseridos no estudo, foram mencionados os seguintes
sinais e sintomas:
[...] Falta de ar, oscilação de humor, distúrbio do sono, tem
dificuldades de concentração, insatisfação, transtorno de ansiedade,
entre outros. (E1)
Depressão, insônia, dificuldade para concentração. (E2)
Dor de cabeça, dor de estômago, depressão, insônia, cansaço,
problemas respiratórios. (E3)
Estresse, desânimo, irritabilidade, inapetência sexual, sonolência,
cansaço, fadiga, entre outros. (E4)
Atitudes negativas, agressividade, isolamento, dor de cabeça,
insônia, distúrbios gastrointestinais. (E5)
Estresse, hipertensão arterial sistêmica, humor deprimido. (E6)
Cansaço físico, pressão alta, insônia. (TE1)
Irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade. (TE2)
Isolamento, agressividade, dor de cabeça. (TE3)
Cansaço físico, mental, estresse alto, dores de cabeça. (TE4)
Atitudes negativas, agressividade, isolamento, dor de cabeça,
insônia, distúrbios gastrointestinais. Geralmente variam de acordo
com cada pessoa. (TE5)
Desgaste físico, emocional, irritação, labilidade, agressividade,
ansiedade e até depressão. (TE6)
A partir do que foi relatado e de estudos que abordam especificamente a
sintomatologia, a Síndrome de Burnout é considerada uma experiência de caráter
11
subjetivo, que pode desencadear um conjunto de sinais e sintomas físicos e psíquicos,
consequentes da má adaptação ao trabalho e de uma intensa carga emocional, e pode estar
acompanhado de frustração em relação a si e ao trabalho.20,21
Os sinais e os sintomas psicológicos identificados pelos participantes do estudo são
descritos como sentimentos e atitudes negativos do trabalhador de Enfermagem, como
insatisfação, irritabilidade, agressividade. Esses sintomas interferem em seu desempenho
profissional e trazem consequências que envolvem a deterioração das relações interpessoais
e do rendimento laboral.
Cabe ressaltar que essa síndrome apresenta diferentes graus de manifestação,
frequência e intensidade, por ter um processo de caráter gradual e acumulativo. Em
relação à frequência, o menor grau é presente quando ocorre o aparecimento casual dos
sintomas, e o maior grau é detectado quando a presença é permanente. Em relação à
intensidade, o nível baixo caracteriza-se pela incidência de sentimentos como irritação,
esgotamento, inquietações e frustração, e o nível alto, com a presença de doenças e
processo de somatização.18
Os trabalhadores com burnout, acometidos pelas doenças de origem emocional,
como depressão e ansiedade, e pelas doenças físicas oportunistas, necessitam de
tratamento médico e psicológico, levando geralmente, à deterioração do bem-estar físico e
emocional. Não é por acaso que o profissional afetado por ela sente-se exausto, adoece
frequentemente, sofre de insônia, úlcera, dor de cabeça, problemas relacionados à pressão
sanguínea, tensão muscular e fadiga crônica, entre outros sintomas.22
No caso de trabalhadores de Enfermagem, esse leque de consequências
sintomáticas e sociais tende a se ampliar, e o burnout, indiretamente, pode atingir os
pacientes, seus familiares e a organização geral do trabalho, o que deixa o profissional mais
vulnerável ainda. É importante enfatizar que esse tipo de consequência acontece quando os
métodos de enfrentamento dos fatores estressantes falham ou são insuficientes.16
Frequentemente, essa síndrome traz implicações negativas para o trabalhador,
associadas à incapacitação, ao absenteísmo, à queda da produtividade, a demissões, ao uso
abusivo de tranquilizantes, ao álcool e a outras drogas.23
Nesse sentido, é importante que trabalhadores e gestores identifiquem as
sintomatologias descritas e procurem a ajuda de profissionais específicos, antes que os
12
trabalhadores atingidos sofram as implicações que, em geral, essa síndrome traz para sua
vida laboral, familiar e social.
Categoria III – A Síndrome e suas implicações no ambiente de trabalho, no contexto
familiar e social
Nas respostas apresentadas, a síndrome de burnout aparece como um fator
desencadeante, tanto de problemas físicos, quanto psicológicos, que alteram a interação do
profissional de Enfermagem no meio social e laboral. Observou-se também que muitos se
referiram à desmotivação pelo trabalho, o que, consequentemente, leva ao déficit em sua
qualidade. Os problemas interpessoais com colegas, chefes e com a família, como
implicações do burnout, também foram referenciados pelos participantes. Pode-se observar
isso através dos seguintes depoimentos:
Ocasiona pouca autonomia no desenvolvimento profissional;
problema de relacionamento seja com a chefia, colegas de trabalho e
até mesmo entre a família. (E1)
Déficit em exercer sua função no trabalho. (E2)
Alterações no desempenho de suas funções laborais, alterações do
convívio familiar e isolamento social. (E3)
Ausência do trabalho, por auxilio doença. (E5)
Afastamento de trabalho. (TE1)
Distanciamento do trabalho, diminuição da qualidade dos serviços
prestados, transferências, afeta também a lucratividade. (TE2)
Exclusão social, longos períodos de tratamento. (TE3)
Desmotivação pelo trabalho desenvolvido. Falta de atenção em
suas atividades. Doença de origem emocional como lupus e outros.
(TE4)
Ausência do trabalho, gerado por auxilio doença, longo período de
tratamento psicológico, exclusão social. (TE5)
Predispõe o trabalhador a outras doenças oportunistas, ao menor
relacionamento interpessoal com colegas e clientes. Afeta as emoções
e afeições do trabalhador. (TE6)
13
Como pode ser percebido nos depoimentos acima, essa síndrome traz implicações
para a vida laboral e pessoal do trabalhador de Enfermagem.
Por ser um processo de
resposta ao estresse ocupacional crônico, tem impacto sobre o aspecto psicológico do
trabalhador, com consequências negativas em nível individual, profissional, familiar e
social.24
O encadeamento de eventos negativos do burnout começa com cansaço, desgaste
físico e mental, que levam o profissional à exaustão emocional, e evoluem de forma
progressiva, com um caráter cumulativo. Nessas circunstâncias, a exaustão remete,
sobretudo, ao rompimento da reciprocidade entre os profissionais e a organização à qual
estão vinculados, o que origina o sentimento de injustiça, que compromete cada vez mais a
saúde do trabalhador, e de doenças de ordem psicológica e/ou até mesmo física.14 Essa
situação traz consequências prejudiciais para o cotidiano do trabalhador, que começa a
deteriorar suas relações no âmbito do trabalho, a faltar com frequência, inclusive por
motivo de doença, a se afastar das amizades.
Esse desequilíbrio na saúde do trabalhador pode ocasionar o aumento nos índices de
absenteísmo, que gera licenças médicas e a necessidade, por parte da organização do
trabalho, de promover a reposição de funcionários, transferências, novas contratações,
novos treinamentos, entre outras despesas. Com isso, a qualidade dos serviços prestados e
o nível de produção fatalmente serão afetados, assim como os lucros gerados pela
empresa.25 Nesse sentido, o trabalhador, além de estar doente, necessitando de
tratamento, corre o risco de ser demitido da instituição, visto que, em geral, as empresas
estão preocupadas com o rendimento laboral e tendem a excluir de seu quadro de
funcionários aqueles que não se adequarem às exigências do trabalho.
Os relatos apontam para o desamparo que se impõe ao trabalhador quando é
acometido pela síndrome e como a vida pessoal, de forma geral, é atingida. Não é por
acaso que algumas investigações exprimem a intensa preocupação com as consequências
físicas, emocionais e sociais advindas da instalação do burnout, visto que as pessoas se
tornam mais distantes e frias em relação ao trabalho, aos colegas e aos familiares, uma vez
que sentem que é mais seguro ficar indiferentes.26
Assim, influenciado pelas manifestações psicológicas e biológicas provocadas pelo
estresse contínuo, esse trabalhador tende a alterar seu convívio familiar e social e a se
14
tornar uma pessoa com problemas de relacionamento e com tendência ao isolamento
social, como referido por alguns participantes da pesquisa. Portanto, precisa de
acompanhamento de profissionais de saúde e de apoio e compreensão da família, que deve
acolhê-lo e ajudá-lo a sair dessa fase difícil de sua vida.
Conclusão
A partir deste estudo, conclui-se que os enfermeiros participantes da pesquisa
compreendem a Síndrome de Burnout como uma patologia que traz danos psicológicos,
físicos e sociais para a saúde do trabalhador. Entretanto, o estudo evidenciou um número
considerável de profissionais que não responderam ao formulário alegando desconhecer a
doença. Pode-se constatar que há um déficit no que se refere à real compreensão da
Síndrome de Burnout entre profissionais da área de Enfermagem. Esse é um fato
preocupante, uma vez que sua incidência, nessa categoria laboral, está entre as mais altas.
Nessa perspectiva, este estudo aponta que os gestores públicos devem intervir no
sentido de que essa patologia laboral seja conhecida, e para que esse tema seja mais
valorizado na formação em saúde, especialmente nos Cursos de Enfermagem, e disseminado
em instituições de saúde e do ensino médio e superior no campo da Enfermagem. Além
disso, é igualmente importante alertar o serviço público de saúde para a necessidade de
realizar o enfrentamento e a interferência do burnout, enfatizando que ações preventivas
devem ser elaboradas. Para isso, devem-se adotar estratégias organizacionais e individuais,
com vistas a combater a síndrome e/ou minimizar os seus efeitos sobre o trabalhador e
proporcionar uma melhora em sua qualidade vida.
Com enfermeiros, diversos estudos foram realizados referentes à Síndrome de
Burnout e suas implicações no cotidiano do trabalho desses indivíduos. Na atualidade,
discute-se por que é relevante estudar o burnout. O fato é que os indivíduos de profissões
de ajuda são especialmente suscetíveis a altas taxas, por isso, as organizações estão
começando a se preocupar com a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde física e mental
de seus colaboradores. Some-se a isso o fato de que o burnout produz sérias repercussões,
tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. Afinal, a saúde laboral dos profissionais de
saúde pode repercutir na qualidade da atenção prestada, em sua relação com familiares e
no contexto social. Por essa razão, sugere-se que outros estudos sejam realizados, no
sentido de complementar as informações aqui apontadas.
15
Referências
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